A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA PÓS BARIÁTRICA

THE IMPORTANCE OF THE POST BARIATRIC NUTRITIONIST

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7302020


Camila de Aguiar Corrêa Aragão Melo1
Rebeca Sakamoto2


RESUMO

Objetivo: Avaliar a adesão da dieta e fatores associados em pacientes bariátrico no pós-operatório e a importância do nutricionista. Materiais e Método: Trata-se de um delineamento de pesquisa bibliográfica, retrospectivo de natureza qualitativo de dados sobre a importância do nutricionista no pós-bariátrico, citados na literatura nos últimos 10 anos (2012-2022). O levantamento de dados foi realizado em bibliotecas das instituições de ensino, por meio de consultas a livros, periódicos e pesquisa na Internet, buscando artigos e dissertações referentes à temática em bancos de dados: Lilacs (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO – (Scientific Electronic Library Online), Periódicos da Capes, Science Direct. Considerações Finais: A cirurgia bariátrica se mostrou um procedimento eficaz em longo prazo para a perda de peso, com boa adesão ao tratamento levando à perda ponderal já no período pré-operatório, reforçando a importância do acompanhamento nutricional, tanto como no pós-cirúrgico, da suplementação nutricional e da prática de atividade física.

Palavras-chave: cirurgia, recuperação, obesidade, efeitos colaterais

ABSTRACT


Objective: To evaluate diet adherence and associated factors in postoperative bariatric patients and the importance of the nutritionist. Materials and Method: This is a bibliographic research design, retrospective of a qualitative nature of data on the importance of the nutritionist in the post-bariatric period, cited in the literature in the last 10 years (2012-2022). Data collection was carried out in libraries of educational institutions, through consultations with books, periodicals and Internet research, searching for articles and dissertations related to the theme in databases: Lilacs (Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences) ), SciELO – (Scientific Electronic Library Online), Capes Journals, Science Direct. Final Considerations: Bariatric surgery proved to be an effective long-term procedure for weight loss, with good adherence to treatment, leading to weight loss already in the preoperative period, reinforcing the importance of nutritional monitoring, as well as in the postoperative period, nutritional supplementation and physical activity.

Key words: surgery, recovery, obesity, side effects

1 INTRODUÇÃO

A obesidade se tornou uma epidemia de saúde global, associando-se a comorbidades graves como diabetes mellitus tipo 2, esteatose hepática não alcoólica, acidente vascular cerebral e doença arterial coronariana, além de reduzir a expectativa de vida (GERBER P, et al., 2017; MACHT R, et al., 2016; LEE Y, et al., 2019).

Logo, traz-se a importância da prevenção e tratamento para obesidade, devido às complicações orgânicas e psicoemocionais, visto que, isso reflete no aumento crescente do número de pessoas submetidas a cirurgia bariátrica nas últimas décadas (LEE Y, et al., 2019). Em 2019, 2,3 bilhões de crianças e adultos no mundo estavam com sobrepeso ou obesidade; ainda, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, em 2019 foi-se constatado que há cerca de 96 milhões de pessoas com sobrepeso no Brasil (IBGE, 2019).

Os obesos têm aumento de 2-3 vezes na mortalidade, o que implica em custos médicos maiores quando comparado a pessoas não obesas (MACHT R, et al., 2016). Logo, traz-se a importância da prevenção e tratamento para obesidade, devido às complicações orgânicas e psicoemocionais, visto que a obesidade se tornou uma epidemia de saúde global. As diretrizes atuais para terapias não cirúrgicas da obesidade centram se em torno de mudanças dietéticas, aumento da atividade física e terapia comportamental. Poucas farmacoterapias também estão disponíveis atualmente. No entanto, essas estratégias têm mostrado eficiência longitudinal mínima em termos de perda de peso (ARAFAT M, et al., 2018).

Como parte de uma abordagem multidisciplinar para o manejo da obesidade, a Circunferência do braço tem sido um meio eficaz de permitir perda de peso sustentada, além de diminuir as comorbidades associadas à obesidade em comparação com o tratamento médico de obesidade mórbida. Nos Estados Unidos, a Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SACBM) relatou que aproximadamente 256.000 procedimentos foram realizados em 2019. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) relatou que foram realizados 68.530 procedimentos (LEE Y, et al., 2019; SACBM 2019; SBCBM 2019).

É considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobrepeso uma faixa entre 18,5 e 24,9 Km/m² e obesidade igual ou maior a 30Kg/m² conforme o IMC, sendo primordial elemento traçado à circunstâncias dentre doenças não transmissíveis exemplificando Pressão Alta, Doenças Respiratórias, Cardiopatia, Alto Nível de Glicose no Sangue e abundantes formas de Tumores Malignos (Câncer). (MELO MA, et al.,2017). Do mesmo modo a obesidade causa diversas complicações caso ocorra contágio pelo Coronavírus (COVID-19) (MS, 2022). A evolução do perfil antropométrico da população adulta com 20 anos ou mais de idade é apresentada a partir do gráfico das estimativas de prevalência de déficit de peso, excesso de peso e obesidade, calculadas a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares; da POF 2008-2009 e PNS 2013, ambas do IBGE.

Convenciona-se classificar como excesso de peso escores do IMC 25 a 29,9 kg/m2, de obesidade o IMC maior ou igual a 30 kg/m2 e acima de 40,0 kg/m2 obesidade grave. No Brasil, documentos norteadores ajustam a classificação da obesidade em graus. De acordo com os critérios do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutrição – SISVAN (Brasil, 2011), considera-se assim a obesidade em: Grau I – indivíduos que apresentem IMC 30 kg/m2 e < 35 kg/m2; Grau II- indivíduos que apresentem IMC 35 kg/m2 e < 40 kg/m2 e Grau III- indivíduos que apresentem IMC 40 kg/m2. É crescente o número de pessoas obesas no mundo. Em 2025, prevê-se que cerca de 2,3 bilhões de indivíduos estejam com excesso de peso, e que 700 milhões estarão com obesidade (OMS, 2018)

A cirurgia bariátrica é também conhecida como cirurgia de obesidade ou redução de estômago, configurando-se como uma técnica para tratamento da obesidade e das doenças relacionadas (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, 2017). A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como acúmulo excessivo de gordura que possa representar um risco para saúde. É uma doença crônica e multifatorial e de grande importância.

Nos últimos 50 anos, a obesidade tornou-se um problema de saúde pública internacional que afeta a qualidade de vida, aumenta o risco de doença e aumenta os custos de cuidados de saúde em países em todas as partes do mundo. A mensuração da obesidade é realizada através do índice de massa corporal (IMC; peso em kg / altura em m2), que tem uma boa correlação com gordura corporal. O IMC tem a vantagem da simplicidade em estudos epidemiológicos, mas ele tem deficiências porque não faz distinção entre a gordura e a massa corporal magra (http://saudebrasil.saude.gov.br2014).

Identificam-se comportamentos alimentares comuns em candidatos à cirurgia bariátrica, como comer rapidamente sem sentir fome, sentir-se indisposto e/ou chateado após ingerir grande quantidade e perceber que não tem controle sobre o que ingeriu (Silva et al., 2014), dentre outros. Um estudo evidenciou maior descontrole alimentar em paciente no período pré-operatório, sendo frequente o hábito de maior ingestão de alimentos em momentos de nervosismo e estresse. Além disso, pacientes com reganho de peso após cirurgia apresentam maior tendência a se alimentarem quando ficam ansiosos (Jesus et al., 2017).

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Descrever a fisiopatologia da obesidade

A obesidade é uma epidemia em ascensão, e, dessa forma, facilita o desenvolvimento de comorbidades, como a diabetes e a hipertensão arterial sistêmica (RODRIGUES et al., 2017).

O balanço energético é a diferença entre o gasto energético e a quantidade de calorias adquirida, tornando-se positivo quando o consumo de calorias é maior que o gasto energético, e negativo quando o gasto energético é superior à quantidade de calorias ingeridas. Como a maioria dos casos de obesidade está claramente associada com o consumo exacerbado de carboidratos e alimentos processados alinhados ao sedentarismo, o balanço energético positivo é a maior causa da hipertrofia do tecido adiposo (CADERNO DE ATENÇÃO BASICA, 2016).

Com o aumento da obesidade, o número de cirurgias bariátricas, consequentemente, aumentou, como aponta a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM, 2017). O Brasil é o segundo país do mundo em número de cirurgias bariátricas realizadas anualmente. Comparado com o ano de 2015, houve um aumento de 7,5% de cirurgias realizadas (SBCBM, 2017). A perda de peso após a realização da cirurgia reflete em uma melhora significativa de comorbidades, como é o caso das diabetes, dislipidemia, hipertensão e apneia do sono (BUCHWALD et al., 2004). 

Ademais, em virtude do aumento da obesidade, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2014 havia 600 milhões de obesos (WHO, 2011), logo deve se analisar com acurácia os dados epidemiológicos. No que tange ao aspecto mortalidade após a realização de cirurgia bariátrica, tem-se o seguinte: após 30 dias há uma taxa de óbito de cerca de 2% (CARVALHO, A.S; ROSA, R.D.S., 2018).

A origem da obesidade pode ser genética, mas, geralmente, está associada a elementos culturais, tornando muito difícil atribuir uma proporção exata para cada um dos fatores que a provocam (MONTEIRO et al, 2005; CLARO et al, 2015; DANTAS, 2020; GONÇALVES et al, 2020; EICKEMBERG et al, 2020). O fato de estar ligada ao estilo de vida traz a responsabilidade pelo seu controle e superação para o colo do indivíduo em primeira instância, além de evidenciar como uma questão social fortemente influenciada por gostos e costumes familiares, mercantilização e propaganda de produtos.

2. 2 Caracterizar a etapa da cirurgia bariátrica

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica o número de cirurgias bariátricas no Brasil aumentou 7,5% em 2016 em comparação com o ano de 2015 e apontam que cerca de 100.512 pessoas fizeram a cirurgia. O número supera em cerca de 7 mil procedimentos as 93,5 mil cirurgias realizadas em 2015 e está em crescimento. Em 2012, foram feitas 72 mil cirurgias no País, em 2013, 80 mil procedimentos e em 2014, cerca de 88 mil. O Brasil é considerado o segundo país do mundo em número de cirurgias realizadas e as mulheres representam 76% dos pacientes (S.B. de C.B.M., 2019).

Gastrectomia vertical (Sleeve). É um método restritivo, devido à redução do volume gástrico, e pode ser feita por laparotomia ou por via laparoscópica. Corresponde à confecção de um tubo vertical, por meio da retirada da grande curvatura do estômago e do fundo gástrico, onde é realizada uma ressecção a partir de 7 cm do piloro até o ângulo de His, restando um estômago com um volume ente 150 e 200 m. (TANG L, et al., 2018; ARAFAT M, et al., 2018).

Derivação gástrica em Y de Roux Consiste na redução do reservatório alimentar gástrico por meio da sua secção paralela à pequena curvatura em direção ao ângulo de His, deixando funcionante uma bolsa de no máximo 30 ml de capacidade e excluindo do trânsito de nutrientes todo o restante do estômago, o duodeno e o jejuno proximal. Uma alça jejunal isolada em “Y” é anastomosada à pequena bolsa. (GERBER P, et al., 2017).

Método de by-passnesse método o estômago é reduzido com cortes ou grampos e é feita uma alteração no intestino para reconectá-lo à parte do estômago que irá permanecer funcional. No Brasil, o método de by-passé realizado em 70% das cirurgias, sendo o mais praticado no Sistema Único de Saúde (SUS). A bariátrica costuma ser um procedimento seguro, mas é preciso seguir os cuidados pós-cirurgia para evitar complicações e efeitos colaterais. (ZEVE JL, et al., 2012).

Associadas à obesidade em comparação com o tratamento médico de obesidade mórbida. Nos Estados Unidos, a Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SACBM) relatou que aproximadamente 256.000 procedimentos foram realizados em 2019. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) relatou que foram realizados 68.530 procedimentos (LEE Y, et al., 2019; SACBM 2019; SBCBM 2019).

A introdução da CB laparoscópica reduziu complicações resultantes da cirurgia, a tornando mais segura e barata, com menos dor pós-operatória em comparação com as técnicas abertas. As técnicas cirúrgicas mais utilizadas para o tratamento da obesidade incluem banda gástrica laparoscópica ajustável, gastrectomia vertical laparoscópica, derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) e técnicas convencionais feitas através de laparotomia (ARAB WSA e ALQANNAS MH, 2019)

2.3 Identificar fatores nutricionais no pós-operatório

As práticas nutricionais no período pré-operatório têm como foco promover modificações no hábito e padrão alimentar, potencializando as chances de obter resultados positivos e satis fatórios após a cirurgia. A perda ponderal, em geral, é estimulada, pois está relacionada a uma redução na quantidade de gordura visceral, no volume, hepático, no risco cardiovascular, inflamatório e tromboembólico, nos níveis glicêmicos e nos índices de apneia obstrutiva do sono. (VASCONCELOS et al, 2018)

No pós-operatório, os pacientes do presente estudo obtiveram perda significativa de peso e IMC assim como no estudo Hartwig et al. (2013) que relata a perda ponderal e consequente redução do IMC expressiva logo no primeiro mês e aumento na velocidade até o sexto mês estabilizando-se entre o 12º e 18º mês da cirurgia, período similar ao relatado pelos pacientes deste estudo.

Em média, o %PEP atual foi de 71,9% e o máximo atingido foi 83,2%, valores que sinalizam para o sucesso da cirurgia. Segundo Santos et al. (2015), o % PEP ≥ 50 classifica-se como êxito na operação. A perda de peso é fator de extrema importância no tratamento da obesidade, pois favorece a melhora das comorbidades ligadas à obesidade como diabetes tipo 2 (FERRAZ, 2016).

A avaliação da perda de peso foi feita de uma forma geral e específica para cada técnica cirúrgica, porém sem diferença entre as cirurgias. Os pacientes da cirurgia BGYR iniciaram com peso médio de 129,2kg e IMC de 47,9kg/m²; no período de conclusão da pesquisa, esses pacientes apresentavam peso médio de 85kg (78,2 – 91,9) IC e IMC de 31,7kg/m² (29,3 –34) IC. Silva C.et al. (2016)

A frequência com que esses pacientes realizam consultas com nutricionistas é um fator decisivo para o sucesso da cirurgia. Aqueles que realizam esse acompanhamento têm maiores perdas de excesso de peso após a cirurgia (BARDAL; CECCATTO; MEZZOMO, 2016). Notou-se a recidiva de peso em 39% dos pacientes submetidos à gastroplastia redutora, sobretudo, a partir dos 12 meses após a realização do procedimento cirúrgico. Em relação à perda de peso pré-operatória, 74% dos pacientes apresentaram perda de peso sem acompanhamento nutricional, o que justifica a relevância deste profissional no pós-operatório (BARDAL; CECCATTO; MEZZOMO, 2016). 

As orientações nutricionais passadas ao paciente envolvem não somente o plano alimentar a ser seguido, e sim também de informações relacionadas à seleção de seus ingredientes compostos nas refeições. A dieta do paciente passará a ser restrita de algumas coisas, mas significa que não perderá o sabor, pois nelas serão mantidas, sabor, prazer e diversidade sendo ela readaptada ao longo do processo, para assim fornecer todos os nutrientes necessários (LIMA; SARON, 2010).

Algumas manifestações clínicas como: alopécia, anemia, unhas quebradiças, diarreias, desnutrição proteica, astenia, câimbras, parestesia, perda de reflexos, podem surgir no pós-operatório devido a deficiências nutricionais de zinco, ferro, selênio, cobre, B12, tiamina, outras vitaminas do complexo B e magnésio, (KWON, 2014; SANTOS et al.2015), fato que reforça a importância da suplementação com polivitamínicos, minerais e proteínas nesta fase.

Alguns estudos mostraram a influência positiva da prática de atividade física sobre os resultados do pós-operatório, e outras pesquisas vêm tentando identificar a real relação entre os níveis de atividade física no pré-operatório com o grau de perda ponderal após a cirurgia. A prática de atividade física tem se tornado mais presente na rotina do paciente após realização de cirurgia bariátrica para obesidade grave e os indivíduos que estão ativos no pós-operatório atingem maior perda de peso em comparação com aqueles que ficam sedentários37.

Em estudo longitudinal desenvolvido por Wouters et al. que envolveu 42 pacientes, observou-se que o número de pacientes praticantes de atividade após 1 e 2 anos de cirurgia quase triplicou, pois nos seis meses que antecederam a cirurgia, apenas 24% (n=10) dos participantes eram envolvidos com atividades esportivas. Após 1 e 2 anos da cirurgia esse percentual aumentou para 69% (n=29) e 67% (n=28), respectivamente. Nesse mesmo grupo foi encontrada, após 2 anos de cirurgia, correlação negativa entre os níveis de atividade física com o valor de IMC em 1 ano após a cirurgia. (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. A SBCBM: Técnicas Cirurgia /2014.)

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de Estudo

O estudo será realizado através de uma pesquisa de caráter qualitativo, aplicada ao tema Fatores Relacionados à importância nutricional pós bariátrica.

3.2 Coleta de Dados

Para o levantamento da literatura serão utilizados Livros, Revista, Artigos (OMS, IBGE, SCIELO, GOV.SAÚDE). Para a busca os artigos, serão realizados os descritores: Bariátrica, Saúde, obesidade, emagrecimento, pós bariátrica, importância nutricional.

3.3 Análise de dados

Para parâmetros de inclusão serão empregadas referências entre 2008 e 2022, artigos com periódicos sites e artigos acadêmicos que se enquadram ao tema.

4 CONCLUSÃO

Este estudo teve como o objetivo demostrar a importância nutricional pós bariátrica. A obesidade é um problema de saúde, trata-se de um excesso de gordura corporal, que são adquiridos ao longo do tempo.

A cirurgia bariátrica é uma forma de tratamento da obesidade mórbida, diagnosticada com um IMC acima de 35 kg/m², que apresenta grandes riscos à saúde sendo associada a comorbidades. Existem diferentes tipos de cirurgia bariátrica.  Cada uma delas usa diferentes técnicas.

A cirurgia bariátrica se mostrou um procedimento eficaz em longo prazo para a perda de peso, com boa adesão ao tratamento levando à perda ponderal já no período pré-operatório, reforçando a importância do acompanhamento nutricional, tanto como no pós-cirúrgico, da suplementação nutricional e da prática de atividade física.

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1 Graduanda do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO

2 Orientador do TCC