REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.6638268
Autores:
Vitoria Larissa Alves Da Silva
Orientadora:
Prof. Msc Ana Carolina Brasil e Bernardes
RESUMO
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno até dois anos de idade ou mais, sendo os seis primeiros meses exclusivos. Durante a amamentação, é estabelecido um vínculo que prolonga a duração do aleitamento materno exclusivo (AME). No entanto, há uma série de fatores que podem impedir a amamentação ou levar ao desmame precoce, incluindo bebês prematuros; problemas na mama, como ingurgitamento mamário; mães que trabalham fora; escolaridade; mães adolescentes; soropositividade e disfunções orais no bebê e também depressão pós-parto. Diante disso, os Bancos de Leite Humano (BLH) surgem como um mecanismo criado para promoção do aleitamento materno e através de atividades como de coleta, controle de qualidade, pasteurização e distribuição do leite pasteurizado. Objetivo: O estudo teve como objetivo analisar as motivações das mães que doam o leite. Metodologia: O Estudo de campo com entrevista semiestruturada teve uma amostra de 12 participantes, ocorrendo de forma presencial no domicílio das doadoras de leite em acompanhamento com a equipe de coleta de leite do banco de coleta de leite de um hospital público de Pouso Alegre – MG. Resultados: Com amostra final obteve-se 75% casadas ou amasiadas, 83% residindo com filhos e companheiros, com renda superior a R$1000,00 (91% N=8). A maior motivação para doação foi o excesso de leite com 50%, seguida de Excesso de leite + Solidariedade com 33%. Conclusão: Faz-se mais necessária a divulgação de campanhas de doação de leite, principalmente nas mídias.
Palavras – chave: Aleitamento materno; Banco de leite; Doação; Motivação.
ABSTRACT
Introduction: The World Health Organization (WHO) recommends breastfeeding until two years old, or more, the first six months being exclusive. During breast-feeding a bond that prolongs the duration of the exclusive breastfeeding is made. However, there are many factors that can block breast-feeding or lead to early weaning, including premature babies; breast problems, like breast engorgement; mothers that works outside home; schooling; teenage mothers; seropositivity and oral dysfunctions in the baby and, also, postpartum depression. In front of this scenario, the Human Milk Bank appears as a mechanism created to promote breast-feeding and through activities like milk collection, quality control, pasteurization and distribution of pasteurized milk. Objective: The study had as an objective to analyze the motivations of mothers who donate milk. Methodology: The Field Study with semi structured interviews had twelve participants, it occurred in a presential way in the milk donors’ home, with a milk collection team from the milk collection bank of a public hospital in Pouso Alegre – MG company. Results: With the final sample it was obtained 75% married or cohabited, 83% lives with their children and companions, with income superior to R$1000,00 (91% N=8). The biggest motivation to donation was the milk excess with 50%, followed by the Milk Excess + Solidarity with 33%. Conclusion: It’s necessary greater propagation of milk donation campaigns, especially in the health sector.
Keywords: Breastfeeding. Milk bank. Donation. Motivation.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AME Aleitamento Materno Exclusivo
BLH Bancos de Leite Humano
FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz
IFF Instituto Fernandes Figueira
OMS Organização Mundial da Saúde
PNIAM Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno
QI Quociente de Inteligência
RBLH Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano
REDEBLH Rede Nacional de Bancos de Leite Humano
RN Recém Nascido
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 HIPÓTESE
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo geral
4.2 Objetivos específicos
5 REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 Aleitamento Materno
5.2 Problemas no aleitamento materno
5.3 Ingurgitamento Mamário
5.4 Bancos de Leite Humano
5.5 Prematuridade
5.6 Cuidados higiênicos para a doação de leite humano
6 METODOLOGIA
6.1 Tipo de estudo
6.2 Local da pesquisa
6.3 Amostra
6.4 Critérios de inclusão
6.5 Critérios de exclusão
6.6 Riscos e benefícios
6.7 Materiais
6.8 Procedimentos e Técnicas
6.9 Tabulação e análise dos dados
6.10 Considerações éticas
7 RESULTADOS
8 DISCUSSÃO
9 CONCLUSÃO
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno até dois anos de idade ou mais, sendo os seis primeiros meses exclusivos. Segundo o Ministério da Saúde, o leite materno é o alimento mais completo e balanceado, pois pode atender a todas as necessidades nutricionais e fisiológicas de bebês menores de seis meses, mostrando-se essencial para o crescimento e desenvolvimento da criança (BRASIL, 2015).
Outro fator importante na amamentação desde o início da vida é promover a interação mãe-filho. Durante a amamentação, é estabelecido um vínculo que prolonga a duração do aleitamento materno exclusivo (AME). Os bebês alimentados com alimentos naturais (leite materno) têm melhor visão e desenvolvimento neuropsiquiátrico, desenvolvimento cognitivo e Quociente de Inteligência (QI). (URBANETTO et al., 2018).
No entanto, há uma série de fatores que podem impedir a amamentação ou levar ao desmame precoce, incluindo bebês prematuros; problemas na mama, como ingurgitamento mamário; mães que trabalham fora; escolaridade; mães adolescentes; soropositividade e disfunções orais no bebê e também depressão pós-parto (AMARAL et al.,2015; MULLER et al., 2017).
Diante disso, os Bancos de Leite Humano (BLH) surgem como um mecanismo criado para promoção do aleitamento materno através de atividades como coleta, controle de qualidade, pasteurização e distribuição do leite pasteurizado. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH) é a maior e mais bem estruturada rede de bancos de leite humano do mundo. Uma das prioridades dos BLH no Brasil é a de atender às mães de recém-nascidos pré-termo e de baixo peso internados em unidades hospitalares. (GIUGLIANI, 2002; BRASIL, 2008).
Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar as motivações de mães que doam para bancos de leite, se dentre elas estão solidariedade, conhecimento sobre a saúde da mulher, excesso de leite, família e/ou filho anterior necessitou de doação ou para produzir mais leite. Também se objetivou analisar por onde essas mães conheceram os bancos de leite e se dominam os cuidados para se doar o mesmo.
O leite materno tem fácil digestão, mata a sede e provê a primeira proteção imunológica ao recém-nascido, ajudando a protegê-lo contra diarréias, inflamações no ouvido e doenças respiratórias (BRASIL, 2015). Portanto, espera-se, com este estudo, destacar a importância da promoção e divulgação da doação de leite materno e do fomento dos cuidados com a doação de leite materno.
O presente estudo se trata de um estudo de campo por meio de entrevista semiestruturada.
O leite materno tem fácil digestão, mata a sede e provê a primeira proteção imunológica ao recém-nascido, ajudando a protegê-lo contra diarréias, inflamações no ouvido e doenças respiratórias (BRASIL, 2015). Portanto, espera-se com este estudo destacar a importância da promoção e divulgação da doação de leite materno e da promoção dos cuidados com a doação de leite materno.
A hipótese deste estudo é a de que “A experiência social de uma mulher é o principal fator de motivação para a doação de leite”.
Esta pesquisa teve como objetivo:
4.1 Objetivo geral
Analisar as motivações das mães que doam leite.
- Analisar de onde veio o conhecimento da prática de doação de leite;
- Analisar o conhecimento sobre os cuidados para fazer a doação.
As subseções seguintes discorrerão acerca da revisão bibliográfica que fundamenta este trabalho. Nelas, ressaltar-se-ão tópicos indispensáveis para um entendimento adequado do tema.
O leite materno possui todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento de crianças, sendo assim consegue suprir todas as necessidades nutricionais da criança nos primeiros seis meses de vida segundo o Ministério da Saúde (2015).
A respeito do leite materno:
“O leite materno contém linfócitos e imunoglobulinas que ajudam no sistema imune da criança ao combater infecções e protegendo também contra doenças crônicas e infecciosas, e ainda promove o desenvolvimento sensorial e cognitivo da criança” (BUENO, 2013, p. 13)
Outro fator importante na amamentação desde o início da vida é promover a interação mãe-filho. Durante a amamentação, é estabelecido um vínculo que prolonga a duração do aleitamento materno exclusivo (AME). Os bebês alimentados com alimentos naturais (leite materno) têm melhor visão e desenvolvimento neuropsiquiátrico, desenvolvimento cognitivo e QI. (URBANETTO et al., 2018).
Compreendendo a importância do Aleitamento materno, o Ministério da Saúde (BRASIL, 2015) fomenta campanhas e estratégias de aleitamento materno, para instruir aos pais, sobre sua importância e promover o ato da amamentação. Dentre estes programas, destaca-se Rede Amamenta Brasil, Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Proteção Legal ao Aleitamento Materno, Mobilização Social, Monitoramento dos Indicadores de Aleitamento Materno (BRASIL, 2015).
5.2 Problemas no aleitamento materno
Apesar de estar muito bem elucidado na literatura a importância do ato de amamentar, esse processo também pode ser frustrante e impactante para algumas famílias (SILVA et al., 2021). Tal fato se dá pois problemas com a mama, como o ingurgitamento mamário; levam à dor e ao desmame precoce (MORENO e SCHMIDT, 2014) . Além disso, outros fatores como, mães que trabalham fora; escolaridade; mães adolescentes; soropositividade e disfunções orais no bebê e também depressão pós-parto podem influenciar no ato de amamentar. (AMARAL et al., 2015; MULLER et al., 2017).
Os problemas mamários devem ser destacados como o principal motivo do desmame precoce por parte das mães que amamentam; a lesão ou dor mamilar deve ser vista pela equipe de multiprofissionais como uma dificuldade evitável a partir de medidas preventivas durante o pré-natal, momento oportuno para promoções de incentivo à amamentação (ALVARENGA et al., 2017).
Mais uma dificuldade encontrada na amamentação é o fato de, mesmo quando estimulado, o bebê não conseguir sugar o leite por conta da baixa secreção. (SILVA et al., 2009).
Ademais, a postura incorreta no processo de amamentação é capaz de provocar tensão muscular (BENEDETT et al., 2014; BARBOSA et al., 2017) e, visto que a dor pode interromper o reflexo de ejeção do leite, o bebê acaba por não mamar normalmente, o que provoca sentimentos de culpa e tristeza na mãe e também leva ao fracasso do processo (ALVARENGA et al., 2017).
A apojadura (preparo da mama para descida do leite) é referida por alguns autores como ingurgitamento mamário fisiológico, é discreto e representa um sinal positivo de que o leite está “descendo” e não requer intervenção (SOUSA et al., 2012; SOUZA et al., 2009).
O ingurgitamento mamário patológico caracteriza-se pela retenção anormal de leite nos alvéolos mamários, que se desenvolve em estiramento alveolar e compressão dos ductos lácteos, resultando em obstrução do fluxo do leite, que se torna estagnado e secundário ao edema vascular e linfático. Em decorrência do aumento da pressão intraductal, o leite acumulado sofre uma transformação intermolecular e torna-se mais viscoso, popularmente conhecido como leite empedrado, dificultando a ejeção de leite materno (SOUSA et al., 2012; OLIVEIRA et al., 2021).
O ingurgitamento mamário patológico pode evoluir para mastite, um processo infeccioso agudo das glândulas mamárias, com achados clínicos como inflamação, febre, calafrios, mal-estar geral, cansaço, fraqueza, abscessos mamários e septicemia (SOUSA et al., 2012).
Diante dos problemas que podem surgir no aleitamento materno, os Bancos de Leite Humano (BLH) surgem como um mecanismo estratégico da política pública em favor da amamentação, sendo um serviço especializado vinculado a um hospital de atenção materna e/ou infantil (BRASIL, 2008), atuando na promoção do aleitamento materno e por meio de atividades como coleta, controle de qualidade, pasteurização e distribuição do leite pasteurizado (ROCHA et al., 2016).
Nesse contexto, em 1943, foi criado o BLH no Brasil no então Instituto Nacional de Puericultura, atualmente Instituto Fernandes Figueira (IFF) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) (LUNA; OLIVEIRA; SILVA, 2014).
Sobre a trajetória de BLH no Brasil podemos afirmar que:
Pode ser dividida em três períodos distintos, assim demarcada: 1943/1984 – fase inicial de consolidação com a implantação da primeira unidade; 1985/1997 – ampliação da forma de atuação, com a incorporação de atividades de promoção, proteção e apoio à amamentação; e a partir de 1998 – desenvolvimento do projeto da Rede Nacional cujo modelo instala um processo de crescimento pautado na descentralização e na construção de competência técnica nos estados e municípios (MAIA et al., 2006, p. 286).
No entanto, deve-se notar que as percepções e construções sociais sobre essas unidades de serviço sofreram uma série de flutuações ao longo da história (ROCHA et al., 2016).
Os bancos de leite humano no Brasil ganharam destaque em 1981, com a introdução do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM), quando começaram a assumir um novo papel no cenário da saúde pública brasileira, tornando-se elementos estratégicos para as ações de promoção, proteção e apoio à amamentação (LUNA; OLIVEIRA; SILVA, 2014).
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH) é a maior e mais bem estruturada rede de bancos de leite humano do mundo, e foi reconhecida em 2001 pela Organização Mundial da Saúde como uma das ações que mais contribuíram, durante a década de 1990, para a redução da mortalidade infantil (BORGES et al., 2020; CORDEIRO; SANTOS; FONSECA, 2021).
Os BLH no Brasil têm como prioridade o atendimento às mães de recém-nascidos pré-termo e de baixo peso, internados em unidades hospitalares; além do mais, Maia (2006) destaca que reduzir a mortalidade infantil é o objetivo estratégico dos BLH, fato que contribuiu para a redução de 70,5% na taxa de mortalidade de bebês e crianças, entre 1990 a 2012, no Brasil (CORDEIRO; SANTOS; FONSECA, 2021).
Dentre os principais beneficiários do banco de leite está o bebê prematuro, que segundo Organização Mundial da Saúde (2015), corresponde a todo recém-nascido antes da 37ª semana de gestação.
A sucção é um comportamento relativamente maduro no recém-nascido (RN) de termo e é parte integrante da alimentação eficaz. No entanto, o recém nascido prematuro apresenta descoordenação e inabilidade na sucção, logo o bebê prematuro é impossibilitado de mamar ao seio ou por via oral, tendo necessidade de ser alimentado por sonda gástrica (JESUS NETO, 2014).
Somado a esse fato, na unidade de terapia intensiva de um hospital, as mães costumam ter dificuldade em manter a amamentação devido a fatores como aumento da atenção ao recém-nascido e falta de suporte social. Essa dificuldade se relaciona com a alta frequência de desmame e consequente dependência do banco de leite do hospital (BEZERRA et al., 2017).
Deve-se ressaltar que o termo “aleitamento materno” se refere à amamentação do bebê diretamente da mama ou por meio da ordenha. As mães de bebês prematuros admitidos na UTI costumam ser solicitadas a ordenhar o leite para alimentação de seus bebês via sonda; o desenvolvimento da ordenha é realizado sob supervisão de profissionais, os quais orientam as mães para a realização de massagens nos seios com propósito de facilitar a retirada do leite (BEZERRA et al., 2017).
Apesar disso, Uema (2015) comenta que as circunstâncias das mães adolescentes são diferentes; condições como a dificuldade de aceitar a gravidez, mudanças na vida diária, o que pode significar não ir à escola, obrigação de ordenhar a cada três horas e falta de apoio familiar podem fazer com que essas meninas parem de amamentar, já que não entendem o que a amamentação significa na vida de seus filhos.
5.6 Cuidados higiênicos para a doação de leite humano
A ordenha manual é determinada como uma técnica de extração do leite materno utilizando as mãos ou bombas para facilitar a retirada do leite (PEREIRA, 2016).
As etapas para treinamento da ordenha são:
1- Orientar a mãe a lavar as mãos e braços até o cotovelo com água e sabão;
2- Prender obrigatoriamente os cabelos com gorro, touca ou lenço, e proteger a boca e as narinas com máscara ou fralda de tecido;
3- Lavar as mãos e antebraços com água corrente e sabão ou sabonete até os cotovelos. As unhas devem ser limpas ou curtas;
4- Ressaltar para mãe que a limpeza das mamas será realizada apenas com água;
5- Secar as mamas com toalha limpa;
6- Massagear as mamas com a ponta dos dedos, fazendo movimentos circulares no sentido da aréola para o corpo;
7- Colocar o polegar acima da linha onde acaba a aréola;
8- Colocar o dedo indicador e médio abaixo da aréola;
9- Firmar os dedos e empurre para trás em direção ao corpo (apertar e soltar, sem provocar a dor, caso ocorra, rever a técnica);
10- Apertar o polegar contra os outros dedos até sair o leite;
11- Desprezar os primeiros jatos ou gotas;
12- Colher o leite no frasco devidamente preparado para isso (PEREIRA, 2016, p. 30).
Após o término da coleta, o frasco deve ser bem fechado, e a pessoa responsável deve escrever na tampa a data e hora da primeira coleta de leite, e colocá-lo imediatamente no freezer ou congelador. Caso o frasco não esteja cheio, ele pode ser enchido outra hora. Para completar o frasco já congelado, deve-se usar um copo de vidro previamente fervido por 15 minutos e repetir o restante do processo. Após a extração onde o frasco de vidro esteja completo, a mãe precisa ligar para o banco de leite materno. (STELA; FALCONI, 2021).
A seguir, descrever-se-ão aspectos relativos à metodologia deste trabalho, sendo traçado um panorama completo de como a pesquisa foi conduzida.
Trata-se de um estudo de campo transversal, qualitativo, por meio de entrevista semiestruturada
O presente estudo foi realizado nas residências das mães cadastradas no banco de coleta de leite de um hospital na cidade de Pouso Alegre, Minas Gerais.
A amostra foi composta por 12 participantes.
Mulheres cadastradas no banco de coleta de leite humano;
Com idade acima de 18 anos;
Que concordem com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Mulheres não cadastradas no banco de coleta de leite humano;
Com idade menor que 18 anos;
Que não concordem com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Este estudo trouxe riscos mínimos, como desconforto mediante a entrevista, porém foram tomados todos os cuidados para que isso não ocorra.
Como benefício, se conheceu o perfil da população doadora de leite e suas motivações para tal.
Foi aplicado um questionário socioeconômico e com questões referentes às motivações das mães para o doar o leite materno e sobre seus conhecimentos referente aos cuidados no processo da doação (Anexo II)
O questionário socioeconômico foi composto por 10 perguntas.
O questionário referente ao banco de leite foi composto por 5 perguntas previamente estabelecidas.
As entrevistas ocorreram em três semanas. A pesquisadora foi junto da equipe de coleta de leite nas residências das doadoras. Os procedimentos seguiram as seguintes etapas:
1° ETAPA: Foi explicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo I).
2° ETAPA: As mulheres receberam as instruções para entrevista e tiveram suas dúvidas sanadas;
3° ETAPA: As mulheres foram entrevistadas individualmente em suas casas, com as questões previamente estabelecidas (Anexo II);
4° ETAPA: Os dados foram reunidos e submetidos à análise.
Os questionários foram aplicados no período comercial de trabalho, na segunda-feira, entre 8h e 13h.
6.9 Tabulação e análise dos dados
Os dados foram tabulados no Microsoft Excel 365 e submetidos à análise estatística. Foram utilizadas medidas de tendência central para variáveis quantitativas e frequência absoluta e relativa para variáveis categóricas. Foi utilizado o programa Minitab versão 19.1 e Statiscal Package for the Social Sciences, inc. (SPSS) Chicago, USA, versão 26.0. O nível de significância utilizado como critério de aceitação ou rejeição nos testes estatísticos foi de 5% (p < 0,05).
Para análise dos resultados foram aplicados:
- Tese de normalidade dos dados de Anderson-Darling para determinar se os dados atendem a suposição de normalidade.
- Análise de correlação de Spearman para estudar a correlação entre as variáveis estudadas.
- Teste de Mann-Whitney (utilizado quando se tem dois grupos independentes) para estudar se existe diferença entre as medianas de duas populações.
- Teste de Kruskal-wallis (utilizado quando se tem mais de dois grupos independentes) para estudar se as medianas de dois ou mais grupos diferem considerando as respostas com níveis categóricos.
Todos os indivíduos que participaram do estudo receberam informações para a participação na pesquisa, devolveram assinado o TCLE, permanecendo uma via com cada participante.
Este projeto obedece às normas e diretrizes da resolução 466/12 CNS1 e somente teve início após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNIVÁS. Todos os sujeitos da pesquisa foram abordados com respeito, honestidade e dignidade e todos seus dados foram preservados, mantendo total sigilo e anonimato referente às informações obtidas. Os voluntários tiveram a opção de retirar seu consentimento e se recusar a participar desta pesquisa a qualquer momento, sem nenhum tipo de ônus.
O avaliado ou seu responsável estavam cientes que poderiam desistir a qualquer tempo, sem que haja qualquer descontinuidade da entrevista.
A pesquisa só teve início após aprovação pelo comitê de Ética da Univás, sob o parecer n° 4.991.685.
A amostra foi composta por 12 mulheres com idade média de 28 anos, casadas ( 75% N= 9), graduadas (66% N= 8) e com renda superior a R $1000,00 (91 % N= 8), conforme a Tabela 1 apresenta.
Tabela 1 – Dados sociodemográficos
Variável | Categoria | Média | N | Percentual (%) |
Idade | – | 28,4 | 12 | 100 |
Estado Civil | Casada, amasiada | – | 9 | 75 |
Solteira | – | 3 | 25 | |
Com quem reside | Maridos e filhos | – | 10 | 83,3333 |
Mãe e filho(s) | – | 1 | 8,3333 | |
Filho(s) | – | 1 | 8,3333 | |
Escolaridade | Ensino fundamental | – | 2 | 16,6667 |
Ensino médio | – | 4 | 33,3333 | |
Ensino superior | – | 6 | 50 | |
Profissão | Assalariada | – | 8 | 66,6667 |
Autônoma | – | 3 | 25 | |
Do lar | – | 1 | 8,3333 | |
Qual a renda familiar | Superior R$1000,00 | – | 11 | 91,6667 |
Inferior R$1000,00 | – | 1 | 8,3333 |
Quando interpeladas sobre o número de gestações, as respondentes referiram ter tido 1 gestação (41% e N= 5) e 2 gestações (41% e N= 5). Já sobre o número de filhos, a maioria (50% e N= 6) refere ter 2 filhos(as) e 100% afirmaram ter amamentando, conforme apresenta a Tabela 2.
Tabela 2 – Dados referentes a filhos
Variável | Categoria | N | Percentual (%) |
Número de gestações | 1 gestação | 5 | 41,6667 |
2 gestações | 5 | 41,6667 | |
3 gestações | 2 | 16,6667 | |
Número de filhos | 1 filho(a) | 5 | 41,6667 |
2 filhos(as) | 6 | 50 | |
3 filhos(as) | 1 | 8,3333 | |
Amamentou todos os filhos | Sim | 12 | 100 |
Sobre o conhecimento quanto à existência do banco de leite, observou-se que a maioria (50% N = 6) conheceu o local por serviços de saúde. Sobre as motivações para doar seu leite, notou-se que 50% (N= 6) o fez devido ao excesso de leite e 33% (N=4) o fez por solidariedade + excesso de leite, conforme os dados apresentados na Tabela 3.
Tabela 3 – Conhecimento e Motivação do banco de leite
Variável | Categoria | Nº | Percentual (%) |
Questão 1 – Por onde conheceu o banco de leite? | Redes Sociais | 2 | 16,66 |
Serviços de saúde | 5 | 41,66 | |
Alguém que já usou | 2 | 16,66 | |
Outros (Televisão, procurou) | 3 | 25 | |
Questão 2 – O que te motivou a doar o seu leite | Solidariedade | 1 | 8,3333 |
Excesso de leite | 6 | 50 | |
Indicação de alguém da sua família | 1 | 8,3333 | |
Solidariedade + Excesso de leite | 4 | 33,3333 |
Ao serem questionadas sobre os cuidados higiênicos para o processo de doação de leite, 41% (N= 5) referiu que o uso de máscara, além do uso de toucas se faz necessário. Entretanto, somente 16% (N=2) relataram que a higienização das mãos, das mamas e dos braços, se faz necessária, conforme os dados apresentados na Tabela 4.
Tabela 4 – Conhecimentos sobre doação de leite
Variável | Categoria | Nº | Percentual (%) |
Questão 3 – Você sabe quais são os cuidados higiênicos que se deve tomar antes de doar o seu leite? | Higienização (mão, seio, braços, bombinha) | 2 | 16,6667 |
Máscara + Higienização (mão, seio, braços, bombinha) | 1 | 8,33 | |
Máscara + Touca + Higienização (mão, seio, braços, bombinha) | 5 | 41,65 | |
Máscara + Touca | 2 | 16,6667 | |
Máscara + Higienização (mão, seio, braços, bombinha) + Ambiente vazio | 1 | 8,33 | |
Máscara + Touca + Higienização (mão, seio, braços, bombinha) +jogar fora o primeiro jato de leite | 1 | 8,33 | |
Questão 5 – Você sabe qual importância da doação de seu leite? | Ajudar RN | 12 | 100 |
Sobre o entendimento quanto aos cuidados alimentares que se deve ter antes de doar o seu leite, as mães relataram ter mudado os hábitos alimentares para mais saudáveis – “saudáveis, agora como frutas”, “evito frituras” – e foi notado que muitas delas retiraram da alimentação certos alimentos como feijão, refrigerante, chocolate e pimenta para evitar gases nos bebês. Também houve a retirada de leite e derivados por uma mãe, devido ao seu filho ter alergia à proteína do leite. Algumas relataram que começaram a fazer acompanhamento com nutricionista. Também houve a retirada de álcool, café e chás. Apenas uma mãe relatou não ter mudado nada na alimentação.
Silva et al (2015), em sua pesquisa sobre “doação de leite materno ao banco de leite humano: conhecendo a doadora” em Cuiabá, com amostra final de 70 participantes obtiveram uma média de idade de 28,5, dados que coincidem com esta pesquisa, no que tange a questão idade. Em contrapartida, o estudo de Galvão, Vasconcelos, Paiva(2006) sobre “mulheres doadoras de leite humano” em Fortaleza, com amostra de 11 mulheres doadoras que doaram em um hospital público em 2003, evidenciaram mulheres com idade de 16 a 20 anos. A discrepância de idade, pode ser justificada, pois mulheres mais novas tendem a ter mais filhos, conforme refere o próprio autor.
Alguns estudos apontam que a faixa etária média das gestantes e nutrizes sofreu uma mudança. Silva et al (2019) refere que, das 124 de gestantes que foram atendidas em um hospital de Ceará, nos anos de 2015, 2016 e 2017, tinham uma idade média de 21 à 30 anos de idade (58%).
Ao analisar artigos referentes à prática de doação de leite e idade, há evidências de que não há associação entre a idade e a prática da doação de leite materno (FONSECA-MACHADO et al, 2013).
A atual pesquisa evidencia que a maioria das mulheres doadoras são casadas ou amasiadas e residem com marido e filhos. O estudo de Alencar e Seidl (2009) sobre “doação de leite humano: experiência de mulheres doadoras” com amostra de 36 mulheres doadoras de 2005 à 2006, obteve resultado aproximado de 77,7% de mulheres casadas, corroborando com esta pesquisa. O estudo de Neves et al (2011) também colabora com a atual pesquisa, com o tema “doação de leite humano: dificuldades e fatores limitantes” com amostra de 145 participantes, apresentando 82,7% das mulheres casadas ou amasiadas. Acredita-se que a presença e o apoio do companheiro estimulam a mulher a amamentar e doar seu leite (SILVA et al, 2013).
A presente pesquisa apresenta que a maioria das mulheres terminaram o ensino médio e fizeram ensino superior e que trabalham fora sendo assalariadas ou autônomas e com renda superior a um salário mínimo. O estudo de Lourenço, Bardini, Cunha (2012) evidencia os mesmos resultados em sua pesquisa sobre o “Perfil das doadoras do banco de leite humano do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Tubarão/SC” com amostra de 54 mulheres, em que 55,6% possuem o ensino médio completo e 22,2% ensino superior completo, em relação ao trabalho, a maioria trabalha fora, 72,2%, em que 55,6% são assalariadas.
No estudo de Fonseca-Machado et al (2013) sobre a “Caracterização de Nutrizes doadoras de um banco de leite humano”, em Uberaba-MG com amostra de 42 mulheres, obteve resultados semelhantes com esta pesquisa, com 87,2% das mulheres com renda superior a um salário mínimo. O estudo de Alencar e Seidl (2009) sobre “doação de leite humano: experiência de mulheres doadoras” com amostra de 36 mulheres doadoras de 2005 à 2006 em que 86% das mulheres possuem renda superior a um salário mínimo.
Concluiu-se que as mulheres mais escolarizadas amamentam por mais tempo, ou seja, essas mulheres têm maior consciência da importância do aleitamento materno, portanto, essa maior consciência provavelmente influenciará na doação de leite materno (FONSECA-MACHADO et al, 2013).
A predominância de doadoras trabalhadoras foi um fator positivo neste estudo, sugerindo que as mães trabalhadoras continuam a amamentar, ao contrário dos primeiros bancos de leite materno do Instituto Fernandes Figueira nas décadas de 1940 e 1970 , quando as doadoras eram em geral pobres, não trabalhavam , e encontraram uma forma de sustento na comercialização do leite materno (LOUREIRO et al, 2022).
No presente estudo, predominaram as mulheres que tiveram mais de uma gestação, possuem dois filhos e amamentaram todos os filhos. O estudo de Alves et al (2013) sobre “Banco De Leite Humano Na Perspectiva Da Mulher Doadora” com amostra de 11 participantes obteve 63% das mulheres multíparas colaborando com a pesquisa. No entanto, o estudo de Alencar e Seidl (2009), sobre “doação de leite humano: experiência de mulheres doadoras” com amostra de 36 mulheres doadoras de 2005 a 2006, obteve resultado distinto, com 58,3% das mulheres primigestas.
Esse cenário se justifica na medida em que a primiparidade pode ser um fator que leva as mulheres a buscarem ajuda e atendimento nos serviços de saúde, pois reflete sua inexperiência, incertezas e complicações do processo de amamentação. Essa busca também lhes dá acesso a informações sobre a existência de BLH e a oportunidade de fazer doações (FONSECA-MACHADO et al, 2013).
No presente estudo obteve-se que a maioria das mulheres conheceu o banco de leite por meio de serviços de saúde. No estudo de Santos et al (2009) com o tema sobre “Perfil das doadoras de leite do banco de leite humano de um hospital universitário” com uma amostra de 91 mulheres doadoras com 37,4% mulheres que conheceram o banco de leite através de serviços da saúde, corroborando com a esta pesquisa. Também o estudo de Santos, Serva e Caminha (2017) com o tema sobre “Motivos de doação de leite humano de acordo com diferentes rendimentos per capita” obteve 54,4% das doadoras que conheceram o banco de leite através de serviços da saúde também colaborando com a pesquisa. Esse resultado reforça a necessidade de os profissionais de saúde orientarem o aleitamento materno desde a gestação da mulher até o puerpério (SANTOS et al, 2017).
Neste estudo, foi evidenciado como maior motivo para doação de leite o excesso do mesmo. No estudo de Fonseca-Machado et al (2013) sobre a “Caracterização de Nutrizes doadoras de um banco de leite humano” em Uberaba-MG com amostra de 42 mulheres obteve resultados semelhantes com a esta pesquisa com 58,1% de mulheres com excesso de leite corroborando com a pesquisa. No entanto, a pesquisa de Silva et al (2015) sobre “Doação de leite materno ao banco de leite humano: conhecendo a doadora” em Cuiabá, com amostra final de 70 participantes obtiveram resultados distintos com a maioria das doadoras 39,71% com solidariedade como maior motivo para doação.
Entre os motivos para a necessidade de cuidados com o BLH, o ingurgitamento mamário é a complicação mais comum causada pelo excesso de leite. O apoio que o BLH oferece a essas mães para enfrentar as complicações durante os primeiros dias de amamentação é fundamental para que elas continuem amamentando e se tornem doadoras (SANTOS et al, 2017).
Neste estudo todas as mães estavam cientes da importância da doação de leite e seu benefício para os recém nascidos. O estudo de Alves et al (2013) “Banco De Leite Humano Na Perspectiva Da Mulher Doadora” com amostra de 11 participantes traz relatos de mães doadoras quanto a importância:
“Onde eu fiz o pré-natal, não falaram sobre a doação do meu leite, mas hoje eu tenho muito leite e sei a importância de doar, é bom para o meu bebê e para o bebê que nasce muito pequeno, porque o meu leite é uma vacina, isso eu sei, pode evitar doença“ (N5).
O presente estudo destacou bons cuidados para ordenha do leite materno, contudo notou-se baixa adesão do descarte do primeiro jato de leite. No estudo de Costa et al (2020) sobre “Efeito de orientações sobre a coleta domiciliar de leite humano: um estudo de intervenção” com amostra de 14 participantes, tiveram um resultado semelhante a este estudo, com apenas 14,29% descartando o primeiro jato de leite.
O descarte dos primeiros jatos de leite na ordenha reduz até 90% da microbiota saprófita colonizadora, presente nas regiões periféricas dos ductos mamilares, podendo causar contaminação secundária do leite ordenhado (MENEZES, 2011).
Através desta pesquisa pode-se conhecer o perfil demográfico de doadoras de leite humano em Pouso Alegre – MG, sendo elas de faixa etária média de 28, maioria casada, com ensino superior e assalariadas.
A experiência social de uma mulher era o principal fator de motivação esperado para a doação de leite. Os principais fatores encontrados na pesquisa foram o excesso de produção de leite e a solidariedade.
Doar leite materno é essencial para proteção das crianças que precisam. O leite materno é o alimento mais completo e balanceado, pois pode atender a todas as necessidades nutricionais e fisiológicas de bebês menores de seis meses, mostrando-se essencial para o crescimento e desenvolvimento da criança (BRASIL, 2015). Devido a intercorrências, nem todas as mães conseguem amamentar seus filhos, utilizando os Bancos de Leite (AMARAL et al.,2015; MULLER et al., 2017)
Mas os Bancos de Leite ainda são pouco conhecidos, a grande maioria das mães participantes do estudo, tiveram recomendação por serviços de saúde. Diante dessas informações, o BLH precisa saber o perfil das doadoras para que implementem métodos de divulgação apropriados e atraiam novas contribuições.
Quanto aos cuidados higiênicos tomados para ordenha de leite, foram encontrados resultados positivos na pesquisa. Sobre a ordenha:
Vale ressaltar que é imprescindível que a ordenha seja conduzida com rigor higiênico-sanitário, para que dessa forma se possa garantir a manutenção das características imunobiológicas e nutricionais do produto, visto que ela é considerada um indicador do controle de qualidade do leite. Para tanto, é indispensável explicar às nutrizes a finalidade e a importância dos procedimentos de ordenha e coleta do leite
(COSTA et al., 2020, p.94439).
O conjunto de informações obtidas por meio deste estudo permite concluir que ainda é incipiente a cultura da doação de leite materno no Brasil, sobretudo devido à pouca eficiência governamental no que tange à divulgação da existência e benefícios do ato da doação. É imperativo, portanto, que o Ministério da Saúde, juntamente dos Bancos de leite, sejam agentes ativos na promoção de campanhas de incentivo à doação de leite materno. Essas campanhas podem ser vinculadas na internet e na televisão, dada a penetração desses meios na população, corrigindo e/ou amenizando o problema da desinformação, de modo a incentivarem e darem visibilidade à doação de leite materno.
Na descrição dos resultados focou-se no que se refere aos dados sociodemográficos e questões fechadas pré estabelecidas.
Entende-se que foram fatores limitantes deste estudo: o tempo hábil da pesquisadora para coleta; o número de doadoras cadastradas atualmente no banco de coleta de leite humano em Pouso Alegre – MG; a pandemia do COVID – 19 pois diminuiu drasticamente o número de doadoras.
Sugere-se que para futuros estudos, haja aprofundamento o qual não foi possível neste estudo devido aos fatores limitantes citados acima.
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidada para participar da pesquisa intitulada: “MÃES DE BANCO DE LEITE: MOTIVAÇÕES PARA SE DOAR” que tem como objetivo avaliar suas motivações para doar, por onde conheceu o banco de leite e seu conhecimento sobre os cuidados para se fazer a doação.
Este estudo está sendo realizado por Vitoria Larissa Alves da Silva, aluna do curso de Nutrição da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), juntamente com a pesquisadora responsável, professora orientadora, Ana Carolina Brasil e Bernardes.
A pesquisa terá duração de 1 ano, com término previsto para maio de 2022. Suas respostas serão tratadas de forma anônima e confidencial, isto é, em nenhum momento será divulgado o seu nome em qualquer fase do estudo, respeitando assim sua privacidade. Os dados coletados serão utilizados apenas nesta pesquisa e os resultados divulgados em eventos ou revistas científicas. Sua participação é voluntária, isto é, a qualquer momento o(a) senhor(a) pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento, o que garante sua autonomia.
Os riscos relacionados a este estudo serão de um risco mínimo aos participantes por saberem que seus dados serão analisados. Os benefícios relacionados à concretização deste estudo serão para analisar as motivações para doar, por onde conheceu o banco de leite e seu conhecimento sobre os cuidados para se fazer a doação.
Os resultados estarão à sua disposição quando finalizada a pesquisa e ficarão arquivados com a pesquisadora responsável por um período de cinco anos, e após esse tempo serão descartados de forma que não prejudique o meio ambiente.
As despesas necessárias para a realização da pesquisa como impressão de questionários, transporte e não são de sua responsabilidade e a senhora não receberá qualquer valor em dinheiro pela sua participação.
Este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido é um documento que comprova a sua permissão. Será necessário a sua assinatura para oficializar o seu consentimento. Ele encontra-se impresso em duas vias, sendo que uma via será arquivada pela pesquisadora responsável, e a outra será fornecida para a senhora.
Para possíveis informações e esclarecimentos sobre o estudo, entrar em contato com para as pesquisadoras Ana Carolina Brasil e Bernardes pelo telefone : (35) 988597507 ou com a acadêmica Vitoria Larissa Alves da Silva, pelo telefone: (35) 99836-5653, 24 horas por dia, sete dias da semana. Ou com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa da Univás pelo telefone (35)3449-9232, no período das 8h às 11h e das 13h às 16h de segunda a sexta-feira.
Ressalta-se que a sua valiosa colaboração é muito importante e, a seguir, será apresentada uma Declaração e, se a senhora estiver de acordo com o conteúdo da mesma, deverá assiná-la, conforme já lhe foi explicado anteriormente.
DECLARAÇÃO
Declaro estar ciente do inteiro conteúdo deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e estou de acordo em participar do estudo proposto, sabendo que dele poderei desistir a qualquer momento, sem sofrer qualquer punição ou constrangimento.
NOME COMPLETO DO(A) PARTICIPANTE: _______________________________
ASSINATURA DO(A) PARTICIPANTE: ____________________________________
ASSINATURA DO(A) PESQUISADOR(A) RESPONSÁVEL:
___________________________________________________________________
Pouso Alegre, ________ de ___________________ de _________.
Anexo II
QUESTIONÁRIO
Idade:______ Data de nascimento:___/___/____ Estado Civil:_______________________
Número de gestações: __________Números de filhos:______
Amamentou todos os seus filhos ( ) sim ( ) não
Com quem reside: _________________
Escolaridade: ( ) 1ª a 4ª série ( ) 5º ao 9º ano ( ) Ensino médio
( ) Graduação ( ) Pós-graduação
Profissão: ( ) do lar ( ) assalariado ( ) autônomo ( ) desempregado
Qual a renda familiar ( ) mais de R$1000,00 ( ) menos de R$1000,00
- Por onde conheceu a prática de se doar leite:
( ) Redes sociais
( ) Hospital
( ) Ambulatório
( ) Alguém que já usou
( ) Já usou
( ) Indicação médica
Outros: ________________________________________
- O que te motivou a doar o seu leite (você poderá marcar mais de uma opção)
( ) Solidariedade
( ) Excesso de leite
( ) Indicação de alguém da sua Família
( ) Campanha de doação de leite
Outros: ________________________________________
- Você conhece os benefícios do leite materno?
- Você sabe quais são os cuidados higiênicos que se deve tomar antes de doar o seu leite?
- Você sabe quais são os cuidados alimentares que se deve tomar antes de doar o seu leite?
- Você sabe qual a importância da doação do seu leite?
AGRADECIMENTOS
À minha mãe, Marcilene, a mulher mais forte que conheço, agradeço por todo o esforço para me ajudar a me manter na minha graduação e por todos os dias estar lá para me ouvir.
Ao meu grande amigo, Flávio, obrigada por todo suporte durante a elaboração deste trabalho.
À equipe do Banco de Coleta de leite pelo acolhimento e por ter aberto as portas para que eu pudesse realizar essa pesquisa.
À minha professora e orientadora Msc. Ana Carolina Brasil e Bernardes pelo incentivo durante toda a pesquisa.
EPÍGRAFI
“Todos os nossos sonhos podem-se realizar, se tivermos a coragem de persegui-los”
Walt Disney