Taila Carolina Ferreira Brasil¹ Daniela Nogueira Ferreira² Isabelle Belem Galvão³ Rebeca de Souza Manetti4 Jeronice Souza Rodrigues5
¹ Acadêmica do Curso de Fisioterapia pelo Centro Universitário FAMETRO.
² Acadêmica do Curso de Fisioterapia pelo Centro Universitário FAMETRO.
³ Fisioterapeuta formada pelo Centro Universitário FAMETRO.
4 Acadêmica do Curso de Fisioterapia pelo Centro Universitário FAMETRO.
5 Docente Especialista orientadora do Curso de Fisioterapia pelo Centro Universitário FAMETRO.
Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia, do centro universitário Fametro – CeUni FAMETRO, pela professora especialista Jeronice Souza Rodrigues.
RESUMO
A fisioterapia é um recurso novo para o tratamento das disfunções sexuais. Sendo assim, pouco procurada e até recomendada. Por se tratar de algo novo, com técnicas simples e de fácil aplicação a montagem desse diagnóstico dá-se por anamnese, com perguntas que vão desde a infância até a vida sexual adulta, com intuito de descobrir a origem dessa desordem sexual, uma vez que dor durante relação é motivo de busca de profissional e dor não é normal.
A fisioterapia pélvica atuará diretamente no combate e tratamento do vaginismo, tendo como ponto de partida, os exercícios de Kegel. Este por sua vez é um tratamento que consiste em exercitar o assolho pélvico
Palavra – chave: Kegel, Assoalho Pélvico, Vaginismo, Tratamento
ABSTRACT
Physiotherapy is a new resource for the treatment of sexual dysfunction. Therefore, little sought and even recommended. Because it is something new with simple techniques and easy application, the diagnosis is made through anamnesis with questions ranging from childhood to adult sexual life, in order to discover the origin of this sexual disorder, since pain during the intercourse is the reason to look for a professional and the pain is not normal. Pelvic physiotherapy will work directly to combat and treat vaginismus starting with Kegel exercises. In turn, this is a treatment that consists of exercising the pelvic floor.
Keywords: Kegel, Pelvic Floor, Viginismus, Treatment.
INTRODUÇÃO
Dá-se o nome de vaginismo o distúrbio caracterizado pela contração involuntária dos músculos do pavimento pélvico e da vagina, o que torna as relações sexuais difíceis ou quase impossíveis (CARVALHO et al., 2015). Segundo Moreira (2012) afeta de 1% a 6% da população feminina com uma vida sexual ativa e está associada por muitas vezes a traumas gerados na infância ou ocasionado por experiências não satisfatórias e traumatizantes de abusos sexuais, educações rígidas tanto moralmente como religiosamente.
A pelve óssea, os músculos do assoalho pélvico e as estruturas anorretais associadas compreendem uma das mais complexas regiões da anatomia humana. O estudo do assoalho pélvico é difícil por diversas razões. Primeiramente, esta região, com frequência, é inacessível porque está cercada pelos ossos pélvicos. Este espaço relativamente pequeno também contém muitos sistemas orgânicos, e determinadas estruturas são observadas somente através de dissecações especiais realizadas com sacrifício de outras estruturas (PORTUGAL et al, 2011)
Segundo Peretti; Nardi; Arimatea (2014) Vaginismo está classificado em leve quando há possibilidade de penetração mesmo havendo dor, moderado, quando o nível de intensidade da contração permite uma penetração parcial e de grave intensidade quando a penetração vaginal é totalmente impedida.
Conforme Peruzzi, Batista (2018), O tratamento para o assoalho pélvico envolve a mulher como também o homem e exige adaptação de ambas as partes. Pois trata-se de um momento delicado e de mudanças biológicas
De acordo com Souza (2011) O exercício de Kegel é o melhor método cinesioterapeutico. Com sua aplicação durando em média 30 minutos, trabalhando a conscientização do corpo da paciente com respiração e contração dos músculos do assoalho pélvico. Não havendo ainda um consenso literário a respeito do padrão técnico. O mais adequado para tratamento seria quatro contrações lentas com duração de cinco segundos e intervalo de dez segundos entre cada contração e, em seguida, oito contrações rápidas sem relaxamento entre elas.
Em linhas gerais, o tratamento fisioterapêutico consiste em orientações sobre anatomia pélvica e distúrbios sexuais, educação comportamental, consciência corporal, dessensibilização vaginal e massagem perineal, e reeducação da musculatura do assoalho pélvico (FRANCESCHINI; SCARLATO; CISI. 2010)
A avaliação da função sexual é muito complexa, pois a sexualidade é um fenômeno multidimensional, associado a fatores biológicos, psicológicos, socioculturais e por determinantes interpessoais (PIASSAROLLI.2010)
Segundo Souza et al (2020), A fisioterapia ainda é tida como um novo recurso para disfunções sexuais no que se trata a devolver confiança e auto estima para mulheres que enfrentam essas adversidades. Trata-se de um recurso de baixo custo que atuará com exercícios hipopressivos de fácil aplicação e entendimento.
De acordo com Tomen (2015) o Fisioterapeuta deve iniciar o tratamento com uma boa avaliação, atentando-se para as queixas da paciente. O intuito dessa avaliação é descobrir a origem e a causa dessa disfunção. Solicitando informações que montem um roteiro para essa descoberta.
Uma possível explicação para que a fisioterapia pélvica não esteja ainda solidamente implementada no sistema de saúde é a de que há o desconhecimento por parte dos próprios profissionais de saúde de que a fisioterapia pélvica é mais do que uma simples opção, mas o ponto do algoritmo de tratamento para incontinência urinária preconizado pela Internacional Continence Society (ICS) e OMS. (STEIN et a;2019)
Antonioli e Simões (2010) realizaram uma revisão da literatura com o objetivo de descrever as principais alternativas fisioterapêuticas para minimizar as DSF, citando cones vaginais, Kegels, toque bidigital, eletroestimulação, biofeedback e orientações domiciliares. Concluem o estudo relatando que as técnicas fisioterapêuticas são comumente aplicadas no tratamento da IUE e no pós-operatório de prostatectomia, porém estão sendo utilizadas como alternativa para as DSF, de forma satisfatória, por estarem baseadas na reeducação perineal.
Ainda para Mendonça et al., (2015), outro determinante importante que interfere na capacidade de resposta sexual são os fatores biológicos, incluindo a depressão, que pode inibir a excitação sexual, além da fadiga decorrente de alguma condição médica (como insuficiência renal ou esclerose múltipla) ou por falta de descanso. Para tanto, deve-se entender como funciona a fisiologia da resposta sexual feminina.
METODOLOGIA
O presente estudo, trata-se de uma revisão bibliográfica a respeito da disfunção sexual, feminino. Realizada no período de agosto a novembro de 2020. Com intuito de ajudar dezenas de mulheres que estão precisando de conhecimento íntimo e pessoal. Uma das patologias que pode estar presente na vida de uma mulher em várias fases, podendo acometer aquelas que
acabaram de dar início a sua vida sexual como também ser descoberto com o passar do tempo. Atualmente cerca de 7% da população feminina sofre com essa patologia. Sua origem ainda não definida nos faz levantar algumas hipóteses, sendo elas, não biológicas, resultantes de abusos, exames ginecológicos maus sucedidos e partos traumáticos. Há mulheres que relatam o descobrimento do vaginismo aos 22 anos de idade, durante exame preventivo, ao ser feito o toque pelo profissional de saúde, notava-se que a vagina se retraía involuntariamente.
O Assoalho pélvico é composto por um conjunto de músculos, ligamentos que fazem a sustentação do útero, bexiga, reto e intestino. Quando este está comprometido todo o resto sofre com alteração. O vaginismo pode estar associado ao medo que a mulher tem de deixar-se penetrar. Quando alterações desse tipo acontecem, pode gerar grandes transtornos a saúde da pessoa acometida.
A fisioterapia é um recurso novo para o tratamento das disfunções sexuais. Sendo assim, pouco procurada e até recomendada. Por se tratar de algo novo, com técnicas simples e de fácil aplicação a montagem desse diagnóstico dá-se por anamnese, com perguntas que vão desde a infância até a vida sexual adulta, com intuito de descobrir a origem dessa desordem sexual, uma vez que dor durante relação é motivo de busca de profissional e dor não é normal.
A fisioterapia pélvica atuará diretamente no combate e tratamento do vaginismo, tendo como ponto de partida, os exercícios de Kegel. Este por sua vez é um tratamento que consiste em exercitar o assolho pélvico. Quando corretamente orientado, pode ser reproduzido em vários momentos do dia. Com o aumento da irrigação sanguínea no local, ajuda a mulher a ter mais sensibilidade, aumentando o prazer e proporcionando um momento mais tranquilo
Os exercícios de Kegel atuam diretamente no fortalecimento dos músculos do assolho pélvico, devolvendo a paciente controle miccional, aumentando circulação sanguínea e tratando o vaginismo. Este trabalho foi desenvolvido com intuito de tornar o assunto acessível a várias mulheres que estão a sofrer caladas, que optam por não ter relacionamentos por não conseguirem se relacionar sexualmente. Torna-se ainda mais necessário o conhecimento da Patologia o fácil debate quando outras mulheres se sentem à-vontade para falar a respeito de suas disfunções sexuais, e ainda encontram solução e orientação para um assunto que persiste em ser um tabu. A Criação de cartilhas com exercícios de Kegel, disponibilizadas em postos de saúde públicos e privados, seriam de grande valia. O acesso a esse informativo antes ou após um atendimento com profissional, diminuiria as recorrentes
infecções urinarias, problemas emocionais, daria a mulher maior conhecimento e domínio do seu corpo. A fisioterapia pélvica é utilizada para tratar e prevenir possíveis disfunções do assoalho pélvico.
Exercícios de kegel sendo feito da forma correta e com orientação, devolve a mulher, autoestima, confiança, coragem. Os exercícios vão muito além de movimentos em sequência, eles devolvem a paciente autonomia e controle de seus sentimentos e desejos.
Quando disponibilizado material e conversação a respeito da patologia estudada, quantas mulheres conseguem conversar abertamente e relatar alterações físicas e sexuais notadas a partir da reprodução correta dos exercícios? A fisioterapia pélvica conseguiria atuar e abranger de forma sucinta todas essas pacientes que ainda estão na parte oculta da patologia?
A fisioterapia pélvica ela não atuará sozinha, também contará com uma equipe multidisciplinar disposta a intervir e devolver a paciente satisfação, ausência de dor e liberdade.
É visando a qualidade de vida que hoje a fisioterapia pélvica atua assiduamente no tratamento de disfunções sexuais.
Como objetivo do tratamento do vaginismo através da fisioterapia pélvica é promover relaxamento, alongamento e mobilidade muscular, que trará a essa paciente alivio das dores.
Aumento da circulação sanguínea na região da cavidade genital, dando qualidade de vida na hora do envelhecimento, também pode ajudar outras mulheres, como gestantes e om Incontinência urinarias.
A fisioterapia pélvica previne doenças e fortalece os músculos o que evitará perda de força na região ou contração em excesso. Pacientes passarão a ter domínio e ciência de seus atos. Uma vez que a fisioterapia ensinara o indivíduo tanto homem como mulher a sentir seu corpo e controlar as contrações. Atuando na revisão literária, buscando artigos científicos que evidenciem a necessidade e a importância de se realizar tratamento, buscando montar cronograma de atendimento a essas mulheres, dando a elas segurança e confiança. Gerando discussão de novos métodos e melhor aplicação de cada técnica, dando à paciente autonomia de realizar nas suas horas vagas seu próprio tratamento, uma vez que ele já tenha passado por
Anamnese e orientação detalhada e cociente de todas as suas ações a partir do primeiro contato com o profissional especializado no assunto.
Este estudo buscará amenizar e trazer olhos que voltem para fisioterapia pélvica como tratamento de extrema e supra importância para vida de muitas mulheres. Abrindo um leque para profissionais em formação, aperfeiçoando técnicas e devolvendo qualidade de vida para as pacientes.
RESULTADO
Após pesquisas feitas através de artigos científicos para elaboração deste trabalho que visa de forma sucinta e objetiva, descrever o melhor tratamento para pacientes que sofrem com a dispareunia/ vaginismo. Foram selecionados 12 trabalhos acadêmicos, legíveis e publicados entre 2010 a 2018, disponibilizados na integra de forma gratuita nas plataformas digitais.
Para esta elaboração, os estudos citados na tabela 1 ajudaram a compor e alacar os resultados proposto nesta pesquisa.
Tabela 1 – Identificação de artigos
Item | Autor e ano de publicação | Titulo | Base de consulta | Método | Resultados |
01 | Carvalho e outro (2017) | Terapêutica multimodal do vaginismo | Revista brasileira de anestesiologia | Caso clinico | De acordo com os autores, os principais passos para o tratamento passam pela reflexão e identificação das causas do problema, terapia de relaxamento e descondicionamento progressivo do espasmo muscular não voluntario. |
02 | Moreira (2012) | Vaginismo | Revista med. | Artigo de revisão | O melhor tratamento é o que inclui avaliação psicológica e psicológica, mas o tratamento com eletroestimulação e biofedback são arsenais importantes para o tratamento. |
3 | Pereira e outros (2018) | Prevalência de mulheres com queixas de vaginismo | Revista interdisciplinar em saúde cajazeiras | Estudo de campo explorativo e descritivo | Estes não destacam um tratamento especifico e eficaz mas enfatizam a importância e benefícios do alerta a população que muitas vezes sofrem silenciosamente. |
4 | Valério e outros (2013) | Cinesioterapia na incontinência urinaria de esforço na mulher | Revista cientifica do ITPAC | Estudo bibliográfico, descritivo e explorativo | Verificou-se que os exercícios de Kegel é especifico para o fortalecimento da musculatura pélvica e que também contribui para o tratamento conservador |
05 | Souza e outros (2011) | Avaliação de força muscular do assoalho pélvico em idosas com Incontinência Urinaria | Fisioterapia Mov. | Estudo Experimental | Conclui-se que o tratamento cinesioterapeutico fortaleceu as musculaturas do assoalho pélvico e contribui para a melhoria da qualidade de vida das mulheres |
06 | Peruzzi e outros (2018) | Fisioterapia nas disfunções do assoalho pélvico | Fisioterapia Brasil | Revisão de literatura | O treinamento dos músculos do assoalho pélvico mostrou ser de grande relevância tanto para a reabilitação quanto para a prevenção de força muscular melhorando resposta sexual das gestantes. |
07 | Franseschini e outros (2010) | Fisioterapia nas principais disfunções sexuais pós tratamento do câncer do colo de útero | Revista brasileira de cancerologia | Revisão bibliográfica | A atuação da fisioterapia nas disfunções sexuais é importante e traz resultados positivos |
08 | Portugal e outros (2011) | Modelo Pélvico sintético como uma ferramenta didática efetiva comparada a pelve cadavérica | Scielo | Estudo experimental | Conclui-se que outras pesquisas são necessárias para avaliar o musculo do assoalho pélvico |
09 | Piassarolli e outros (2010) | Treinamento dos músculos do assoalho pélvico nas disfunções sexuais femininas | Scielo | Ensaio clinico | Conclui-se que o tratamento fisioterapêutico pode ser um recurso valoroso para auxiliar na resolução das disfunções sexuais e na melhora da qualidade física |
10 | Tomem e outros 2015 | A fisioterapia pélvica no tratamento de mulheres portadoras de vaginismo | Revista cient. med. | Revisão bibliográfica | De acordo com os autores são necessários mais ensaios clínicos controlados que comprovem as eficácias de técnicas fisioterapêuticas |
11 | Stein e outros (2018) | Entendimento da fisioterapia pélvica com a opção de tratamento das disfunções do assoalho pélvico por profissionais de saúde da rede publica | Revista cienc. Med. | Estudo transversal | Os autores relatam falta de conhecimento por parte dos outros profissionais de saúde dificulta o tratamento. |
DISCUSSÃO
Para que este trabalho fosse concluído com o objetivo de indicar o tratamento de Kegel como o mais adequado para o tratamento do vaginismo, foi utilizado uma gama de artigos a fim de comparar técnicas e comprovar sua eficácia diante da patologia apontada. O primeiro estudo utilizado no item 1 da tabela 1, Carvalho et al (2017) relatou o caso clinico de uma paciente com dispareunia, com evolução progressiva há dois anos sem histórico de agressão, trauma ou acidente. Constatou-se uma significante melhora com o auxílio de eletroestimulação no nervo pudendo sendo acionado em pontos gatilhos.
Os resultados obtidos por Moreira (2012) indicam que o vaginismo requer uma abordagem multidisciplinar, após estudos datados de 2004 a 2011 foi possível chegar a conclusão de que o melhor tratamento é o que inclui acompanhamento psicológico, sexológico e fisioterapêutico especializado.
Outro estudo mencionado foi o de Pereira et al (2018) O qual não da ênfase a um tratamento especifico para a patologia citada, o estudo acompanhou 43 mulheres com faixa etária de 25 a 64 anos e notou-se que ainda existe tabus para abordagem do tema, o que dificulta seu tratamento.
O tratamento pela cinesioterapia foi bastante recomendado na literatura avaliada por ser um programa de exercícios específicos para o fortalecimento da musculatura de um modo geral. No entanto, verificou-se que o Kegel é específico para o fortalecimento da musculatura pélvica, e que muito contribui para a eficácia do tratamento conservador nos casos de incontinência urinaria (Valério; Carvalho; Silva, 2013)
Já no estudo de Souza et al (2011) citado na tabela 5, 1. Realizou-se um estudo do tipo bibliográfico descritivo e exploratório, chegou a conclusão de que para o tratamento é necessário uma boa anamnese para então melhor aplicação do método fisioterapêutico, podendo ocorrer da forma ativa ou passiva.
As disfunções do assoalho pélvico têm efetiva correlação com as disfunções sexuais e a eficácia da fisioterapia, através das técnicas de treinamento desses músculos, durante o período gestacional, ficou claramente demonstrada em diversos estudos realizados. O treinamento dos músculos do assoalho pélvico mostrou ser de grande relevância tanto para a reabilitação quanto para a prevenção da força muscular do assoalho pélvico, melhorando a resposta sexual das gestantes ou evitando o aparecimento de suas consequentes disfunções (Peruzzi, et al, 2018)
No item 7 da tabela 1 Franseschini et al, (2010) relata que a fisioterapia é uma excelente aliada no tratamento das disfunções sexuais, pois traz resultados positivos e bastante satisfatórios
já no item 8 da tabela Segundo Portugal, Hélio Sergio Pinto et al, (2011) os estudos conclusivos precisam ser realizados para confirmação da eficácia do tratamento do musculo do assoalho pélvico, as que foram desenvolvidas para construção deste artigo utilizado no presente estudo não enfatizam um método de tratamento.
De acordo com Piassarolli et al, (2010), a fisioterapia é um recurso valoroso para auxiliar as disfunções sexuais, atuando ao lado de outras abordagens devolverá qualidade de vida para essas mulheres que sofrem com o vaginismo.
No item 11 da tabela, Tomem et al, (2015) relata que os resultados da fisioterapia em pacientes com vaginismo demonstraram uma satisfação sexual significativa. Ressaltando a importância do diagnostico com uma avaliação completa
Os profissionais conhecem os distúrbios pélvicos como incontinência urinária, disfunções anorretais, prolapsos genitais, disfunções sexuais masculinas, disfunções sexuais femininas, disfunções do assoalho pélvico após prostatectomia radical, retenção urinária, gravidez e distúrbios infantis como incontinência diurna, noturna e constipação. (Stein et al, 2018).
CONCLUSÃO
O Presente estudo, teve por objetivo compreender a abordagem fisioterapêutica quanto ao tratamento para o vaginismo, utilizando o método de kegel. Diante da pesquisa efetuada notou-se a necessidade de estudos mais aprofundados no tema.
O vaginismo é um distúrbio que afeta as mulheres e que ainda tem muito a ser estudado, pois trata-se de um tema que ainda é visto como um tabu para a maior parte da sociedade. Os exercícios de Kegel são grandes auxiliares no tratamento, porém existem evidencias de que associado a outros métodos fisioterapêuticos, sua eficácia é mais satisfatória.
Ao comparar os 12 estudos, notou-se uma grande melhora nas disfunções sexuais, devolvendo a cada mulher qualidade de vida e segurança na hora de uma relação mais intima com seu parceiro.
Ao termino, conclui-se que a fisioterapia pélvica atua no alivio da dor, no aumento da libido dos pacientes, no fortalecimento do assoalho pélvico e na devolução da autoestima de cada paciente que sofre com essas disfunções. Destaca-se também a importância do fisioterapeuta e de sua abordagem, tendo precisão no seu diagnóstico e uma excelente avaliação.
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