INOVAÇÕES FARMACOLÓGICAS EXTRAÍDAS A PARTIR DA CANNABIS SATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7352474


Expedito Jorge Silva Costa Junior1
Profa. Dra. Ione Cristina de Paiva Pereira2


RESUMO

INTRODUÇÃO: A Cannabis é uma planta histórica, e nela há mais de quatrocentas substâncias químicas, das quais sessenta se classificam na categoria dos canabinóides, possuindo notória importância no controle de doenças irremediáveis, como o Parkinson, epilepsia, Alzheimer, dores crônicas e câncer. A espécie mais comum é a Cannabis sativa, esta apresenta maior porcentagem de canabidiol e menor quantidade de THC (Tetraidrocanabinol).  

OBJETIVOS: Levantar as inovações tecnológicas extraídas a partir da Cannabis sativa.

MÉTODOS

RESULTADOS: Apesar de sua aprovação terapêutica, o acesso à planta tornou-se um desafio para muitas pessoas, pois o grande receio é que a sua liberação para fins médicos resulte, também, na utilização recreativa da droga por usuários. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou o uso medicinal do CBD por importação exigindo documentação específica para o acesso. A Resolução CFM nº 2.324/22, que autoriza o uso do canabidiol (CBD), um dos 80 derivados canabinóides da cannabis sativa, para o tratamento de epilepsias em crianças e adolescentes refratários aos tratamentos convencionais. A diretriz manteve vedada a prescrição da cannabis in natura para uso medicinal, bem como quaisquer outros derivados que não o canabidiol. Segundo a norma, o grau de pureza da substância e sua forma de apresentação devem seguir as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dado isso e com o surgimento de inovações tecnológicas na química e na farmacologia, os canabiniódes ativos estão sendo utilizados. 

CONCLUSÃO: Com os receptores canabinóides revelados, a aceitação do THC e de seus correspondentes, abriu-se a oportunidade para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas, inovando, descobrindo e aprimorando o oferecido à ciência por esta planta. Assim, o objetivo deste estudo é discutir os vastos benefícios da Cannabis e as inovações extraídas a partir dela. E, para isso, apresenta-se como metodologia uma revisão de literatura a partir de artigos publicados, relacionados ao tema.

Palavras-chaves: Canabinóides. Medicinal. Farmacologia.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Cannabis is a historic plant, and in it there are more than four hundred chemical substances, of which sixty are classified in the category of cannabinoids, having notorious importance in the control of irremediable diseases, such as Parkinson’s, epilepsy, Alzheimer’s, chronic pain and cancer. The most common species is Cannabis sativa, which has a higher percentage of cannabidiol and a lower amount of THC (Tetrahydrocannabinol).

OBJECTIVES: To survey the technological innovations extracted from Cannabis sativa.

METHODS:

RESULTS: Despite its therapeutic approval, access to the plant has become a challenge for many people, as the great reception is that its release for medical purposes also resulted in the recreational use of the drug by users. In Brazil, the National Health Surveillance Agency (ANVISA) authorized the medicinal use of CBD by importing specific documents for access. CFM Resolution nº 2.324/22, which authorizes the use of cannabidiol (CBD), one of the 80 cannabinoids derived from cannabis sativa, for the treatment of epilepsy in children and adolescents refractory to conventional treatments. The guideline prohibited the prescription of cannabis in natura for medicinal use, as well as any derivatives other than cannabidiol. According to the norm, the degree of purity of the substance and its form of presentation must follow the determinations of the National Health Surveillance Agency (Anvisa). Given this and with the development of technological innovations in the chemistry and pharmacology of active cannabinoids are being used.

CONCLUSION: With the cannabinoid receptors revealed, the acceptance of THC and its correspondents, opened the opportunity for the development of new therapeutic strategies, innovating, discovering and improving what is offered to science by this plant. Thus, the aim of this study is to discuss the vast benefits of Cannabis and the innovations extracted from it. And, for this, a literature review based on published articles related to the theme is presented as a methodology.

Keywords: Cannabis. Cannabinoids. Medicinal.

1 INTRODUÇÃO

Uma das mais antigas plantas cultivadas pelo homem é a Cannabis, com evidências arqueológicas e históricas de sua existência datando do período neolítico, por volta de 6.000 anos atrás, na Ásia Central. Alguns registros encontrados apontam para os antigos povos chineses como os pioneiros no cultivo e uso canábico, apesar de que há alguns relatos indicando a presença da planta em outras civilizações. Os chineses classificavam a Cannabis como uma planta de fibra, e a partir dela produziam cordas, redes, roupas, e a utilizavam para outros fins, como medicamentos, alimentos e na fabricação de papel. A erva era utilizada também em cerimônias religiosas, como incenso, pelos assírios (CRUZ et al., 2017).

O cultivo da Cannabis é muito fácil, pouca terra, pouco fertilizante, água e muita luz, solar ou artificial, são suficientes. Durante o ciclo natural floresce no verão ou final da primavera, com ciclo de aproximadamente 5 meses, da germinação à semente (MOURA et al., 2016). A Cannabis sativa L. é uma planta herbácea e dióica, podendo ser cultivada em regiões temperadas e tropicais.  É pertencente à família das Urticáceas e à sub-família das Canabidáceas ou Cannabináceas.  Uma planta cujo arbusto mede de 2,5 a 4 metros de altura e é possuidor de uma folhagem peculiar, composta por palmípedes de bordas serrilhadas bem características e que exala um odor semelhante ao perfume do Patchouli (SANTOS, 2013).

De acordo com Moura et al., (2016), é justamente nas inflorescências da planta feminina que mais se concentram seus princípios ativos. A Cannabis possui cerca de quatrocentas substâncias, entre essas as que mais despertam interesse é o delta-9-tetraidrocanabinol e o canabidiol, o primeiro é responsável pelos efeitos psicoativos e o segundo por não ter efeitos psicoativos.

Quanto às espécies do gênero Cannabis são três, sendo a mais comum a Cannabis sativa. Esta é cultivada em quase todo mundo, assumindo diferentes formas; a Cannabis indica apresentar maior porcentagem de Canabidiol e menor quantidade de THC (Tetraidrocanabinol); e a Cannabis ruderalis, um arbusto curto, não possui ingredientes psicoativos (SANTOS, 2016). 

Além das diferenças entre os tipos de Cannabis existentes, algumas variedades da planta apresentam baixos índices de THC (inferiores a 1%), as quais são chamadas de cânhamo, cânhamo industrial ou hemp, e tais denominações procuram enfatizar que essas plantas são utilizadas na produção de itens não tóxicos (LOBO, 2018).

A Cannabis sativa, quando usada como fonte de fibra, é geralmente chamada de “cânhamo”, “hemp seed”, quando usada como fonte de óleo de semente, e “maconha” quando usada como inebriantes eufóricos e drogas terapêuticas. O “Cânhamo industrial” refere-se a cultivos não narcóticas fonte de fibra ou óleo. A indústria de cânhamo industrial tem feito grandes esforços para apontar que “o cânhamo não é maconha” (SMALL, 2015). 

O cânhamo tem sido utilizado há séculos como tratamento para neuralgia, insônia, depressão, enxaquecas, inflamação, além de ser utilizado por mulheres para facilitar o parto, estimular a lactação e no alívio da cólica menstrual (SANTOS, 2016). As fibras de cânhamo resultantes da planta são utilizadas para o fabrico de papel, podendo ser papel de cigarros e notas, produtos têxteis e materiais de isolamento. As sementes são retiradas do fruto da flor e através do processo de esmagamento resulta o óleo do cânhamo, e a partir deste, fabricam-se produtos de construção, como bioplástico, tintas, vernizes e lubrificantes, combustíveis (biodiesel), produtos alimentares e produtos de cosmética (CARUS et al., 2013).

O uso da Cannabis sativa se tornou um desafio, pois mesmo com a comprovada ação terapêutica da mesma, em especial, do CBD, o grande receio das autoridades quanto à liberação da aplicação medicamentosa dos canabinóides, consiste na promoção de uma ocasião favorável para os usuários da forma recreativa da droga (SANTOS, 2019). 

No Brasil, a Resolução CFM nº 2.324/22, que autoriza o uso do canabidiol (CBD), um dos 80 derivados canabinóides da cannabis sativa, para o tratamento de epilepsias em crianças e adolescentes refratários aos tratamentos convencionais. A diretriz manteve vedada a prescrição da cannabis in natura para uso medicinal, bem como quaisquer outros derivados que não o canabidiol. Segundo a norma, o grau de pureza da substância e sua forma de apresentação devem seguir as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (BRASIL, 2022).

Além disso, a Resolução aponta a necessidade da continuidade de estudos bem conduzidos metodologicamente, pois até o presente momento, a ação terapêutica do CBD em crianças e adolescentes com epilepsia refratária é evidenciada por um reduzido número de estudos sem resultados conclusivos quanto à sua segurança e eficácia sustentada (DEVINSKY ET AL., 2014).

De acordo com o Artigo 4º da Resolução, é proibido ao médico prescrever o uso medicinal da Cannabis in natura, bem como quaisquer outros derivados que não sejam o CBD. Porquanto, segundo a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), o uso recreativo da Cannabis para epilepsia é totalmente contraindicado (MATOS, 2017).

Atualmente questiona-se muito sobre vias alternativas de sustentabilidade, baseado na eficiência de recursos e princípios ecológicos, sem comprometer as gerações futuras (ARAÚJO, 2015). Com o cânhamo, é possível trazer a versatilidade e substituições mais sustentáveis a materiais que causam grande impacto para o meio ambiente.

Nota-se ainda que, o cânhamo tem mostrado uma versatilidade incrível a nível global, pois diversos países, com flexibilização de aprovação, têm criado produtos extraídos de sua composição. E, além disso, destaca-se o progresso de buscas sobre a Cannabis por pesquisadores e agências que financiam suas pesquisas em busca de explorar seus benefícios, tanto na área terapêutica, a exemplo dos medicamentos e óleos que vem sendo aprovados no controle de diversas doenças, quanto na área alimentícia, como o leite de cânhamo, cerveja de cânhamo, alimento para animais, na área dos cosméticos, como creme e sabão e na área têxtil, na confecção de cordas e calçados. Assim, torna-se evidente que essas inovações transformarão o processamento, a venda e consumo da Cannabis nos mercados pelo mundo. (THE GREENT HUB, 2021); (GREENCO,2021).

O interesse terapêutico pela Cannabis teve um aumento significativo com a esperança média de vida e a ocorrência de doenças irremediáveis, reavivando a procura do uso da planta. Os canabinóides são agentes que possuem uma notória importância terapêutica no tratamento dos sintomas associados a esses tipos de doenças. A utilização dos canabinóides ativos na medicina se deu com a ascensão de inovações tecnológicas na área farmacológica e química permitindo a obtenção destes em sua forma pura, com composição, estabilidade e doses conhecidas. A descoberta dos receptores canabinóides ligados a homeostasia do sistema biológico, foram peça chave para abertura e aceitação do THC e seus correspondentes para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas (Curral Ribeiro, 2014).

A Cannabis ao longo da sua história sempre produziu e ainda produzirá muitas discussões. Hoje sendo considerada uma droga ilícita, as bases mundiais não desviam o temor de estimular o seu uso ilegal. Os que defendem sua proibição ou legalização, ou o consumo para fins medicinais tem travado tensões que ainda não chegaram ao fim; contudo em alguns anos e com o desenvolvimento de novos estudos a sociedade saberá a resposta a esta divergência de opiniões entre grupos. (Curral Ribeiro, 2014)

O maior atraso para pesquisas e inovações com uso da Cannabis para consumo terapêutico está ligado à falta de informações sobre a mesma e o grande preconceito gerado na sociedade. O futuro medicinal da maconha associa-se ao desenvolvimento de substâncias puras e não com seu uso recreativo, como muitos pensam e assim generalizam. A imagem depreciativa da maconha deve ser desfeita para traçar um caminho para futuras pesquisas e inovações no tratamento realizado com a planta. Outro ponto de suma importância, além da desmistificação desse preconceito está na legalização medicinal completa da maconha, abordando o seu lado benéfico que se sobrepõe aos negativos, por ser uma questão de saúde pública importante, onde o Estado brasileiro regule o acesso com mais abertura para que a matéria de estudo possa caminhar e assim gerar mais achados medicinais, como vem se encontrando. 

Tendo em vista o exposto acima este estudo pretende mostrar a gama de possibilidades e inovações obtidas a partir da Cannabis sativa e, como essas novas pesquisas podem ser enriquecedoras para a medicina na busca do tratamento de diversas doenças, bem como a gama de muitos produtos que ela oferece, na área alimentícia, têxtil e cosmética.

Levantar as inovações tecnológicas extraídas a partir da Cannabis sativa.

2 METODOLOGIA

    O presente estudo tratar-se-á de uma revisão de literatura acerca das inovações farmacológicas extraídas a partir da Cannabis sativa. Os dados serão coletados através: Scientific Electronic Library Online (SCIELO); National Library of Medicine (PUBMED); Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). O estudo será baseado em pesquisas bibliográficas com os descritores utilizados na busca de estudos relacionados à temática: Cannabis. Inovações. Canabinóides, Medicinal. Como critérios de inclusão serão consideradas as pesquisas publicadas entre os anos de 2010 a 2022, e que abordem o tema proposto disponível na íntegra nas bases de dados selecionados.

Como critérios de exclusão serão descartados artigos duplicados e os que não dizem respeito ao tema que será abordado.

3 RESULTADOS

Todos os 10 trabalhos selecionados tiveram seu conteúdo analisado na íntegra, de modo a verificar seus subsídios para construção das novas reflexões acerca do tema. No Quadro 1 estão presentes os artigos selecionados após uma busca orientada pela metodologia desta pesquisa. Os artigos escolhidos foram lidos para determinar quais informações seriam extraídas e usadas no presente estudo. 

Após a coleta de dados e caracterização dos estudos selecionados, as informações foram organizadas e apresentadas no Quadro 1 em que foi ressaltado: Autor/Ano, Título e Resultados, em seguida foram categorizados em temas pela semelhança das ideias dos autores. 

Quadro 1: Caracterização dos estudos selecionados

ProcedênciaTítulo do TrabalhoAutoresPeriódicoConsiderações relevantes do trabalho
1SCIELOUso terapêutico da Cannabis sativa: uma breve revisão. Nascimento, & Dalcin (2019).Brazilian Journal of Surgery and Clinical ResearchEste trabalho ofereceu a elucidação do uso terapêutico do CBD, que tem se tornado relevante, eficaz e com grandes potenciais de sucesso, trazendo expectativas a pacientes e suas famílias que hoje sofrem com doenças de difícil farmacoterapia. Em contrapartida, sua segurança e estabilidade ainda necessitam de maiores pesquisas.
2 LILACSPotencial uso terapêutico dos compostos canabinóides – canabidiol e delta-9-tetrahidrocanabidiol. Ribeiro et al,. (2021).Research, Society and Development.Dados reforçam que os canabinóides podem ser uma opção terapêutica para pacientes em quimioterapia auxiliando nas crises decorrentes do tratamento, além de auxiliar no tratamento de trauma raquimedular, AIDS, esclerose múltipla, neuropatia periférica, síndrome de Tourette, no pósoperatório, em fase pós-infarto cerebral ou outras condições clínicas que tenha uma forte associação com quadros de dores crônicas. Ainda que os avanços científicos demonstrem benefícios no uso dos compostos canabinóides ainda carece de estudos para comprovação da ação. Pesquisas com Cannabis sativa abrem espaço para a possibilidade de tratamento de doenças que ainda não possuem resposta terapêutica tornando estas substâncias uma esperança farmacêutica
3 PUBMEDA maconha nas perspectivas contemporâneas: benefícios e malefícios: Silva et al,.(2018).Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio AmbienteA planta cannabis sativa, usualmente conhecida como maconha, é cercada de concepções acerca de seu benefício e malefício à saúde. A maconha no contexto desperta diversas polêmicas, sendo categorizada como uma droga psicotrópica, ou seja, faz parte substâncias que têm por função funcionar no cérebro, modificando a pensar e pensar, e muitas vezes, de agir. Mas atualmente vem analisando como possibilidades de uso terapêutico em tratamentos de doenças graves.
4 LILACSMapeamento Tecnológico do Canabidiol (CBD) para Finalidades Farmacêuticas no Brasil. De Oliveira et al,. (2018).Cadernos de ProspecçãoO estudo revelou que ainda é muito reduzido o número de patentes depositadas na base do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) que envolvem o Canabidiol. Os poucos documentos encontrados foram depositados por instituições de outros países, não sendo constatado nenhum resultado nacional. Tais dados apontam que as indústrias farmacêuticas no Brasil apresentam pouco interesse na manipulação da substância, questão possivelmente associada ao desconhecimento sobre a legislação do tema, ainda muito recente no país; à falta de apoio por parte dos órgãos governamentais de pesquisa; e por questões culturais e polêmicas no que se refere à utilização dos derivados de Cannabis.
5 SCIELOCanabidiol e suas aplicações terapêuticas. Gontijo et al,. (2016).Revista Eletrônica da Faculdade de CeresAs propriedades terapêuticas do CBD merecem atenção especial, devendo ser realizadas mais pesquisas para maior conhecimento dessa substância e consequentemente, conhecer melhor seu mecanismo de ação no tratamento de doenças.
6 LILACSUso da maconha como medicamento. Luz & Albuquerque (2018).Revista de Ensino e Cultura.Há centenas de anos a maconha vem sendo utilizada para fins medicinais. No entanto, antigamente não havia técnicas ou instrumentos científicos que pudessem confirmar tais propriedades de seus princípios ativos. Atualmente, várias propriedades medicinais da planta já foram confirmadas cientificamente. Esses princípios ativos, ajudam na cura de pacientes com câncer, AIDS, glaucoma entre outras doenças. Em alguns países, como o Canadá, já existe um spray bucal com extratos da Maconha para auxiliar no tratamento de pacientes com esclerose múltipla
7 LILACSA utilização medicinal do canabidiol como recurso terapêutico: revisão bibliográfica. Alves (2020).Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia Observaram-se algumas aplicações terapêuticas, como antipsicótico, ansiolítico, antidepressivo e em diversas outras condições com resultados satisfatórios, formulados à base de Cannabis sp. e seus derivados disponíveis no mercado. No entanto, algumas limitações devem ser enfrentadas, especialmente porque outros canabinóides e a própria Cannabis sativa continuam proscritos no Brasil, uma vez que o uso indiscriminado dessas substâncias pode causar intoxicação e dependência.
8 PUBMEDCanábis Medicinal na Neurologia Clínica: Uma Nuvem de Incertezas. Carneiro & Morgadinho (2019).SinapseA utilização da CM tem evidência consistente nas síndromes epilépticas refratárias da infância (Dravet e Lennox-Gastaut) e na espasticidade associada à esclerose múltipla. Na dor neuropática e nos sintomas da síndrome de Gilles de la Tourette a CM médica foi aprovada em Portugal, embora com evidência menos relevante para a utilização. A continuação da investigação nesta área é, assim, premente, seja nas patologias para as quais a CM foi aprovada, seja em potenciais indicações, incluindo-se nestas algumas doenças neurodegenerativas.
9 LILACSDerivados canabinóides e o tratamento farmacológico da dor. Lessa & Figueiredo (2016)Revista DorUm melhor conhecimento sobre a farmacologia do sistema endocanabinóide, juntamente com os resultados dos estudos envolvendo o tratamento da dor com substâncias de natureza canabinóide, podem ser de grande valor para o desenvolvimento de fármacos que permitam um avanço significativo na terapêutica de pacientes portadores de síndromes dolorosas, em particular nos casos de difícil controle. Porém, mais estudos são necessários para confirmar esses resultados e determinar a segurança desses compostos.
10 SCIELOO uso de Cannabis sativa para fins terapêuticos no Brasil: uma revisão de literatura. Vieira, & De Sousa (2020).Scientia NaturalisNos resultados foram identificadas duas vertentes de estudos sobre a utilização da planta. Primeiramente, uma crescente discussão social, motivada pela relação entre o potencial terapêutico e as concepções históricas, sociais, culturais e criminais associadas ao uso. E uma segunda ancorada nas intervenções práticas dos compostos canabinóides como alternativa terapêutica. 

4 REVISÃO INTEGRATIVA

Para Nascimento, & Dalcin (2019) a Cannabis sativa, apesar de ainda sofrer preconceito, está ganhando espaço e relevância em pesquisas e estudos por causa de suas propriedades terapêuticas. Em razão disso, doenças como a Dor Neuropática, Esclerose Múltipla, Doença de Parkinson, Autismo, Epilepsia e outros, ganharam uma alternativa a mais de tratamento. O uso terapêutico do CBD tem sido capaz de aliviar os principais sintomas de algumas doenças, quando a farmacoterapia convencional não é suficiente.

Corrobora ainda Ribeiro et al,. (2021) que com avanços científicos, foi possível identificar que a Cannabis sativa pode ser uma escolha de tratamento para várias patologias. Pesquisas com Cannabis abrem espaço também para a possibilidade de tratamento de doenças que ainda não possuem resposta terapêutica ou que esta não é tão eficaz. Assim, esta substância pode se tornar uma esperança farmacêutica, indicando ser mais satisfatória que muitos fármacos.

De Oliveira et al,. (2018) por meio de seus estudos afirma que apesar dessa realidade, no mercado farmacêutico existem poucos medicamentos para prevenção, tratamento ou cura de doenças com remédios manipulados contendo a substância da Cannabis Sativa, canabidiol. Dessa forma, percebe-se que é bastante importante o investimento no desenvolvimento de tais medicamentos para o preenchimento dessa lacuna com o objetivo de inovar tecnologicamente no ramo de ciências da saúde.

Gontijo et al,. (2016) ressalta ainda que Cannabis contém mais de 100 compostos terpenos fenólicos, conhecidos como fitocanabinoides.  A maioria desses canabinoides lipofílicos estão intimamente relacionados e diferem apenas por um único grupo químico funcional. Os canabinóides se dividem em 10 grupos principais, com constituintes, representando produtos de degradação, precursores ou subprodutos. Dois dos constituintes mais abundantes é o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), cujas proporções variam de acordo com sua variabilidade.Já para Luz & Albuquerque (2018) ponderam que em seus estudos os  canabinóides presentes na Cannabis sativa pode fornecer novas informações sobre suas altas margens de eficácia e segurança no tratamento de doenças, e pode continuar a inspirar uma fonte rica de compostos refinados farmacologicamente
associados a novas terapias. Portanto, tais resultados podem facilitar o caminho regulatório e burocrático para que médicos e cientistas realizem estudos bem delineados, buscando amenizar os sintomas de doenças neurológicas e psiquiátricas.

Alves (2020) afirma que, mesmo com os pequenos avanços legais no âmbito jurídico no Brasil, os estudos têm mostrado interesse do campus da pesquisa em ciências da saúde para a identificação de resultados significativos do uso da substância CBD, encontrada na folha da planta maconha. No entanto, evidencia-se a necessidade de maiores incentivos fiscais para esta área de estudo, buscando não somente identificar seus resultados positivos, como também permitir o uso de medicamentos com a substância no Brasil.

Carneiro & Morgadinho (2019) asseveram que o foco da utilização de Cannabis Sativa na Neurologia clínica (assim como noutras áreas da Medicina) tem sido motivada pela melhoria sintomática de diversas doenças. No entanto, há ainda um considerável caminho a percorrer no sentido de consolidar as indicações atuais, mas também na procura de novas indicações, sintomáticas ou mesmo modificadoras de doença, no sentido de explorar todo o potencial destas terapêuticas na Neurologia.

De acordo com Lessa & Figueiredo (2016) os estudos farmacológicos e os ensaios clínicos reforçam o uso dos agentes canabinóides como analgésicos para a dor crônica, criando a perspectiva de que os fármacos à base de fitocanabinóides e canabinóides sintéticos possam vir a ser utilizados como adjuvantes para o tratamento da dor, particularmente aquela de origem neuropática. Devido ao perfil farmacológico único, com efeito multimodal e o baixo risco de efeitos adversos graves, os agentes canabinóides têm potencial de oferecer ao médico uma opção útil para o tratamento da dor neuropática. Porém, mais estudos são necessários para confirmar a eficácia e a segurança desses compostos em pacientes, particularmente em relação à incidência e à intensidade dos efeitos adversos nos tratamentos de longo prazo.

Nascimento, & Dalcin (2019) lembram que o canabidiol já vem sendo indicado em diversos casos de epilepsia refratária a outros medicamentos. Apesar disso, a farmacologia dos canabinóides, perante o controle das convulsões epiléticas, ainda não está totalmente clara. Estudos mais recentes envolvem o aumento da ativação dos receptores CB1 por anandamida, mediados pelo CBD, diminuindo seu agonismo pelo 2-AG e, desta forma, mediando a atividade neuronal envolvida em crises epiléticas. Tal ação consolida-se pela atividade pré-sináptica dos receptores CB1 em neurônios glutamatérgicos, dos quais possuem focos de origem das atividades epileptiformes. A aplicação sistêmica do canabidiol, com o efeito mencionado acima, causa o acúmulo da anandamida em seus sítios de ação sináptica, tônica e/ou hormonal, moderando os circuitos neuronais envolvidos na disseminação da atividade epileptiforme.

A eficácia da aplicação de derivados da Cannabis Sativa nos tratamentos de diversas doenças, tem se mostrado uma alternativa de alta relevância, principalmente em casos refratários, onde as terapias convencionais não são suficientes. Além de ser notável seu perfil de segurança, possuindo baixas taxas de efeitos adversos, sendo estes bem tolerados na grande maioria dos casos. Seu aspecto de múltipla ação, torna viável a diminuição gradativa na quantidade de dosagens e/ou fármacos administrados, o que também implica na qualidade de vida do paciente, ponderando que grande parte dos fármacos convencionais, possui efeitos adversos significativos, principalmente quando administrados em longo prazo (LUZ & ALBUQUERQUE, 2018).

As sementes contêm níveis não medicinais (<0,3%) do composto psicoativo chamado tetrahidrocanabinol (THC) e, portanto, são diferentes da maconha medicinal. A semente de Cannabis contém as globulinas solúveis em sal ou edestina, e a albumina solúvel em água como as principais proteínas de armazenamento. As proteínas das sementes de Cannabis têm um alto nível de arginina e uma fração proteica rica em enxofre, duas características únicas que conferem altos valores nutricionais. Avaliações da propriedade funcional, mostraram que as proteínas do Cannabis formam emulsões de alta qualidade com tamanhos de gotículas de óleo semelhantes às das emulsões à base de leite. Foi demonstrado que um novo concentrado de proteína de semente de Cannabis tem uma solubilidade >70% a pH 4.0–6.0, enquanto a maioria das proteínas vegetais é tipicamente insolúvel (SILVA et al., 2018).

Vieira & De Sousa (2020) revelam que o potencial terapêutico da Cannabis mostra-se  promissor com distintas abordagens metodológicas, sendo necessário novos estudos, para preencher as lacunas sobre os efeitos benéficos e/ou adversos associados ao uso da Cannabis sativa e seus derivados, principalmente o delta-9-tetrahidrocabinol (Δ9-THC) e o canabidiol (CBD).

Outra inovação importante, é o biodiesel do óleo de cânhamo de Deccan, para o abastecimento de motor a diesel. O desempenho e as características de emissão do cânhamo deccan biodiesel são estimados e comparados com o diesel. O biodiesel de cânhamo deccan reduz as emissões de NOx, HC e CO, juntamente com um aumento das emissões de CO2 e fumaça, com um aumento na proporção de biodiesel no diesel combustível. A melhora nas taxas de liberação de calor tem um aumento na taxa de combustão com diferentes porcentagens de mistura de biodiesel de cânhamo deccan, afirma Lessa & Figueiredo (2016).

Em relação às sementes da cannabis, Nascimento, & Dalcin (2019) observaram em suas pesquisas, que quando processadas, extraem-se um óleo, utilizado na fabricação de produtos de construção, como bioplástico, tintas, vernizes e lubrificantes, combustíveis (biodiesel), produtos alimentares e produtos de cosmética. O caule, por sua vez, quando processado, é extraído uma fibra, que é usada principalmente para materiais de isolamento e para biocompósitos (materiais construídos por fases de origem natural) em aplicações automotivas. Outro material utilizado, é a madeira, que por meio do processamento, são extraídos aglutinantes poliméricos ou cimentícios, betões ou argamassas reforçadas. Os Betões de Cannabis obtidos por processamento industrial, e armazenamento de carbono, tem grande utilidade na construção civil, como material de enchimento de estruturas de madeira, como placas de revestimento pré-fabricadas e na forma de blocos de alvenaria.

O caule principal é reto, sulcado (especialmente quando grande), com um interior um pouco amadeirado, podendo ser oco nos entrenós,sendo mais ou menos lenhoso. As plantas variam em altura dependendo do ambiente, e se selecionadas para fibra (o tipo mais alto), mas tem em média tipicamente 1-5 m, tendo um período de crescimento de aproximadamente 100 – 120 dias. Quando cultivada num espaço limitado, a planta do cânhamo tem tendência a reduzir-se a uma haste única e esguia, caso disponha de muito espaço, é suscetível de se ramificar, quase desde a base, tendo uma aparência de pequeno arbusto.

O cânhamo, é dióico, sendo a planta masculina mais alta e relativamente descolorada, e dela se obtém a fibra para confecção de tecido e corda. A produção de fibras por parte da planta é inversamente proporcional a sua produção de THC, o que implica que plantas masculinas são inadequadas para o uso como alucinógenos. Já a planta feminina, é de menor porte, produz uma resina seca extraída das flores, que apresenta a maior porcentagem de compostos psicoativos, de 10 a 20% (CARNEIRO & MORGADINHO 2019).

Diferentemente da maconha, o cultivo do cânhamo traz vantagens ao meio ambiente e à economia rural, pois se apresenta como uma fibra sustentável na produção de papel, têxteis e demais itens, assim contribui para a redução do desmatamento, sendo um produto substituto às árvores. Ainda se destaca que a planta exige pouca manutenção, utiliza pequenas quantidades de fertilizantes e requer pouco ou nenhum uso de pesticidas. Além disso, o seu cultivo pode ocorrer em diferentes condições climáticas, contribuindo para uma melhoria do solo e da qualidade da água. Os diversos tipos de cânhamo são cultivados para a produção de sementes e fibras e contém baixas quantidades de THC (ALVES, 2020).

Luz & Albuquerque (2018) destacam que as políticas que regulamentam a Cannabis medicinal, são apresentadas como heterogêneas, sendo que a ciência é vista como de grande importância no desenvolvimento de tais políticas. Sobre as políticas e legislação que regulamentam o uso de Cannabis medicinais abordadas Nascimento, & Dalcin (2019) argumentam que em alguns estudos concluem-se que não são homogêneas: elas mudam e são redefinidas ao longo do tempo. A regulamentação do uso da Cannabis medicinal, suas consequências para a saúde tanto de pacientes como para a saúde pública de modo geral merecem contínua atenção dos cientistas. 

Ribeiro et al,. (2021) ainda observa que por ser conhecida pelo seu conteúdo de ácidos graxos, proteínas e fibras, que contribuem para o seu valor nutricional, os metabólitos secundários das sementes de cânhamo e compostos bioativos, podem contribuir e trazer benefícios para a saúde. Alguns compostos identificados mostram a diversidade da composição de sementes de cânhamo, com lignina midas como nutrientes, fonte de compostos bioativos e protetores.  A fibra de sementes de cânhamo contém 20–25% de proteína, 20-30% de carboidratos, 10–15% de fibra insolúvel, e uma rica coleção de minerais.

O tratamento com a planta Cannabis tem se mostrado extremamente eficiente no tratamento de diversas doenças, os efeitos são sentidos nas primeiras doses e são famosos os casos de pacientes que têm uma vida dividida em antes e após a Cannabis. Porém, para alcançar esses resultados a terapia deve ser personalizada, o que torna o acompanhamento do paciente uma etapa muito importante na busca pelo bem-estar. Nesse sentido o farmacêutico, profissional do medicamento, tem a oportunidade de individualizar e acompanhar o tratamento com o medicamento, de acordo com a necessidade dos seus pacientes propondo soluções e contribuindo com a equipe de saúde na recuperação dos pacientes e obtenção de melhores resultados, assim também, como também na identificação de reações adversas não catalogadas (ALVES, 2020).

Por outro lado, a exploração do cânhamo, assim como do caule e sementes, como fonte de inovação tecnológica, pode representar um avanço em várias áreas, colaborando inclusive para a sustentabilidade e também gerando recolhimento de impostos para o país.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora com pouca divulgação, o uso do cânhamo tem ganhou importância mundialmente, sendo algo de grande potencial econômico, na construção, e uma saída para questões como a sustentabilidade ao substituir materiais que degradam o meio ambiente.

Além disso, em muitos países, a semente e o óleo de cânhamo são muito utilizados na alimentação, já que são muito saudáveis e possuem diversos benefícios para nosso organismo, portanto é uma planta de grande potencial, mas que precisa ser conhecida e estudada com mais afinco, uma vez que ela tem uma grande e abrangente utilidade.

Diante do exposto, conclui-se que a cannabis sativa apresenta uma gama de substâncias, tendo finalidades farmacológicas, têxteis e cosméticas. Portanto se faz necessário uma maior conscientização e descriminalização de suas riquezas não só para fins medicinais, mas também econômicos, sendo necessário mais estudos e discussão de suas propriedades. O profissional farmacêutico como provedor da saúde tem um papel singular na pesquisa para inovações farmacológicas, e na orientação da população com relação ao uso terapêutico e tecnológico da cannabis sativa.

REFERÊNCIAS

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1 Acadêmico do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.
2 Docente do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.