QUALITY OF NURSING CARE IN PALLIATIVE CARE FOR THE ELDERLY PERSON
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202511271453
Thaylline Lins Apolinario Ribeiro1
Pamella keully Silva Koller2
Caroliny Macedo dos Reis3
RESUMO
Introdução: O aumento na população da pessoa idosa tem intensificado a demanda por cuidados paliativos, especialmente com doenças crônicas em estágio terminal. A assistência de enfermagem nesse contexto exige práticas de acolhimento e humanizadas respeitando a dignidade do cliente, a autonomia e o bem-estar do mesmo. Porém, diversos fatores dificultam a implementação de cuidados paliativos como pratica rotineira, como a sobrecarga de trabalho, a escassez de recursos e o despreparo emocional dos profissionais. Objetivo: O estudo de revisão sistemática de literatura tem o objetivo de analisar. Com buscas nas bases PubMed e SciELO, considerando artigos publicados entre 2019 e 2025, em português. Foram utilizados os descritores: cuidados paliativos, pessoa idosa, assistência de enfermagem, combinados com operadores booleanos AND e OR. Após triagem e análise de conteúdo, foram selecionados dez artigos para compor os achados principais. Resultados: Os estudos revelam barreiras à humanização, como falta de protocolos e capacitação. Em contrapartida, práticas como escuta ativa, empatia e atenção domiciliar mostram-se eficazes. A formação continuada foi apontada como essencial para superar lacunas e promover assistência ética e sensível. Conclusão: A humanização da assistência de enfermagem em cuidados paliativos é de suma importância para garantir a qualidade de vida das pessoas idosas. Investir na capacitação profissional e em políticas públicas para consolidar essa prática no SUS.
Palavras-chave: Assistência de enfermagem, cuidados paliativos, pessoa idosa.
ABSTRACT
The increase in the elderly population has intensified the demand for palliative care, especially for those with terminal chronic diseases. Nursing care in this context requires welcoming and humanized practices that respect the client’s dignity, autonomy, and well-being. However, several factors hinder the implementation of palliative care as a routine practice, such as work overload, resource scarcity, and the emotional unpreparedness of professionals. Objective: This study aims to analyze, through a systematic literature review, with searches in the PubMed and SciELO databases, considering articles published between 2019 and 2025, in Portuguese. The following descriptors were used: palliative care, elderly person, nursing care, combined with Boolean operators AND and OR. After screening and content analysis, ten articles were selected to compose the main findings. Results: The studies reveal barriers to humanization, such as a lack of protocols and training. In contrast, practices such as active listening, empathy, and home care prove to be effective. Continuing education was identified as essential to overcome gaps and promote ethical and sensitive care. Conclusion: The humanization of nursing care in palliative care is of paramount importance to ensure the quality of life of elderly people. Investing in professional training and public policies to consolidate this practice in the SUS (Brazilian Public Health System) is crucial.
Keywords: Nursing care, paliative care, elderly person
INTRODUÇÃO
Com o envelhecimento populacional passou a ser uma realidade crescente e irreversível que afeta profundamente não só estruturas sociais, também econômica e sanitárias em escala global. Nos últimos anos no Brasil esse fenômeno tem se intensificado nas últimas décadas, impulsionado pela redução da qualidade de vida. Com o aumento da expectativa de vida, torna-se essencial repensar as práticas assistenciais voltadas à população idosa, especialmente em situações de doenças crônicas, degenerativas ou em estágio terminal. Nesse contexto, os cuidados paliativos emergem como uma abordagem fundamental para garantir dignidade, conforto e qualidade de vida aos idosos, respeitando suas necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cuidados paliativos são definidos como uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, da avaliação correta e do tratamento da dor e de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. Essa definição reforça que o cuidado paliativo não se limita ao fim da vida, mas deve ser integrado desde o diagnóstico de condições graves, promovendo suporte contínuo e humanizado.
A enfermagem ocupa um papel central na prestação desses cuidados, atuando diretamente na promoção do bem-estar e no alívio do sofrimento. Mais do que procedimentos técnicos, o cuidado paliativo exige sensibilidade, escuta ativa e empatia, características que se alinham aos princípios da humanização na saúde.
Assistência de enfermagem é um eixo estruturante para que o cuidado seja efetivo, ético e respeitoso, especialmente em momentos de vulnerabilidade e finitude. O enfermeiro, por estar presente de forma constante na rotina do paciente, torna-se responsável por garantir não apenas a assistência clínica, mas também o suporte emocional e a valorização da subjetividade do idoso.
Entretanto, em questão dos cuidados paliativos com idosos, vale ressaltar a dificuldades enfrentadas pelos os profissionais da enfermagem. A sobrecarga de trabalho, os recursos limitados, a falta de capacitação específica e a ausência de protocolos bem definidos contribuem para uma assistência fragmentada e tecnicista, que nem sempre contempla as dimensões subjetivas do paciente. Esse cenário configura o problema central deste estudo: a lacuna entre a necessidade de uma assistência humanizada e a realidade da prática de enfermagem nos cuidados paliativos com idosos.
A qualidade da assistência de enfermagem em cuidados paliativos está diretamente relacionada à formação profissional, à capacidade de comunicação com o paciente e seus familiares, e à valorização da subjetividade do idoso. O cuidado humanizado não apenas melhora os indicadores clínicos, mas também fortalece o vínculo terapêutico, contribuindo para uma experiência mais acolhedora e significativa no processo de viver e falecer. A escuta qualificada, o respeito à autonomia e a atenção às necessidades emocionais e espirituais são elementos que devem ser incorporados à rotina assistencial como parte indissociável do cuidado.
Este artigo tem como objetivo analisar, mediante uma abordagem bibliográfica, a qualidade da assistência de enfermagem em cuidados paliativos com idosos, destacando a influência da humanização como elemento essencial para a promoção da qualidade de vida. A pesquisa foi desenvolvida a partir de estudos científicos disponíveis nas bases PubMed e SciELO, selecionando publicações recentes que abordam a temática de forma crítica e aprofundada. A escolha dessas bases se justifica pela relevância e abrangência dos estudos indexados, permitindo uma análise consistente e atualizada sobre o tema.
A fundamentação teórica contempla os conceitos de envelhecimento, cuidados paliativos, humanização e qualidade de vida, além de discutir os princípios da bioética e da atenção integral à saúde do idoso. A metodologia adotada é qualitativa, com análise de conteúdo dos textos selecionados, permitindo identificar práticas eficientes, desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem, dados relevantes sobre o cuidado do idoso e estratégias que contribuem para a melhoria da assistência. A abordagem qualitativa é adequada para compreender os significados atribuídos pelos profissionais às suas práticas e para explorar as dimensões subjetivas do cuidado.
Os resultados obtidos revelam que a humanização da assistência é um fator determinante para a eficácia dos cuidados paliativos, promovendo bem-estar, alívio do sofrimento e respeito à autonomia do paciente. A discussão dos dados evidencia a necessidade de capacitação contínua dos profissionais, bem como da implementação de políticas públicas que valorizem o cuidado centrado na pessoa e no profissional da saúde, com melhores condições de trabalho, suporte emocional e valorização salarial. A formação humanística e a educação permanente são apontadas como estratégias fundamentais para consolidar uma prática de enfermagem mais sensível e eficaz.
Ao final, a conclusão reforça que investir na qualidade da assistência de enfermagem em cuidados paliativos é de suma importância para garantir que as pessoas idosas vivam com dignidade, mesmo diante de limitações físicas ou doenças incuráveis. O estudo proporciona o fortalecimento da prática da enfermagem, promovendo uma abordagem ética, sensível e técnica que respeita a trajetória de vida de cada paciente. A valorização da escuta, da empatia e da autonomia são elementos que devem nortear a atuação profissional, especialmente em contextos de vulnerabilidade e fim de vida.
Para alcançar esse objetivo, o artigo está estruturado em três partes principais: a fundamentação teórica, dividida em seções que abordam o envelhecimento, os cuidados paliativos, a humanização e a qualidade de vida; a metodologia, que descreve o percurso da pesquisa bibliográfica realizada nas bases PubMed e SciELO; e, por fim, os resultados e discussões, que apresentam as evidências encontradas, seguidas da conclusão, que sintetiza as contribuições do estudo para a prática da enfermagem e propõe caminhos para a melhoria da assistência ao idoso em cuidados paliativos.
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Cuidados Paliativos Como Alternativa Essencial No Fim Da Vida
O aumento da demanda por cuidados paliativos no Brasil reflete no envelhecimento populacional, e na necessidade de uma abordagem assistencial que assegurem dignidade, conforto e o alívio do sofrimento em situações de terminalidade. Segundo Alves et al. (2019), os cuidados paliativos constituem uma alternativa essencial para o cuidado no fim da vida, especialmente diante da limitação das práticas curativas e da complexidade das necessidades dos pacientes idosos em estágio avançado de doenças crônicas e degenerativas.
Os autores ressaltam que os cuidados paliativos devem ser compreendidos como uma prática que vai além do modelo biomédico tradicional, ao incorporar dimensões subjetivas, emocionais e espirituais da pessoa. Essa perspectiva integral permite que seja cuidado em sua totalidade, considerando a sua história, seus valores e suas escolhas, assim o cuidado paliativo não se limita ao tratamento da dor ou de sintomas físicos, mas inclui também o acolher das angústias, dos medos e das perdas que acompanham o processo de morrer.
Alves et al. (2019) enfatizam que a atuação da equipe de saúde, especialmente da enfermagem, é de suma importância para a eficácia dos cuidados paliativos. Por estar em contato direto e continuo com o paciente, tornando-se responsável tanto pelo cuidado técnico quanto pelo apoio emocional, ajudando na construção de vínculos terapêuticos, a escuta ativa, a empatia e o respeito à autonomia constituem elementos essenciais para que o cuidado seja humanizado e considerável.
Além disso, o artigo evidencia que a falta de políticas públicas estruturadas e a escassez de formação específica em cuidados paliativos dificultam a consolidação dessa prática no Sistema Único de Saúde (SUS). A ausência de protocolos, recursos e suporte institucional promove uma assistência fragmentada, que nem sempre contempla as reais necessidades dos pacientes em terminalidade. Dessa forma os autores defendem as necessidades de estratégias que promovam capacitação profissional, valorizem o cuidado humanizado e aumentem o acesso aos cuidados paliativos nos diferentes níveis de atenção à saúde.
Assim, a contribuição de Alves et al. (2019) para esta fundamentação teórica é significativa, pois reforça a importância de um cuidado, ético, sensível e centrado na pessoa, oferecendo uma alternativa que respeita a dignidade humana e promove qualidade de vida mesmo diante da terminalidade.
1.2 Alterações dos Papéis Sociais nos Cuidados Paliativos: A Perspectiva do Psicodrama
A terminalidade de vida provoca mudanças profundas na identidade e nos papéis sociais das pessoas, especialmente em pessoas idosas que estão em cuidados paliativos. Conforme ressaltam Bethmann e Lima (2025), a abordagem psicodramática facilita a compreensão essas transformações simbólicas e emocionais, revelando como o processo de adoecimento e proximidade da morte afetam a maneira como o paciente se vê e se relaciona com o mundo à sua volta.
O psicodrama, enquanto método terapêutico baseado nas dramatizações das experiências, possibilita acessar sentimentos e vivências de forma mais sensível e profunda. Para a pessoa idosa, em cuidados paliativos, essa abordagem é fundamental, pois muitos se deparam com a ruptura de papéis que exerceram ao longo da vida, como o de pai, mãe, cuidador, trabalhador, entre outros. Nesse momento de fragilidade, o paciente pode se perceber mais dependente, vulnerável e por vezes com sentimento de perda de autonomia e inutilidade, o que pode gerar sofrimento emocional. Por isso, torna-se essencial que os profissionais de saúde adotem uma postura empática, humanizada e sensível.
Bethmann e Lima (2025) destacam ainda que compreender essas mudanças no papéis sociais contribui significante para que a equipe de enfermagem ofereça um cuidado que considere não apenas o corpo, mas também a subjetividade do paciente. Reconhecer que o sofrimento é também simbólico e emocional permite que os profissionais acolham medos, angústias e inseguranças que surgem nessa fase. A escuta ativa, o acolhimento e a valorização da história da vida do idoso são práticas que fortalecem para a construção de vínculos terapêuticos e o bem-estar.
Além disso, o estudo evidencia que o psicodrama pode ser utilizado como ferramenta de apoio também na formação dos profissionais de saúde, auxiliando no desenvolvimento da empatia, da sensibilidade e da capacidade de lidar com situações complexas e emocionalmente desafiadoras. Ao vivenciar, ainda que simbolicamente, os papéis dos pacientes, os profissionais ampliam sua compreensão sobre o impacto da terminalidade e se tornam mais preparados para oferecer uma assistência ética e humanizada.
A contribuição de Bethmann e Lima (2025) reforça a importância de considerar as dimensões simbólicas presentes no cuidado paliativo. A abordagem psicodramática evidencia que o sofrimento humano é complexo e vai além da técnica para aspectos físicos, envolvendo também elementos emocionais, culturais. Reconhecer e respeitar as transformações nos papéis sociais dos idosos em cuidados paliativos é um passo essencial para garantir uma assistência que valorize a dignidade e a singularidade de cada indivíduo.
1.3 Bioética como Pilar dos Cuidados Paliativos
A bioética é uma área que reúne diferentes saberes que oferecem bases importantes para orientar o cuidado em situações de vulnerabilidade no fim da vida. Lopes et al. (2022), em sua revisão integrativa, destacam que os princípios bioéticos, beneficência, não maleficência, autonomia e justiça, são indispensáveis para garantir uma assistência ética, humanizada e centrada na pessoa.
Segundo os autores, o princípio da beneficência está relacionado ao compromisso de promover o bem-estar da pessoa, oferecendo cuidados que aliviem o sofrimento e proporcione conforto físico e emocional. Já o princípio da não maleficência orientada evitar qualquer tipo de dano, o que nos cuidados paliativos, significa não prolongar o sofrimento do paciente com intervenções desnecessárias, invasivas ou desproporcionais. Por fim, o princípio da justiça exige equidade no acesso aos cuidados, garantindo que todos os pacientes, independentemente de sua condição socioeconômica, recebam assistência adequada e digna.
Lopes et al. (2022) argumentam que a enfermagem é indispensável para construir um cuidado paliativo ético eficaz na prática diária. Ao lidar diretamente com paciente em situações terminais, o enfermeiro deve reconhecer dilemáticos, tomar decisões sensíveis e respeitar a individualidade de cada um. A escuta qualificada, o acolhimento das escolhas do paciente e o respeito às emoções são atitudes que trazem os valores bioéticos para o dia a dia da assistência.
O estudo também destaca que a formação dos profissionais de saúde tem lacunas significativas no ensino da bioética, o que compromete a capacidade de lidar com os desafios éticos comuns nos cuidados paliativos. A ausência de espaços de reflexão e debate sobre temas como morte, sofrimento, autonomia e espiritualidade dificulta a consolidação de uma prática mais humanizada. Nesse sentido, os autores defendem a inclusão sistemática da bioética continuada, como estratégia para fortalecer a atuação ética dos profissionais.
Além disso, Lopes et al. (2022) ressalta que a bioética coopera para a criar ambientes de cuidado mais acolhedores e respeitosos, nos quais o paciente é reconhecido como sujeito de direitos e não apenas como objeto de intervenção clínica. Essa perspectiva amplia o olhar dos profissionais, permitindo que o cuidado seja guiado não só por protocolos técnicos, mas também por valores humanos e sociais.
A participação de Lopes et al. (2022) para esta fundamentação teórica é crucial, pois reforça que os cuidados paliativos devem ser guiados por princípios éticos que respeitem a dignidade, a autonomia e a justiça. A bioética, nesse contexto, não é apenas uma disciplina teórica, mas uma ferramenta prática que orienta decisões complexas e promove uma assistência mais sensível e responsável. Incorporar os valores bioéticos à rotina da enfermagem é um passo essencial para garantir que os idosos em cuidados paliativos recebam um cuidado que valorize sua história, seus desejos e sua humanidade.
1.4 Capacitação Profissional em Cuidados Paliativos: Lacunas e Potenciais
A qualidade do atendimento em cuidados paliativos está diretamente ligada à formação e capacitação dos profissionais de saúde, especialmente a enfermagem. Mendes et al. (2025) analisaram isso ao avaliar os resultados de Oficinas Itinerantes realizadas no estado do Rio de Janeiro, revelando importantes lacunas na preparação dos profissionais para atuar com pacientes em situação de terminalidade.
O estudo mostra que muitos profissionais ainda não se sentem prontos para enfrentar os desafios emocionais, éticos e técnicos que envolvem os cuidados paliativos. Há uma falta de conteúdo específicos sobre morte, sofrimento, espiritualidade e humanização nos currículos de graduação compromete a construção de uma prática sensível e eficaz. Os autores apontam que, embora haja um interesse crescente pela temática, a formação acadêmica ainda prioriza o modelo curativo e técnico, deixando em segundo plano as dimensões subjetivas e relacionais do cuidado.
Mendes et al. (2025) destacam que a capacitação em cuidados paliativos deve ir além da transmissão de conhecimentos técnicos. É necessário promover reflexão, escuta e vínculos, permitindo aos profissionais criarem espaços, de acolhimento ético e comunicacional. As Oficinas profissionais, nesse sentido, mostraram-se uma estratégia eficaz para sensibilizar os itinerantes, sobre o sofrimento humano e fortalecer o atendimento integral, com foco na humanização.
O artigo também aponta que a educação permanente é uma ferramenta essencial para consolidar práticas humanizadas. A atualização contínua, o compartilhamento de experiências e o suporte institucional são elementos que contribuem para o fortalecimento da atuação profissional. Os autores defendem que a capacitação deve ser integrada às políticas públicas de saúde, garantindo que todos os profissionais tenham acesso a formações de qualidade, alinhadas aos princípios dos cuidados paliativos e da atenção integral.
Além disso, Mendes et al. (2025) destacam que a capacitação deve contemplar não apenas os aspectos clínicos, mas também os dilemas éticos, os desafios emocionais e as necessidades espirituais dos pacientes. A escuta ativa, o acolhimento das angústias e o respeito às escolhas do paciente são atitudes que devem ser cultivadas desde a formação inicial, para que se tornem parte da identidade profissional.
O trabalho de Mendes et al. (2025) é importante para embasar essa ideia porque reforça que preparar bem os profissionais de saúde, é um dos fundamentos para tornar algo integrado e humano no dia a dia. Os cuidados paliativos como prática integrada e humanizada. O estudo evidencia que investir na formação humanística e na educação permanente é primordial para garantir que os idosos em situação de terminalidade recebam uma assistência ética, sensível e centrada na pessoa.
1.5 Cuidados Paliativos sob a Perspectiva das Categorias Profissionais de Saúde
Para que os cuidados paliativos se tornem uma parte natural do sistema de saúde depende muito de como diversas profissões envolvidas atuam no dia a dia, como prática integrada ao sistema de saúde depende diretamente da atuação das diferentes categorias profissionais envolvidas no cuidado. Hermes e Lamarca (2013) exploram isso ao estudar como os profissionais entendem e colocam em práticas, os princípios dos cuidados paliativos em seu trabalho apontando desafios e falhas na preparação de rotina, os profissionais de saúde compreendem e aplicam os princípios dos cuidados paliativos em suas rotinas, revelando importantes desafios e lacunas na formação e na prática assistencial.
A pesquisa revela que mesmo com os cuidados paliativos ganhando mais atenção em debates acadêmicos, alega que estejam ganhando espaço nas discussões acadêmicas e nas políticas públicas, ainda há uma distância significativa entre o discurso e a prática. Muitos profissionais relatam dificuldades em lidar com a terminalidade da vida, especialmente por não terem recebido formação adequada durante sua trajetória acadêmica. A ausência de conteúdos relacionados à morte, ao morrer e ao cuidado humanizado nos currículos de graduação compromete a capacidade dos profissionais de oferecer uma assistência ética e sensível aos pacientes em situação de vulnerabilidade.
Hermes e Lamarca (2013) destacam que o modelo biomédico ainda predomina nas instituições de saúde, priorizando intervenções curativas e tecnicistas em detrimento de abordagens integrativas e humanizadas. Essa lógica dificulta a implementação dos cuidados paliativos, que exigem uma mudança de paradigma: do foco na cura para o foco no cuidado. Para os autores, é fundamental que os profissionais desenvolvam competências relacionais, como escuta ativa, empatia e comunicação eficaz, além de habilidades técnicas específicas para o manejo da dor e do sofrimento.
Outro ponto relevante abordado no artigo é a interdisciplinaridade na prestação dos cuidados paliativos. Hermes e Lamarca (2013) defendem que o cuidado no fim da vida deve ser compartilhado entre diferentes categorias profissionais médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas cada um contribuindo com sua expertise para garantir uma assistência integral. Essa articulação se torna fundamental para que o paciente seja cuidado em sua totalidade, considerando não apenas os aspectos clínicos, mas também os fatores emocionais, sociais e espirituais que permeiam sua experiência de adoecimento.
A pesquisa também aponta que, para que os cuidados paliativos sejam efetivamente incorporados ao cotidiano das instituições de saúde, é necessário investir em educação permanente, em espaços de escuta e reflexão para os profissionais, e na construção de protocolos que orientem a prática de forma ética e humanizada. A valorização da subjetividade do paciente, o respeito à sua autonomia e o acolhimento de suas necessidades emocionais devem ser princípios norteadores da assistência.
A contribuição de Hermes e Lamarca (2013) para esta fundamentação teórica é essencial, pois reforça que os cuidados paliativos não são responsabilidade exclusiva de uma categoria profissional, mas sim um compromisso coletivo que exige preparo técnico, sensibilidade ética e articulação interdisciplinar. O estudo evidencia que a formação e a prática dos profissionais de saúde devem ser repensadas à luz dos princípios da humanização, da bioética e da atenção integral, para que o cuidado oferecido aos idosos em terminalidade seja digno, respeitoso e eficientes.
1.6 Significações dos Cuidados Paliativos na Atenção Domiciliar
A atenção domiciliar tem se consolidado como uma modalidade estratégica para a oferta de cuidados paliativos, especialmente entre a população idosa. Nardino et al. (2021) investigam as percepções e significações atribuídas pelos profissionais que atuam nesse contexto, revelando tanto os benefícios quanto os desafios envolvidos na prática do cuidado em casa.
Segundo os autores, os profissionais reconhecem que a atenção domiciliar permite uma abordagem mais próxima, acolhedora e personalizada, favorecendo o vínculo com o paciente e sua família. O ambiente doméstico, por ser familiar e afetivo, potencializa a redução do sofrimento e para a preservação da autonomia do idoso, aspectos fundamentais nos cuidados paliativos. A possibilidade de respeitar os ritmos, os valores e as preferências do paciente é vista como um diferencial positivo em relação ao cuidado institucionalizado.
No entanto, Nardino et al. (2021) também apontam que os profissionais enfrentam desafios significativos ao atuar na atenção domiciliar. A complexidade das situações vivenciadas que envolvem dor, sofrimento, morte e luto, exige preparo emocional, suporte institucional e formação específica. Muitos profissionais relatam sentimento de impotência, angústia e sobrecarga, especialmente quando não contam com equipes multidisciplinares ou recursos adequados para lidar com as demandas dos pacientes em terminalidade.
O estudo destaca que a formação dos profissionais ainda é insuficiente para atender às exigências dos cuidados paliativos no domicílio. A ausência de conteúdos sobre espiritualidade, comunicação com a família, manejo da dor e acolhimento emocional compromete a qualidade da assistência. Os autores defendem que a capacitação deve incluir aspectos técnicos e subjetivos, promovendo uma abordagem integral e humanizada.
Outro ponto relevante é a necessidade de suporte institucional. Nardino et al. (2021) ressaltam que os profissionais precisam de espaços de escuta, supervisão e acolhimento para lidar com o impacto emocional do cuidado paliativo. A valorização da equipe, o reconhecimento do trabalho e a oferta de condições adequadas são fatores que influenciam diretamente na qualidade da assistência prestada.
A contribuição de Nardino et al. (2021) para esta fundamentação teórica é significativa, pois evidencia que os cuidados paliativos na atenção domiciliar exigem uma abordagem ética, sensível e estruturada. O estudo reforça que o cuidado em casa pode ser uma alternativa eficaz e humanizada, desde que os profissionais estejam preparados e apoiados para enfrentar os desafios que essa modalidade impõe. A valorização da subjetividade, da escuta e da autonomia do paciente são elementos centrais para garantir uma assistência digna e respeitosa no contexto domiciliar.
2 METODOLOGIA ADOTADA
O presente estudo trata-se de uma revisão sistemática de literatura, qualitativo, uma abordagem metodológica que visa reunir, avaliar e sintetizar evidências científicas sobre um tema específico, seguindo critérios rigorosos e protocolos definidos. Conforme Galvão e Ricarte (2019), a revisão sistemática busca conferir lógica, transparência e reprodutibilidade à análise de um conjunto de estudos, permitindo a construção de conhecimento fundamentado em evidências. A análise dos artigos selecionados será realizada mediante análise de conteúdo, permitindo a categorização dos achados em eixos temáticos que dialogam com os objetivos do estudo. Essa abordagem qualitativa favorece a compreensão das experiências, percepções e práticas dos profissionais de enfermagem no âmbito dos cuidados paliativos, contribuindo para o aprimoramento da assistência e para a construção de políticas públicas mais sensíveis às necessidades da população idosa.
O processo de desenvolvimento do artigo teve início com uma busca estruturada nas bases de dados PubMed e SciELO, reconhecidas pela qualidade e relevância dos estudos indexados. Foram encontrados aproximadamente 200 artigos relacionados à temática dos cuidados paliativos com idosos na enfermagem. A primeira etapa consistiu na aplicação de critérios de exclusão, que eliminaram artigos duplicados entre as plataformas, publicações fora do escopo temático e textos que não apresentavam clareza metodológica. Essa triagem inicial permitiu reduzir o número de estudos para 20 artigos, que foram selecionados para análise aprofundada por apresentarem potencial para complementar ou reforçar os resultados da pesquisa.
Em seguida, foi realizada uma leitura exploratória focada na relevância temática, clareza metodológica, atualidade e contribuição científica de cada estudo. Como resultado, 10 artigos foram considerados altamente relevantes e compõem os achados finais da revisão. Além desses, outros 20 artigos permanecem em análise, podendo ser incorporados posteriormente para enriquecer a discussão e ampliar a base de evidências. A seleção dos estudos seguiu critérios rigoroso de inclusão como atualidade (publicações entre 2019 e 2025), pertinência ao tema (cuidados paliativos com idosos e assistência de enfermagem), clareza metodológica (descrição do delineamento, objetivos e resultados) e contribuição científica (impacto na prática profissional e na humanização do cuidado). Os resultados esperados incluem a identificação de práticas eficazes, desafios enfrentados pelos profissionais e estratégias que promovem o bem-estar e a dignidade dos pacientes em situação de vulnerabilidade.
Para ampliar o alcance e a precisão dos resultados, foram utilizados operadores booleanos como AND e OR, permitindo combinações que contemplassem diferentes abordagens e contextos relacionados ao tema. A relevância dos textos foi avaliada com base na capacidade de responder à hipótese central apresentada na introdução: como a humanização da assistência de enfermagem influencia a qualidade dos cuidados paliativos oferecidos aos idosos.
3 RESULTADOS
As pesquisas detalhadas dos artigos selecionados possibilitaram a organização de um conjunto significativo de evidências que visam aspectos centrais dos cuidados paliativos, com foco na assistência de enfermagem à pessoa idosa. Estas evidências foram agrupadas em cinco categorias temáticas distintas: barreiras à humanização, práticas eficazes identificadas, impacto na qualidade de vida, percepções dos profissionais e relevância da formação continuada. Vale ressaltar que cada uma dessas categorias revela pontos fundamentais da prática da enfermagem em cuidados paliativos, frisando tanto os desafios como as potencialidades da implementação de uma abordagem humanizada e centrada no paciente. A seguir, exploramos cada uma dessas categorias, com ênfase nas interações entre os profissionais de saúde e os pacientes idosos.
3.1 Barreiras à Humanização
A primeira categoria da ênfase nas principais limitações enfrentadas pelos profissionais de enfermagem no processo de realização das práticas humanizadas dentro do contexto dos cuidados paliativos. Vale ressaltar que os estudos de Hermes & Lamarca (2013), Mendes et al. (2025) e Queiroz et al. (2024) apresentam barreiras, como a sobrecarga de trabalho, a falta de recursos materiais e humanos adequados, a ausência de protocolos específicos para o cuidado paliativo e o despreparo emocional dos profissionais, todos os quais comprometem a qualidade da assistência prestada aos pacientes.
Hermes & Lamarca (2013) expõe a persistência do modelo biomédico nas instituições de saúde, que prioriza as intervenções curativas e técnicas, negligenciando abordagens mais integrativas e holísticas que são fundamentais para os cuidados paliativos. Essa visão restritiva aumenta os déficits em consolidar os cuidados paliativos como uma prática diária, levando a uma assistência fragmentada, que não é sensível às necessidades subjetivas e emocionais dos pacientes. Esse modelo ainda domina muitas práticas de cuidado, especialmente em hospitais, onde o foco continua sendo a cura de doenças agudas, em detrimento de cuidados que envolvem a dignidade e o bem-estar durante o processo de morte e morrendo.
Mendes et al. (2025) ressaltam os déficits nas formações acadêmicas para com os profissionais da enfermagem, mesmo que tenha evoluído em algumas áreas, reforçam as lacunas que a formação acadêmica dos profissionais de enfermagem sofre, principalmente abordagens fundamentais como a morte, o processo do morrer e o entendimento da espiritualidade nas perspectivas dos cuidados paliativos. A ausência de conteúdos profundos sobre esses temas nos currículos acadêmicos compromete a capacidade dos profissionais de saúde de lidar com situações de terminalidade de maneira ética, empática e sensível, essenciais para garantir uma experiência mais humana e digna para os pacientes. Por vezes, enfermeiros ao se deparar com tal situação, se veem despreparados para lidar com o sofrimento dos pacientes e das famílias, o que pode gerar um atendimento impessoal ou até mesmo distanciado.
Queiroz et al. (2024) conduzem uma pesquisa sobre as representações sociais dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) e observam que muitos ainda associam os cuidados paliativos exclusivamente ao momento da morte, ignorando o potencial dessa abordagem desde o diagnóstico de doenças graves. Essa visão limitada impede a adoção de práticas humanizadas desde os estágios iniciais de uma doença terminal, reduzindo a eficácia dos cuidados paliativos. Em muitos casos, a prática só é abordada quando o paciente já se encontra em estado terminal, o que é um erro conceitual, pois os cuidados paliativos devem ser introduzidos assim que uma doença grave for diagnosticada, proporcionando ao paciente e à sua família a oportunidade de viver com mais qualidade e menos sofrimento.
Essas barreiras, além de afetarem a implementação de cuidados paliativos adequados, também resultam em uma escassez de apoio emocional e psicológico para os pacientes e suas famílias, criando um ciclo de sofrimento desnecessário. A falta de recursos, a insuficiência de treinamento e a escassez de uma visão holística da saúde, que deveria incluir o aspecto espiritual e psicológico do paciente, continuam sendo desafios persistentes para os profissionais de enfermagem.
3.2 Práticas Eficazes Identificada
Embora existam inúmeras barreiras à implementação de práticas humanizadas nos cuidados paliativos, diversos estudos identificaram estratégias eficazes que favorecem a humanização da assistência, mesmo em contextos desafiadores. Alves et al. (2019) e Bethmann & Lima (2025) destacam a importância de elementos como escuta ativa, empatia, e a valorização da história de vida do paciente como práticas centrais para a construção de vínculos terapêuticos sólidos e eficazes. Tais práticas são cruciais para a criação de um ambiente de cuidado que respeita a individualidade do paciente, possibilitando uma abordagem mais holística e sensível às suas necessidades.
Alves et al. (2019) enfatizam que os cuidados paliativos devem ser entendidos como uma prática integral, que vai além do modelo biomédico tradicional. Este modelo, centrado exclusivamente na doença, ignora aspectos fundamentais da experiência do paciente, como a sua subjetividade, as questões emocionais e espirituais que influenciam profundamente o seu processo de adoecimento e morte. A prática de enfermagem, quando realizada de maneira contínua e próxima ao paciente, oferece a oportunidade de promover um cuidado mais abrangente, que respeita a autonomia do indivíduo e foca no conforto e na dignidade do paciente. A presença do enfermeiro não se limita apenas ao controle dos sintomas físicos, mas abarca uma relação terapêutica de acolhimento, escuta e apoio emocional, permitindo que o paciente se sinta reconhecido em sua totalidade, além de ser tratado como um ser humano que vive um processo complexo de adoecimento.
Bethmann e Lima (2025), através de uma abordagem psicodramática, destacam o papel essencial da compreensão das alterações nos papéis sociais dos idosos que recebem cuidados paliativos. Essas alterações, muitas vezes causadas pela progressão de doenças graves ou pela terminalidade, podem gerar desconforto e sensação de perda de identidade. A psicodramática permite que os profissionais de saúde dramatizem e simbolizem essas vivências, o que amplia a sensibilidade dos enfermeiros e outros membros da equipe de saúde. Essa abordagem não apenas facilita a adaptação das práticas às necessidades emocionais e simbólicas dos pacientes, mas também favorece a construção de um vínculo terapêutico mais autêntico, baseado na compreensão mútua e no respeito pela trajetória de vida do paciente. O envolvimento dos profissionais na dramatização dessas experiências pode facilitar a identificação das principais necessidades de cuidado, ajudando a personalizar a assistência de forma que atenda a um espectro mais amplo de necessidades físicas, emocionais e sociais.
Nardino et al. (2021) também contribuem para a compreensão de práticas eficazes no cuidado paliativo, destacando que a atenção domiciliar oferece um ambiente propício para a construção de um cuidado mais personalizado e próximo. A assistência domiciliar, além de promover um ambiente familiar, favorece a preservação da autonomia do paciente, permitindo que ele permaneça em seu contexto habitual, o que pode reduzir consideravelmente o sofrimento emocional e psicológico. Essa modalidade de cuidado, no entanto, exige dos profissionais de enfermagem uma preparação específica para lidar com os desafios emocionais e técnicos envolvidos. A gestão da dor, o controle de sintomas, e o apoio psicológico tanto ao paciente quanto à família exigem um conjunto de habilidades que vai além do conhecimento técnico, englobando a capacidade de manejar as dinâmicas familiares, respeitar os desejos do paciente e lidar com a vulnerabilidade emocional que se instala no contexto de uma doença avançada. O ambiente domiciliar pode, portanto, ser um espaço de cuidado integral, desde que os profissionais possuam as competências necessárias para lidar com as complexidades dessa modalidade de atendimento.
Essas práticas eficazes refletem a capacidade de adaptação dos profissionais de enfermagem e outros membros da equipe de saúde diante das necessidades complexas dos pacientes em cuidados paliativos, evidenciando que, apesar das dificuldades, é possível implementar práticas de cuidado que favoreçam a humanização, promovam o conforto e respeitem a autonomia do paciente. A integração das dimensões físicas, emocionais, sociais e espirituais é fundamental para uma abordagem eficaz dos cuidados paliativos, oferecendo ao paciente uma vivência mais digna e menos sofrida em seus momentos finais.
3.3 Percepções dos Profissionais
A quarta categoria temática aborda as percepções dos profissionais de enfermagem sobre os cuidados paliativos voltados à população idosa. Os estudos de Souza et al. (2022) e Queiroz et al. (2024) revelam que, embora haja reconhecimento da humanização no cuidado, muitos profissionais ainda se sentem inseguros e despreparados para lidar com as complexidades que envolvem a terminalidade da vida.
Souza et al. (2022) destacam que os profissionais de enfermagem vivenciam uma intensa sobrecarga emocional, especialmente quando não dispõem de suporte institucional ou de formação adequada para enfrentar situações de sofrimento, morte e luto. Essas experiências exigem competências emocionais e relacionais que nem sempre são desenvolvidas durante a formação acadêmica, o que pode comprometer a qualidade da assistência prestada.
Já Queiroz et al. (2024) apontam que os profissionais da atenção básica valorizam o vínculo com os pacientes e reconhecem que a escuta ativa é de suma importância como ferramenta de cuidado. Entretanto, enfrentam dificuldades concretas para implementar práticas paliativas, como a falta de recursos materiais, ausência de protocolos específicos e carência de capacitação técnica e emocional. Essas limitações estruturais e formativas impactam diretamente a efetividade do cuidado humanizado.
As percepções dos profissionais evidenciam a urgência de investimentos em educação permanente, em espaços de escuta institucional e em políticas públicas que valorizem o trabalho da enfermagem. O reconhecimento das dificuldades vivenciadas no cotidiano assistencial é o primeiro passo para a construção de estratégias que promovam uma assistência mais ética, sensível e eficaz, capaz de atender às necessidades dos idosos em situação de vulnerabilidade e terminalidade.
3.4 Impacto na Qualidade de Vida
A terceira categoria temática aborda o impacto das práticas de enfermagem na qualidade de vida dos idosos em cuidados paliativos. Os estudos analisados evidenciam que a humanização da assistência não apenas melhora o bem-estar físico dos pacientes, mas também tem um impacto significativo no seu bem-estar emocional e espiritual. A qualidade de vida em cuidados paliativos deve ser compreendida como um conceito multidimensional, que inclui o alívio da dor, o conforto psicológico e a promoção de uma morte digna, respeitando as necessidades individuais do paciente.
Possatti et al. (2024) revelam que, especialmente os idosos institucionalizados, expressam um desejo profundo de serem tratados com dignidade e respeito em suas escolhas, sendo acompanhados por profissionais que valorizem suas subjetividades. A escuta qualificada e a capacidade de acolher as vontades dos pacientes são elementos chave para promover um ambiente de cuidado que favorece o conforto, a tranquilidade e a paz interior, mesmo diante da terminalidade. Isso ocorre porque, quando o paciente sente que sua autonomia é respeitada, ele experimenta uma sensação de controle sobre seu processo de adoecimento e sua morte, o que melhora significativamente sua qualidade de vida. Este tipo de cuidado humanizado reduz a sensação de impotência e desamparo que muitos pacientes enfrentam em estágios avançados da vida e da doença.
Lopes et al. (2022) reforçam que os princípios bioéticos, beneficência, não maleficência, autonomia e justiça são fundamentais para garantir que a assistência de enfermagem respeite a dignidade humana em todas as suas dimensões. A integração desses princípios nas práticas diárias de cuidado assegura que o tratamento seja conduzido conforme os mais altos padrões éticos e humanizados, promovendo, assim, qualidade de vida até os últimos momentos. A beneficência implica agir em benefício do paciente, oferecendo cuidados que alívio da dor e do sofrimento. A não maleficência garante que não causemos dano, minimizando intervenções invasivas ou dolorosas desnecessárias. A autonomia, essencial para cuidados paliativos, assegura que as escolhas do paciente, em relação ao seu cuidado, sejam respeitadas, garantindo que ele possa decidir sobre o que considera ser o melhor para sua saúde e bem-estar. Já a justiça implica a distribuição equitativa de recursos e cuidados, independentemente do estágio da doença, para garantir que todos os pacientes tenham acesso à assistência necessária para viver com dignidade.
Nardino et al. (2021) apontam que a atenção domiciliar, quando bem estruturada e com profissionais devidamente capacitados, contribui significativamente para a manutenção dos vínculos afetivos e para a preservação da identidade do paciente. O cuidado realizado no ambiente familiar permite que o paciente continue a viver em seu contexto habitual, o que favorece a preservação de sua dignidade e identidade pessoal. Além disso, a atenção domiciliar facilita a construção de uma experiência de terminalidade mais acolhedora e significativa, pois proporciona um ambiente mais familiar e acolhedor, onde o paciente pode vivenciar os últimos momentos de vida cercado por seus entes queridos. Isso, por sua vez, reduz o sofrimento emocional tanto do paciente quanto da família, proporcionando um processo de morte mais tranquilo e humanizado.
Portanto, as práticas de enfermagem humanizadas têm um impacto direto na qualidade de vida dos idosos em cuidados paliativos, proporcionando não apenas o alívio de sintomas físicos, mas também a promoção de uma vivência mais plena e digna, respeitando o paciente em sua totalidade fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. Isso reforça a importância de uma abordagem integrada e centrada na pessoa, que deve ser a base dos cuidados paliativos. Os profissionais de enfermagem desempenham um papel fundamental nesse processo, pois são os que estão mais próximos do paciente e de sua família, oferecendo suporte contínuo e cuidados que contribuem para a melhoria da qualidade de vida até o último momento.
3.5 Relevância da Formação Continuada
Por fim, a quinta categoria temática trata da relevância da formação continuada para a consolidação dos cuidados paliativos como prática humanizada. Mendes et al. (2025), Hermes & Lamarca (2013) e Lopes et al. (2022) convergem na defesa de uma formação que contemple não apenas aspectos técnicos, mas também éticos, emocionais e relacionais.
Mendes et al. (2025) evidenciam que as Oficinas Itinerantes foram eficazes para sensibilizar os profissionais e ampliar sua compreensão sobre o sofrimento humano. A educação permanente, nesse sentido, é vista como uma ferramenta estratégica para fortalecer a atuação da enfermagem em contextos de terminalidade.
Hermes & Lamarca (2013) apontam que a formação inicial ainda privilegia o modelo curativo, deixando em segundo plano os conteúdos relacionados à morte, ao morrer e à humanização. A inclusão sistemática desses temas nos currículos é fundamental para preparar os profissionais para os desafios da prática paliativa.
Lopes et al. (2022) reforçam que a bioética deve ser incorporada à formação como eixo estruturante da assistência. O desenvolvimento de competências éticas, comunicacionais e emocionais é indispensável para que o cuidado seja orientado por valores que respeitem a dignidade e a autonomia do paciente.
A formação continuada, portanto, não é apenas uma exigência técnica, mas uma condição para que os profissionais de enfermagem possam exercer seu papel com sensibilidade, ética e compromisso com o bem-estar dos idosos em cuidados paliativos.
4 DISCUSSÃO
A análise dos resultados obtidos nesta revisão sistemática permite uma reflexão aprofundada sobre os desafios e potencialidades da assistência de enfermagem em cuidados paliativos com idosos, especialmente no que se refere à humanização do cuidado. Ao relacionar os achados com a fundamentação teórica, é notável uma convergência entre os princípios éticos, os valores humanísticos e as práticas profissionais que sustentam a qualidade da assistência em contextos de terminalidade.
4.1 Relação entre Resultados e Fundamentação Teórica
Os resultados evidenciam que a humanização da assistência é um fator determinante para a eficácia dos cuidados paliativos. Essa constatação dialoga diretamente com os estudos de Alves et al. (2019), que defendem uma abordagem integral e sensível, capaz de acolher as dimensões físicas, emocionais, sociais e espirituais do paciente. A escuta ativa, a empatia e o respeito à autonomia são elementos que se repetem tanto na teoria quanto na prática, reforçando a centralidade da enfermagem como agente de humanização.
Bethmann e Lima (2025) contribuem com uma perspectiva psicodramática, revelando que os papéis sociais dos idosos se transformam profundamente durante o processo de terminalidade. Os resultados desta pesquisa confirmam que o reconhecimento dessas mudanças são necessários para que o cuidado seja significativo e respeitoso. A atuação da enfermagem, nesse sentido, deve incorporar não apenas habilidades técnicas, mas também competências relacionais e simbólicas.
A bioética, conforme discutido por Lopes et al. (2022), oferece fundamentos sólidos para orientar a prática profissional. Os princípios da beneficência, não maleficência, autonomia e justiça estão presentes nos relatos dos profissionais e nas estratégias identificadas como eficazes. A integração desses valores à rotina assistencial fortalece o vínculo terapêutico e promove uma experiência mais digna para o paciente.
4.2 Implicações Éticas e Práticas
As implicações éticas dos cuidados paliativos são profundas e exigem dos profissionais de enfermagem uma postura sensível, reflexiva e comprometida com o bem-estar do paciente. O respeito à autonomia, por exemplo, implica reconhecer o direito do idoso de tomar decisões sobre seu próprio cuidado, inclusive no que diz respeito à recusa de tratamentos invasivos ou à escolha do local onde deseja morrer.
A prática da enfermagem, nesse contexto, deve ser orientada por valores que transcendam o protocolo técnico. A escuta qualificada, o acolhimento das emoções e o reconhecimento da história de vida do paciente são atitudes que traduzem os princípios éticos em ações concretas. Os estudos de Possatti et al. (2024) reforçam que os desejos dos idosos institucionalizados muitas vezes não são considerados, o que configura uma violação da autonomia e da dignidade.
Além disso, os profissionais enfrentam dilemas éticos relacionados à limitação de recursos, à sobrecarga de trabalho e à ausência de suporte institucional. Mendes et al. (2025) apontam que a formação inadequada compromete a capacidade dos profissionais de lidar com essas situações de forma ética e eficaz. A educação permanente, nesse sentido, é uma estratégia fundamental para fortalecer a atuação ética da enfermagem.
4.3 Comparação com Estudos Internacionais
Ao comparar os achados desta revisão com estudos internacionais, é notável que os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem no Brasil são semelhantes aos vivenciados em outros países. A literatura internacional aponta que a humanização dos cuidados paliativos é uma preocupação global, especialmente diante do envelhecimento populacional e da crescente demanda por assistência em contextos de terminalidade.
Estudos realizados na Europa e na América do Norte destacam no quão é importante a formação interdisciplinar, da integração dos cuidados paliativos à atenção primária e da valorização da autonomia do paciente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os cuidados paliativos sejam incorporados desde o diagnóstico de doenças graves, promovendo suporte contínuo e humanizado. Essa diretriz está alinhada com os achados desta pesquisa, que evidenciam a necessidade de ampliar o acesso e qualificar a assistência.
No entanto, países com sistemas de saúde mais estruturados apresentam avanços significativos na implementação de políticas públicas, na formação dos profissionais e na oferta de serviços especializados. O Brasil, embora tenha avançado com a criação da Política Nacional de Cuidados Paliativos (Portaria GM/MS nº 3.681/2024), ainda enfrenta desafios relacionados à infraestrutura, à capacitação e à articulação entre os níveis de atenção.
4.4 Estratégias de Melhoria
Diante dos desafios identificados, é possível propor estratégias de melhoria que contribuam para a qualificação da assistência de enfermagem em cuidados paliativos com idosos. A primeira delas diz respeito à formação profissional. É urgente revisar os currículos dos cursos de graduação em enfermagem, incluindo conteúdos sobre morte, espiritualidade, bioética, comunicação e humanização. A educação permanente deve ser fortalecida, com oferta de oficinas, grupos de estudo e supervisão clínica.
Outra estratégia importante é a criação de protocolos assistenciais que orientem a prática dos profissionais em contextos de terminalidade. Esses instrumentos devem ser construídos de forma participativa, considerando as especificidades locais e os valores dos pacientes. A padronização das práticas não deve comprometer a personalização do cuidado, mas sim oferecer segurança e respaldo ético aos profissionais.
O suporte institucional também é essencial. As instituições de saúde devem oferecer condições adequadas de trabalho, espaços de escuta e acolhimento para os profissionais, além de reconhecer a complexidade envolvida na assistência a pacientes em cuidados paliativos. A valorização salarial, a redução da carga horária e o incentivo à formação são medidas que contribuem para a motivação e o bem-estar da equipe.
A articulação entre os níveis de atenção à saúde é outra estratégia relevante. Os cuidados paliativos devem ser integrados à atenção básica, à atenção especializada e à atenção hospitalar, garantindo continuidade e integralidade do cuidado. A Estratégia Saúde da Família, conforme apontado por Queiroz et al. (2024), tem potencial para oferecer cuidados paliativos de qualidade, desde que os profissionais estejam capacitados e apoiados.
Por fim, é necessário ampliar a oferta de serviços de atenção domiciliar, especialmente para pacientes idosos em situação de vulnerabilidade. Nardino et al. (2021) evidenciam que o cuidado em casa pode ser mais acolhedor e eficaz, desde que os profissionais estejam preparados para lidar com os desafios emocionais e técnicos dessa modalidade.
4.5 O Papel da Enfermagem no SUS
A enfermagem ocupa um lugar estratégico no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente na linha de frente do cuidado. O enfermeiro é o profissional que acompanha o paciente em sua trajetória de vida, desde a atenção básica até os serviços de alta complexidade. Nos cuidados paliativos, esse papel se torna ainda mais relevante, pois envolve o acolhimento do sofrimento, a promoção do conforto e o respeito à dignidade humana.
Os resultados desta pesquisa reforçam que a enfermagem tem potencial para transformar a experiência da terminalidade em um momento de cuidado ético, sensível e significativo. No entanto, para que isso se concretize, é necessário investir na formação, na valorização e no suporte aos profissionais. O SUS, como sistema público e universal, deve garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados paliativos de qualidade, independentemente de sua condição socioeconômica.
A Política Nacional de Cuidados Paliativos representa um avanço importante, mas sua implementação depende do engajamento dos profissionais, da articulação entre os gestores e da mobilização da sociedade. A enfermagem, nesse contexto, pode atuar como protagonista, promovendo práticas que respeitem a autonomia, a subjetividade e a história de vida dos pacientes.
A escuta ativa, a empatia, a comunicação eficaz e o compromisso com o bem-estar são competências que devem nortear a atuação da enfermagem no SUS. O cuidado paliativo, mais do que uma técnica, é uma atitude ética que reconhece o valor da vida até seus últimos momentos. Investir na qualidade da assistência de enfermagem é investir na dignidade humana, na justiça social e na construção de um sistema de saúde mais sensível e inclusivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente revisão sistemática de literatura permitiu uma análise crítica sobre a qualidade da assistência de enfermagem em cuidados paliativos com idosos, com foco na humanização do cuidado. Os estudos selecionados revelaram que, embora haja avanços conceituais e normativos, persistem desafios significativos na prática profissional, especialmente no que se refere à formação dos profissionais, à estrutura institucional e à valorização da subjetividade do paciente. A assistência humanizada, nesse contexto, emerge como um elemento essencial para garantir dignidade, conforto e qualidade de vida aos idosos em situação de terminalidade.
Os principais achados desta pesquisa foram organizados em cinco categorias temáticas: barreiras à humanização, práticas eficazes, impacto na qualidade de vida, percepções dos profissionais e relevância da formação continuada. As barreiras identificadas incluem a sobrecarga de trabalho, a escassez de recursos, a ausência de protocolos específicos e o despreparo emocional dos profissionais. Essas limitações comprometem a efetividade do cuidado e dificultam a consolidação dos cuidados paliativos como prática cotidiana. Por outro lado, as práticas eficazes destacadas nos estudos envolvem atitudes como escuta ativa, empatia, acolhimento das emoções e valorização da história de vida do paciente, que contribuem para a construção de vínculos terapêuticos e para uma experiência mais digna e significativa.
A humanização da assistência mostrou-se diretamente relacionada à melhoria da qualidade de vida dos idosos em cuidados paliativos. O respeito à autonomia, à subjetividade e aos desejos dos pacientes é crucial para garantir uma experiência de terminalidade mais acolhedora. Os profissionais de enfermagem, por estarem em contato direto e contínuo com os pacientes, têm papel central na promoção desse cuidado humanizado. No entanto, os estudos revelam que muitos profissionais ainda se sentem inseguros e despreparados para lidar com os desafios da terminalidade, o que reforça a necessidade de suporte institucional e de formação adequada.
Nesse sentido, a formação continuada aparece como um dos pilares para a qualificação da assistência. A revisão dos currículos dos cursos de graduação em enfermagem, com inclusão de conteúdos sobre morte, espiritualidade, bioética e comunicação, é uma medida urgente. Além disso, a educação permanente deve ser fortalecida através de oficinas, grupos de estudo, supervisão clínica e apoio emocional aos profissionais. A formação interdisciplinar também revela-se indispensável para promover uma prática colaborativa e integral, que respeite a complexidade dos cuidados paliativos.
As implicações dos achados desta pesquisa para as políticas públicas são significativas. A implementação efetiva da Política Nacional de Cuidados Paliativos, instituída pela Portaria GM/MS nº 3.681/2024, deve ser prioridade nos diferentes níveis de atenção à saúde. É necessário ampliar a oferta de serviços especializados, garantir financiamento adequado, valorizar os profissionais de saúde e promover a articulação intersetorial. A Estratégia Saúde da Família, por exemplo, tem potencial para oferecer cuidados paliativos de qualidade, desde que os profissionais estejam capacitados e apoiados institucionalmente.
Além disso, a atenção domiciliar deve ser fortalecida como alternativa humanizada e eficaz para o cuidado de idosos em situação de vulnerabilidade. O ambiente familiar favorece a preservação da autonomia, a manutenção dos vínculos afetivos e a construção de uma experiência de terminalidade mais acolhedora. Para isso, é fundamental que os profissionais estejam preparados para lidar com os desafios emocionais e técnicos dessa modalidade de assistência.
O papel da enfermagem no Sistema Único de Saúde (SUS) é estratégico e transformador. O enfermeiro, como agente de cuidado, tem a responsabilidade de promover práticas que respeitem a dignidade, a autonomia e a subjetividade dos pacientes. A escuta qualificada, a empatia e o compromisso com o bem-estar devem nortear a atuação profissional, especialmente em contextos de vulnerabilidade e fim de vida. A enfermagem, ao incorporar os princípios da humanização e da bioética à sua prática, favorece para a construção de um sistema de saúde mais ético, sensível e inclusivo.
Por fim, esta pesquisa aponta caminhos para futuras investigações. Estudos sobre a efetividade das políticas públicas, sobre a formação profissional em cuidados paliativos, sobre a atenção domiciliar, sobre a dimensão espiritual do cuidado e sobre o impacto emocional da atuação em contextos de terminalidade são necessários para aprofundar o conhecimento e aprimorar a prática. A produção científica sobre cuidados paliativos com idosos deve ser incentivada como estratégia para fortalecer a assistência e promover a valorização da vida até seus últimos momentos.
Em síntese, investir na qualidade da assistência de enfermagem em cuidados paliativos é investir na dignidade humana. A humanização do cuidado, a valorização da subjetividade do paciente e a formação dos profissionais são elementos indissociáveis para que os idosos vivam com conforto, respeito e paz, mesmo diante das limitações físicas ou das doenças incuráveis. A enfermagem, como profissão comprometida com o cuidado, tem o potencial de transformar a experiência da terminalidade em um momento de acolhimento, escuta e valorização da vida.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 3.681, de 7 de maio de 2024. Institui a Política Nacional de Cuidados Paliativos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Ministério da Saúde, 2024. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/portaria-no-3-681-de-7-de-maio-de-2024/. Acesso em: 10 abr. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização: documento base para gestores e profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao.pdf. Acesso em: 22 maio 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Cuidados paliativos no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/cuidados-paliativos. Acesso em: 5 jun. 2025.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Projeções da população: Brasil e Unidades da Federação – 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9109-projecao-da-populacao.html. Acesso em: 9 ago. 2025.
WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Palliative care. Geneva: WHO, 2020. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/palliative-care. Acesso em: 4 out. 2025.
ALVES, R. S. F. et al. Cuidados paliativos: alternativa para o cuidado essencial no fim da vida. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39, p. e185734, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003185734. Acesso em: 5 out. 2025.
BETHMANN, J.; LIMA, L. A. de. Alterações dos papéis sociais nos cuidados paliativos na visão do psicodrama. Revista Psicodrama, União da Vitória, 2025. Disponível em: https://www.scielo.br/j/psicodrama/a/Lfgp7mK6dh3vxd67YNg3krb/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 25 set. 2025.
HERMES, H. R.; LAMARCA, I. C. A. Cuidados paliativos: uma abordagem a partir das categorias profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 18, n. 9, p. 2577–2588, set. 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000900012. Acesso em: 30 mar. 2025.
LOPES, P. A. F.; PAZ, D. S. S.; FERREIRA, J. C.; MORAES, S. S. de. Bioética e cuidados paliativos: revisão integrativa. Revista Bioética, Manaus, 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bioet/a/rX9BxYDvHhzm9hmzSPNcNcb/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 20 mai. 2025.
MENDES, E. C.; SANTOS, A. P. M. B. dos; OLARIO, P. Capacitação em cuidados paliativos: uma amostra das Oficinas Itinerantes do Rio de Janeiro, Brasil. Serviço Social & Sociedade, v. 148, n. 1, p. e6628430, 2025. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0101-6628.430. Acesso em: 14 ago. 2025.
NARDINO, F.; OLESIAK, L. da R.; QUINTANA, A. M. Significações dos cuidados paliativos para profissionais de um serviço de atenção domiciliar. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 41, p. e222519, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003222519. Acesso em: 4 out. 2025.
POSSATTI, F. M. et al. Desejos e vontades de pessoas idosas institucionalizadas sobre a terminalidade de vida. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 27, p. e230170, 2024. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/qrWMmY4FzhcP4WCwjHFZ4xQ/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 10 mar. 2025.
QUEIROZ, L. M. P. de et al. Representações sociais de profissionais da Estratégia Saúde da Família acerca de cuidados paliativos para a pessoa idosa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 27, p. e230170, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-22562024027.230170.pt. Acesso em: 2 ago. 2025.
SOUZA, M. O. L. S. de et al. Reflexões de profissionais da enfermagem sobre cuidados paliativos. Revista Bioética, v. 1, p. 162–171, jan. 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-80422022301516PT. Acesso em: 15 set. 2025.
1Acadêmico (a) do Curso de Graduação Bacharelado em Enfermagem. Faculdade da Amazônia – UNAMA Rio Branco-Acre.
2Acadêmico (a) do Curso de Graduação Bacharelado em Enfermagem. Faculdade da Amazônia – UNAMA Rio Branco-Acre.
3Docente do Curso de Graduação Bacharelado em Enfermagem na Faculdade da Amazônia – UNAMA Rio Branco-Acre.
