A FISIOTERAPIA PÉLVICA NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

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Dra Tamara Cristine dos Santos Altivo CREFITO: 155507-F

Instagram: @fisioterapiasaudedamulher

www.tamaraaltivofisioterapia.com.br

A Incontinência urinária é toda perda involuntária de urina pela uretra, que pode ser em forma de gota, jato ou até uma micção completa.

Embora atinja homens, é mais comum entre as mulheres. Cerca de 35% das mulheres com mais de 40 anos ou após a menopausa e, 40% das gestantes apresentam incontinência urinária. Muitas mulheres perdem a urina ao realizar atividades comuns como tossir, espirar, pegar peso e até mesmo com movimentos.

A fisioterapia especializada nomeada de fisioterapia pélvica ou uroginecológica é a primeira opção e considerada padrão ouro em tratamento da incontinência urinária. Além das evidências científicas, a fisioterapia pélvica é menos invasiva, indolor e atua na reabilitação da musculatura, visando devolver a funcionalidade do assoalho pélvico.

Uma avaliação fisioterápica identificará a causa e os sintomas que nortearão a melhor conduta e procedimentos, com técnicas e orientações individualizados conforme os objetivos específicos.

A duração do tratamento varia de 3 a 6 meses com uma média de 12 a 24 sessões que dependem do tipo de incontinência e da resposta muscular de cada paciente. O alívio dos sintomas é perceptível em média após 1 mês de intervenção, no entanto, em alguns casos podem-se notar uma diferença em apenas 1 semana.

Existem exercícios específicos, técnicas e aparelhos que utilizamos para recuperar a funcionalidade, vai além de contrair e relaxar a musculatura do períneo. Dentre as principais estratégias fisioterapêuticas utilizadas são:

  • Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico (TMAP): exercícios de contrações musculares repetidas e pode ser realizado através da cinesioterapia como pilates, hipopressivo, LPF; biofeedback, cones vaginais e eletroterapia;
  • Biofeedback: aparelho que registra a contração e relaxamento da musculatura em tempo real e apresenta ao paciente através de recursos visuais e/ou auditivos que podem ser integrados a computador, ou videogame.
  • Eletroestimulação: estimulação com corrente elétrica que ajuda no fortalecimento da musculatura ou normalização as contrações da bexiga através de eletrodos.
  • Mudança no estilo de vida: melhora da ingesta hídrica, perda de peso, diminuição de substância irritantes da bexiga como cafeína; diminuição da sobrecarga com pegar peso ou evitar exercícios de alto impacto e postura.

Outras técnicas podem ser realizadas como treinamento vesical, terapia comportamental, terapia manual, técnicas de relaxamento, exercícios respiratórios, radiofrequência, realidade virtual; e acessórios como cones vaginais, educador e massageador perineal.

Vários fatores podem prejudicar o assoalho pélvico e contribuir no aparecimento da incontinência urinária, dentre eles estão: mau hábito miccional, obesidade, números de gestação e parto, atividade física de grande impacto, medicações, cirurgias pélvicas, constipação intestinal, alterações hormonais como na menopausa, gestação, pós-parto imediato e envelhecimento, além de doenças crônicas, emocionais e psiquiátricas, entre outros.

Uma avaliação anual preventiva com fisioterapeuta pélvico para receber orientações individualizadas de exercícios, e incluir hábitos saudáveis na rotina, fazem toda a diferença na prevenção da incontinência urinária.

Dra Tamara Cristine dos Santos Altivo CREFITO: 155507-F

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