REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7241814
Eduardo Sousa de Oliveira1
Giovana da Silva Celestino1
Kelly CarvalhoVasconcelos1
Sunamita Silva1
Priscila Ferreira Silva2
RESUMO
A resistência bacteriana é um processo natural e esperado de microrganismos, como por exemplo, bactérias, porém nos últimos anos o mesmo vem sendo acelerado por ações da sociedade, da qual é possível destacar principalmente o uso indiscriminado de antibióticos. A Amoxicilina é um antimicrobiano de amplo espectro, usado atualmente no tratamento de várias infecções, mesmo assim, hoje já existem espécies nas quais através de mutações ao longo do tempo, são capazes de inativar e resistir a resposta do fármaco. Trata-se de um artigo científico onde os objetivos permaneceram em torno da caracterização dos riscos do uso indiscriminado de antibióticos (com ênfase na Amoxicilina), exemplificação do que se trata o tema da resistência bacteriana e qual sua importância para a sociedade atual e futura, com a demonstração de exemplos que intensificam o problema e também os que promovem a contenção dele. Para a descrição assertiva sobre a questão levantada foi utilizado o método de revisão bibliográfica, tendo como base publicações presentes na comunidade científica. Conclui-se que é necessário promover mais ações que auxiliem na diminuição da resistência bacteriana, políticas públicas como educação de profissionais de saúde, programas de conscientização da população, além um controle melhor da venda e prescrição de antibióticos.
Palavras chaves: Resistência bacteriana, antibióticos, Amoxicilina.
ABSTRACT
Bacterial resistance is a natural and expected process of microorganisms, such as bacteria, but in recent years it has been accelerated by actions of society, of which it is possible to highlight mainly the indiscriminate use of antibiotics. Amoxicillin is a broad-spectrum antimicrobial, currently used in the treatment of various infections, even so, today there are already species in which, through mutations over time, they are able to inactivate and resist the drug response. This is a scientific article where the objectives remained around the characterization of the risks of the indiscriminate use of antibiotics (with emphasis on Amoxicillin), exemplification of what the topic of bacterial resistance is about and its importance for current and future society, with the demonstration of examples that intensify the problem and also those that promote its containment. For the assertive description of the question raised, the method of bibliographic review was used, based on publications present in the scientific community. It is concluded that it is necessary to promote more actions that help to reduce bacterial resistance, public policies such as education of health professionals, population awareness programs, in addition to better control of the sale and prescription of antibiotics.
Keywords: Bacterial resistence, antibiotics, Amoxicillin.
INTRODUÇÃO
Atualmente é possível observar uma sociedade medicamentosa, onde as pessoas estão recorrendo cada vez mais a automedicação precoce ao invés de buscar uma orientação médica. Todos os seres vivos são diariamente expostos a diversos microrganismos como vírus e bactérias, mesmo na pandemia causada pelo Coronavírus, não se anula o fato de que existe um perigo futuro maior causado pelas bactérias resistentes que tem se propagado de forma mundial como um problema de saúde pública, prejudicando, principalmente, pacientes presentes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) os quais geralmente, são imunodeprimidos e mais susceptíveis a uma infecção (1,2).
Dentre os diversos antimicrobianos existentes temos os antibióticos que são substâncias farmacologicamente desenvolvidas para o tratamento de infecções bacterianas. Comumente conhecido pela população como “Amoxilina”, temos a Amoxicilina que é pertencente à classe das penicilinas, a mesma tem a finalidade de impedir o crescimento e proliferação da bactéria afetando a sua parede celular. Tal antibiótico vai agir combatendo bactérias Gram-positivas como, Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae e bactérias Gram-negativas como a Escherichia coli (3,4).
O uso indiscriminado dos antibióticos, seja por excesso de ingestão ou não conclusão do tratamento podem provocar ocorrências indesejáveis como o retorno ao consultório médico para uma nova solicitação de tratamento com outro antibiótico e em determinados casos pode também ocorrer o agravamento do quadro clínico do paciente resultando em morte do indivíduo, pela falta de opções alternativas (5)
A resistência bacteriana é entendida como a capacidade que a bactéria tem de conseguir se proliferar e se desenvolver ainda que na presença de duas ou mais classes de antibióticos, no qual o microrganismo deveria ser sensível e com a administração desse fármaco o patógeno deveria ser destruído, o que não é realizado com sucesso. Para adquirir essa proteção, esses microrganismos tendem a desenvolver fatores de virulência que são características próprias do patógeno para se desenvolverem mesmo com a escassez de fatores benéficos a sua sobrevivência e escaparem do sistema imunológico. São exemplos de alguns fatores de virulência utilizados pelas bactérias: cápsula, enzimas e toxinas (6).
Esse problema tem se expandido de uma forma rápida e preocupante a ponto de alertar os órgãos governamentais como Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) devido aos danos prejudiciais futuros que podem vir sobre a população. A eficácia dos tratamentos propostos aos pacientes tem sido prejudicada devido ao avanço da resistência bacteriana, que ocorre devido o uso e abuso dos medicamentos que então se tornam obsoletos e as bactérias cada vez mais resistentes à ação, interferindo muitas vezes no quadro clínico e dando continuidade à propagação das bactérias para as demais pessoas. Essa situação deve ser rapidamente revertida, visando a melhora na saúde coletiva, então é necessária uma colaboração dos médicos em manter certa cautela nas prescrições, informatização e conscientização da população em obedecer aos receituários médicos e cumprir o tratamento proposto de forma correta (2).
Em uma notícia da Folha de São Paulo, foi anunciado através de um grupo de cientistas em 2015 que após 28 anos foi descoberto uma nova classe de antibiótico, isso demonstra que desde 87, ano em que foi descoberta a Daptomicina, a comunidade científica seguiu sem encontrar novas classes de antibióticos. Algo preocupante quando comparado à evolução constante das bactérias e os seus fatores de virulência, que seguem cada vez mais aumentando seus mecanismos de resistência aos antibióticos. Tal desnível pode prejudicar os pacientes devido à falta de produção de novos medicamentos, certos casos clínicos podem estar em escassez de tratamentos com o uso de antimicrobianos eficazes (7).
O projeto enfatiza os mecanismos de ação da Amoxicilina e as consequências que podem ser geradas através do uso incorreto do antibiótico, o que tem colaborado para o avanço da resistência bacteriana e demonstra que as bactérias super-resistentes estão se introduzindo até mesmo em antibióticos já utilizados pela população, como a Amoxicilina, que vem sendo utilizada há alguns anos e já apresenta microrganismos que são resistentes a mesma. Conhecer os malefícios que ele acarreta pelo uso impreciso é algo que a população deve ser conscientizada, o trabalho foi realizado por meio de revisões bibliográficas, comunidade científica com artigos, revistas e sites e com o intuito de estimular o autocuidado e conscientização a respeito do uso correto dos antibióticos.
OBJETIVOS
Geral e específicos Objetivo geral: Caracterizar quais os riscos do uso indiscriminado de antibióticos com ênfase na Amoxicilina e explicar o porquê a resistência bacteriana é um tema preocupante nos tempos atuais e futuros.
Objetivo específico:
- Determinar o que é resistência bacteriana.
- Elucidar o mecanismo de ação do antibiótico amoxicilina.
- Categorizar quais são os exemplos de usos incorretos do fármaco.
- Trazer atenção ao tema de forma preventiva na tentativa de conter riscos futuros.
METODOLOGIA
Para a elaboração do presente estudo foi utilizado como fonte de dados: artigos, notícias e reportagens acerca do tema. Dessa forma, busca-se garantir o aproveitamento de informações relevantes para a descrição correta do trabalho. Primeiro pesquisamos na comunidade científica através de artigos, a descrição e o conceito do que é um antibiótico, para que serve e qual sua importância para o tratamento de infecções bacterianas, sobretudo a respeito da Amoxicilina. Aproveitando ainda da mesma base de dados, entendemos melhor sobre a resistência bacteriana, como a mesma surge, quais condutas podem colaborar para tal fator e quais medidas podem ser adotadas para a diminuição da resistência.
Como segunda etapa buscaremos notícias e/ou reportagens que falem sobre os riscos da resistência bacteriana e a correlação ao uso inadequado de antibióticos. Isso com o intuito de saber como este tema está inserido na sociedade atual, de fato se comprovou que caso não sejam adotadas medidas preventivas sobre o uso correto e consciente de antibióticos, a resistência bacteriana será um grande problema futuro.
DESENVOLVIMENTO
Resistência bacteriana
As bactérias resistentes estão sendo propagadas mundialmente, estando distribuídas e sendo expressas em várias regiões. Existem redes de vigilância epidemiológica, onde as mesmas disponibilizam dados obtidos laboratorialmente sobre diversas bactérias resistentes, consumo de antibióticos e os padrões de resistência nas diferentes regiões; desde 2001 a União Europeia tem alertado sobre o risco que as mesmas podem trazer a humanidade fortalecendo então a importância de toda cooperação internacional da população em prol da saúde coletiva (8).
Para a realização de um tratamento eficaz é preciso conhecer os mecanismos de ação de um determinado antimicrobiano para então optar pela melhor opção terapêutica visando a inibição da propagação de um determinado patógeno, dentre as classes pertencentes aos antimicrobianos contém-se os antibióticos que são produzidos pela indústria farmacêutica visando inibir a propagação das bactérias (9).
Um risco à saúde mundial, tido como resistência bacteriana, tem se propagado de uma maneira a causar preocupação das autoridades de saúde, visto que as bactérias que anteriormente eram sensíveis a ação de determinados antibióticos e hoje os mesmos são, por vezes, considerados ineficazes para o tratamento do paciente, porém o mal uso desses antibióticos podem também acelerar o devido processo de resistência bacteriana (10).
Existem dois tipos de classificação para as bactérias resistentes, as que possuem um baixo nível de resistência e outras com um alto nível. As bactérias de baixo nível de resistência são aquelas que quando ocorre o aumento da dose do antibiótico a mesma consegue ser destruída e as de alto nível de resistência, ainda que se elevem as doses do antimicrobiano, o mesmo não é capaz de destruir o patógeno (9).
Dentre os mecanismos de resistência, existem a natural e a adquirida. A resistência natural é quando por naturalidade a bactéria já é resistente a um determinado antibiótico, já a resistência adquirida ocorre devido a processos de mutação que promovem alterações a nível genético da célula (11,12).
A resistência bacteriana se inicia a partir de mutações que vão proteger as bactérias contra a ação dos antibióticos, isso pode acontecer, na maioria das vezes, devido ao uso incorreto do medicamento, mas também pode acontecer por outros diversos mecanismos como: inativação enzimática do fármaco, modificação do sítio alvo do fármaco, efluxo do antibiótico e redução na permeabilidade do antibiótico (13).
Um dos mecanismos utilizados pelas bactérias para inativar fármacos naturais, visto que os fármacos sintetizados tendem a não serem afetados pelo mesmo mecanismo, e produzir enzimas em grande escala para promover a inativação do antimicrobiano, beta-lactâmicos como penicilinas são exemplos pois existem bactérias que são produtoras de enzimas beta-lactamase que posteriormente hidrolisam o anel beta-lactâmico inibindo, então, a ação do fármaco (11,12).
Outro meio de resistência utilizado pelas bactérias é promover a modificação da molécula de ação do antibiótico. O sítio de ação é modificado pela bactéria, fazendo com que sua forma fique alterada e assim apresente pouca ou nenhuma afinidade com o agente bacteriano (9).
Existe, também, o efluxo do antibiótico que é quando algumas proteínas que estão presentes na membrana plasmática de bactérias gram-negativas, vão agir expulsando os antibióticos, impedindo que eles cheguem a sua concentração de fato efetiva e o mesmo não será capaz de inibir o desenvolvimento da bactéria; é um mecanismo utilizado contra, praticamente, todas as classes de antibióticos (9).
Figura 1 – Representação dos principais mecanismos de resistência das bactérias aos antibióticos.
Bactérias gram-negativas tendem a ser mais resistentes pois possuem uma parede celular mais espessa, quando comparadas as gram-positivas, o que dificulta também a ação do antibiótico, porque pode limitar a abertura para a absorção de determinadas moléculas (11,12).
Entre os fatores que favorecem a resistência bacteriana, o uso inadequado do fármaco é um dos maiores, visto que em países onde o consumo de antibióticos é menor, os níveis de resistência bacteriana são proporcionais. A resistência bacteriana tende a causar diversos problemas como a diminuição da eficácia dos tratamentos em si, o avanço da doença e consequentemente o aumento do número de internações e também tende a aumentar a taxa de mortalidade dos pacientes, visto que as opções de tratamento se encontram escassas (10).
Dentre as diversas situações contribuintes para o avanço da resistência bacteriana tem-se a prescrição inadequada dos antibióticos pelos médicos, visto que os mesmos, geralmente, tem uma rotina corrida e cheia de atendimentos a diversas consultas o que pode ocasionar em uma exaustão, física ou mental, e consequentemente uma incerteza no devido diagnóstico do paciente, porém em outra vertente é possível observar o uso errôneo pelos devidos pacientes em não obedecer, rigorosamente, a prescrição médica visto que alguns fazem o uso de doses inferiores ou superiores às devidamente prescritas, já outros quando apresentam alguma melhora do quadro clínico, imediatamente, interrompem o tratamento antes do término estabelecido pelo médico e até mesmo os doentes que se automedicam, comprando antibióticos sem a prescrição médica ou até mesmo utilizando antibióticos de outros tratamentos já realizados (10).
Vale ressaltar que com o advento da pandemia causada pelo SARS-CoV-2, o grande problema da resistência bacteriana foi ainda mais impulsionado, isso devido à administração de antimicrobianos para tratar pacientes com a doença (COVID-19). Entre as causas do emprego desse tipo de fármaco está a precaução de possíveis infecções bacterianas e também, nos meses iniciais da pandemia, a dificuldade em diferenciar os casos de COVID com os de infecções bacterianas. Os poucos recursos e investimentos antes focados para o combate à resistência aos microbianos, passaram a ser voltados para o mais novo problema desses últimos anos, que foi o Coronavírus (14).
A resistência aos antibióticos pode ser reduzida pelo uso dos mesmos de forma racional, pelos testes de susceptibilidade antimicrobiana, programas de educação da equipe de saúde, redução nos números de prescrições com antibióticos e desenvolvimento de novos antibióticos. Outra forma de prevenção de resistência bacteriana é a higienização das mãos, que constitui uma medida de grande eficácia no que se refere à prevenção e controle das Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e também um pilar fundamental para a redução da disseminação da resistência (15).
Farmacologia – Amoxicilina
Um antimicrobiano é uma substância que tem a capacidade de proporcionar a morte ou inibir o crescimento de determinado microrganismo. É muito utilizado em ambulatórios e hospitais para o tratamento de certas infecções, porém é importante saber que o uso indiscriminado tem contribuído para o aumento do processo de resistência bacteriana. Sua escolha será feita de acordo com a sua efetividade, toxicidade e custos para o paciente ou instituição de saúde (11).
Amoxicilina é um medicamento que funciona como antimicrobiano agindo contra bactérias causadoras de uma grande lista de infecções, são exemplos dessas infecções: as do trato urinário, pneumonia e amigdalite (16). O fármaco é um antibiótico penicilânico (pertencente ao mesmo grupo da penicilina) que é usado para o tratamento de Streptococcus spp., Listeria monocytogenes, Enterococcus spp., alguns tipos de Escherichia coli, entre outras (17).
Além de fazer parte do grupo da penicilina, a Amoxicilina agirá de forma parecida à ela, a mesma funcionará inibindo a síntese da parede celular das bactérias, mais especificamente na síntese do peptideoglicano, com esse fundamental constituinte danificado a parede celular é enfraquecida resultando na lise do microrganismo. Pelo fato das células humanas não possuírem parede celular, a toxicidade deste fármaco será bem baixa para o paciente (12).
Por fazer parte da classe B-lactâmico, ela será justamente empregada em microrganismos que não produzem Beta-lactamases, que são capazes de invalidar a ação da Amoxicilina mesmo na morte celular das bactérias (18).
É administrado pela via oral, podendo ser encontrados nas formas: de suspensão oral, cápsula e comprimidos revestidos. O tempo de uso vai depender de fatores como grau e tipo de infecção (17). Possui uma ação bactericida considerada rápida, além de uma boa absorção no corpo. Atinge o nível máximo após 1 hora de ingerido. O fármaco consegue se difundir com rapidez em grande parte dos tecidos e fluidos do corpo, ficando de fora o cérebro e o fluido espinhal. Sua excreção é feita pelos rins, no qual ficará presente na composição da urina (18).
Uso incorreto da Amoxicilina
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso racional de antibióticos é muito importante para a população global, estima-se que em 2050, poderá ser contabilizado até 10 milhões de vidas perdidas anualmente no mundo todo e o prejuízo financeiro pode chegar a 100 trilhões de dólares, caso não sejam realizados trabalhos efetivos para a diminuição da resistência bacteriana (19).
Dentre os dias 18 e 24 de novembro de 2021 foi realizado a semana mundial do uso consciente de antibióticos onde foram abordados diversos temas como o uso racional de antibióticos, a prescrição médica, solicitação de exames laboratoriais (hemograma, antibiograma, cultura e outros mais) pelo médico antes da prescrição, constatar a real necessidade do paciente em suas manifestações clínicas como estado febril, secreções purulentas e outros diversos fatores (20).
O uso incorreto dos antibióticos, são os principais contribuintes para o avanço dessa resistência bacteriana. A OMS declara que a Amoxicilina é um dos antibióticos mais utilizados em todo o mundo. O processo de fabricação de novos fármacos contra essas bactérias resistentes tende a ser mais caro, o que dificulta o acesso da população ao uso de tal medicamento (9). O que predomina sobre a população, ainda é a falta de informação visto que existem pessoas que fazem o uso de antibióticos até mesmo para tratar infecções virais como gripe, o que não deveria ocorrer (10).
A falta de informações e a omissão de dados importantes nas prescrições como: dados da composição do fármaco, dosagem terapêutica, apresentação, descrição da dose e vias de administração tendem a contribuir com erros. Em relação à análise de 1.098 prescrições médicas, cerca de 667 delas conteve a falta de dados prescritos sobre a ausência de duração de tratamento totalizando em 61,30%, 209 receitas apresentaram a ausência da via de administração do fármaco totalizando em 19,20%, 113 das prescrições contém a ausência de concentração do fármaco apresentando-se em 10,38%, já a descrição da quantidade de dose está em erro em cerca de 56 prescrições médicas tendo uma porcentagem de 5,15% e as receitas sem a forma farmacêutica são 47, totalizando 4,32%. O percentual ultrapassa o 100%, pois algumas receitas omitiram mais de um dado. Com esses valores altíssimos, encontramos devidas omissões de duração de tratamento pelo costume de indicar apenas o número de caixas ou frasco na prescrição, sendo que cada fabricante difere o volume do antibiótico (ATB), acarretando diversas consequências como: falta de medicação no mercado, descontinuação do tratamento antes do previsto, além de gerar sobras, ou manter a medicação por um período de tempo maior do que o necessário, ocorrendo gasto e toxicidades que poderiam ter sido evitadas (21).
Figura 2 – Percentual das Informações Ausentes nas Prescrições de ATB
Atualmente, no Brasil, o Recibo de Depósito Cooperativo (RDC) n° 20 de 5 de maio de 2011, atualizada com uma nota técnica da Anvisa em 2021, exige que todas as receitas que serão prescritas antibióticos, associados ou não, devem ser realizadas em 2 vias com escrita clara e legível. Dentre essas, dispõe-se de diversos critérios como prescrição, embalagem e controle de qualidade (22).
No caso de antibióticos, é de extrema importância que o paciente tenha conhecimento da duração do tratamento e intervalo correto da administração para que haja a devida eficácia sem a interrupção do tratamento, para que assim também não ocorra a diminuição da concentração plasmática ou até mesmo a ineficácia do fármaco e surgimento de resistência bacteriana(23).
1. Estratégias para a redução do uso indiscriminado dos antibióticos
Avaliando a acessibilidade da automedicação e o uso abusivo do antibiótico pela população, órgãos governamentais e internacionais buscaram medidas preventivas ao ponto de diminuir os efeitos fomentados pelo uso inadequado de antibióticos e incentivando o uso correto (24). Em 26 de outubro de 2010, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicou uma Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), a RDC nº 44 (25), que determinou a dispensação de medicamentos à base de 27 antimicrobianos de venda sob prescrição somente com a presença da receita de controle especial, e retenção também das notas de compra pelas farmácias e drogarias realizando uma mudança na forma de vendas destes estabelecimentos, visto que o livre acesso dos clientes à compra foi limitado. A RDC nº 44 (2010) também designa que cada estabelecimento farmacêutico deve proceder o lançamento dos antimicrobianos comercializados em livros ou em um preenchimento de formulário eletrônico no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) em prazo de 7 dias após a venda. (26, 24, 27).
Em 05 de maio de 2011, a ANVISA publica a RDC nº 20 (ANVISA, 2011) em substituição à RDC nº 44 (25). A RDC nº 20 (2011) aperfeiçoou a anterior. A nova RDC tem como destaque os serviços prestados pelo profissional farmacêutico nas drogarias e farmácias, tanto na rede privada quanto na rede pública. Com esse grande passo, a ANVISA dispõe sobre prescrição, comercialização, além de reconhecer o papel principal que o farmacêutico desempenha sobre a dispensação dos antibióticos (27). A RDC 20/11 é de grande importância, pois impede o acesso livre da compra do antibiótico à população. No Brasil, visto que ainda se tem o livre acesso aos antibióticos, isso prejudica o paciente, tanto na forma do uso impreciso quanto em uma educação que traz o medicamento com um produto de livre acesso e de pouca relevância (28).
1.1. Programas voltados para a educação dos profissionais da saúde e da comunidade
Os fármacos, em especial os antibióticos, são os principais instrumentos para tratamento e melhoria das condições de saúde da população. No entanto quando usado de forma inadequada, o mesmo contribui para o surgimento de muitos efeitos adversos, com grande impacto negativo sobre a saúde da população, esse uso errôneo deve ser minimizado com programas de promoção e educação em saúde, mostrando a relevância do uso adequado dos antibióticos (29). A educação dos profissionais sobre a resistência bacteriana, sobre o conhecimento do perfil de susceptibilidade da mesma, é considerada como uma estratégia de prevenção para o controle da resistência bacteriana. (15). A racionalização quanto a prescrição de antibióticos, é uma das principais estratégias que contribui para o controle da resistência bacteriana. Também é de suma importância para que ocorra a diminuição do consumo de antibióticos e a conscientização comunitária sobre os riscos da prática da automedicação, que haja investimentos destinados a criação de programas voltados para educação populacional quanto ao acesso aos serviços de saúde, destacando medidas básicas de orientação que reduzam o consumo indiscriminado dessa classe de fármacos e esclarecimento quanto ao uso de antimicrobianos quando o tratamento for de real necessidade, sobre a forma correta de seguir a prescrição, a importância de observar os efeitos adversos, o não compartilhamento de medicamentos com amigos e familiares, ainda que os mesmos apresentem sintomas do mesmo tipo de infecção e desabusar a ideia de “efeito milagroso” dos antibióticos. Entidades governamentais e os meios de comunicação são peças-chave na busca pela conscientização nesse processo educacional (30, 15).
1.2 Redução no número de prescrições com antibióticos
A redução da utilização de antibióticos como forma de regressão dos níveis de resistência bacteriana deve surgir efeito satisfatório, uma vez que, o uso exacerbado desses medicamentos está associado diretamente com o aumento dos casos de bactérias resistentes, porém, a adoção dessa prática em serviços de saúde não é nada fácil, porque a sua implantação demanda drásticas modificações nos padrões de prescrições dos profissionais de saúde. Com isso, existem poucos estudos que podem ser utilizados como apoio para o conhecimento (30).
1.3 Desenvolvimento de novos antibióticos
De acordo com a OMS (31), a única maneira de impedir que as pessoas voltem a morrer devido infecções causadas por bactérias que antes eram contidas com o uso de antibióticos e que atualmente, apresentam resistência a esses fármacos, é com a descoberta de novos antibióticos. Porém, devido a indústria farmacêutica considerar o desenvolvimento de novos medicamentos da classe pouco atrativo comercialmente, a mesma tem reduzido os estudos e a produção nas últimas décadas, visto que geralmente o tratamento com essas drogas são períodos curtos de 7 a 10 dias, com isso, é considerado não lucrativo para indústria. Entretanto, é relevante relatar que o surgimento de novos antibióticos deve ser acompanhado da redução de prescrições desnecessárias por parte dos profissionais da saúde, caso contrário, irá progredir o desenvolvimento de resistência por parte dos microrganismos (32, 30, 33, 34).
1.4 Testes de susceptibilidade
O teste de suscetibilidade aos antimicrobianos é uma das provas mais importantes do laboratório de microbiologia clínica, pois avalia a sensibilidade dos microrganismos contra diferentes agentes antimicrobianos. Os resultados destes testes influenciam diretamente na escolha da terapêutica antimicrobiana, e, por isso, a realização do teste sem controle adequado de qualidade poderá determinar o uso de um antimicrobiano inadequado, com consequente falha terapêutica e risco para o paciente (35).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como resultado, temos que as ações mais contribuintes para o avanço da resistência bacteriana são: a prescrição médica errônea, a automedicação e a falta de informação do paciente. Visto a importância do assunto, torna-se necessário o levantamento de atitudes que auxiliem na diminuição da resistência bacteriana, preocupando-se com a população em geral.
Em virtude dos aspectos abordados, é possível notar a necessidade de aumentar ações como a higienização, a minimização do uso incorreto de antibióticos, programas especializados na educação da população e dos profissionais da saúde contendo medidas básicas que reduzam o consumo indiscriminado destes fármacos. Além disso, trabalhar na mitigação das prescrições inadequadas e evidenciar os benefícios dos exames laboratoriais de sensibilidade bacteriana, garantindo assertividade no emprego de antibióticos corretos e quando necessários.
Durante o percurso deste estudo percebemos o quanto estamos expostos a muitos microrganismos causadores de infecções e que o uso de antibióticos é muito comum na sociedade, devemos nos atentar a efetividade, toxicidade e desenvolvimento do fármaco. O avanço da resistência bacteriana é um assunto importante a ser discutido no momento que estamos buscando promover a conscientização das pessoas, investimentos na área de saúde para que as gerações atuais e futuras trabalhem em prol da elaboração de novos fármacos e técnicas eficazes para o combate de microrganismos resistentes.
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1Discentes da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo / SP, Brasil
2Docente da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo / SP, Brasil