OS BENEFÍCIOS DO ACOMPANHAMENTO FISIOTERAPÊUTICO UTILIZANDO EXERCÍCIOS DE KEGEL EM MULHERES PRIMIGESTAS

\"\"

Melicia Nascimento Feitosa
Orientador: Prof. Francisco Carlos Santos Cerqueira

\"\"

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar os benefícios do acompanhamento Fisioterapêutico utilizando Exercícios de Kegel em mulheres primigestas. Sabe-se que durante o período gestacional a mulher sofre modificações hormonais e anatômicas que tem efeito sobre a musculatura do assoalho pélvico. Através do trabalho de pesquisa, verificou-se que o Exercício de Kegel obteve grande relevância, pois melhora significantemente a musculatura do assoalho pélvico, melhora o apoio estrutural, aumenta a resistência e força muscular, aumenta a sensibilidade na região genital, aumenta as chances de ocorrência de parto vaginal facilitando o trabalho de parto, previne futuras disfunções tais como: incontinência urinária, prolapso vaginal ou uterino promovendo o bem-estar da mulher.

Palavras-chaves: Fisioterapia, Exercícios de Kegel, Mulheres Primigestas.

ABSTRACT

The present work aims to present the benefits of Physiotherapy monitoring using Kegel Exercises in primigravid women. It is known that during pregnancy the woman undergoes hormonal and anatomical changes that have an effect on the muscles of the pelvic floor. Through the research work, it was found that the Kegel Exercise obtained great relevance, since it significantly improves the pelvic floor musculature, improves the structural support, increases the resistance and muscular strength, increases the sensitivity in the genital region, increases the chances of occurrence of vaginal delivery facilitating labor, prevents future disorders such as: urinary incontinence, vaginal or uterine prolapse promoting the woman\’s well-being.

Keywords: Physiotherapy, Kegel Exercises, Primigravid Women.

1. INTRODUÇÃO

O assoalho pélvico é um sistema de músculos, ligamentos e tecidos formando uma rede de apoio para a bexiga e o útero. Durante a gestação o útero gravídico fornece sobrecarga ainda maior ao assoalho pélvico, fato que ativa as interferências hormonais promovendo assim alterações na biomecânica.

Este trabalho busca relatar os benefícios do acompanhamento fisioterapêutico utilizando Exercícios de Kegel em mulheres primigestas e a importância da fisioterapia no acompanhamento gestacional das primigestas de baixo risco mães entre 18 a 30 anos.

A pesquisa é de grande interesse, pois permitirá aos profissionais da área da saúde que conheçam os exercícios de Kegel o conhecimento do tratamento junto as mulheres primigestas e que os profissionais de Fisioterapia estão aptos para realização de tais procedimentos, prevenindo, reabilitando e tratando as disfunções e, ainda, demonstrando aos familiares que existe um recurso capaz de tratar disfunções desde o início do ciclo gestacional.

A metodologia utilizada foi revisões bibliográficas através de verificações e comparações de textos e artigos de revistas científicas.

Os exercícios de Kegel tem como principal objetivo fortalecer a musculatura promovendo o aumento do volume muscular, melhorando estruturalmente o apoio do assoalho pélvico aumentando a resistência e força muscular exercícios físicos em primigestas, aumentando as chances da realização de parto vaginal e saudável, prevenindo futuras complicações tais como; incontinência urinária, prolapso vaginal ou uterino, disfunções sexuais proporcionando assim o bem estar da mulher.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Anatomia do assoalho pélvico

Segundo LIMA et al. (2010), a pelve feminina possui um aparelho de sustentação (assoalho pélvico) que é constituído por diafragma pélvico, diafragma urogenital e fáscias endopélvicas. É o conjunto dessas estruturas que dão suporte às vísceras abdominais e pélvicas resistindo às pressões exercidas pelo aumento da pressão abdominal. Assim vale ressaltar a importância de conhecer a anatomia e fisiologia do assoalho pélvico que se complementam e destacar a conscientização e o conhecimento dessa musculatura para as pacientes que o desconhecem dessa estrutura.

Salienta ainda que todas as estruturas estão contidas entre o peritônio pélvico e a pele da vulva (bexiga uretra e a musculatura do assoalho pélvico) formam o assoalho pélvico e acrescentam que o diafragma pélvico (conjunto formado pelos músculos levantador do anus e coccígeo), que caudalmente a cavidade pélvica, e responsável pelo apoio das vísceras pélvicas, principalmente do útero (ENKIN, 2005).

Desta maneira, o assoalho pélvico sofre adaptações durante a gestação das mulheres primigesta, em que se torna importante salientar a anatomia do assoalho pélvico para melhor compreensão.

2.2 Benéficos do tratamento e sua eficácia

Para SANTOS(2004), os Exercícios de Kegel objetiva trabalhar basicamente a musculatura perineal para o tratamento de hipotonia do assoalho pélvico. Assim compete ao profissional de Fisioterapia, a realização de um preparo individual da mulher primigesta no que diz a respeito a promoção de conforto da mesma do pré ao pós parto, o Fisioterapeuta desenvolverá um trabalho levando em consideração os Exercícios de Kegel no sentido de amenizar os desconfortos das mulheres primigestas oriundos do período gestacional.

Segundo MOREIRA; CHAVES; REIS (2007) Kegel preconizava que a restauração do tônus e da função muscular poderia ser obtida com a realização de Exercícios. Em vista disso se a Fisioterapia é uma ciência da saúde responsável pelo tratamento relativo ao movimento cinético funcional, a atuação do fisioterapeuta é de grande relevância no atendimento às mulheres primigestas realizando os Exercícios de Kegel, que trará benefícios para o conforto da mesma.

2.3 Descrição da mulher primigestas

A fisioterapia pélvica atualmente é um dos principais meios que faz parte da equipe em que Primigesta: é o termo utilizado para uma mulher que tem a sua primeira gravidez. A partir disso o corpo, assim como útero sofre por adaptações para o recebimento do primeiro feto, é importante salientar as mudanças no modo funcional e endocrinológico, que merece atenção tanto na fisioterapia como em outras especialidades.

2.4 Analise, Discussão e Resultados

2.4.1 Analise

Pode-se observar que o exercício de Kegel tornou-se importante como tratamento uroginecológico, diversos autores sugerem a prática dos exercícios para que possam favorecer prognóstico de lesões e patologias futuras que eventualmente possam acometer o assoalho pélvico já que durante a gestação o corpo passa por diversas modificações fisiológicas e anatômicas.

2.4.2 Discussão

Ao discutir resultados obtidos durante a pesquisa mediante os artigos comprovando a sua eficácia referente ao exercício de Kegel a literatura permanente é escassa por ser pouco estudada, e por ter pouca abrangência por não ter um certo acompanhamento e interesse sobre a determinada área já que é dada pouca importância quando é falado de Fisioterapia pélvica ainda mais referente ao período gestacional sendo uma área que precisa ser mais conhecida e estudada, pois, de fato proporciona uma mulher qualidade de vida.

2.4.3 Resultados

Para maioria dos autores analisados os exercícios de Kegel no fortalecimento do assoalho pélvico tem obtido resultados positivos quando o restabelecimento de força muscular os resultados tem sido positivos sobre os efeitos do exercício de Kegel contribuindo assim para que o protocolo seja reconhecido pela sua eficácia mediante ao exposto o exercício de Kegel tem sim grande relevância quando é falado sobre fortalecimento do assoalho pélvico tem grande eficácia para prevenir futuros prognósticos oriundos da gestação tais como: incontinência urinária, prolapso vaginal e uterino, fazendo com que as gestantes retornem as suas atividades de vida diária, trazendo bem estar físico e emocional aumentando as chances de um parto natural, promovendo um retorno a sua vida sexual normal sem que haja receio de ambas as partes.

3. CONCLUSÃO

O presente artigo abrange os benefícios do acompanhamento Fisioterapêutico utilizando os exercícios de Kegel em mulheres primigestas, mães de primeira viagem.

Os exercícios em si fortalecem significativamente a musculatura do assoalho pélvico ajudando a prevenir ou eliminar a incontinência urinária gerada pelo peso do bebê sobre a bexiga, ajudando na facilitação do trabalho de parto e diminuindo as chances de laceração, prevenindo modificações fisiológicas indesejáveis, retornando às atividades de vida diária pós-parto sem receio de incontinência ao tossir ou espirrar, retomando a vida sexual pós-parto.

Vale ressaltar sua importância ciclo gestacional, pois trará vários benefícios já citados anteriormente sendo uma técnica não invasiva com resultados positivos quanto sua atuação.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSIS, Thaís Rocha et al. Efeito de um programa de exercícios para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico de multíparas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 35, n. 1, p. 10-15, 2013.

CALDEIRA, Andreia; VIANA, Sara. Eficácia dos exercícios de fortalecimento do pavimento pélvico, durante e após o parto, na prevenção e tratamento da incontinência urinária: artigo de revisão. 2010.

DE ALMEIDA GOMES, Amanda; DE OLIVEIRA, Cláudia. Fisioterapia Uroginecológica na Gestação e no Trabalho de parto Revisão bibliográfica.

LIMA, Fernanda R.; OLIVEIRA, Natália. Gravidez e exercício (Pregnancy and exercise.Rev Bras Reumatol, v. 45, n. 3, p. 188-90, mai./jun., 2005.

LOPES, Michele; MEJIA, Dayana. O efeito do Kegel na incontinência urinária de urgência no pós parto.

LUIS, Lívia Argentão. INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO PREPARO E DURANTE O PARTO NATURAL.

Mendes EPB, Oliveira SMJV, Caroci AS, Francisco AA, Oliveira SG, Silva RL. Pelvic floor muscle strength in primiparous women according to the delivery type: cross-sectional study. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2016;24:e2758. http://dx.doi.org/10.1590/15188345.0926.2758.

OLIVEIRA, Claudia de; LOPES, M. A. B. Efeitos da cinesioterapia no assoalho pélvico durante o ciclo gravídico-puerperal. São Paulo, Dissertação de Mestrado, 2006.

SILVA, Mônica; SOUZA, Dayana. A influência da cinesioterapia na gravidez.

SILVEIRA, Lílian Cristina da; SEGRE, Conceição Aparecida de Mattos. Exercício físico durante a gestação e sua influência no tipo de parto. Einstein (São Paulo), v. 10, n. 4, p. 409-414, 2012.