ESTUDO DA APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA NO SETOR MOVELEIRO COM BASE NAS PRÁTICAS DO ESG

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7369675


Izabela André de Siqueira
Jefferson Peterle
Juliana Araújo Miranda
Prof.° Dr. Rogério Lobo 


Resumo: O artigo visa para a problemática do descarte de resíduos de matéria  prima na indústria moveleira, como o tratamento devido desses resíduos pode  contribuir para gestão ambiental e promover a aplicação de algumas práticas do  ESG nas empresas a fim de impulsionar não somente as tratativas sustentáveis  como as econômicas e socioambientais. O artigo foi motivado através de pesquisas  documentais, onde foram testados os conceitos de logística reversa e tratamento  de resíduos, e também as relações econômicas que as práticas sustentáveis  podem contribuir para a visibilidade e desenvolvimento das empresas, podendo-se  ser base de futuras implementações nas companhias interessadas no retorno  positivo que foi descrito nos resultados. 

Palavra-chave: Logística reversa, sustentabilidade, ESG, resíduos. 

Abstract: This article seeks to create a discussion on the issue of raw material  waste disposal in the furniture industry how the proper treatment of these wastes  can contribute to environmental management and promote the application of some  ESG practices in companies in order to boost not only sustainable dealings such as  economic and socio-environmental ones. The article was motivated through  documentary research, where the concepts of reverse logistics and waste treatment  were tested, as well as the economic relationships that sustainable practices can  contribute to the visibility and development of companies, which can be the basis  for future implementations in companies interested in the positive return that was  described in the results. 

Keywords: reverse logistics, sustainability, ESG, waste

1. Introdução 

 Conforme a crescente busca em tornar-se a empresa com âmbito  socioambiental, muitas empresas vêm focando em aplicar estratégias para além de  contribuir com o meio ambiente e social tornar-se visível para investidores, onde  todas as partes interessadas nas performances socioambiental e de governança  verificam um impacto considerável no resultado financeiro das empresas.  

Aplicar a logística reversa é um dos pontos iniciais para ligar as empresas à  sustentabilidade e gerir alguns custos que antes poderiam ser irrelevantes ou  custos programáveis. Quando se tem uma economia circular oriunda de uma  logística reversa conseguimos enxergar novos meios de negócios, gestão de  matéria prima e até mesmo otimizar processos com base em reutilização e  reaproveitamento de matéria onde surgirá um desenvolvimento econômico para a  empresa. Sua aplicabilidade poderá trazer resultados de curto a longo prazo  dependendo do recurso e produto utilizados.  

Com isso pode-se trazer como exemplo a empresa UNICASA Indústria de  móveis, uma das maiores fabricantes da América Latina, onde a mesma possui em  suas atividades os tratamentos dos resíduos e políticas sustentáveis aplicando o  método dos 5 R’s que se resume em cinco palavras: repensar, recusar, reduzir,  reutilizar e reciclar. Esse método insiste em uma política para redução de resíduos,  onde os resíduos encontram-se em processo de descarte, o que nos instiga a  entender como sinônimo de valor parado tendo a necessidade de novos insumos  para o processo produtivo e custo para adequação no descarte.  

Visto o exemplo e a grande problemática dos tempos atuais em gerir  resíduos em prol a minimização dos impactos ambientais, utilizaremos dessas  pautas recursos para um estudo de aplicação de logística reversa em referências à  base do ESG.  

Os princípios do ESG darão uma base ao planejamento e aplicação da  logística reversa como parâmetro de minimização dos impactos gerados pelos  resíduos, tanto ambientais quanto socioeconômicos. Partindo do princípio de que a UNICASA é uma companhia que apresenta valorização acima da média da bolsa  de valores.

1.2 Justificativa

O destino correto dos resíduos sólidos pela indústria moveleira,  especialmente aqueles provenientes dos painéis de madeira, é desafiador. Visto  que o meio ambiente teria grande vantagem com o reaproveitamento destes  resíduos, como na contribuição como insumo para outro processo produtivo,  procurando reduzir a quantidade de resíduos descartados no meio ambiente.  

Considera-se também que parte destes resíduos podem ser utilizados para  geração de energia ou queimados em olarias em processos produtivos de outros  materiais como a cerâmica, logo emitindo gases à atmosfera promovendo impactos  ambientais.  

Com essa problemática foi visto a possibilidade de aplicar a gestão da  logística reversa na indústria moveleira abrindo as oportunidades de transformar as  indústrias desse ramo em companhias socialmente responsáveis, e como  referência para aplicação dessa nova gestão foi considerado os índices e boas  práticas do ESG. 

1.3 Objetivos 

Analisar os dados referente à indústria moveleira no Brasil e seus resíduos  gerados a fim de comparar a gestão de logística reversa aplicada nas empresas e  os impactos gerados pelo índice de sustentabilidade e parâmetros dotados das  diretrizes do ESG e contribuição ao GRI. Como objetivo em geral procurou-se  identificar os principais impactos dos resíduos da indústria moveleira para mapear  a aplicação ou não aplicação da logística reversa nas empresas do setor em  análise, e analisar a eficácia da logística reversa e os parâmetros do ESG para o  setor moveleiro. Em específico visa-se mapear e apresentar uma solução de logística reversa de móveis em chapas de madeiras considerando o reuso após tratamento para  reaproveitamento das mesmas. 

2. Revisão Bibliográfica 

Para essa seção foi necessário a leitura e compreensão de teses de  mestrado como base fundamentada para discorrer sobre o tema principal do  artigo, e também como referência de metodologia de análises documentadas a  fim de trazer veracidade aos dados qualitativos e quantitativos apontados nas  próximas seções 

2.1 Logística Reversa 

Nessa seção, iremos abordar o tema de logística reversa que a partir da  literatura, podemos constatar uma evolução na logística ao longo dos anos. Tais  mudanças se deram de acordo com as necessidades humanas, em disponibilizar  bens e serviços na quantidade e tempo desejado. Apesar de ter sido um  instrumento determinante em missões militares, a logística evoluiu para atender ao  mercado empresarial, desde a simples demanda de estocagem de mercadorias até  se tornar um fator determinante para melhoria de resultados perante a  concorrência, sendo um importante ponto estratégico no mundo empresarial  (LEITE, 2017). 

A logística teve sua origem na guerra, onde as tropas tinham que planejar  estratégias militares para deslocamentos de suas tropas, munições e equipamentos  para o campo de batalha (NOVAES, 2007). 

Dessa forma, ela pode ser definida como o processo responsável por  planejar, implementar e gerar controles da eficiência e custo efetivo do fluxo de  matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e informações  correspondentes do ponto de consumo ao ponto de origem a fim de recuperar valor  ou destinar a devida disposição (RORGERS e TIBBEN-LEMBKE 1999). 

Para Leite (2017) logística reversa é responsável por planejar, operar e  controlar o fluxo logísticos e suas informações, como também o fluxo reverso dos bens oriundos do pós-venda e do pós-consumo, para assim agregar valor seja na  parte econômica, prestação de serviço, nos quesitos ecológico, legislativo, de  imagem, entre outros. 

Assim, a logística reversa também é um processo de planejamentos,  implementação e controle do fluxo da matéria-prima, produtos acabados ou não,  bem como as informações a eles relacionadas, desde o ponto de consumo até o  posto de origem, com a finalidade de recuperação de valor e uma destinação  apropriada (ROGERS; TIBBENLAMBKE, 1998 apud SANTOS, 2012). 

Na concepção de Novaes (2001), com o objetivo de recuperar valor dos  materiais e destiná-los à disposição final, a Logística Reversa cuida do fluxo destes  produtos desde o início nos canais de consumo até o fim na sua origem. 

Dessa mesma forma, a logística reversa também é um processo de  planejamentos, implementação e controle do fluxo da matéria-prima, produtos  acabados ou não, bem como as informações a eles relacionadas, desde o ponto  de consumo até o posto de origem, com a finalidade de recuperação de valor ou  então dar a apropriada destinação (ROGERS; TIBBENLAMBKE, 1998 apud  SANTOS, 2012). 

Com a análise de Ribeiro em 2008, refere-se a aplicação da logística reversa  no processo de remanufatura em uma empresa de eletro eletrônico, foi possível  observar que a atividade de remanufatura, ao introduzir a peças usadas no  processo de fabricação, aumentou o grau de complexidade quando comparado  com as atividades de manufatura convencional. 

Seu trabalho buscou através do método de pesquisa: o estudo de caso e a  pesquisa bibliográfica, onde é possível proporcionar condições de reunir detalhes,  desenvolver uma avaliação crítica sobre os aspectos técnicos e operacionais que  precisavam ser equilibrados para desenvolver as atividades de planejamento e  controle da produção voltados para as operações de gerenciamento, que compõem  o fluxo reverso da empresa. Apresentando informações significativas para o  mercado ao se investigarem esses tais ajustes, contribuindo com a eficiência  econômica com respeito ao meio ambiente.

Ribeiro desempenhou uma pesquisa qualitativa, que de acordo com  ROESCH (1996) é uma pesquisa que se baseia na interpretação dos fenômenos e  na atribuição de significados, levando em conta que existe uma relação dinâmica  entre a realidade e o pesquisador. Sua unidade de análise foi uma empresa do  setor de eletroeletrônico, tendo como população-alvo profissionais da alta gerência  da empresa abordada que participaram da implantação do processo de  remanufatura. Além do que se refere a amostra, onde foram selecionados alguns  específicos participantes, que possuam cargos de alta gerência e que trabalhavam  na empresa havia mais de três anos, comprovando a adequação dos profissionais  para participar das entrevistas diretas. 

Para esse trabalho, foi necessário o uso de técnicas de coleta de dados  primárias, como entrevistas semiestruturadas, por se tratar de uma amostra não  probabilística e uma alta interatividade com o objeto de pesquisa, com o poder de  observação diária da realidade e a lógica indutiva, a fim de retratar a situação do  atual cenário de investigação. 

As perguntas que foram utilizadas para esse trabalho possuíam temas  correlatos à teoria utilizada e foram agrupados em temas, desde a contextualização  da logística reversa até como a caracterização dos processos de remanufatura e a  gestão de estoques e o PCP. 

A logística reversa, por ser uma atividade integrada, é realizada nesse caso  por duas empresas, onde a principal e atual estudada é denominada de “ALFA” é  a responsável pelo processo de remanufatura, operador logístico e responsável  pela operacionalização do todo o processo de logística reversa. A segunda como  “Sigma” que defende o meio ambiente como mais que apenas um bom negócio e  por isso desenvolveu um programa de coleta de cartuchos, onde coleta os  cartuchos de toner usados em qualquer lugar do brasil, trazendo a consciência de  que o tratamento incorreto pode trazer ao meio ambiente e como incentivo, é  possível até desenvolver um cashback as empresas que devolvem seus cartuchos.  Ela é responsável pela criação da política de incentivo do retorno de cartucho,  informação da demanda de vendas e contratação e acompanhamento do operador  logístico e da remanufatura.

As duas empresas trabalham em conjunto para recolher os cartuchos,  realizar uma pré-seleção, inspeção, recarregar, remontar e vender novamente. 

Dessa forma, como conclusão desse trabalho foi possível observar diversos  pontos e variáveis que deveriam ser readequados e corrigidos, para garantir um  aperfeiçoamento contínuo. 

A empresa ALFA precisou adequar seus processos de manufatura à nova  atividade de remanufatura, alguns pontos devem ser revisados por uma série de  ações como: criação de procedimentos específicos; intensificação de treinamento  da mão-de-obra direta; maior detalhamento dos processos produtivos; condições  de transporte e armazenamentos. E assim, algumas sugestões foram apresentadas  como: Criação de procedimento para controle e identificação do número de  remanufaturas já realizadas em um cartucho e o desenvolvimento de caixas  reaproveitáveis de transporte para cartuchos usados. 

Sobre a relação do principal objetivo do equilíbrio dos aspectos técnicos e  operacionais necessários para execução da atividade de planejamento e controle  da produção, pode se garantir, que o grau de complexidade para execução da  atividade de remanufatura é maior em relação à atividade de manufatura  convencional, devido ao maior número de variáveis que devem ser controladas.  

Observando que o maior provocador se refere a incerteza da uniformidade  dos cartuchos reutilizados, refere-se a sua qualidade duvidosa. Afetando totalmente  as atividades do PCP. De forma, que para eliminar qualquer variável, deve-se  investir na estruturação da empresa através da implantação de tecnologias de  informação, voltadas para a realização da atividade de remanufatura. 

2.2 Setor Moveleiro e seus processos 

Essa seção constituirá das características e processos da madeira no setor  moveleiro.  

As características da madeira permitiram que ela se tornasse, ao longo do  avanço humano, uma das maiores matéria-prima versátil no mundo. Capaz de ser  empregada em diversos produtos, tais como: celulose, resinas, energia, madeira serrada, madeira roliça e chapas de madeira reconstituída a base de fibras,  partículas e lâminas. (FAGUNDES, 2003). 

Com o aumento sucessivo da população, o consumo de madeira no mundo  obteve um aceleramento eminente e, dessa forma, impactando diretamente nas  reservas de madeiras nativas, principalmente de florestas tropicais. Assim, o que  temos hoje é um resultado de escassez dessa matéria prima para o suprimento da  demanda.  

“Diante desta necessidade reforçou-se aquela que é a característica maior  da madeira: a de ser um material renovável” (FAGUNDES,2003). 

Dessa forma, elevou-se o objetivo de buscar formas mais rápidas e  eficientes para obter matéria prima, a fim de aumentar a produção de produtos  sólidos da madeira principalmente para a indústria de móveis e construção civil. 

O processo industrial da madeira gera diversas obras e resíduos que  necessitam de gerenciamento. Embora esses sedimentos possam ser  biodegradáveis, o descarte inadequado pode causar impactos ambientais  negativos. Sendo que podemos reutilizar e reaproveitar para diversos fins mais  lucrativos, lícitos e sustentáveis dentro das organizações. (FAGUNDES.2003). 

A indústria de móveis brasileira é composta pela multiplicidade de matérias  primas, diversos insumos e tecnologias aplicadas aos processos produtivos, por  produtos e serviços desenvolvidos principalmente por pequenas e médias  empresas. Sendo assim, as indústrias moveleiras possuem concepções diferentes  e se encontram em estágios distintos quanto à eficiência produtiva, sustentabilidade  e inovação quanto ao tipo e uso destinado ao mobiliário, buscando soluções  específicas para atender as demandas empregadas aos seus negócios.  (GALINARI, R et al., 2013). 

A indústria de móveis conta com 22,5 mil empresas no país e representa  5,6% da produção industrial, emprega 256 mil pessoas, correspondendo a 3,1% do  emprego na indústria (DEPEC BRADESCO, 2017).

Não há padronização, a fabricação ocorre sob encomenda com baixo grau  de uniformidade, peças únicas conforme projeto. Quanto ao tipo de operação, os  processos podem ser divididos em contínuos ou discretos. O processo de uma  marcenaria sob medida pode ser classificado como discreto, associado ao grau de  padronização e ao volume de produção demandada. E dentre os processos  discretos, pode ser classificado como processo por projeto que tem como finalidade  atingir uma necessidade estabelecida pelo cliente, especificações que mantém  estreita relação com os gostos pessoais do mesmo, com data de entrega e que,  desta forma, exige alta flexibilidade (TUBINO, 2000).  

2.3 ESG aplicado nas empresas  

Nessa seção será abordado o tema de ESG, onde segundo Andrews,  procura apontar os reflexos econômicos oriundos das práticas do ESG nas  empresas de capital aberto, as quais essas práticas se referem a três dimensões  da sustentabilidade, sendo elas, ambiental, social e governança. Afirma que as  empresas que adotam essa postura advinda dessas práticas têm sido consideradas  mais confiáveis pelos acionistas, consumidores, governo e sociedade, por  proporcionar a transparência de suas ações a partir de relatórios que apontam  índices de sustentabilidade. 

A problemática consiste na avaliação da eficiência econômica de posturas  sócio ambientalmente responsáveis no ambiente corporativo, utilizando  metodologias como pesquisa exploratória, qualitativa, de corte transversal através  de estudo de caso e análise hipotético-dedutivas embasadas nos resultados  obtidos com a pesquisa. Visto também na dualidade que apresenta no setor privado  em adequar as medidas entre obtenção de lucro e promoção do bem-estar social e  ambiental. 

Em sua tese Andrews usufruiu em uma metodologia francesa para  estruturação da sua defesa em parte A e B, onde na Parte A aponta o conceito  histórico da atuação empresarial trazendo a dualidade comentada anteriormente  entre maximização de lucros e responsabilidade social corporativa. Como parte B 

focou em apontar reflexões sobre as posturas socioambientais e recomendações  para sua aplicação pelas empresas de capital aberto. 

Segundo dados da XP Investimentos, há uma estratégia mais utilizada pelos  investidores no Brasil que seria do filtro positivo onde os investidores optam pela  inclusão de projetos e empresas que valorizam os aspectos do ESG em sua  atuação, assim como em segunda instância a estratégia mais utilizada seria a do  filtro negativo onde age ao contrário do outro filtro, excluindo assim empresas,  projetos, países e setores que não valorizam as práticas ESG. Sendo assim,  indicando que a transparência em matéria socioambiental é um fator determinante  para que a companhia figure bem aos olhares de investidores que utilizam das  estratégias, afirma-se também que essas estratégias são complementares para  atuação da empresa tanto em sua análise, mas como em se tornar melhor opção  para investidores. 

Foi realizado um estudo de caso da empresa COPEL que trabalha com  geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, e atua em  10 estados brasileiros, onde a mesma possui um conselho independente onde  integrarão no comitê de auditoria, onde é concebido para atender ao estatuto  jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista. Essa peculiaridade  da COPEL contribui para uma melhor qualidade em matéria de Governança  Corporativa e conta com pontos positivos de ESG. Foi apontado que dentre as  dimensões do ESG, há tendencia de melhoras no quesito de diversidade e inclusão,  onde há apenas 1 negro como parte do conselho e uma conselheira. Em  contrapartida possui uma boa performance socioambiental em seu ramo, tornando  surpreendente a sua relação com o desempenho ambiental pelos manejos de  recursos naturais e emissão de gás carbono. Essa análise foi a partir do relatório  integrado e de materialidade, observando as recomendações da GRI (Global  Reporting Initiative). 

As recomendações para aplicação de uma política socioambiental sólida e  eficiente verifica-se que é necessário o engajamento do conselho, planejamento  estratégico, capacitação dos colaboradores e adoção de posturas corporativas e  sociais. Para isso, as métricas ESG são fundamentais na análise de risco e a  divulgação dos resultados decorrentes das estratégias socioambientais adotadas 

pela empresa, aconselhado serem transparecidos nos relatórios integrados  seguindo orientações do GRI. 

3. Metodologia 

A metodologia consiste em delinear os métodos associados à análise dos  dados coletados fazendo a ponte entre teoria e uma situação real, com a finalidade  de buscar esclarecer o entendimento sobre o assunto para suprir os objetivos do  artigo. 

3.1 Conceito da aplicação da logística reversa no setor moveleiro 

No Brasil, o descarte de móveis velhos de forma irregular é uma prática muito  utilizada, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) de 2010 prevê que as  empresas geradoras são responsáveis, juntamente com o poder público e  consumidores, pelo ciclo de vida dos produtos, para assim minimizar a quantidade  de resíduos descartados na natureza, diminuindo os impactos ambientais. 

Este conceito se dá através da Logística Reversa de Pós Consumo. Que se  caracteriza por canais de distribuição reversa de bens descartados após a  comercialização e uso, podendo ser produtos em sua forma original de produção  ou também partes, peças, materiais constituintes e resíduos. Este gerenciamento  reverso ocorre por diversos motivos, como leis reguladoras, geração de valor  destes itens descartados, bem como todo interesse de mercado e meio ambiente  ligados à sustentabilidade (PEREIRA, BOECHAT, et al., 2012). Eles afirmam que  vida útil de um produto é determinada pelo tempo em que se concede a produção  até o descarte deste item por quem o adquiriu, assim podemos classificar os bens  de pós consumo, sendo: 

Produtos duráveis, aqueles que podem durar por anos ou décadas, estes  são bens oriundos dos mercados automobilístico, industrial, aeronáutico,  embarcações, de construção civil e os produtos eletrodomésticos, eletroeletrônicos,  entre outros.

Produtos semiduráveis, os bens que podem durar entre alguns meses  podendo chegar a dois anos, se caracterizando entre bens duráveis e descartáveis.  Como baterias de equipamentos eletrônicos e automotivos, óleos lubrificantes,  entre outros, apresentam duração de vida útil média de alguns meses, raramente  superior a dois anos. 

Produtos descartáveis, são os que apresentam vida útil em média de  semanas a seis meses, são embalagens, brinquedos, materiais para escritório,  pilhas e baterias para equipamentos etc. 

Assim podemos classificar os móveis oriundos do setor moveleiro, como  bens duráveis, portanto estes terão um ciclo de vida mais longo e no fim da vida útil  serão descartados, definido seu ciclo no fluxo reverso de pós-consumo.  

Um destino sustentável viável para que estes móveis de madeira não parem  em lugares irregulares nas cidades e evitando de serem apenas descartados em  um aterro, é o uso destes resíduos para a produção de fonte de energia renovável  a partir da biomassa, agregando valor de forma sustentável. 

3.2 Tipos de resíduos de madeira  

A escassez de matérias primas e insumos, está cada vez mais aumentando  a preocupação e discussões sobre sustentabilidade em diversos setores.  

Dessa forma, a necessidade de desenvolver uma nova economia com  menos dependência de novos insumos, se faz primordial. O ecodesign surge como  uma ferramenta de gestão ambiental que se concentra nos processos de produção,  distribuição e utilização dos produtos, auxiliando na redução do uso dos recursos  não renováveis e ainda minimizando o impacto ambiental durante o ciclo de vida  dos produtos. Dessa maneira, o objetivo final é reduzir a geração de resíduo e  economizar custos de disposição final. 

Atualmente, a grande parte das indústrias moveleiras nos grandes polos  industriais pelo Brasil (Figura 1), usam em seus processos produtivos de  mobiliários, os painéis de madeiras que são sustentados pela implantação e 

modernização das florestas plantadas. O setor de painéis de madeira brasileiro  apresenta uma grande movimentação comercial e econômica, apresentada pela  alta competitividade do setor florestal brasileiro, da qualidade, do reconhecimento  e aceitação do produto nacional no mercado interno e externo. 

Os painéis de madeira são estruturas fabricadas com madeiras em lâminas ou em diferentes estágios de desagregação que, aglutinadas pela  ação de pressão, de temperatura e da utilização de resinas, são novamente  agregadas visando à manufatura. A principal vantagem desse tipo de produto  é a aplicação como substituto da escassa e encarecida madeira maciça em diferentes usos, como na fabricação de móveis, portas, pisos e rodapés.  (BIAZUS, A et al., 2010) 

Figura 1 – Pólos Moveleiros no Brasil  

Fonte: MOVERGS 

ªNão considerado como polo moveleiro 

Segundo os dados da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de  Madeira – ABIPA em 2014, o Brasil é um dos principais produtores de painéis de  madeira reconstituída. Os principais materiais fabricados pelos produtores são:  MDF (Medium Density Fiberboard), HDF (High Density Fiberboard), MDP (Medium  Density Particleboard).

O MDF é fabricado com as madeiras de Pinus e Eucalipto provenientes de  cultivos florestais sustentáveis. Esse produto é considerado um material  ecologicamente correto por diminuir o desmatamento de florestas nativas. Quando  transformado em painel, sua superfície ganha uniformidade e uma alta densidade,  constituindo um painel homogêneo devido a suas fibras de média densidade com  considerável capacidade de usinagem, por isso é muito procurado para uso em  peças frontais do mobiliário, no qual pode receber inúmeros revestimentos, como a  pintura ou revestimentos laminados (ABIPA, 2014). Processo demonstrado na  figura 2. 

Figura 2 – Processo de fabricação do MDF 

Fonte: BNDES 

O painel de HDF possui fibras de alta densidade, o que lhe concede uma  boa estabilidade dimensional, uniforme e lisa. É produzido em espessuras um  pouco menores comparado ao MDF, utilizado especialmente em projetos de peças  internas dos mobiliários, como gavetas ou até mesmo em pisos, divisórias e portas  na construção civil. (ABIPA, 2014).

O MDP é um material de painel mais recente, porém de grande uso  atualmente nos projetos mobiliários por seu valor econômico. Possui partículas de  média densidade, que são posicionadas de forma diferenciada em referência ao  MDF e ao HDF. Sendo assim, o MDP possui uma característica de flexibilidade,  além de grande estabilidade dimensional, suportando muito bem diversos tipos de  pressões. Este material é utilizado muito em peças retilíneas (tampos de mesa,  estantes, divisórias, gavetas, laterais de armários), sendo assim muito usado em  indústrias de móveis em série. Processo demonstrado na figura 3. 

Figura 3 – Processo de fabricação do MDP  

Fonte: BNDES  

Assim sendo, os possíveis resíduos gerados por todo processo produtivo da  madeira por esses painéis podem ser classificados como: pó, serragem e retalhos  (lenhas). (LIMA; SILVA, 2005).

3.2.1 Processo de reaproveitamento dos resíduos de madeira  

A utilização dos resíduos e sobras deverá ser feita a partir de programas e  mecanismos que permitam a agregação de valor (Logística Reversa). Essa  agregação de valor é capaz de aumentar a competitividade das empresas  processadoras de madeiras, além de gerar empregos de forma direta e indireta. O  aproveitamento ou reaproveitamento desses resíduos auxiliam na adequação das  empresas dentro de parâmetros mais sustentáveis, considerando os riscos de  impactos ambientais devido a destinação incorreta dos resíduos, principalmente da  serragem (FAGUNDES, 2003). 

Dentro do ambiente industrial, a finalidade sustentável para esses resíduos,  podem ser dentre a produção de materiais combustíveis, na geração de energia em  indústria termelétricas, na indústria de painéis reconstituídos e até na agricultura.  

Pesquisadores da Unicamp estão trabalhando com a termo conversão de  biomassa por pirólise rápida. Resíduos de madeira ou resíduos agrícolas são  colocados numa espécie de circuito fechado e queimam tão rapidamente que  vaporizam. O vapor resultante é chamado de bio-óleo, caracterizado como  combustível energético que pode substituir outros combustíveis fósseis, sendo  renovável e não poluente (CASSILHA, 2004). 

Em uma grande parte das indústrias moveleiras, a destinação dos resíduos  de madeiras originários dos processos de produção são enviados para a queima  em olarias. Mas, em especial a serragem também pode ser entregue para os  aviários e caldeiras que irão auxiliar na para geração de energia. (MAFFESSONI,  2012) 

Sendo assim, a queima dos resíduos sólidos, provenientes da madeira, não  é considerada tóxica, porém a queima provinda dos resíduos de madeiras tratadas  ou pintadas, podem acarretar graves prejuízos ao meio ambiente. Diante disso, foi  criada a Portaria N°009/2012, de 08 de fevereiro de 2012, artigo n°4 (FEPAM, 2012)  que possui a finalidade de tentar reduzir a emissão de gases tóxicos na atmosfera  originária da queima de MDF e MDP pela indústria moveleira, onde é proibido o uso  como combustível de qualquer derivado de madeira (pó, cavaco, cascas, serragem,compensados, aglomerados, MDF, MDP e semelhantes) que foram tratados ou  contaminados com outros produtos halogenados, antifúngicos, tintas, vernizes,  adesivos e revestidos de plásticos e/ou PVC. Sendo vetado também a queima  desses derivados em ambientes que manuseiam produtos alimentares. 

De acordo com Mcdonough e Braungart (apud WILDNER, 2015), “Como todo  processo produtivo gera resíduos, a melhor solução seria utilizar este resíduo,  proveniente da produção de um móvel, por exemplo, para produzir outro  móvel ou parte dele, com qualidade semelhante ou melhor do que a original.  Esta perspectiva é chamada de cradle to cradle, no qual os resíduos não são  destinados, mas servem de matéria-prima para um novo produto. Ainda de  acordo com esta perspectiva, o projeto de mobiliário pode ser pensado para  ao fim de seu uso, voltar à fábrica que o produziu, onde será reciclado e  servirá de matéria-prima para um novo produto, fechando o ciclo do berço ao  berço e acabando por não contaminar o meio ambiente” 

Dessa forma, devido a alta quantidade de resíduos que são descartados  impactando o ambiente de forma econômica e sustentável pelas indústrias e  empresas, seria importante a conscientização de reuso desses resíduos,  reaproveitando para empregar e reutilizar em novos produtos, seja para a área  comercial ou uso dos mobiliários, agregando valor ao produto. (WILDNER, 2015) 

3.3 Gestão da sustentabilidade e Índices do ESG. 

Para fundamentar a inserção do ESG no tema sugerido foi realizada a  pesquisa documental em uma tese de doutorado, onde foram extraídos os  conceitos necessários para fundamentar ainda mais o artigo. 

Portanto a necessidade da gestão da sustentabilidade e de suas dimensões  começaram a trazer relevâncias não só em âmbito lucrativo para empresas, isso se  reflete na opinião de Espinosa (1993), em que o desenvolvimento sustentável é complexo e que há́ interesses estratégicos e econômicos ligados ao assunto,  porém a ideia de Maimon (1994), onde uma das fases da gestão ambiental trata-se  da adaptação das empresas as pressões regulamentares e de mercado, focando  a emissão de poluentes, sem grandes mudanças nos processos produtivos e sem  grandes mudanças estruturais. Na segunda fase, as organizações modificam processos e produtos como forma de atender às pressões. A terceira fase é marcada pela proatividade e preocupação com os resultados futuros. 

Em algumas situações, a empresa começa a oferecer produtos mais  sustentáveis através de pressão dos clientes, porém há casos que decidem integrá-la à sua estratégia por ver os benefícios da sustentabilidade. “Em estágios mais  avançados, as companhias começam a causar um impacto positivo na sociedade  pois possuem um propósito claro e entendem seu amplo papel social.” aponta a  redatora Isabel Rocha para a Revista EXAME.  

Investimento ESG é definido como uma estratégia de investimento que  considera não apenas o cenário macroeconômico, a estratégia corporativa e os  relatórios financeiros, mas também os dados não financeiros e como a empresa se  posiciona de acordo com as questões de desenvolvimento sustentável, ao avaliar  os potenciais alvos para um investimento de longo prazo. 

Os principais tópicos que são levados em consideração em cada um dos  aspectos dessa prática, foram identificados: 

Ambiental: Riscos de mudança climática, fornecimento de água e matéria prima, poluição e gerenciamento de resíduos, energia renovável. Social: Saúde e segurança do trabalho, segurança do produto, rede de  fornecedores e parceiros, iniciativas de impacto social. 

Governança: Metodologia de remuneração dos executivos, direitos dos  acionistas e ética empresarial, diversidade da força de trabalho, transparência nos  relatórios da empresa.  

Dessa forma foram cruzados os aspectos apontados acima com o relatório  aos investidores da empresa UNICASA, focando na sustentabilidade e aplicação  da logística reversa, os ideais que os orientaram a aplicar medidas que circundam  as diretrizes do ESG.  

Em seu relatório, a UNICASA enfatiza a utilização do método dos 5R’s em  suas práticas, esse princípio foca em reduzir a produção de resíduos e se caso houver a geração do mesmo, induz a utilizá-lo no processo produtivo ou até  mesmo sugere o descarte adequado e os devidos tratamentos. 

Esta seção tem o objetivo de descrever melhor como a adoção de boas  práticas ESG pode representar uma fonte de vantagem competitiva que se traduzirá  em maior lucratividade e aumento no valor das ações. Busca-se analisar cada um  dos seguintes fluxos de valor ESG adicionais, com base na literatura acadêmica  existente, percepções do autor e exemplos. 

4. Resultados 

Os resíduos de madeira podem ter diversas finalidades sustentáveis, que  irão fazer com que esses resíduos não sejam descartados de maneira ilegal,  desprezando o meio ambiente.  

Atualmente no mundo industrial cada empresa possui sua responsabilidade  com os resíduos projetados e cada uma consegue definir o melhor caminho para o  reaproveitamento desses resíduos. É de se esperar que essas empresas tenham  uma preocupação cada vez maior com o gerenciamento dos resíduos e com a  minimização dos impactos ambientais. 

Com a evolução tecnológica, é possível explorar e se beneficiar de diversos  meios de empregar o que seria “lixo”, sem utilidade alguma, em material renovável,  reutilizável e fonte de lucro. 

A Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário acredita que a logística  reversa para móveis seja um importante instrumento de desenvolvimento  econômico, social e ambiental. Mais do que um simples descarte dos resíduos  produtivos, um plano de ação adequado à Política Nacional de Resíduos Sólidos  permite a reinserção apropriada desses materiais em novos ciclos de produção”. 

Sendo assim foram analisados dados de empresas que possuem a gestão  ambiental nos processos produtivos com as práticas do ESG, em conjunto com as  leis ambientais mencionadas anteriormente.

Na pesquisa realizada referente a UNICASA onde foi identificado segundo  Fernando Soares em sua publicação para revista digital CAPA HGZ “há uma  companhia que apresenta valorização acima da média da bolsa”. Logo dentro dos  parâmetros analisados no ESG, os investidores acreditam que as empresas  preocupadas com questões ambientais, sociais e de governança corporativa  podem explorar fontes de vantagem competitiva de longo prazo que criam valor  para seus proprietários e acionistas.” (Neto, João, A. 2022).  

Em seus relatórios aos investidores, a UNICASA apontou as seguintes  premissas tomadas no ano de 2021 em questão de sustentabilidade: 

“Conforme determinação da legislação ambiental, segregamos, identificamos e destinamos nossos resíduos de acordo com a classificação  dada pela norma NBR 10004 da ABNT e compatível com a melhor  tecnologia de disposição ou tratamento. Os dados de geração e destinação  são informados trimestralmente ao órgão ambiental do estado do RS – FEPAM Fundação Estadual de Proteção Ambiental – através da “Planilha  Trimestral de Resíduos Sólidos Industriais Gerados”, ainda, todos os  receptores dos resíduos sólidos gerados por nós estão devidamente  licenciados pelos órgãos ambientais.” 

Além das normas seguidas utilizam do método 5R’s para melhor gestão dos  resíduos gerados, dentre eles, é pertinente expor os fatores mais relevantes a esse  artigo, que seriam:  

Reciclagem: processo que se inicia com a segregação dos resíduos para  posterior envio para empresas que através de técnicas de limpeza e fragmentação  e transformação recuperam a matéria prima e a inserem em um novo processo  produtivo; 

Repensar: análise periódica do processo produtivo a fim de verificar medidas  que possibilitem um melhor aproveitamento das matérias primas e insumos  evitando os desperdícios. Investimentos em tecnologia buscando processos mais  eficientes e com menor impacto ambiental; 

Recusar: não utilizar matérias primas e insumos que representem riscos  ambientais desnecessários. 

Visto a base da gestão sustentável dessa companhia, analisamos os últimos  dados de investimentos recebidos e visibilidade da empresa na bolsa de valores.

As informações analisadas foram prestadas em seu Relatório aos investidores em  2020 e 2021. 

Com olhar para o mercado foi descrito em relatório aos investidores  publicado em 2022 que “a receita bruta de vendas no mercado interno e externo  atingiu R$278,38 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2021, o  que representou um acréscimo de 44,6% ou R$85,88 milhões, em relação a 31 de  dezembro de 2020.” Esse índice de aumento na receita bruta de vendas, a qual  consiste em quanto uma companhia conseguiu faturar em determinado período,  sugere um grande chamariz para os investidores, considerando que essa métrica  é importante para que os investidores possam medir a qualidade do investimento e  analisar qual o possível risco que correria ao investir nela. 

5. Considerações finais. 

Através dos objetivos traçados para esse artigo foi possível analisar e  compreender o comportamento da empresa UNICASA mediante as práticas do  ESG onde o seu desenvolvimento e metas esta como referência no setor moveleiro,  pois foi identificado métodos que impulsionam a sustentabilidade e incentiva a  logística reversa no meio industrial. Obtemos um resultado positivo em relação ao  crescimento da empresa visto as iniciativas de seu relacionamento com os  investidores o que é importante para as métricas do ESG progredirem dentro da  empresa.  

Esta relação que foi tratada no artigo só foi possível mediante a metodologia  de revisão bibliográfica, onde foi estudado os principais tópicos relacionados a  problemática do descarte dos resíduos e sua possível reutilização através da  logística reversa. Apesar de não haver muitas indústrias moveleiras com capital  aberto e que apresentam os relatórios aos investidores, buscamos evidenciar pela  UNICASA a oportunidade que há na aplicação dos conceitos abordados como tema  principal é mostrar a visibilidade que esta indústria teve ao exercer as boas práticas  do ESG. Sendo assim, o artigo poderá ser base para futuras pesquisas mais  aprofundadas no tema e proporcionar uma orientação para que nos próximos trabalhos sejam feitos com mais complexidade em empresas madeiras que não  possuem o capital aberto. 

6. Referências  

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE PAINÉIS DE MADEIRA – ABIPA. Nossos produtos: MDP Disponível em <http://www.abipa.org.br/:> . Acesso  em: 28 jun. 2022. 

BELLEN, H. M. van. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa.  Santa Catarina, nov. 2002. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção),  Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. 

BIAZUS, André; HORA, André Barros da; LEITE, Bruno Gomes Pereira. Panorama  de mercado: painéis de madeira. BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n.32 , p. 49-90,  set. 2010. 

DALL ONDER, Gustavo. Formulário de Referência – 2022 – UNICASA INDÚSTRIA  DE MÓVEIS S.A. Disponível em: <https://ri.unicasamoveis.com.br/>. Acesso em:  11 Nov. 2022. 

DOS NETO, João A.; ANJOS, Lucas Cardoso; JUKEMURA, Pedro K.; et al. ESG  Investig.: um novo paradigma de investimentos?. Blucher, 2022. E-book. ISBN  9786555065619. Disponível em:  https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555065619/. Acesso em: 25  set. 2022. 

ESPINOSA, H. R. M. Desenvolvimento e meio ambiente sob nova ótica. São Paulo:  Ambiente 7(1), 1993 

ROCHA, Isabel. EXAME – ESG As três letras do sucesso responsável. 2021.  Disponível : https://lp.exame.com/wp-content/uploads/2022/05/ESG-As tre%CC%82s-letras-do-sucesso-responsa%CC%81vel_v3.pdf?. Acesso: 02 out.  2022.

FAGUNDES, H. A. V. Produção de Madeira Serrada e Geração de Resíduos do  Processamento de Madeira de Florestas Plantadas no Rio Grande do Sul. 2003.  173 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Programa de Pós-Graduação em  Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.  Disponível em:  https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4567/000412901.pdf Acesso  em: 25 out 2022 

GALINARI, R.; TEIXEIRA JÚNIOR, J. E.; MORGADO, R. A competitividade da  indústria de móveis do Brasil: situação atual e perspectivas. BNDES Setorial, Rio  de Janeiro, v. 37, 2013, p. 227-272. Disponível em . Acesso em 21 de setembro de  2022  

Indústria de Móveis. BRADESCO. 2017. Disponível em <https://www.economiaemdia.com.br/EconomiaEmDia/pdf/infset_industria_de_mo veis.pdf>. Acesso em 31 de julho de 2022.  

LIMA, Elaine Garcia de; SILVA, Dimas Agostinho da. Resíduos gerados em  indústrias de móveis de madeira situadas no Pólo Moveleiro de Arapongas-PR.  Revista Floresta, Curitiba – PR, v. 35, n. 01 de setembro de 2022. 

LEITE, P. R. Logística Reversa: Sustentabilidade e Competitividade, 3. ed. 2017.  E-book. ISBN 9788547215064. Disponível em:  https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547215064/. Acesso em: 10  out. 2022. 

MCDONOUGH, William; BRAUNGART, Michael. Cradle to cradle: Criar e reciclar  ilimitadamente. Tradução: Frederico Bonaldo. São Paulo: Editora G Gili, 2013. 

MAFFESSONI, Daiana; MENEGUZZI, Álvaro. Diagnóstico da gestão dos resíduos  de madeira e de chapas nas indústrias do Pólo Moveleiro de Bento Gonçalves. 3°  Congresso Internacional de Tecnologias para o Meio Ambiente. Bento Gonçalves,  25 a 27 abr. 2012.

MAIMON, D. Ecoestratégia nas empresas brasileiras: realidade ou discurso?  Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 34, 1994. 

MARTINS, Aline. A Indústria Moveleira se reencontra na ForMóbile 2022.  Disponível em: <https://avozdaindustria.com.br/oportunidades/industria-moveleira se-reencontra-na-formobile-2022>. Acesso em: 20 set 2022. 

MANZINI, Ezio; VEZZOLI, Carlo. O desenvolvimento de produtos sustentáveis: os  requisitos ambientais dos produtos industriais. São Paulo: Edusp, 2011. 

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de  Janeiro: Elsevier, 2007.  

PEREIRA, André L.; BOECHAT, Cláudio B.; TADEU, Hugo Ferreira B.; SILVA,  Jersone Tasso M. Logística Reversa e Sustentabilidade. Cengage Learning Brasil,  2012. E-book. ISBN 9788522113941. Disponível em:  https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522113941/. Acesso em: 25  set. 2022. 

PEREIRA, Andréa Franco; CARVALHO, Laura de Souza Cota; PINTO, Ana  Carolina de Oliveira. Resíduo de madeira: limites e possibilidades de seu uso como  matéria prima alternativa. P&D Design 2010 – 9° Congresso Brasileiro de Pesquisa  e Desenvolvimento em Design, São Paulo, 2010. 

TIBERTI, A. J. Desenvolvimento de software de apoio ao projeto de arranjo físico  de fábrica baseado em um framework orientado a objeto. São Carlos: Escola de  Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2003  

TUBINO, D. F. Manual de planejamento e controle da produção. 2.ed.São Paulo:  Atlas, 2000. 

DEPEC BRADESCO. BRADESCO 2022. Disponível em:  <https://www.economiaemdia.com.br/BradescoEconomiaEmDia/static_files/pdf/pt/ monitores/setorial/Varejo.pdf> Acesso em: 01 set 2022. 

WILDNER, Marcus Vinicius. Reaproveitamento de resíduos da indústria moveleira  para aplicação em novos produtos mobiliários. Lajeado, 2015 

.