Os problemas relacionados ao trabalho, estão sendo discutidos constantemente, principalmente nos países em desenvolvimento, recordistas em LER. Verifica-se que as lesões dos membros superiores tenham como causa as tarefas repetitivas, monótonas, simplificadas e o aumento do ritmo dos movimentos.
As lesões por esforços repetitivos, limitam a vida daqueles que a possuem, impossibilitando-os de realizar determinadas atividades. Os efeitos da postura sentada sobre o corpo humano, passaram a merecer progressivo interesse e investigações, visto que isso pode predispor o indivíduo que permanece sentado por tempo prolongado a maiores índices de desconfortos gerais, tais como: dor, sensação de peso e formigamento em diferentes partes do corpo. A posição sentada, em relação a posição em pé, apresenta ainda a vantagem de liberar os braços e pés para tarefas produtivas, permitindo grande mobilidade desses membros.
As regiões com maior incidência de lesões são os membros superiores, região escapular e pescoço, podendo acometer outras regiões do corpo. No Brasil, o instituto Nacional do Seguro Social ( 1993), classifica a síndrome nas seguintes formas clínicas:
• Tenossinovites: tenossinovite dos músculos extensores dos dedos e tenossinovite de De
• Quervain.;
• Epicondilites;
• Bursites;
• Tendinites: tendinite do músculo supra-espinhoso do músculo biciptal.
• Cistos Sinoviais;
• Dedos em Gatilho;
• Contratura ou Moléstia de Dupuytren;
• Compressão dos Nervos: Síndrome do Túnel do Carpo; Síndrome do Canal de Guyon; Síndrome do músculo pronador redondo; Síndrome cervicobraquial; Síndrome do Desfiladeiro Torácico; Síndrome da Tensão do Pescoço.
Um exame físico do sistema músculo – esquelético, deverá identificar comprome-timento de músculos, tendões, nervos, articulações, problemas circulatórios nos membros sobrecarregados (em geral os superiores).
Importante lembrar que na LER, o exame pode ser pobre, não sendo freqüente o encontro de sinais fisiológicos. A mudança estrutural do trabalho humano advinda do avanço tecnológico, possibilitou a maior mecanização no trabalho contribuindo para o aparecimento em maior escala da LER. A capacidade de mudar atitudes e comportamentos depende de outras habilidades, além da simples tomada de conhecimento de um problema. As pessoas precisam ser educadas para desempenhar as atividades que exigem movimentos repetitivos com uma postura correta, sem tencionar os músculos
Modificações devem ser implantadas e avaliadas de acordo com a especificidade de cada situação de trabalho e a partir de criteriosa análise da atividade e identificação de fatores de risco presentes na atividade.
Indivíduos são diferentes entre si e os ambientes e condições de trabalho são bastante diversificados, e sendo aqueles apenas um elemento isolado dentro de uma organização. Muitos outros aspectos alheios a eles: ambiente geral de trabalho; atividade realizada; estrutura organizacional da empresa (ritmo, turnos, intervalos); variabilidade das tarefas; relacionamento com colegas e chefe; posto físico de trabalho e atividades extra jornada podem concorrer e afetar a eficácia de uma atividade preventiva.
Referências Bibliográficas
BRASIL,MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo de Investigação, Diagnóstico, Tratamento e Prevenção de LER e DORT. 1a edição. Brasília-DF: editora Ministério da Saúde, 2002, 32 p.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diagnóstico, tratamento, reabilitação, prevenção e fisiopatologia das LER/DORT.1a edição. Brasília – DF : Ministério da Saúde, 2001, 64p.
Fabrício Costa Ferreira
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