STUDY – CALENDARS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202511271526
José Silvio Filho
Resumo
Este estudo analisa os sistemas de calendários. O calendário juliano implantado em 46 A.C (antes de Cristo) pelo rei Júlio César e que foi substituído pelo calendário gregoriano que foi impulsionado pelo papa Gregorio Xlll no ano de 1582, ambos os sistemas são baseados no ano solar. Com a prevalência do conceito de ano solar, o calendário hebraico deixou de ser usado em contextos civis, pois é baseado no ano lunar. Utilizado pelos hebreus desde a antiguidade, o calendário hebraico permanece atual apesar de sua antiguidade.
Palavras chave: Calendários. Lunar. Juliano. Gregoriano
Abstract
This study analyzes calendars systems. The Julian calendar, a implemented in 46 B.C. by Julius Caesar, was replaced by the Gregorian calendar promote by Pope Gregory XIII—in 1582; both systems are based on the solar year. With the prevalence of the solar year concept, the Hebrew calendar ceased to be used in civil contexts, as it is based on the lunar year. Used by the Hebrews since ancient times, the Hebrew calendar remains current despite its antiquity.
Keywords: Calendars. Lunar. Julian. Gregorian
Introdução
Segundo C.B. Radar do site Correio Brasiliense “Em 1582, a Europa vivenciou uma mudança significativa na forma de medir o tempo. Esta alteração, conhecida como a transição do calendário Juliano para o calendário gregoriano, foi impulsionada pelo papa Gregório XIII. O ajuste tornou-se necessário devido a um desfasamento acumulado no calendário Juliano, que vinha sendo utilizado desde sua implantação por Júlio César no ano 46 a.C.
O calendário Juliano, baseado no sistema egípcio, definia o ano como um ciclo de 365 dias e 6 horas. No entanto, o ano solar real é ligeiramente mais curto, com 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos. Essa pequena diferença acumulou-se ao longo do tempo, resultando em um desfasamento de quase 10 dias no século XVI. Este desfasamento começou a impactar a celebração de eventos importantes como a Páscoa, o que levou à necessidade de uma reforma. O desfasamento no calendário Juliano não era apenas um problema astronômico, mas também tinha implicações religiosas significativas. A celebração da Páscoa, que deveria coincidir com a primeira lua cheia da primavera, estava sendo afetada. Para resolver este problema, Gregório XIII reuniu uma comissão de astrônomos e estudiosos, que desenvolveram o calendário gregoriano. O novo calendário, baseado nas propostas de Luigi Lilio, introduziu uma correção drástica: a eliminação de 10 dias do calendário. Assim, nos países católicos que adotaram a reforma, a quinta-feira, 4 de outubro de 1582, foi seguida imediatamente pela sexta-feira, 15 de outubro. Esta correção permitiu que o equinócio de primavera voltasse a coincidir com a data tradicional.” Ratificando este conceito segundo a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. “No ano 46 A.E.C., o 708. ° ano desde a data tradicional da fundação da cidade de Roma, Júlio César expediu um decreto que transformava o ano do calendário romano de lunar para solar. Este calendário juliano, baseado nos cálculos do astrônomo grego Sosígenes, tinha 12 meses de duração arbitrária e um ano regular de 365 dias, que começava em 1° de janeiro. Também passou a utilizar os anos bissextos pela adição de um dia extra, a cada quatro anos, para compensar a fração extra de um dia na duração do ano trópico, que tem pouco menos de 365,25 dias.O ano do calendário juliano tinha realmente um pouco mais de 11 minutos e 14 segundos do que o verdadeiro ano solar. Assim, por volta do século XVI, acumulara-se uma discrepância de 10 dias inteiros. Em 1582 E.C., o Papa Gregório XIII introduziu ligeira revisão no calendário juliano, através da qual se retinham os anos bissextos a cada quatro anos, mas com a exceção de que apenas os anos dos séculos cujos números eram divisíveis por 400 deviam ser contados como anos bissextos. Por uma bula papal, em l.° de março de 1582, omitiram-se dez dias daquele ano, de modo que o dia depois de 4 de outubro passou a ser 15 de outubro. Este calendário gregoriano goza de uso geral agora na maioria do mundo. É a base para as datas históricas usadas em toda publicação.
Calendário Hebraico
Segundo a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e tratados “Os israelitas usavam tal calendário lunissolar. Isto se evidencia em Jeová Deus estabelecer o início do ano sagrado deles como o mês de abibe, na primavera setentrional, e especificou a celebração de certas festividades em datas fixas, festividades que se relacionavam com épocas de colheita. Para que essas datas coincidissem com as colheitas específicas, tinha de haver um arranjo de calendário que se sincronizasse com as estações, por compensar a diferença entre os anos lunar e solar. — Êx 12:1-14; 23:15, 16; Le 23:4-16. que método foi Os meses judaicos eram contados de lua nova a lua nova. (Is 66:
A Bíblia não indica que método foi originalmente usado para determinar quando se devia inserir um mês adicional, ou intercalar. No entanto, é lógico que o equinócio da primavera, ou então o equinócio do outono, serviam de guia para indicar quando as estações se atrasavam o suficiente para exigir um ajuste no calendário. Embora não seja especificamente mencionado na Bíblia, um 13.º mês acrescentado pelos israelitas para realizar este ajuste, em tempos pós-exílicos, era chamado de veadar, ou segundo adar. Só encontramos registros sobre uma forma definitivamente fixada ou padronizada do calendário judaico no quarto século da nossa Era Comum (c. 359 EC), quando Hilel II especificou que os anos intercalares de 13 meses deviam ser o 3.º, o 6.º, o 8.º, o 11.º, o 14.º, o 17.º e o 19.º ano de cada 19 anos. Tal ciclo de 19 anos costuma ser chamado de ciclo metônico. Segundo o matemático grego Méton (do quinto século AEC), esse ciclo foi aperfeiçoado antes dele pelos babilônios. (Veja Babylonian Chronology, 626 B.C.–A.D. 75 [Cronologia Babilônica,626 A.C.–A.D. 75], de R. A. Parker e W. H. Dubberstein, 1971, pp. 1, 3, 6.). Este ciclo leva em conta que a cada 19 anos as luas nova e cheia caem no mesmo dia do ano solar.”
Tabela de 19 anos atuais que podem indicar os 19 anos lunares.
Cálculo dos anos intercalares de 13 meses deviam ser o 3.º, o 6.º, o 8.º, o 11.º, o 14.º, o 17.º e o 19.º.

Calendário astronômico usado neste estudo é do site Tutiempo.net. Na tabela abaixo foi usado a média de 12 lunações do estudo publicado pela revista FT “Análise da Lua Nova” em 12/10/2024 que foi 354,6 dias e também o mês intercalar de 29,55 dias que representa a divisão de 354,6 por 12. No final desta tabela houve um ajuste no ano lunar para 350,311 dias para coincidir com os minutos, horas, dia, mês e ano deste mesmo calendário.





Assim, o calendário Juliano tem a média anual de dias igual a 365,25 dias que são os acréscimos de um 01 dia a cada 4 anos. 365 + 365 + 365 + 366 =1.461 dias. 1461 dividido por 4 = 365,25 dias.
Em relação ao atual calendário gregoriano, segundo o site Wikipédia: “Todos os anos divisíveis por 4 são bissextos, exceto os divisíveis por 100, mas estes séculos são bissextos se forem divisíveis por 400. Esta contagem totaliza o ano solar médio igual a 365,2422 dias.”
Em 19 anos teremos: Calendário Juliano: 19 x 365,25= 6.939,75 dias. Calendário gregoriano: 19 x 365,2422 = 6.939,602 dias. Calendário hebraico: 12 x 19 lunações + 7 meses intercalares que igual a 235 lunações que perfaz um total de 6.939,961 dias no caso considerado neste estudo.


O calendário gregoriano é o de menor tempo. Os esforços do Papa Gregório Xlll na idade média foram válidos, mas afastou ainda da realidade lunar conforme tabela acima. A referência usada neste estudo é o ano 2014, 30 de março às 18:46 do calendário astronômico da tutiempo.net. No estudo Análise da Lua Nova usei o calendário da Unifei de Itajubá. No calendário hebraico, aponta para o mês da morte de Cristo o mês de Nisã que corresponde a metade de março e a metade de abril no calendário atual.
Conclusão
Pela tabela acima podemos ver que no ano de 1582, o ano da implantação do calendário gregoriano, o calendário Juliano está a 5 dias do calendário Lunar e que o gregoriano está a 9 dias do calendário lunar. Os calendários Juliano e o calendário Gregoriano estão com média anual abaixo do calendário Lunar. Este estudo mostra uma necessidade de revisão do calendário civil atual que é do ano 1582. A partir desses cálculos podemos encontrar o verdadeiro ciclo lunar por comparar este estudo com os eclipses solares que já se passaram e os que ainda virão. Nesta época em que estamos todos preocupados com o aquecimento global, certamente conhecermos melhor as épocas frutíferas através de um calendário lunar preciso tanto no hemisfério norte apresentado na figura acima, como no hemisfério sul onde vivemos, ajudaria em um menor esforço do planeta Terra em produzir alimentos a para toda a humanidade.
Referências Bibliográficas
Estudo Perspicaz das Escrituras, volume 1 pág. 404, https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/ 1200000866#h=23 disponível em 19/11/2025.
Aplicativo JW LIBRARY – Biblioteca – Livros – Estudo Perspicaz das Escrituras, volume 1 págs. 402-405. Calendário.
https://pt.tutiempo.net/astronomia/calendario-2033.html disponível em 17/11/2025.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calendário_gregoriano disponível em 17/11/2925.
https://www.jw.org/pt/biblioteca/series/outros-assuntos/mudancas-climaticas-aquecimentoglobal-biblia/ disponível em 20/11/2025.
Análise da Lua Nova https://revistaft.com.br/analise-da-lua-nova-lv/ disponível em 22/11/2025.
