A IMPORTÂNCIA DA DIETOTERAPIA EM PACIENTES IDOSOS DIALÍTICOS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7287683


Amanda Elisa Bessa Farias1
Joyce Viana de Sousa Marins1
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2


RESUMO  

Introdução: Este estudo tem como objetivo relatar a importância da dietoterapia em pacientes dialíticos recorrentes na Doença Renal Crônica (DRC). Atualmente o número de casos de pacientes idosos com DRC e que tem o agravamento da doença necessitando de diálise, tem aumentado consideravelmente. Os indivíduos que realizam hemodiálise, vão ter mudanças sendo elas indiretas ou diretas no contexto social, ocupacional e familiar. Essas mudanças têm relação com a dietoterapia e também com a própria hemodiálise que envolve mudança de rotina e adaptação. A aderência dos pacientes com a nova dieta é imprescindível para que se alcance as metas de melhora deles. Pacientes que tiveram acompanhamento nutricional mais especializado mostraram mais sinais de melhora e de aceitação da dieta. Dessa forma, estratégias de intervenção educacional podem promover uma maior aceitação das restrições, maior adaptação ao tratamento e consequentemente maior adesão da dietoterapia. Sendo assim, conclui-se que os pacientes geriátricos que realizam diálise com intervenção nutricional, feita pelo profissional nutricionista, têm melhor acolhimento ao tratamento. 

Palavras-chave: Diálise, dieta, idosos 

ABSTRACT 

Introduction: This study aims to report the importance of diet therapy in recurrent dialysis patients in Chronic Kidney Disease (CKD) . Currently, the number of cases of elderly patients with CKD who have the aggravation of the disease requiring dialysis has increased considerably. Individuals undergoing hemodialysis will experience changes, whether indirect or direct in the social, occupational and family context. These changes are related to diet therapy and also to hemodialysis itself, which involves routine change and adaptation. Patients’ adherence to the new diet is essential to achieve their improvement goals. Patients who had more specialized nutritional monitoring showed more signs of improvement and acceptance of the diet. Thus, educational intervention strategies can promote greater acceptance of restrictions, greater adaptation to treatment and, consequently, greater adherence to diet therapy. Therefore, it is concluded that geriatric patients who undergo dialysis with nutritional intervention, performed by the nutritionist, have a better reception to the treatment. 

Keyword: dialysis, diet, seniors 

1. INTRODUÇÃO 

Atualmente o número de casos de paciente com doença renal crônica e que tem o agravamento da doença necessitando de diálise, tem aumentado consideravelmente. O número total estimado de pacientes em julho de 2020 foi de 144.779 (uma variação de ± 5% = 137.527 para 152.038), 3,6% superior a julho de 2019. A tendência observada nos últimos anos em direção a um aumento no número dos pacientes em diálise continuou em 2020. A taxa de prevalência de pacientes em diálise também continuou a aumentar, de 665 em 2019 para 684 por milhão população (pmp) em 2020, consistente com a tendência observada nos últimos anos (NERBASS, 2021). 

A Infecção Renal Crônica (IRC) ocorre quando há uma lesão nos rins levando ao mau funcionamento deles de forma progressiva e irreversível. Quando a doença está na sua fase terminal faz-se necessário o uso de diálise. A diálise consiste em um tratamento para manter a pessoa acometida da doença em um estado estável ou que se agrave de forma bem mais lenta. Ao longo dos anos a efetividade desse tratamento se mostrou cada vez mais proeminente devido a novas tecnologias e o avanço da sociedade. Ainda assim, o tratamento para Doença Renal Crônica é visto como complexo por poder proporcionar, dependendo de como for, a sobrevivência a longo prazo ou gerar o risco de complicações (JÚNIOR, 2004).  

Os indivíduos que realizam hemodiálise, vão ter mudanças sendo elas indiretas ou diretas no contexto social, ocupacional e familiar. Dentre as mudanças, estão aquelas relacionadas ao tratamento dietoterápico. Por ter impacto direto com a saúde do paciente, a intervenção nutricional é considerada a principal fonte para a manutenção da qualidade de vida. Sendo assim, quanto melhor a adaptação do paciente, melhor se tornará seu estado nutricional e diminuirá o risco de intercorrências na saúde (SILVA, 2009). 

Nesse panorama, o papel de um padrão alimentar saudável é muito mais complexo do que a ingestão e/ou as combinações de nutrientes. O manejo alimentar tradicional da Doença Renal Crônica (DRC) se concentra predominantemente na quantidade da dieta ao invés da sua qualidade. Com base nesse pressuposto, são necessárias modificações para tornar a dieta do tipo “Plant Based” isto é, baseada em vegetais, Estilo Mediterrâneo, vegetariano e Dietary Approach to Stop Hypertension (DASH), realista em pacientes com DRC, a fim de atender às necessidades individuais prescritos em uma restrição específica de potássio, sódio, líquidos e fósforo (CHAUVEAU et al., 2017).  

A adesão dos pacientes com a nova dieta é imprescindível para que se alcance as metas de melhora deles. Elas podem variar de manutenção do equilíbrio hídrico do corpo, até a prevenção de doenças de consequência da DRC como doenças ósseas e no pulmão, elas estarão mais especificadas no decorrer do trabalho (SILVA, 2009). 

Contextualizando historicamente a restrição de proteína, em especial, no tratamento conservador, a etapa anterior do tratamento dialítico, surgiram no final da década de 1800, quando os pesquisadores descobriram que a restrição de proteínas melhorou os sinais e sintomas de uremia no intuito de retardar o máximo possível o início do tratamento dialítico. Até hoje, essas medidas terapêuticas vêm sendo adotadas na prática clínica, sendo necessário, antes de tudo, avaliar a condição do paciente, qual estágio de insuficiência renal que ele apresenta e se realmente é necessário, visto que isso influencia nas escolhas alimentares e na aquisição dos mesmos (MESSA, 2020). 

O objetivo desta pesquisa é relatar a importância da dietoterapia em pacientes dialíticos recorrentes na Doença Renal Crônica. 

2. METODOLOGIA 

2.1 Tipo de estudo 

O estudo teve como base uma Revisão Integrativa da Literatura – RIL centralizado em caráter qualitativo, concretizando resultados sobre pesquisa relacionadas ao tema posposto, abrangendo de maneira ordenada e sistemática este método. 

2.2 Coleta de dados 

Os dados foram coletados em periódicos como: Google Acadêmico, Pubmed, Scielo, Brazilian Journal of Nephrology, livros, Diretrizes da Sociedade Brasileira, Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante ABCDT, Ministério da Saúde e afins.  

Para buscas foram utilizados os seguintes descritores: Doença Renal Crônica; Terapia Nutricional do Paciente Renal; Dietoterapia do Dialítico; Avaliação Nutricional do DRC; Faixa Etária de Acometidos por DRC. 

2.3 Análise de dados 

Para critério serão revisados artigos acadêmicos, publicações de revistas renomadas, diretrizes, cadernos do SUS para DRC para um projeto mais completo destinado a uma revisão integrativa efetiva. Para inclusão foram utilizados apenas informações publicadas a partir de 2010 e para inclusão informações mais atualizadas. 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO  

3.1 Envelhecimento 

Mendonça, Squassoni, Zanni (2010) relatam que muitas são as transformações inerentes ao envelhecimento, entre elas, as relacionadas ao corpo, sendo caracterizadas como de difícil elaboração, ainda que possam ser aspectos relativizados. 

Com a população em crescimento, os anos ainda são concebidos como parte do passar do tempo, expressados no corpo. No imaginário social, o processo de envelhecimento é apontado pelo desgaste, pelas limitações e perdas físicas e dos papéis sociais. As perdas, de maneira frequente, são vistas como problemas de saúde, manifestando-se, em grande parte, na aparência do corpo (MENEZES; LOPES; AZEVEDO, 2009). 

Os idosos apresentam condições específicas que os tornam mais vulneráveis a perdas, tanto do ponto de vista funcional como emocional, social e econômico, predispondo-os, principalmente, à presença de múltiplas doenças, baixa autoestima, depressão, incapacidade para realizações e pobreza, com grandes interferências na qualidade de vida (MARIN et al., 2008). 

A capacidade funcional é definida como a capacidade do indivíduo executar, de forma autônoma, as atividades consideradas essenciais à sua sobrevivência e, consequentemente, na manutenção de suas relações sociais. Seu estudo tem-se tornado bastante útil para avaliar o estado de saúde nesta população. Em virtude da multicausalidade dos processos que envolvem o envelhecimento, com muitos idosos apresentando várias doenças, simultaneamente, há uma ampla variedade de transtornos na vida cotidiana. Desta forma, a capacidade funcional é a medida que melhor detecta esse quadro, minimizando os efeitos de medir saúde pelo número de patologias que o indivíduo apresenta. (MACIEL ACC et al., 2008). 

3.2 Doenças Crônicas Não Transmissíveis 

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) vêm se destacando como um importante desafio de saúde pública há muitos anos, principalmente pela morbidade e mortalidade que causam. Estas doenças podem provocar sérios graus de incapacidade que afetam tanto os hábitos de vida e o bem-estar do indivíduo quanto à economia do país. No entanto, possui a seguinte característica positiva: pode ser prevenida. Em contrapartida, dados provenientes da literatura existente, ainda, mostram dados consideravelmente negativos sobre esta problemática. As DCNT já eram responsáveis em 2002, por exemplo, por quase 60% de todas as mortes (MONTEIRO et al., 2005). 

“As doenças crônicas não transmissíveis se caracterizam por  terem  etiologia  múltipla, muitos fatores de risco, longos períodos de latência, curso prolongado, origem não infecciosa […]” (MOURA et al., 2011, p. 486). 

Os principais fatores de risco para DCNT estão relacionados ao hábito de fumar, à alimentação não saudável, à falta de atividade física e ao etilismo, responsáveis, em grande parte, pelos elevados números de excesso de peso, pela elevada prevalência de hipertensão arterial e pelo colesterol alto (MALTA et al., 2009). 

O crescente envelhecimento populacional e o aumento dos fatores de risco tradicionais, tais como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares, projetam a doença renal crônica (DRC) como um dos maiores desafios à saúde pública mundial deste século. Estimativas indicam prevalência global de DRC (estágios 1 a 5) em 14,3% na população geral e 36,1% em grupos de risco. No Brasil, a prevalência estimada de DRC (estágios 3 a 5) em adultos é de 6,7%, triplicando em indivíduos com 60 anos ou mais de idade. (SILVA PAB et al., 2020).  

3.3 Doença Renal Crônica 

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) resulta da degradação da função renal normal, por destruição progressiva e irreversível do parênquima renal. Embora a etiologia da IRC possa ser muito variada, as doenças mais frequentemente implicadas na origem da Insuficiência Renal Terminal (IRT) são glomerulonefrites, pielonefrite crônica, hipertensão arterial e nefropatia diabética (VIEIRA, 2009). 

Uremia é o termo atribuído ao conjunto de sinais e sintomas associados à IRC, independentemente da sua etiologia. Com a evolução da IRC várias funções ficam comprometidas e essa progressão é geralmente acompanhada de anemia, desnutrição, alterações do metabolismo glicídico, lipídico, proteico e utilização deficiente de energia (LAZARUS; BRENNER, 1998). 

Segundo a National Kidney Foundation, que apresenta as mais atuais guidelines no âmbito da Nefrologia, KDOQI: Clinical Practice Guidelines for Chronic Kidney Disease, (dados expostos na tabela 1) existem 5 estágios na insuficiência renal crônica: 

Tabela 1 – Estágios da Insuficiência Renal

GRÁFICOTFG 
1 – Em que se verifica ligeira lesão renal 60 – 90 ml/min/1,73 m2
2 – Insuficiência renal com ligeira redução da TFG 60 – 90 ml/min/1,73 m2
3 – Insuficiência renal com moderada redução da TFG35 – 59 ml/min/1,73 m2
4 – Insuficiência renal com severa redução da TFG 15 – 29 ml/min/1,73 m2 
5 – Falência renal≤ 15 ml/min/1,73 m2

Pela tabela podemos analisar que conforme a patologia se agrava, a Taxa de Filtração Glomerular diminui. Esses são os dados que a equipe multidisciplinar utiliza para avaliar o tipo de conduta médica e nutricional que o paciente vai precisar para o seu tratamento 

Para Bastos et al. (2011) 12, os benefícios de avaliar funcionalmente o rim pela filtração glomerular não se limitam somente à previsão dos pacientes que, ao longo do curso da doença, necessitarão de terapia renal substitutiva, mas também incluem a identificação daqueles que apresentam risco aumentado de perda acelerada da função renal associada à morbimortalidade. Quanto menor o valor dessa filtração apresentada por um paciente maior é a probabilidade de ele vir a precisar de diálise ou transplante renal. 

3.4 Dietoterapia 

A dietoterapia em HD tem vários objetivos que vão desde a melhoria ou manutenção do peso à prevenção de algumas situações clínicas nefastas. Pode dizerse que os cuidados nutricionais pretendem também melhorar ou manter as proteínas viscerais, o estado vitamínico, hidroeletrolítico e de minerais; melhorar os sintomas urêmicos e minimizar ou evitar efeitos secundários ao desequilíbrio hídrico, mineral e eletrolítico, como doença óssea e edema agudo do pulmão e ainda minimizar ou evitar níveis elevados de lipídeos séricos (MARTINS, 2005). 

Dieta é o conjunto das substâncias alimentares que constitui o comportamento nutricional dos seres vivos. O conceito provém do grego díaita, que significa “modo de vida”. A dieta é, portanto, um hábito e representa uma forma de viver. Por vezes, o termo é usado para fazer referência aos regimes alimentares especiais para perder peso ou para combater determinadas doenças, ainda que estes casos representem alterações da dieta e não propriamente a dieta em si. (CARUSO, 2011) 

Segundo o Manual de dietas ICESP a Dietoterapia significa tratamento através da dieta, de uma alimentação adequada, considerando-se não apenas a doença, mas todas as condições em que se encontra o indivíduo. A finalidade da dietoterapia é ofertar ao organismo debilitado os nutrientes adequados, adaptando-os da melhor forma à doença, às condições físicas, psicológicas e nutricionais em que se encontra o paciente a fim de favorecer a recuperação de sua saúde e de seu adequado estado nutricional. São dietas destinadas a terapias (tratamentos), onde são necessárias alterações dos nutrientes presentes, reduzindo sua quantidade (DIETA HIPOPROTEICA = poucas proteínas), aumentando (DIETA HIPERPROTEICA = muitas proteínas) ou ainda excluindo alguns nutrientes (DIETA APROTEICA = sem proteínas) (MARTINS, 2009). 

O sucesso da HD depende de quatro fatores: restrição de líquidos, recomendações dietéticas, prescrição medicamentosa e cumprimento das sessões de HD (DENHAERYNCK et al., 2007). 

Fundamental e imprescindível na dietoterapia é o papel do dietista na educação dos doentes, família e/ou pessoas envolvidas (cuidadores), visando a adesão de uma dieta mais adequada a cada situação em particular (RIELLA; MARTINS, 2001). 

De um modo geral, em HD a dieta é limitada em sódio, potássio, fósforo e líquidos, representando o seu consumo excessivo perigo para o doente (Riella & Martins, 2001; Wilkens, 2000). A não adesão ao tratamento pode levar a náuseas, fraqueza, patologia do metabolismo ósseo, paragem cardíaca e até morte (CHAN; GREENE, 1994). 

A dificuldade para se lidar com esses pacientes decorre da complexidade de seus problemas, da necessidade de uma equipe interdisciplinar, do reconhecimento do status funcional e da aferição da qualidade de vida para uma melhor abordagem. Para tanto, a avaliação geriátrica ampla deve ser utilizada, posto que é sempre multidimensional, frequentemente interdisciplinar e tem, como objetivos principais, determinar as deficiências, incapacidades e desvantagens apresentadas pelo idoso, visando, com isso, o planejamento do cuidado e o acompanhamento em longo prazo. (FRANCO, FERNANDES, 2013). 

Conforme demonstrado na Tabela 2, observa-se os principais benefícios da Dietoterapia abordando opiniões diversas de autores importantes. 

Tabela 2 – Principais benefícios da dietoterapia em pacientes idosos que realizam hemodiálise 

Autor (Ano) Estudo Benefícios 
Silva. (2009)Estudo transversal com abordagem qualitativa, realizado no Serviço
Especializado em Hemodiálise de um hospital da região
metropolitana de Goiânia- Goiás com indivíduos adultos e
idosos.
Pacientes estudados
revelaram melhor adesão
quando não eram “proibidos”
de comer algum alimento, mas
eram orientados em como
fazer boas escolhas na nova
dieta e na maioria das vezes
se sentiam menos mal
seguindo a orientação
dietoterápica da nutricionista.
Koehnlein et al. (2009) Foram realizados Avaliações Nutricionais Subjetiva Global modificada, avaliação antropométrica, bioquímica e da ingestão alimentar. Pacientes que tiveram acompanhamento nutricional mais especializado mostraram mais sinais de melhora e de aceitação da dieta. Também se observou que pacientes seguindo a dieta conforme prescrição, estavam com níveis adequados de vitaminas
e minerais. 
Vello et al. (2021),Foi feita uma coleta de dados
através de uma tabela com
informações gerais e um
questionário composto por
perguntas sobre a alimentação
individualizada do paciente.
Pacientes que tiveram piora no
estado nutricional depois de
iniciar a diálise e passaram a
ter acompanhamento
nutricional apresentaram
melhoras no quadro clínico.
Viera. (2009)Trata-se de um estudo
transversal, exploratório
quantitativo e correlacional, não
experimental, com um momento
de avaliação, que consiste na
aplicação dos questionários de
autopreenchimento.
Estratégias de intervenção
educacional podem promover
uma maior aceitação das
restrições, maior adaptação ao
tratamento e
consequentemente maior
adesão.
Fernandes. (2012)Estudo não experimental,
analítico e transversal numa
amostra de 150 idosos e os
dados foram coletados através
de um questionário.
Pacientes idosos foram os que
mais se mostraram dispostos a
aceitação de dieta quando
bem aplicada e tiveram melhor
qualidade de vida.

Diversos estudos vistos na tabela mostram que são inúmeros os benefícios da Dietoterapia do paciente com DRC, por tanto a falta desse acompanhamento deixa o tratamento ainda mais difícil, pois com o tratamento certo auxilia na evolução positiva do paciente. 

4. CONCLUSÃO 

Conforme os dados apresentados e discutidos, conclui-se que os pacientes geriátricos que realizam diálise com acompanhamento nutricional têm melhor adesão ao tratamento. Isso vale não somente para o tratamento nutricional, mas também da própria hemodiálise que passa a ser mais efetiva uma vez que o paciente está com a alimentação adequada para sua comorbidade. 

Fica claro também a importância e a necessidade de um acompanhamento dietoterápico intensivo para os idosos que realizam hemodiálise, visto que os dados mostram que com o tratamento de forma multidisciplinar, o paciente se recupera muito mais rapidamente e adquire uma melhor qualidade de vida. 

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1Graduandas do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO.

2Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade do Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO