AS CONTRIBUIÇÕES DO GRUPO TERAPÊUTICO NA PSICOTERAPIA  INDIVIDUAL INFANTIL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7360963


Carla Karolyne Lopes Puigcerver
Laura Beatriz de Freitas Andrade Luna
Orientador: Prof. msc. Wollace Scantbelruy


Este trabalho tem objetivo apresentar como os grupos terapêuticos influenciam e apresentam bons resultados no desenvolvimento de crianças que recebem acompanhamento psicoterápico individual, demonstrando como ambos os métodos se complementam, uma vez que pontos de vistas, questões e até mesmo emoções que podem se manifestar quando se está participando de um grupo, além de explorar e desenvolver habilidades sociais e estimular do convívio e a partilha em grupo. E é através das observações dos grupos que o psicólogo estabelecer uma percepção sobre essas questões e desenvolver uma forma de trabalha-las na psicoterapia individual. A presente pesquisa tem como uma abordagem bibliográfica, de caráter descritivo e exploratório. 

Palavras-chave: Grupo terapêutico; Psicoterapia individual; Psicoterapia infantil; 

THE CONTRIBUTIONS OF THE THERAPEUTIC GROUP IN INDIVIDUAL  INFANTILIZED PSYCHOTHERAPY 

This paper aims to present how therapeutic groups influence and have good results in the development of children who receive individual psychotherapy, showing how both methods complement each other, since points of view, issues and even emotions that may be manifested when you are participating in a group, besides exploring and developing social skills and stimulating the conviviality and group sharing. And it is through the observations of the groups that the psychologist can establish a perception about these issues and develop a way to work them in individual psychotherapy. The present research has a bibliographic approach, of descriptive and exploratory character. 

Keywords: Therapeutic group; Individual psychotherapy; Child psychotherapy

1 INTRODUÇÃO 

O grupo terapêutico teve seu início em julho de 1905, foi criado por Joseph H. Pratt, um médico Norte Americano que trabalhava como Clínico Geral no Ambulatório do Massachusetts General Hospital (Boston), Pratt início aos seus grupos com pacientes com tuberculose que eram impossibilitados de arcar com os custos da internação, o objetivo dos grupos eram educacionais ele queria ensinar aos seus pacientes formas cuidar de si e de sua doença.  

E com o passar do tempo esse método foi adotado também por outros locais dos Estados Unidos para o tratamento não apenas de pacientes com tuberculose, mas também pacientes com doenças mentais. Eles usam as reuniões para transmitir simultaneamente instruções e conselhos e fornecer suporte a um grupo de pacientes com problemas, sintomas e doenças semelhantes. Além do efeito benéfico em outro paciente quando um paciente apresenta melhora, a oportunidade de compartilhar experiências de situações semelhantes é um dos fatores importantes. 

Atualmente diferentes procedimentos dessa modalidade de tratamento foram desenvolvidas para atender a grupos específicos de pacientes com as mais diversas condições médicas e sociais. O fato de esta tendência ser evidenciada por um maior interesse e variação marcante em uma maior especificidade na terapia não implica que esta abordagem seja superior a outras modalidades psicoterapêuticas, embora seja muito favorável, tanto no que se refere aos transtornos mentais quanto aos psicológicos. 

A psicoterapia individual ou apenas terapia, busca entender por meio do diálogo os temas apresentado pelo paciente durante as sessões, e assim por meio de um conjunto de técnicas, visa apresentar uma forma de tratamento que possibilite ao paciente compreender suas emoções, desejos, sentimentos e suas próprias condutas. 

A contribuição que o grupo terapêutico associado à psicoterapia individual infantil pode ser benéfica de várias formas, pois quando esse indivíduo estiver reunidos com colegas da mesma faixa etária, surgirão assuntos em comum, dessa forma aprenderam a adquirir autonomia, poderão expressar a sua opinião e ouvir o que os colegas tem a dizer, e assim desenvolverão as suas habilidades sociais, aprendendo a conviver em grupo, assim alguns temas não precisam ser abordados na dentro psicoterapia individual. O papel do psicólogo será coordenar esses grupos, trazendo pautas interessantes para serem discutidas em grupo. 

A importância tanto do Grupo terapêutico como da Psicoterapia individual é que ambas apresentam resultados positivos no desenvolvimento do indivíduo, assim melhorando aspectos da sua vida em várias áreas, e modificando seu cotidiano de forma positiva. 

2 PSICOTERAPIA  

A psicoterapia individual é uma forma de tratamento para o paciente, orientada por um psicoterapeuta. Importante destacar o significado de psicoterapia como contato, desenvolvimento, crescimento, treinamento para uma relação pessoa mundo, educação através de um encontro positivo, que exclui qualquer tipo de dependência desnecessária. 

Para Ribeiro (2013, p. 38-39), a psicoterapia é, 

[…] um processo de envolvimento, no qual duas pessoas se encontram numa relação profunda e significativa, e no qual o psicoterapeuta desempenha e vive a função de agente de mudança e o cliente experiência situações passadas, presentes e futuras, procurando compreendê-las através da vivência no presente, convivendo com emoções, fantasias e sentimento, tentando encontrar saídas novas para o seu modo de estar no mundo, como um todo.

O psicólogo busca fazer um trabalho de relação direta com o seu paciente, uma relação interpessoal específica, constituída em interações que possibilitem conhecer e compreender seu comportamento e a sua essência (Krawulski, 2004). 

Pesquisam apontam a importância da relação do psicoterapeuta e seu paciente, compromisso e confiança correspondem a possibilidade de uma união de trabalho positiva, e grandes evidências de que esta pode gerar um papel relevantes nos resultados positivos da psicoterapia (Botella et al., 2008; Emmerling & Whelton, 2009; Hill & Knox, 2009; Honda & Yoshida, 2012; Lhullier et al., 2006). 

3 GRUPO TERAPÊUTICO

A experiência do grupo terapêutico visa favorecer a compreensão do desenvolvimento de crianças e adolescentes, auxiliando na sua forma de expressão e relacionando aos seus processos cognitivos, criativos e afetivos. Pode ser realizado entre todas as faixas etárias, pois um dos principais aspectos da psicoterapia em grupo, é a busca de objetivos comuns entre os pacientes, através das interações, que proporciona a construção do paciente com base nos seus vínculos (Ávila, 2009). 

O ser humano é formado por seus relacionamentos, as relações sociais estabelecem o homem como sujeito, e assim, o seu aparelho psíquico (Zimerman, 2007). 

O trabalho de psicoterapia em grupo vem demonstrando ser uma técnica que traz ótimos benefícios dentro dos serviços de atenção psicossocial, pois é uma prática que se adapta a diversas patologias e modalidades, causando assim, uma boa aceitação entre os profissionais e pacientes (VALLADARES, 2003). 

Alguns autores como Bieling, McCabe e Antony (2008) definiram o processo grupal como o conjunto de fatores que surgem da condução da terapia em um formato grupal (p. 36). Para Cardoso e Seminotti (2006), o grupo é entendido pelos usuários como um lugar onde ocorre o debate sobre a necessidade de ajuda de todos. 

Ávila (2009, p. 52) expressa: 

Quando estou diante do espelho, descubro que sou eu e sou o outro. Encontro algo da minha natureza e presença. Encontro em mim o outro em todos os planos e dimensões. O que me é próprio existe, e é reconfortante, mas o que me é mais essencialmente próprio, aquilo que de fato me constitui, isso é a relação. 

Yalom (2006) descreve alguns fatores terapêuticos que considera essenciais para serem trabalhados no ambiente grupal. Universalidade é um desses fatores, que propõe ao paciente um reconhecimento de que outras pessoas do grupo podem sofrer com problemas similares, e que não estão sozinhos, trazendo-lhes alívio. Comportamento imitativo acontece quando um componente do grupo aprende por meio da observação de outros modelos de comportamento, que se fundamenta na teoria da aprendizagem social de Bandura, que apresenta o papel da modelação no desenvolvimento da aprendizagem humana (Azzi, Bandura, & Polydoro, 2008).

Comparações sociais podem surgir, e em algum momento contribuir para aspectos positivos, como a identificação com a situação de um paciente, e aquilo trazer mais confiança para trazer o sentimento à tona. 

O grupo proporciona aos membros a oportunidade de falar livremente, receber apoio e compreensão, compartilhar problemas e encontrar soluções, abrir para novas ideias e pensamentos. Além disso, cada pessoa tem a possibilidade de expandir sua rede social e explorar novas formas de se relacionar e interagir com os outros. 

White e Freeman (2003), afirmam que os espaços de terapia em grupo permitem que as crenças condicionais venham aparecer de forma espontânea, impulsionando constantes oportunidades para identificar, testar e revisar regras subjacentes que guiam o comportamento social com ativação imediata dos pensamentos automáticos. 

Muitos participantes relatam que a melhora nas relações sociais, assim como, nos níveis de conhecimento sobre questões discutidas no grupo, na capacidade para lidar com situações inerentes ao transtorno sofrido, e na confiança, além de alívio emocional (GUANAES, JAPUR, 2001; CONTEL, VILLAS-BOAS, 1999) 

Compreende-se assim, que a psicoterapia em grupo é apresentada como um ambiente próprio e seguro para a troca de experiências e expressões emocionais, que favorece a subjetivação, em grupo, das experiências que afetam o dia-a-dia dos participantes do grupo. (Scorsolini-Comin, Souza, & Santos, 2010).  

De modo geral, o grupo terapêutico possibilita o compartilhamento de experiências entre os participantes, propicia escuta, orientação e construção de projetos terapêuticos condizentes com as necessidades dos sujeitos. Ao mesmo tempo, a vivência em grupo favorece maior capacidade resolutiva, por possuir vários olhares direcionados para um problema em comum (Schrank, Olschowsky, 2008). 

4 PSICOTERAPIA INDIVIDUAL INFANTIL 

Tem-se observado que os comportamentos excessivos estão entre os maiores motivos para o encaminhamento de crianças à psicoterapia. Indisciplina, alteração no rendimento escolar, preguiça, desobediência, imaturidade, são comportamentos que fazem com que os pais sintam que estão fora do controle e procurem ajuda psicológica.   

Comportamentos inadequados na criança geram um desconforto nos pais, causando uma preocupação. O excesso ou a insuficiência de um comportamento pode demonstrar que alto está fora do normal. O Manual Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5, apresenta os transtornos mentais que se configuram dentre os mais prevalentes da infância e da adolescência são: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); Transtornos de Ansiedade; Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta (TOD), Transtorno do Neurodesenvolvimento (TEA).  

Geralmente são os pais que relatam as queixas e/ou sintomas da criança, através da anamnese, é por meio desta entrevista que se tem uma melhor compreensão dos aspectos emocionais e sociais. Entender como a criança se relaciona com a família e amigos é de extrema importância para levantar alguma hipótese diagnóstica (FRIEDBERG, 2011). 

A psicoterapia infantil apresenta várias particularidades, consequentemente, não apresenta os mesmos resultados que uma psicoterapia em adultos. É importante que sejam consideradas as diferenças no desenvolvimento dos esquemas afetivos, cognitivos, comportamentais, motivacionais e de controle da criança em relação ao adulto, que impõe que o psicoterapeuta desenvolva seus conhecimentos tanto a respeito de psicopatologia infantil, desenvolvimento cognitivo, quanto do desenvolvimento emocional, motivacional e físico na infância (Caminha & Caminha, 2007; Papalia 6>C Olds, 2000; Reinecke et al.y 1998).  

A criança tem capacidade do entendimento em muitas situações, mas o pensamento tem muito a ser desenvolvido. Conceitos de problemas e sentimentos (amor, raiva, alegria, tristeza, culpa), virtudes (respeito, generosidade, paciência), pensamentos distorcidos, precisam se tornar compreensíveis para a criança, e uma boa forma de ajudar a criança a ter essa compreensão, é através de brinquedos, jogos, baralhos, histórias.  

É interessante que desde a primeira sessão, o psicoterapeuta esclareça para a criança o que é um psicólogo, qual é o seu papel e o da criança durante o processo terapêutico, a importância dos pais e possivelmente da escola durante o tratamento. Enfatizar o sigilo entre psicoterapeuta e paciente é de extrema importância (Bailey, 2001; Caminha & Caminha, 2007). 

Assim sendo, o atendimento com crianças vai além de técnicas e da abordagem psicológica, é necessário que o psicoterapeuta conheça muito bem o desenvolvimento infantil e o universo lúdico, trazendo as técnicas mais claras e recompensadoras para a criança, conseguindo criar maior vínculo e comprometimento. Além disso, trabalhar junto com os pais e a escola trará o suporte necessário para que a criança evolua nas suas crenças, comportamentos e pensamentos. Grupo Terapêutico com crianças. 

5 GRUPO TERAPÊUTICO COM CRIANÇAS 

O grupo terapêutico para crianças é diretamente vinculado à psicoterapia individual, pois é por meio das dinâmicas realizadas no grupo que as crianças vão expressar seus sentimentos, apontar (mesmo de forma indireta) para o psicólogo onde está sua dificuldade e problemática, além disso, ajuda no desenvolvimento dessa criança onde ela aprende a lidar com outras visões sobre o mundo e cria novas perspectivas, essa união apresenta bons resultados e feedbacks positivos. 

No grupo de terapia infantil, a criança reconhece os seus pensamentos e comportamentos juntamente com seus colegas de grupo da mesma faixa etária, fazendo assim, com que todos os participantes reflitam sobre um tema determinado e cheguem a algum denominador comum. Dentro do espaço terapêutico, o paciente vivenciará diversas situações, e todos os participantes, incluindo o psicólogo, compartilharão as dores e sentimentos revelados, suas ações ganham significado, ajudando no processo de elaboração (Fernandes et al., 2003). 

O grupo contribui no desenvolvimento emocional das crianças, preparando-as para enfrentar possíveis dificuldades no ambiente escolar, familiar e social.  Durante o processo de psicoterapia individual associado ao grupo terapêutico, a percepção do psicólogo se torna maior e mais detalhada, e com isso, o desenvolvimento do processo de psicoterapia ser mais eficaz. A abordagem temas específicos para cada faixa etária é um método interessante para o desenvolvimento do trabalho em grupo, tendo como o exemplo a “dependência tecnológica”, dentro do tema apresenta-se os benefícios e os malefícios, para que os pacientes aprendam sobre o assunto, opinem e ouçam a opinião de seus colegas, podendo tirar as suas próprias conclusões sobre determinado assunto, sempre com a ajuda e orientação do seu psicólogo. 

Prette e Del Prette (2005) apontam as seguintes classes de habilidades sociais relevantes na infância: empatia, assertividade, expressividade emocional, autocontrole, solução de problemas interpessoais, assertividade, habilidades sociais. Essas classes são trabalhadas direta e indiretamente durante os encontros de grupo, melhorando o desenvolvimento da criança e evitando o sofrimento quando houverem mudanças.  

O espaço do grupo, é um lugar onde a criança tem a possibilidade de brincar, podendo fantasiar, sem culpa e sem julgamentos, havendo a oportunidade de alterar a sua posição quanto ao que o afeta como sujeito (Teixeira, 2006), podendo manifestar hiperatividade, ausência de limites ou timidez.  

Para que a terapia em grupo contribua de fato na psicoterapia individual deve se manter uma ordem, intercalando as sessões, pois é nessa fase da vida que ocorrem grandes mudanças, é um processo evolutivo que traz novas habilidades e explora cada vez mais o seu entorno, por isso é uma etapa que merece atenção especial dos responsáveis, é nessa fase também que se desenvolvem experiências sociais e entendem a ascensão de grupos, formando assim um sobre si, visando à independência e seu ajustamento social. 

5.1 LUDOTERAPIA 

A ludoterapia aborda o brincar, por meio deste ato o psicólogo acessa o mundo infantil e consegue ajudá-la a superar os desafios que a afligem. Brincar possibilita que impulsos, pulsões e desejos da criança venham à tona, e promove uma mudança de experiências marcantes que a criança já vivenciou (Silva, 2015). Por meio da ludoterapia, as crianças liberam seus sentimentos e pensamentos, e a brincadeira se torna o principal meio para que ela possa se expressar.  

As crianças precisam se expressar de alguma forma que não seja a verbal, podendo ser através de desenhos, histórias, jogos, pinturas, música, brinquedos. Essas ferramentas auxiliam o psicoterapeuta na identificação do que pode ser útil para os fatores de controle sobre o comportamento da criança (Regra, 2000).

As brincadeiras são de extrema importância dentro dos grupos, pois traça características de uma situação natural para as crianças, tornando o ambiente mais livre e assim permitindo que ela exponha seus sentimentos, ajuda também no processo de compreensão de seus sentimentos, trazendo uma visão diferente sobre aquilo que ela está sentindo. 

Fantasiar através de histórias pode trazer uma percepção de si mesmo muito boa para a criança, fazendo uma ponte da realidade com a fantasia, a criança pode se perceber, identificando alguma situação já ocorrida entre seus colegas, familiares, assim facilitando a fala sobre as suas relações de forma lúdica.  

O brincar tem uma função elaborativa, e auxilia a criança na organização do mundo interno e adequação do mundo externo (Dias & Costa, 2012).  

O psicoterapeuta deve desempenhar a função brincar com a criança, para que juntos entrem nesse espaço de grande potencial que é o brincar (Franco, 2003), proporcionando, assim, um maior vínculo.  

5.2 O PAPEL DO PSICOTERAPEUTA NO GRUPO TERAPÊUTICO Assim como na psicoterapia individual, é importante que o terapeuta mantenha a sua postura ativa, esclareça os objetivos do Grupo, e que os participantes tenham consciência de que eles são os responsáveis pelo próprio progresso.  

White e Freeman (2003) reiteram que é trabalho do psicoterapeuta buscar a participação e colaboração dos pacientes, fazendo com que se envolvam na elaboração de atividades, no ensino de habilidades que precisam ser trabalhadas, na escolha dos deveres de casa.  

A quantidade de participantes no grupo é variável conforme os autores, Elis (1977, citado por Delitti & Derdyk, 2008), sugere de dez a treze participantes.  

As técnicas utilizadas na psicoterapia em grupos são as mesmas utilizadas nos tratamentos individuais, a reestruturação cognitiva, psicoeducação, resolução de problemas, modelagem e técnicas baseadas na exposição. 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Este estudo considera que o grupo terapêutico é um local que traz acolhimento para as crianças, pois a mesma mostra-se mais à vontade para inserir suas opiniões e demonstrar suas emoções, e desta forma a percepção do psicólogo se amplifica e se torna mais detalhada, assim o desenvolvimento da psicoterapia é mais eficaz. Foram identificados métodos usados na realização do grupo terapêutico com crianças são jogos, brinquedos, livros, pinturas, colagens. 

Diante das informações apresentadas que as contribuições do grupo terapêutico na psicoterapia individual infantil podem trazer resultados inesperados ao paciente, essencialmente os pacientes que possuem algum transtorno psicopatológico e falta de habilidades sociais. O grupo terapêutico tem se mostrado eficaz para as crianças, constatando a melhora nas relações sociais, nos níveis de conhecimento sobre questões terapêuticas discutidas no grupo, na capacidade para lidar com questões específicas e na autoconfiança. Também foram utilizados métodos com jogos, brinquedos, livros, pinturas e colagens, nos grupos terapêuticos e apresentaram resultados positivos em relação ao crescimento individual e social de cada criança. Também foram utilizados métodos com jogos, brinquedos, livros, pinturas e colagens, nos grupos terapêuticos e apresentaram resultados positivos em relação ao crescimento individual e social de cada criança. 

Constata-se um feedback positivo dos pais das crianças, que observaram a mudança no crescimento físico e mental, e consideram que as crianças obtiveram mudança positiva nas habilidades sociais: autocontrole, empatia, assertividade, expressividade emocional, novas amizades.  

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