REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202510051237
Márcio Alencar de Sousa Lima1
Rafael Telló Dürks2
RESUMO
A perda de cabelo interfere na autoestima e qualidade de vida de homens e mulheres e o transplante capilar é uma opção de tratamento, mas não está livre de complicações. Este estudo objetivou identificar os eventos esperados no período pós-operatório de transplante capilar com utilização da técnica de Extração de Unidade Folicular, as complicações e os cuidados necessários para resultados satisfatórios. Para tanto, foi desenvolvida uma revisão da literatura, com busca em duas fontes de informação no mês de junho de 2025. Os resultados foram apresentados de forma descritiva. A literatura mostrou como eventos esperados no pós-operatório: dor, hipotensão transitória, prurido no couro cabeludo, edema facial, crostas e perda de cabelo. As complicações incluíram: infecção, hematoma, necrose, queloide, cistos, eflúvio e outras. Os cuidados compreenderam: educação do paciente; curativo pós-procedimento; uso de analgésicos e anti-inflamatórios; solução fisiológica spray nos primeiros dias; lavagem do cabelo; visita pós-operatória precoce; medidas posturais; uso de compressas frias ou mornas, conforme o quadro clínico; aplicação de soluções que estimulem a cicatrização; uso precoce de Minoxidil e finasterida; antibióticos tópicos ou sistêmicos, quando necessário. A avaliação pré-operatória, o acompanhamento pós-operatório e a educação do paciente são fundamentais para o sucesso do transplante.
PALAVRA-CHAVE: Alopecia, Cabelo, Procedimentos de Cirurgia Plástica, Transplante Autólogo.
ABSTRACT
Hair loss affects the self-esteem and quality of life of men and women, and hair transplantation is a treatment option, but it is not free from complications. This study aimed to identify the expected events in the postoperative period of hair transplantation using the Follicular Unit Extraction technique, the complications, and the care required for outstanding results. To this end, a literature review was conducted, searching two sources of information in June 2025. The results were presented descriptively. The literature listed the following as expected postoperative events: pain, transient hypotension, scalp pruritus, facial edema, crusting, and hair loss. Complications included infection, hematoma, necrosis, keloids, cysts, effluvium, and others. Care involved: patient education; dressing after the procedure; use of analgesics and anti-inflammatories; saline spray in the first few days; hair washing; early postoperative visits; postural measures; use of cold or warm compresses depending on the clinical condition; application of solutions that stimulate healing; early use of minoxidil and finasteride; topic antibiotics or systemic, when necessary. Preoperative evaluation, postoperative follow-up, and patient education are essential for the success of the transplant.
KEYWORDS: Alopecia, Hair, Plastic Surgery Procedures, Transplantation, Autologous.
INTRODUÇÃO
A perda de cabelo acomete entre 65% a 85% dos homens e 30% a 40% das mulheres e repercute negativamente na sua autoimagem, bem-estar emocional e qualidade de vida. Pode ser originada de traumas, queimaduras, infecções, doenças dermatológicas, autoimunes, inflamatórias e estresse, mas a alopecia androgenética é causa mais frequente (Rousso; Klimczak, 2023). Estão disponíveis vários tipos de tratamento para a perda de cabelo, contudo, em casos mais complexos as opções não cirúrgicas podem ser inadequadas para alcançar uma restauração capilar efetiva (Liu et al., 2025).
A cirurgia de restauração capilar foi descrita pela primeira vez em 1939 pelos dermatologistas japoneses Sasagawa, Okuda, Tamura e Fujita, com uso de enxertos autógenos contendo folículos capilares para a correção de alopecia cicatricial (Sharma; Ranjan, 2019). Em 1959, o médico norte-americano Norman Orentreich, considerado o pai do transplante capilar moderno, realizou a cirurgia com punch de 4 mm (técnica de “enxerto por punch”) e discutiu a ideia de dominância do local doador e receptor (Sharma; Ranjan, 2019; Rousso; Klimczak, 2023). Em 2002, Rassman e colaboradores descreveram o transplante capilar com a técnica Follicular Unit Extraction (FUE), com abordagem das características clínicas e microscópicas de enxertos foliculares colhidos de punch de 1 mm (Sharma; Ranjan, 2019).
Atualmente, são aceitas duas técnicas cirúrgicas de restauração capilar, o transplante de unidade folicular (FUT) ou técnica de tira, e a FUE. A primeira consiste na excisão de uma tira de cabelo da área doadora e dissecção em pequenas unidades foliculares e a segunda, na coleta de enxertos foliculares individuais com ajuda de punções manuais ou motorizadas de até 1 mm de diâmetro (Sharma; Ranjan, 2019; Jimenez; Vogel; Avram, 2021). A cirurgia é segura, possui baixa prevalência de complicações e pode ser feita em nível ambulatorial ou ambientes com internação (Williams; El-Maghraby, 2024).
As complicações são compreendidas como eventos adversos incomuns, não usuais ou esperados. Pelo transplante capilar se tratar de uma cirurgia estética, qualquer complicação pode impactar significativamente no estado psicológico do paciente e ter implicações médico-legais (Kerure; Patwardhan, 2018). Em geral, as complicações são evitáveis e, na maioria das vezes, causadas por planejamento cirúrgico inadequado, diagnóstico incorreto da etiologia da perda capilar, avaliação deficiente do histórico médico do paciente (doenças prévias e estilo de vida), avaliação dermatoscópica insatisfatória, técnica cirúrgica defeituosa ou ausência de educação pré-operatória e participação ativa do paciente em seu autocuidado (Nadimi, 2020; Williams; El-Maghraby, 2024).
Diante do exposto, torna-se relevante aprofundar o conhecimento sobre as manifestações esperadas, as possíveis complicações e as recomendações de cuidados, com intuito de garantir o sucesso do transplante capilar, a colaboração do paciente nos cuidados perioperatórios e a sua satisfação. Assim, este artigo teve o objetivo de identificar os eventos esperados no período pós-operatório de transplante capilar com utilização da técnica FUE, as complicações e os cuidados necessários para resultados satisfatórios.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa exploratória, qualitativa, do tipo revisão de literatura. Este método permite considerar vários aspectos do problema a ser estudado de forma a torná-lo mais explícito, favorecendo a sua compreensão. Utiliza-se de material já publicado, como artigos científicos, teses, dissertações, livros e outros, e integra diversas metodologias (GIL, 2025). Para tanto, foram seguidas as etapas: definição do objetivo, identificação das fontes bibliográficas, leitura do material, seleção de trechos relevantes, fichamento, organização lógica das informações, e redação do texto (GIL, 2025).
A partir do objetivo, foi realizada busca na base de dados National Library of Medicine’s via Pubmed (MEDLINE/Pubmed) e na Biblioteca Scientific Eletronic Library (Scielo), no mês de junho de 2025, com a aplicação de estratégias de busca adaptadas para cada fonte de informação (Quadro 1). Os documentos encontrados foram exportados para Rayyan para remoção de duplicatas e seleção.
Quadro 1 – Estratégia de busca utilizada nas fontes de informação, Ijuí-RS, 2025

Fonte: Autor (2025).
Foram selecionados artigos científicos que respondiam ao objetivo de pesquisa, publicados nos últimos 10 anos para garantir informações atualizadas sobre o tema, disponíveis online e em qualquer idioma. Optou-se por excluir estudos com crianças, com utilização da técnica do transplante capilar como alternativa para tratar condições clínicas diferentes da alopecia, calvície ou afinamento de cabelo, aqueles sem resumo disponível nas bases de dados e sem acesso gratuito ao texto na íntegra.
Os artigos selecionados foram lidos na íntegra, os trechos relevantes foram destacados e após, realizado o fichamento do documento, com coleta das seguintes informações: autoria, objetivo, método e resultados principais. Posteriormente, realizou-se a comparação entre os resultados dos estudos, organizadas as informações e redigida a revisão. Os resultados foram apresentados em forma de quadros. Todas as ideias, definições e conceitos dos autores dos documentos analisadas foram respeitados conforme os princípios de citação de autoria.
RESULTADOS
Na base de dados Medline foram identificados 63 documentos e um na biblioteca Scielo. Não foram encontradas duplicatas, 39 artigos foram excluídos e 24 selecionados para a leitura integral. Destes, três não atenderam aos critérios de amostragem e acabaram sendo excluídos. Assim, 21 documentos integraram a revisão, dentre eles cinco relatos de caso ou séries de caso, nove revisões de literatura com ou sem a opinião de especialistas, quatro estudos de coorte e três ensaios clínicos.
Foi observado nos estudos a ocorrência de eventos esperados no período pós-operatório de transplante capilar e também de complicações. Entre as manifestações esperadas, foram relatadas frequentemente a dor pós-operatória, o edema (particularmente na região frontal e nas pálpebras), a formação de crostas, perda de cabelo e outros, como apresentado no Quadro 2 (Marwah; Mysore; 2018; Garg; Garg, 2021; Jimenez; Vogel; Avram, 2021; Liu et al., 2025; Kerure; Patwardhan, 2018; Nadimi, 2020; Stough, 2023; Garg et al., 2017; Williams; El-Maghraby, 2024; Rousso; Klimczak, 2023; Aksoz et al., 2019; Niu et al., 2024; Fattah, 2021; Ghimire, 2018; Sharma; Ranjan, 2019; Di et al., 2023).
Quadro 2 – Eventos esperados no pós-operatórias de cirurgia de transplante capilar com extração da unidade folicular, Ijuí-RS, 2025

Fonte: Autor (2025).
Em relação as complicações pós-operatórias descritas na literatura, foram citadas infecções, deslocamento de enxerto, necrose, queloides, comprometimento cardiovascular e outras explicitadas no Quadro 3 (Guerrero-González et al., 2025; Chen et al., 2024; Marwah; Mysore; 2018; Garg; Garg, 2021; Jimenez; Vogel; Avram, 2021; Liu et al., 2025; Kerure; Patwardhan, 2018; Nadimi, 2020; Stough, 2023; Garg et al., 2017; Williams; El-Maghraby, 2024; Rousso; Klimczak, 2023; Aksoz et al., 2019; Niu et al., 2024; Fattah, 2021; Ghimire, 2018; Sharma; Ranjan, 2019).
Quadro 3 – Complicações no pós-operatório de cirurgia de transplante capilar com extração da unidade folicular, Ijuí-RS, 2025

Fonte: Autor (2025).
Para favorecer a efetividade do transplante capilar, a redução dos desconfortos do paciente e o tratamento de complicações, foram evidenciados alguns cuidados e recomendações, tanto farmacológicos como a aplicação de outras medidas, resumidas no Quadro 4 (Guerrero-González et al., 2025; Chen et al., 2024; Marwah; Mysore; 2018; Garg; Garg, 2021; Jimenez; Vogel; Avram, 2021; Liu et al., 2025; Kerure; Patwardhan, 2018; Nadimi, 2020; Saad et al., 2022; Stough, 2023; Garg et al., 2017; Di et al., 2023; Chen et al., 2024; Williams; El-Maghraby, 2024; Rousso; Klimczak, 2023; Guo et al., 2024; Aksoz et al., 2019; Fattah, 2021; Sharma; Ranjan, 2019).
Quadro 4 – Cuidados e tratamento dos eventos esperados e das complicações no pós-operatório de cirurgia de transplante capilar com extração da unidade folicular, Ijuí-RS, 2025

Fonte: Autor (2025).
DISCUSSÃO
Os principais resultados desta revisão mostraram que, entre os eventos esperados no período pós-operatório de transplante capilar com utilização da técnica FUE, são comuns principalmente a dor ou dormência nas áreas receptora ou doadora, a hipotensão transitória, o prurido no couro cabeludo, o edema facial, a formação de crostas e a perda de cabelo; caso não tratados adequadamente podem levar à ocorrência de complicações. Como complicações, foram relatados na literatura, infecções, hematoma, necrose, queloide, cistos, perda capilar de choque, baixa sobrevivência do enxerto, linha capilar não natural e outras. Contudo, parece haver entre os autores controvérsias quanto ao que é esperado e o que é complicação. Neste estudo, foram consideradas complicações os eventos incomuns, uma ocorrência não usual e que requer uma mudança na metodologia de tratamento e cuidados (Kerure; Patwardhan, 2018).
Estudo registrou a ocorrência de eventos pós-operatórios em 60,53% dos pacientes, dos quais 34,87% apresentaram dor, 1,32% aumento da pressão arterial superior a 140/90 mmHg, 1,97% hipotensão com pressão arterial inferior a 90/60 mmHg, ansiedade em 5,26%, sangramento em 1,97%, náusea em 9,21%, dor no corpo em 3,95%, taquicardia com frequência superior a 100 bpm em 0,66% e bradicardia (frequência cardíaca inferior a 60) em 1,32% (Ghimire, 2018). Quanto a prevalência de complicações, as taxas variam entre os estudos. Pesquisa identificou complicações maiores (que exigem readmissão, reoperação ou apresentação ao pronto-socorro em até 30 dias) em 1,2% dos pacientes e menores em 4,7% (Liu et al., 2025). Em outro estudo, com pacientes tratados por alopecia cicatricial secundária a infecção, a taxa de complicação foi de 11,1% (Niu et al., 2024). Outra pesquisa mostrou que complicações significativas foram observadas em 9,9% dos procedimentos (Aksoz et al., 2019).
A fim de reduzir os riscos pós-operatórios e evitar complicações é importante a realização da coleta de histórico médico do paciente, alergias, uso de medicamentos; avaliar as áreas receptora e doadora; fazer o aconselhamento, informar sobre as complicações e educar quanto ao autocuidado no pós-operatório (Nadimi, 2020; Garg; Garg, 2021; Guerrero-González et al., 2025). Pacientes com hipertensão, diabetes, artrite, imunocomprometidos e tabagistas possuem risco aumentado para complicações, particularmente para o desenvolvimento de necrose (Garg; Garg, 2021). Substâncias como aspirina, anti-inflamatórios não esteroidais, vitamina E, álcool, esteroides anabolizantes, Ginkgo biloba, ginseng, álcool ou outros agentes anticoagulantes devem ser evitados antes do procedimento (Nadimi, 2020; Marwah; Mysore, 2018; Rousso; Klimczak, 2023). Os pacientes devem parar de fumar por 1 mês antes e depois da operação. A diabetes e a artrite devem estar bem controladas para realizar a cirurgia (Chen et al., 2024).
A educação do paciente pode influenciar na ocorrência de problemas pós-operatórios e também o prepara para o que já é esperado (Nadimi, 2020). Estudo evidenciou que a utilização de método “ensino-retroativo”, identificação de problemas, planejamento, ação, reflexão e implementação e trajetória de cuidados otimizou os cuidados perioperatórios, melhorou a taxa de sobrevida das unidades foliculares capilares pós-operatórias, reduziu a incidência de complicações e favoreceu a capacidade de autogestão e satisfação do paciente (Saad et al., 2022).
Quanto aos eventos esperados, ao final da cirurgia, principalmente se for longa, o paciente pode vir a sofrer síncope, desencadeada por dor, hipotensão postural, toxicidade por xilocaína, má hidratação, hipoglicemia, entre outras. Sua prevenção pode ser feita com a administração de clonidina (anticolinérgico e analgésico) antes da cirurgia e ao se evitar mudanças bruscas de postura (Kerure; Patwardhan, 2018). Diante de sua ocorrência, medidas como abaixar a cabeça e elevar as pernas podem ser implementadas (Fattah, 2021).
O sangramento pós-operatório geralmente está ligado ao uso de anticoagulante, álcool e a hipertensão (Marwah; Mysore, 2018) e requer intervenção na forma de pressão manual com gaze por 10 a 15 minutos (Marwah; Mysore, 2018; Nadimi, 2020; Kerure; Patwardhan, 2018); ligadura por sutura (Marwah; Mysore, 2018), administração de ácido tranexâmico (Liu et al., 2025) ou injeção de epinefrina (Nadimi, 2020). A ocorrência de hematoma é uma complicação que produz dor, inchaço e equimoses localizadas. Pode ser corrigida pela exploração da ferida, sutura ou cauterização de vasos com sangramento ativo e fechamento da ferida em camadas. A falha em abordar esse problema aumenta o risco de necrose no local do doador e perda permanente de cabelo (Nadimi, 2020).
Uma forma de prevenir estes eventos é a realização de curativo, recomendado principalmente em casos de sangramento intraoperatório excessivo, pacientes que apresentaram estalos (deslocamento do enxerto subjacente), aqueles agitados, que tiveram enxertos multifoliculares (que são mais propensos a serem deslocados), quando houver risco de sangramento e para proteger a área doadora. A gaze revestida de emoliente deve ser idealmente a primeira camada do curativo, seguida por uma bandagem em rolo na área receptora (Marwah; Mysore, 2018; Jimenez; Vogel; Avram, 2021).
A dormência ou hipersensibilidade (dor) na área receptora ou doadora é frequente no pós-operatório e tende a desaparecer espontaneamente em até 3 semanas (Sharma; Ranjan, 2019), mas há relato de complicação, dormência/parestesia de longo prazo na área temporal ou occipital de até 8 meses (Aksoz et al., 2019). Analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como ibuprofeno, paracetamol e tramadol, podem ser usados (Garg; Garg, 2021, Liu et al., 2025; Kerure; Patwardhan, 2018). No entanto, as opções de tratamento para dor neuropática ou hipersensibilidade decorrente de um nervo lesionado incluem infiltrações regionais de anestésicos locais e corticosteroides. Dores ou sensibilidade persistente decorrente de um neuroma palpável pode exigir cirurgia para remover a massa (Nadimi, 2020).
Os soluços manifestados após o transplante são oriundos da irritação do nervo frênico na área retroauricular ou à aspiração excessiva de ar perioperatória em pacientes ansiosos ou agitados. Em geral, desaparecem em até 48h, porém podem ser tratados com metoclopramida (Liu et al., 2025) ou clorpromazina 25 mg duas vezes ao dia por 1 a 2 dias (Garg; Garg, 2021).
Após o transplante, a maioria dos enxertos forma uma crosta superficial que cai entre o 7º e o 10º dia (Jimenez; Vogel; Avram, 2021) e que se desenvolve acompanhada de ressecamento e prurido (Aksoz et al., 2019; Garg; Garg, 2021). Borrifar solução salina fisiológica a cada 2 a 3 horas durante os primeiros 2 a 3 dias colabora com a manutenção do couro cabeludo limpo (Jimenez; Vogel; Avram, 2021; Marwah; Mysore, 2018; Kerure; Patwardhan, 2018). Compressas úmidas são recomendadas para amolecer e desalojar crostas aderentes (Nadimi, 2020).
A literatura mostra divergência quanto ao dia em que a lavagem com xampu pode ser iniciada, mas em geral, recomenda-se que seja iniciada a partir do terceiro (Sharma; Ranjan, 2019; Garg; Garg, 2021), quinto (Liu et al., 2025) ou sétimo dia (Marwah; Mysore, 2018) com uso de xampu suave (para bebê), sem sulfato (Rousso; Klimczak, 2023; Marwah; Mysore, 2018; Sharma; Ranjan, 2019) e tomando cuidado com a exposição direta do couro cabeludo à água pressurizada (Dias; Loudes; Ekelem, 2021). Uma visita pós-operatória precoce dentro de 24 a 48 horas após a cirurgia é recomendada para inspecionar a área receptora, oportunidade em que o paciente deve ser educado sobre os métodos adequados de borrifar e de realizar a lavagem (Nadimi, 2020). Ainda para auxiliar na remoção de crostas e controle da coceira pode-se borrifar hamamélis (Rousso; Klimczak, 2023), aplicar aloe vera (Garg; Garg, 2021; Kerure; Patwardhan, 2018), óleo tópico, emolientes (Nadimi, 2020; Fattah, 2021), solução de esteroides (Garg; Garg, 2021) ou utilizar anti-histamínicos orais (Kerure; Patwardhan, 2018).
O edema na testa e nas pálpebras pode ocorrer no 4º ou 5º dia e persistir por 3 a 5 dias, é mais comum em pacientes idosos devido à flacidez da pele. Sua prevenção e tratamento compreendem o uso de medicamentos como injeção de triancinolona no couro cabeludo frontal (Marwah; Mysore, 2018; Liu et al., 2025) e esteroide oral por 3 a 5 dias (Marwah; Mysore, 2018; Sharma; Ranjan, 2019; Jimenez; Vogel; Avram, 2021; Kerure; Patwardhan, 2018). Outras medidas também são recomendadas: uso de uma faixa na cabeça; deitar-se por períodos prolongados em decúbito dorsal horizontal ou ligeiramente apoiado para evitar o efeito da gravidade (Marwah; Mysore, 2018; Garg; Garg, 2021); evitar dormir de lado ou em decúbito ventral (Garg; Garg, 2021); manutenção de uma posição semi-deitada no pós-operatório; aplicação de compressas frias em intervalos de 20 minutos nas primeiras 24 horas (Sharma; Ranjan, 2019; Aksoz et al., 2019; Nadimi, 2020; Rousso; Klimczak, 2023; Fattah, 2021); manter dieta com baixo teor de sódio; restringir a flexão do pescoço; e não realizar atividade física por 1 semana (Nadimi, 2020).
A foliculite estéril pode ser observada em cerca de 7,4% (Fattah, 2021) a 8,33% dos pacientes (Di et al., 2023) e tende a desaparecer espontaneamente (Sharma; Ranjan, 2019). Seu tratamento compreende compressas mornas por 15 minutos, duas a três vezes ao dia (Garg; Garg, 2021; Fattah, 2021), higiene diária do couro cabeludo com xampus de gluconato de clorexidina (Nadimi, 2020) ou ou iodopovidona (Rousso; Klimczak, 2023), aplicação local de preparações de aloe vera (Sharma; Ranjan, 2019), desobstrução e antibióticos tópicos e orais (Liu et al., 2025; Fattah, 2021).
Em relação a cicatrização, para promover estabilidade entre o enxerto e o couro cabeludo o tempo de cicatrização da ferida é de pelo menos 3 a 4 dias. Estudo mostrou que a aplicação, na área doadora, do tecido descartado durante o transplante (gordura visível e o tecido conjuntivo ao redor dos folículos capilares), acelera a cicatrização de feridas, diminui o prurido e a dor, particularmente, por fornecer células-tronco e promover a migração celular no local da lesão (Guo et al., 2024). Outra pesquisa evidenciou que o uso de ácido hipocloroso (HOCl) estabilizado e superoxidado tópico spray por 10 dias nos cuidados pós-operatórios favoreceu a oxigenação dos tecidos em locais de feridas, auxiliou na cicatrização, diminuiu a intensidade do eritema e a ocorrência de prurido (Stough, 2023). Estudos têm sugerido que a utilização de plasma rico em plaquetas pode beneficiar a cicatrização e a regeneração do tecido cicatricial (Williams; El-Maghraby, 2024) quando injetado intra e pós-operatório a cada mês até 3 meses, assim como o uso de soluções contendo peptídeos de cobre e ATP (Marwah; Mysore, 2018) e a aplicação local de preparações contendo aloe vera (Sharma; Ranjan, 2019).
O desenvolvimento de cicatrizes em forma de “pequenos pontos” pode ser observado nos folículos capilares do doador por FUE em uma cabeça raspada e limpa, com hipo ou hiperpigmentação (Garg; Garg, 2021). Cicatrizes e hipopigmentação, geralmente, são decorrentes da coleta agressiva do local doador e podem levar a áreas de depleção (Rousso; Klimczak, 2023). Injeções mensais com uma mistura de acetonido de triancinolona 10 mg/mL, diluída 2:1 com lidocaína a 2%, no couro cabeludo por várias semanas para melhorar a flacidez local do couro cabeludo e potencializar a correção de cicatrizes (Nadimi, 2020). A micropigmentação pode ser utilizada para reparar as cicatrizes puntiformes (Garg; Garg, 2021).
No período de cicatrização, os pacientes devem ser orientados a evitar qualquer atividade que envolva esfregar, pentear, escovar ou golpear o local receptor com força brusca ou cortante (Nadimi, 2020) a fim de evitar o desalojamento acidental do enxerto. Se um enxerto se desprender, os pacientes devem ser instruídos a colocá-lo sobre uma gaze limpa e fria umedecida com solução salina e levados imediatamente ao consultório para reinserção (Rousso; Klimczak, 2023).
Da segunda à quarta semana pós-operatório, uma perda natural de fios de cabelo é notada, com retorno do crescimento após uma fase de latência de cerca de 3 meses (Marwah; Mysore, 2018; Jimenez; Vogel; Avram, 2021) que ocorre devido ao deslocamento dos enxertos e ao tempo gasto fora do corpo, quando transplantados (Marwah; Mysore, 2018; Jimenez; Vogel; Avram, 2021). Em pacientes jovens pode ocorrer perda de cabelo na região do vértice da cabeça não operada (Di et al., 2023).
A perda massiva de cabelo é uma complicação, relaciona-se ao trauma e estresse cirúrgico, e é chamada de perda de choque ou eflúvio. Pacientes do sexo feminino têm maior probabilidade de desenvolverem essa condição (Garg; Garg, 2021; Aksoz et al., 2019). O uso precoce de Minoxidil 5% é recomendado para prevenir o eflúvio telógeno pós-operatório, promover o crescimento e aumentar o suprimento sanguíneo (Garg; Garg, 2021; Marwah; Mysore, 2018; Kerure; Patwardhan, 2018), assim como a finasterida oral, na dose de 1 mg por dia (Di et al., 2023; Kerure; Patwardhan, 2018). Devido a possibilidade de causar coceira e favorecer o deslocamento dos enxertos, o uso do Minoxidil é recomendado 5 dias após o procedimento (Marwah; Mysore, 2018). Estudo também mostrou que a terapia com plasma rico em plaquetas (PRP), aplicado no 2º, 4º e 6º mês de pós-operatório promoveu o crescimento capilar, aumentou a sua densidade e espessura (Fattah, 2021).
A subluxação inadvertida de enxertos de unidade folicular abaixo do nível da derme no intraoperatório pode levar à formação de cistos (Sharma; Ranjan, 2019, Kerure; Patwardhan, 2018). O tratamento de cistos consiste na incisão dos cistos, drenagem e expulsão dos detritos sebáceos e pelos aprisionados, uso de compressas mornas duas a três vezes ao dia e, se necessário, aplicação de antibióticos tópicos (Kerure; Patwardhan, 2018, Rousso; Klimczak, 2023, Fattah, 2021). Numerosos cistos, inflamação com eritema e pústulas dispersas indicam a presença de infecção (Garg; Garg, 2021). Estudo identificou prevalência de infecção em 0,66% dos pacientes (Ghimire, 2018). A remoção de crostas e higiene do couro cabeludo são medidas de prevenção (Garg; Garg, 2021; Nadimi, 2020), assim como o uso de antibiótico profilático, embora controverso (Fattah, 2021). O tratamento dessa complicação requer o uso de antibiótico sistêmicos de amplo espectro e boa cobertura da flora cutânea, como cefalexina ou ciprofloxacino, em pacientes com alergia a cefalosporinas, administrados por 7 dias e cremes ou pomadas antibióticos tópicos aplicados sobre lesões ativas (Garg; Garg, 2021; Nadimi, 2020). Drenagem de abcessos e pústulas podem ser necessários, inclusive com realização de curativo (Rousso; Klimczak, 2023).
O manejo ativo da foliculite bacteriana também envolve o uso de antibióticos orais e tópicos (Aksoz et al., 2019), bem como, limpeza diária com xampu antibacteriano e acompanhamento, a fim de que não evolua para foliculite crônica; relacionada à destruição dos enxertos e ao desenvolvimento de cicatrizes (Kerure; Patwardhan, 2018; Rousso; Klimczak, 2023).
Complicações inflamatórias como líquen plano pilar e dermatose pustulosa erosiva do couro cabeludo aparecem em cerca de 0,08% dos casos, maior parte no local cirúrgico ou próximo a ele. Podem levar a formação de tecido de granulação, alopecia cicatricial e inflamação crônica se não tratados adequadamente. O tratamento de primeira linha é o uso de esteroide tópico de alta potência; os inibidores tópicos de calcineurina, o calcipotriol tópico e tratamento com gel de dapsona 5% também demonstraram efetividade (Guerrero-González et al., 2025). Casos de erupções variceliformes de Kaposi (EVK) devido à infecção viral por varicela-zóster foram igualmente mencionados na literatura, tratados com valaciclovir oral 1000 mg três vezes ao dia durante 14 dias e associados à baixa sobrevida do enxerto (Liu et al., 2025).
Outra complicação grave é a necrose do couro cabeludo, que pode levar à alopecia cicatricial (Aksoz et al., 2019, Sharma; Ranjan, 2019, Rousso; Klimczak, 2023). Geralmente, decorre do efeito constritor da solução tumescente (Rousso; Klimczak, 2023) e de doença vascular relacionada ao tabagismo, hipertensão e diabetes (Williams; El-Maghraby, 2024; Chen et al., 2024). Sua incidência é baixa e a área mais envolvida é a região central (Chen et al., 2024).
A condição das áreas receptora e doadora deve ser observada atentamente nas primeiras 72 horas após a operação, especialmente após a implantação em larga escala a fim de identificar sinais precursores de necrose, como dor aguda e cianose. A nitroglicerina tópica pode melhorar a perfusão tecidual e reduzir a necrose isquêmica (Chen et al., 2024), assim como o uso de aspirina pós-operatória em doses baixas (Nadimi, 2020). Se o paciente tiver alto risco de infecção, antibióticos profiláticos podem ser injetados 30 minutos antes da cirurgia e uma dose adicional pode ser administrada se a cirurgia durar mais de 3 horas. A injeção de plasma rico em plaquetas e a aplicação tópica de Minoxidil antes da operação podem minimizar o risco de necrose (Chen et al., 2024).
Diante do desenvolvimento de necrose, as crostas e pústulas devem ser limpadas com clorexidina e peróxido de hidrogênio diluído; a lesão deve ser drenada e coberta com pomada de mupirocina (Chen et al., 2024); agentes regenerativos como ACell MatriStem Matrix podem ser usados para estimular a cicatrização (Williams; El-Maghraby, 2024). A cobertura adequada da ferida pode prevenir o crescimento bacteriano e reduzir o exsudato; curativos úmidos podem acelerar a eliminação da escara. No estágio final, uma grande escara se forma e adere firmemente ao tecido subjacente, e não deve ser removida diretamente, a fim de evitar prejuízos no suprimento sanguíneo. Portanto, o desbridamento conservador das bordas periféricas da ferida pode ser uma opção melhor. A administração oportuna de antibióticos de amplo espectro auxilia no controle da lesão e melhora o prognóstico. Também recomenda-se guiar o tratamento antibiótico pela cultura bacteriana da exsudação e teste de sensibilidade aos medicamentos (Chen et al., 2024). Ainda, o paciente pode ser incentivado a realizar massagem no couro cabeludo para estimular a circulação local (Nadimi, 2020).
Quanto a formação de queloides, estudo identificou incidência de 1,97% com aparecimento em até 2 meses (Ghimire, 2018). O risco pode ser minimizado com medidas profiláticas pós-operatórias, como terapia de pressão, placas de gel de silicone e flavonoides. Lesões potenciais em desenvolvimento podem ser tratadas com esteroides intralesionais (triancinolona 10 a 40 mg/mL a cada 4 semanas), 5-flurouracil, interferons e crioterapia. Algumas das estratégias terapêuticas recentemente introduzidas para o manejo de queloides incluem uso de metotrexato, retinoides, inibidores de calcineurina, bloqueadores dos canais de cálcio, toxina botulínica, inibidores do fator de crescimento endotelial vascular, fator de crescimento básico de fibroblastos, interleucina-10, fator de crescimento transformador beta, anti-histamínicos e prostaglandina E2 (Garg et al., 2017; Nadimi, 2020). Pacientes com tendência a queloides documentada devem ser desaconselhados a se submeterem à cirurgia eletiva do couro cabeludo (Garg et al., 2017).
A ocorrência de complicações cardiovasculares foram documentadas na literatura como fístula arteriovenosa por inserção profunda da unidade folicular (Williams; El-Maghraby, 2024), bloqueio intraventricular, distimia e colapso cardiovascular secundário à interação medicamentosa com lidocaína e bupivacaína e opiódes e inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs), reforçando o cuidado na realização do procedimento cirúrgico e com o uso de medicamentos (Jimenez; Vogel; Avram, 2021; Williams; El-Maghraby, 2024).
Outras complicações descritas foram a tricorrexe nodosa, pili multigemini e foliculite dissecante, que levaram à baixa sobrevida do enxerto (Liu et al., 2025). Também foram registrados casos de urticária devido ao uso de medicamentos e os anti-histamínicos serviram como terapêutica (Garg; Garg, 2021).
Para finalizar, a longo prazo, alguns cuidados pós-transplante são recomendados, como a lavagem diária do cabelo em ou em dias alternados; uso de xampu de limpeza profunda a cada 15 dias; preferir tinturas capilares não permanente; evitar procedimentos de alisamento e descoloração capilar; tratamento da sebderme (caspa) com xampu sem sulfato, de pH baixo, associado a um agente antifúngico; proteção da haste capilar com produto sem enxágue contendo óleos vegetais, silicones solúveis e aminoácidos hidrolisados antes de aplicar o Minoxidil tópico; e evitar secadores de cabelo e chapinha quente no local do transplante ou usar com cautela (Dias; Loudes; Ekelem, 2021). Também estar atendo para o uso de medicamentos que podem comprometer a efetividade do transplante capilar ou causar alopecia, como são exemplos a semaglutida, usada para perda de peso e associada ao risco aumentado de queda de cabelo em mulheres (Sodhi et al., 2025) e os inibidores da bomba de prótons como o Lansoprazol (Alhanshali et al., 2023), entre outros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O transplante capilar assim como outras cirurgias incorre em riscos para o paciente. No pós-operatório são esperadas a ocorrência de dor, edema, crostas, perda de cabelo, entre outras; caso não tratadas adequadamente podem desencadear complicações como infecção, necrose, queloide, cistos, eflúvio e repercutir de forma sistêmica. A prevenção de complicações e os cuidados partem da avaliação pré-operatória, com identificação dos fatores de risco e educação do paciente, e seguem durante o acompanhamento pós-operatório com o tratamento das ocorrências e reforço em relação aos cuidados necessários.
REFERÊNCIAS
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1Médico residente em Cirurgia Geral, Hospital de Clínicas de Ijuí, Ijuí, RS. E-mail: comprassougen@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0007-2326-1747
2Cirurgião Torácico, Hospital de Clínicas de Ijuí, Ijuí, RS.
E-mail: rafadurks@yahoo.com.br