REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202509291004
Luisa Klahn de Oliveira1
Resumo: O aumento da urbanização global está associado a mudanças significativas na qualidade de vida, incluindo impactos negativos sobre a saúde mental. Este artigo revisa evidências sobre os desafios da saúde mental em ambientes urbanos e propõe estratégias de promoção da saúde baseadas em intervenções comunitárias e políticas públicas. Foram analisados estudos de revisão sistemática e pesquisas observacionais que destacam fatores como poluição sonora, isolamento social, desigualdade socioeconômica e estresse crônico. Conclui-se que abordagens integradas, envolvendo infraestrutura verde, apoio psicossocial e políticas inclusivas, são essenciais para mitigar riscos e fortalecer o bem-estar mental da população urbana.
Palavras-chave: Saúde mental; Urbanização; Promoção da saúde; Políticas públicas.
1. Introdução
A urbanização acelerada, fenômeno observado em diversas regiões do mundo, traz benefícios econômicos e sociais, mas também contribui para o aumento de transtornos mentais como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55% da população mundial vive em áreas urbanas, sendo esperado que esse número ultrapasse 68% até 2050. Assim, compreender os fatores de risco e propor estratégias eficazes é crucial para a saúde pública.
2. Métodos
Foi realizada uma revisão narrativa da literatura nas bases de dados PubMed, SciELO e Web of Science, considerando estudos publicados entre 2015 e 2025. Foram incluídos artigos que abordavam fatores urbanos associados à saúde mental e intervenções de promoção do bem-estar.
3. Resultados e Discussão
Os estudos revisados indicam que poluição atmosférica e sonora, desigualdade social, violência urbana e falta de áreas verdes aumentam os níveis de estresse e comprometem a saúde mental. Intervenções como criação de parques urbanos, incentivo ao transporte ativo (caminhada e bicicleta) e fortalecimento de redes de apoio comunitário demonstraram impacto positivo. Além disso, políticas públicas que ampliem o acesso a serviços de saúde mental e reduzam desigualdades sociais são consideradas essenciais.
4. Conclusão
A promoção da saúde mental em ambientes urbanos requer esforços interdisciplinares e políticas integradas. Investimentos em infraestrutura verde, inclusão social e acesso universal a cuidados de saúde mental podem reduzir os riscos associados à urbanização e melhorar a qualidade de vida da população.
5. Referências
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Urban Health and Mental Well-being. WHO, 2023.
ALMEIDA, R. et al. Fatores ambientais e saúde mental em cidades brasileiras. Revista Brasileira de Saúde Pública, 2022.
SMITH, J. et al. Urbanization and mental health: A global perspective. The Lancet Psychiatry, 2021.
1Discente de Biomedicina pela Unifunvic