SYSTEMATIC REVIEW ON ENVIRONMENTAL EDUCATION IN THE STATE OF MATO GROSSO
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202508161338
BACK, Olimpio
DE MUSIS, Carlo Ralph
RESUMO
Esta revisão sistemática examina os estudos científicos sobre Educação Ambiental no estado de Mato Grosso, com o objetivo de mapear as principais temáticas, metodologias e contribuições. Além de consolidar o conhecimento existente, a pesquisa visa identificar lacunas e desafios emergentes, fornecendo elementos para o desenvolvimento futuro da área na região. Caracterizou a integração, procedimentos e táticas pedagógicas empregadas, referendou dados sobre a formulação e o aprimoramento de práticas educativas, como forma de auxílio aos pesquisadores interessados na temática de estudo. Os resultados destacam a consolidação da Educação Ambiental através de estudos robustos, alinhados com as políticas e legislações educacionais específicas de Mato Grosso. Desafios quanto à acessibilidade limitada de publicações em bases tradicionais motivaram a inclusão de fontes complementares, revelando uma diversidade de artigos em revistas e bibliotecas digitais, demonstrando a profundidade das discussões sobre o tema. Metodologicamente, foram empregadas análises qualitativas, utilizando ferramentas como Mendeley, Excel e Word para gerenciamento de referências, organização de dados e redação de sínteses analíticas. Essas ferramentas foram cruciais na revisão crítica e discussão das contribuições selecionadas, fornecendo um panorama claro das atuais pesquisas em Educação Ambiental em Mato Grosso. Este estudo oferece uma visão abrangente do estado atual da pesquisa na região, destacando a importância contínua desses esforços para promover a conscientização da ambiental, conservação da biodiversidade com os contextos ecológicos e culturais locais, desenvolvidas através de políticas públicas, sensibilização e engajamento. As descobertas e análises apresentadas têm o potencial de orientar futuras iniciativas de pesquisa e práticas educacionais, visando melhorar efetivamente a sustentabilidade ambiental em Mato Grosso e além.
Palavras-Chave: Ambiental. Educação. Mato Grosso. Revisão. Sistemática.
ABSTRACT
This systematic review examines scientific studies on Environmental Education in the state of Mato Grosso, with the aim of mapping the main themes, methodologies and contributions. In addition to consolidating existing knowledge, the research aims to identify gaps and emerging challenges, providing elements for the future development of the area in the region. It characterized the integration, procedures and pedagogical tactics employed, and endorsed data on the formulation and improvement of educational practices, as a way of assisting researchers interested in the study theme. The results highlight the consolidation of Environmental Education through robust studies, aligned with the specific educational policies and legislation of Mato Grosso. Challenges regarding the limited accessibility of publications in traditional databases motivated the inclusion of complementary sources, revealing a diversity of articles in journals and digital libraries, demonstrating the depth of the discussions on the topic. Methodologically, qualitative analyses were employed, using tools such as Mendeley, Excel and Word for reference management, data organization and writing of analytical summaries. These tools were crucial in the critical review and discussion of the selected contributions, providing a clear overview of current research in Environmental Education in Mato Grosso. This study offers a comprehensive overview of the current state of research in the region, highlighting the continued importance of these efforts to promote environmental awareness, biodiversity conservation with local ecological and cultural contexts, developed through public policies, outreach and engagement. The findings and analyses presented have the potential to guide future research initiatives and educational practices, aiming to effectively improve environmental sustainability in Mato Grosso and beyond.
Keywords: Education. Environmental. Mato Grosso. Review. Systematic.
1. INTRODUÇÃO
A Educação Ambiental no Brasil e no estado de Mato Grosso tem passado por uma trajetória de evolução ao longo das décadas, moldada por eventos e marcos legislativos. Inicialmente associada ao movimento ambientalista, sua ênfase recai na conscientização e mobilização em torno de questões ambientais específicas. No entanto, com o tempo, essa perspectiva se expandiu, transformando-se em uma proposta educacional abrangente, com o propósito de enfrentar a crise ambiental sob uma óptica mais ampla e integradora.
A conservação do meio ambiente e o fomento de uma maior consciência sobre questões ecológicas são importantes para a sustentabilidade do nosso planeta, com especial atenção para locais de valor ecológico, como o Estado do Mato Grosso. O papel da educação ambiental é importante nessa missão, pois capacita indivíduos e comunidades com o conhecimento e a valorização necessários para a proteção do seu entorno natural. Portanto, investigar a educação ambiental em Mato Grosso através de uma revisão sistemática é essencial para entendermos melhor como podemos proteger o meio ambiente.
Evidenciou a necessidade de uma análise abrangente na esfera da educação ambiental no referido estado brasileiro, por amparar-se na urgência em se entender e otimizar as práticas pedagógicas voltadas para a conservação ecológica, em uma área notória por sua vasta diversidade biológica e pelos complexos desafios ambientais. Tal investigação visa fornecer um alicerce para a elaboração de políticas públicas e estratégias de sensibilização adaptadas às realidades culturais e ambientais locais, favorecendo, assim, a preservação e a gestão sustentável dos recursos naturais de Mato Grosso.
A questão norteadora desta revisão sistemática foi: a relevância dos temas abordados nas publicações, em relação aos padrões e tendências emergentes, dos assuntos frequentemente abordados nas esferas de interesse científico, relacionados à Educação Ambiental no estado de Mato Grosso? Esta indagação central direcionou o escopo da análise e garantir que os resultados forneceram conhecimentos para a formulação de estratégias mais eficazes no campo da educação ambiental. Com isso buscou-se as publicações científicas relacionadas ao recorte, avaliando suas contribuições para a sensibilização, conservação e gestão sustentável dos recursos naturais diante dos desafios ecológicos presentes na região.
Para alcançar o objetivo geral proposto, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:
Identificar possíveis lacunas e ineficiências nos trabalhos científicos relacionados à educação ambiental no estado de Mato Grosso, visando evidenciar áreas que necessitam de maior aprofundamento e investimento em pesquisas futuras
a) Caracterizar as práticas, metodologias e táticas pedagógicas empregadas em iniciativas de educação ambiental na região, com ênfase nas que apresentem maior efetividade
b) Disponibilizar dados que possam embasar a formulação e o aprimoramento de políticas públicas em educação ambiental em Mato Grosso.
c) Apresentar as citações dos autores que possuem maior frequência nos artigos revisados, com o intuito de fortalecer o auxílio aos pesquisadores interessados em examinar estudos da educação ambiental no Estado.
O presente trabalho foi estruturado em seções que visam proporcionar a discussão da temática abordada. Inicialmente, apresenta-se uma revisão bibliográfica que contextualiza o cenário da educação ambiental em diferentes esferas, partindo de uma perspectiva histórica geral, passando pelo contexto brasileiro e culminando no Estado de Mato Grosso.
Na seção de Materiais e Métodos, delineia-se a abordagem metodológica adotada, de natureza qualitativa, e detalha-se o conjunto de ferramentas e ações empregadas na condução da pesquisa.
A seção de Discussão e Resultados dedica-se a explorar e elucidar os padrões e tendências identificados nos trabalhos científicos analisados. Através de uma análise crítica e integrativa, buscou-se evidenciar os principais temas, abordagens e contribuições presentes na literatura, estabelecendo um panorama atual e apontando possíveis lacunas e oportunidades para investigações futuras.
Por fim, nas Considerações Finais, são sintetizados os principais resultados alcançados ao longo do estudo.
2. REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA
2.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL, UM BREVE HISTÓRICO
A Educação Ambiental (EA) tem se desenvolvido impulsionada pela necessidade urgente de preservar um planeta habitável e ambientalmente equilibrado. Historicamente, a sociedade tem elaborado propostas para salvaguardar e fomentar um ambiente propício à convivência harmoniosa entre os seres humanos e a natureza (Dias, 2004). Neste contexto, as Ciências Ambientais fornecem a substância fundamental para a EA, oferecendo o arcabouço factual e teórico, enquanto a educação se encarrega de traduzir esse conhecimento em conscientização e ação, humanizando informações e conectando-as ao cotidiano das pessoas (Carvalho, 2006), como bem observou Aldo Leopold em “A Sand County Almanac” (1949), ao afirmar que “Pensar como uma montanha significa ver a interconexão entre as criaturas e a terra” (Leopold, 1949, p. 129).
Conforme (Holmer, 2020), a conferência de Educação da Universidade de Keele, em 1971 na Inglaterra, marcou um momento decisivo, por ser uma influência do movimento pacifista. Foi aqui que o termo “Educação Ambiental” foi criado, estabelecendo-se como um componente idealizado para a formação de cidadãos conscientes. Este movimento, impulsionado por uma coalizão de políticos, cientistas e organismos internacionais, destacou a conservação e a Ecologia Aplicada como campos-chave, abrindo caminho para avanços na Biologia.
Em (ONU, 1972), também denominado de Carta de Belgrado, temos que o homem é tanto produto quanto arquiteto de seu ambiente, fornecendo as bases materiais e oportunidades para o desenvolvimento em múltiplas esferas da vida humana. No entanto, a crescente capacidade humana de alterar o ambiente levanta questões críticas sobre a sustentabilidade e os direitos fundamentais, incluindo o direito à vida. Essas perspectivas consolidam-na como um documento fundamental na Educação Ambiental, orientando a criação de programas educacionais que transcendem a conscientização ambiental e estimulam a ação prática para a sustentabilidade.
Em 1977, a UNESCO promoveu um marco adicional com a 1ª Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, culminando na Declaração de Tbilisi. Esta conferência enfatizou uma abordagem global e interdisciplinar, defendendo que a Educação Ambiental deve ser o resultado de uma reorientação e integração de múltiplas disciplinas e experiências, destacando a conexão entre os aspectos ambientais e as diversas áreas do conhecimento.
Esse texto enfatizou a importância de uma abordagem educacional integrada, que não se limita ao conhecimento da natureza, mas também abrange aspectos sociais, econômicos, científicos, tecnológicos, culturais, ecológicos e éticos. Esta abordagem multidisciplinar visa a uma compreensão mais completa e eficaz das questões ambientais.
(Orr,1992) reforçou o papel da Carta de Belgrado na moldagem da Educação Ambiental. O autor argumenta que a Carta não somente lançou as bases para uma compreensão mais profunda e crítica do meio ambiente, mas também desafiou a abordagem tradicional de educação, enfatizando a necessidade de transformar atitudes e comportamentos.
No Brasil, a Educação Ambiental é definida pela Lei nº 9.795, Art. 2º, como um elemento essencial e contínuo, que deve estar integrado de maneira coordenada em todos os níveis e formas de ensino, tanto formais quanto informais. Esse esforço da sociedade em prol de práticas, hábitos e ações consistentes que promovam o bem-estar humano, na preservação dos recursos naturais de forma sustentável para as gerações futuras. (Brasil, 1999)
O documento elaborado durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Agenda 21 – (ECO 92) realizada no Rio de Janeiro, a Educação Ambiental foi reconhecida como o principal instrumento para promover a transformação do atual modelo de desenvolvimento e para construir um desenvolvimento sustentável (Andrade; Crisóstimo, 2007).
Conforme destacado por (Holmer, 2020), a Rio+20 buscou impulsionar a implementação efetiva dos compromissos assumidos na Rio-92, visando promover a transição para uma economia verde e inclusiva, erradicar a pobreza e fortalecer a governança internacional para o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, a conferência representou um marco importante na trajetória global em direção à sustentabilidade.
2.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESTADO DE MATO GROSSO
Os primeiros avanços em relação à Educação Ambiental no estado de Mato Grosso foram estabelecidos pela Constituição do Estado, promulgada em 05 de outubro de 1989, conforme publicado no Diário Oficial em 18 de outubro de 1989. Destacamos os artigos e parágrafos que abordam especificamente o tema:
Art. 243 As unidades escolares terão autonomia na definição da política pedagógica, respeitados em seus currículos os conteúdos mínimos estabelecidos a nível nacional, tendo como referência os valores culturais e artísticos nacionais e regionais, a iniciação técnico-científico e os valores ambientais:[…] IV – a educação ambiental será enfatizada em todos os graus de ensino nas disciplinas que disponham de instrumental ou conteúdo para estudos ambientais; […]
Art. 263 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Estado, aos Municípios e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. […] VII – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; […] (Mato Grosso, 1989).
Lei Complementar Nº 38, de 21 de novembro de 1995 dos seus Princípios da Política Estadual do Meio Ambiente, o Art. 1º Esta Lei Complementar, salvo disposições federais, institui o Código Ambiental do Estado de Mato Grosso e estabelece as diretrizes normativas para a Política Estadual do Meio Ambiente, baseando-se nos seguintes princípios:
I – Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II – Recuperação do meio ambiente na gestão de recursos ambientais, bem como diretrizes para seu detalhamento em planos setoriais, de acompanhamento e avaliação; III – Desenvolvimento e implementação de mecanismos que garantam a integração dos diversos organismos da ação setorial do Estado na consecução dos objetivos da política ambiental; IV – Consideração da disponibilidade e limites dos recursos ambientais, face ao desenvolvimento e à dinâmica demográfica do Estado; V – Consideração do padrão na interação entre os recursos ambientais e as atividades ocorrentes no território com aqueles que se verificam em outras unidades geopolíticas; VI – Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água, da fauna, da flora e do ar; VII – desenvolvimento científico e tecnológico através de incentivos aos estudos e pesquisa de tecnologia orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VIII – recuperação das áreas degradadas; IX – Educação ambiental e conscientização da comunidade, objetivando capacitá-la para a participação na defesa do meio ambiente (Mato Grosso, 1995).
O Plano de Metas de Mato Grosso de (1995-2006) abrangeu estratégias que visavam impulsionar o desenvolvimento, como o reforço do papel do Estado, a descentralização do poder e o estímulo à ciência e tecnologia. Houve uma atenção especial aos impactos negativos da globalização no mercado, considerando também os desafios sociais do Estado, especialmente na área educacional, que apresenta índices abaixo da média nacional (Mato Grosso, 2010).
Apesar de a Educação Ambiental ser apenas uma das estratégias na política ambiental, a temática permeia todos os aspectos do Plano, reconhecendo a natureza interdisciplinar da Educação Ambiental como essencial para a sustentabilidade global (Amorim; Silva; Sato, 2015). Nesse contexto, o Programa de Educação Ambiental propõe a implementação efetiva no ensino formal, com uma conexão com a sociedade civil. Isso quebra a dicotomia entre escola e comunidade, enfatizando o papel social da Secretaria do Estado de Educação (SEDUC) na elaboração de estratégias alinhadas com as políticas públicas estabelecidas pelo Governo do Estado, visando o desenvolvimento regional (Mato Grosso, 2010).
De acordo com os registros do caderno de Política de Educação Ambiental da SEDUC, datados de 1998, as primeiras conversas sobre a inclusão da dimensão ambiental no ensino formal tiveram início em 1987/88. Nesse período, um grupo de professores da secretaria, em colaboração com a Coordenadoria de Educação Básica e assessoria da UNICAMP, se reuniu para conceber e implementar propostas político-pedagógicas voltadas à formação de professores no meio rural (Mato Grosso, 2010).
A Lei nº 9.795/1999, que estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental, juntamente com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental – DCNEA conforme a Resolução CNE/CP nº 02/2012, enfatizam a abordagem não disciplinar e o caráter transversal da Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino, (Brasil, 1999) e Resolução CNE/CP no 02/2012. Elas garantem às escolas a autonomia para incluir a EA em seus currículos e práticas pedagógicas, especialmente por meio de seus Projetos Político-Pedagógicos (Mato Grosso, 2018).
A Lei Nº 7.888, de 09 de janeiro de 2003, estabelece a política estadual de educação ambiental no estado de Mato Grosso, destacando importantes disposições normativas e medidas para promover a conscientização e ações em prol do meio ambiente:
Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade
Art. 9º Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando: I – Educação básica: a) educação infantil; b) ensino fundamental; e c) ensino médio; II – Educação superior; III – Educação especial; IV – Educação profissional; V – Educação de jovens e adultos.
Art. 14 Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. (Mato Grosso, 2003)
Destaca a necessidade de integração entre diferentes leis para garantir uma abordagem abrangente e eficaz da educação ambiental nas escolas e instituições de ensino. As leis mencionadas, como a Lei nº 9.795/1999 (que trata da Política Nacional de Educação Ambiental), a Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), a Lei nº 10.639/2003 (que inclui o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana) e a Lei nº 11.645/2008 (que inclui o ensino da história e cultura indígena), são citadas como exemplos de legislações que têm vínculos diretos ou indiretos com a educação ambiental e que podem ser integradas para enriquecer a abordagem educacional e atender às necessidades dos estudantes e das instituições de ensino.
As propostas educativas precisam ser adequadas de acordo com o contexto da realidade da Instituição de Ensino, como por exemplo o método VERAH – Vegetação, Erosão, Resíduos, Água e Habitação, que está como propositura de eletiva na Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias: “ALÔ VERAH!”. (Oliveira, 2008), explica que o método VERAH foi proposto pelo pesquisador Antônio Manoel dos Santos Oliveira da Universidade Guarulhos – UnG e vem sendo aplicado desde 2004, desenvolve a Educação Ambiental dos aplicadores, aliando a educação a um procedimento de gestão ambiental aplicado à microbacias urbanas de uso não consolidado, especialmente de áreas periféricas ocupadas por comunidades de baixa renda.
O método VERAH concentra-se em cinco componentes fundamentais do ambiente e sua interação, (Oliveira, 2008), com o objetivo de fornecer uma visão holística e abrangente das condições ambientais e identificar áreas de preocupação e oportunidades de melhoria. A seguir, uma explicação mais detalhada de cada componente do método VERAH:
- Vegetação: Analisa a cobertura vegetal e a biodiversidade em uma determinada área. Avalia a saúde das plantas, a diversidade de espécies e a presença de vegetação nativa versus vegetação introduzida. A vegetação desempenha um papel importante na regulação do ciclo da água, na proteção contra a erosão e no fornecimento de habitats para a fauna.
- Erosão: Refere-se à perda de solo devido a fatores como chuva, vento ou atividades humanas. O componente de erosão no método VERAH avalia o estado da erosão em uma área, identificando áreas propensas à erosão e examinando as práticas de conservação do solo em vigor. Isso é importante para prevenir a degradação do solo e a perda de nutrientes.
- Resíduos: Este componente aborda questões relacionadas ao gerenciamento de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Isso inclui a avaliação de sistemas de coleta de lixo, reciclagem, tratamento de efluentes e poluição do ar. O objetivo é entender como os resíduos são gerados, tratados e seu impacto no ambiente e na saúde humana.
- Água: A qualidade e disponibilidade da água são fundamentais para a vida e para o meio ambiente, avaliando a qualidade da água, o acesso à água potável, a gestão de recursos hídricos e a presença de poluentes. Também pode incluir a análise de fontes de água, como rios, lagos e aquíferos.
- Habitação: Este componente considera o desenvolvimento urbano e rural, a qualidade das moradias, o acesso a serviços básicos, como eletricidade e saneamento, e o planejamento urbano. Isso ajuda a entender como o ambiente construído afeta a qualidade de vida das comunidades e como o planejamento urbano pode afetar o meio ambiente.
Conforme o autor, o método VERAH permite uma análise completa e integrada do ambiente, considerando múltiplos fatores que estão interconectados. Isso é fundamental para o planejamento sustentável e a tomada de decisões informadas sobre questões ambientais. É frequentemente usado por pesquisadores, planejadores urbanos, gestores ambientais e comunidades locais para avaliar e melhorar a qualidade do ambiente em áreas específicas.
A busca por uma educação capaz de criar condições que propiciem a compreensão das complexas relações que se estabelecem com o meio ambiente e preconiza-se a reflexão diante da necessidade de mudança cultural, que visem a efetivação da Educação Ambiental (Mato Grosso, 2010).
(Barbosa et al., 2010) realizou uma análise sobre a implementação e desenvolvimento da educação ambiental nas escolas do Estado, destacando que os princípios estabelecidos na legislação brasileira estão sendo aplicados. Nas escolas analisadas, são realizadas atividades permanentes com os alunos, focando na formação dos professores e na integração da comunidade local. Embora haja espaço para melhorias, esses processos são destacados como eficazes. Esse enfoque é considerado a melhor maneira de implementar e promover a educação ambiental nas escolas.
(Sato et al., 2010) destacam a importância de espaços como parques municipais, estaduais e federais como locais de aprendizado prático, onde os estudantes podem vivenciar diretamente os conceitos discutidos em sala de aula. Além disso, utilizando mapeamentos e ferramentas interativas, como os Mapas Físicos e Ambientais do IBGE, os educadores podem proporcionar uma experiência enriquecedora e empolgante para os estudantes, conectando-os de forma tangível com o ambiente ao seu redor.
A Política Estadual de Educação Ambiental, estabelecida pelo Governo de Estado, reforça a designação desta Secretaria no exercício de sua função social na elaboração de estratégias que visem o desenvolvimento regional, em consonância com as políticas públicas e ações a serem desenvolvidas nas instituições escolares (Mato Grosso, 2010).
Dentro desse contexto, a Educação Ambiental adota uma perspectiva crítica e participativa, na qual cada indivíduo aprende a partir de conhecimentos científicos e do reconhecimento dos saberes tradicionais, capacitando-os para tomar decisões transformadoras com base no ambiente em que vivem (Brasil, Resolução CNE/CP nº 02/2012).
Conforme (Amorim; Silva; Sato, 2015), as temáticas abordadas incluem: Sustentabilidade Planetária e Escolas Sustentáveis; Mapeamento Social: Grupos Sociais e Conflitos Socioambientais; Currículo, Projeto Político Pedagógico e Educação Ambiental; Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola – COM-VIDA; experiências de Escolas Sustentáveis em Mato Grosso; e como elaborar Projetos Ambientais Escolares e Comunitários – PAEC.
Os autores comentam que desde 2006 o Grupo Comunicação e Arte – GPEA da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT conduz pesquisas na Comunidade Quilombola de Mata Cavalo, além de implementar outras iniciativas formativas em Educação Ambiental na comunidade. Essas formações foram planejadas de forma colaborativa, incluindo tanto a definição das temáticas a serem abordadas quanto a execução dos projetos.
A utilização de metodologias participativas, como fóruns, seminários, com vidas, Agenda 21 escolar, conferências e grêmios estudantis, entre outras; a execução de Projetos Ambientais Escolares Comunitários – PAECs; e a participação em Conferências Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente são estratégias importantes para promover a Educação Ambiental na escola. Reconhecemos que a construção e revisão do Projeto Político-Pedagógico – PPP representam desafios, mas quando a instituição tem o propósito de integrar a Educação Ambiental em sua proposta educativa, pode adaptar seus caminhos conforme suas necessidades específicas (Mato Grosso, 2018).
Nos aspectos da educação ambiental é importante argumentar os fatos, dados e informações confiáveis é essencial para elaborar, negociar e sustentar ideias, pontos de vista e decisões que valorizem e incentivem os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em níveis local, regional e global. Este posicionamento ético inclui uma preocupação com o autocuidado, o bem-estar dos outros e a preservação do meio ambiente (Mato Grosso, 2018).
O poder executivo do Estado de Mato Grosso, em 10 de junho de 2019, sanciona a Lei nº 10.903, de 07 de junho de 2019, sobre a qual dispõe, em seus artigos 1º, 2º e 3º, que todos os níveis e modalidades de ensino, sejam estes formais ou não formais na coletividade ou individualidade, devem oportunizar a construção de valores para a manutenção do meio ambiente. Além disso, a Lei Estadual preconiza a sensibilização, atitudes e conhecimentos voltados a melhorias do meio ambiente, qualidade de vida e sua sustentabilidade.
As políticas recentes ressaltam o Documento de Referência Curricular de Mato Grosso – DRC-MT, o qual consolida as discussões da BNCC a nível estadual. Desde 2017, a SEDUC/MT iniciou o processo de reestruturação da oferta dessa modalidade de ensino, considerando a Lei Federal nº 13.415/2017. Conforme preconiza o DRC/MT, presume-se a viabilidade de um currículo flexível e indica-se a oferta de Itinerários Formativos para atender às demandas formativas dos estudantes na contemporaneidade (Mato Grosso, 2021).
A Educação Ambiental nas escolas de Mato Grosso podem ser empregadas através do material pedagógico e atividades extraclasse, no material pedagógico mais recente estão na BNCC – Base Nacional Comum Curricular, Trazido para realidade local regional por meio da DRC – Documento de Referência Curricular para Mato Grosso, através deste documento é possível construir planos de aulas que explicam as questões ambientais, nas disciplinas cujo cunho é trabalhar meio ambiente, além disso, devem ser abordadas metodologias multidisciplinar ou atender de forma diversificada (Mato Grosso, 2021).
Para promover a articulação entre a formação geral básica e a parte flexível do currículo (Itinerários Formativos), consequentemente, uma abordagem por área do conhecimento interdisciplinar se torna imprescindível no currículo em execução nas escolas do Estado. Além disso, é determinante que a educação estabeleça vínculos entre o currículo e as expectativas dos indivíduos em relação à escola, pois, representa-se uma necessidade da sociedade contemporânea em formar estudantes integralmente, de maneira a oportunizar uma educação cuja aprendizagem proceda paulatinamente (Mato Grosso, 2021).
Destarte, as idealizações das temáticas, a partir de eixos estruturantes, possibilitam a contextualização do que é ensinado. Sendo assim, dentre os eixos propostos nesse documento, enaltece-se neste estudo os eixos direcionados à Educação Ambiental; Ciência e Tecnologia pela necessidade em abordagens reflexivas e ações socioambientais favoráveis no mundo contemporâneo (Mato Grosso, 2021).
Nesse aspecto, considera-se uma abordagem interdisciplinar entre as áreas do conhecimento e para mediação dessa eletiva propõe que sejam professores com formação na área de Ciências da Natureza e, também, Ciências Humanas, tendo em vista a atuação nos campos da Educação Ambiental e no diagnóstico ambiental. O estudo de situações-problemas reais, além de ressaltar que a situação-problema seja mediante a integração dos conhecimentos sobre a dinâmica ambiental, na perspectiva de conservação e preservação dos recursos naturais (Mato Grosso, 2021).
Atualmente, a proposta do Novo Ensino Médio enfatiza a relevância do que é abordado atualmente como Temas Contemporâneos Transversais – TCTs. Nesse contexto, cabe ressaltar que essas temáticas precisam estabelecer relações entre os componentes curriculares de forma integrada às experiências educativas e à realidade na qual os estudantes estão inseridos (Mato Grosso, 2021).
Além disso, destaca-se a importância dos Temas Contemporâneos Transversais – TCTs, ressaltando que essas temáticas devem estabelecer conexões entre os diferentes componentes curriculares, integrando-se às experiências educativas e à realidade dos estudantes. Nesse sentido, a concepção dos temas, a partir de eixos estruturantes, possibilita a contextualização do conteúdo ensinado. Dentre os eixos propostos neste documento, enfatiza- se neste estudo os eixos relacionados à Educação Ambiental, Ciência e Tecnologia, devido à necessidade de abordagens reflexivas e ações socioambientais favoráveis no mundo contemporâneo (Mato Grosso, 2021).
O Instituto Federal do (Mato Grosso, 2021), em sua linha de pesquisa voltada para o Ensino de Matemática, Ciências Naturais e suas Tecnologias, empreende uma análise crítica da discrepância entre as considerações sobre Educação Ambiental presentes na legislação nacional e estadual em Mato Grosso. Além disso, esta pesquisa se fundamenta em escritos diversos que subsidiaram o desenvolvimento do pensamento, resultando em proposições que visam fortalecer a construção da Educação Ambiental.
(Mato Grosso, 2021) busca promover a articulação entre a formação geral básica e os Itinerários Formativos, parte flexível do currículo, o que torna imprescindível uma abordagem interdisciplinar por área do conhecimento nas escolas do Estado. Além disso, é importante que o Ensino Médio estabeleça conexões entre o currículo e as expectativas individuais em relação à escola, atendendo a uma demanda da sociedade contemporânea de formar estudantes integralmente, proporcionando uma educação cuja aprendizagem ocorra de forma gradual e progressiva, relacionando os conceitos do meio ambiente e natureza.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
As revisões sistemáticas Cochrane seguem um rigoroso processo metodológico para minimizar vieses. Elas iniciam com a elaboração de um protocolo que define os objetivos, critérios de inclusão dos estudos e métodos de análise. Em seguida, é realizada uma ampla busca da literatura para identificar todos os estudos relevantes. Os estudos selecionados têm sua qualidade metodológica avaliada e, quando possível, seus resultados são combinados em uma metanálise (HIGGINS et al., 2023).
A estratégia de busca empregou as bases de dados acadêmicas renomadas, como Scopus, Web of Science e SciELO. Esta busca será guiada pelas palavras-chave “educação ambiental”, “escolas públicas”, “Mato Grosso” e “práticas pedagógicas”, bem como suas variações correlatas.
(Jacso, 2005), em recente pesquisa, afirma que a Scopus se encontra, juntamente com o Google Scholar e a Web of Science, entre as maiores bases de dados multidisciplinares.
Entre os trabalhos selecionados foi possível identificar várias publicações realizadas com referência a base de dados da SciELO, pode ser observado em pesquisas com variados títulos, sendo uma plataforma com maior popularidade no Brasil entre os Acadêmicos de graduação e pós-graduação.
Os benefícios oferecidos pelo Google, é essencial complementar nossa pesquisa com fontes confiáveis e revisadas por pares. Em última análise, o Google continua sendo uma ferramenta valiosa e indispensável para o avanço do conhecimento em todas as áreas acadêmicas e científicas.
(Oliveira; Lima, 2019) destacam a facilidade de uso e a interface intuitiva do Google como vantagens para pesquisadores em busca de informações acadêmicas. Em conjunto, esses estudos evidenciam a importância da ferramenta de pesquisa do Google Scholar como um recurso valioso para a realização de trabalhos científicos.
3.1 CONSTRUÇÃO DE CORPUS: FUNDAMENTOS E PRÁTICAS
Após a identificação de estudos potenciais, um modelo de extração de dados foi implementado para sistematizar as metodologias utilizadas no desenvolvimento da pesquisa. Esse modelo abordou aspectos cruciais de cada publicação ou artigo, tais como autoria, título, ano de publicação, objetivo central do estudo, metodologia adotada, principais práticas identificadas, e, finalmente, os resultados e conclusões alcançados.
Seguindo as diretrizes estabelecidas por (Moher et al., 2009), a escolha dos trabalhos científicos foi realizada em etapas, começando com a seleção inicial com base no título, desde que relacionado à Educação Ambiental no estado de Mato Grosso e desenvolvido em uma região específica ou em algum município do estado.
No segundo momento, procedeu-se à leitura do resumo e da introdução dos artigos para entender o contexto do desenvolvimento dos estudos, permitindo a exclusão inicial daqueles trabalhos que não apresentavam perspectiva de contribuição significativa.
No terceiro momento, foi realizado um exame mais detalhado, incluindo a análise dos títulos, resumos, introduções, revisões bibliográficas e resultados dos artigos. Essa etapa visou encontrar material relevante para desenvolver a revisão sistemática. Os trabalhos científicos selecionados deveriam possuir introdução, desenvolvimento e resultados bem estruturados, garantindo uma abordagem satisfatória para a construção da revisão.
Dessa forma, o processo de seleção dos estudos assegurou que apenas os artigos com conteúdo relevante e estruturado fossem incluídos na revisão sistemática, por representar uma abordagem rigorosa e essencial para a síntese de evidências, visando minimizar o viés e produzir conclusões mais confiáveis e generalizáveis. Nesse contexto, a revisão bibliográfica desempenha um papel central na condução de revisões sistemáticas, fornecendo a base sobre a qual a análise e a síntese dos dados serão realizadas.
Inicialmente, optou por realizar pesquisas em bases de dados inicialmente selecionadas – Scopus, Web of Science e SciELO – com o objetivo de encontrar materiais publicados relacionados ao tema “Educação Ambiental no Estado de Mato Grosso”. No entanto, devido às dificuldades encontradas em obter informações específicas nessas bases, ampliou-se a busca para incluir o Google Acadêmico, visando abranger uma gama mais ampla de fontes.
Os passos seguidos para realizar esta revisão sistemática foram orientados pelo protocolo desenvolvido por Schiavon, 2015, que é especificamente direcionado para a área da educação (Figura 4). Conforme (Vosgerau; Romanowski, 2014), embora as revisões sistemáticas tenham sua origem na área da saúde, esse protocolo foi adaptado para atender às necessidades metodológicas da área educacional.
Figura 1: Organograma da análise e síntese dos estudos

Fonte: BACK, Olimpio, 2024.
Os estudos primários procederam-se através da validação da existência de revisões sobre o tema, buscando revisões já registradas no site da instituição Campbell Collaboration, uma rede internacional de pesquisa onde são catalogadas revisões sistemáticas na área da educação (Schiavon, 2015). Esta escolha foi feita visando à validação adequada. Os resultados indicaram a ausência de revisões sistemáticas que abordassem especificamente metodologias de ensino em Educação Ambiental.
Utilizou-se os descritores “Educação Ambiental no Estado de Mato Grosso”, os quais foram validados por meio da padronização, conforme orientação de (Schiavon, 2015). Para tanto, foram buscados nas bases os descritores “Educação Ambiental no Estado de Mato Grosso”, “Educação Ambiental nas escolas de Mato Grosso” e “Educação Ambiental e meio ambiente no Mato Grosso”. Todas as combinações estavam alinhadas com a pergunta de revisão e produziram resultados semelhantes.
A elaboração do protocolo de revisão foi estabelecer critérios de inclusão e exclusão para os trabalhos que seriam considerados na revisão sistemática. Dessa forma, foram incluídos trabalhos cujo objeto de pesquisa fosse a abordagem da Educação Ambiental no estado de Mato Grosso, relacionados a estudos de natureza científica que abordassem ações práticas relacionadas ao ensino-aprendizagem em geral, vinculadas a instituições de ensino e à prática docente em Educação Ambiental, descrevendo metodologias de ensino em Educação Ambiental aplicadas durante a pesquisa.
Por se tratar de uma revisão sistemática realizada em bases de dados com abrangência na Educação Ambiental, optou-se por não excluir textos em inglês e espanhol caso fossem recuperados na busca, mesmo que os descritores utilizados estivessem em português. Em contrapartida, foram excluídos artigos que abordassem temas relacionados à formação de professores, pesquisas não empíricas, relatos de experiência, revisões teóricas, ensaios teóricos, resenhas de livros, revisões bibliográficas, entre outros. Também foram excluídos trabalhos incompletos ou que apresentassem conteúdo fora do contexto, que não abordassem práticas de ensino-aprendizagem na educação ambiental, ou que não descrevessem as metodologias de ensino aplicadas na pesquisa.
Uma análise qualitativa a posteriori foi desenvolvida com vistas a sintetizar e categorizar os textos identificados em temas relevantes. Isso permitirá uma compreensão profunda das diferentes abordagens e métodos utilizados nos estudos sobre Educação Ambiental em Mato Grosso.
No processo de seleção, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, que está descrita por (Marconi; Lakatos, 2008), como técnica que se concentra nos produtos da ação humana, direcionando-se para o estudo das ideias subjacentes aos dados coletados.
Na composição da base de dados de trabalho utilizou-se o software Mendeley, com o objetivo de promover organização de títulos, ano, autor, resumo etc., com isso evidenciar as ações promovidas por instituições e representantes da sociedade nos debates acerca da Educação Ambiental. (Higgins; Green, 2011) enfatizam a importância de utilizar ferramentas que permitam a organização eficiente de artigos e a documentação detalhada do processo de busca e seleção de estudos. O Mendeley, com sua capacidade de importar, organizar e categorizar referências bibliográficas atende a essas necessidades, possibilitando aos pesquisadores uma maneira sistemática de lidar com a vasta quantidade de informações disponíveis.
A trajetória da evolução da Educação Ambiental no Brasil ao longo das décadas vem sendo moldada por eventos cruciais e marcos legislativos. Inicialmente associada ao movimento ambientalista, sua ênfase recai na conscientização e mobilização em torno de questões ambientais específicas. No entanto, com o tempo, essa perspectiva se expandiu, transformando-se em uma proposta educacional abrangente, com o propósito de enfrentar a crise ambiental sob uma óptica mais ampla e integradora.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No início da pesquisa, durante a busca e seleção de publicações sobre Educação Ambiental, identificou uma variedade de trabalhos provenientes de diferentes estados e plataformas. Com o intuito de enriquecer o capítulo histórico sobre Educação Ambiental e contextualizar o panorama histórico da educação no Brasil, selecionamos trabalhos que apresentam uma abordagem detalhada sobre o desenvolvimento da Educação Ambiental globalmente.
Assim sendo, a estratégia foi focar em estudos publicados nos últimos 17 anos, devido a análise preliminar de publicações existirem limitações na obtenção de publicações mais recentes. Contudo, essa abordagem foi ampliada para um período mais abrangente, incorporando outras fontes de pesquisa e bases de dados. Essa decisão foi tomada com o propósito de não apenas diversificar as abordagens encontradas nas publicações, mas também de capturar as experiências dos últimos 15 anos relacionadas à Educação Ambiental no estado de Mato Grosso.
Dentre os trabalhos selecionados para análise delineada do conteúdo relacionado à abordagem direta da educação ambiental, identificou 17 estudos que tratavam da educação ambiental de forma geral no contexto brasileiro, além de 42 artigos focados especificamente na Educação Ambiental no estado de Mato Grosso. Essa definição criteriosa visa oferecer uma revisão sistemática abrangente e específica sobre a Educação Ambiental nesse estado.
Logo após foram analisados detalhadamente esses artigos publicados entre 2018 e 2023, os quais abordam uma variedade de títulos, temas, objetivos, metodologias e resultados, dos quais relacionados ao foco do estudo. Essa compactação busca compreender as diversas iniciativas que contribuem para a implementação da Educação Ambiental no estado de Mato Grosso.
Os estudos retratam que o crescimento e o fortalecimento das movimentações em prol do meio ambiente trouxeram à tona as relações entre a humanidade e o ambiente natural, gradualmente despertando a consciência da sociedade sobre a importância de examiná-las e promover mudanças.
Nesse processo, a Educação Ambiental desempenhou um papel fundamental ao incentivar as pessoas a reconsiderarem suas ações diárias, a fim de reorientar suas atitudes em relação ao mundo e buscar soluções para os desafios ambientais. No entanto, nesse estágio inicial, a Educação Ambiental assumiu uma abordagem mais conservadora, concentrando-se principalmente em sensibilizar as pessoas em relação à natureza.
Figura 2: Fluxograma do processo de inclusão e exclusão.

Fonte: BACK, Olimpio, 2024.
Para diferenciar os trabalhos selecionados por período temporal, dividiu os estudos selecionados em três quadros distintos, o primeiro quadro engloba estudos realizados antes de 2010, enquanto o segundo inclui estudos realizados entre 2011 e 2019 e o terceiro 2020 a 2023. Ambos os períodos abordam temas correlacionados, como revisão sistemática e desenvolvimento histórico breve da Educação Ambiental globalmente. Essa estruturação permite uma análise comparativa das abordagens ao longo do tempo, destacando a evolução e a continuidade dos temas explorados na pesquisa sobre Educação Ambiental.
Os trabalhos científicos com temas ou títulos relacionados ao estado de Mato Grosso e Educação Ambiental. Em algumas situações, podem ser encontrados estudos com títulos que tangenciam políticas públicas ambientais ou legislação ambiental, estabelecendo conexões diretas ou indiretas com práticas de ensino de Educação Ambiental.
Nesses aspectos, foram incorporados trabalhos mais recentes que trouxeram resultados com maior relevância para a revisão. Apesar das preocupações iniciais quanto às publicações disponíveis, o levantamento realizado trouxe um panorama significativo para a Educação Ambiental no estado de Mato Grosso, especialmente nos anos entre 2017 até 2023.
Destacam-se temas como: “Relação das Escolas de Tabaporã/ MT com a Conservação da Amazônia e do Cerrado” (Magayevski; Zakrzevski; Cansian, 2013); “Caracterização das ações ambientais nas escolas municipais de Cuiabá-MT: Panorama dos gestores escolares” por (Teixeira, 2013); “O mapa social e a Educação Ambiental, diálogos de um mapeamento participativo no Pantanal, Mato Grosso e Brasil” de (Silva; Jaber-Silva, 2015); e “Educação Ambiental nas escolas de Mato Grosso: avaliação do programa ‘Vamos Cuidar do Brasil’ com ênfase no tema água” (Minetto, 2016).
As publicações de autores como (Erlich et al., 2017), (Souza; Nunes, 2017), (Silva, 2017), (Mattos; Andrade; Andrade, 2018), (Carmo; José; Logarezzi, 2018), (Costa; Costa Filho; Portes, 2018), (Nunes; Camargo; Figueiredo, 2018), e (Mato Grosso, 2018). Esses estudos focam nas práticas de ensino nas escolas, com ênfase na pesquisa e nas atividades desenvolvidas por professores no âmbito da Educação Ambiental. Durante este período, consideram-se a legislação da Base Nacional Comum Curricular e o Documento de Referência Curricular de Mato Grosso.
Incluem-se os trabalhos de (Kolcenti; Médici; Leão, 2020), (Rodrigues; Eickhoff, 2020), (Amorim; Sato, 2020), (Gonçalves et al., 2020), (Rossetto; Dalla Nora, 2020), e o (Caderno Pedagógico da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, 2020). Os autores abordam o currículo das instituições de ensino, relacionando os aspectos das políticas públicas desenvolvidas com os estudantes, enfatizando a aprendizagem e a prática da Educação Ambiental.
Estudos como os de (Zanetoni; Leão, 2022) “Análise dos documentos normativos sobre Educação Ambiental na educação básica e a relação com o ensino de química e/ou área de ciências da natureza”; (Moraes; Apfelgrün, 2022) “O ensino de história e a Educação Ambiental: um estudo a partir de coleção de livros didáticos para os anos iniciais do ensino fundamental”; (Smerman et al., 2022) “Aplicação combinada dos métodos VERAH e de diagnóstico ambiental de nascentes no córrego Jaçanã Azul, afluente do rio Perdido, em Juína-MT”, apresentam resultados relacionados aos documentos normativos do ensino em Mato Grosso, utilizando o método VERAH para pesquisa de dados educacionais e científicos.
(Wobeto et al., 2019) reúnem contribuições de diversos autores em seu trabalho “Ciências da Natureza e Matemática: Relatos de Ensino, Pesquisa e Extensão”, abordando temáticas relevantes como entomologia, agrotóxicos, recursos hídricos e pecuária, com ênfase na importância dessas discussões para o desenvolvimento regional e nacional.
(Klauck; Beriula; Oliveira, 2019) analisam os discursos sobre Educação Ambiental no Projeto Pesquisa Escola Verde (PPEV) em SINOP-MT, revelando a influência de históricos já-ditos desde a década de 1960 e o engajamento coletivo promovido pela inter-relação entre promotoria, escola e universidade. (Raupp; Cunha, 2019) destacam a importância da reciclagem como solução para o acúmulo de resíduos sólidos urbanos, apresentando um estudo com alunos de uma escola municipal em Cuiabá sobre percepção ambiental e a prática dos 3Rs.
A degradação de nascentes em Áreas de Preservação Permanente devido à pastagem extensiva é abordada em um estudo focado no córrego Jaçanã Azul, em Juína, evidenciando a necessidade de conscientização ambiental e recuperação da mata ciliar (Wagner et al., 2022). (Morais; Apfelgrün, 2022) avaliam a aplicação das diretrizes de educação ambiental nos livros didáticos de História para os anos iniciais do ensino fundamental, apontando visões estereotipadas e ausência de discussões históricas sobre mudanças ambientais.
(Zanetoni; Leão, 2022) analisam a legislação brasileira e normas relacionadas à Educação Ambiental no Ensino Médio, com foco em Química e Ciências da Natureza, oferecendo reflexões sobre a concretização de políticas no ensino e práticas educativas que fortaleçam a compreensão da relação sociedade-ambiente. (Costa; Costa Filho; Portes, 2018) investigou a contribuição do Projeto Agente Ambiental Mirim de Cuiabá para a educação ambiental, comparando participantes e não participantes, e indicando maior aproveitamento dos alunos envolvidos no projeto.
(Souza; José; Logarezzi, 2018) conduzem uma pesquisa de educação ambiental crítica com pescadores do Pantanal mato-grossense, observando a importância do diálogo contemporâneo para promover espaços comprometidos com uma racionalidade ambiental e o crescente interesse das comunidades em participar das decisões sobre ordenamento pesqueiro. (Mattos; Andrade; Andrade, 2018) investigam a percepção ambiental de alunos e professores em Colider, evidenciando a importância da sensibilização ambiental na educação.
(Eickhoff; Nunes, 2023) analisam os Projetos Pedagógicos dos Cursos Técnicos em Agropecuária e Alimentos do IFMT campus Sorriso, apontando a necessidade de ajustes para melhor atender às diretrizes curriculares nacionais. A (Mato Grosso, 2018) orienta a construção do Currículo de Referência para o Território Mato-Grossense, alinhado à BNCC, destacando a importância da formação dos profissionais da educação para o cumprimento eficaz do currículo.
(Nunes; Camargo; Figueiredo, 2018) aplicam o método de pesquisa-ação VERAH para um diagnóstico socioambiental participativo em uma escola pública, proporcionando aos alunos uma percepção crítica e multidimensional da realidade socioambiental. (Rossetto; Dalla Nora, 2020) enfatizam a relevância da Educação Ambiental no processo de licenciamento ambiental de empreendimentos rodoviários na Amazônia mato-grossense, envolvendo gestores públicos e sociedade civil.
(Mato Grosso, 2020) apresenta orientações pedagógicas para a Educação do Campo em Mato Grosso, contextualizando historicamente as conquistas através das lutas populares e abordando legislações pertinentes. (Kolcenti; Médici; Leão, 2020) refletem sobre a abordagem da Educação Ambiental nas escolas públicas do estado, constatando o impulso dado por diversas instituições, pesquisadores e entidades, apoiadas por leis, programas e projetos.
(Amorim; Sato, 2020) investigam a influência da participação popular em políticas públicas, especialmente em ações de Educação Ambiental política, através do Grupo de Trabalho e Mobilização Social no contexto do Zoneamento Socioeconômico Ecológico de Mato Grosso. (Rodrigues; Eickhoff, 2020) analisam a percepção ambiental de alunos do 6º ano em Sorriso, indicando a necessidade de desenvolver mais projetos educacionais em educação ambiental.
(Parente, 2022) analisa a aplicação da Lei nº 11.645/2008 no livro de História “Ápis” para o 5º ano do Ensino Fundamental, revelando um tratamento homogêneo, estereotipado e silenciador das sociedades indígenas no Brasil. (Smerman et al., 2022) destacam a notável diversidade de rios na bacia amazônica.
As discussões transversais derivadas das categorias obtidas na análise de conteúdo, articuladas a textos relacionados que transcendem o contexto regional. Busca-se, assim, ampliar a compreensão dos fenômenos estudados, situando-os em um panorama mais abrangente, de modo a enriquecer a reflexão sobre os achados da pesquisa. Tal abordagem permite identificar convergências e divergências com estudos realizados em outros contextos, favorecendo o diálogo com a literatura científica e a construção de um conhecimento mais robusto e fundamentado. Ao estabelecer essas conexões, espera-se contribuir para o avanço do campo de estudo, suscitando novos questionamentos e perspectivas de investigação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A importância do desenvolvimento contínuo de pesquisas com abordagem na Educação Ambiental, de forma integrada e contextualizada aos desafios geográficos do Estado de Mato Grosso, fornece uma visão sobre as temáticas predominantes, as metodologias aplicadas e os desafios ambientais, contribuindo de maneira relevante para o campo da pesquisa em Educação Ambiental.
A análise histórica das publicações mostra uma evolução na abordagem da educação ambiental, passando de uma preocupação restrita a movimentos ambientalistas para uma proposta educativa mais ampla e integrada. Esta evolução refletiu-se na legislação e nas políticas públicas que, ao longo dos anos, têm incorporado e reforçado a importância da educação ambiental como um componente essencial da educação básica e superior no Brasil e, particularmente, em Mato Grosso.
A revisão das políticas públicas revela que a legislação estadual e nacional tem desempenhado um papel importante na promoção da educação ambiental. As diretrizes educacionais incentivam a integração de conteúdos ambientais nos currículos escolares, destacando disciplinas como Química e Ciências da Natureza para a formação de uma consciência ambiental crítica e ativa entre os estudantes. Estas disciplinas são apresentadas como ferramentas essenciais para fomentar a compreensão das complexas interações entre sociedade e meio ambiente, promovendo mudanças de comportamento necessárias para a sustentabilidade.
Metodologicamente, as publicações revisadas mostram uma tendência crescente para abordagens interdisciplinares e integradas. Pesquisadores têm utilizado uma combinação de métodos qualitativos e quantitativos para explorar a eficácia das práticas educativas e para identificar lacunas no conhecimento existente. Ferramentas como a análise de ciclo de vida, avaliação de impacto ambiental, e métodos participativos têm sido empregadas para proporcionar uma compreensão mais holística dos desafios e oportunidades na educação ambiental.
Os resultados deste estudo sistemático indicam que há uma diversidade nas abordagens e nas áreas temáticas exploradas nas publicações sobre educação ambiental em Mato Grosso. Estudos focados em biomas específicos, como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, destacam a importância da conservação da biodiversidade e a necessidade de práticas educativas adaptadas aos contextos ecológicos e culturais locais.
O material também aponta para a importância da formação continuada de educadores ambientais, sugerindo que o desenvolvimento profissional constante seria fundamental para a eficácia das iniciativas de educação ambiental. A capacitação de professores e a implementação de projetos educacionais inovadores são frequentemente citadas como boas práticas que contribuem para a sensibilização e o engajamento das comunidades em questões ambientais.
O panorama obtido a partir das publicações relacionadas à educação ambiental no Estado de Mato Grosso não apenas identificaram padrões e tendências emergentes, mas também oferecem uma base para o desenvolvimento de políticas públicas e práticas educativas eficazes. Destaca-se a importância contínua da pesquisa em educação ambiental e a necessidade de abordagens integradas e contextualmente relevantes para enfrentar os desafios ambientais da região.
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