A CONTRIBUIÇÃO DO BLOCO ESPAÇO E FORMA NO DESENVOLVIMENTO DE NOÇÕES MATEMÁTICAS NA PRÉ – ESCOLA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7319947


Rosilene M. Gomes Fialho¹
Fabiana Ribeiro da Silva1
Maria Bernadete Pozzobom costa2


RESUMO

O presente estudo aborda a contribuição de bloco, espaço e forma, enquanto conteúdo, para o desenvolvimento de noções de matemática na Pré-escola. Tendo como objetivo, a verificação de atividades lúdicas na contribuição para o desenvolvimento de conhecimentos matemáticos referentes aos blocos, espaços e formas na Pré-escola. Com elaboração e aplicação de questionários para professores que atuam na Educação Infantil em instituições de Pré-escola da Rede Municipal de Ensino de Barra do Garças – MT, com análise quantitativa do desempenho de crianças de 4 a 5 anos. Considerando as evoluções das atividades na pré-escola com noções de matemática, por meio de jogos e brincadeiras e ampliando seu desenvolvimento na linguagem na prática. Sendo assim, a pesquisa foi verificar as contribuições do bloco, espaço e forma que favorece no desenvolvimento da criança na pré-escola.

Palavras-Chave: Jogos e Brincadeiras; Aprendizagem; Desenvolvimento.

ABSTRACT

His study addresses the block input, space and form as content for the development of mathematical concepts in pre-school. With the purpose, verification of recreational activities contributing to the development of mathematical knowledge related to blocks, spaces and forms in pre-school. With preparation and application of questionnaires to teachers who work in Early Childhood Education in Pre-School of the Municipal institutions Egrets Bar Teaching – MT, with quantitative analysis of the performance of children 4 to 5 years. Considering the developments of activities in pre-school with math concepts through games and activities and expanding its development in the language in practice. Therefore the research was to determine the contributions of the block, space and form that favors the development of children in pre-school.

KEYWORDS: Games and Play; Learning; Development.

1. INTRODUÇÃO

Ensinar noções básicas de matemática fica muito mais fácil quando se sabe aproveitar a curiosidade natural de crianças em idade pré-escolar. Um dos conteúdos previsto para a Educação Infantil é o bloco de conteúdo, espaço e forma, ou seja, mostra que nele o professor deverá utilizar os espaços e as formas.

Um trabalho intencional na matemática que contribui para elaborar e sistematizar esses novos conhecimentos. Assim, é preciso utilizar atividades que ocorram no dia a dia e na relação com o mundo a nossa volta para desenvolver outras aprendizagens. Daí a importância do estudo que se propõe realizar. 

A contribuição do bloco, espaço e forma no desenvolvimento de noções matemáticas na pré-escola, se fez necessária no sentido de conhecer e desenvolver um trabalho melhor com a criança da pré-escola. Para isso, é preciso conhecer as brincadeiras e interações que ajudam no desenvolvimento desses elementos e contribuem para o desenvolvimento de noções matemáticas na pré-escola.

Na aprendizagem com noções de matemática, não é um processo simples, e sim um processo complexo que acontece em momentos distintos, devem estar presentes na exploração, na integração e na efetivação dos processos temáticos. A matemática no universo infantil demonstra uma infinidade de informações à criança na pré-escola. Na educação infantil, as noções de matemática estão presentes em várias atividades nas diversas áreas trabalhadas. É importante que o professor perceba que pode desenvolver para atender as crianças ao construir o conhecimento e habilidades. É necessário saber escolher os caminhos e estabelecer razões para trabalhar as ideias na matemática. Com as noções básicas, às crianças de 4 a 5 anos de idade, precisam aprender as diferenças e semelhanças, como o seu espaço, aprender no seu deslocamento, explorando o esquerdo, direito, acima, abaixo atrás, frente, e as formas com figuras geométricas, no qual devem ser trabalhadas em noções de matemática: o quadrado, círculo, triângulo e retângulo. Dentro desses conhecimentos, serão construídas nessa etapa da escolaridade, com variações de atividades para crianças, especialmente no que diz respeito à construção do aprendizado com espaços e formas, além que na qual está incluído as noções matemáticas. Utilizando no seu cotidiano jogos e brincadeiras com conceitos de números, além das noções ligadas às grandezas e medidas. A matemática é utilizada no seu cotidiano no qual faz parte desse universo infantil. 

O presente estudo tem como objetivo a verificação de atividades lúdicas na contribuição para o desenvolvimento de conhecimentos matemáticos referentes ao bloco, espaço e forma na Pré-escola.

2. A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

De acordo com o Referencial Curriculares Nacionais para  Educação infantil.

O pensamento geométrico compreende as relações e representação espaciais que as crianças desenvolvem, desde muito pequenas, inicialmente, pelas explorações espaciais sensoriais dos objetos, das ações de deslocamentos que realizam no meio ambiente, da resolução de problemas. Cada criança constrói um modo particular de conceber o espaço por meio das suas percepções, do contato com a realidade e das soluções que encontram os problemas. (BRASIL,1998, P.229).

As crianças com 4 a 5 anos de idade necessitam de atividades escritas, mas exigem atenção e afetividade para o seu desenvolvimento emocional. Os materiais didáticos, como blocos lógicos e figuras geométricas, são necessários na pré-escola, bem como brinquedos, jogos, materiais variados e educativos para um incentivo na sua aprendizagem. 
Pais (2000). Afirma que:

Os recursos didáticos envolvem uma diversidade de elementos utilizados como suporte experimental na organização do processo de ensino e de aprendizagem. Sua finalidade é servir de interface mediadora para facilitar na relação entre professor, aluno e o conhecimento em um momento preciso da elaboração do saber.

Alguns brinquedos trazem noções de matemática na qual está presente todos os dias e que envolvem uma metodologia em toda a trajetória durante seu aprendizado. A matemática vem para compreender as relações e representações de espaços e formas que a crianças desenvolvem desde muito pequenas, iniciando pela exploração dos objetos no desenvolvimento infantil que é um rico conhecimento desde muito cedo, o manuseio com estes objetos buscando sempre atividades lúdicas com ferramentas fundamentais, no processo de conhecimento sempre respeitando a evolução natural da criança. 
Segundo Jean Piaget (2007),

Desde o nascimento a crianças resolvem seus problemas através da percepção e dos movimentos, percebe o ambiente e age sobre o mesmo na sua teoria do desenvolvimento infantil, que é sua interação que o sujeito e o meio e o objeto do conhecimento e resultado das experiências estimuladas através da percepção que é a fase inicial do desenvolvimento, ou a fase sensória motora, que a partir desse primeiro contato, os outros estágios de construção do conhecimento são estruturadas sempre com auxílio do meio externo, com a família a escola e o meio social.

No entanto, os estudos da geometria é conhecer e interpretar as propriedades das figuras geométricas, nas quais se encontram nas noções de matemática, ela passa a ser uma disciplina com o desenvolvimento de raciocínio que contribui para a aprendizagem das crianças, conforme elas começam a perceber as semelhança e diferenças e identificando as formas geométricas. No sentido mais amplo, na educação com um processo de atuação de um educador sobre atuar em uma sociedade pronta para busca de aceitação dos objetivos, com outra finalidade da educação infantil é preparar a criança para a vida. 

Os blocos de conteúdos de matemática são designados às crianças e abordados no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil – RCNEI, da faixa etária de 4 a 5 anos, são números de sistema de numeração e grandezas e medidas, espaços e formas de maneira a propiciar a criança por meio da geometria.

Aprender matemática é um processo contínuo de abstração no qual as crianças atribuem significados e estabelecem relações com base nas observações, experiências e ações que fazem, desde cedo, sobre elementos do seu ambiente físico e sociocultural (BRASIL, 1998, p. 217). 

Percebe-se que o uso de brinquedos e jogos favorece uma maior interação entre a criança, permite que elas se comuniquem com outras buscando inovar a construção do conhecimento social, físico e cognitivo.

Nesse processo a criança passa ter um papel fundamental no desenvolvimento, o próprio pensamento aprende operar com significados das coisas, e não de objetos. Além disso, as brincadeiras e jogos com noções de matemática possibilitam à criança exercitar-se no domínio da sua aprendizagem.

Proporcionando o seu desenvolvimento e ampliando os seus conhecimentos no cotidiano escolar. Para aprender os conteúdos da escola, o aluno precisa de atividades específicas que estimulem o funcionamento cerebral como memória principal e desenvolvimento do aluno. 

Convenhamos que, as matemáticas entrem no uso de jogos de mesa de sala de aula, temos a noções de matemática os exercícios com conjunto de manipulação de blocos com espaços e formas garantindo o acesso de conhecimento que hoje acreditamos, se constrói a resolução no meio onde os alunos estão inseridos com um significado para o aprendiz. Na matemática, o construtivismo privilegia mais o processo, ou seja, em como o objeto do conhecimento, conteúdo, está sendo apreendido pelo sujeito do que o produto enquanto resultado do que foi ensinado.

A matemática é vista como uma construção humana constituída por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas reais ou possíveis. A compreensão destas estruturas pela criança se dá também de forma interacionista especialmente a partir de abstrações reflexivas, realizadas mediante a construção de relações entre objetos, ações ou mesmo entre ideias já construídas. (FIORENTINI, 1995, p.20)

De acordo com construtivismo também podem ser encontradas na longa história. Matemática e das ciências físicas, se os adultos constroem matemática e conhecimento, debate os pontos conflitantes, e também esperado que a crianças construa um conhecimento lógico-matemático pelo mesmo processo. 

Segundo esses autores, a educação infantil é um espaço de certa forma privilegiado para noções básicas de conteúdos matemáticos. Para elas, o ensino dessa disciplina deve ter a finalidade de construir um saber que capacite as crianças a pensar e a refletir sobre o seu cotidiano, sua realidade social, para, dessa forma, intervir no intuito de transformá-los. Isso apenas será possível, se os mesmos encontrarem motivo e razão para aprender matemática. 

Segundo Piaget (1978),

O conhecimento lógico-matemático é uma construção que resulta da ação mental da criança sobre o mundo, construído a partir de relações que a criança elabora na sua atividade de pensar o mundo, e também das ações sobre os objetos, O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados.

Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas, assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constrói; e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam brincar de faz-de-conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar com regras.

Segundo Boavida (1992), “é importante ensinar as crianças a pensar, pois assim vai ampliando seu conhecimento para tornar-se um adulto culto.”.

Como método para o ensino de conteúdos matemáticos deve-se priorizar o ato de brincar, pois assim a criança consegue estabelecer variados vínculos entre as características de seu papel, suas habilidades e competências e as relações com outros papéis, se conscientizando e fazendo generalizações importantes para seu desenvolvimento. Analisando a afirmação desses importantes teóricos, podemos deduzir que a Educação Infantil deve ser inserida em um conceito de educação com viés apontado para a construção do conhecimento elaborado pelo próprio aluno e tendo como mediador seu professor ou outro adulto para direcioná-lo na busca da autonomia e independência. O conhecimento matemático fazendo parte do currículo desta modalidade de ensino não deve se furtar dessa análise.

Considerando que a aprendizagem implica a existência prévia de estrutura lógicas a intervenção consiste criar situações, problema que desencadeia a atividades espontâneas da criança, com base na qual tais estruturas se desenvolvem constituindo- se instrumentos eficazes e adequados para caracterizar os conhecimentos das crianças.

Para falar de estrutura, Piaget (1977), baseia-se não naquilo que a criança diz sobre o problema, mas sim sobre aquilo que ela sabe fazer.

O que a criança sabe fazer e o observável e torna- se consistente, dependendo do nível da estrutura da criança, e por outro lado e constituir o conjunto possibilidades que permitem o desenvolvimento dos alunos nos procedimentos como brincadeiras jogos com noções de matemática a criança tem a oportunidade de constatar os erros, tomando a consciência que é necessária para construção de novas estratégias na matemática.

Analisando a intervenção e os processos das crianças durante suas atividades com finalidade e possibilitando a passagem fazer para compreender tanto nas noções de matemática, com propósito de aprender os conteúdos relativos ao conhecimento aritmético e construir instrumento de pensamento necessário ao ato de aprender.

Segundo Piaget (apud Mantovani de Assis, ( 1976, p.38).

Com jogos permitem que a criança invente novos procedimentos para que construam o possível e do necessário, que diz a respeito aos diferentes meios da criança alcançar o resultado, e a necessidade com integração dos meios em função dos resultados, quando as crianças interagem tem como objetivo, abstraírem suas propriedades segundo suas possibilidades de interpretação.

O brinquedo é outro termo indispensável para ensinar como utilizá-los, os jogos estão em conjuntos com os brinquedos, o objetivo é ensinar a manipulá-los. Quando a criança brinca, ela entra no mundo imaginário, mas existem regras para os jogos acontecerem, com limites. Os jogos, se visto como uma recreação, uma maneira de socializar os alunos, na educação infantil torna-se um aprendizado de conteúdos de forma lúdica e eles são vistos como instrumento de ensino da matemática.

O jogo inclui sempre uma intenção lúdica do jogador, ele está sempre a divulgar os princípios de moral e ética e, demais conteúdos, atendendo e favorecendo as necessidades infantis, de forma mais adequada para aprendizagem dos conteúdos na escola. A criança na pré-escola aprende de modo intuitivo e adquirir as noções envolvendo no processo e no desempenho que o jogo proporciona com vários tipos de conhecimentos e a exploração dos jogos dando condições e potencializando as situações de aprendizagem, os usos de jogos e brinquedos buscam a compreensão e aproximação das regras e noções de matemática, como por exemplo: o quebra-cabeça é um dos desafios que o educador passa a permitir as suas possibilidades de conhecer de maneira educativa.

Embora KISHIMOTO (1994,pg.63). Tem uma ampla visão bibliográfica, encontrando referência do uso dos jogos na educação infantil que remontam a Roma e a Grécia antiga, se torna um marco apenas a histórias mais recentes, veremos que deste século, vamos ter entre nós as contribuições teóricas mais relevantes para o aparecimento de proposta de ensino que incorporam o uso de materiais pedagógicos em que os sujeitos possam tomar parte ativa na aprendizagem. 

São as contribuições de Piaget, Bruner, Wallon e Vygotsky que definitivamente marcam as novas propostas de ensino em bases mais científicas.

O raciocínio da aprendizagem através dos jogos e as brincadeiras e de que possa ser utilizada dentro da sala de aula pelo professor, por meio de manipulação com objetos e demais matéria que proporcionam com matemática tornando mais lúdico desempenhando suas cognições físicas e sociais, não se esquecendo de que as afetividades estão juntas.

Na educação infantil, os conceitos de espaços e formas se constituem do currículo matemático por meios deles, o aluno desenvolve um tipo de pensamento e lhe permite compreender, e representar o mundo em que vive, o aluno tem que se interessar naturalmente com noções geométricas, o trabalho deve ser feito com exploração de objetos proporcionando melhor a compreensão relativa aos espaços e formas. Desse modo, desempenha um papel importante, pois mostram claramente ao aluno a utilidade do conhecimento matemático, nas séries iniciais, já se desenvolve algumas variedades de situações com atividades relacionadas às noções de matemática, aprimorando o pensamento e a escrita. 

Isso ocorrerá na medida em que o professor valoriza a troca de experiências entre os alunos como forma de aprendizagem, promovendo a construção de uma visão dentro das noções de matemática aplicando, explorando e buscando métodos diferentes para o conhecimento da criança. Contudo, nesse processo o aluno percebera nos jogos, nas brincadeiras até mesmo dentro da sala de aula, diversas funções diferentes em que a matemática estará  ligada através da disciplina.

3. METODOLOGIA

A pesquisa realizou-se com conhecimentos bibliográficos com vários autores  para a fundamentação teórica partindo de blocos espaço e forma, em noções da matemática  e dos resultados obtidos na aplicação da técnica de pesquisa, questionários aos docentes de turmas de pré-escola. O questionário teve questões fechadas e buscou saber se as brincadeiras e as interações realizadas para trabalhar com o bloco, espaço e forma e que contribuem para o desenvolvimento de noções matemáticas na pré-escola. O método de pesquisa foi quantitativo pois caracterizou  pelo emprego da quantificação tantos nas modalidades de coleta de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas” (LAKATOS, MARCONI, 2010, p.3).

Para verificação dessa pesquisa aos conceitos de matemática com bloco, espaço e forma, foi elaborada uma coleta de dados através de questionários dados pelos professores na pré-escola, analisando o desempenho e a desenvoltura dos alunos. Com essa abordagem qualitativa tendo como apontar a importância e buscando a interação da matemática de cada atividade que foi  proposta. A  pesquisa foi realizada nas instituições que têm pré-escola. 

A seguinte pesquisa foi realizada em instituições que atendem pré I e pré II, sendo elas da rede municipal na cidade de Barra do Garças.

A pesquisa realizou-se com questionários no qual as professoras da educação infantil responderam, com envolvimento das instituições da pré-escola em bairros periféricos e no centro da rede municipal nesta cidade de Barra do Garças. Com o objetivo de analisar alguns aspectos referentes ao ensino e a aprendizagem da matemática infantil.

A pesquisa foi realizada com 21 professoras que ministram na rede municipal de Barra do Garças, em  instituições que atendem crianças de 4 a 5 anos.

A pesquisa qualitativa foi a escolha por investigar o trabalho no universo infantil, correspondendo a um espaço que é um processo, na qual a aprendizagem estão as noções de matemática. Com a finalização dos questionários, observou-se que as professoras têm um relacionamento de compromisso com as crianças, que é ensinar e desenvolver seus conhecimentos matemáticos.

4. ANÁLISE DE DADOS COLETADOS, RESULTADOS, RESULTADOS E DISCUSSÕES.

Observou-se quanto às professoras questionadas sobre qual a turma que atua, 100% responderam que atuam na pré- escola, com crianças de 4 a 5 anos. Com relação à preparação das professoras no ato de ensinar noções de matemática por meio da interação e do brincar, 79% responderam que estão preparadas, e 21% dizem que estão preparadas em partes.

Na opinião das professoras, quando questionadas sobre as atividades que mais contribuem no desenvolvimento de noções matemáticas do conteúdo espaço e forma com a criança na pré- escola, 67% apontaram as brincadeiras livres.

 Existem  vários tipos de jogos e brincadeiras que possam interessar à criança pequena constituem-se rico contexto em que ideias matemáticas podem ser evidenciadas pelo adulto por meio de observação e formulação propostas, sendo com dominós, dados de diferentes tipos jogos de encaixe e outros mais. BRASIL (1998, p. 235).

Com 33%, já tem outra opinião, sendo com diversas atividades e com situação para o desenvolvimento da criança.

Segundo KISHIMOTO (1994, p.63).

A concepção é lúdica do professor para desenvolver as brincadeiras com seus alunos, com atividades de matemática e observando o seu interesse para que as crianças cresçam com conhecimento na disciplina proposta.

Na visão de 17%, as atividades lúdicas em noções de matemáticas. Com 28%, as professoras são as mediadoras dos alunos levando a compreensão e o entendimento para as crianças.

Utilizar o jogo infantil significa transportar para o campo do ensino aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. (KISHIMOTO, 2008, pag.37)

Ao brincar no ato de aprender as formas geométricas, 66% responderam que desenvolvem nas brincadeiras. 

Segundo MONTESSORI (1965).

É uma técnica que facilita o desenvolvimento dos alunos. Com a utilização de jogos no ensino de matemática, o professor tem possibilidades de oferecer várias opções para desenvolver as capacidades dos educandos em cada fase em que se encontram. Utilizar jogos de forma coerente com os objetivos a serem alcançados, explorando a ludicidade, é uma maneira inteligente e criativa de promover a superação de obstáculos no ensino de matemática.

Com 33% responderam que sim, os alunos gostam de aprender espaços e formas. Desse modo, 38% das professoras afirmam que os materiais impressos escritos apresentam uma aprendizagem e desenvolvimento.

A matemática está presente no cotidiano de toda criança e desempenha papel decisivo na vida das pessoas, ajudando-as a resolver situações diversas. Ao olhar as horas no relógio, ao fazer as refeições, caminhar pelas ruas e fazer compras, exercitam-se os conhecimentos matemáticos. Aranão (1996, p. 27) afirma que,

A matemática permeia todas as áreas do conhecimento que serão utilizados na vida prática do ensino da matemática, nas escolas não devem ser distanciados os principais objetivos, entre os quais estão a construção de cidadania e o preparo para o mundo com desenvolvimento cognitivo.

Com 52% responderam que envolve a matemática nas brincadeiras e jogos. 

O uso de jogos em sala de aula, segundo KISHIMOTO (2007), é um suporte metodológico adequado a todos os níveis de ensino, desde que a finalidade deles seja clara, a atividade desafiadora e que esteja adequado ao grau de aprendizagem de cada aluno. 

Assim, com 4%, sente-se que os recortes e colagem estão dentro da disciplina. 

Fazer com êxito e compreender uma ação, uma dada situação, a fins proposto, compreender e conseguir dominar em pensamento, a mesma situação até pode resolver os problemas por elas levantados, em relação porquê é como ligações constatadas, e por outro lado utilizando na ação. PIAGET (1978, p. 176).

Dentro da pesquisa, 4% responderam quanto às músicas e histórias fazem parte das noções matemáticas.

Com o domínio ampliado do mundo, seu interesse pelas diferentes atividades e objetos se multiplica, diferencia e regulariza, isto é, torna-se estável, sendo que, a partir desse interesse, surge uma escala de valores própria da criança e passa a avaliar suas próprias ações a partir dessa escala.” (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, (2002, p.103).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A diversidade de atividades envolvidas comprova que vários autores da área da educação escrevem a importância da utilização dos jogos e brincadeiras no processo de aprendizagem da matemática, dessa forma as crianças terão a participação na construção do saber na pré-escola que possibilita seu raciocínio.

No momento das atividades, que os professores realiza com boas intervenções pedagógicas, ao escolher jogos e brincadeiras com espaço e forma que vai proporcionar o desafios dos alunos no desenvolvimento a noções matemática, incentivando  os alunos  ao brincar no seu espaço, utilizando forma de um círculo, quadrado, para identificando as diferenças e semelhanças através do lúdico, e com a  contribuição referente ao espaço e forma com as crianças de 4 a 5 anos na pré-escola é que o aprendizado vai se concretizando. 

Enfim, compete ao educador caminhar lado a lado com as crianças acompanhando sua capacidade durante o processo de aprendizagem. 

Com isso, fica evidenciado que o professor de educação infantil precisa ser curioso, atento e conhecer o espaço da criança para que ele possa planejar atividades que contribuam no desenvolvimento de noções matemática.


6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABEC. Elaborando Trabalhos Científicos – Normas para apresentação e elaboração. Faculdades Unidas do Vale do Araguaia. Barra do Garças – MT: Editora ABEC, 2008.

ARANÃO, Ivana V. D. A Matemática através de brincadeiras e jogos. Campinas, SP: Papirus, 1996.

BOAVIDA, A. M. Resolução de problemas: Que rumos para a educação matemática? Em M. Brown, D. Fernandes, J. F. Matos & J. P. Ponte (Eds.), Educação Matemática – Temas de Investigação (pp. 105- 114). Lisboa: IIE/SPCE, 1992.

BOCK, Ana Mercês B.; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes T. PSICOLOGIAS: Uma introdução ao Estudo de Psicologia. 13ª ed. Reform. E ampl. São Paulo: Saraiva 2002.

BRASI- MEC. Referêncial Curriculares Nacionais da Educação Infantil-RCNEI. Ministério de Educação e do desporto , Secretaria de Educação.(1998,p.229).

BRASI- MEC. Referêncial Curriculares Nacionais da Educação Infantil-RCNEI. Ministério de Educação e do Desporto , Secretaria de Educação.(1998,p.235).

BRASIL – MEC. Referêncial Curriculares Nacionais da Educação Infantil — RCNEI. Disponível em: <http//portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/eduinf_esp_ref.pdf> Acesso em: 17 de setembro de 2016. 

BRUNER, J.S. O processo da educação. Tradução de Lolio Lourenço de Oliveira. São Paulo companhia Editora nacional, (1974. Pág. 56).

FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conhecer o ensino da matemática no Brasil. ZETETIKE, Campinas N. 4 (1995.p,20).

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. 1ª ed. São Paulo. Pioneira, (1994. Pág., 63).

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. 14. Ed. Petrópolis, RJ, 2007.

LAKATOS, E. Maria; MARCONI, M. de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica: Técnicas de Pesquisa. 7 ed. – São Paulo: Atlas, 2010.

MANTOVANI DE ASSIS, O. (1976). A solicitação do meio e a construção das estruturas logicas elementares das crianças. Campinas, Unicamp, Faculdade de Educação.

MONTESSORI, Maria. Disponível em:<http://lereescrevercerto.blogspot.com/2009/05/5-correntes-pedagogicas-montessori.html>. Acesso em: 16 de junho de 2016.

PAIS, L. C. Uma análise do significado da utilização de recursos didáticos no ensino da geometria. Disponível em: http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/conteudo_producoes/docs_23/analise_significado.pdf. Acesso em 17 de setembro de 2016.

PIAGET, Jean. Epistemologia genética. Tradução de Álvaro Cabral. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.


1Acadêmicas do Curso de Pedagogia – Licenciatura/ 2016 nas Faculdades Unidas do Vale do Araguaia – UNIVAR 

2Orientadora, Graduada em Pedagogia. Especialista em Didática e Metodologia, UFMT e Docência do Ensino Superior. Professora de Práticas de Fundamentos Teóricos Metodológicos da Matemática I e II e Trabalho de Conclusão de Curso das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia, e-mail: berndete@univar.edu.br