RISCO E CONSEQUÊNCIAS DO USO ABUSIVO DE ANFETAMINAS COMO INIBIDORES DE APETITE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7367103


Bruna Barbosa e Silva1
Profa. Dra. Ione Cristina Paiva Pereira2


RESUMO

INTRODUÇÃO: A utilização de anfetaminas é crescente em todo mundo, devido a sua ação estimulante no sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP), tanto no ambiente clínco para o tratamento da narcolepsia, do transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperativadade (TDA/ H), quanto no ambiente recreativo. Nos últimos anos essa substância vem sendo utilizada de forma irracional e abusiva, e o Brasil é um país que está entre um dos maiores consumidores de anfetaminas como inibidores de apetite do mundo, porém seus efeitos colaterais são perigosos, além de serem drogas capazes de gerar dependência química e física.

OBJETIVOS: O objetivo desse trabalho foi abordar os riscos associados ao uso de forma irracional das anfetaminas, e seus efeitos adversos, debatendo o uso seguro e racional desses medicamentos, demostrando a importância do farmacêutico no acompanhamento farmacoteraupêutico desses pacientes, durante o tratamento de uso prolongado.

MÉTODOS: Este estudo, trata- se de uma revisão integrativa, de acordo com os critérios metodológicos desenvolvidos, realizada através de uma leitura de trabalhos completos, que estivessem correlacionados ao tema abordado.

RESULTADOS: Os resultados demostram que os medicamentos inibidores de apetite a base de anfetaminas são uma opção no tratamento da obesidade, porém apresentam muitos riscos, sendo necessário uma equipe multidisciplinar nesse processo de auxiliar o paciente durante o tratamento, destacando o papel do farmacêutico em transmitir informações pertinentes sobre a automedicação do medicamento para alternativas não farmacológicas.

CONCLUSÃO: Apesar do conhecimento crescente sobre os riscos e consequências de anfetaminas como inibidores de apetite, ainda é frequente o uso de forma irracional e indiscriminado destes, sendo atrativo para o usuário a rápida perda de peso. Nesse contexto é relevante discutir novas informações sobre o tema com a sociedade.

Palavras-chave: Sistema nervoso central (SNC), Anorexígenos, Perda de peso.

ABSTRACT

INTRODUCTION: The use of amphetamines is increasing worldwide, due to its stimulating action on the central (CNS) and peripheral (PNS) nervous systems, both in the clinical setting for the treatment of narcolepsy, Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADD / H), and in the recreational environment. In recent years, this substance has been used irrationally and abusively, and Brazil is a country that is among one of the largest consumers of amphetamines as appetite suppressants in the world, but their side effects are dangerous, in addition to being drugs capable of generating chemical and physical dependence.

OBJECTIVE: The aim of this study was to address the risks associated with the irrational use of amphetamines, and their adverse effects, debating the safe and rational use of these drugs, demonstrating the importance of the pharmacist in the pharmacotherapeutic follow-up of these patients, during the treatment of prolonged use.

METHODS: This study is an integrative review, according to the developed methodological criteria, carried out through a reading of complete works, which were correlated to the topic addressed. 

RESULTS: The results show that amphetamine-based appetite suppressant drugs are an option in the treatment of obesity, but they present many risks, requiring a multidisciplinary team in this process to assist the patient during treatment, highlighting the role of the pharmacist in transmitting pertinent information about the medication self-medication for non-pharmacological alternatives.

CONCLUSION: Despite the growing knowledge about the risks and consequences of amphetamines as appetite suppressants, their irrational and indiscriminate use is still frequent, and rapid weight loss is attractive for the user. In this context, it is relevant to discuss new information on the subject with society.

Keywords: Central nervous system (CNS), Anorectics, Weight loss.

1. INTRODUÇÃO

As anfetaminas tiveram seu surgimento a partir do século XIX, sendo sintetizada inicialmente na Alemanha, pelo químico Lazar Edelean em 1887, com o nome 1- metil- 2- feniletilamina. Após 40 anos, a substância passou a ser utilizada para diminuir a fadiga, aumentar as passagens de ar nasais e bronquias, além de promover estimulo do sistema nervoso central (SNC). Nos anos 30, a droga passou a ser utilizada para o tratamento de hiperatividade e transtorno de déficit de atenção. Em 1945 ela foi largamente utilizada durante a segunda Guerra Mundial pelos soldados, com a função de diminuir a fadiga, aumentar o estado de vigília e suportar mais tempo em combates (MOREIRA; ALVES, 2015).

Essa substância foi inicialmente lançada na versão comercial em 1932 na França, chamado de “Benzedrine” em aspecto de pó com a finalidade de descongestionante nasal. Cinco anos mais tarde a Benzedrine foi lançada na forma farmacêutica de pílulas, e nos três primeiros anos após a sua introdução no mercado, vendeu mais de 50 milhões (MUAKAD, 2013).

As anfetaminas são substâncias estimulantes do sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP) provenientes da feniletilamina. Essas drogas ganharam destaque em diversas camadas da sociedade, sendo utilizadas no tratamento do (TDA/H), assim também como drogas de abusivo (CARVALHO; BRANT; MELO, 2014). A anfetamina faz parte da classe das feniletilaminas, com uma alteração de um grupo metila (CH3) na disposição do carbono alfa. Após, várias mudanças na estrutura química da feniletilamina, estes passaram a ser usados como anorexígenos (SOUSA, 2015).

Os anorexígenos também conhecidos como inibidores de apetite, são medicamentos derivados das anfetaminas que reduzem ou inibem o apetite, muito utilizadas para tratamento de pacientes com obesidade em estágio avançado, entretanto, não deveriam ser drogas de primeira escolha para tratar essa doença, uma vez que seus efeitos colaterais são perigosos, além de ser uma droga capaz de gerar dependência (ANDRADE, 2019).

Porém a busca por alternativas que possam gerar uma rápida perda de peso, faz com que esses medicamentos sejam utilizados de forma indiscriminada e irresponsável, principalmente entre a população feminina que encontram nessas drogas uma oportunidade para atingirem o corpo perfeito. Assim, é extremamente importante o acompanhamento com um profissional médico, utilizando- se como primeira escolha para o tratamento do controle de peso, medidas não farmacológicas como a prática de atividade física, reeducação alimentar, hábitos saudáveis de sono, e entre outros (SEBOLD; LINARTEVICHI, 2021).

As anfetaminas são substâncias simpaticomiméticas que desempenham uma ação importante no sistema nervoso central, elas aumentam a liberação de dopamina, noradrenalina e serotonina e inibe a recaptação desses neurotransmissores pelo terminal axônico. Esse aumento de dopamina estimula os núcleos hipotalâmicos laterais provocando perda de apetite, falta de sono, o aumento da sensação de energia e diversos outros efeitos como excitações psicomotoras (WEST et al., 2019 & NIGRO et al., 2021). A mesma possui uma absorção rápida no trato gastrointestinal, por ser lipossolúvel, atravessa livremente a barreira hematoencefálica. Além disso, são rapidamente absorvidas pela mucosa nasal, são excretados de modo inalterado na urina, possui meia vida plasmática longa que varia de 5 a 30 horas (MARCON et al., 2012).

Nas últimas décadas, essas drogas têm tido seu consumo aumentado em todas as classes sociais. A utilização abusiva dessas substâncias e seus derivados anfetamínicos vêm crescendo de forma alarmante em todo mundo, tanto no ambiente clínico, como no ambiente recreativo (CARVALHO; BRANT; MELO, 2014). Seus consumidores mais frequentes são os estudantes, que utilizam para favorecer seu aprendizado, jovens adolescentes, que buscam uma melhora física, uma vez que essas drogas demonstram efeitos anorexígenos, caminhoneiros para ficarem mais tempo acordados durante as viagens, por frequentadores de festas (raves) e por mulheres, que buscam um estereótipo de magreza associada à imagem de beleza (MARCON et al., 2012).

Apesar de serem conhecidas como drogas ditas “mágicas” por inibirem o apetite e possuírem efeito anorexígeno, as substâncias a base de anfetaminas tem um alto consumo no Brasil, o que é preocupante, e vem sendo discutido por anos, por conta de seus efeitos adversos tais como dor de cabeça, tontura, irritabilidade, insônia, delírio, depressão, humor instável, agitação, disforia e fadiga, além de promover atividade estimulante no sistema nervoso central e no sistema cardiovascular (DUTRA; SOUZA; PEIXOTO, 2015).

Por demonstrarem dados preocupantes, foram criadas medidas legais para que sejam adquiridas somente com receita, no intuito de diminuir o consumo exacerbado dessas drogas. No Brasil, a comercialização de anfetaminas e derivados de anfetaminas com efeitos anorexígenos, está sujeita à regulamentação da Portaria SVS/ MS no 344, de 12 de maio de 1998 do Ministério da Saúde, na lista das substâncias psicotrópicas sujeitas a Notificação de Receita, pertencentes à lista (A3) e psicotrópicos anorexígenos sujeitas a Notificação de Receita pertencentes à lista (B2), enquanto antes a sibutramina pertencente à lista (C1), passou somente a ser dispensada por intermédio da apresentação de Notificação (B2). Porém sabe-se que o comércio ilegal delas ainda é frequente no Brasil (MINISTÉRIO DA SAÚDE).

Tendo em vista a importância desse tema dentro da sociedade, este estudo abordou os riscos associados ao uso de forma irracional das anfetaminas, e seus efeitos adversos, debatendo o uso seguro e racional desses medicamentos, demostrando a importância do farmacêutico no acompanhamento farmacoterapêutico desses pacientes, durante o tratamento de uso prolongado.

2. MÉTODOS

Trata – se de um estudo, de revisão integrativa de literatura. O presente estudo foi desenvolvido através de uma pesquisa de revisão integrativa, método que permite fazer uma síntese do conhecimento sobre um tema.

A pesquisa ocorreu entre os meses de agosto e novembro de 2022. Na coleta de dados foi utilizada a base de dados eletrônica: Google Acadêmico, em órgãos como Ministério da Saúde, e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os descritores de busca utilizados foram: Anfetaminas e seus derivados; Risco do uso abusivo de anfetaminas; Inibidores de apetite; Medicamentos anorexígenos. Tanto em português quanto em Inglês.

Foram incluídos artigos, publicados entre os anos 2012 a 2022, avaliando a compatibilidade dos dados encontrados. Os critérios de inclusão foram: artigos redigidos em português ou inglês; artigos completos e gratuitos sobre a temática: “Risco do uso abusivo de anfetamina como inibidores de apetite” como critérios de exclusão, foram descartados os que não abordassem o tema proposto; não se enquadrasse no período de anos adequado e que não apresentassem texto completo, também foram excluídos artigos que estivesse em idioma diferente do proposto e que não fossem disponibilizados gratuitamente pelas bases de dados.

Durante a pesquisa foram encontrados 1.070 artigos nas bases de dados utilizadas e após análise minuciosa, foram descartados 1.050 e utilizados apenas 20.

3. RESULTADOS

Todos os 20 trabalhos selecionados tiveram seu conteúdo analisado na íntegra, de modo a verificar suas informações para construção das novas reflexões acerca do tema. Para a pré-seleção dos artigos foi realizada uma leitura minuciosa dos títulos e resumos, para verificar quias abordavam a temática (FLUOXOGRAMA 1).

  No Quadro 1 estão presentes os artigos selecionados após uma busca dirigida pela metodologia desta pesquisa. Os artigos selecionados foram lidos, para determinar quais informações seriam extraídas e usadas no presente estudo.

Após a coleta de dados, as informações foram organizadas e apresentadas no Quadro 1 em que foi ressaltado: Procedência, Título do Trabalho, Autor, Períodico/ Ano e Considerações Relevantes do Trabalho.

Fluxograma 1 – Fluxograma da Coleta de Dados

Fonte: Elaborado pela autora (2022).

Os detalhes dos 20 artigos selecionados estão descritos no Quadro 1, abaixo

Quadro 1: Artigos utilizados nesta revisão integrativa.

ProcedênciaTítulo do TrabalhoAutoresPeríodicoConsiderações relevantes do trabalho
1 Google Acadêmico Riscos do uso indiscriminado de anorexígenos para o tratamento de sobrepeso.Oliveira e Fattori.Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicada da FAIT, n. 2, 2020.Pesquisa com abordagem exploratória, onde avalia que os anorexígenos são opção no tratamento do sobrepeso, mas não devem ser a primeira opção, porém por ter resultados rápidos, acabam sendo uma escolha para os pacientes que utilizam sem medir as consequências.
2 Google Acadêmico Uso de Anfepramona, Femproporex, Mazindol e Sibutramina no tratamento de pacientes com sobrepeso ou obesidade: Análise farmacológica e clínica.Duarte et al.International Journal of Health Management Review, v. 6, n. 2, 2020.Evidênciar que a busca pelo emagrecimento para atender a um padrão de beleza que é imposta pela sociedade, faz com que indivíduos optam por seguir as mais diversas dietas, inúmeras sessões de exercícios e fazem uso de uma variedade de medicamentos, impulsionandos pelos meios de comunição, estimulando a venda desses produtos/ serviços e fortalecendo a indústria da magreza sem pensar nos males que esses medicamentos trazem para a saúde.
3 Google Acadêmico Atenção farmaceutica em pacientes obesos, com foco na orientação correta ao uso dos anorexígenos.Tezoto e Muniz.Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicadas da FAIT, n. 2, 2020.Orientar o paciente usuário que o tratamento medicamentoso deve servir como um adjuvante à terapêutica básica, a qual inclui mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares mais saudáveis, visto que ao associar a terapia medicamentosa à outra não-medicamentosa, haverá mais chances de resultados promissores no tratamento da obesidade.
4 Google AcadêmicoRiscos causados pelo uso indiscriminado de medicamentos para emagrecer.Porto; Padilha e Santos.Research, Society and Development, v. 10, n. 10, 2021.Observa que o tratamento para obesidade na maioria das vezes se faz pelo uso offabel, fármacos criados para outros fins, e um dos principais medicamentos usados é a sibutramina. E o uso offabel não afasta os efeitos adversos que esses medicamentos causam para a saúde do indivíduo.
5 Google AcadêmicoRisco do uso de medicamentos para emagrecer.LimaCentro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos- UNICEPLAC, 2021.Focando em esclarecer que muitos indivíduos que optam pelo tratamento do uso de fármacos para perda de peso, não levam em conta os riscos a que estão expostos.
6 Google Acadêmico Assistência farmacêutica a frente aos riscos do consume abusivo de remédios para emagrecer.Carvalho e Andrade.Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE, São Paulo, v. 7, n. 10, p.1846- 1856, 2021.Tem como problemática a questão dos anorexígenos e que, o tratamento farmacológico só é indicado como prática adjuvante ao tratamento da obesidade, diante das falhas das terapias não farmacológicas. E percebe que esses medicamentos têm sido usados de maneira abusiva e irracional, e a automedicação é perigosa, podendo levar à dependência física, causar efeitos adversos sobre a função mental e comportamental.
7 Google Acadêmico Riscos e efeitos colaterais do uso de anorexígenos em mulheres no estado de São Paulo.Cunha et al.Research, Society and Development, v. 10, n. 13, 2021.Pesquisa de campo quantitativa, onde descreve que a obesidade feminina tem sido apontada como um dos maiores problemas nutricionais da atualidade, está associada à piora dos aspectos emocionais, dificuldades de integração social e baixa autoestima. Isso está atrelado com a influência que a mídia causa na vida das pessoas e com os padrões impostos pela sociedade. Fazendo com que as mulheres comparem corpos e aparências com mulheres de revistas, propagandas, ou influenciadores, gerando frustações e em alguns casos até propiciando a depressão. 
8 Google AcadêmicoFarmacologia da obesidade e riscos das Drogas para emagrecer.Marques e Quintilio.Revista Coleta Científica, ano V, v. V, n. 9, p.38- 39, 2021.Descreve que no tratamento da obesidade são fundamentais as formas terapêuticas não farmacológicas e farmacológicas. As medidas não farmacológicas são evidenciadas em terapias comportamentais, mudança de hábitos alimentares, prática de atividade física e orientações de profissional nutricionista, com a finalidade de diminuir o consumo calórico. Já as medidas farmacológicas devem ser utilizadas no tratamento da obesidade, quando houver falhas terapêuticas na alternativa não farmacológica.
9 Google Acadêmico Risco do uso indiscriminado de medicamentos para emagrecimento.Sousa, et al.Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 4, n. 6, p.28589- 28609, 2021.Discutir que a obesidade é um problema de saúde pública que ocorre principalmente em decorrência da má alimentação e falta de atividade física. E ressalta que é comum as pessoas não tenham conhecimento suficientes sobre a fisiologia do emagrecimento e se decepcionam com dietas que não levam a perda saudável de peso, e essa situação ainda pode se agravar quando ocorre a utilização de medicamentos para emagrecer, de forma indiscriminada e irracional, ocasionando efeitos adversos perigosos.
10 Google Acadêmico O papel do farmacêutico diante do uso abusive de medicamentos para emagrecer.Nascimento.Centro Universitário Bacharelado em Farmácia, Paripiranga, 2022.Explorar o uso de medicamentos para emagrecer em busca do corpo perfeito e buscar discorrer o papel do profissional farmacêutico em relação dos riscos existentes.
11 Google Acadêmico Remédios para emagrecer e a atenção farmacêutica.Pereira et al.Scientific Electronic Archives, v. 15(9), p.46-51, 2022.Que as pessoas acima do peso procuram nos medicamentos uma possibilidade de obter resultados rápidos e que no universo feminino a magreza se tornou um símbolo de beleza. E na busca incessante por resultados mais rápidos para a perda de peso, as pessoas acabam por optar pelo uso de drogas do tipo anorética ou outros que favorecem a perda de peso, com o objetivo de reduzir o apetite. Contudo, na maior parte dos casos, mantem-se os hábitos sedentários e a nutrição incorreta, ignorando o fato de que estes medicamentos têm o potencial de causar efeitos colaterais sérios como aumento da pressão arterial, hipertensão pulmonar dentre outros.
12 Google Acadêmico Prejuízo à saúde decorrente do uso de medicamentos para emagrecer.Pinto Centro Universitário Bacharelado em Farmácia, Paripiranga, 2022.Descreve sobre à utilização de medicamentos em busca do emagrecimento e sua relação com os possíveis prejuízos à saúde, assim como o consumo de forma irracional desses fármacos destacando os riscos e benefícios associados às suas prescrições.
13 Google Acadêmico Riscos associados ao uso indiscriminado de medicamentos para o tratamento da obesidade: Perspectivas da atuação farmacêutica.Oliveira.Centro Universitário Maria Milza Bacharelado em Farmácia, Governador Mangabeira, 2022.O sobrepeso e a obesidade têm sido prevalentes nos países em desenvolvimento e desenvolvidos. Por estar ligado a diversas doenças como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e diabetes, o excesso de peso se torna uma preocupação ainda maior. Da mesma forma que se observa um aumento na proporção de pessoas obesas, a procura por tratamentos cresce no mesmo ritmo. E dentre os fármacos mais indicados e utilizados em esquemas terapêuticos para a perda de peso, estão a sibutramina, liraglutida, orlistate e as anfetaminas (femproporex, mazindol e anfepramona). Estes fármacos são reconhecidos por apresentarem uma série de efeitos adversos potencialmente graves no sistema nervoso central, gastrointestinal e cardiovascular.
14 Google Acadêmico Perigos do consume da sibutramina como inibidora de apetite.Silva; Rosa e Morais.Research, Society and Development, v. 10, n. 13, 2021.Analizar o medicamento sibutramina, que é um medicamento muito consumido pelas mulheres brasileiras, que buscam perder peso sem esforços e utilizam sem ao menos terem conhecimento sobre os perigos do consumo incorreto, sem orientação e acompanhamento.
15 Google Acadêmico Anfepramona e femproporex: Uso indiscriminado de anorexígenos e suas consequências.Silva; Oliveira e Rodrigues.Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE, São Paulo, v. 8, n. 05, p.2334- 2346, 2022.Relata que a obesidade e o fato de a sociedade moderna, enaltecerem a estética do corpo perfeito, faz com que as pessoas busquem constantemente aceitação, e o anseio pela perda de peso de maneira rápida é uma alternativa procurada por diversas pessoas, tornando a busca por fármacos inibidores de apetite uma possibilidade fácil de conseguir reduzir o peso. Nesse contexto o farmacêutico tem papel importante no acompanhamento e orientação do uso seguro e racional desses fármacos.
16 Google AcadêmicoAnfetaminas: Efeitos, mecanismo de ação, usos clínicos e de abuso.Sousa.Universiadade Federal de Campina Grande, 2015.Explanar as informações sobre as anfetaminas, que são drogas sintéticas, classificadas como psicotrópica, com propriedades estimulantes, que são utilizadas para uso terapêutico como drogas de abuso. Implicando que o consumo indiscriminado constitui um dos mais relevantes problemas de saúde pública, e os prejuízos trazidos para a saúde do usuário.
17 Google AcadêmicoHá irracionalidades no consume de inibidores de apetite no Brasil? Uma análise farmacoeconométrica de dados em painel.Mota et al.Ciência e Saúde, p.1389- 1399, 2014.Faz uma análise sobre os determinantes do consumo de inibidores de apetite (anfepramona, mazindol, femproporex e sibutramina), e as variáveis socioeconômicas, assistências, de condição fisiológica e de hábitos de vida saudável nas capitais brasileiras e no Distrito Federal (DF) no período de 2009 a 2011.
18 Google AcadêmicoBoletim Psifavi- Sistema de Psicofarmacovigilância do CEBRID.Editorial: Anorexígenos- É bom pra quem?Soares.Boletim PSIFAVI, n. 51, 2013.Descrever os aspectos de eficácia e segurança dos medicamentos inibidores de apetite registrados no Brasil.
19 Google AcadêmicoSegurança e eficácia da Semaglutida, Liraglutida e Sibutramina no auxílio do tratamento da obesidade.Castro; Reis e Paixão.Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciência e Educação- REASE, São Paulo, v. 8, n. 05, p.2925- 2941, 2022.Evidenciar que práticas de exercícios físicos e uma dieta balanceada serem fatores básicos de prevenção e tratamento auxiliar da obesidade, várias combinações de dietas e agentes farmacológicos foram lançadas ao longo dos anos. E dentre desses agentes farmacológicos tem a sibutramina que foi sintetizada como um novo antidepressivo, porém produz como consequência o efeito anorexígeno.
20 Google Acadêmico Quais os riscos- benefícios da sibutramina no tratamento da obesidade.Moreira et al.Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 7, n. 4, p.42993- 43009, 2021.Descreve que na atualidade, o grande desafio para a indústria farmacêutica é desenvolver e fornecer medicamentos para emagrecer mais seguros e eficazes.

4. REVISÃO INTEGRATIVA

A obesidade é uma doença crônica de várias etiologias, que possui como característica um acúmulo excessivo de tecido adiposo, atualmente tem se tornado mundialmente um grave problema de saúde pública, que atinge todas as idades e ambos os sexos, sendo a mesma capaz de levar ao aparecimento de inúmeras doenças adjacentes. Atualmente, para combate-la existem várias abordagens terapêuticas desde a reeducação alimentar, prática de atividades físicas e até a utilização de medicamentos inibidores de apetite (PORTO; PADILHA; SANTOS, 2021).

Contudo, a obesidade não é a única razão para a utilização de medicamentos inibidores de apetite, atualmente, os padrões de beleza impostos pela sociedade estimulam o desenvolvimento de diversos distúrbios alimentares, principalmente entre as mulheres, que buscam o esteriótipo de corpo perfeito (SILVA; OLIVEIRA; RODRIGUES, 2022).

Os inibidores de apetite são medicamentos derivados de anfetaminas da classe farmacológica dos psicotrópicos anorexígenos, que proporcionam a perda de peso rápida, pertencem a lista B2 da portaria 344/98, e só devem ser utilizadas mediante prescrição médica com notificação de receita de cor azul (MINISTÉRIO DA SAÚDE).

Atualmente esses medicamentos tem sido utilizados de forma desordenada e sem o acompanhamento profissional, sendo muitas vezes adquirido de forma clandestina sem fiscalização e garantia de qualidade. Sua utilização de forma exacerbada e irresponsável proporciona muitos efeitos indesejados e perigosos, como dependência química e física, insônia, problemas cardiovasaculares e em alguns casos coma e morte (SOUSA, 2015).

O Brasil é o país que mais consome substâncias inibidores de apetite. Entre 2002 e 2004 foram consumidos cerca de 1,6 milhões de doses por dia, em 2008 o consumo brasileiro chegou a cerca de 23,6 toneladas ao ano (LIMA, 2021). Sendo assim, chama atenção as irregularidades nas prescrições e vendas de forma irracional. No ano de 2011, o país foi apontado como o maior consumidor de medicamentos para emagrecer, tendo destaque o femproporex (98,6%), e as anfepramonas (89,5%), que são os dois inibidores de apetite mais produzidos no planeta, que eram fabricados e consumidos no Brasil (MOTA et al., 2014).

Em 2010 foi determinada pela ANVISA a suspenção dos anorexígenos pelos estudos científicos que acreditavam que esses medicamentos apresentavam mais riscos (especialmente os cardiovasculares dos medicamentos adrenérgicos como anfepramona, femproporex e mazindol) que benefícios. Contudo, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de Lei 13.454/17 que impede a ANVISA de proibir a produção e comercialização de anorexígenos (ASCON/ ANVISA, 2017).

Recentemente, no dia 14 de outubro de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a Lei 13.454/2017 que autorizava a produção, comercialização e o consumo, sob prescrição médica, dos inibidores de apetite a base de anfetamina: anfepramona, femproporex e mazindol, sendo a sibutramina o único fármaco com autorização para consumo, sendo comercializada com algumas restrições (BRASIL, 2021).

Sendo assim a indústria farmacêutica atualmente não produz alguns tipos de anfetaminas com efeitos anorexígenos, dentre eles podemos citar o Femproporex, Anfepramona e Mazindol, que possuem por mecanismo de ação a inibição da recaptação de dopamina e norepinefrina através  da inibição dos efeitos da enzima Monoamina Oxidase (MAO), onde aumenta a disponibilidade de neurotransmissores na fenda sináptica, exercendo seu efeito sobre o centro de controle do apetite no hipotálamo, reduzindo o peso por supressão de apetite (CUNHA et al., 2021).

Atualmente, a sibutramina é liberada para consumo no Brasil, com efeito de inibição de apetite, sendo disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente pelo governo para o tratamento de pacientes com obesidade, associada a exercícios físicos e alimentação saúdavel, deve ser dispensada mediante apresentação de notificação de receita B2. Contudo, ainda é frequente a automedicação, com o uso abusivo e irracional desse medicamente, sem o acompanhamento médico, tendo como consequência várias reações adversas como boca seca, insônia, irritabilidade, cefaleia e taquicardia (SILVA; OLIVEIRA; MORAIS, 2021).

A sibutramina é um derivado do neutransmissor B- fenetilamina, e foi primeiramente sintetizado na década 80, como um novo antidepressivo devido a sua capacidade de inibição na recaptação de serotonina e noradrenalina aumentando seus níveis na fenda sináptica, e por consequência, produz o efeito de inibição de perda de apetite (CASTRO; REIS; PAIXÃO, 2022).

A sibutramina é um medicamento aprovado para o tratamento da obesidade no Brasil. Porém, foi retirado do mercado em vários países, como Austrália, Estados Unidos e países da Europa, após publicação dos resultados do estudo SCOUT, um estudo clínico que analisou a segurança a longo prazo. O risco que uso indiscrimado da sibutramina provoca no organismo é muito alto, além de uma infinidade de efeitos adversos, como boca seca e amarga, estômago irritado, problemas para dormir, dores menstruais, alteração de humor e dor nos músculos e nas articulações (MOREIRA, et al., 2021).

Dentre os riscos do uso desses inibidores de apetite podemos citar o estudo de Sousa et al., (2021) que lembra que apersar do uso desses medicamentos derivados da anfetamina ser capaz de promover uma diminuição nos níveis de dopamina, levando a inibição de apetite e perda de peso, o que é atrativo para o paciente, também podem causar efeitos adversos signifivativos como insônia, problemas dentários, alterações de humor, confusão e distúrbios psicóticos.

Oliveira e Fattori (2020) alerta que o consumo desses inibidores de apetite aumentou significativamente não somente para tratar a obesidade, mas de maneira abusiva e irracional, sem o acompanhamento adequado, por pessoas que buscam opções rápidas para obter resultados, levando o paciente a ser exposto a desencadear inúmeros problemas de saúde, e na possibilidade de efeito rebote.

Duarte et al., (2020) destaca em seu estudo que os países europeus não utilizam anfepramona, femproporex e mazindol como inibidores de apetite desde 1999, devido à ausência de comprovação sobre a segurança e eficácia especificamente ao considerar seus efeitos ao longo prazo, associado a efeitos adversos importantes como cardiovasculares e do sistema nervoso central. Além disso, desde janeiro de 2010, a Europa não possui mais a sibutramina em seu mercado, e os EUA cancelaram seu registro em outubro de 2010.

Abaixo, algumas informações descritas no Quadro 1, sobre esses inibidores de apetite utilizados para emagrecimento.

QUADRO 1: Descrição do mecanisco de ação e reações adversas dos principais inibidores de apetite usados para emagrecer.

MEDICAMENTOMECANISMO DE AÇÃOREAÇÕES ADVERSAS
SibutraminaÉ baseado no bloqueio dos receptores pré-sinápticos de noradrenalina e serotonina nos centros da alimentação e saciedade do hipotálamo, reduzindo, assim a fome.Mais comuns são cefaleia, náusea, sudorese, taquicardia, dispneia, anorexia, vertigem. Além dos principais efeitos ocorrem sobre o sistema cardiovascular, causando aumento da frequência cardíaca, hipertensão arterial.
AnfepramonaÉ baseado na inibição da recaptação de noradrenalina e aumento da interação desse neurotransmissor com receptores pós-sinápticos nos centros da fome e saciedade do hipotálamo, reduzindo a fome.Náusea, vômitos, constipação intestinal, taquicardia, boca seca, diminuição da lipido e potência sexual. Além de nervosismo, inquietação, insônia, alucinação e depressão, e casos de intoxicação aguda.
FemproporexO mecanismo principal irá ocorrer no SNC, especificamente nas vesículas pré-sinápticas do hipotálamo lateral (centro de alimentação). As concentrações dos neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e serotonina) são elevadas e a recaptação de dopamina é inibida. Dessa forma, a perda de peso ocorre por supressão do apetite.Boca seca, vômitos, arritmias, taquicardia, diarreias, alopecia, palpitações, convulsões, visão turva, mialgia, irritabilidade, aumento da pressão arterial, desconforto abdominal, episódio psicóticos, depressão e alterações neurológicas (incluse comportamentais) e cardiovasculares.
MazindolEle atua no centro da fome reduzindo o consumo de alimentos, inibindo a secreção gástrica e a absorção de glicose e aumentando a atividade locomotora.Boca seca, náusea, insônia, cefaleia, tontura, irritabilidade, palpitações, arrepios, vertigem, fraqueza, constipação e distúrbios do sono.
Fonte: Duarte 2020 e Lima 2021.

De acordo com o relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, no Brasil, foram registradas 341 reações adversas, relacionados ao uso da anfepramona, sendo que 16%, foram consideradas graves e 15, 8% dos casos notificados, foram relativos à suspeita de inefetividade do medicamento. Enquanto que relacionados ao femproporex, foram relatadas 662 reações adversas, sendo 38% classificadas como graves e 10% dos casos relatados suspeitas de inefetividade, inclusive uma notificação de um óbito. Por fim, relacionados ao mazindol, foram registradas 88 notificações, com um total de 111 reações adversas, sendo dessas 38% classificadas como graves, e 9% com suspeitas de inefetividade do medicamento (SOARES, 2013).

Carvalho e Andrade (2021) relata em seu estudo, que os inibidores de apetite têm suas contraindicações, por isso a importância de antes da utilização ser necessário o acompanhamento médico e orientação, para um uso seguro e racional. Ele descreve que pacientes com idade abaixo de 40 anos com histórico de tabagismo, dislipedemias, doenças cardiovasculares e uso de substâncias simpatomiméticas, devem ficar em alerta e não fazerem uso desses medicamentos

Dessa forma, Duarte et al., (2020) alerta que o beneficio do uso desses inibidores de apetite derivados anfetaminicos, oferecem risco, e estes devem ser utilizados por um curto período, devido aos efeitos adversos graves e por sua alta capacidade de levar o paciente ao abuso e dependência, além de provocar sintomas e síndromes psiquiátricas, como surtos psicóticos, síndromes depressivas ou de mania. A sibutramina foi reavaliada pela ANVISA constatou que o benéfico do uso era maior que o risco, porém com a condição de ser utilizada de maneira adequada e para determinados tipos de pacientes.

Tezoto e Muniz (2020) em seu estudo descreve que os inibidores de apetite quando utilizados de maneira correta, com dosagem, e com o acompanhamento adequado, sendo associado a reeducação alimentar e mudança no estilo de vida, apresentarm resultados promissores para pacientes com obesidade.

Contudo, Marques e Quintilio (2021) em seu estudo enfatizar que o uso de fármacos inibidores de apetite não deve ser indicado apenas para fins estéticos, devido aos seus efeitos adversos, e que o uso indiscrimado desses medicamentos podem causar hemorragia cerebral, devido à combinação com anticoagulantes e analgésicos. Por esses motivos ele lembra da importância do uso seguro, ao utilizar esses medicamentos, e alerta que esse uso deve ter acompanhamento médico, e farmacêutico, a fim de conscientizar o paciente dos riscos e benefícios desses fármacos e possíveis interações medicamentosas, além dos problemas relacionados ao uso incorreto.

Nesse contexto observa se que para um resultado positivo é necessário o uso seguro, e um acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, e dentro dessa equipe destaca se o profissional farmacêutico (NASCIMENTO, 2020). Pereira et al., (2022) em seu estudo lembra ainda que o farmacêutico é o profissional que a sociedade tem mais acessibilidade, e em se tratando de medicamentos e informações relacionadas, a estes, esse é o profissional mais adequado, uma vez que, esta entre os campo de  atuação do farmacêutico, a dispensação destes fármacos, e no ato da dispensação de um medicamento, o farmacêutico poderá orientar a forma correta e racional de fazer a utilização do medicamento, tendo como preocupação esclarecer as dúvidas do paciente, com a finalidade de um resultado com eficácia e segurança.

Pinto (2022) relata em seu estudo, que no cenário do emagrecimento, o farmacêutico pode atuar em diversas circunstâncias, desde avaliar de forma critica a prescrição médica até ajudar nas orientações de dosagem e mudanças de hábitos. Ainda destaca que a Assistência Farmacêutica é de grande relevância, nesse contexto, orientando sobre a farmacoterapia abordando questões como interações medicamentosas, dependência e riscos potenciais dos medicamentos a serem utilizados.

Oliveira (2022) em seu estudo lembra que o farmacêutico tem a responsabilidade de conscientizar o paciente que procura a automedicação. E no contexto do emagrecimento, o farmacêutico e o médico devem interagir, o que beneficiará o paciente no tratamento da obesidade, o médico receitando o medicamento correto, e o farmacêutico, advertindo sobre os riscos e benefícios dos medicamentos utilizados para o seu tratamento.

5. CONCLUSÃO

Os inibidores de apetite derivados de anfetaminas, são uma opção no tratamento da obesidade, muito utilizados por mulheres, que buscam o esteriótipo de corpo perfeito, e pela rapidez de perder peso, porém os estudos demostram que os benefícios não superam os riscos, por esses motivos há necessidade de ainda ser relevante, de conscientizar as pessoas sobre a utilização irracional e indiscriminada desses medicamentos.

Dessa forma é de suma importância que os usuários tenham acesso a uma equipe multidisciplinar que seja capaz de transmitir as informações acerca desses medicamentos e conscientizar sobre alternativas não farmacológicas para obter bons resultados. Sendo essencial o papel do farmacêutico dentro da equipe multidisciplinar, pois é o profissional mais capacitado e habilitado relacionado ao conhecimento de medicamentos, por ser o profissional mais próximo da sociedade, alertando os usuários para os efeitos adversos e riscos do uso irracional de medicamentos.

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1Acadêmica do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.
Artigo científico apresentado à Universidade CEUMA, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Farmácia

2Docente e orientadora do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.