BENEFÍCIOS DA REPOSIÇÃO HORMONAL COM TESTOSTERONA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7365092


Igor Oliveira Couto1
Jacqueline da Silva Guimarães dos Santos2


RESUMO 

A testosterona é um hormônio esteroide sexual, formada nos homens nas células intersticiais de Leydig (testículos), e nas mulheres nos ovários e numa pequena quantidade nas glândulas supra renais. Esse hormônio é  responsável pelas características sexuais masculinas, embora seja produzido nos dois sexos, o homem apresenta cerca de trinta vezes mais testosterona que a mulher. A princípio os derivados sintéticos de testosterona foram desenvolvidos para uso terapêutico, sendo empregados na reposição de testosterona em indivíduos que apresentam quadro de hipogonadismo, devido ao desequilíbrio da produção natural do hormônio. O uso terapêutico dessas substâncias também é frequentemente indicado na intervenção de doenças que apresentam deficiência na produção de proteínas, como por exemplo, a síndrome da imunodeficiência humana e o câncer. Este trabalho é uma revisão narrativa da literatura cuja pesquisa bibliográfica utilizou os descritores testosterona, andrógenos sintéticos, treino de força e anabolizantes esteroides nos portais Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde que utilizam diversas bases de dados, constituídos principalmente de livros, revistas, artigos científicos, monografias e teses. Há muitos tratamentos eficazes contra o câncer de próstata; no entanto, ainda não há cura; os tratamentos mais comuns são cirurgia, radioterapia e terapia hormonal; usam esses tratamentos ao tratar os estágios iniciais do câncer de próstata para que os homens vivam o maior tempo possível durante os períodos de recuperação. 

Palavras chave: Testosterona. Andrógenos sintéticos. Treino de Força. Anabolizantes esteroides.

ABSTRACT

Testosterone is a sex steroid hormone, formed in men in the interstitial Leyding cells (testicles), and in women in the ovaries and in a small amount in the adrenal glands. This hormone is responsible for male sexual characteristics, and although it is produced in both sexes, men have about thirty times more testosterone than women. In the beginning, synthetic testosterone derivatives were developed for therapeutic use, being used to replace testosterone in individuals who present hypogonadism, due to an imbalance in the natural production of the hormone. The therapeutic use of these substances is also often indicated in the intervention of diseases that have deficiency in protein production, such as human immunodeficiency syndrome and cancer. This paper is a narrative review of literature whose literature search used the descriptors testosterone, synthetic androgens, strength training and anabolic steroids in Google Scholar and Virtual Health Library portals that use several databases, consisting mainly of books, journals, scientific articles, monographs and theses. There are many effective treatments against prostate cancer; however, there is still no cure; the most common treatments are surgery, radiation therapy, and hormone therapy; use these treatments when treating the early stages of prostate cancer so that men live as long as possible during recovery periods. 

Keywords: Testosterone. Synthetic androgens. Strength training. Anabolic steroids.

INTRODUÇÃO 

Testosterona é um hormônio esteroide sexual, formado nos homens nas células intersticiais de Leydig (testículos), e nas mulheres nos ovários em pequena quantidade nas glândulas suprarrenais. Este hormônio exerce efeitos androgênicos pelo seu papel no desenvolvimento e manutenção das estruturas reprodutivas e das características sexuais secundárias e ainda efeitos anabólicos dada a sua capacidade para estimular a fixação do nitrogênio e aumentar a síntese proteica numa extensa variedade de tecidos-alvo (CASANOVA et al., 2016).

Descoberta e sintetizada na Alemanha na década de 1930, a testosterona foi utilizada em vários experimentos, além da reposição no hipogonadismo clinicamente diagnosticado. Seu uso aumentou nos anos 1970, principalmente na pesquisa clínica como contraceptivo masculino. Nos anos 1990, novas formulações foram disponibilizadas, mas emergiram dúvidas sobre a segurança da reposição, ensejando mais ensaios clínicos. Nas duas últimas décadas, sociedades médicas desenvolveram diretrizes, instituindo parâmetros de tratamento (níveis hormonais, resultados sintomáticos, monitoramento da segurança) e regulamentando a prescrição de testosterona. (ABDO, 2019)

A testosterona é responsável pelas características sexuais masculinas, embora seja produzido nos dois sexos, o homem apresenta cerca de trinta vezes mais testosterona que a mulher, e a sua produção é maior no período da manhã, por volta das 8 horas, que no período noturno, os níveis mais altos de testosterona acontecem por volta dos 17 anos de idade, e após os 30 anos de idade, esses níveis começam a ter uma queda de 0,5 a 1% a cada ano. Esse hormônio estimula ainda a síntese de proteínas e é responsável pelo desenvolvimento e manutenção dos tecidos (SÁ, 2014; VIDIGAL; ROCHA, 2016).

A deficiência androgênica ou hipogonadismo é uma síndrome clínica caracterizada pelos baixos níveis de testosterona. Estudos populacionais reportam alta prevalência de hipogonadismo em homens, especialmente em indivíduos obesos de idades mais avançadas. Essa comorbidade é associada a diversas patologias, como disfunção erétil, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e resistência à insulina. Os sintomas mais comuns do hipogonadismo são perda de massa magra, degeneração óssea, aumento da gordura corporal, diminuição da libido, incapacidade física e fadiga excessiva. (HUANG et al., 2014). 

A hiperandrogenia é uma síndrome caracterizada por elevados níveis de testosterona, comum em mulheres pós-menopausa obesas. Essa comorbidade é associada a disfunções sexuais e a um maior risco de desenvolvimento de câncer de mama (MAIORINO et al., 2015). 

A reposição hormonal é muito utilizada no tratamento e controle de deficiências endócrinas, além de ser muito comum na prática esportiva para o fim de ganho de massa muscular e força, especialmente os esteróides com características químicas semelhantes à testosterona. No entanto, o uso dessas substâncias, mesmo sob orientação médica, pode oferecer alguns riscos à saúde, como o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e o câncer de próstata (EBRAHIMI et al., 2016).

2. METODOLOGIA 

Este trabalho é uma revisão narrativa da literatura cuja pesquisa bibliográfica constitui principalmente de artigos científicos, livros, monografias e teses. Foram utilizados os descritores testosterona, andrógenos sintéticos, treino de força e anabolizantes esteroides nos portais https://scholar.google.com.br) e Portal Regional da BVS (https://bvsalud.org) que utilizam bases de dados como Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) entre outras, e o portal internacional Pubmed (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov). A pesquisa avançada foi realizada por trabalhos publicados nos últimos 10 anos (2012-2022), nos idiomas português e inglês.

    Os critérios de inclusão na pesquisa foram trabalhos cujo foco principal estava relacionado ao tema deste trabalho e disponíveis gratuitamente na íntegra. Após a exclusão de artigos duplicados e que não atenderam aos critérios de inclusão, foram selecionados 40 artigos para o trabalho de conclusão de curso.

    A formatação do trabalho foi realizada utilizando o manual institucional vigente (MORAIS, 2018) que aborda as normas ABNT para monografias e artigos científicos.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Testosterona

Nos testículos, nas células intersticiais de Leydig, são secretados os hormônios sexuais chamados coletivamente de androgênios, incluindo a testosterona, di-hidrotestosterona (DHT) e androsterona. A testosterona é mais abundante do que os outros hormônios, às vezes, considerada como o hormônio testicular mais importante, sendo que maior parte é por fim convertida nos tecidos alvos, pela alfa 5 redutase (5αR), no hormônio mais ativo: a DHT1. (VIDIGAL; ROCHA, 2016).

Os hormônios sexuais predominantes nas mulheres são o estradiol e a progesterona, que caracterizam, além do físico como mamas, quadris mais largos, voz fina, poucos pelos no corpo, fertilidade, ademais comportamentos e menopausa. No entanto, há também a presença da testosterona, que apresenta uma grande importância na vida feminina, não atuando apenas em características físicas, mas também em aspectos psicológicos extremamente relevantes como a libido e o sono. (SOUZA; COELHO; SOUSA SANTOS, 2022).

É comum o relato de um “preconceito” das ciências médicas com a utilização de esteroides androgênicos, cujos riscos seriam supervalorizados e estereotipados, baseados num estigma. Em resposta, há intensas pesquisas sobre efeitos e riscos das substâncias que vão desde o acompanhamento de fóruns da internet e publicações especializadas até a busca por pós-graduações em áreas afins. (TRAMONTANO, 2019)

No que diz respeito à performance atlética a testosterona, exerce os seus efeitos na junção neuromuscular, por meio da promoção do aumento no número de receptores de acetilcolina na fenda sináptica. Esta adaptação permite uma maior rapidez na coordenação neuromuscular. Fato que demonstra outro dos mecanismos pelos quais a testosterona melhora a performance desportiva, uma vez que atletas de desportos que dependem, por exemplo, de saltos verticais e sprints terão uma vantagem competitiva, já que estas alterações na sináptica aumentam a coordenação muscular, o que vai resultar em melhor desempenho neste tipo de atividades. (MATIAS, 2020).

Segundo Barros (2014) os usuários de Esteróides Anabólicos Androgênicos (EAA) podem ser divididos em quatro grupos: 

1. Atletas profissionais que buscam melhorar seu desempenho atlético ou superar recordes;

2. Pessoas que buscam o EAA como uma alternativa mais rápida de desenvolver um corpo musculoso e aparentemente saudável, ou até mesmo aprimorar seu desempenho em certas atividades, mas sem relação com esporte profissional; 

3. Usuários ocupacionais, como seguranças, vigias, policiais, devido à natureza do trabalho, que geralmente exige bastante força física e uma aparência mais “agressiva”; 

4. Usuários recreacionais, que utilizam estas substâncias para aumentar a libido, agressividade ou a sensação de bem-estar.

A testosterona total, que pode ser medida com alta precisão por meio de ensaios de Espectrometria de Massa de Cromatografia Líquida (LC-MS/MS) em laboratórios certificados, e a testosterona livre estão altamente correlacionadas, e é apenas em indivíduos com concentrações de proteínas de ligação alteradas que as associações começam a divergir. Sugere se que continue a seguir as diretrizes da Sociedade Endócrina para medir a testosterona total e, em circunstâncias de suspeita de alterações nas concentrações de Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais (SHBG) e albumina e/ou ligação, verificar uma testosterona livre por diálise de equilíbrio. (GOLDMAN et al., 2017).

3.2 Abuso de Anabolizantes Esteróides

O uso recreativo de EAAs, podem acarretar diferentes prejuízos à saúde como: aumento do risco de doenças cardiovasculares, lesões articulares, impotência sexual e distúrbios psicológicos (GOUVEIA, 2020)

Além disso, várias disfunções anatômicas, fisiológicas e/ou histológicas são associadas ao uso crônicos de EAAs, como por exemplo, desequilíbrio na produção e estrutura dos espermatozoides por meio de alterações no sistema reprodutor e endócrino, toxicidade hepática e necrose tubular aguda nos rins, aumento de lesões músculo-tendinosas na musculatura esquelética, e até mesmo transtornos psicológicos provenientes de alterações no sistema nervoso central (COSTA; MELO, 2020).

Há registros na literatura de morte súbita com associação de alta dosagem de testosterona, principalmente de origem cardiovascular. Em um estudo de caso, um jovem de 23 anos, usuário de EAA, faleceu após uma parada cardíaca sem apresentar sintomas prévios. O estudo necroscópico cardíaco revelou hipertrofia, dilatação do ventrículo esquerdo, fibrose intersticial e agregação plaquetária aumentada. Outros casos de usuários de EAA que faleceram repentinamente após alguns meses de uso abusivo revelaram, após necrópsias cardíacas, alguns focos de necrose e fibrose no ventrículo esquerdo. (INSTITUTO DO CORAÇÃO, 2019).

A literatura mostra diversos efeitos colaterais associados ao uso ilícito de EAA e alguns destes efeitos são extremamente graves. Dislipidemia, cardiomiopatia, supressão do eixo hipotálamo-glândula pituitária-gônadas, alterações humorais que podem ser relacionadas à agressão e violência são apenas alguns dos efeitos causados por essas substâncias. (ALMEIDA, 2014). 

Outros efeitos adversos foram reportados pelos próprios atletas, não só durante o uso como também após o término, sendo importante destacar que os efeitos foram bastante heterogêneos variando, por exemplo, entre perda da líbido ou aumento do desejo sexual, entre humor depressivo ou sensação de bem-estar, além de ocorrência de acne, aumento de comportamentos agressivos, retenção de fluidos, aumento de fatores como a pressão arterial, apetite, sudorese, pelos corporais, e ocorrência de ginecomastia, calvície e insônias. (MATIAS, 2020).

3.3 Deficiência de Testosterona

Em homens, o hipogonadismo é um quadro clínico descrito como a produção insuficiente de testosterona, espermatozóides ou de ambos. A patologia é oriunda de um funcionamento inadequado das gônadas testiculares, provocada fatores endógenos, como mutações em receptores androgênicos, obesidade, envelhecimento fisiológico do homem e, fatores externos, como traumas testiculares, adquiridas doenças crônicas não transmissíveis, uso de certos medicamentos e o etilismo crônico (GOUVEIA, 2020)

Como a testosterona é o combustível hormonal para o desejo sexual e também regula todos os outros passos da resposta sexual do homem, disfunções sexuais são sintomas proeminentes de deficiência de testosterona e, muitas vezes, o sintoma inicial. Níveis baixos de testosterona provocam a diminuição da quantidade de matriz óssea, massa muscular e consequente alteração na composição corporal e final diminuição da libido (BARBOSA, 2014; GOUVEIA, 2020)

O hipogonadismo tardio é uma condição clínica caracterizada pelo declínio dos hormônios androgênicos, que acomete principalmente homens idosos. Em geral, está relacionado a sintomas como a diminuição da massa muscular e força, aumento do tecido adiposo, diminuição da densidade mineral óssea, da libido e do desempenho sexual e alterações de humor. (BARROS; JUNIOR, 2014).

Os principais sinais e sintomas relacionados a Deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM) são: diminuição da libido e disfunção erétil, depressão, diminuição da força e tecido muscular, osteopenia e osteoporose, diminuição do volume testicular e diminuição na concentração de hemoglobina e hematócrito (SILVA; LINARTEVICHI 2021).

O declínio dos níveis de globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) associada à obesidade explica parcialmente a diminuição observada nas concentrações de testosterona. O ambiente hiperinsulinêmico presente na obesidade afeta a produção hepática de SHBG levando a uma maior disponibilidade de testosterona livre para conversão a estradiol no tecido adiposo (MANGOLIM, 2019).

Níveis reduzidos de testosterona já foram associados previamente a piora da qualidade do sono, hipertensão arterial sistêmica, resistência à insulina, aumento do risco de diabetes mellitus, obesidade, síndrome metabólica, e perfil de risco cardiovascular desfavorável. (CAMARA; GOIS, 2018).

Nos estudos efetuados, a percentagem de massa gorda é mais elevada em homens em situação de hipogonadismo quando comparados com homens com concentrações fisiológicas de testosterona. A indução de um estado de deficiência de androgênios em homens saudáveis também se traduz no aumento da massa gorda. (MATIAS, 2020).

O declínio independentemente da idade nos níveis de testosterona foi consistente com as descobertas anteriores em estudos americanos e europeus. Relataram um declínio populacional de aproximadamente 1% nos valores máximos de testosterona por ano numa análise das coortes de nascimento do Estudo de Massachusetts sobre o Envelhecimento Masculino. Contudo, o estudo atual mostra números mais elevados, até 2,5% de diminuição da testosterona por ano, principalmente em participantes com menos de 40 anos de idade. (LARANJA et al., 2020)

Homens idosos com disfunção da produção de hormônios andrógenos fazem parte do grupo com risco elevado para fraturas de quadril sob mínimo trauma. A fratura osteoporótica masculina está se tornando um problema prevalente entre homens idosos e a reposição hormonal poderia ser um meio importante para aumentar a densidade mineral óssea, prevenindo a ocorrência de fraturas. A prevalência de osteoporose em homens com disfunção androgênica foi o dobro da dos homens com níveis normais de testosterona. (FILHO; RODRIGUES; SILVA 2014)

3.3.1 Deficiência de testosterona na mulher

A medida que a mulher envelhece, a produção de androgênios pelas glândulas suprarrenais decresce, o que leva a um declínio progressivo da testosterona sérica resultante da conversão periférica. Na pós-menopausa, mantém-se a produção ovárica de testosterona, mas ocorre uma redução de 50% na produção de androstenediona, contribuindo para os níveis mais baixos de testosterona sérica. Assim, a mulher aos 20 anos tem concentrações máximas de androgênios e que aos 50 estas se reduzem para metade. (GOUVEIA et al., 2018).

A testosterona que circula organismo feminino através do plasma sanguíneo quando abaixo do nível considerado normal acarreta na diminuição do volume muscular, disfunção sexual, crescimento de riscos cardiovasculares, anemia, e riscos de acidente vascular encefálico isquêmico (SOUZA, 2022).

A disfunção sexual feminina é uma queixa comum na prática clínica, especialmente em mulheres na pós-menopausa, e pode ter um impacto negativo na qualidade de vida. A testosterona parece exercer um efeito positivo sobre o desejo sexual em mulheres com HSDD, apesar de uma pequena magnitude de efeito, uma falta de dados de segurança a longo prazo, e provas insuficientes para uma ampla recomendação de terapia com testosterona, como também reconhecido em diretrizes clínicas anteriores. Além disso, não existem atualmente formulações de testosterona aprovadas para as mulheres pelas agências reguladoras nos Estados Unidos, Brasil, e na maioria dos países. Finalmente, as formulações de testosterona aprovadas para os homens não são recomendadas para utilização pelas mulheres. Por conseguinte, ao considerar a terapia de testosterona, todos os riscos e benefícios devem ser cuidadosamente discutidos com o paciente antes da prescrição. (WEISS et al., 2019).

3.3.2 Câncer de próstata (CaP)

Durante muito tempo foi universalmente aceite que altas concentrações de testosterona, ocorrendo naturalmente ou por terapia com testosterona, eram responsáveis pelo desenvolvimento de CaP e pelo seu rápido crescimento, e que baixas concentrações de testosterona eram protetoras contra o desenvolvimento de CaP – hipótese androgénica, a qual mais tarde foi derrubada após vários estudos terem demonstrado que, mesmo homens com baixas concentrações de testosterona, baixo nível de antígeno prostático específico e toque retal normal, poderiam ser portadores de CaP, o que permitia concluir que as baixas concentrações de testosterona nem sempre eram protetoras contra o CaP. (RODRIGUES, 2019)

O hipogonadismo, que se pode verificar em alguns doentes após tratamento potencialmente curativo para CaP, caracteriza-se por baixos níveis de testosterona e sintomas de deficiência androgênica. Os seus sintomas (que incluem falta de libido, de energia, perda de massa muscular e massa óssea) podem ser atenuados através da TRT, em especial homens com história de CaP. (RODRIGUES, 2019)

Em resumo, apesar dos dados limitados, a literatura disponível conclui que o tratamento com testosterona é seguro em homens sob vigilância ativa. No entanto, dada a falta de estudos prospectivos e randomizados, deve-se ter cautela ao iniciar esta terapêutica. (RODRIGUES, 2019) 

Em 2015, trataram 16 homens com Cancro da próstata resistente à castração assintomáticos com testosterona (400mg IM, dia 1 de 28) e etoposido (100 mg oral diariamente; dias 1 a 14 de 28). Após três ciclos, aqueles com declínio de PSA continuaram a monoterapia com T intermitente. Dos 16 homens, 7 tiveram redução no PSA e 5 tiveram regressão do CaP na imagem, depois de se ter dado início à BAT. Embora todos os homens tenham apresentado um aumento final do PSA, quatro homens permaneceram em BAT por ≥1 ano. Todos os pacientes demonstraram reduções do PSA ao receberem terapêutica de castração após BAT, sugerindo que a BAT também pode restaurar a sensibilidade às terapias de privação androgénica. Nenhum paciente piora da dor devido ao CaP, nem houve outros eventos esqueléticos ou evidências de agravamento da obstrução urinária. (RODRIGUES, 2019)

3.4 Terapia de Reposição Hormonal com Testosterona (TRT)

Um estudo publicado em 2012 avaliou 1.031 homens com idade acima de 40 anos com testosterona menor ou igual a 250ng/dL. A reposição de testosterona foi iniciada em 398 homens e os pacientes foram acompanhados por 4 anos. Foi observada uma taxa de mortalidade nos indivíduos tratados de 10,3%. Entre os não tratados essa taxa foi de 20,7%. Estudados, 238 homens com diabetes tipo II e testosterona abaixo de 300ng/dL. Destes, 64 pacientes receberam TRT. Após um seguimento de 41 meses foi verificada uma mortalidade duas vezes maior entre os homens sem TRT (20,1%) quando comparado aos indivíduos com TRT (9,3%). (SOBREIRO, 2022)

Nota-se que homens que possuem níveis de testosterona biodisponível mais elevados parecem exercer um melhor desempenho na atividade sexual do que aqueles que possuem níveis menores. Além disso, em homens idosos, a manutenção da libido e das atividades sexuais parece depender de níveis mais elevados de testosterona circulante, quando comparados com adultos jovens (BARROS, 2014)

Alimentos funcionais, suplementos vitamínico-minerais e substâncias antiestrogênicas contidas nestes, podem a partir de maiores estudos, terem papel coadjuvante na correção de níveis insuficientes de testosterona. Um dos mecanismos das substâncias antiestrogênicas é o bloqueio da enzima aromatase, está responsável pela conversão de testosterona em estrogênios. (GOUVEIA, 2020)

Oriundos da testosterona e seus principais subprodutos, estão os esteróides anabolizantes, ou referidos também como esteróides anabólicos-androgênicos, são uma classe de fármacos produzidos sinteticamente. São utilizados no ambiente clínico para a correção de deficiências hormonais, ganho ponderal e tratamento de doenças graves como: Síndrome da imunodeficiência adquirida e neoplasias. Ilegitimamente, vários entusiastas e atletas os utilizam visando ganho de performance e melhora da composição corporal (GOUVEIA, 2020)

Atualmente, diversas apresentações são oferecidas para a reposição de testosterona. A forma ideal é aquela que provém níveis fisiológicos estáveis, por longos períodos de tempo, seja segura, fácil de usar, com preço acessível e apresenta poucos efeitos colaterais locais (alergias, irritação cutânea). As formas mais comuns são: injetável (IM), transdérmico (gel, creme e adesivos) e oral. As formas orais geralmente são evitadas devido a sua hepatotoxicidade uma vez que tais fármacos precisam realizar a primeira passagem hepática para se tornarem ativos na corrente sanguínea. (SILVA; LINARTEVICHI, 2021).

Como foi visto, níveis adequados de testosterona geram uma cascata de outros benefícios: Testosterona em níveis adequados leva a uma melhor qualidade de vida, qualidade de vida gera bem-estar, bem-estar promove a significância do que é ter saúde e saúde, por sua vez, pode ser considerado como felicidade. Para alguns autores, o fato de se sentir alto nível de bem-estar subjetivo também pode ser denominado “felicidade”. (SOUSA; COELHO; SOUSA SANTOS, 2022)

Jogadores de alto rendimento estão constantemente expostos a grandes exigências físicas e psicológicas, ao passo que necessitam manter um padrão efetivo de desempenho tático, técnico, físico e emocional de maneira linear (Santana, 2015). Para isso, acredita-se que o acompanhamento de hormônios como cortisol e testosterona possa auxiliar no controle físico de jogadores de futebol, sendo um importante indicador do estado metabólico (catabólico e anabólico) dos atletas. (NETO et al., 2018)

Introdução a terapia de testosterona em homens obesos com diabetes mellitus tipo 2 e baixa testosterona. Embora não tenham sido observadas alterações significativas no IMC, houve uma redução significativa na circunferência da cintura após a reposição da testosterona. Em estudo com 184 homens obesos com síndrome metabólica e níveis totais de testosterona <12 nmoL/L foram randomizados para receber por 30 semanas, undecanoato de testosterona parenteral ou placebo. Durante o seguimento, houve diminuição significativa do peso, do IMC e da circunferência da cintura no grupo de intervenção em comparação com o grupo placebo. A terapia de testosterona a longo prazo em homens hipognádicos obesos resultou em reduções substanciais e sustentadas no peso corporal, circunferência da cintura e IMC. (MANGOLIM, 2019)

Através do aumento da capacidade sanguínea para transportar oxigênio, a testosterona contribui com uma maior resistência ao exercício. Observou-se que, a testosterona estimula a produção de glóbulos vermelhos através do aumento da eritropoiese, por estimulação da síntese e secreção de eritropoietina, assim como por estimulação direta da medula óssea estimulando a hematopoiese e a incorporação de ferro nos eritrócitos. (MATIAS, 2020).

Ao vincular a terapia de testosterona ao envelhecimento e não mais exclusivamente à menopausa cirúrgica, a lógica da reposição hormonal com testosterona passou a se basear em um contínuo declínio androgênico (e não em uma queda abrupta ocasionada pela remoção dos ovários). Os níveis desejáveis de testosterona passaram a ser aqueles do período da juventude: “A concentração total de testosterona sérica observada entre mulheres depois dos 50 anos é aproximadamente metade da de mulheres entre 20 e 30 anos”. Desse modo, abriu-se a possibilidade de intervenção em corpos que estivessem fora do padrão hormonal considerado ideal (entre 20 e 30 anos). (FARO; RUSSO, 2017)

A terapia de reposição de testosterona em homens com déficit androgênico do envelhecimento masculino, apresenta mais vantagens do que desvantagens, como opção de tratamento que o urologista e o endocrinologista podem oferecer ao seu paciente. É uma terapia que possui poucas contra-indicações absolutas e relativas que podem ser detectadas com anamnese, exame físico e laboratórios bem direcionados. Além disso, as fórmulas de apresentação da testosterona utilizadas no meio médico têm pouca toxicidade e permitem um controle adequado dos seus níveis séricos. (CALIXTO; PRAZERES, 2019)

As formas de testosterona disponíveis para a terapia de reposição incluem comprimidos e cápsulas de undecanoato de testosterona e comprimidos de mesterolona, como formas farmacêuticas orais. As formas farmacêuticas tópicas incluem o pellet bucal (colocado na cavidade gengival acima dos dentes incisivos), gel de testosterona, adesivo escrotal de testosterona e adesivo não escrotal de testosterona. Uma forma subcutânea é o pellet de implantação de testosterona e as formas intramusculares são os ésteres propionato de testosterona, cipionato de testosterona, enantato de testosterona, a associação medicamentosa entre os ésteres fenilpropionato, isocaproato, propionato, decanoato de testosterona e o undecanoato de testosterona. (BARBOSA; JUNIOR, 2014).

Os médicos relutam frequentemente em receitar TRT em homens idosos devido a riscos potenciais que são amplamente tratados nesta edição especial. No caso de LOH, de acordo com a Endocrine Society, recomenda-se o tratamento de homens com sintomas de deficiência de T e consistentemente baixas concentrações matinais de T e TRT devem ser oferecidas numa base individualizada após discussão explícita dos potenciais riscos e benefícios, considerando que nenhum RCT tem sido de dimensão suficiente para avaliar o risco. (BARBONETTI; D’ANDREA; FRANCAVILLA, 2020)

3.5 Treinos de Força (ou musculação)

Segundo Sá (2014) uma única sessão de exercícios de força têm demonstrado aumentos significativos na concentração de testosterona e cortisol após uma sessão de treino em homens e mulheres. O treino de força é um potente estímulo para o aumento da concentração de testosterona como resposta aguda ao treino, após 10 semanas de treino de força parecem proporcionar aumentos basais significativos de testosterona livre para homens de meia-idade, com pouca experiência em treino de força, havendo também pequeno decréscimo de cortisol. Entretanto, o mecanismo de ação ainda não foi completamente elucidado. 

Após os quarenta anos de idade, os níveis de testosterona diminuem cerca de 1% ao ano e têm consequências importantes e prejuízos na saúde desses pacientes, como perda da libido, depressão, fraqueza muscular e óssea, diminuição da massa muscular, disfunção erétil e da ejaculação, acúmulo de gordura na região central do abdome e aumento da resistência à ação da insulina, aparecimento progressivo da hiperplasia benigna prostática e o câncer de próstata (VIDIGAL, 2016).

A força muscular atinge seu auge por volta dos 30 anos de idade e é devidamente conservada até os 50 anos. Durante a senectude (70 a 80 anos), ocorre redução da força muscular em torno de 20% a 40% quando comparados a indivíduos mais jovens. No entanto, um declínio da força ocorre entre os 50 e 60 anos de idade e evolui lentamente, com diminuição evidente a partir dos 60 anos, apresentando variações entre a musculatura abdominal e membros superiores e inferiores. Esta redução da força com o envelhecimento é atribuída principalmente à diminuição da massa muscular (BIEGER, 2018)

Os exercícios de força são potentes estimuladores no aumento agudo das concentrações de hormônios, especialmente da testosterona e cortisol, o que tem sido demonstrado em uma série de estudos que mostram correlações entre o volume e a força muscular e alterações nas concentrações de testosterona e cortisol, ou a razão testosterona/cortisol são observados tanto em homens e mulheres, quanto em idosos e adultos jovens. (CHEREM et al, 2014)

Seis dos sete estudos incluídos mostraram melhoria do desejo sexual nos grupos tratados com testosterona, independentemente da via de administração, dose ou duração do tratamento. (GOUVEIA et al., 2018).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns de câncer masculino. Afeta principalmente homens no final dos anos 50 e início dos anos 60. A doença é bastante mortal porque se espalha rapidamente para outras partes do corpo. No entanto, a detecção precoce permite um tratamento eficaz. Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento desta doença são a idade, a genética e o ambiente. 

Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento desta doença são idade, genética e meio ambiente. Homens com 50 anos ou mais têm uma chance maior de desenvolver câncer de próstata em comparação com homens na faixa dos 20 anos. Isso se deve à idade ser um fator no desenvolvimento de fatores genéticos, como mutação, além disso, fatores ambientais, como radiação ou pesticidas, afetam a chance de um homem desenvolver carcinoma de próstata, principalmente se ele foi exposto em idade precoce.

Há muitos tratamentos eficazes contra o câncer de próstata; no entanto, ainda não há cura; os tratamentos mais comuns são cirurgia, radioterapia e terapia hormonal; usam esses tratamentos ao tratar os estágios iniciais do câncer de próstata para que os homens vivam o maior tempo possível durante os períodos de recuperação. 

Não há causa conhecida além de problemas reprodutivos masculinos relacionados à idade, como hiperplasia prostática benigna ou distúrbios naturais da puberdade, como hiperplasia prostática benigna (HBP). A detecção precoce é a única maneira de tratar eficazmente esta doença mortal; no entanto, os médicos ainda precisam encontrar uma maneira de tratar efetivamente essa doença sem cura ainda.

REFERÊNCIAS 

ABDO, Carmita Helena Najjar; Terapia com testosterona, Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP. 2019.

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