RESÍDUOS SÓLIDOS EM VIAS URBANAS: PERIGO PARA VIDA E PARA O MEIO AMBIENTE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7187206


Autor:
Simon Gomes Arruda1


RESUMO

Os efeitos da má gestão dos resíduos sólidos podem levar à poluição do ar, poluição da água, poluição do solo e poluição visual, além disso, dependendo do tipo de resíduo, podem causar doenças na população e prejudicar a saúde das pessoas. Este artigo tem como objetivo demonstrar problemas que o mau gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos pode trazer ao meio ambiente e em especial à saúde humana. Este trabalho é identificado como pesquisa bibliográfica, e um estudo de campo pois envolveu o deslocamento em diversos ambientes a fim de colher material necessário para desenvolvimento desta pesquisa. O acúmulo de resíduo descartado de forma irregular pode gerar a proliferação de pragas e vetores de endemias e colocar em risco a saúde pública. Para minimizar os impactos causados pelos resíduos produzidos, é necessário envolver os cidadãos por meio de programas educativos que enfatizem os bons hábitos e a preservação do meio ambiente.

Palavras-chave: Meio ambiente. Resíduos sólidos. Mitigar danos.

ABSTRACT

The effects of poor solid waste management can lead to air pollution, water pollution, soil pollution and visual pollution, moreover, depending on the type of waste, it can cause diseases in the population and harm people’s health. This paper aims to demonstrate problems that the mismanagement of urban solid waste can bring to the environment and especially to human health. This work is identified as bibliographic research, and a field study because it involved the displacement in various environments in order to collect the necessary material for the development of this research. The accumulation of irregularly discarded waste can generate the proliferation of pests and vectors of endemic diseases and put public health at risk. To minimize the impacts caused by the waste produced, it is necessary to involve citizens by means of educational programs that emphasize good habits and the preservation of the environment.

Keywords: Environment. Solid waste. Mitigate damages.

1. INTRODUÇÃO

Poluição é a introdução de substâncias ou energia de forma acidental ou intencional no meio ambiente, com consequências negativas para os seres vivos. A poluição passou a ser mais intensa a partir da Revolução Industrial que culminou no aumento da industrialização e urbanização.

Atualmente, é considerada um grave problema ambiental. No Brasil, a poluição é enquadrada como crime, através da Lei n.º 6.938/81 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), o qual se ocupa da Política Nacional do Meio Ambiente.

Mais de um bilhão de habitantes na Terra não têm acesso à habitação segura e a serviços básicos, embora todo ser humano tenha direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza. No Brasil, as doenças resultantes da falta ou de um inadequado sistema de saneamento, especialmente em áreas pobres, têm agravado o quadro epidemiológico, desta maneira questiona-se: Quais os problemas que os lixos expostos nas vias públicas podem causar para os indivíduos e para o meio ambiente?

A maioria dos problemas sanitários que afetam a população mundial estão intrinsecamente relacionados com o meio ambiente. Um exemplo disso é a diarreia que, com mais de quatro bilhões de casos por ano, é uma das doenças que mais aflige a humanidade, já que causa 30% das mortes de crianças com menos de um ano de idade. Entre as causas dessa doença destacam-se as condições inadequadas de saneamento.

Este trabalho teve como objetivo demonstrar problemas que o mau gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos pode trazer ao meio ambiente e em especial à saúde humana. E para alcançar esse objetivo traçou-se os seguintes objetivos específicos: realizar um mapeamento dos principais lugares onde o lixo é destinado em vias públicas; analisar os tipos de resíduos são despejados nesses locais; descobrir os riscos em potenciais que os moradores da localidade corre ao expor aos resíduos.

Este estudo se monstra relevante para a comunidade pois com o gerenciamento correto dos resíduos sólidos são evitadas contaminações de solo e água, disseminação de doenças e muitas outras formas de destruição ambiental.

Quanto aos meios de investigação, o trabalho é identificado como pesquisa bibliográfica bem um estudo de campo pois envolveu o deslocamento em diversos ambientes a fim de colher material necessário para desenvolvimento desta pesquisa.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 POLUIÇÃO ELETRÔNICA

A contaminação eletrônica é causada pelo acúmulo de materiais eletrônicos devido ao descarte constante e armazenamento inadequado em locais que não foram tratados de nenhuma forma. Esse tipo de poluição vem crescendo devido ao alto consumo de tais produtos, muitas vezes aliado a facilidades econômicas de aquisição. A superimposição é resultado de inovações tecnológicas cada vez mais aceleradas para atender as mais diversas atividades cotidianas (FERREIRA e FERREIRA, 2008).

Até pouco tempo não existia preocupação com os descartes adequado deste tipo de resíduo, então descartava-os como lixo normal, pois não sabia que tipo de dano eles podem causar. A falta de destinação para esses resíduos se deve principalmente ao fato de os fabricantes não educarem bem os consumidores sobre os perigos do descarte de baterias no meio ambiente, bem como a falta de investimento em atividades de coleta seletiva e a falta de mais lixeiras para descarte. O número de baterias, e uma área adequada para o seu destino (RIBEIRO e BESEN, 2008).

“Destinação ambientalmente adequada: destinação que minimiza os riscos ao meio ambiente e adota procedimentos técnicos de coleta, recebimento, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final de acordo com a legislação ambiental vigente.” (CONAMA, Resolução n° 401/2008, cap. I, art. 2º, inciso IX)

As baterias não representam todo o lixo eletrônico, é apenas uma pequena parte do problema. Os computadores também causam esse tipo de poluição devido ao intenso avanço tecnológico que faz com que os eletrônicos fiquem obsoletos com mais frequência, tendo um curto período de vida. Com isso, cria-se trocas de peças, aumentando a quantidade de lixo eletrônico. Muitas pessoas pensam que esse lixo eletrônico é apenas metal e plástico, porém vai muito mais além que isso, os metais utilizados no processo de fabricação são agentes tóxicos, muitas vezes contaminantes do solo. Essas ligas metálicas contêm cádmio, mercúrio e arsênico, que são responsáveis ​​por problemas ósseos, danos cerebrais e câncer de pulmão, respectivamente (KASPER et al., 2009).

Segundo Ferreira e Ferreira (2008), as placas eletrônicas produzem 22 mg/L de cádmio (Cd) e 133 mg/L de chumbo (Pb) durante a degradação, enquanto os humanos suportam 0,5 mg/L e 5 mg/L, respectivamente, desses elementos. Hoje, 90% desses materiais podem ser reciclados, e deles podem ser extraídas peças, que podem até ser usadas para montar novos equipamentos, e algumas empresas já prestam esses serviços (FERREIRA e FERREIRA, 2008).

Além de serem nocivos ao meio ambiente, poluindo o solo, as sucatas também são extremamente tóxicas para o corpo humano, assumindo que tudo pode ser degradado pelo meio ambiente através da ação do tempo, a desvantagem é que esses materiais levam por exemplo, para um longo período, as pilhas de acordo com Martins (2015) podem levar de 100 a 500 anos para se degradarem totalmente. E durante todo esse tempo e as pilhas ficam poluindo o solo e os humanos que buscam nos lixões meios de sobreviver.

2.2 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)

De acordo com a Norma Brasileira NBR 10004 – Classificação de Resíduos Sólidos de 1987, resíduos sólidos são:

“Resíduos sólidos e semissólidos de atividades industriais, domésticas, hospitalares, comerciais, agrícolas, de serviços e comunidades de origem ampla. Esta definição inclui todos de sistemas de tratamento de água, lodos de equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como certos líquidos cujas peculiaridades impossibilitam ou exigem descarga em redes públicas de esgoto ou corpos d’água. Soluções economicamente inviáveis ​​diante da melhor tecnologia disponível.”

Essa definição mostra claramente a diversidade e complexidade dos resíduos sólidos. Os Resíduos Sólidos Municipais (RSU) incluem os resíduos provenientes de uma ampla gama de atividades realizadas em áreas urbanas densamente povoadas e abrange resíduos de diversas origens, como residencial, comercial, sanitário, industrial, limpeza pública. Dentre os vários RSU gerados, são normalmente encaminhados para a disposição em aterros sob responsabilidade do poder municipal os resíduos de origem domiciliar    ou     aqueles     com     características     similares, como     os comerciais, e os resíduos da limpeza pública.

Os resíduos comerciais podem ser coletados e dispostos em aterros sanitários desde que autorizados pelo órgão responsável do GIRSU. Ressalta-se que a gestão de resíduos de origem não doméstica, como de serviços de saúde ou construção civil, também é de responsabilidade do gerador, observada a legislação específica vigente. A composição dos RSU domésticos é muito diversificada, indo desde resíduos de alimentos, papel, plástico, metal e vidro até componentes perigosos considerados nocivos ao meio ambiente e à saúde pública (ARGÜELLO, 1997).

Existem vários tipos de classificação de resíduos sólidos com base em determinadas características ou propriedades identificadas. A classificação está relacionada à seleção da estratégia de gestão mais viável. A norma NBR 10004 de 1987 trata da classificação dos resíduos sólidos de acordo com a sua periculosidade, ou seja, as características que o resíduo apresenta devido às suas propriedades físicas, químicas ou infecciosas, que podem representar um risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente. De acordo com a sua periculosidade, os resíduos sólidos podem ser divididos em:

  • Classe I – Resíduos Perigosos: São substâncias que possuem uma das seguintes características: inflamáveis, corrosivas, reativas, tóxicas ou patogênicas.
  • Classe II – não inerte – Estes são aqueles que não se enquadram na Classe I ou na Classe III. Os resíduos da classe II podem ter as seguintes propriedades: inflamáveis, biodegradáveis ​​ou solúveis em água.
  • Classe III – Inerte – São aqueles que, pelas suas propriedades inerentes, não apresentam risco à saúde e ao meio ambiente. Além   disso,   quando   amostrados   de   forma representativa, segundo a norma NBR 10007, e submetidos a um contato está- tico ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma NBR 10006, não têm nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, conforme listagem nº 8, constante do Anexo H da NBR 10004, excetuando-se os padrões de especto, cor, turbidez e sabor.

3. METODOLOGIA

Para Gil (2009), a metodologia esclarece as diferentes possibilidades de análise realizadas no estudo em questão. O autor afirma que o desenvolvimento de uma pesquisa engloba várias etapas.

De acordo com Gil (2009), os métodos e procedimento utilizados na pesquisa são: pesquisa bibliográfica (levantamentos teóricos feitos em livros, publicações da internet, documentos conhecidos e em arquivos da empresa), levantamento (realizado através de entrevistas, pesquisas de campo e informações obtidas dentro da organização) e estudo de caso (foi feito um estudo minucioso dos itens de controle).

Neste trabalho a pesquisa foi in loco, onde houve a investigação de lugares onde possuía concentração de lixo exposto em vias públicas, bem como a variedade destes agentes que poderia ser possível agente perigoso para saúde e para o meio ambiente.

A cidade que serviu como objeto de pesquisa encontra-se ao norte do Estado do ES, constituindo um bairro litorâneo da cidade de São Mateus. Sendo uma cidade do litoral, no verão recebe um número grande de turistas que faz com que a geração de lixo seja ainda maior. De acordo com a prefeitura de São Mateus Guriri tem cerca de 30 mil habitantes, sendo que no verão esse número pode até triplicar.

A pesquisa em busca destes elementos deu-se entre os dias 02 maio a 11 de julho de 2022, onde realizou-se a coleta de dados em forma de fotografias para posterior análises.

4. ANÁLISE DE RESULTADOS E DISCUSSÃO

A má gestão, destinação, transporte, descarte e armazenamento incorreto dos resíduos sólidos podem acarretar sérios impactos ambientais e danos à saúde humana. Os efeitos da má gestão dos resíduos sólidos podem levar à poluição do ar, poluição da água, poluição do solo e poluição visual, além disso, dependendo do tipo de resíduo, podem causar doenças na população e prejudicar a saúde das pessoas. No desenvolvimento desta pesquisa, tanto os humanos quanto o meio ambiente enfrentaram diversos cenários de risco. A Figura 1 mostra o descarte de um colchão feito em uma via pública junto com vários outros resíduos.

Imagem 1 – Lixo encontrado em via urbana

Fonte: Arquivo próprio, 2022

O lixo é lançado de forma irregular ao ar livre, sem as medidas de proteção necessárias, causam principalmente um odor desagradável, moscas, roedores e baratas que se multiplicam, trazendo grande desconforto aos moradores locais e causando muitos danos à saúde.

O ciclo reprodutivo das moscas é de 12 dias, pondo cerca de 120 a 150 ovos por dia, responsável pela transmissão de cem espécies de bactérias patogênicas; roedores transmitem doenças como leptospirose e Salmonelose, enquanto uma única fêmea produz 98 novos camundongos em apenas um ano de vida; as baratas, por sua vez, se reproduzem de forma exagerada, pois em apenas um ano e meio, as baratas geraram 1.300 novas baratas, espalhando doenças como o vírus da poliomielite e as bactérias intestinais (LEME, 1996).

A Figura 2 é uma clara demonstração do que o lixo pode atrair

Imagem 2: Lixo doméstico exposto em vias públicas

Fonte: Arquivo próprio, 2022

Outro efeito é a poluição visual. Resíduos descartados em locais impróprios, como lixões a céu aberto, vias públicas, matas ou encostas, criam um cenário desagradável. Esses resíduos são responsáveis ​​pela degradação urbana. O acúmulo de lixos orgânicos causa um aumento no número de urubus nas regiões, estes em busca de alimento acabam rasgando sacolas de lixos, deixando-os expostos. Contudo de acordo com Aur (2018), os urubus têm um papel vital na natureza, ajudando na manutenção e limpeza do meio ambiente, eliminando até 95% das carcaças e ossos dos animais. Dessa forma, eles ajudam a evitar a propagação de doenças e evitam que a carne das carcaças dos animais apodreça, evitando assim a multiplicação de microrganismos que podem contaminar e adoecer os organismos.

Os urubus são necessários para o meio ambiente pois é por meio deles que o antraz não é propagado, sendo uma doença infecciosa grave causada pela bactéria Bacillus anthracis. Devido a busca dos urubus por matéria em decomposição essa doença não se espalha, impedindo que os humanos se infectem ao tocar ou contaminar o ambiente com carcaças infectadas (AUR, 2018). Ainda assim tanto o acúmulo de lixos quanto a proliferação de urubus em vias urbanas não são uma visão agradável, especialmente para os moradores locais. A Figura 3 mostra outra demonstração de lixo nas vias urbanas.

Imagem 3 – Lixos em lotes baldios e calçadas

Fonte: Arquivo próprio, 2022

A poluição do solo é outra consequência da má gestão de resíduos. Inclui qualquer alteração na natureza ou composição do terreno devido ao contato com produtos e resíduos químicos (principalmente da construção civil). Esse tipo de poluição é perigoso porque torna o solo inútil e infértil, além dos riscos à saúde humana, animal e vegetal.

A destinação de lixo e artigos diversos irregulares trazem transtornos à saúde das massas, principalmente no período chuvoso, o que traz muita carga de trabalho para a gestão municipal e segurança urbana. Não descartar lixos em vias públicas é um meio de aumentar a segurança dos cidadãos, melhorar a qualidade de vida, proteger o meio ambiente e contribuir para cidades mais limpas (LIMA, 2015).

Imagem 4 – Descartes de materiais de construção civil

Fonte: Arquivo próprio, 2022

De acordo com a Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), resíduos sólidos da construção civil (RSCC) são os resíduos provenientes da construção, reforma, reparo e demolição de obras, bem como do preparo e escavação do terreno, tais como: tijolos, Blocos cerâmicos, concreto em geral, solo, rocha, metal, resina, cola, tinta, madeira e compensado, forro, argamassa, estuque, telha, pavimento asfáltico, vidro, plástico, tubos, fios etc. entulho, calcário ou estilhaços.

A poluição é causada principalmente pelo acúmulo de resíduos em áreas de disposição irregular. Por exemplo, a poluição do solo pode representar uma séria ameaça à saúde pública, alterando suas propriedades físico-químicas, tornando o ambiente propício ao desenvolvimento de disseminadores de doenças. A deposição desses resíduos perigosos no solo e nos vegetais não só reduz os rendimentos agrícolas, mas também danifica plantas e animais. O acúmulo de resíduos descartados irregularmente pode levar à disseminação de pragas e vetores endêmicos e colocar em risco a saúde pública.

4.1 REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR

Conscientização individual e gestão de questões ambientais como o desperdício é fundamental porque a questão do engajamento cívico sendo uma das maneiras de incentivar os indivíduos a se envolver em um comportamento de contribuição e de sustentabilidade dos processos de gestão de resíduos. Ademais práticas que promovem a reutilização e reciclagem de resíduos domésticos podem ter impacto Redução considerável na geração de resíduos (PANDEY, SURJAN & KAPSHE, 2018).

Para minimizar os impactos causados pelos resíduos produzidos, é necessário envolver os cidadãos por meio de programas educativos que enfatizem os bons hábitos e a preservação do meio ambiente. Todos nós produzimos lixo, logo fazemos parte desse problema, mas podemos também fazer parte da solução, utilizando os 3 Rs: reduzir o necessário; reutilizar o máximo possível; estimular a reciclagem.

Os benefícios de se aderir aos 3R’s são muitos, podendo ser destacado alguns como:

  • Menos resíduos: A redução na geração de resíduos aumenta a vida útil dos aterros sanitários, pois reduz o volume de resíduos dispostos em aterros. Também reduz o custo de coleta para os municípios porque menos resíduos precisam ser coletados (FERREIRA, 2019);
  • Menor exploração de recursos naturais: Demanda por produtos mais duráveis, consumo mais racional, compartilhamento de materiais (equipamentos, jornais, livros etc.) com outros, menor exploração do uso de recursos naturais renováveis ​​e não renováveis. Essas práticas não implicam em diminuição da qualidade de vida, pelo contrário, a tendência é melhorar a qualidade de vida (FERREIRA, 2019);
  • Consumo de energia reduzido: gasta-se menos dinheiro para reciclagem em comparação com a fabricação de produtos a partir de matérias-primas não recicladas; reduzir a poluição do ar, da água e do solo: reduzir a propagação de doenças e a contaminação dos alimentos; geração de empregos: Oportunidades de fortalecer organizações comunitárias, gerar renda com a venda de recicláveis ​​e implementar empregos gerados pela indústria da reciclagem (FERREIRA, 2019).

5. CONCLUSÃO

Todos os produtos consumidos utilizam recursos naturais, tanto como matéria-prima quanto em sua produção, que muitas vezes dependem de água e energia. Portanto, as escolhas devem ser repensadas para não colocar em risco a vida das gerações futuras. É preciso perceber que as escolhas que os indivíduos fazem têm impacto no meio ambiente e na qualidade de vida de todos os habitantes do planeta. Cabe a cada indivíduo reduzir a quantidade de resíduos e destinar adequadamente os resíduos gerados.

Desta forma ao desenvolver este trabalho conclui-se que os objetivos traçados foram alcançados pois foi possível realizar um mapeamento dos principais lugares onde o lixo é despejado, foi possível analisar os tipos de lixos que são descartados, pois percebeu-se que nas vias públicas encontrava-se lixos de todas as formas, químicos, biológicos altamente perigoso para saúde humana.

Portanto é importante que o todos estejam envoltos nessa problemática para reduzir o despejo do lixo nas vias urbanas, pois é imprescindível cuidar bem do meio ambiente. E por fim diante da situação encontrada ao desenvolver este trabalho recomenda-se um programa eficaz de educação ambiental, fiscalização mais atuante e rigorosa do poder municipal e o plano de resíduos sólidos.

REFERÊNCIAS

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1Engenheiro de Produção, Especialista em Engenharia Ambiental e Sanitária, professor do eixo tecnológico do Ensino Médio.
E-mail: simon.gbatista@educador.edu.es.gov.br