A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO NA PREVENÇÃO À SAÚDE DOS TRABALHADORES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7117141


Autor:
Adib da Silva Rocha1
Orientadora:
Iara Maria Pires Perez2


RESUMO

Este artigo tem como tema a importância da enfermagem do trabalho na prevenção à saúde dos trabalhadores no ambiente de uma empresa, tendo como área de concentração: enfermagem do trabalho. Assim, o questionamento que se responder come esta pesquisa é: de que forma a enfermagem do trabalho contribui para prevenção de doenças no ambiente do trabalho? Deste modo, se tem como hipótese, que a enfermagem do trabalho pode influenciar de forma ampla, abordando temas que trará impacto ao trabalhador, e oferecendo conhecimentos para mudanças de hábitos de vida para um bem-estar melhor. Como objetivo geral, este trabalho quer contribuir não apenas, para a qualidade de vida do trabalhador, mas principalmente, atuando na orientação quanto à prevenção de doenças ocupacionais ou não, prestando assistência de enfermagem aos trabalhadores doentes e acidentados, visando sempre o bem-estar físico e mental e como objetivos específicos: realizar o monitoramento dos exames ocupacionais, admissional, periódicos, retorno ao trabalho, mudança setorial e demissional, com integração com o objetivo de repassar aos trabalhadores os riscos ocupacionais existentes e as formas de proteção para evitar surgimento ou agravamento das doenças ocupacionais ou não ocupacionais e realizar ações de saúde com o objetivo de monitorar e zelar da saúde dos trabalhadores e dos riscos ocupacionais existentes no ambiente do trabalho. Como metodologia este estudo foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, através das seguintes bases de dados: Scielo, Normas Regulamentadoras 04 e 32 e também com a inclusão de artigos publicados entre 2000 até 2022. Conclui-se que, a enfermagem do trabalho se caracteriza como uma especialidade que vem se consolidando, a partir do final do século, como uma das principais profissões existentes que diariamente vem conquistando o seu espaço nas organizações e se tornando essencial para à saúde do trabalhador.

Palavras-chave: Enfermagem do trabalho. Saúde. Trabalhador. Empresa.

ABSTRACT

This article has as its theme the importance of occupational nursing in the prevention of workers’ health in the environment of a company, having as its area of concentration: occupational nursing. Thus, the question to be answered with this research is: how does occupational nursing contribute to the prevention of diseases in the work environment? In this way, it is hypothesized that occupational nursing can influence widely, addressing topics that will impact the worker, and offering knowledge for changes in life habits for better well-being. As a general objective, this work wants to contribute not only to the worker’s quality of life, but mainly, acting in the orientation regarding the prevention of occupational diseases or not, providing nursing care to sick and injured workers, always aiming at the well-being. physical and mental and as specific objectives: to carry out the monitoring of occupational, admission, periodic, return to work, sectorial change and dismissal, with integration with the objective of passing on to workers the existing occupational risks and the forms of protection to avoid the emergence or aggravation of occupational or non-occupational diseases and carry out health actions with the objective of monitoring and ensuring the health of workers and the occupational risks existing in the work environment. As a methodology, this study was carried out through an exploratory bibliographic research, through the following databases: Scielo, Norma Regulamentadoras 04 and 32 and also with the inclusion of articles published between 2000 and 2022. work is characterized as a specialty that has been consolidating itself, from the end of the century, as one of the main existing professions that daily has been conquering its space in organizations and becoming essential for the health of the worker.

Keywords: Occupational nursing. Health. Worker. Company.

1. INTRODUÇÃO

Este artigo tem como tema a importância da enfermagem do trabalho na prevenção à saúde dos trabalhadores, no ambiente de uma empresa, tendo como área de concentração: a enfermagem do trabalho. Assim, o questionamento que se quer responder com esta pesquisa é: de que forma a enfermagem do trabalho contribui para à prevenção de doenças no ambiente de trabalho? Deste modo, se tem como hipótese, que a enfermagem do trabalho pode influenciar de forma ampla, abordando temas que trará impacto ao trabalhador, e oferecendo conhecimentos para mudanças de hábitos de vida que possam influenciar sobre a melhoria da saúde física e mental. Com tudo isso, este trabalho se justifica em analisar que as empresas devem seguir a Norma Regulamentadoras 04, que estabelece diante do nível de risco das empresas a quantidade de vida dos funcionários, abordando a necessidade de a empresa ter em seu quadro, o Serviço Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), diante da necessidade em atender a legislação sendo norma do Ministério do Trabalho esTa modalidade é umas das áreas que tem mais crescido em importância.

De modo particular, a enfermagem do trabalho caracteriza como uma especialidade que vem se consolidando, a partir do final do século, como uma das principais profissões existentes, que diariamente vem conquistando seu espaço nas organizações. Neste contexto, esta faz parte do quadro de colaboradores da empresa, atuando de forma direta a contribuir não apenas para a qualidade de vida do trabalhador, mas principalmente, na orientação quanto à prevenção de doenças ocupacionais ou não, prestando assistência de enfermagem aos trabalhadores doentes e acidentados, visando sempre o bem-estar físico e mental, como também, gerenciando a assistência, sendo o responsável técnico pelas ações voltados ao setor.

Nesse contexto a enfermagem vem atuando em prevenções a saúde com temas voltados a ergonomia visando um melhor desempenho dos trabalhadores com o intuito de evitar lesões que possam comprometer o colaborador. Temas voltados a doenças e medidas protetivas de saúde e segurança evitando a proliferação de doenças através de medidas eficazes, para à contenção de doenças entre os trabalhadores.

Diante de tudo exposto este trabalho tem o objetivo de contribuir, não apenas para a qualidade de vida do trabalhador, mas principalmente, atuando na orientação quanto à prevenção de doenças ocupacionais, prestando assistência de enfermagem aos trabalhadores doentes e acidentados, visando sempre o bem-estar físico e mental e como objetivos específicos: realizar o monitoramento dos trabalhadores, repassar aos trabalhadores os riscos ocupacionais existentes e as formas de proteção para evitar o surgimento ou agravamento das doenças ocupacionais ou não ocupacionais e realizar ações de saúde com o objetivo de monitorar e zelar da saúde dos trabalhadores e dos riscos ocupacionais existentes no ambiente do trabalho.

2. METODOLOGIA

Como metodologia este estudo foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório. A pesquisa bibliográfica é aquela que procura explicar um problema através de referências teóricas já publicadas em teses, dissertações, artigos e livros, e pesquisar, conhecer as contribuições científicas do passado sobre determinado assunto. (Cervo, Bervian e Silva, 2007)

Através das seguintes bases de dados: Scielo, Norma Regulamentadoras 04 e 32. Com inclusão de artigos publicados entre o período de 2000 a 2022, c.om as seguintes palavras-chaves: prevenção e enfermagem do trabalho. A elaboração deste trabalho seguiu as normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) conforme determinação do manual de trabalho de conclusão de curso da Faculdade Unibrás do Estado de Goiás.

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A enfermagem no trabalho: conceito

Na segunda metade do século XX, correram muitas mudanças no cenário político, social e econômico, existindo uma grande crise de paradigmas em todo o planeta O processo saúde/trabalho era visto como um verdadeiro problema de relação de produção e se tornava uma grande discussão entre o capital e trabalho. Hoje, as condições de ambiente para o trabalho e saúde são de extrema importância para uma boa qualidade de vida dos homens e direito de cidadania (ANDRADE, 2016).

Assim a enfermagem que é a arte de assistir ao ser humano (indivíduo, família e comunidade), no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência, quando possível pelo ensino de autocuidado; de recuperar, manter e promover sua saúde para que o trabalhador possa executar bem suas atividades laborais (MOREIRA, et.al., 2020).

De acordo com Andrade (2016), a enfermagem tem como objetivo buscar meios comunicativos com o intuito de promover informações eficazes sejam eles através de teatro, palestras ou meios que tornem fácil a divulgação para contribuir através da prevenção o surgimento e agravamento de doenças para o trabalhador.

Com tudo isso, a enfermagem do trabalho é uma especialidade destinada ao cuidado daquele que trabalha, portanto, preocupa-se com trabalhadores, sendo a sua atenção volta para os trabalhadores de todas as categorias e setores de ocupação.

De acordo com Silva e Mendonça (2015), o profissional da enfermagem do trabalho deve realizar ações preventivas, com o intuito de sanar os problemas de saúde que podem ser ocasionados mediante o risco apresentado no setor que desempenham suas atividades laborais proporcionando meios para eliminar ou diminuir os riscos ocupacionais existentes.

A enfermagem do trabalho é o resultado de um processo evolutivo que começou no final do século XIX e acompanhou o desenvolvimento da indústria no início do século XX, momento em que as empresas contratavam enfermeiros para combater a propagação de doenças contagiosas, como a tuberculose (MOREIRA, 2020).

De acordo com Moreira (2020), a enfermagem do trabalho teve o seu reconhecimento para diminuir a propagação de doenças, como a tuberculose que estava contaminando os trabalhadores, através da triagem da enfermagem e com informações sobre a doença, que eliminava a contaminação entre os colaboradores.

No que diz respeito às condições de saúde, cita-se algumas situações de apoio dos enfermeiros: Os trabalhadores com casos sugestivos de Perda Auditiva Induzida pelo Ruído apresentaram restrição de participação secundária a perda auditiva, podendo impactar negativamente na participação social, capacidade de trabalho e qualidade de vida. Esses achados, reforçam a necessidade de prevenção da PAIR para melhor qualidade de vida aos trabalhadores, por meio da efetividade dos programas de prevenção auditiva, que vão além do monitoramento auditivo (BATISTA, 2021).

De acordo com Rodrigues e Facas (2021), os trabalhadores devem ser conhecedores referente as medidas de proteção referente ao PAIR, através de uma educação continuada para proporcionar uma qualidade de vida é prevenção e conservação auditiva para todos os trabalhadores exposto ao ruído ocupacional.

A utilização de agrotóxicos é rotineira no meio agrícola. A exposição a estes agentes químicos pode afetar a saúde do trabalhador, principalmente pela mistura de agrotóxicos de vários grupos químicos, que podem interagir entre si e ocasionar efeitos adversos à saúde (MOREIRA, et.al., 2020).

De acordo com Silva e Mendonça (2015), a utilização de Defensivos agrícolas entre os trabalhadores é o ato de fracionar os mesmos gerando misturas tem causado diversos danos à saúde dos mesmos trazendo consequências irreversíveis a saúde humana que pode gerar doenças crônicas e até mesmo levar o óbito.

No que diz respeito às condições de saúde, ao analisar os dados do IMC agrupados em obesos e não obesos, concluiu-se que, a população obesa apresentou pontuações inferiores à não obesa nas diferentes dimensões da QV, exceto no Desempenho Emocional e, assim sendo, tanto as dimensões físicas como mentais se encontraram afetadas (MOREIRA, 2020).

De Acordo com Moreira (2020), os trabalhadores obesos e não obesos apresentam transtorno físico e mental gerando impacto negativo referente a sua jornada laboral em ambiente de escritório em uma empresa onde em uma amostra de participantes obesos verifica se impacto negativo podendo gerar um índice de absenteísmo.

Com base nos achados deste estudo, conclui-se que, dentre os fatores ocupacionais em questão, o ruído se destacou como associado à hipertensão arterial assim como, em menor proporção, o trabalho em turnos. Quanto aos demais, não foi possível concluir sobre a existência ou não dessa relação. Assim, são necessários mais estudos sobre o tema — HAS e fatores ocupacionais — para ampliar a compreensão dessa problemática (ANDRADE e FERNANDES, 2016).

De acordo com Andrade e Fernandes (2016), estudos concluíram que o nível de ruído acima do permitido faz com que ocorra alteração da pressão arterial do trabalhador possibilitando assim doenças cardiovasculares pois o ruído em excesso faz com que comprometa o sistema nervoso central possibilitando o aumento da pressão arterial.

3.2 A história da enfermagem do trabalho

No Brasil, a enfermagem do trabalho, assim como, os demais profissionais de segurança e medicina do trabalho, foram incorporados às empresas de maneira obrigatória, pois o governo tinha urgência em reduzir o elevado índice de acidente de trabalho no início dos anos de 1970, quando o Brasil se consagrou campeão mundial de acidente de trabalho (CHAVES e MENDONÇA, 2004).

De acordo com Batista (2021), a enfermagem do trabalho no Brasil teve o seu surgimento em 1970, devido receber o título sendo reconhecido o país, como campeão em acidente do trabalho, levando o governo a incorporar a segurança e medicina do trabalho, com o intuito de reduzir os acidentes no ambiente de trabalho.

Observa-se que, no Brasil não foi o enfermeiro, mas o auxiliar de enfermagem, quem primeiro fez parte da composição da equipe de saúde do trabalhador. Isto se deveu ao reflexo da divisão social do trabalho na enfermagem, que se iniciou na Inglaterra com Nightingale, e se expandiu para a profissão mundialmente. No caso do Brasil, não houve exceção uma vez que a enfermagem contempla várias categorias: auxiliares, técnicos, parteiras, bem como o próprio enfermeiro (SILVA e MENDONÇA; 2015).

3.3 Riscos ocupacionais no trabalho

Os riscos ocupacionais possuem origem nas atividades insalubres e perigosas, aquelas cuja natureza, condições ou métodos de trabalho, bem como, os mecanismos de controle sobre os agentes biológicos, químicos, físicos e mecânicos do ambiente hospitalar podem provocar efeitos adversos à saúde dos profissionais (BATISTA 2021).

De acordo com Batista (2021), os riscos ocupacionais devem ser observados em todos os setores proporcionar ações de prevenções orientado todos os trabalhadores expostos aos riscos, sobre os efeitos adversos que podem ser adquiridos, durante a sua permanência no setor e monitorar os mesmos através de exames ocupacionais.

A Norma Regulamentadora 17 (publicada pela portaria GM nº 3.214 de 08 de junho de 1978, várias atualizações sendo a última a Portaria SIT nº 13 de 21 de junho de 2007) determina que para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, que deve abordar, no mínimo as condições de trabalho (MOREIRA, et.al., 2020).

De acordo com Moreira (2020), as empresas devem realizar AET – avaliação ergonômica do trabalho para proporcionar aos trabalhadores um ambiente propício com conforto e qualidade conforme às características do setorial, evitando assim, lesões e fadigas musculares entre os colaboradores, evitando os esforços inúteis e cansativos e do desconforto na realização das tarefas.

As empresas que possuem situações de risco para o trabalhador podem desenvolver uma pneumoconiose, adotando um Programa de Proteção Respiratória (PPR), que contemple ações de prevenção primária e secundária, sendo a espirometria, uma ação preventiva dentro do PPR. De acordo com a NR07, deve-se realizar avaliação dos trabalhadores, que estão expostos a aerodispersoides (MOREIRA, 2020).

De acordo com Silva (2015), o risco por aerodispersoides todos os trabalhadores expostos diretamente devem obrigatoriamente realizar os exames de espirometria e telerradiografia de tórax, com o intuito de diagnosticar possíveis danos, que podem ser adquiridos em situação que exponha ao risco o colaborador, que não faça o uso do respirador de forma correta.

Foram evidenciadas questões acerca dos riscos laborais, em caminhoneiros, citados na pesquisa de Batista, mostrando como o modo de trabalhar pode interferir na qualidade de vida do trabalhador. A rotina de trabalho intensa, em grande parte na estrada, implica em más condições de alimentação, dificuldades com horários e rotina, impossibilidade da prática regular de atividade física, pressão sofrida para o cumprimento de prazos e interferências no ciclo circadiano, implicando no uso de medicamentos inibidores do sono (BATISTA; 2021)

De acordo com Batista (2021), a sobrecarga nas horas trabalhadas entre os caminhoneiros interfere na qualidade de vida e pode ser um dos grandes fatores que resultam em acidentes de trânsito entre eles, com o uso de substâncias para conseguirem aumentar a rotina de trabalho no intuito de melhorar em relação salarial.

A psicodinâmica do trabalho traz como uma de suas premissas que o trabalho é um lugar de investimento pulsional. Assim, pode ser fonte de prazer, quando o trabalhador se realiza, vê sentido no que faz e é reconhecido, quando o trabalho é livre e criativo, mas pode, também, ser fonte de sofrimento, quando é infrutífero e desgastante, quando não há reconhecimento e liberdade (RODRIGUES e FACAS, 2020).

De acordo com Rodrigues e Facas (2020), que reforçam que o ambiente de trabalho deve ser livre e criativo para que o trabalhador se sinta feliz e motivado em executar suas atividades laborais no seu setor de trabalho onde terá um bom resultado de entrega do seu trabalho em um ambiente feliz, em contrapartida se o ambiente for frustrante trará resultados negativos para a empresa.

Já em relação aos trabalhadores que executam atividades em altura é essencial cuidados mais especiais, pois incapacidades súbitas ou mesmo fatais durante a realização dos trabalho podem comprometer a margem de segurança necessária para evitar acidentes no ambiente laboral. Desta maneira, as situações de saúde que se apresentam sem sintomas premonitórios ou com sintomas súbitos e intensamente debilitantes podem colocar em risco a vida do próprio trabalhador (HAVASHIDE e BRUSCHINELLI, 2016).

De acordo com Hayashide e Buschinelli (2016), a saúde do trabalhador deve ser monitorada diariamente quando este executa a sua atividade laboral, analisando o risco com o intuito de detectar sinais, que possam trazer riscos de acidentes, que podem causar danos a sua saúde ou até a morte.

3.3.2 A enfermagem na prevenção dos riscos ocupacionais no trabalho

Deve ser reconhecido que, o profissional de enfermagem se encontra na linha de frente, em se tratando sobre saúde, de modo que atua de forma contínua para cuidar dos pacientes, sendo que muitos requerem cuidados de alta complexidade e para isso os profissionais devem ser capacitados para fornecerem os cuidados necessários.

A capacitação dos profissionais de saúde pode ser considerada como fundamental na assistência aos pacientes, haja vista que estes devem se capacitar para atuar, visando à orientação dos pacientes na forma correta de lavar as mãos, a importância da utilização de máscaras, dentre outros e devem estar preparados para responder os questionamentos, de modo a seguir os protocolos e orientações do Ministério da Saúde (ZOCCHIO, 2012).

Inclusive, o exercício da profissão de enfermagem pode ser marcado por grandes e várias exigências, pois, apesar dos profissionais terem como objetivo o cuidado com a vida, eles precisam aprender a lidar com: o sofrimento, dor, morte, perdas e impotência, sendo que esses fatores podem causar estresse, ou Síndrome de Burnout, cujo termo foi elaborado para demonstrar o desgaste físico e psicológico dos profissionais, que exercem suas funções e se envolvem emocionalmente com a profissão (POTKOVA, 2017).

Assim, segundo a Organização Mundial da Saúde, a principal finalidade dos Serviços de Saúde Ocupacional consiste na promoção de “condições de trabalho que garantam o mais elevado grau de qualidade de vida no trabalho, protegendo a saúde dos trabalhadores, promovendo o seu bem-estar físico, mental e social e prevenindo a doença e os acidentes”. Nomeadamente, pretende-se a sua proteção contra os riscos resultantes da presença de agentes nocivos à sua saúde, colocando e mantendo o trabalhador num emprego que convenha às suas aptidões fisiológicas e psicológicas, isto é, adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho.

Compreende-se por enfermagem do trabalho, um conjunto de medidas e ações aplicadas para prevenção de acidentes nas atividades laborais, proporcionando, dessa forma, um ambiente de trabalho seguro e saudável (POTKOVA, 2017).

Os acidentes de trabalho são preocupações constantes no universo das empresas. A quantidade de empregados que atuam nas organizações demonstra que os volumes de atividades realizadas são considerados elevados, devido à necessidade de atendimento de sua demanda (POTKOVA, 2017).

Para Vieira (2015), ambientes e condições de trabalho com riscos ocupacionais podem causar vários danos à saúde do trabalhador, ocasionando incapacidade das atividades laborais que resultam em prejuízos não somente aos trabalhadores, mas também para os empregadores e instituições responsáveis pelos benefícios de compensação salarial durante o afastamento.

A saúde do trabalhador é preservada quando as condições de trabalho não causem risco, desgaste físico e/ou mental (WUNSCH, 2019).

A promoção à saúde pode ser entendida como estabelecimentos de medidas para desenvolver um nível mais amplo e elevado de bem-estar e se concretiza por meio do ambiente e por influências comportamentais relacionadas a cada indivíduo em especial (POTKOVA, 2017).

Ações preventivas têm como finalidade evitar e/ou reduzir situações que possam ocasionar problemas de saúde. A prevenção primária é a medida de condutas que visam impedir qualquer agressão. A prevenção secundária já existe uma agressão mas em estágio inicial, por isso, devem ser realizadas medidas que gerem rápida recuperação. A terciária é a assistência estabelecida para minimizar complicações de agravos existentes (ZOCCHIO, 2012).

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a principal finalidade dos Serviços de Saúde Ocupacional consiste na promoção de “condições de trabalho que garantam o mais elevado grau de qualidade de vida no trabalho, protegendo a saúde dos trabalhadores, promovendo o seu bem-estar físico, mental e social e prevenindo a

doença e os acidentes”. Nomeadamente, pretende-se a sua proteção contra os riscos resultantes da presença de agentes nocivos à sua saúde, colocando e mantendo o trabalhador num emprego que convenha às suas aptidões fisiológicas e psicológicas, isto é, adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho (VIEIRA, 2015).

Nas últimas décadas, ocorreram mudanças significativas na natureza do trabalho e nos postos de trabalho, bem como, na economia das organizações, sendo dada prioridade ao ser humano como trabalhador, à qualidade de vida no trabalho e a saúde e segurança no ambiente laboral (VIEIRA, 2015).

As empresas e as sociedades para serem competitivas na economia global é imperativo que apoiem os empregados e a comunidade a mudarem o seu estilo de vida de modo a melhorar o seu estado de saúde, daí resultando um aumento de produtividade e diminuição dos custos dos cuidados de saúde (VIEIRA, 2015).

Desta forma, considera-se proeminente dar atenção à saúde dos profissionais da saúde. A saúde mental compreende em observar de forma flexível tudo que está ao redor, enquanto dar apoio emocional consiste em observar e sensibilizar com o gesto, o olhar, a expressão, as atitudes, dar atenção às necessidades do ser humano, saber ouvir e interagir, estabelecendo vínculo e confiança (ZOCCHIO, 2012).

De acordo com as informações contidas neste trabalho foi possível verificar que, através da utilização dos cuidados específicos e da sistematização da assistência de enfermagem, o profissional direciona e coordena de forma individualizada, prestando assistência, observando-se que, o início do processo ocorre com a admissão do paciente na unidade de saúde, através da identificação da queixa principal, de modo a observar os sinais e sintomas, determinando a gravidade do quadro clínico e prestando todos os cuidados necessários a cada um.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da pesquisa realizada com este trabalho chegou-se à conclusão de que a perspectiva sob a qual atua o profissional de enfermagem é a de que o trabalhador satisfeito em um ambiente voltado a prevenção e segurança contribui muito mais para a organização.

Assim, o profissional da enfermagem passa a ser visto como essencial nas organizações, cuidando da saúde e segurança de seus trabalhadores, orientando e supervisionando o cumprimento das Normas Regulamentadoras do Ministério do trabalho e Emprego, observando regras específicas, presentes na Constituição Federal e na Consolidação das Leis do Trabalho.

Depreende-se que, no atual contexto globalizado da sociedade, muito se investe na consolidação e crescimento das organizações, sob a perspectiva de que a enfermagem contribui para o desenvolvimento da economia. Sendo que este depende exclusivamente da mão-de-obra e do empenho dos colaboradores a eles vinculados. Aos poucos então as empresas privadas compreendem que não somente por obrigatoriedade em cumprimento de uma lei, mas o cuidado da saúde é uma necessidade, mas que reflete como ponto positivo, para todos os envolvidos. Na última década a enfermagem tem ganhado relevância, uma vez que esta profissão está fortemente vocacionada para a Promoção da Saúde, e são os Enfermeiros, os profissionais de saúde que mais perto dos trabalhadores podem estar, para conhecer as suas necessidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Roberta Coimbra Velez de E FERNANDES, Rita de Cássia Pereira Hipertensão arterial e trabalho: fatores de risco. 2016. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/rbmt.org.br/pdf/v14n3a11.pdf. Acesso em: 20 de Agosto de 2022.

BATISTA, Adriana Maria Figuerêdo et. al. Condições de trabalho de caminhoneiros: percepções sobre a saúde e autocuidado. 2021 Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1287541. Acesso em: 20 de Julho de 2022.

CERVO AL; BERVIAN PA; SILVA R. Metodologia científica. 6.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall;2007.

CHAVES, Maria Yvone e MENDONÇA, Raphael. Riscos ocupacionais em saúde occupational health risks p.338. R Enferm UERJ 2004; 12:338-45. 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000900014. Acesso em: 20 de Agosto de 2022.

HAYASHIDE E BUSCHINELLI. A saúde do trabalhador que executará o trabalho. 2016. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional ISSN: 2317-6369 (online) RBSO Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/2317-6369000128615. Acesso em: 20 de Julho de 2022.

MOREIRA, S. et. al. Educar para a Saúde Laboral: Perceção da Qualidade de Vida em relação a variáveis sociodemográficas, condições de Saúde e de Trabalho em trabalhadores de escritório. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online. 2020, volume 10, 129-143. DOI: 10.31252/RPSO.19.12.2020

POTKOVA, G.M.P. Avaliação dos fatores intervenientes no uso do EPI’s pelos trabalhadores da construção civil : o caso da Itaipu Binacional. União Dinâmica de Faculdades Cataratas – UDC, 2017. Disponível em: http://www.udc.edu.br/monografia/monocivil31.pdf Acesso em 20 de maio de 2022.

RODRIGUES, Carlos Manoel Lopes e FACAS, Cristiane Faiad Emílio Peres Fatores de Risco e Riscos Psicossociais no Trabalho: Definição e Implicações. 2021. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/27563 Acesso em: 20 de Julho de 2022.

SILVA, Sóstenes Ericson Vicente. e MENDONÇA, Henrique Pereira Freitas Reflexão crítica sobre a gênese da enfermagem do trabalho critical reflection about the genesis of occupational nursing reflexión crítica sobre la génesis de enfermería del trabajo Rev enferm UFPE on line., Recife, 9(Supl. 7):9111-9, ago., 2015.

VIEIRA, S.I. Manual de saúde e segurança do trabalho: segurança, higiene e medicina do trabalho. Vol. 3 – São Paulo: LTr, 2015.

WUNSCH, Filho, V. Reestruturação produtiva e acident es de trabalho no Brasil: estrutura e tendências. In: Cadernos de Saúde Pública . Rio de Janeiro: v.15, n.1, 2019.

ZOCCHIO, Á. Prática da prevenção de acidentes : ABC da segurança do trabalho. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2012.


1Acadêmico do 10º Período do Curso de Enfermagem do Instituto de Ensino Superior de Rio Verde.
2Professora do curso de Enfermagem da Faculdade Unibras, Especialista em Educação para à Enfermagem e Enfermagem em Saúde da Família e orientadora da pesquisa

Artigo Científico apresentado à Faculdade Unibras de Goiás, como requisito parcial para à obtenção do título de bacharel em Enfermagem.