SAÚDE DO IDOSO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7145419


Autoria de:
Bepkamrek Kayapo
Carlos Antônio Gomes Branquinho
Lucas Germano Mendes


RESUMO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o seu impacto na vida das pessoas, está finalmente a sedimentar o merecido reconhecimento, quer como evento agudo quer como uma doença crónica. O interesse repentino no status do AVC deve-se ao impacto que esta entidade clínica gera no indivíduo, na sua família, nos serviços de saúde e na própria sociedade. A preocupação investigativa do presente estudo surge exatamente pela inquietação que a doença vascular cerebral representa em si mesma, não apenas pela panóplia de consequências negativas geradas no doente, como também pelo encargo que traz aos seus cuidadores.

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, Pressão Intracraniana, Edema Cerebral, Família Cuidadora.

ABSTRACT

The Cerebral Vascular Accident (CVA) and its impact on people’s lives, is finally consolidating the deserved recognition, both as an acute event and as a chronic disease. The sudden interest in the status of stroke is due to the impact that this clinical entity generates on the individual, on his family, on health services and on society itself. The investigative concern of the present study arises precisely from the concern that cerebrovascular disease represents in itself, not only because of the range of negative consequences generated in the patient, but also because of the burden it brings to their caregivers.

Keywords: Stroke, Intracranial Pressure, Cerebral Edema, Family Caregiver.

INTRODUÇÃO

O acidente vascular encefálico (AVE) também conhecido como acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame cerebral e a interrupção brusca do fluxo sanguíneo para alguma região do cérebro, o que causa sintomas como paralisia de parte do corpo dificuldade para falar, desmaio, vertigem e cefaleia dependendo do local.

Os pacientes acometidos por AVE hemorrágico ou isquêmico são surpreendidos pelo acometimento que as cólicas frente a frente com o inesperado, trazendo uma forma de vida completamente oposta ao que se vivia. Gerando assim sentimentos que vão desde a revolta, culpa, depressão. Situação essa que constitui muitas vezes em sua suma maioria uma grande tensão familiar.

Um fator muito importante e que a família cuidadora não pode ser chamada somente no final do processo, quando o médico infirma que o paciente está pronto para ter alta hospitalar, pois ninguém se sente seguro para levar seu doente com certo grau de dependência para casa sem ter as informações corretas o objetivo principal deste estudo e ficar e descrever a cont5ribuiçao do AVE para a passagem independente para um estado dependente ou morte de pacientes idosos que sofrem com essa doença ao longo da vida e identificar os fatos mas relevantes que determinam.

Outro ponto importante é a doença por coronavírus (COVID-19) é uma doença infeciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2.

A maioria das pessoas que contraem a COVID-19 tem sintomas ligeiros a moderados e recupera sem necessitar de tratamento especial. No entanto, algumas ficam gravemente doentes e necessitam de assistência médica.

Inicialmente considerada uma doença do sistema respiratório, atualmente está claro que a COVID-19 afeta múltiplos órgãos, incluindo o sistema nervoso. É crescente o número de manifestações neurológicas da infecção por SARS-CoV-2, que pode afetar tanto o sistema nervoso central (SNC), como encefalopatias e acidentes vasculares, quanto o sistema nervoso periférico, como disfunções do paladar e olfato, a síndrome de Guillain-Barre, e suas variantes. Diversos mecanismos podem explicar as manifestações neurológicas da COVID-19, incluindo o estado hiperinflamatório sistêmico e a hipercoagulação disseminada, a infecção direta do SNC (raro) e processos imunológicos pós-infecciosos.

OBJETIVO

A presente pesquisa se propõe a identificar o AVC assim como mostrar os fatores que mais desencadeiam essa doença na população e que é a segunda maior causa de morte no Brasil ficando atrás apenas das doenças coronarianas e a relação do mesmo com a COVID-19.

DESENVOLVIMENTO

O AVC E Os Cuidados:

A partir dos anos 60, podemos verificar um aumento significativo das doenças crônicas degenerativas, principalmente as cerebrovasculares que constituem a terceira causa de morte no mundo precedidas pelas cardiopatias em geral e o câncer (PERLINI, 2005).

O acidente vascular cerebral (AVC) está integrado a categoria das doenças cerebrovasculares é caracterizado pelo início agudo de um déficit neurológico.

O AVC é uma das doenças graves do brasil, gerador de incapacidade crônicas, com perda da independência, e muitas vezes da autonomia, o que pressupõe as necessidades de algum que auxilia o paciente nas suas dificuldades e desempenho das suas atividades diárias.

O conforto diário das famílias com a realidade do momento posterior ao AVC faz com que sejam buscadas alternativas para atender algumas necessidades emergenciais aceitação e a adaptação e a adaptação esta mera situação de saúde lhe exige um esforço muito grande devido ao ato de ter que vencer os obstáculos psicológicos que sua hospitalização acarreta.

A hospitalização e uma fase do processo em que a família para a enfrentar a realidade movida pela crença de que infirmada pelo médico sobre os tipos de recuperação. Ainda assim, a família se mostra disposta a estar com o doente, seja qual for a situação (BOCCHJ, 2001).

Tanto os familiares como o cuidador têm direito de saber exatamente quais são os profissionais que se responsabilizarão pelo atendimento ao paciente é necessário que esses exerçam efetivamente essa responsabilidade (BRASIL, 207).

Entenda que a participação de um familiar nos cuidados dentro do hospital é de fundamental importância para o reestabelecimento do paciente o que e assegurado pelo (MINISTERIO DA SAUDE).

A permanência de um acompanhante durante a internação contribui para um cuidado humanizado, onde o sujeito de meros cuidado sinta-se protegidos, seguros e mais perto de verificar-se que a relação entre a equipe multiprofissional e a família cuidadora pode ser cercada de cansaço, nervosismo, ansiedade com isso interferindo na compreensão do diagnóstico. Observa se que os profissionais de saúde têm a obrigação de postar informações e orientações necessárias a família cuidadora para que essa possa dar continuidade ao cuidado do paciente que está dependendo de atendimento das prescrições medicas e procedimento terapêuticos, o que ocasiona em muitos casos um tratamento incorreto ou abandono do mesmo acarretando em uma nova internação.

Por tanto a comunicação entre a equipe multiprofissional o acompanhamento e a família aparecem como elemento essencial para a participação nos cuidados compreendendo as orientações fornecidas.

Tipos de acidente vascular cerebral pode ser devido ao AVC em dois grupos sistêmicos: O acidente vascular isquêmico, corresponde a 80% dos AVC, que baseia-se na oclusão de um vaso sanguíneo impossibilitando que o fluxo de sangue alcance uma parte especifica do cérebro, já o acidente vascular hemorrágico e estimado associado a outros fatores complicadores, entre os quais podemos citar pressão intracraniana e o edema cerebral (GAGLIARD,210).

De acordo com Radiometria (2000) o termo acidente vascular cerebral é usado para designar o déficit neurológico (transitório ou definido) em uma arva cerebral secundaria a lesão vascular, e representa um grupo de doenças com manifestação clinicas semelhantes mas que possuem etiologias diversas.

  • AVC hemorrágico (AVCH) compreende a hemorragia subcracmoidea em geral decorrente da ruptura de aneurisma saculares congênitos localizados nas artérias do poligomos de willis e a hemorragia intraparenquimatosa, cujo mecanismo causal básico e a degeneração hialina de artéria intraparenquimatosa cerebrais, tendo como principal doença associada a, hipertensão hartérial sistomica (h.a.S).
  • AVC isquêmico (AVC) descreve o déficit neurológico resultante da insuficiência de suprimentos sanguíneo cerebral, podendo ser temporário (episódio isquêmico temporário), ou permanente, e tendo como principais fatores de risco a h.a.s, as cardiopatias e a diabete mellitos.

Fatores associados ao AVC

Os fatores relacionados aos AVC são os mais diversos possíveis. Assim pode ser aponta o tabagismo, as doenças cardíacas, diabetes, hiperlipidemia, álcool, pílulas, anticoncepcionais, distúrbios da coagulação, as doenças inflamatórias e imunológicas, bem como o uso de drogas. No entanto o principal fator apontado por especialistas em geral e a hipertensão arterial, desse modo GAGLIARD (2010) considera que:

A hipertensão arterial (HA) e o principal fator de risco modificável para as doenças cerebrovasculares (DCV) principalmente pro AVC. Cerca de 80% dos acvs estão relacionados a HA que pode causar todo tipo de AVC, como infarto, hemorragia, grande avcs e as demências vasculares. A detecção e o controle da pressão arterial e um ponto básico e fundamental de qualquer programa de produção de avc, devendo ser esse o maior foco.

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o principal fator de risco preditivo para AVC, pois está presente em cerca de 70% dos casos de DCV. Cardiopatias são consideradas o segundo fator de risco mais importante para ACV, (cuja frequência e 41,9% para AVCi, contra 2% para ACV hemorrágico). Fibrilação atrial crônica (FA) e a doença cardíaca mais associada com ACV, representando cerca de 22% destes casos. Diabetes melito (DM) e fator de risco independente para a DVC, uma vez que acelera o processo aterosclerótico. Cerca de 23% de pacientes com AVCi são diabéticos.

A Hipertensão arterial e o acidente vascular cerebral

A Hipertensão arterial sistêmica-HAS configura-se como um importante problema de saúde pública no brasil e no mundo. Estimativas indicam que sua prevalência está ascendente e seu impacto nas populações será ainda mais danoso nos próximos anos (GAGLIARD,2010). Boing e Boing (2007) relatam que a HAS e um dos agravos crônicos mais comuns e com repercussões clinicas mais graves.

Estima-se que, em todo o mundo, 7,1 milhões de pessoas morram anualmente por causa de pressão sanguínea elevada e que 4,5% da carga de doença no mundo seja causada pela HAS. Entre as principais complicações da HAS, estão o infarto agudo do miocárdio (IAM).

Fatores associados ao acidente vascular cerebral

Os fatore relacionados aos AVCs são os mais diversos possíveis. Assim, pode-se apontar o tabagismo, as doenças cardíacas, diabetes, hiperlipidemia, álcool, pílulas anticoncepcionais, distúrbios da coagulação, as doenças inflamatórias e cerebral (AVC) e a insuficiência renal crônica (IRC). No brasil, as doenças do aparelho circulatório são as principais causas de óbitos já há algumas décadas. Quanto a hipertensão, estudos de base populacional apontam prevalência nas cidades brasileiras variando entre 22% e 44% (adotando-se como critério pressão 140/90 mmHg).

De acordo com VIGITEL- vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (2009), 25% de adultos de idade maior ou igual a 18 anos referem diagnostico medico de hipertensão arterial.

Faixa etária acometida

As DCV incidem com maior frequência na idade avançada, período de vida em que se observa as maiores taxas de óbito e sequelas. O doente idoso, comparado ao doente jovem, possui alguma característica própria em relação a etiologia e prevenção destas doenças.

No Brasil, a distribuição dos óbitos por doenças do aparelho circulatório vem apresentando crescente importância entre adultos e jovens, já a parti dos 20 anos, assumindo o patamar de primeira causa de óbito na faixa dos 40 anos e predominando nas faixas etárias subsequentes. A mortalidade nas capitais e em regiões metropolitanas e maior que a da população da américa do norte, onde vem declinando nos últimos 30 anos.

Diagnóstico do AVC

A avaliação diagnóstica torna-se um elemento primordial, uma vez que tal avaliação possibilita um trabalho clinico mais consistente. Assim, são analisados o conjunto de sinais e sintomas apresentados pelo paciente (critério clinico) como são utilizados métodos específicos como ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia, angiografia e tomografia computadorizada (diagnostico radiológico).

Para o mesmo autor, os principais sintomas podem ser: cefaleia, vertigem, rebaixamento do nível de consciência, alienação visual, disfasia, paresia, convulsão, náusea e vomito, perda de coordenação, tremor, dispneia, mal-estar, epigástrico, agitação psico-motora, disfasia ou liberação esfincteriana.

Em estudo realizado por Radanovic (2000), foi constatado que 19% dos pacientes não realizaram TC de crânio, sendo o diagnostico atribuído com base apenas em critério clinico. Tal fato certamente tem impacto negativo sobre o tratamento do AVC na fase aguda, bem como sobre a possibilidade de orientar adequadamente o paciente.

Tratamento do AVC

Várias modalidades terapêuticas tem sido preconizadas, todas objetivando minimizar o grau de lesão neuronal que ocorre após uma oclusão ou sangramento arterial. As intervenções objetivam o fluxo sanguíneo (farmacológicas e cirúrgicas), melhorar o metabolismo neural (drogas neuroprotetoras, uso de agentes anestésicos) e controla a hipertensão intracraniana. Além disso, um intenso esforço de novos eventos, também através da terapêutica medicamentosa ou intervenção cirúrgica precoce (ENDARTERECTOMIAS) nos pacientes de alto risco (radanovic, 2000).

Em nosso meio, constatamos que, mesmo sabendo-se portado de doença hipertensiva e ainda após a primeira hospitalização por AVC, muitos pacientes continuavam sem um controle adequado da hipertensão arterial. Fato que pode determinar a ocorrência de novos episódios de AVC, de aumento do potencial de instalações de incapacidades, além do aumento da lentidão (falcão, 2004).

Segundo Gagliard (2010), o AVC pode ser tratado através de 3 estágios: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral.

O tratamento preventivo abarca a identidade e o controle dos fatores de risco. Assim, a avaliação e o acompanhamento neurológico adequado são artifícios do tratamento preventivo. Desse modo, o domínio da hipertensão, da idade, a interrupção do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidência de acidentes vasculares cerebrais também trazem benefícios.

O tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico, por sua vez, incide sobre a utilização de terapias antitrombóticas que tentam interromper o acidente vascular cerebral quando ele está acontecendo, mediante a ligeira dissolução do coagulo que está original a isquemia. Portanto, a possibilidade de recobramento aumenta quanto mais rápido for a ação terapêutica neste caso. Em alguns casos selecionados pode ser usada a endarterectomia de carótida. Desse modo, o acidente vascular cerebral em desenvolvimento compõe emergência médica, devendo ser tratado rapidamente em ambiente hospitalar.

Por fim, tem-se o ultimo estagio de tratamento do avc. Dessa maneira, reabilitação pós acidente vascular cerebral auxilia o indivíduo a suplanta os problemas resultantes dos danos causados pela lesão. Assim, o uso de terapia antitrombótica e importante para evita recorrência. Além disso, deve-se controlar o uso de terapia antitrombótica e importante em pacientes acamados (pneumonia, tromboembolismo, infecção, ulcera de pele) onde a instituição de fisioterapia e a terapia ocupacional previne e tem papel na recuperação.

De acordo com Falcão (2004), o fato de uma pessoa ter conhecimento de ser hipertenso e receber medicação não e o bastante para preveni suas consequência, uma vez que, de acordo com estudo realizado pelos autores, poucos pacientes (apenas 20%) associavam hipertensão e avc, demonstrando um conhecimento menor que o desejável. O estudo mostra ainda que o diagnóstica e trata o avc agudo não significa diagnóstica e tratar as incapacidades resultantes, que se o diagnóstico e o tratamento são apenas da doença, a assistência pode não ser suficiente para que o indivíduo volte a ingeri normalmente com o seu meio e a incluir-se socialmente.

Prejuízos/ danos decorrentes do AVC

Lesões em decorrência do AVC podem ocasionar danos motores e prejuízos cognitivos de memória, incapacidade para abstrair e para planejar, déficits na organização temporoespacial e na linguagem, bem como nas funções executivas (FEs), no comportamento, e na emoção.

AVC e a COVID – 19

Inicialmente considerada uma doença do sistema respiratório, atualmente está claro que a COVID-19 afeta múltiplos órgãos, incluindo o sistema nervoso. É crescente o número de manifestações neurológicas da infecção por SARS-CoV-2, que pode afetar tanto o sistema nervoso central (SNC), como encefalopatias e acidentes vasculares, quanto o sistema nervoso periférico, como disfunções do paladar e olfato, a síndrome de Guillain-Barre, e suas variantes. Diversos mecanismos podem explicar as manifestações neurológicas da COVID-19, incluindo o estado hiperinflamatório sistêmico e a hipercoagulação disseminada, a infecção direta do SNC (raro) e processos imunológicos pós-infecciosos.

Os estudos disponíveis até o momento mostram que a encefalopatia é a manifestação neurológica mais comum na COVID-19, mais presente em pacientes graves, com comorbidades e disfunções de múltiplos órgãos – hipoxemia, disfunção hepática e renal – e com elevação de marcadores de inflamação sistêmica. Entretanto, nestes pacientes o vírus SARS-CoV-2 não foi detectado no líquido cefalorraquidiano. A segunda manifestação neurológica mais comum da COVID-19 é o acidente vascular cerebral (AVC). Os primeiros casos de AVC eram pacientes mais velhos, que já tinham feito AVC isquêmico anteriormente, tinham comorbidades e marcadores inflamatórios elevados. Entretanto, relatos mais recentes descrevem episódios isquêmicos em pacientes mais jovens. Curiosamente, alguns desses pacientes não apresentavam fatores de risco clássicos para AVC, e alguns nem mesmo tinham desenvolvido os sintomas graves da COVID-19 antes do AVC. Porém, todos os pacientes apresentaram estado de hipercoagulabilidade e coagulação intravascular disseminada.

Há muitos casos de pacientes com características inflamatórias compatíveis com encefalite viral associada a COVID-19, como infiltrado de leucócitos e aumento de proteínas no líquido cefalorraquidiano, mas sem detecção da presença do vírus no SNC. Os estudos sugerem que a encefalite na COVID-19 pode ocorrer sem a infecção direta do SNC e apontam para mecanismos inflamatórios mediados pela resposta imune tardia. Complicações pós-infecciosas, mediadas pela resposta imunológica ao SARS-CoV-2, já foram reportadas, sendo a mais comum a síndrome de Guillain-Barre. Casos raros de encefalopatia necrosante aguda e encefalomielite disseminada aguda também já foram reportados na COVID-19.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O comportamento do SARS-CoV-2 a longo prazo é um enigma preocupante. Além disso, apesar do impacto do SARS-CoV-2 nos pulmões ser precedente e assustador, impactos permanentes no sistema nervoso podem ser ainda maiores e incapacitantes (HESS; ELDAHSHAN; RUTKOWSKI, 2020).

Considerando que a pandemia pelo novo coronavírus terá impactos significativos e ainda não completamente dimensionados sobre a saúde pública, faz com que estudos voltados para esta área sejam de grande valia por se tratar de uma doença ainda pouco conhecida. As lacunas de informação e conhecimento ainda são muito amplos como: taxas de letalidade, potencial de transmissão, tratamento, existência de outros efeitos ou sequelas dos infectados, todas essas informações ainda são de caráter preliminares.

Por outro lado, apesar da recente associação entre o COVID-19 e o AVC, existe um campo bastante maduro para discussão, pois, avanços tão acelerados sobre o COVID19 no Brasil e nos demais países do mundo, só foram possíveis graças ao conhecimento acumulado nos últimos anos com projetos de pesquisas dedicados ao Sars (SARS-CoV1) e ao MERS-CoV, vírus da mesma família do causador do COVID-19.

O novo coronavírus (SARS-CoV-2) além dos riscos pulmonares, também é capaz de causar danos neurológicos. Assim, Markus e Brainin (2020) e Trejo-Gabriel-Galán (2020) sugerem que a infecção pelo novo coronavírus é um fator de risco para o Acidente Vascular Cerebral. Neste contexto, aparece o AVC em meio a pandemia pelo novo coronavírus bem como fica confirmado que o COVID-19 pode deixar sequelas neurológicas de longo prazo, impactando a saúde pública do país.

Em suma, mediante a essa revisão, observa-se que apesar de importante, o AVC é um fator de risco para mortalidade. Pesquisas recomendam que os pacientes com COVID-19 devem ser frequentemente examinados para AVC, uma vez que existe a possibilidade de que esta patologia seja de fato uma complicação por COVID-19. Estudos são conduzidos a fim de descrever protocolos de monitoramento como biomarcadores que poderão auxiliar o clínico nesses casos. Entretanto a fisiopatologia ainda não está bem estabelecida, relacionada principalmente a hipercoagulabilidade.

CONCLUSÃO

Em meios aos estudos nessa pesquisa referente ao AVC foi possível concluir que o mesmo se trata de uma patologia acomete cada vez mais pessoas e que com a intervenção da fisioterapia é possível melhorar e desenvolver a qualidade de vida do paciente.

No final de 2019, os primeiros casos de COVID-19 surgiram. Trata-se de um vírus de RNA fita simples nomeado SARS-CoV-2, possuindo afinidade pelo sistema respiratório. Contudo, artigos publicados recentemente mostraram que o novo coronavírus também é capaz de atacar o Sistema Nervoso Central (SNC) podendo ocasionar em outras doenças, como o Acidente Vascular Cerebral, que pode ocorrer através de uma ruptura de um vaso sanguíneo localizado no cérebro, ou pela oclusão do fluxo sanguíneo para o cérebro. Embora seja um assunto bastante atual e promissor para todas as áreas da saúde, pois se trata de uma doença em que os tratamentos são insuficientes e o tempo para cura ainda não foi bem estabelecido, e principalmente diante do cenário atual em que todos estamos vivendo, foi possível observar com esta revisão bibliográfica que estudos à respeito da relação entre o Acidente Vascular Cerebral e o COVID-19 ainda são escassos, sendo assim, fica evidente a necessidade de um aprofundamento maior sobre o assunto

REFERENCIAS

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Falcão, I. V. et al. Acidente Vascular Cerebral. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil V.4 nº1. Recife jan/março 2004.

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