PHYSIOTHERAPY IN THE TREATMENT OF DIABETIC FOOT MELLITUS USING LOW POWER LASER
Autoras:
Elizângela Furtado da Silva
Esp. Jeronice Sousa Rodrigues
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a toda minha família, em especial ao meu esposo Nixon dos Santos Tavares e aos meus filhos Davison Silva Maranhão, Evelyn da Silva Maranhão. Dedico também a meus pais, Maria Luzia Furtado de Castro e Agildo Soares da Silva, e aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado dando forças e contribuíram direta e indiretamente para minha formação acadêmica.
AGRADECIMENTO
Quero agradecer primeiramente a Deus por ter me permitido chegar até aqui.
Ao meu esposo Nixon dos Santos Tavares por ter acreditado em mim e sempre me apoiado nos momentos mais difíceis.
Aos meus filhos, Davison Silva Maranhão e Evelyn da Silva Maranhão, de onde tirei forças para seguir até o final, dedico essa vitória.
A minha orientadora Professora Jeronice Sousa Rodrigues pelo excelente acompanhamento na elaboração do meu trabalho.
Aos meus pais, Maria Luzia Furtado de Castro e Agildo Soares da Silva, que sempre me deram apoio e incentivaram os meus estudos.
Aos meus amigos que tiveram toda paciência, ajudando comprando minhas rifas e dando todo apoio.
EPIGRAFE
“Só existe uma maneira de subir as escadas que levam até o sucesso; subindo um degrau por vez”
Geovane Bento
RESUMO
O pé diabético, também chamado de Diabete Mellitus (DM) é uma complicação que ocorre no membro inferior podendo ocasionar infecções e surgimento de feridas que não cicatrizam. Esse é o tema do trabalho e o artigo mostrar a importância do profissional Fisioterapeuta além de proporcionar aos acadêmicos fontes de dados para novas pesquisas. Vai-se mostrar como a fisioterapia pode tratar os idosos com diabetes que têm seus membros inferiores afetados. O artigo utilizou como Método uma revisão literária da bibliografia publicadas nas bases de dados Pubmed, Scielo, revista de artigos atualizados. Nessas fontes foi possível encontrar resultados de condutas, objetivos, que puderam confirmar e afirmar que o tratamento com laser terapia de baixa potência tem um ótimo resultado na cicatrização do tecido lesionado.
Palavras-chave: Pé diabético no idoso, Laserterapia, Fisioterapia.
ABSTRACT
Diabetic foot, also called Diabetes Mellitus (DM) is a complication that occurs in the lower limb and can cause infections and the appearance of wounds that do not heal. This is the theme of the work and the article shows the importance of the Physiotherapist professional in addition to providing academic sources of data for further research. It will be shown how physiotherapy can treat the elderly with diabetes who have their lower limbs affected. The article used as Method a literature review of the bibliography published in Pubmed, Scielo, journal of updated articles. In these sources it was possible to find results of conducts, objectives, which could confirm and affirm that the treatment with low-level laser therapy has an excellent result in the healing of the injured tissue.
1 INTRODUÇÃO
A diabete vem se tornando cada vez mais presente na vida dos seres humanos, o impacto econômico vem contribuindo para que as pessoas tenha uma má qualidade de vida e possivelmente na sua recuperação e na sua saúde.
A doença do pé diabético é uma série de complicações que pode ocorrer no pé do paciente com diabetes não controlada, ocasionando problemas de circulação, e os membros inferiores são os mais afetados. A diabetes não tratada corretamente também pode causar complicações vasculares, como retinopatia, nefropatia e neuropatia periférica com potencial de riscos de úlceras nos pés, causando o denominado pé diabético, e por consequência pode causar a amputação do membro (Revista brasileira de promoção da saúde,v.23, n.2, p.109-117,2010).
O Diabético Delitos (DM) resulta em complicações multifatoriais, sendo o pé diabético uma das mais frequentes e devastadoras, por poder evoluir a amputações nos membros inferiores (MMII). Em média, essas lesões cutâneas são desenvolvidas ente 4% a 10% e cerca de 85% das amputações em MMII são consequências de úlceras mal tratadas, o que acarreta em redução da qualidade de vida e comprometimento funcional (TARGINO et al., 2016).
O processo de reparo tecidual é complexo e compreendem alterações vasculares e celulares, proliferação epitelial e de fibroblastos, síntese e deposição de colágeno, produção de elastina, revascularização e contração da ferida. Destacam-se ainda, os efeitos anti-inflamatórios e analgésicos. A laser terapia de baixa potência pode gerar aumento da atividade mitocondrial, vasodilatação, síntese proteica (ANDRADE et al., 2019).
O tratamento realizado com laser de baixa potência na reparação de úlceras do pé diabético foi extremamente eficaz. Não podemos deixar de lembrar que é indispensável uma boa avalição minuciosa, realizada pelo fisioterapeuta, para que seja elaborado um plano de tratamento e identificar aqueles que apresentam maiores riscos de desenvolver complicações (ANDRADE et at.,2014)
O fisioterapeuta tem diversas formas e técnicas para trabalhar no problema da úlcera ,são elas prevenção, educação, reabilitação e tratamento na prevenção de feridas, e sempre manter o paciente informado sobre a conscientização das complicações que pode ocorrer. (Liberto,2016)
Sendo assim, baseado na análise dos dados expostos e por ser um tratamento muito utilizado e discutido atualmente, justifica-se a apresentação do artigo fundamentado no qual o objetivo foi realizar uma revisão literária de bibliografias, sobre os benefícios da utilização do Laser de baixa potência, como benefício para a cicatrização do pé diabético, que certamente muito contribuirá para todos, pacientes, familiares dos pacientes, fisioterapeutas e profissionais da área da saúde.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Epidemiologia do Pé Diabético
O DM é uma doença crônica degenerativa, resultante de defeitos da secreção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e que é responsável pelo controle do nível de glicose no sangue. O DM apresenta elevados índices de morbimortalidade, o que acarreta um significativo problema de saúde pública, tendo em vista que a sua incidência aumente a cada ano, acarretando em gastos constantes em prevenção e tratamento da pessoa acometida (ANDRADE et al., 2019).
Nesta perspectiva POLICARPO (2012), salienta que a neuropatia diabética merece atenção especial, tendo em vista o quadro de complicações, ocorrendo mais frequentemente dentro do curso natural da doença, devido ao seu alto grau incapacitante, mutilante e recorrente, bem como seu elevado custo para o indivíduo e o sistema de saúde, além de sua acessibilidade econômica quanto às medidas preventivas.
2.2 Intervençãofisioterapêutica
O fisioterapeuta é um profissional da área da saúde que pode tratar, restabelecer movimentos, capacidade funcional por meio da promoção, prevenção e reabilitação. O fisioterapeuta também pode atuar junto com uma equipe multidiciplinar no tratamento da Diabetes Mellitus (Saúde 2015).
De acordo com as pesquisas em artigos científicos, o uso do mecanismo térmico e não térmico laser terapia de baixa potência e do fisioterapeuta teve uma eficácia muito boa tornando uma mudança no sistema biológico. (FREITAS;FREITAS;SKTREC,2011).
2.3 Laser terapia
A Laser terapia apresenta um ótimo resultado para todo organismo, é indolor, segura e não invasiva, atua no combate aos radicais livres (terapia antiaging) auxiliando na melhora de várias patologias principalmente a Diabetes, a terapia a laser de baixa intensidade já é utilizada pela medicina como tratamento em diversas áreas, como para cicatrização, ou úlceras diabéticas. Os benefícios clínicos da laser terapia podem ser vistos em procedimentos que vão desde questões estéticas até situações mais graves. Nesse sentido, são relatados principalmente o tratamento de cicatrizes, ferimentos, hematomas, queimaduras, neuralgias e inflamações localizadas.
2.3.1 Princípios físicos da utilização do Laser
A palavra laser tem origem no inglês e é a abreviação para Light Amplfiication by Stimulated Emission of Radiation, que significa Amplificação da luz por emissão estimulada de radiação, o átomo é constituído de um núcleo, onde ficam elétrons e órbita, O laser de baixa intensidade tem sido utilizado desde o final da década de 60, e tem um potencial de radiação no intervalo entre 2 mW a 30 mW. Sendo assim, os efeitos clínicos dessa terapia decorrem da interação direta com as células.
Os tipos mais comuns de laser são: GaAs (arsenieto de gálio), GaAIAs (arsenieto de gálio e alumínio), AIGaInP (alumínio, gálio, índio e fósforo) e HeNe (hélio e neônio).
Os modos de emissão podem ser contínuos ou pulsados, e são representados, basicamente, pelas canetas laser 660 nm e 830 nm, que possibilitam operar em frequências de 2,5 Hz a 2 KHz.
As frequências de 2,5 Hz são aplicadas em lesões agudas; as de 20 Hz para cura de feridas; acima de 120 Hz para alívio dos processos dolorosos crônicos; e as de 2 KHz para lesões crônicas e feridas de difícil cicatrização. Costa et al.,(2013).
2.3.2 Princípios da aplicação na clínica com paciente
É um recurso da fototerapia que vêm sendo utilizado pela fisioterapia, por produzir um efeito anti-inflamatório, analgésico, estimulante celular e modulador do tecido do conjuntivo na regeneração e na cicatrização de diferentes tecidos.
A dose do laser é indicada pelo fisioterapeuta conforme o efeito desejado, podendo variar de 1 a 6 J/ cm2; Anti-inflamatório – 1 a 2 J/cm2; Analgésico – 2 a 3 J/cm2; Anti edema – 3 a 4 J/cm2
Cicatrizante – 4 a 6 J/ cm2
O tempo da aplicação depende da área a ser tratada, confira a disposição de cada área para a aplicação de laser: Área pequena – 5cm2 Tempo: 2 minutos; Área média – 10cm2 Tempo: 4 minutos
Área grande – 25cm2 Tempo: 6 a 8 minutos.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Fluxograma de identificação e seleção dos artigos para revisão de literatura sobre os benefícios do método laser terapia no pé diabético.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com estudos, foi observado que o idoso com pé diabético tem muita dificuldade na sua locomoção devida as perdas funcionais, principalmente dos membros inferiores (pernas).
De acordo com a Organização Mundial De Saúde, o pé Diabético está entre as complicações mais frequentes e as suas consequências podem ser traumáticas para a vida de um indivíduo, seja ela feridas crônicas, infecções e até mesmo uma amputação do membro inferior (pernas).
Em termos de resultados, verificou-se que o fisioterapeuta atuando na prevenção, reabilitação e orientação foi de suma importância no tratamento do pé diabético. A utilização do laser como terapia de baixa potência foi expressiva e teve um ótimo resultado no processo de cicatrização da lesão causada por essa patologia.
Na pesquisa realizada, não foram encontrados artigos e outros dados que contra indicasse o tratamento apresentado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos artigos sobre o tratamento do pé diabético foi detectado que os idosos desenvolvem lesões nos pés com mais facilidade. O fator econômico tem contribuindo para o agravamento dessa patologia por falta de recurso financeiro. Muitos vivem com apenas um único recurso que é sua aposentadoria e não tem como pagar uma consulta médica particular, não ter como comprar seus medicamentos e no SUS uma consulta é muito demorada, o atendimento por ter que ficar na fila de espera por um longo prazo, faz com quer o paciente não faça um acompanhamento médico correto, levando o paciente a graves complicações.
Durante a pesquisa, vários artigos proporcionaram bons esclarecimentos sobre a utilização do laser terapia de baixa potência concluindo que é um recurso de suma importância.
Também, as pesquisas destacaram a importância da fisioterapia no acompanhamento do paciente com pé diabético, orientando até mesmo seus tipos de calçados para evitar lesões.
Dito tudo isso, convém estimular novos estudos sobre o tema tendo em vista a importância e o número de casos que acomete pessoas, em particular idosos, na atualidade.
6 REFERÊNCIAS
ANDRADE,L.L.;CARVALHO,G. C. P.; VALENTIM, F. A. A. A.;SIQUEIRA,W.A.;MELO,F. M. A. B.; COSTA,M. M. L. Caracterizacãoe tratamento de úceras do pé diabético em um ambulatório. Revista Cuidado é Fundamental, v.11,n 1, p. 124-128,2019.
BRASIL.Ministério da saúde.Manual do pé diabético:estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica-Brasília: Ministério da Saúde, 2016
DOS SANTOS, CamilaMiranda; DA SILVA, Graziela Derbli;BARROS, Jorge Aparecido. Laserterapia em pacientes com pé diabético.Multitemas, [S.l.],maio2016
LIBERATO, R. H.(2016).Atuação da fisioterapia em pacientes com o pé diabético. EFDeportes.com,1.
MARTINS, Renata Mara. Atuação Fisioterapêutica no pé diabético. Portal Diabetes Mellitus 2007.Disponivel em:< http://www.portalDiabetesMellitus.com.br/novidades-artigos/DiabetesMellitus-artigos/atuação-fisioterapeuticadiabetico/>.Acesso em:21 setembro de 2020