A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO AMBIENTE DE TRABALHO: IMPACTOS NO DESEMPENHO E RELAÇÕES PROFISSIONAIS

THE INFLUENCE OF EMOTIONAL INTELLIGENCE IN THE WORKPLACE: IMPACTS ON PERFORMANCE AND PROFESSIONAL RELATIONS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202508161501


Yêda Magalhães Pinheiro Moraes1
Hélen Rimet Alves de Almeida2


Resumo 

A inteligência emocional (IE) é essencial para o desenvolvimento de relações saudáveis e produtivas no ambiente de trabalho, contribuindo para um clima organizacional harmonioso. Ao gerenciar melhor suas emoções, os colaboradores evitam reações impulsivas, lidam com o estresse e tomam decisões mais equilibradas, além de facilitarem a comunicação, a resolução de conflitos e a empatia dentro das equipes. Este estudo qualitativo e exploratório investigou os benefícios das dinâmicas de IE no ambiente organizacional, visando melhorar o bem-estar e o clima corporativo. A metodologia incluiu uma  intervenção sobre inteligência emocional e a aplicação prática de dinâmicas, como meditação, definição de metas e rodas de conversa, em uma empresa do setor de saúde. Foram utilizadas ferramentas como questionários, escalas emocionais, observações e entrevistas para avaliar os efeitos dessas dinâmicas no comportamento e desenvolvimento emocional dos colaboradores. Os resultados mostraram que as dinâmicas de IE melhoraram a gestão emocional, o autoconhecimento e a empatia dos participantes, gerando um ambiente de trabalho mais colaborativo e produtivo. A pesquisa reforça a importância da IE para o desenvolvimento organizacional, promovendo um clima mais harmonioso e impactando positivamente o desempenho e as relações dentro das equipes. Além disso, a implementação dessas dinâmicas, com o apoio de profissionais de psicologia organizacional, fortalece a saúde mental e a produtividade dos colaboradores.

Palavras-chave: Inteligência Emocional. Intervenção. Emoções. Trabalho.

Abstract

Emotional intelligence (EI) is essential for developing healthy and productive relationships in the workplace, contributing to a harmonious organizational climate. By better managing their emotions, employees avoid impulsive reactions, cope with stress, and make more balanced decisions, while also facilitating communication, conflict resolution, and empathy within teams. This qualitative and exploratory study investigated the benefits of EI dynamics in organizational settings, aiming to improve well-being and corporate climate. The research included a theoretical review on emotional intelligence and the practical application of dynamics such as meditation, goal-setting, and group discussions within a healthcare company. Tools such as questionnaires, emotional scales, observations, and interviews were used to assess the effects of these dynamics on employees’ behavior and emotional development. The results showed that EI dynamics improved emotional management, self-awareness, and empathy among participants, creating a more collaborative and productive work environment. The research emphasizes the importance of EI for organizational development, promoting a more harmonious climate and positively impacting performance and relationships within teams. Furthermore, the implementation of these dynamics, supported by organizational psychology professionals, strengthens employees’ mental health and productivity.

Keywords: Emotional Intelligence. Intervention. Emotions. Work.

1 INTRODUÇÃO  

A inteligência emocional no trabalho é um fator essencial para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e produtivos, promovendo um clima organizacional harmonioso. Ao aprender a gerenciar as próprias emoções de maneira eficaz, os colaboradores conseguem evitar reações impulsivas, lidar melhor com situações estressantes e tomar decisões mais equilibradas. 

Para Mayer e Salove (1997) a inteligência emocional compreende diversas habilidades, como a percepção precisa, a avaliação e a expressão das emoções, bem como a capacidade de gerar sentimentos que favoreçam o pensamento. Além disso, inclui a compreensão dos próprios estados emocionais e o uso desse conhecimento para promover o desenvolvimento pessoal e intelectual, por meio do controle consciente das emoções.

Além disso, a inteligência emocional facilita significativamente a comunicação interpessoal, a resolução construtiva de conflitos e o desenvolvimento da empatia — habilidades essenciais para a construção de relações saudáveis e eficazes no ambiente corporativo. Essas competências tornam-se ainda mais cruciais quando se trabalha em equipe, pois promovem uma atmosfera de confiança mútua, respeito e cooperação, fatores determinantes para o alto desempenho coletivo e para a manutenção de um clima organizacional positivo.

A implementação de dinâmicas voltadas ao desenvolvimento da inteligência emocional tem como foco aprimorar não apenas as relações entre os colaboradores, mas também contribuir para o bem-estar geral no ambiente de trabalho. Por meio dessas atividades, buscase estimular o autoconhecimento, o reconhecimento e a regulação das emoções, favorecendo comportamentos mais conscientes e equilibrados nas interações cotidianas.

Nesse sentido, a intervenção psicossocial proposta reúne diferentes abordagens complementares, como técnicas de meditação para promover o relaxamento e a concentração, dinâmicas de definição de metas pessoais para estimular a motivação e o senso de propósito, além de estratégias baseadas em rodas de conversa, que criam um espaço seguro para o diálogo aberto, a escuta ativa e a troca de experiências sobre emoções e comportamentos no contexto profissional.

Assim, essa intervenção visa não apenas o aprimoramento da gestão emocional individual, mas também o fortalecimento das competências socioemocionais coletivas, preparando os colaboradores para lidar de maneira mais resiliente e colaborativa com os desafios do dia a dia. Dessa forma, contribui-se diretamente para o aumento do engajamento, da produtividade e da capacidade adaptativa da equipe frente às mudanças e pressões do ambiente organizacional contemporâneo.

2 AVALIAÇÃO PSICOSSOCIAL

A inteligência emocional do trabalho se mostra fundamental no ambiente de trabalho, uma vez que contribui para um relacionamento mais saudável e produtivo, aos colaboradores. Essas intervenções são baseadas em uma compreensão ampla do contexto social, cultural e emocional em que as pessoas estão inseridas. Elas buscam melhorar a qualidade de vida, desenvolver habilidades sociais, resolver conflitos e fortalecer redes de apoio social (Woyciekoski; Hutz, 2009; Do Vale et al, 2025).

A abordagem psicossocial reconhece que os aspectos emocionais e sociais estão profundamente interligados e que o bem-estar mental não pode ser alcançado sem considerar o ambiente social em que a pessoa vive, como no ambiente do trabalho. Seguido da implementação de estratégias que podem incluir o acompanhamento terapêutico externo, grupos de apoio, oficinas educativas e a promoção de espaços de diálogo.

Em síntese, a intervenção psicossocial visa oferecer suporte tanto no nível individual quanto coletivo, ajudando as pessoas a enfrentar desafios psicológicos e sociais, fortalecer suas capacidades de resiliência e promover mudanças positivas em suas vidas e na comunidade e no ambiente de trabalho. Para Chiavenato (2002) acompanhar o desenvolvimento do colaborador envolve um processo mais profundo, que busca entender não apenas o que um funcionário faz, mas como ele faz, quais são seus pontos fortes, suas necessidades de desenvolvimento e seu potencial para o futuro.

Nesse contexto, a inteligência emocional surge como uma competência-chave, pois permite ao trabalhador lidar com pressões, conflitos e frustrações de maneira mais equilibrada, além de favorecer o engajamento e a cooperação. Assim, uma avaliação mais humanizada e integrada ao contexto psicossocial contribui não apenas para o desenvolvimento individual, mas também para a construção de um ambiente organizacional mais saudável e produtivo.

3 PRÉ-ANÁLISE E DEMANDA 

A empresa em que foi realizada esta intervenção atua há quatro anos e possui filiais em outros estados, atendendo também no interior do estado de Rondônia. Conta com uma equipe de 25 colaboradores e dispõe de assessoria técnica e científica composta por profissionais qualificados na área, incluindo biomédicos. A organização fornece equipamentos aos clientes e realiza atendimentos de urgência às clínicas laboratoriais. O ambiente de trabalho é estruturado de forma organizada, e todos os colaboradores demonstram participação ativa na empresa, seguindo um ritmo de disciplina que contribui para a manutenção de uma gestão eficiente. Não há atualmente processos de recrutamento em andamento, uma vez que a equipe é composta por colaboradores que atuam na organização há vários anos. 

Na condução da intervenção na empresa, é fundamental destacar a relevância do papel do profissional de psicologia no contexto organizacional, especialmente no âmbito da psicologia organizacional e do trabalho. Este campo da psicologia dedica-se ao estudo do comportamento humano dentro das organizações e ambientes laborais, com o objetivo primordial de compreender, aprimorar e otimizar as relações entre os indivíduos e o ambiente de trabalho, promovendo o bem-estar dos colaboradores e, consequentemente, elevando a eficiência e a produtividade da organização.

Adicionalmente, para o desenvolvimento das ações propostas, contribuir-se-á para a dinamização da inteligência emocional, que consiste na capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções, bem como perceber e influenciar as emoções das demais pessoas. Essa competência envolve não apenas a autoconsciência, ou seja, a sintonia com os próprios sentimentos, mas também a autogestão, que possibilita o controle de reações impulsivas e a abordagem de situações estressantes de maneira equilibrada e racional (Maranhão; Nunes, 2025). 

Outro aspecto essencial da inteligência emocional é a empatia, que consiste na habilidade de se colocar no lugar do outro e compreender suas perspectivas e emoções. Essa competência contribui de maneira direta para a construção de relacionamentos saudáveis e eficazes, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.

O desenvolvimento da inteligência emocional constitui um processo contínuo, que demanda a prática da autorreflexão, o aprimoramento da escuta ativa e o cultivo da empatia. Trata-se de uma característica fundamental para o êxito em diversas áreas da vida, pois influencia diretamente a maneira como nos relacionamos com os outros e conosco mesmos.

No contexto laboral, a inteligência emocional favorece a comunicação de ideias de forma clara e assertiva. Quando o trabalho é visto apenas como uma fonte de sustento, pode gerar alienação e desgaste físico e mental, uma vez que negligencia o aspecto somatopsicológica, ou seja, a integração entre mente e corpo, levando ao esgotamento e à perda de bem-estar (Dejours, 1987).

A psicologia organizacional voltada para a saúde mental desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, logo, das empresas, promovendo práticas educativas e informativas. Essa abordagem busca conscientizar essa população sobre a importância de adotar hábitos mais saudáveis, tanto no aspecto físico quanto mental (Campos, et al. 2011).

Nesse sentido, abre-se ao psicólogo, e aos demais profissionais de saúde mental, um campo enorme de estudo. As condições e as exigências do mercado de trabalho na atualidade rotinizam e amortecem o sentido da vida, deixando no corpo as marcas do sofrimento, que se manifestam nas mais variadas doenças ditas ocupacionais, além de atentar contra a saúde mental, em especial quando o psiquismo anquilosado em sua mobilidade faz com que a mente seja absorvida em formas de evitação do sofrimento (Chiavenato, 2014).

4 INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL

As dinâmicas constituem uma das estratégias eficazes para promover o desenvolvimento da inteligência emocional. Nesse contexto, a dinâmica das metas pessoais favorece a participação dos colaboradores ao incentivá-los a compartilhar seus objetivos com os colegas. Tal procedimento constitui uma oportunidade para que os demais participantes ofereçam apoio e encorajamento, demonstrando interesse genuíno no crescimento e bem-estar uns dos outros. 

Contudo para esta intermediação desenvolveu-se a meditação que é amplamente reconhecida como uma prática que pode atuar como um estímulo positivo para o corpo e a mente. Ela não apenas promove o relaxamento, mas também pode ser usada para estimular diversas áreas cognitivas, emocionais e até mesmo físicas. Alguns dos estímulos gerados pela meditação incluem:

Regulação das Emoções: A meditação pode estimular a capacidade de controlar emoções negativas, como raiva e ansiedade. Ela promove uma maior conscientização emocional, o que ajuda a lidar melhor com o estresse;

Bem-estar e Felicidade: Práticas regulares de meditação estão associadas a um aumento nos níveis de bem-estar, alegria e contentamento, devido à liberação de hormônios como a serotonina.

Conforme salientaram Matthews et al. (2002), para que possamos compreender a inteligência emocional é necessário que se tenha claro a concepção de emoção. Além disso, o próprio aspecto multidimensional das emoções ocasionaria uma concepção de inteligência emocional complexa. Fortes D’Andrea (1996) ressalta que poucos fatos psicológicos se comparam com as emoções, pois elas demarcam fatos importantes em nossa vida, mas mais do que isso, elas influenciam a forma como reagimos a estas experiências. 

Smith e Lazarus (1990) argumentaram que elas podem causar importantes impactos no bem-estar subjetivo das pessoas, na saúde física e mental, nas interações sociais, além de influenciar a capacidade de resolução de problemas. Garber e Dodge (1991) sugeriram que as emoções seriam responsáveis pelas relações da pessoa com o ambiente externo, bem como pela sua manutenção ou interrupção. Para estes autores a coordenação de múltiplos processos é uma característica principal da emoção.

Sendo assim, a emoção corresponderia a uma reação psicobiológica complexa, que envolveria inteligência e motivação, impulso para ação, além de aspectos sociais e da personalidade, que acompanhados de mudanças fisiológicas, expressariam um acontecimento significante para o bem-estar subjetivo do sujeito no seu encontro com o ambiente. Sob este prisma, a emoção seria parcialmente biologicamente determinada, e parcialmente o produto da experiência e do desenvolvimento humano no contexto sociocultural (Smith; Lazarus, 1990).

Lopes et al. (2004) salientaram que competências emocionais são essenciais nas interações sociais porque emoções alimentam funções comunicativas e sociais, além de conterem informações sobre os pensamentos e intenções das pessoas.

No contexto organizacional apesar de que na maioria dos diferentes cargos, a inteligência geral constitua o maior preditor de desempenho profissional e produtividade, não se pode negligenciar o fato de que o valor das pessoas em uma organização não se reduz ao seu desempenho objetivo, ou as suas capacidades técnicas necessárias para execução de determinado ofício. Também devem ser levadas em conta outras qualidades, não menos essenciais, como integridade, confiança, iniciativa, além das suas habilidades para trabalhar e conviver com outros. Assim, a inteligência emocional está relacionada com as inter relações pessoais, sociais e organizacionais. Sendo uma estratégia que eleva os colaboradores a ter resiliência. 

Inicialmente, a dinâmica foi elaborada com a equipe por meio de um exercício de respiração acompanhado de uma música relaxante, com o objetivo de promover o contato com o momento presente e envolver os participantes em um espaço de reflexão. Nesse contexto, foi realizada a apresentação do Estágio Supervisionado II em Psicologia Organizacional e do Trabalho.

Dessa forma, iniciou-se a exposição acerca da importância do psicólogo organizacional e de seu papel no ambiente de trabalho. Em seguida, foi exibido um vídeo que contribuiu para a compreensão da dinâmica, cujo foco esteve nas metas pessoais. Durante a apresentação, todos os participantes estavam atentos às suas expectativas e reflexões acerca de suas próprias metas.

Posteriormente, realizou-se uma roda de conversa na qual os participantes compartilharam seus anseios, sonhos e necessidades pessoais. Ao encerrar a atividade, utilizouse a palavra “gratidão” como um processo de reconhecimento do que se possui e das possibilidades de realização que podem ser alcançadas.

5 RECURSOS NECESSÁRIOS

Para a realização das atividades propostas, torna-se necessário dispor de alguns recursos essenciais. Primeiramente, uma sala adequada deve ser disponibilizada para o desenvolvimento das dinâmicas, permitindo a participação ativa de todos os colaboradores. O encontro deve começar com um momento de meditação, focando na respiração consciente — inspirando profundamente e expirando lentamente — para promover relaxamento e concentração. Em seguida, será exibido um vídeo breve que abordará a função do psicólogo organizacional do trabalho, a fim de contextualizar e orientar os participantes sobre o papel desse profissional no ambiente corporativo.

Além disso, cada colaborador deverá receber uma folha de papel em branco para registrar suas metas pessoais, incentivando a autorreflexão e o autoconhecimento. Após esse momento individual, será promovido um diálogo em grupo, no qual os participantes terão a oportunidade de compartilhar e discutir suas metas, fortalecendo a escuta ativa, a empatia e o espírito de equipe. Esses recursos visam criar um ambiente de confiança e crescimento coletivo.

6 FACILITADORA

A atuação da facilitadora é fundamental para o bom andamento das atividades, exigindo um conjunto de habilidades específicas. Entre elas, destaca-se a escuta ativa, que consiste em ouvir com atenção e empatia, compreendendo verdadeiramente o que os participantes expressam. A comunicação clara e eficaz também é essencial para transmitir ideias e instruções de forma acessível a todos. Além disso, a facilitadora deve possuir capacidade de mediação, sabendo intervir de maneira apropriada para prevenir ou resolver conflitos, mantendo sempre o ambiente colaborativo e respeitoso.

Outros aspectos importantes incluem a organização, que permite manter o grupo focado nos objetivos e dentro do cronograma estabelecido, e a neutralidade, garantindo uma postura imparcial para que o grupo chegue às próprias conclusões. Por fim, a facilitadora deve promover a participação equitativa de todos, conduzindo o processo de maneira ordenada e fluida, de modo que os resultados desejados sejam alcançados de forma coletiva e harmônica.

8 RESULTADOS

As dinâmicas propostas possibilitaram aos participantes alguns momentos significativos de autorreflexão e expressão individual, resultando na definição de metas pessoais concretas. Por meio do exercício de escrita e compartilhamento em grupo, os colaboradores identificaram objetivos ligados tanto ao desenvolvimento pessoal quanto profissional, o que evidenciou um alto grau de engajamento dos participantes.

Entre as metas mais mencionadas estavam o desejo de retomar os estudos acadêmicos, como concluir a faculdade, e o compromisso de voltar às aulas de inglês, demonstrando uma clara intenção de investir na própria qualificação e crescimento. Também surgiram outras metas relacionadas ao bem-estar e equilíbrio de vida, como praticar atividades físicas regularmente, melhorar a alimentação e dedicar mais tempo à família.

De forma geral, as dinâmicas foram eficazes para estimular o autoconhecimento, o planejamento pessoal e a construção de uma cultura de diálogo e respeito dentro da equipe. Os resultados indicam que a abordagem utilizada pode ser uma ferramenta valiosa para intervenções futuras voltadas ao desenvolvimento emocional e motivacional dos colaboradores.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dessa forma, os resultados apontaram melhorias na gestão das emoções e no autoconhecimento, refletindo em mudanças positivas no comportamento e na tomada de decisões dos colaboradores da empresa. A análise qualitativa dos dados, por meio de questionários, escalas e entrevistas, evidenciou o impacto dessas dinâmicas na empatia e no reconhecimento emocional. Assim, confirma-se que a inteligência emocional é um fator importante, auxiliando na compreensão e intervenção dos processos emocionais dos indivíduos. 

A partir dos dados desseestudo compreendeu-se a importância da inteligência emocional, destacando como as dinâmicas voltadas para o desenvolvimento dessas habilidades podem promover um clima mais harmônico e produtivo no ambiente de trabalho. A capacidade dos colaboradores de gerenciar suas emoções, resolver conflitos de maneira construtiva e tomar decisões mais equilibradas impacta diretamente no seu desempenho e nas relações dentro da equipe. 

Por fim, a implementação dessas dinâmicas, aliada à atuação de profissionais da psicologia organizacional, tem o potencial de dinamizar a inteligência emocional, fortalecer a saúde mental e a produtividade dos colaboradores, trazendo diversos benefícios para os trabalhadores e para a empresa.

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1Graduanda em Psicologia. Faculdade Católica de Rondônia – FCR, Brasil, yeda.moraes@sou.fcr.edu.br. 

2Doutora em Psicologia. Professora da Faculdade Católica de Rondônia – FCR, Brasil, helen.almeida@fcr.edu.br.