O POMPOARISMO COMO MÉTODO PARA MELHORA DA LUBRIFICAÇÃO VAGINAL EM MULHERES NA PÓS MENOPAUSA COM VAGINISMO

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¹Thais Rosalina Lins da Silva ²Jeronice Rodrigues

¹acadêmica finalista do curso de Fisioterapia Do Centro Metropolitano de Manaus – FAMETRO ²docente do curso de Fisioterapia do Centro Metropolitano de Manaus – FAMETRO

RESUMO
Vaginismo é a condição em que a mulher sente dor durante a relação sexual, há tratamento para o problema. O pompoarismo é uma técnica que serve para melhorar e aumentar o prazer durante o contato íntimo através de contração e relaxamento do canal vaginal. OBJETIVO: Mostrar a mudança na qualidade de vida da mulher que é a recuperação da contração do canal vaginal. METODOLOGIA:
Através de buscas nas plataformas de MEDLINE, PUBMED E SCIELO, e com bases em artigos e revistas digitais. RESULTADOS ESPERADOS: Analisar os resultados em que a fisioterapia, através da técnica de pompoarismo aumenta a libido sexual na pós menopausa.

Palavra-chave: Pós menopausa, Vaginismo, libido sexual.

ABSTRACT
Vaginismus is the condition in which the woman feels pain during intercourse, there is treatment for the problem. Pompoirism is a technique that serves to improve and increase pleasure during intimate contact through contraction and relaxation of the vaginal canal. OBJECTIVE: To show the change in the woman\’s quality of life, which is the recovery of contraction of the vaginal canal. METHODOLOGY: Through searches on the MEDLINE, PUBMED AND SCIELO platforms, and based on articles and digital magazines. EXPECTED RESULTS: Analyze the results in which physiotherapy, through the technique of pompoarism, increases sexual libido in post menopause.

Keyword: Post menopause, Vaginismus, sexual libido.

  1. INTRODUÇÃO
    É relatado a incidência do vaginismo (contração involuntária) entre 1 a 6% da população feminina, que é caracterizada pelos espasmos involuntários da musculatura do terço externo da vagina, recorrente ou persistente, que interfere no ato sexual. O estreitamento muscular, pode vir acompanhado da dispaurenia (dor no pré, durante ou pós ato sexual), o que agrava a dor e dificulta a entrada do pênis no canal vaginal. MOREIRA (2013).
    Segundo diz Riva (2016), os benefícios que o pompoarismo causa são de grande ajuda, evitando a flacidez vaginal e colabora para o fortalecimento do assoalho pélvico, colaborando também para a saúde da mulher e o maior prazer sexual, são beneficiados os músculos da uretra, esfíncter vaginal, beneficia a irrigação sanguínea da região pélvica, diminuindo os sintomas da menopausa, favorecendo a lubrificação.
    Conforme diz Tortora (2012), entre os 40 e 50 anos de idade, os folículos em conjunto esgota-se, com esse resultado, os ovários se tornam menos responsáveis a estimulação de hormônios. A produção de estrógenos cai, apesar de sua grande produção de FSH e LH pela adeno-hipofise. Muitas das pessoas aderem a várias ondas de calor e transpirações de forma intensa, que tem tudo a ver com as explosões de liberação de GnRH. Outros sintomas são dores de cabeça, mudanças de humor, ressecamento vaginal, insônia e até mesmo a depressão.
    Segundo Raff., et al (2012), durante o período menopausal, gonadotrofinas, estradiol e inibina mostram um grande marco de grau de variabilidade nos seus níveis circulantes. Dentre 1 a 2 anos após o último tempo menstrual. O nível de FSH estão significantes aumentados, os de LH, estão modera mente elevados, e o estradinol e inibina estão baixos ou indetectáveis.
    No Brasil, a prevalência de disfunção sexual chega a atingir 49% das mulheres com 18 anos ou mais5 e 67% daquelas na meia-idade (40 a 65 anos). Além disso, 60% das brasileiras referem ter diminuição da atividade sexual após a menopausa.
    Atualmente, existem no Brasil cerca de 30 milhões de mulheres entre 35 e 65 anos, o que significa que 32% da população feminina estão na faixa etária em que ocorre o climatério e, com o aumento da expectativa de vida mundial, essa porcentagem tende a aumentar. (CALVACANTI ET AL., 2014).
    De acordo com Moreira (2013), o vaginismo é considerado como um trauma sexual decorrente de traumas sexuais passados, principalmente na base infantil, tem a ver também com históricos de abusos sexuais na infância e estupro em qualquer etapa da vida, sendo comum também passado na lua de mel traumático como a primeira relação sexual.
    Conforme diz Mendonça et al.,( 2012), nas transmissões nervosas da células, de todo o sistema periférica e central, uma queda nos níveis de estrogênio sérico resulta em mudanças do epitélio de mucosa vaginal e a atrofia do musculo liso da parede vaginal, e em seguida torna ao ambiente de canal vaginal menos ácida, acarretando a infecções do trato urinário.
    De acordo com Mendonça (2011), o tratamento fisioterapêutico é fundamental para que o paciente consiga controlar e isolar os músculos no fortalecimento, para que a paciente consiga relaxar a musculatura e que se sinta motivada para obter uma boa aprendizagem dos exercícios e instruções sobre os procedimentos, se o tratamento estiver dando efeito é necessário verificar a medida da função e a fase muscular do períneo antes e após o tratamento.
    A reabilitação fisioterapêutica com importante potencial no tratamento, com o objetivo de fortalecer os músculos do assoalho pélvico, prevenindo o surgimento de futura incontinência, a fisioterapia vem destacando-se no tratamento dos transtornos sexuais dolorosos das mulheres, através da utilização de múltiplas técnicas de reabilitação neuromuscular, entre elas, a cinesioterapia e as terapias manuais. A conscientização perineal também faz parte das opções que a fisioterapia possui no tratamento dessas disfunções, sendo essencial na adequação da atividade muscular do períneo das mulheres portadoras de vaginismo. (PIASSAROLLI et al., 2010).
    É relatado que o trabalho realizado, 18% da população feminina sofre com o transtorno sexual da menopausa, que está totalmente ligada pelo baixo nível hormonal, segundo elas, diminui a lubrificação e a flexibilidade do canal vaginal, tornando o ato da penetração algo desconfortável. Se mostra o papel importante que a fisioterapia pélvica tem para o tratamento e fortalecimento do assoalho pélvico e o aumento da lubrificação vaginal, dando um conforto na hora do coito e maior qualidade de vida, melhorando também o fluxo sanguíneo da área vaginal.
  1. METOLOGIA
    Estudo feito a partir de revisão literária, usando plataformas que são PUBMED, SCIELO, MEDLINE, e revistas digitais, com o objetivo de saber mais do assunto abordado, é um processo de busca, de conhecimento e análise do assunto sob plataformas de autores com conhecimento da área abordada, usando também revistas, livros e sites dando então orientações de alta ajuda e conhecimento.
    A escolha do tipo de estudo, se deu mais porque a fisioterapia ginecológica e saúde da mulher só tem crescido e ganhando o seu espaço, tem se falado muito sobre a importância do fortalecimento da musculatura pélvica, principalmente em mulheres na pós menopausa, conforme as ideias abordadas pelos artigos, foram respeitadas os limites de critérios de estudos e bases dos mesmos.
    Os critérios de estudo são por meio de artigos (34), sites e revistas digitais (15) com o ano de 2010 para cima, e livros abordando o assunto de forma clara e concreta e especifica de acordo com as regras do trabalho que está sendo desenvolvido, destacando também atividades, formas de tratamento, resultados e porcentagens de mulheres naquela fase de tratamento.
    A metodologia utilizada para analisar os casos de menopausa e vaginismo foram os índices de casos tidos em artigos, a técnica de pompoarismo como método de tratamento da ausência da lubrificação vaginal da mulher na pós menopausa, gerando um aumento da circulação sanguínea e dando um maior conforto a mulher.
    A conclusão teve como ênfase principal o tratamento que sendo praticado corretamente ou com o auxílio de um profissional trará benefícios de forma positiva, ajudando na qualidade de vida e reposição hormonal de forma natural, dando também uma melhora significativa na terceira idade, obedecendo as diretrizes do trabalho.
    Com meios de mostrar a eficácia da técnica de tratamento, é necessário levar em consideração os relatos obtidos em artigos, e como a técnica pode influenciar na vida da mulher, melhorando o seu bem-estar e equilíbrio hormonal de forma natural, evitando bactérias que são tidas no trato genital pela falta de lubrificação.
    O trabalho que está sendo apresentado tem a finalidade de, por meio da técnica de pompoarismo melhorar de forma significativa a circulação sanguínea da área pélvica, fortalecendo os músculos do assoalho pélvico, melhorando a vida sexual após a menopausa, mostrando então o lado positivo da técnica de pompoarismo.

Figura 1 – Fluxograma de identificação e seleção dos artigos para revisão de literatura sobre o pompoarismo como método para a melhora da lubrificação vaginal em mulheres na pós menopausa com vaginismo.

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  1. RESULTADOS
    Tabela 1 – Resultados do levantamento Bibliográfico
Ano Autor Tipo de Estudo Resultado obtidos
2011 Senatori DionisiEstudo de intervenção.Alivio da dor.
2010 PiassaroliEstudo Bibliográfico.Tratamento do vaginismo.
2011 SouzaEstudo de Intervenção.Tratamento do vaginismo.
2016 Wolpe Estudo de caso.Tratamento nos tecidos musculares.
2018 CardosoEstudo de caso.Exercícios perineais.
2015 ASSIS ET ALEstudo bibliográfico.Melhora da contração involuntária.
2019MedeirosRevisão literária.Técnica de relaxamento intravaginal.
2017 BatistaRevisão bibliográfica.Ativação da musculatura do assoalho pélvico.
2013 MohktarEstudo de intervenção.Eficácia dos exercícios para fortalecimento.
2017 MirandaRevisão bibliográfica.Aumenta da auto estima da mulher.
FONTE:SILVA,
  1. DISCUSSÃO
    É relatado a incidência do vaginismo (contração involuntária) entre 1 a 6% da população feminina, que é caracterizada pelos espasmos involuntários da musculatura do terço externo da vagina, recorrente ou persistente, que interfere no ato sexual. O estreitamento muscular, pode vir acompanhado da dispaurenia (dor no pré, durante ou após o ato sexual), o que agrava a dor e dificulta a entrada do pênis no canal vaginal. (MOREIRA, 2013) onde 84,4% mulheres obtiveram melhora da dor, avaliada pela EVA, após 5 sessões de pompoarismo. Ao final das 10 sessões, 43 (95,6%) mulheres alcançaram a resolução completa dos sintomas iniciais (dor e contração muscular reflexa dos músculos perineais). Observou-se ainda diminuição da aderência cicatricial perineal e realinhamento no eixo vulvovaginal. (DIONISI SENATORI, 2011).
    Piassarolli et al (2010), relata que o tratamento do vaginismo deve basear-se na normalização do tônus muscular, tendo que trabalhar o relaxamento e contração da MAP. Dentre os recursos da fisioterapia estão a cinesioterapia, cones vaginais, massagem perineal e a terapia manual para liberação de pontos de gatilho principalmente nos músculos isquiocavernoso, bulbo esponjoso e elevador do ânus que são os músculos mais afetados pelo vaginismo. Estudo realizado com 13 mulheres, 60% delas apresentaram uma boa melhora. Com o avanço do tratamento, foi observado uma melhora na função sexual das mulheres devido ao aprendizado do controle do MAP e o conhecimento corporal.
    Conforme diz Souza (2011), um estudo realizado com 22 idosas que foram diagnosticadas com vaginismo. Elas foram submetidas a um tratamento de pompoarismo, sendo realizados por 30 minutos, duas vezes por semana, totalizando 12 sessões. Verificou- se ao final do tratamento, uma melhora na qualidade de vida dessas mulheres.
    De acordo com Wolpe et al (2016), o pompoarismo é um conjunto de intenção de exercícios da musculatura pélvica, onde é aplicado o ato de comando vocal para a realizacação dos exercícios, dessa forma se tem o alivio de tensões e as retiradas de pontos gatilhos, o recrutamento muscular e a melhora do tônus muscular, e o aumento da vascularização local, relatando a diminuição da dor, e a melhora do orgasmo, da vontade e do desejo. Estudo feito com base de estudo de caso afirmou pontos positivos em 60% das mulheres nos estudos.
    A atuação da fisioterapia no tratamento do vaginismo, tanto na reeducação da dor no ato sexual, quanto no aumento do grau de força do assoalho pélvico, O estudo foi feito com 10 mulheres que apresentavam dor durante o ato sexual, foi incentivado a realização de exercícios de pompoarismo para a melhora do mesmo, com 10 sessoes, o estudo demonstra que os exercícios perineais foi efetiva como técnica de reeducação ao tratamento do vaginismo, proporcionando melhora de outros sintomas. (CARDOSO ET AL, 2018). Segundo diz Assis et al (2015), alguns estudos mostram que o treinamento dos MAP, com exercícios e uso da técnica, melhora a função sexual, pois o aumento da força , melhora as contrações involuntárias durante o orgasmo, melhorando o fluxo sanguíneo para o órgão genital, proporcionando o alivio. Porém, nem todas as mulheres tidas no trabalho não apresentaram uma boa melhora, precisando de mais sessões de tratamento. 50% das mulheres continuaram o tratamento.
    Conforme diz Medeiros (2019), o pompoarismo tem como técnica de dessensibilização com os seguintes eixos conhecidas como técnica de relaxamentos, contrações dos músculos intravaginais para relaxamentos dos músculos por fisioterapeutas, apresentou uma melhora significativa muito boa no tratamento do vaginismo. 80% delas não precisaram de reposições hormonais após o tratamento.
    De acordo com Batista (2017), a ativação da musculatura leva ao aumento da vascularização, do estimulo sensório motor, o que contribui na recuperação de disfunções como o vaginismo, acontece o aumento do fluxo e na ativação da musculatura do AP. O tratamento fisioterapêutico, restaura a função da musculatura pélvica. O tratamento selecionou 7 mulheres com vaginismo na pós menopausa, foram realizadas 10 sessões com 45 min, foi verificado então um bom avanço no tratamento.
    O objetivo da técnica é fortalecer os músculos que circundam parte da vagina, do reto e da uretra. Sobre a eficácia dos exercícios para o fortalecimento desse conjunto de músculos, o estudo realizado demonstrou que a força dos MAP apresentou melhora nas avaliações, foi observado também a melhora na função sexual, melhorando a disfunção sexual. (MOHKTAR, et al 2013).
    Conforme diz Miranda et al (2017), a técnica de pompoarismo tem como principal característica o aumento da auto estima, e ajuda no aumento da auto estima, e ajuda no aumento do libido e potencial orgástico, melhorando também no relacionamento conjugal, pois a vida de casal de torna mais prazerosa, além de tudo contribui pra uma vida sexual mais ativa. Os hormônios ficam regulados, já que a circulação na área pélvica aumenta. Um grupo de mulheres participaram do estudo, foi verificado que 80% obtiveram um bom resultado no tratamento com a técnica de pompoarismo.
  1. CONCLUSÃO
    O presente estudo teve por objetivo, por meio de revisão literária, o método de técnica do pompoarismo como solução para o aumento da circulação sanguínea e aumento da lubrificação vaginal na pós menopausa, explicando a importância da circulação sanguínea na área vaginal através da técnica, e a importância do
    fortalecimento do assoalho pélvico.
    Com os exercícios, aumenta o fluxo do canal vaginal e o aumento auxilia na significativa da melhora da lubrificação vaginal. Outros aspectos éticos de pesquisa
    entraram também na forma de demonstrar a técnica de forma respeitosa, considerando os critérios de estudos de forma coerente.
    Podemos dizer que a fisioterapia pélvica é terapêutica e tem como principal objetivo prevenir ou corrigir alterações posturais que possam intervir no funcionamento dos músculos vaginais e dos órgãos da cavidade pélvica, além de ser uma forma de tratamento para a disfunção sexual. É a busca do reconhecimento da região pélvica, integrando-a como parte do corpo, valorizando a importância da região para a saúde feminina e também para a realização sexual. As seções são individuais é só ocorrem após a avaliação funcional do assoalho pélvico feitas por fisioterapeuta capacitado.
  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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