O IDOSO NO CENTRO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM: SEGURANÇA NA REALIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CARDÍACA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.6888959

Autor:
Carlos Alberto Ilha Dos Santos

RESUMO

A segurança do paciente é uma prioridade no âmbito da hospitalar e serviços em geral, essa segurança está associada às ações de assistência, os idosos são pacientes que necessitam de maior cuidado devido às suas vulnerabilidades. Além disso, são a população que mais cresce no mundo e, junto com a idade, o número de doenças crônicas aumenta, tornando-os mais suscetíveis a eventos adversos e reações durante esses cuidados. Com o desenvolvimento da tecnologia na área de imagem, o eletrocardiograma por tomografia computadorizada tem sido proposto como método não invasivo para o diagnóstico da doença arterial coronariana, doença crônica de alta incidência em idosos. No entanto, isso requer a administração intravenosa de meio de contraste iodado, que pode causar efeitos adversos, especialmente em pessoas mais velhas, que possuem fatores de risco inerentes ao procedimento. O objetivo é analisar os ricos a segurança dos idosos durante a tomografia computadorizada. Diante do tema proposto surge a problemática de como evitar reações diversas durante o exame de TC. Tendo em vista, que esse exame e indispensável, pois possibilita o diagnóstico de doenças crônicas que esses pacientes podem ter. Os métodos de pesquisa utilizado foram de cunho bibliográfico, por meio da coleta de dados em artigos científicos, teses e dissertações. Em suma, ao identificar os pontos importantes para o cuidado seguro com o paciente submetido à tomografia computadorizada, a pesquisa em tela poderá auxiliar no desenvolvimento de protocolos assistenciais para pacientes submetidos a tal procedimento. Porém, ainda há necessidade de novas pesquisas com potencial para abordar tal tema, assegurando verdadeiramente a segurança do idoso em exames no centro de diagnóstico por imagem.

Palavras-chave: Idoso; Tomografia Computadorizada Cardíaca; Radiologia.

ABSTRACT

Patient safety is a priority within the hospital and services in general, this safety is associated with care actions, the elderly are patients who need greater care due to their vulnerabilities. In addition, they are the fastest growing population in the world and, along with age, the number of chronic diseases increases, making them more susceptible to adverse events and reactions during this care. With the development of technology in the imaging area, the computed tomography electrocardiogram has been proposed as a non-invasive method for the diagnosis of coronary artery disease, a chronic disease with a high incidence in the elderly. However, this requires intravenous administration of iodinated contrast media, which can cause adverse effects, especially in older people who have inherent risk factors for the procedure. The objective is to analyze the rich the safety of the elderly during the CT scan. In view of the proposed theme, the problem of how to avoid different reactions during the CT examination arises. Bearing in mind that this exam is indispensable, as it allows the diagnosis of chronic diseases that these patients may have. The research methods used were bibliographic, through data collection in scientific articles, theses and dissertations. In short, by identifying the important points for the safe care of the patient undergoing computed tomography, the screen research may help in the development of care protocols for patients undergoing such a procedure. However, there is still a need for further research with the potential to address this issue, truly ensuring the safety of the elderly in examinations at the diagnostic imaging center.

Keywords: Elderly; Cardiac Computed Tomography; Radiology.

1. INTRODUÇÃO

As inovações e o desenvolvimento no ramo da radiologia são indispensáveis, essas evoluções garantem um avanço na medicina e proporcionam uma melhoria e maior precisão em diagnósticos, sem que haja a necessidade de cirurgias para identificar o foco de algum problema.

O desenvolvimento da ciência e a crescente utilização de altas tecnologias médicas, com aparelhos modernos, complexos e sofisticados, permitem exames de imagem de alta definição para diagnóstico e tratamento de diversos tipos de enfermidades, possibilitando o diagnóstico e tratamento precoce destas. Podendo contribuir para a melhoria das condições de vida e saúde das pessoas (Parente, 2013).

Esse avanço tecnológico é acompanhado por mudanças no modelo assistencial, indicando a necessidade de segurança do paciente, também é necessário o estabelecimento de indicadores de qualidade assistencial, prevenção e análise de incidentes assistenciais. Assim podendo prevenir os eventos adversos, com base em evidências científicas (Siegelman, 2013).

Os profissionais e gestores de saúde estão cada vez mais conscientes da importância de fomentar uma cultura de segurança que envolva os profissionais de saúde e toda a organização, a segurança do paciente é um importante indicador da qualidade do serviço prestado. No Centro de Diagnóstico por Imagem (CID), os especialistas precisam ser treinados para atender as necessidades dos pacientes com todos os tipos de exames diagnósticos, por exemplo, na área de tomografia computadorizada (TC).

É necessário um esforço sistemático para garantir que seja. Assim, quando os profissionais recorrem aos serviços de TC, eles desempenham um papel importante na prevenção, detecção e manejo dos eventos adversos que podem ser causado pelo uso de meios de contraste iodados e são necessários para realizá-los. Informações apropriadas necessárias para o teste e diagnóstico confiável associado.

O advento da tomografia computadorizada é um avanço no campo do diagnóstico por imagem, com a nova capacidade de visualizar órgãos nos planos anatômicos axiais e coronários, deixando de se limitar a imagens sobrepostas à raio-X, possibilitando, assim, diagnósticos mais precisos. Um ponto importante a ser observado é a prevalência de doenças degenerativas, incluindo neoplasias malignas, em grupos mais velhos.

A população idosa está crescendo cada vez mais nos últimos anos, esse envelhecimento da população resulta na necessidade de profissionais capacitados para lidar com os problemas desse envelhecimento e com vulnerabilidade desses pacientes, tendo em vista, que esses estão mais propensos a terem diversos problemas de saúde. Essa vulnerabilidade deve ser levada em questão pelos profissionais da saúde, principalmente em situações que coloquem em risco a vida desses idosos. É muito importante que a equipe de saúde atue em conjunto na execução de exames e tratamentos em idosos.

Diante do tema proposto surge a problemática de como evitar reações diversas durante o exame de TC. Tendo em vista que esse exame e indispensável, pois possibilita o diagnóstico de vários tipos de doenças crônicas. Os métodos de pesquisa utilizados foram de cunho bibliográfico, por meio de coleta de dados em artigos científicos, teses e dissertações.

2. AVANÇOS DO RAIO-X NO ÂMBITO DA TOMOGRAFIA

A ciência, juntamente à medicina, vem evoluindo cada vez mais, para proporcionar métodos capazes de alcançar resultados e evidenciar diagnósticos, no ramo da radiologia não é diferente, o Raio-X é uma ferramenta muito importante que auxilia na obtenção de dados clínicos dos pacientes sem que haja a necessidade de intervenções invasivas como cirurgias para que seja feito o diagnóstico.

O Diagnóstico por Imagem (DI), por alguns também conhecido apenas como Imaginologia, anteriormente denominada de Radiologia, começou a mudar seu nome após o advento de novos métodos de exames diagnósticos, diferentes dos existentes na Radiologia convencional (raio-X), evoluindo ao longo do tempo com o objetivo de auxiliar no diagnóstico, tratamento e prevenção de várias doenças. A depender dos locais do de DI e sua filosofia de trabalho, os relatórios dos exames são feitos por radiologistas especializados, isso se deve à ampliação do conhecimento médico, que se beneficia ao criar confiança nos médicos que solicitam o exame, o que, por sua vez, beneficia a segurança do paciente. (MISZPUTEN, 2007).

A DI fez grandes avanços em tecnologia e conhecimento. Além da alta confiabilidade na aquisição de imagens, esses dispositivos passaram a contar com um mecanismo que permite utilizar ou não uma pequena quantidade de radiação primária para adquirir a imagem. O Diagnóstico por Imagem tem sido uma das disciplinas médicas que mais crescem desde 1895, com a descoberta do raio-X pelo físico alemão Röntgen (Prêmio Nobel de Física 1901). (FENELON, 2008).

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil (2019), o câncer é uma das maiores causas de morte por doenças, além de ser um dos problemas de saúde pública mais complexos do sistema de saúde brasileiro, por seus aspectos epidemiológicos, sociais e econômicos, com altas taxas de mortalidade específica tanto em homens, quanto em mulheres. E tem como principais fatores de risco relacionados ao seu desenvolvimento a exposição à radiação e a medicamentos.

Do ponto de vista de um profissional de saúde, pesquisas mais detalhadas são necessárias, mas há vários fatos que tornam “difícil” o tratamento de pacientes idosos com câncer, visto que, grande parte da pesquisa científica se concentra na população adulta jovem, com melhor estado de saúde, e, portanto, com menos comorbidades clínicas.

O primeiro dispositivo foi limitado ao cérebro e ao crânio e ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 1977. Desde então, máquinas computadorizadas usam radiação (raios-X) para obter imagens diagnósticas de vários órgãos, pois a quantidade de radiação gerada em um único teste não é prejudicial à sua saúde. Estes dispositivos são comumente usados por radiologistas para identificar alterações e possíveis doenças. O tempo de exame pode ser de 5 a 20 minutos, dependendo da área examinada, do tipo de equipamento, e das condições de cooperação do paciente. Em alguns dispositivos mais recentes pode durar até mesmo alguns segundos. (FENELON, 2008).

A tomografia computadorizada é realizada em uma mesa, onde o paciente se deita e a mesa entra por uma abertura chamada gantry. Essa máquina contém um tubo de raios X e um sensor (cristal de cintilação) ligados por um suporte de formato redondo. Já a tomografia médica tradicional usa um feixe de radiação colimado, em formato de leque, detectado por um sensor. Cada vez que a ampola gira 360° ao redor do paciente, os cortes são capturados e enviados para ao computador, que identifica mudanças na deterioração do tecido e usam cálculos matemáticos complexos para criar imagens. (LEITE, JÚNIOR, OTADUY, 2007).

Atualmente, existem vários tipos de tomografias, tanto mais avançadas, como tomografia computadorizada convencional ou simples, tomografia computadorizada helicoidal, tomografia computadorizada “multi-slice”, tomografia “ultra-rápida” e “feixe cônico”. As imagens tomográficas podem ser obtidas por meio de dois planos básicos que são o plano axial e o plano coronal (SILVA, 2011).

O Plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e plano coronal (paralelo à sutura coronal do crânio, ou vista frontal). Após a captura da imagem, os recursos do computador permitem a reconstrução do plano sagital (paralelo à sutura sagital do crânio) ou reconstrução em 3D (ACAUAN, 2013). Na maioria dos casos, o uso de meios de contraste intravenosos é um passo importante, pois, destaca as artérias, veias, e os tecidos que penetram, aumentando possibilidade de detecção de doenças que podem não ser detectadas na primeira fase sem a utilização do contraste.

A tomografia computadorizada cardíaca (TCC), também conhecida como tomografia vascular, avalia todo o coração: átrios, ventrículos, pericárdio, válvulas, função ventricular, artérias coronárias, veias cardíacas e aorta, artérias pulmonares e outras estruturas cardíacas do mediatismo. Em geral, é um teste relativamente simples e fácil e requer o uso do agente de contraste iodado, porém, também detecta a quantificação da calcificação da artéria coronária (escore de cálcio) com alta precisão, sem o uso de meio de contraste. As imagens do coração são obtidas em corte transversal (geralmente com 3 mm de espessura) em baixas doses de radiação em sincronia com o eletrocardiograma (SILVA, 2011).

Os avanços na tecnologia de imagem nas últimas duas décadas agregaram muitos recursos ao potencial médico, incluindo o uso de contraste de radiação, visualização aprimorada de lesões e melhoria da eficiência comportamental, possibilitando a intervenção no corpo, sem que haja a necessidade de cirurgia. Os agentes de radio contraste são substâncias que, quando administradas a um paciente, podem tornar certas áreas do corpo mais radiopacas ou mais permeáveis em comparação com o tecido circundante (ACAUAN, 2013).

O contraste de raio-X é especialmente útil para visualizar tecidos moles porque não apresenta um contraste natural com o tecido subjacente. Portanto, permite opções de acesso estendidas no diagnóstico por imagem de órgãos que não são reconhecíveis pela radiologia tradicional devido à localização, tamanho, aparência ou estrutura interna (DAWSON, 2000).

3. SEGURANÇA NA REALIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CARDÍACA EM IDOSOS

A segurança dos pacientes é prioridade, quando se refere à prestação de cuidados hospitalares, esses serviços de saúde e seus determinantes e condições estão vinculados a políticas específicas de cuidados. Atualmente, uma nova abordagem, repensando o processo de enfermagem, busca prever a ocorrência de erros antes que eles prejudiquem o paciente (ACAUAN e RODRIGUES, 2014).

Segundo ALVARADO (2011) a segurança dos pacientes deve ser prioridade, visto que, os raio-X envolvem “riscos adicionais e potenciais tanto para os pacientes como para equipe de saúde”. Entender que o profissional da saúde e humano e pode cometer erros é essencial, no entanto esses erros podem custar a vida de um paciente, neste sentido, é indispensável o preparamento profissional dos médicos, enfermeiros e profissional da radiologia, para lidarem em conjunto com as necessidades desses idosos.

Os idosos compõe grande parte da população brasileira, além disso, tornam-se mais vulneráveis às doenças crônicas à medida que envelhecem. Nesse sentido, tomar vários medicamentos ao mesmo tempo não é exceção, e sim regra, e esse grupo é mais propenso à interações medicamentosas. Portanto, tendem a experimentar eventos adversos e reações durante o tratamento (RAMOS, 2003).

Essa vulnerabilidade deve ser levada em questão pelos profissionais da saúde, principalmente em situações que coloquem em risco a vida desses idosos. É muito importante que a equipe de saúde atue em conjunto na execução desses exames para que esses pacientes consigam um diagnostico adequado, para isso, é necessário que cada um atue em seu papel antes, durante e após a realização de exames como a tomografia e radiologia em geral (ACAUAN, 2013).

Cardiac Computer Traction (CCT)-tomografia vascular, trata-se de um procedimento que pode detectar anormalidades estruturais do coração, pericárdio e vasos coronários principais, ajuda a prevenir, controlar e tratar doenças degenerativas crônicas, porém, o teste utiliza uma grande quantidade de agente de contraste injetável com altas concentrações de iodo. (PASSOS, NOMURA e FUNARI, 2007).

Segundo ACAUAN e RODRIGUES (2014) esses efeitos colaterais, nos casos graves “ocorrem em 0,22% com contraste iônico e 0,04% com contraste não iônico. No entanto, saber reconhecê-los e manejá-los é fundamental”, visto que, se mal administrado, pode ser fatal em alguns casos. Por outro lado, é um meio não invasivo, já que esse tipo de exame não requer a introdução de nenhum tipo de dispositivo (cateter, sonda, dispositivo etc.) no órgão ou estrutura que está sendo analisada (ACAUAN, 2013).

4. CONCLUSÃO

O presente estudo tem como foco promover uma reflexão sobre a temática do cuidado com idosos ao realizar o exame de tomografia computadorizada, além de elucidar sobre os riscos que envolvem tal procedimento. Constatou-se que há uma alta probabilidade de reações prejudiciais e imprevisíveis na administração do meio de contraste iodado, que podem representar um alto risco para pessoas mais velhas.

Os agentes de contraste iodado geralmente são administrados por via oral ou intravenosa durante a realização do exame, visto que, essa substância pode definir melhor as imagens tomográficas e melhorar a qualidade das informações morfológicas fornecidas pela tomografia. Contudo, quando manuseado de forma incorreta, pode levar o paciente até mesmo a óbito. Portanto, a especialização dos profissionais e o trabalho em equipe é essencial para que haja um procedimento seguro, além disso, as equipes do Centro de Diagnóstico por Imagem precisam ter o cuidado de conhecer o histórico médico do idoso para identificar fatores de risco, e assim reduzir a ocorrência dos efeitos colaterais abordados.

Em suma, ao identificar os pontos importantes para o cuidado seguro com o paciente submetido à tomografia computadorizada, a pesquisa em tela poderá auxiliar no desenvolvimento de protocolos assistenciais para pacientes submetidos a tal procedimento. Porém, ainda há necessidade de novas pesquisas com potencial para abordar tal tema, assegurando verdadeiramente a segurança do idoso em exames no centro de diagnóstico por imagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Médico. Bacharel pela Universidade autônoma SAN Sebastian – Paraguai.
Técnico em radiologia especialista em tomografia, Arco cirúrgico, radiologia convencional e radiologia contrastado, pela escola técnica em saúde do hospital de clínicas de Porto alegre.
E-mail: Carlosrx308@gmail.com