A ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL E SEU AMBIENTE CONJUNTURAL: OS NOVOS INSTRUMENTAIS E A RESSIGNIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO COMO CONTINUIDADE NO MERCADO E NAS RELAÇÕES ESTRATÉGICAS E NEGOCIAIS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7275001


1Paulo Rogério Venâncio dos Santos


Resumo

Este trabalho de conclusão do curso de Especialização em Direito Empresarial, se caracteriza sobre os aspectos primordiais que cercam as organizações empresariais. Entretanto, buscamos evidenciar a trajetória das Organizações Empresariais em vários in passant sobre  sua reposição na nova Economia e a crescente demanda por se equilibrar nos mercados, cada dia mais agressivos e escotilhados num cenário de crises de ideologias sistêmicas nas ordens: globais, nacionais. regionais e locais. como traduzir dentro deste dinamismo uma forma assertiva de traduzir os negócios, desenvolvendo a partir dos ideias de empreendedorismo conservando as estratégias negociais e avançando no sentido de apropriar-se dos ideais de disruptividade e inovação constantes, visando a continuidade dos negócios empreendidos. E por fim atingir o objetivo máximo da organização empresarial, suas estratégias negociais efetivadas. As análises, aqui efetuadas, nos aduzem a um patamar de inovação na seara da tributação. Utiliza-se o método indutivo, onde preliminarmente foram feitas pesquisas bibliográficas e documentais, especialmente no que converge para o tema em questão.

Palavras-Chave: Organização Empresarial. Nova Economia. Mercados. Cidadania. Ideologia Sistêmica. Logística. Empreendedorismo. Disruptividade. Inovação.

INTRODUÇÃO

1.1 O Objetivo geral

O objetivo geral é efetuar uma análise das Organizações Empresariais, a partir das estruturas empreendedoras na Nova Economia.

1.2 O Problema

Até que ponto no cenário disruptivo da Nova Economia, sua apresentação desafiadora compromete as organizações empresariais atuais e quais instrumentos devem ser empregados na sobrevivência e na continuidade dos negócios.

1.3 Tipologia da pesquisa

O método utilizado para verificação e constatação do cenário organizacional e sua possível evidenciação na seara mercadológica, foi o bibliográfico, acrescido de um questionário-resposta 

1.4 Justificativa

O Tema em questão, tomado a partir de seu objeto está em todas as pautas midiáticas no âmbito dos entes governamentais e não-governamentais, o enfoque a ser priorizado deste objeto está nos caminhos onde as organizações podem conduzir-se dentro do espectro mercantil com um todo; Questões ambientais e de sustentabilidade reforçam a retomado dos estudos ao tema permanentemente, por traduzir-se em consequência direta na vida prática das pessoas.

Em linhas gerais o quanto uma organização ressignifica para a formação dos governos e o quanto a mesma de forma producente sustenta os âmbitos da economia, nas relações internacionais, nos reformismos estatais dentre outros excertos.

1.5 Noções preliminares

A partir da prévia investigação do objeto a ser tratada e ainda atendendo aos elementos pré textuais que singularizam este trabalho, passaremos agora ao desenvolvimento ao tema, que será esmiuçado a partir de agora em diante.

2. Desenvolvimento

2.1 Introdução dos conceitos

É de suma importância traduzirmos os conceitos basilares sobre o tema a ser versado neste trabalho. Como trataremos da organização empresarial é de responsiva importância traduzir os conceitos chaves que serão abordados ao longo deste artigo, desde já se prontificou-se a apresentar um estudo cronológico que de embasamento a logicidade empresarial nos seus primórdios, enfatizando ao fim seu habitat comum na esfera da nova economia.

Trabalharemos ainda os conceitos de empreendedorismo, e mercados e revisitarmos as ideologias sistêmicas que ao longo da existência das organizações se auto-chancelaram-se como ente de construção social, por óbvio trataremos dos conceitos de inovação e logística seguidos dos ideias que envolvem o “ Novo na Economia” os métodos disruptivos, avalizando-os com os sistema lógicos empresarialistas e por fim delineamos os objetivos da organização agregado aos valores e a missão que a mesma enceta na sociedade.

2.2 – ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL

Para  entendermos o conceito de organização é necessário efetuarmos um in passant sobre como surgiu e o ideal que traduz as relações reguladas das atividades mercantis, neste desiderato traduzido pela autora; ( ROSSIGNOLI, 2016):

A origem do comércio em um passado bastante  remoto, percebe-se que os homens não conseguiam suprir suas próprias necessidades(...) Foram levados a se aproximarem um dos outros (...) Trocavam o que lhes excediam por artigos que necessitavam.( ROSSIGNOLI, Estefânia. Direito empresarial: coleção sinopses jurídicas para concursos, 5º ed.Salvador- Bahia: ed. Juspodivm , 2016 , p. 15).

Esse momento embrionário se caracterizou pela “economia de troca” ou escambo, após um longo (ROSSIGNOLI, 2016).

Já ao falarmos sobre a ideia de organicidade empresarial nos vem à memória que nos principiantes dessa relação tudo era rudimentar inclusive a tarefa de produção de bens e serviços ( BRANCHIER; MOTTA, 2012).

Em termos gerais, reconhecemos que o fornecimento de bens e serviços ao mercado é satisfatório quando chegam ao consumidor com valor e qualidade compatíveis. E é somente com a operacionalidade, organização e trabalho em série que podemos chegar a esse resultado com alcance de demanda.
(BRANCHIER, Alex Sander; MOTTA, Fernando Previlli: Direito Empresarial- Curitiba- Editora Saberes, 2012. p.134).

É nessa lógica que se faz  triunfalista o conceito organizacional, observamos o efeito  pormenorizado aplicado a essa organicidade.

Esta obrigação se refere a estrutura empresarial com a existência de um complexo de bens organizados em que as tarefas para desempenhar a atividade fim, sejam separadas em funções específicas , criando uma atuação capaz de produzir e circular riquezas. ( ROSSIGNOLI, Estefânia: Direito Empresarial:

É de suma importância que nos atentemos ao conceito orgânico, pois ele  se apresenta de forma estruturada onde bens, tarefas e funções  conjuntamente vão caracterizá-los. Isso fica mais evidente, na percepção que ao efetuarmos o segregamento dessa organicidade ela se apresenta mais redefinida, com caracteres de maior relevo do que o conceito de empresário propriamente dito, algo mais singular do ponto de vista da constatação e do entendimento da doutrina Empresarialista pátria, isso se mostra mais extrapolar, elementares um tanto quanto personalizáveis, para traduzir em si dois conceitos ambivalentes e preponderantes: O Jurídico e o Econômico.

A doutrina conceitua empresa no sentido econômico, como a organização cujo objeto é a produção ou a circulação de bens e serviços, aproximando-se do seu conceito jurídico do termo, o qual se refere  ao exercício profissional de atividade econômica organizada. ( BRANCHIER, Alex Sander; MOTTA, Fernando Previlli: Direito Empresarial- Curitiba- Editora Saberes, 2012. p.134).

Quando falamos de estruturação da organização, estamos na verdade colocando em destaque os elementos facilitadores que auxiliam as instituições em suas respostas e demandas.(SERTEK, Paulo p.27). 

Em detalhes mais técnicos podemos verificar os elementos mais agregadores de uma organização, a inspiração e a confiança.

A seguir três tipos de redes organizacionais que operacionalizam as atividades em uma instituição:

(...) As redes podem ser internas, isto é, utilizam recursos de intraempreendedorismo(...)
(...) As redes podem ser estáveis, isto é, utilizam da contratação temporária para produtividade(...)
(...) As redes podem ser dinâmicas ao utilizarem o foco de suas atenções na atividade-fim.(SERTEK, Paulo: Empreendedorismo, 29-30).

Feitas essas considerações iniciais sobre organização, passaremos então a falar sobre os instrumentais que apropria o ideal deste instituto, o da empresa:

A análise do conceito de empresa é de  fundamental importância para uma correta interpretação das normas jurídicas que norteiam o direito empresarial e especialmente para adequada identificação do sujeito das regras especiais dessa área do direito.(BRANCHIER, Alex Sander; MOTTA, Fernando Previlli: Direito Empresarial- Curitiba- Editora Saberes, 2012. p.16).

Outro ponto a ser levado como elementar é o obrigatório que são: “Segundo ROSSIGNOLI, 2016  a atividade empresarial deve ser precedida do Estabelecimento e do Nome Empresarial” e ainda especifica como essas elementares empresariais estão presentes na atividade circundante do direito empresarial.

O primeiro é o elemento objetivo que representa o investimento realizado para criação do negócio, e o segundo é o elemento identificador do sujeito da atividade empresária. (ROSSIGNOLI, Estefânia: Direito Empresarial: Direito Empresarial, p. 47).

Nessa linha de raciocínio convém conceituarmos e diferenciarmos a empresa e o empresário para então definirmos o conceito de organização empresarial (SANTOS, 2016).O conceito de empresa é o da atividade, vista como atividade econômica, profissional , orgânica e desenvolvida pelo empresário . E ainda coloca em destaque  que ” empresário é aquele que desenvolve tal atividade; traduzindo que o mesmo deve estar inteiramente organizado de forma automatizada ou não, mas traduzindo nestes modos a reunião dos fatores de produção tão somente”(SACRAMONE, 2016). É razoável tratarmos as três modalidades possíveis desta exercente na atividade empresarial:

A partir da vigência da Lei 12441/2011, a empresa pode ser exercida por Empresário Individual, EIRELI ou Sociedade Empresária. E quem já exerce empresa sob alguma das três estruturas jurídicas retro mencionadas pode, eventualmente, transformar-se em uma e outra. (ROSSIGNOLI, Estefânia: Direito Empresarial: Direito Empresarial, p. 35).

Outro ponto de grande relevância no espectro jurídico se perfaz no conteúdo da personificação do empresário, podendo o mesmo ser pessoa física ou jurídica. Isso tem importante relevo na esfera patrimonial, pois trata-se da responsabilidade deste com o ambiente externo, relativo à atividade exercida (SACRAMONE, 2016).

É de suma importância destacarmos algumas peculiaridades no cenário constitucional pátrio, dentre outras formas de tratamento diferenciado referente a simplificação de regime tributário e de se tornar optante pelo Simples Nacional (ROSSIGNOLI apud SEBRAE, 2016).

E ainda temos as classificações em nove modalidades societárias; as chamadas sociedades em ponto comum, em conta de participação simples, em nome coletivo, em comandita simples, sociedade limitada, sociedade anônima, em comandita por ações, cooperativa (SACRAMONE, 2016).

Outro ponto que se refere a natureza da atividade organizada como sociedade empresária, está na forma de registrabilidade, onde a mesma expõe seus atos constitutivos, no Registro Público de Empresas Mercantis:  E a sociedade Não -empresárias exigindo nesta segunda apenas como item de registrabilidade, apenas inscrição no Registro Civil de pessoas Jurídicas. ( BRANCHIER; MOTTA, 2016).

Essas compreensões preliminares são de extrema importância para entendermos as organizações empresariais em vários contextos externalizantes.

2.3 – Nova Economia

É importante remontarmos alguns conceitos da economia em seu sentido clássico para então definirmos essa nova modalidade ou como alguns já a denominam Economia 4.0 ou Nova Economia. (SEBRAE, 2020).“ Economia é o estudo e a tradução da escassez de recursos”. (VASCONCELLOS e GARCIA, 2004). Os recursos podem ser de origem física, ou seja : energia, máquinas, ferramentas, comunicação, prédio, instalações, ou recursos de origem de trabalho, mão-de-obra qualificada por exemplo. (TEBCHIRANI, Flavio Ribas. Princípios da economia: micro e macro. Editora Intersaberes, Curitiba, 2012 p. 14).nesta mesma linha de raciocínio  se encontram os sistemas econômicos dentro do formato social em seus aspectos finalísticos de ordem; políticos, financeiros, jurídicos, no âmbito de alcance de seus objetos, traduzindo seu produto em ou na melhoria de um bem estar.( TEBCHIRANI, 2012 p. 20) Esses elementos convergem nos seguintes tópicos em si: a) Fatores de produção; b) Unidades consumidoras e família; c) Unidades produtoras ou empresas; d) Instituições. (VASCONCELLOS e GARCIA, 2004). 

Entretanto em termos específicos às empresas de menor porte, ou seja as MPE ‘s, não encontraram guarida nos cenários dos anos entre  1990 a 2000. conforme; KRUGLIANSKAS apud PUGA, 2003. Isso ocorreu pois derivou do pouco associativismo e da baixa participação em tomada de linhas creditícias por parte de grandes bancos, e pouco financiamento por parte de bancos de fomento dentre eles destaque para o BNDES, pois atuaram apenas em espectros de cenários econômicos favoráveis às grandes e médias empresas.

Num mundo globalizado tal asserção vai ao  desencontro do próprio ideal de economia, estratificando-as para a deserção em termos financistas e creditícios  ( SANTOS, 2016).

Nesse aspecto mais objetivo sobre o tema temos a indústria 4.0 ou comumente chamada de quarta Revolução industrial, onde tecnologia, transferência de dados e utilização de sistemas computacionais agregados melhoram a eficiência dos resultados consignado portanto maiores efeitos na produtividade, em meio aos processos, e agregação de valor ao cliente e a dinâmica em investimentos e resultados( SANTOS, 2016).

Passemos agora a identificar tais meandros dentro da logicidade do mercado.

3 – Mercados

Antes de dialogarmos sobre o tema é importante classificá-lo para correta interpretação conceitual do tema a ser enfocado:

Mercado é portanto a expressão que define as relações dos agentes econômicos, sobre: o setor, a clientela, os fornecedores e a concorrência. (BRIDI, João Victor: Empreendedorismo. Uniasselvi - Indaial. Ed. Uniasselvi. 2007, p.91).

É de salutar compreensão que uma organização empresária, não vive isolada de outras entidades mercantis, ela influencia e também é influenciada pela estrutura mercantil que a subscreva ela e a todas suas concorrentes, mutuamente:
Estruturas Clássicas de Mercado: (TEBCHIRANI apud VASCONCELLOS: Garcia, 2004, p. 81)

concorrência perfeitaconcorrência imperfeitaoligopóliosMonopólio
nº FirmasMuito grandeGrandePoucasUma
Tipo de produtoPadronizadoDiferenciadopadronizado ou diferenciadoÚnico
controle sobre preçosNenhumexistência de vários substitutos próximosConsiderávelConsiderável e sujeitos regulação
barreira à entrada comercialNão háNão háExistem fortes barreirasExistem fortes barreiras
Exemplificação de atividadesconfecções popularesconfecções de marcacimento e automóveisdrogas patenteadas
 Fonte: VASCONCELLOS: GARCIA, 2004.

Esse ponto é de suma importância pois em uma economia de mercados abertos os fatores de produção, os consumidores, os produtos e as instituições, devem ser descentralizados e orientados para a produtividade e o lucro. ( SANTOS, 2016).

Dentro do cenário de mercado tem-se que conceber o ideal de política econômica implementada pelos objetivos finalísticos e os possíveis instrumentos de seu alcance. (SULLIVAN E SHEFFRIN, 2000).

Dentro dessa panorâmica e considerando as visões mercadológicas existentes, são importantes por traduzirem em suas vidas prática as transferências e o desenvolvimento de redes de empresas, neste aspecto: CASTELLS, (2005) nos traduz que: “rede é uma somatória de pontos conexos e extensão de relações entre os agentes”. Neste aspecto pondera ainda os seguintes autores: MELLO, R.; SCHOSSLAND, S; ZSCHORNACK, T; em: Sociedade de Garantia Solidária no Brasil: Alternativa eficaz de acesso ao crédito para micro e pequenas empresas, 3º edição: 2019, ed. Letradágua, 28-29, Joinville, 2019. Neste caso demonstrando o potencial de redes de crédito para fomentação das atividades de pequeno setor produtivo, que tem dificuldade com a tomada de linhas creditícias. E ainda reforça Marinho ( 2007) as redes se conectam em três perfis empresariais básicos: Em redes sociais, em redes burocráticas e redes proprietárias. Esta logicidade de mercado composta por redes em um mundo globalizado pode ser delineada pelo seguinte perfil “(…) O Brasil abriu-se  para a economia mundial durante o governo COLLOR (…) Neste ponto assegura-se que gerou a maior exigência em termos de adaptação das práticas de gestão e implantação de novas tecnologias, para se equiparar e estar à altura da concorrência internacional (SERTEK, Paulo: Empreendedorismo. ed. Saberes- Curitiba, 2012, p 55).

Como visto anteriormente as empresas brasileiras ao adentrarem ao mercado internacional, também levou consigo o staff burocrático , tendo que rompe-los, em adequação ao realismo do mercado aberto; neste viés surgiu o Empowerment: situação estabelecida para que colaboradores subalternos tomassem posse do poder decisivo, favorecendo o desenvolvimento da organização como um todo  e ainda profissional e pessoal.( SERTEK, Paulo, 2012, p.66).

Toda essa complexidade ensejou a entrada das empresas brasileiras no mercado internacional, transformando-as em meio às suas consequentes externalidades, uma ótima compreensão desta inserção está no conhecimento prévio que está subjacente em seus fatores sistêmicos.

4 – Fatores sistêmicos

Há de se observar que uma empresa apesar de ser criada para se perpetuar no tempo e no espaço, alguns fatores ligados a essa concepção devem ser esclarecidos para maior compreensão do tema envolvido:

A Entidade é um organismo vivo que se manterá em atividade por prazo indeterminado, a menos que surjam fatores econômicos ou jurídicos que possam levar ao seu encerramento. ( RICARDINO, Álvaro : Resumão administração & negócios-6- Contabilidade. ed. Bafisa: Barros, Fischer & Associados, Junho, 2016, p.1).

Embora sistematicamente essa principiologia advenha do pensamento contábil, os fatores nela incutidos esboçam “ O Espaço Sistêmico” por onde trafegará a organização desde seu nascimento(capital social), passando pelo seu desenvolvimento( fusões, aquisições, participações, transformações etc…) até o seu possível encerramento tutelada pelos institutos finais(recuperação e falência) conforme cada caso em particular. (SANTOS, 2016). Neste aspecto o Direito Empresarial assim denomina; “(…) o êxito da atividade empresarial não depende apenas de boa administração do empresário, dos administradores, dos bons investidores que cercam a atividade organizacional (…), a atividade empresária está sujeita ao risco natural do mercado e do mundo globalizado. (ROSSIGNOLI, Estefânia: Direito empresarial: Coleção Sinopse para Concursos, 5º ed. revista e ampliada e atualizada, ed. juspodivm, 2016. p 215).

Observa-se que agentes alternados sejam eles internos ou externos podem contribuir para tal asserção, entretanto a organização deve estar preparada para esses vieses ou seja forças econômicas, políticas, jurídicas e etc…; ( RICARDINO, 2016). Neste ponto é importante arguir sobre como a organização pode fazer para solucionar-se diante desses enfrentamentos sobre tais fatores sistêmicos e ainda atuar como força motora num conjunto densificado de forças internas que a mesma possa estar delineado dentro de todos os vieses e reveses superpostos mutuamente. Neste caso, observamos o estado de atitudes elencadas pelo funcionamento da integração grupal e reconhecemos tal asserção como desenvolvimento.

Para se chegar ao desenvolvimento, é necessário se continuar seu objeto, ou seja explicar o que interessa ser desenvolvido (...)
(VERAS, Claudio; BARCELLOS, Flavio; OLIVEIRA, Inocencio;  SOUZA, Carlos; DIAS, Antônio Carlos; Curso para agente de Desenvolvimento: Apresentação Brasília: FNP, CNM e SEBRAE NA, 2010, p 13).

Neste portfólio é preciso captar a mudança como transformação organizacional e suas fases distintivas uma das outras peremptoriamente.

“Numa transição  há um fim, depois uma zona neutra e só então então um novo começo, mas essas fases não são estágios isolados, com fronteiras bem definidas, elas funcionam como camadas superpostas como sugerido (...)  ( VERAS, Claudio, 2016, p 34).

Aqui já podemos anuir que os fundamentos sistêmicos já estão dinamizados, antes mesmo do nascimento organizacional da empresa, o que resta portanto é captá-los e avaliá-los isolada e conjuntamente seu efeitos concretos, observando quais preceitos modificativos e como geram condições benéficas e maléficas no espaço-tempo para então extrairmos quais ações interventivas devem ser tomadas neste jogo de posições mercadológicas e extra mercadológicos.( SERTEK, 2016).
Pondera ainda o autor em suas considerações maximes:

“Entendemos que em um ambiente estável, onde ocorrem poucas mudanças haverá menor reflexo na estratégia e na configuração da empresa, se comparada a um ambiente instável. Verificamos que a necessidade é a mãe da criatividade. Uma vez que as dificuldades ou as exigências por novas soluções torna-se fatores geradores de inovação. ( SERTEK, Paulo: Empreendedorismo/ Paulo Sertek. ed.Intersaberes. Curitiba, 2012. p 41).

Observadas essas preliminares básicas, vemos que somente através da inovação pode-se manter a organização com sobrevida constante. Trataremos esse tópico sobre inovação e disruptividade em tópicos apartados visando esclarecer a importância destes em face relevante aos fatores sistêmicos sejam eles como apercebidos em sua forma endógena( internalidades da própria organicidade) ou exógenos ( externalidades organizacionais), tais como ambientação, adaptação, visão mercadológica, cenários políticos econômicos-financeiros e outras elementares que configuram os fatores sistêmicos para a organização empresarial.

5- Empreendedorismo

A terminologia empregada conceitualmente fica assim redefinida por (BRIDI, 2007).

“A origem da palavra vem do francês entreprender, que significa empreender e em um primeiro conceito envolve compra e venda. Por volta de 1755, o empreendedor é considerado um capitalista. (BRIDI, João Vitor: Empreendedorismo. Centro Universitário Leonardo da Vinci. Uniasselvi, Indaial, 2007, p. 3). 

Apesar de ser cunho conceitual está ligado mais a criação de novos negócios, a percepção que se deflagra no cenário brasileiro é diverso, tem se que a falta de oportunidade empregatícia arrola o indivíduo a empreender e não o inverso a isso, ou seja sua potencialidade e capacidade como mola propulsora para os negócios. (BRIDI, 2007 p.7).

Todavia o cenário real é composto de estruturas concorrenciais, ou melhor visando sempre a lucratividade e a competitividade, dentro de estruturas mercadológicas imperfeitas ( TEBCHIRANI, 2012 p 70).

Empreender todavia significa diversificar, pois a grosso modo obedecendo o princípio que a ambientação da livre iniciativa, qualquer pessoa atendendo aos requisitos da capacidade civil pode ingressar na atividade empresarial (ROSSIGNOLI, 2016 p 41).

Nesse terreno observa-se que a ambientação/empreendedorismo é um desafio constante para quem faz parte dele ou para quem deseja iniciar um caminho de sucesso. (LENZI, Fernando C; KIESEL, Marcio D; ZUCCO, Fabrícia D; Ação empreendedora: Como desenvolver e administrar seu negócio com excelência. São Paulo. ed. Gente, 2010).

Empreender é uma tarefa solitária, agir como empreendedor é mais crucial ainda: Observemos  as ideias dos autores:

“O sonho e a vontade particular de conquistar, o impulso de lutar, para provar sua superioridade para com os outros, pode ter sucesso não pelos frutos do sucesso, mas pelo próprio sucesso; a alegria de criar  de mandar fazer as coisas ou simplesmente exercer sua energia e criatividade para mudar se deliciando com aventuras.
(LENZI; KIESEL; ZUCCO apud SCHUMPETER, 1982. P 57-63).

Nessa linha de pensamento ( GALVÃO, 1999) cita algumas características que deve efetivar uma organização criativa: Valorizar pessoas, diminuir insatisfatividade, valorizar descobertas, criar modelo próprio, gerar confiança, controle dos resultados, independência de pessoas.( LENZI; KIESEL; ZUCCO apud Galvão, 1999; p118).

Outro ponto a ser observado está na estrutura do seu negócio, pois é a partir de um plano de negócios que é possível viabilizar um empreendimento. (SANTOS, 2016). 

Já para os estrategistas um bom plano de negócios deve definir seu negócio, ou produto, ou mercado inserto, um marketing e um bom plano financeiro. ( BRIDI, João Vitor. Centro Universitário Uniasselvi- Indaial. ed. Grupo Uniasselvi, 2007 p 52-53).

É importante ainda explorar as internalidades de seu negócio, observar os potenciais ocultos, abrir espaços para o Intraempreendedorismo. (SANTOS, 2016).

O intraempreendedorismo é o indivíduo que não precisa sair da empresa em que se encontra para montar um novo negócio, orientado para ação, transforma, através de sua visão global um produto, serviço em uma nova área de negócio dentro da sua empresa atual. (BRIDI, João Vitor: Empreendedorismo. Centro Universitário Leonardo da Vinci. Uniasselvi, Indaial, 2007, p.23). 

É  ainda : Segundo MELLO;SCHOSSLAND; ZSCHORNACK, 2019 p 22). Hodiernamente com a democratização do mercado é preciso manter uma relação equilibrada entre oferta e demanda, para que novas interfaces de poder possam ser criadas objetivando perpetuidade do negócio empreendido. E ainda torna-se importante criar ferramentas de um sistema de logística própria que acompanha conjuntamente as mudanças de cenários, dentre outras destaca-se para a inovação e a tecnologia que abruptamente impõe “reservas mercadológicas” intermitentemente.

6- Disruptividade

 Ao falarmos de um tópico tão importante, pré concebemos seu ente conceitual para determinarmos o alcance e sua extensão no seu sentido terminológico, para então dentro da conjuntura e estrutura que o mesmo se apresenta para o modelar no mercado e sua forma orgânica no cenário mercadológico atual.

Nos dizeres de (BARBOSA, 2021), temos um lado prático da disruptividade que é a alteração de um segmento no processo, seja por suspensão, interrupção ou rompimento com o paradigma anterior.
Existe ainda o conceito mais atual de disruptividade:

Tecnologia disruptiva ou inovação disruptiva é uma terminologia que procura descrever a inovação tecnológica, o produto ou serviço com características “disruptivas” que provocam uma ruptura com os padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidas no mercado. (CHRISTENSEN, Clayton M.; BOWER, Joseph L.; Disruptive tecnologies. ed. Harvard Bussiness Rewiew (HBP). consultado em 10 de abril de 2018.

Este segundo conceito é o mais apropriado para as organizações que são defrontadas com o espectro atual no cenário mercadológico , pois a globalização rompe com os conceitos locais e introduz preceitos mais amplos em determinada região, imiscuindo em tudo o que circunvizinha o seu segmento prático. Observe que a disruptividade não é o fenômeno das organizações locais ou regionalizadas, mas sim a inserção de novos conceitos e elementos agregados vindo da amplitude desta cosmogonia mercadológica. Para atender esse represado intento que ora se apresenta aberto, ora se apresenta mais obscurecido, o empresário deve atentar como empreender seu negócio visando atingir objetivos de forma criativa, imaginativa e inovadora (FILION,1999); Os mercados já nascem saturados, portanto a diferença repousa firmemente na capacidade de se distanciar dos demais concorrentes, aprender com os casos já efetivados, tirar lições possíveis e ainda atentar para as oportunidades tomando decisões no sentido de garantir a satisfatividade da clientela. Mas a pergunta que guarnece de resposta é, como fazer isto?  tendo em si a resposta simplificada na própria pergunta pois se verifica que, Já empreendemos com portfólios totalmente inovadores, porque permanece ainda tal asserção destrutiva para o negócio?. a resposta conclusiva para os casos acima é:  Segundo (DRUCKER, 1986) repousa sempre em uma análise constante nos comportamentos, observe como define o autor um exemplo em sua análise disruptiva e empreendedora:

(...) Um casal que abre uma confeitaria por exemplo (...) certamente estará assumindo riscos. Mas será que eles são empreendedores? Tudo o que fazem já foi feito muitas vezes antes, eles apostam na popularidade crescente de comer fora, na vizinhança, por outro lado eles não criam uma satisfação para o consumidor, e nem uma nova demanda para este. Visto sob esta perspectiva é claro que eles não são empreendedores, mesmo que o seu negócio seja novo (...). ( LENZI, F; SANTIAGO apud DRUCKER, 1986 p 4).

Neste caso inovar não se apresenta como algo simplesmente novo, tem que captar demandas, gostos, formas de comportamentos, desejos represados e ainda depois de ter feito tudo, atentar para o meio concorrencial, pois se sabe que uma prática estabelecida pode facilmente ser “ reproduzida a contento”; mas o que deve então ser introduzido? a  resposta mais conveniente que se apresenta é destituir as formas convencionais aprendendo com elas, ou apenas absorvendo o rescaldo da mesmas, mas buscando formas inovadoras com modelos de disruptividade para o além do senso comum, isto posto devem se agregar novas práticas aliadas a modelos mais eficientes, menos propensas a “serem reproduzidas” isso é inovação, ou seja criar um novo fortalecê-lo a tal ponto que a mera reprodução não encontre guarida em ambientação da concorrência. Isso é Disruptividade. Por fim, ao falarmos sobre disruptividade devemos nos atentar para o espectro do novo, para estabelecer-se o que inovar e qual o caminho a ser perseguido pelo empreendimento no sentido positivo buscando por finalidade a Inovação.

7- Inovação

É preciso conceitualizar o que representa primordialmente este conceito para depois trabalharmos os mesmos na esfera da informação e do conhecimento.

Neste diapasão entendemos que, que Inovação em síntese é, segundo (CEGALLA, 2005. p 499) Uma introdução de novidade ou uma alteração para um novo mais moderno ,um resultado dessa alteração ou simplesmente uma novidade no campo usual. Neste aspecto embora reconhecidamente conceitual do ponto de vista terminológico, entretanto para o ideal de hoje o conceito de inovação está intimamente ligado a alta tecnologia no campo do empreendedorismo, pode se afirmar que a estrita conexão entre tecnologia e inovação, onde a tecnologia impulsiona a inovação e a inovação revoluciona a tecnologia. ( SERTEK, 2016).Neste aspecto exsurge uma segunda necessidade definirmos o conceito de tecnologia para compreensão da mesma na esfera dos conceitos e do mercado. Assim segundo (CEGALLA, 2005. p 84), tecnologia pode ser definida como conjuntos de conhecimentos,particularizados cientificamente projetando a produção em geral, traduzindo em processos especiais um produto de arte no mercado.Todavia a redefinição deste conteúdo tragável é subjacente à própria existência orgânica dos empreendimentos, neste viés  a tecnologia e a inovação através do conteúdo disruptivo se apresentam como solução e aprimoramento das técnicas e dos processos envolvidos, traduzindo so em valor agregado para as organizações em face a lógica mercadológica (SANTOS, 2016).Uma organização empresarial nos dias de hoje se não se prontificar a inovação está fadada a morte súbita nos dizeres de (LENZI, 1986): (…) é inovar ou morrer, pois que inova não morre e quem morre já comaltou o terreno ao se deixar-se de inovar pro-tempore (…)Um organismo vivo com já retratado em tópicos anteriores, ora  pelo Princípio do Continuísmo das atividades organizacionais , deve pelas próprias necessidades vitais antenar-se com a ação ou elementos inovadores e pragmáticos que a retire to tão indesejado estado de morbidez latente e a coloque no estado vivo e eficaz da inovação e das ações de afirmação mercadológicas existentes na contemporaneidade.

Neste desiderato devem efetivar o aprimoramento de seus sistemas informativos, para elucidar o melhor caminho na retomada das decisões, com visão empreendedora, vejamos o pensamento maxime desta visão:

O primeiro fundamento que precisamos conhecer é o da importância da informação. Certamente, você já leu ou ouviu  que estamos na era da informação, que  o principal ativo das empresas é seu conhecimento, e que informação é mais importante que capital. Todas essas afirmações estão corretas no mundo em que vivemos. A informação é a base de qualquer tipo  ou tamanho de negócio. (HUGO, Marcel; FERREIRA, Antonio Carlos Fedato: Ação de Informática. Ação empreendedora como desenvolver e administrar seu negócio com excelência. Org. LENZI, F; KELSEL, M.F; ZUCCO, F.D; ed. Gente: São Paulo, 2010 p 226).

Em se tratando de inovação essa ferramenta é importante, pois o manejo responsivo, qualificado e instrumentalizado, pode abrir o caminho da expansão da atividade , quando agregadas pela criatividade, pelo tratamento diferenciado entre os componentes já existentes no mercado, ou seja antecipando tendências e previsibilidades com ajuda mútua da inovação e da tecnologia como ente informacional e produtivo. que se traduz em aliadas da organização garantindo seu desenvolvimento e seu consequente progresso no empreendedorismo de mercado. Segundo (BRIDI, 2007 p 30), algumas estratégias inovadoras já resultaram em potencialidades ulteriores, vejamos os tópicos por ele mapeado já efetivados e assertivos no mercado concorrencial e do progresso humano: a) através do mapeamento do genoma humano; permitiu-se a partir desse conhecimento agregado a prevenção de doenças e patologias desconhecidas do público médico em geral ;b) Criação de supermateriais;  permitiu que materiais a partir de níveis moleculares aumentassem suas capacidades de transmissão de informação e conectividades;c) Novas fonte energéticas: permitiu-se novos meios de energia limpa, renovável e permanente;d)  Aparelhos de Alta performance; permitiu-se capacidade na qualidade das imagens e produção das mesmas;e) Miniaturização;  aumento considerável das capacidades de transmissão de dados com objetos mais potencializados.  A inovação portanto é desafiadora de si mesma e ao mesmo tempo permite que novos mecanismos de ação e instrumentação, sejam criados ou recriados permitindo novas formas de oportunidades e aprimoramento de processos produtivos com alto teor de qualidade. 

8 – Logística

Para melhor compreensão deste conceito é preciso retomar suas ideias principais e seu sentido amplo na realidade mercadológica:

Na sua origem, o conceito de logística estava essencialmente ligado às operações militares (...) Os generais precisavam de uma equipe que providenciasse: (...) as munições, víveres, equipamentos e o socorro médico para o campo de batalha( KNVTH, Valdecir: logística integrada apud NOVAES, 2017.p 30: UNIASSELVI, indaial, 2013. p 23).

No campo empresarial objeto de nosso estudo assim, conceitua nas palavras de (BALLOU, 2011. p 23) (…) a logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final(…).

Do ponto de vista das estruturas logísticas conhecidas podemos assim dividir , pois a ideia em si aponta o meio utilizável, nos dizeres de (KNUT, 2013).

Logística Empresarial: É o conjunto de todas as atividades de movimentação e armazenagem com a finalidade de facilitar o fluxo de produtos de produto final, considerando os fluxos de informação que colocam os produtos em movimento.
Disponível :em:<http://logisticaemtudo.blogspot.com.br/2011/06/logistica-empresarial.html>. Acesso em 20 de out 2012. 

É de suma importância que apesar dos variados métodos empregados e os portes logísticos conhecidos, o que mais atende a realidade do empresário atualmente é: è a integração das atividades logísticas em prazos acordados; Vejamos essa esquemática a seguir:

Logística de abastecimentoLogística de distribuiçãoLogística de manufaturaLogística organizacionalLogística reversa
Fonte: Disponível em:<http://www.portogente.com.br/potopedia/portopedia/Logistica_Integrada/. Acesso em: 20 out 2012.

No atual cenário sobre o enfoque logístico que maximize o espectro negocial e estratégico da organização, podendo ser vista a partir do enfoque da implementação e do desenvolvimento, Vejamos essa visão a seguir:

(...) Os projetos de implementação são aqueles para os quais os métodos e técnicas de gerenciamento foram originalmente concebidos. (...)  São projeções que visam produzir algo tangível  e mensurável, como uma estrada, uma ponte, um edifício ou qualquer outro bem (...)
Já os projetos de desenvolvimento,visam prioritariamente produzir uma transformação social, mesmo que estejam associadas a demandas físicas. (VERAS, Claudio; BARCELLOS, Flávio:    p 346).

Note que aqui a logística espraiou para dois campos, o da internacionalização e o da reciprocidade aduaneira. Portanto ao alçar voos mais longínquos deve ser observados por parte da organização empresarial, tais ditames dentre eles destaque-se o do agente importador, como ele se organiza para receber tal demanda , e o outro elo da cadeia que é o agente exportador contratado para tal, como ele comalta o terreno jurígeno de mercados diferentes em esferas internas diversificadas.

Neste quesito, além do enfoque de tratamento, deve-se considerar os operadores, pois a empresa ao atuar em mercados abertos, deve considerar que as demandas seguiram fluxos alternados, sazonais e dentro de escaninhos jurídicos, políticos e sociais diversos. Neste hard case de complexidade, deve portanto o operador logístico, (aqui entendido como empresa especializada em trafegar produtos e serviços em escalas diversa) trabalhar conjuntamente com operadores de transportes multimodais, pois este último abrirá os caminhos na mobilidade adequada, traduzindo em qualidade responsiva para o destinatário final do produto ou serviço. Por fim fica claro que a organização empresarial ao adentrar em mercados internacionais, deve considerar esses dualismos presentes nas suas negociações de forma prévia e prioritariamente. 

Questionário-pesquisa

Efetuamos uma pesquisa-questionário com empresários locais pequenos empreendedores sobre as principais demandas negociais, entre as datas do mês de 01 de  janeiro a 31 de fevereiro de 2021.

 As perguntas são feitas a partir de um estudo com enfoque prático de uma secretaria municipal de desenvolvimento econômico local. Observe o conteúdo prático nos eixos traduzidos.

Perguntas

1- Como deve ser a relação Estado-empresa?
2-Quais são as possibilidades de financiamento crédito para os empreendimentos?
3- Quais parcerias devem fomentar seu negócio?
4- Quais os efeitos da Economia digital ao seu empreendimento?
5- Como o intraempreendedorismo deve se comportar em face a  seu negócio?
6- Quais elementos jurídicos devem ter previsibilidade prática no seu negócio?
7- Quais praticidades levantadas frente a tributação envolvida para os negócios?
8- Qual o melhor caminho para rentabilização de seu negócio?
9- Quais comandos devem ser acionados na retenção de talentos profissionais?
10- Quais pontos de cooperação entre o negócio e a localidade de sua instalação?

Respostas

O questionário-resposta foi pautado através dos enfoques práticos da vida do pequeno empreendedor local e não internacional, mas sabemos que o negócio local deve pensar de global economicamente pois concorre com este diuturnamente apesar das equidistantes físicas, com os meios de comércio da economia digital o e-commerce é a prova inequívoca desta asserção. Todavia, dentro da possibilidade e alcance deste questionário evidenciaremos as perspectivas das respostas que virão num texto corrido, respondendo às indagantes propostas.

Um novo olhar deve nortear a condução do negócio empreendido tanto para viabilizar as perspectivas internas como externas da organização. Neste estruturamos as principais bases a serem destacadas pelo empreendedor tornando seu negócio investível, minimamente previsível dentro dos fatos conjunturais ora apresentados. O primeiro enfoque deve ser o tratamento previsto ao pequeno empreendimento, deve haver como previsto constitucionalmente em ações e práticas um tratamento diferenciado para o pequeno empreendimento, é imprescindível movimentar-se no sentido de corporificar a norma  e o meio de sua aplicabilidade. O segundo enfoque está na estrutura de tomada creditícia por parte do pequeno negócio, deve-se desobstaculizar as amarras dessa mal ambientação para concessão e retomada de linhas créditos em cenários diversificados. O terceiro enfoque, pode ser facilitado através de parcerias conhecidas ou não do público empresarial com mínima regulação estatal melhorando e dinamizando as estruturas parceiras de um negócio, seja através de incubadoras ou outros meios viáveis ao negócio. O quarto enfoque está na economia digital e sua relação com o pequeno negócio, é preciso estruturação por meios da inteligência artificial e outras tecnologias para que o pequeno negócio seja fomentado e inovado constantemente visando a permanência de seu produto ou serviço na sociedade. O quinto enfoque pode ser viabilizado a partir de técnicas de intraempreendedorismo para o seu próprio negócio, é preciso realizar um empowerment permanente para que novos aprimoramentos ganhem espaço em suas relações internas de empreendedorismo. O sexto enfoque está na habilitação jurídica envolvida, é preciso criar padrões para se manter coerente com a farta legislação previdenciária, trabalhista, ambiental, uma sugestão está na implantação de compliance nestes segmentos para seu negócio. um olhar atento sobre a vida laborativa tanto pré labor(trabalhista)como pós laboral (previdenciária) relação interna do empreendimento deve ser elementos visualizada a partir de tais ditames. O sétimo enfoque é a prioridade que se deve buscar na relação fisco-contribuinte, os meios de simplificação e desburocratização devem ser objetivo alcançável pelo empreendimento e não distante das relações negociais. o oitavo enfoque está na dimensão lucrativa do negócio, deve sair da relação simplista do ganha-ganha, para uma relação mais substantiva o ganha-mantém-ganha, o lucro não deve ser relativo mas substancial visando a permanência de dado empreendimento negocial em dada localidade e sua relação próxima a ela. Um nono enfoque está na manutenção e retenção dos talentos, qualificar-se é necessários para sobrevida, manter os qualificados sua permanência mercadológica.O último e décimo enfoque está na relação denominada: ”design empreendedorismo local” seu negócio deve impactar positivamente a localidade envolvida, seu projetos devem ter conotação positiva nos entornos de sua organização, os ganhos devem ser mensurados e mensuráveis para todo relacionado envolvido, pessoas, serviços e sociedade.

Conclusão

Ao avançar nos elementos que pudessem ressignificar o contexto das organizações empresariais através da pesquisa bibliográfica e documental, constatamos que há um imperativo a ser tratado por ela, no qual denominamos de hiato a ser instrumentalizado para perpetuidade das organizações empresariais tanto para seu contexto prático, gerencial e  referencial na sociedade que se localiza.

Verificamos ao longo deste artigo que a organização empresarial dentro de sua função precípua de produzir e distribuir riquezas, deve traduzir uma perspectiva mais arrojada, do que simplesmente uma posição rudimentar confiante do rentismo financeiro, deve utilizar ferramentas através dos mecanismos da inovação e da tecnologia e da disruptividade, para ter seu papel ressignificado, tanto para suas próprias internalidades e externalidades, de seus  agentes internos strukholders com seus agentes externos stakeholders, como catalisadora das transformações cotidianas.

Os destinatários das organizações empresariais sejam agentes internos ou externos devem olhar para ela não apenas dentro de uma visão microcósmica do empreendimento, ou seja do lucro da participação, da arrecadação de tributos etc…, mas dentro de um padrão de visão macrocósmica , identificando sempre o elemento intangível que a mesma potencializa no desenvolvimento econômico e humano

Partimos e comungamos do seguinte pensamento, as estruturas organizacionais empresariais devem ser vistas para o além do desenvolvimento econômico, mas ser ressignificada ao papel de promotora do desenvolvimento, cultural, artístico, econômico, social e como agente promissor e catalisadora de novas transformações na realidade, onde o predomínio finalístico seja o da construção social em detrimento negacionista da mera concepção como ente rudimentar e arrecadatório.

REFERÊNCIAS

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1Graduado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC
Pós Graduado em Direito Corporativo e Compliance pela – EPD Escola Paulista de Direito
Pós Graduado em Direito e Processo Tributário pela – EPD Escola Paulista de Direito