EFFICACY OF MANUAL LYMPHATIC DRAINAGE IN REDUCING POST-OPERATIVE EDEMA AFTER ABDOMINOPLASTY.
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202506211955
Mayla Pottker1
Ronaldo Nunes Lima2
Resumo
Introdução: O edema pós-operatório é uma complicação comum em procedimentos estéticos, como a abdominoplastia, podendo comprometer a recuperação do paciente e prolongar o tempo de reabilitação. A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica frequentemente utilizada para reduzir o inchaço e melhorar a recuperação pós-cirúrgica. No entanto, sua eficácia ainda é debatida na literatura. Objetivo: Avaliar as evidências científicas sobre a eficácia da drenagem linfática manual na redução do edema pós-operatório de abdominoplastia. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, considerando estudos publicados entre 2018 e 2024. As bases de dados consultadas incluíram Livros, PubMed, SciELO e LILACS. Foram selecionados artigos que investigaram os efeitos da drenagem linfática manual na recuperação de pacientes submetidos à abdominoplastia, totalizando 15 estudos. Resultados: A maioria dos estudos analisados demonstrou que a DLM contribui para a redução do edema pós-operatório, melhora a circulação linfática e reduz o desconforto dos pacientes. No entanto, a frequência e a técnica utilizadas podem influenciar os resultados. Conclusão: A drenagem linfática manual mostrou-se uma intervenção eficaz na redução do edema pós-operatório em pacientes submetidos à abdominoplastia, favorecendo uma recuperação mais rápida e confortável. Estudos adicionais são necessários para padronizar protocolos e otimizar os benefícios dessa técnica.
Palavras-Chave: drenagem linfática manual; edema pós-operatório; abdominoplastia; recuperação cirúrgica.
Abstract
Introduction: Postoperative edema is a common complication in aesthetic procedures, such as abdominoplasty, and can compromise patient recovery and prolong rehabilitation time. Manual lymphatic drainage (MLD) is a technique frequently used to reduce swelling and improve postoperative recovery. However, its effectiveness is still debated in the literature. Objective: To evaluate the scientific evidence on the effectiveness of manual lymphatic drainage in reducing postoperative edema after abdominoplasty. Materials and Methods: An integrative literature review was carried out, considering studies published between 2018 and 2024. The databases consulted included Books, PubMed, SciELO, and LILACS. Articles that investigated the effects of manual lymphatic drainage on the recovery of patients undergoing abdominoplasty were selected, totaling 15 studies. Results: Most of the studies analyzed demonstrated that MLD contributes to the reduction of postoperative edema, improves lymphatic circulation, and reduces patient discomfort. However, the frequency and technique used may influence the results. Conclusion: Manual lymphatic drainage was shown to be an effective intervention in reducing postoperative edema in patients undergoing abdominoplasty, favoring a faster and more comfortable recovery. Additional studies are needed to standardize protocols and optimize the benefits of this technique.
Keywords: manual lymphatic drainage; postoperative edema; abdominoplasty; surgical recovery.
Introdução
O edema pós-operatório é uma complicação frequente em procedimentos estéticos, como a abdominoplastia, caracterizando-se pelo acúmulo excessivo de líquido intersticial nos tecidos, o que pode prolongar o tempo de recuperação e causar desconforto aos pacientes. A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica terapêutica que visa estimular o sistema linfático, facilitando a remoção desses líquidos e promovendo a redução do edema (Souza et al., 2021).
Estudos recentes têm investigado a eficácia da DLM no manejo do edema pós-operatório. Santos e Souza (2021) realizaram uma revisão integrativa da literatura sobre os efeitos da DLM no pós-cirúrgico da abdominoplastia, indicando que a técnica auxilia na recuperação, melhora a aparência estética e a função, principalmente pela redução da dor associada ao tratamento. Além disso, pesquisas anteriores já apontavam para a eficácia da DLM na redução do edema e na melhora dos sintomas pós-operatórios em cirurgias plásticas (Mendes et al., 2020). Segundo Almeida et al. (2022), a DLM promove uma recuperação mais rápida, reduzindo o tempo de inflamação e favorecendo a drenagem de líquidos acumulados no tecido subcutâneo.
A abdominoplastia é um dos procedimentos estéticos mais realizados mundialmente. De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), em 2021, foram realizadas mais de 1,6 milhão de abdominoplastias, representando um aumento significativo em relação aos anos anteriores (ISAPS, 2021). No Brasil, o procedimento também se destaca, posicionando o país entre os líderes em cirurgias plásticas estéticas. Para melhorar a recuperação pós-operatória e minimizar complicações como edemas e seromas, o manual de drenagem linfática (DLM) tem sido amplamente recomendado. Estudos indicam que a DLM é eficaz na redução de edemas, hematomas e dor, além de melhorar a estética e o bem-estar dos pacientes submetidos à abdominoplastia (Lima; Moraes Filho, 2024).
A relevância deste estudo reside na necessidade de consolidar evidências científicas sobre a eficácia da DLM especificamente no contexto da abdominoplastia. Embora existam pesquisas sobre a aplicação da DLM em outros procedimentos cirúrgicos, há uma lacuna na literatura quanto à sua efetividade na redução do edema pós-operatório em pacientes submetidos à abdominoplastia. Este estudo busca preencher essa lacuna, fornecendo dados que possam embasar protocolos clínicos e aprimorar a qualidade da assistência fisioterapêutica. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é avaliar a eficácia da drenagem linfática manual na redução do edema pós-operatório em pacientes submetidos à abdominoplastia, por meio de uma revisão integrativa da literatura baseada em estudos recentes.
Referencial Teórico
A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica terapêutica que estimula o sistema linfático, promovendo a remoção de líquidos acumulados no corpo. Essa prática é amplamente utilizada no pós-operatório de diversas intervenções cirúrgicas, incluindo procedimentos estéticos como a abdominoplastia, com o objetivo principal de reduzir o edema, promover a cicatrização e minimizar complicações pós-operatórias. Estudos indicam que a DLM é eficaz na redução do edema pós-cirúrgico, especialmente em cirurgias plásticas, pois facilita o retorno do fluxo linfático e melhora a recuperação do paciente (Santos et al., 2020).
A abdominoplastia é uma cirurgia plástica frequentemente realizada para remover o excesso de pele e gordura abdominal, além de restaurar a firmeza dos músculos da parede abdominal. Embora seja considerada segura, a abdominoplastia pode apresentar complicações pós-operatórias, como seromas, hematomas, necrose e infecções. Nesse contexto, a drenagem linfática manual (DLM) tem sido amplamente empregada como uma intervenção terapêutica para minimizar tais complicações e promover uma recuperação mais eficaz (Lima; Moraes Filho, 2024).
A DLM é uma técnica que visa estimular o sistema linfático, facilitando a remoção de líquidos intersticiais acumulados nos tecidos, o que contribui para a redução do edema e melhora da circulação linfática. De acordo com Santos e Souza (2021), a aplicação adequada da DLM no pós-operatório de abdominoplastia pode reduzir significativamente o inchaço e acelerar o processo de cicatrização. Esse efeito ocorre porque a técnica mobiliza os fluidos retidos nos espaços intersticiais, facilitando sua reabsorção e excreção pelo organismo.
Além dos benefícios na redução do edema, a DLM também desempenha um papel crucial na prevenção de complicações como a formação de seromas. Lima e Moraes Filho (2024) destacam que a intervenção precoce com DLM no pósoperatório de abdominoplastia contribui para a diminuição da incidência de seromas, hematomas e dor, além de melhorar a estética e o bem-estar dos pacientes. Esses achados reforçam a importância da inclusão dessa técnica nos protocolos pósoperatórios de cirurgias plásticas para otimizar a recuperação.
A literatura também aponta que a drenagem linfática manual pode influenciar positivamente a regeneração dos tecidos, uma vez que estimula a circulação sanguínea e linfática, favorecendo a oxigenação celular e a eliminação de toxinas. Estudos indicam que a técnica promove um equilíbrio na distribuição dos fluidos corporais, reduzindo a inflamação e auxiliando na cicatrização mais eficiente (Pereira et al., 2023). Esse fator é relevante, pois a inflamação prolongada pode impactar negativamente o processo de recuperação e aumentar o risco de complicações pósoperatórias.
Outro ponto relevante é a associação da DLM com outras terapias complementares no pós-operatório de abdominoplastia, como o uso de ultrassom terapêutico e a prescrição de exercícios específicos para reabilitação. Segundo Costa e Almeida (2022), a combinação dessas abordagens pode potencializar os efeitos da drenagem linfática, reduzindo o tempo de recuperação e melhorando a funcionalidade dos tecidos. No entanto, é fundamental que essas intervenções sejam realizadas sob orientação profissional, garantindo segurança e eficácia no tratamento.
A drenagem linfática manual deve ser realizada exclusivamente por profissionais habilitados, como o fisioterapeuta. De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), a atuação do fisioterapeuta na aplicação da DLM é regulamentada e respaldada legalmente, desde que o profissional esteja devidamente registrado no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) da sua região. O COFFITO, por meio da Resolução nº 401/2011, reconhece a DLM como recurso terapêutico da fisioterapia, especialmente nas áreas de dermato-funcional, reabilitação e pós-operatório (COFFITO). Dessa forma, é imprescindível que o procedimento seja executado por fisioterapeutas com formação específica na área, garantindo não apenas a segurança do paciente, mas também a efetividade da intervenção.
É importante ressaltar que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a drenagem linfática manual em algumas unidades de saúde e centros de reabilitação, especialmente em casos de linfedema, mas ainda há limitações quanto à oferta regular do procedimento no contexto de cirurgias estéticas eletivas, como a abdominoplastia. A inclusão da DLM no SUS está relacionada principalmente a condições clínicas que justificam a intervenção, sendo necessário o encaminhamento e avaliação profissional para definição da conduta terapêutica (Brasil, 2022).
A frequência e o número de sessões devem ser adaptados às necessidades individuais de cada paciente, considerando fatores como a extensão da cirurgia e a resposta ao tratamento. Santos e Souza (2021) ressaltam que a personalização do tratamento é essencial para otimizar os resultados e prevenir possíveis complicações, garantindo uma recuperação mais rápida e confortável para o paciente.
Materiais e Métodos
Este estudo adota um método de revisão sistemática da literatura, com a análise de artigos publicados nos últimos cinco anos (2019 a 2024). O levantamento foi realizado nas bases de dados PubMed, Lilacs, Scielo, Scopus e Google Scholar, utilizando os descritores “drenagem linfática manual”, “edema pós-operatório” e “abdominoplastia”, tanto em português quanto em inglês, a fim de garantir maior abrangência na busca por evidências científicas.
Foram selecionados estudos que atendiam aos critérios de inclusão, compreendendo ensaios clínicos, revisões sistemáticas e estudos observacionais que investigassem a eficácia da drenagem linfática manual na redução do edema pós-operatório em pacientes submetidos à abdominoplastia. Os materiais selecionados deveriam estar disponíveis em texto completo, ser gratuitos e apresentar metodologia clara e rigorosa. Foram excluídos estudos com baixa qualidade metodológica, publicações duplicadas, resumos de eventos científicos e artigos que não abordassem diretamente o tema proposto.
O levantamento inicial resultou em 41 publicações, das quais 28 atenderam aos critérios de inclusão e foram analisadas detalhadamente. A seleção foi realizada em etapas, iniciando-se pela leitura dos títulos, seguida da análise dos resumos e, posteriormente, da leitura integral dos textos para assegurar a relevância e aplicabilidade dos estudos.
A metodologia de análise incluiu a avaliação crítica da qualidade dos artigos selecionados, considerando critérios como clareza nos objetivos, rigor metodológico, descrição detalhada das intervenções e aplicabilidade clínica dos resultados. Os dados foram sistematizados para identificar os efeitos da drenagem linfática manual, os protocolos utilizados, a frequência e duração das sessões e os principais desfechos observados nos pacientes submetidos ao procedimento.
Essa abordagem metodológica garante a transparência e a replicabilidade do estudo, permitindo que outros pesquisadores e profissionais da área utilizem as informações obtidas para fundamentar suas práticas clínicas e futuras investigações sobre a eficácia da drenagem linfática manual na redução do edema pós-operatório de abdominoplastia.
Resultados e Discussão
Quadro 1 – Artigos segundo título, autores e ano de publicação, objetivos, métodos e principais resultados.


Fonte: Autores.
Os resultados desta pesquisa confirmam a eficácia da drenagem linfática manual (DLM) no pós-operatório de abdominoplastia, evidenciando a redução significativa do edema, a melhoria da circulação linfática e a aceleração do processo de cicatrização. Esses achados estão em consonância com os estudos de Lima e Moraes Filho (2024), que destacam a DLM como um recurso fundamental para minimizar complicações pós-operatórias, como seromas e hematomas. A efetividade da técnica também foi corroborada por Santos e Souza (2021), que observaram melhora na recuperação de pacientes submetidos à cirurgia plástica abdominal.
Ao comparar os achados desta pesquisa com a literatura, observa-se que estudos anteriores reforçam a importância da intervenção precoce com DLM no pósoperatório. Em contraste, algumas pesquisas apontam que a aplicação inadequada da técnica pode não apresentar os benefícios esperados, especialmente quando realizada sem protocolos bem definidos (Santos e Souza, 2021). Essa discrepância pode ser atribuída a diferenças metodológicas, como a frequência e intensidade das sessões, o tempo de início da terapia e as condições específicas dos pacientes avaliados.
Acredita-se que a DLM atua diretamente na estimulação do sistema linfático, favorecendo a drenagem dos fluidos retidos nos tecidos e melhorando a resposta inflamatória do organismo. Essa resposta fisiológica é essencial para reduzir o tempo de recuperação e minimizar desconfortos pós-operatórios. Além disso, a DLM contribui para uma recuperação estética mais satisfatória, evitando irregularidades na superfície da pele e promovendo melhor contorno corporal, o que é especialmente relevante em cirurgias estéticas como a abdominoplastia.
Além disso, os pacientes que receberam DLM no pós-operatório relataram maior conforto durante o período de recuperação, com menor incidência de dor e sensação de peso abdominal. Esse dado está alinhado com os achados de Pereira et al. (2023), que indicam que a DLM, ao reduzir a pressão dos líquidos acumulados nos tecidos, também contribui para o alívio da dor e para uma sensação subjetiva de bem-estar.
Em relação ao tempo de recuperação, os dados indicam que a inclusão precoce da DLM contribuiu para uma melhora funcional mais acelerada, com retorno mais rápido às atividades cotidianas. Isso corrobora a conclusão de Costa e Almeida (2022), que destacam a DLM como parte integrante de um plano terapêutico eficaz para reabilitação precoce em procedimentos cirúrgicos estéticos.
Também se observou que a resposta positiva à DLM foi mais evidente em pacientes que iniciaram o tratamento nas primeiras 48 a 72 horas após a cirurgia, evidenciando a importância da precocidade da intervenção. Isso vai ao encontro das diretrizes clínicas sugeridas por Rodrigues e Carvalho (2020), que recomendam a aplicação da DLM ainda na fase inflamatória da cicatrização tecidual.
Portanto, os resultados obtidos reforçam a eficácia da drenagem linfática manual como estratégia fisioterapêutica relevante no pós-operatório imediato e tardio da abdominoplastia, destacando seu impacto positivo tanto em aspectos físicos quanto na qualidade de vida e bem-estar do paciente.
A aplicabilidade deste estudo é relevante para a área da fisioterapia dermatofuncional e cirúrgica, pois reforça a importância da DLM como recurso terapêutico essencial no pós-operatório de abdominoplastia. Esses achados podem contribuir para a elaboração de protocolos clínicos mais eficazes, garantindo melhores resultados para os pacientes. Estudos futuros devem focar na padronização das técnicas utilizadas, assim como na ampliação da amostra para validar ainda mais os efeitos positivos da DLM.
Em relação à abdominoplastia, diversos estudos apontam a importância da DLM para otimizar os resultados do procedimento, diminuindo o acúmulo de líquidos e favorecendo uma recuperação mais rápida e com menos desconforto para o paciente. Almeida e Santos (2021) destacam que a redução do edema pósabdominoplastia é um dos principais benefícios proporcionados pela DLM, pois a técnica age diretamente no tecido subcutâneo, onde ocorre a retenção de líquidos. Além disso, a DLM contribui para a redução de possíveis hematomas, comuns em procedimentos de cirurgia plástica abdominal, como observa o estudo de Oliveira e Silva (2022).
A eficácia da DLM na recuperação pós-operatória tem sido explorada em diversos cenários clínicos. Em uma revisão sistemática conduzida por Costa et al. (2021), foi evidenciado que a técnica não só reduz o edema como também melhora a circulação sanguínea, o que acelera o processo de cicatrização. A técnica é aplicada manualmente, com movimentos suaves e direcionados que estimulam a drenagem dos líquidos acumulados nos tecidos. A frequência das sessões pode variar, mas, geralmente, é recomendada logo após o procedimento cirúrgico e deve ser continuada por um período específico, de acordo com a evolução do paciente.
Os resultados obtidos nesta revisão indicam que a drenagem linfática manual (DLM) é eficaz no pós-operatório de abdominoplastia, com destaque para a redução do edema, melhora da circulação linfática e aceleração da cicatrização. Tais achados corroboram o que já é amplamente descrito na literatura, sendo observado que a intervenção precoce com DLM contribui para a diminuição das complicações, como seromas e hematomas.
A fim de ilustrar de maneira mais clara e comparativa os efeitos da Drenagem Linfática Manual (DLM) no pós-operatório de abdominoplastia, apresenta-se a seguir um gráfico com os principais achados de quatro estudos selecionados. São analisados dois indicadores principais: a redução percentual do edema e o tempo médio de recuperação em dias.
Gráfico 1: Comparação do efeitos da DLM em Estudos sobre Abdominoplastia

O gráfico 1 demonstra que a frequência da DLM está diretamente associada à maior eficácia na redução do edema e à diminuição do tempo de recuperação. O estudo de Costa et al. (2021), com sessões realizadas quatro vezes por semana, destacou-se com a maior redução do edema (50%) e menor tempo de recuperação (18 dias). Já o estudo de Santos e Souza (2021), com apenas duas sessões semanais, apresentou os resultados menos expressivos. A comparação visual permite observar uma tendência de melhores desfechos com maior frequência de aplicação, embora fatores metodológicos e individuais também possam influenciar os resultados. Apesar dos dados favoráveis, destaca-se a necessidade de padronização da técnica. A ausência de critérios unificados quanto à frequência, intensidade e momento ideal de início da DLM compromete a comparação entre os estudos. Fatores como histórico clínico e estilo de vida também impactam os resultados e devem ser considerados.
Além disso, a efetividade da DLM está diretamente relacionada à capacitação profissional. Conforme Lima et al. (2021), a técnica exige domínio anatômico e fisiológico do sistema linfático e deve ser realizada por fisioterapeutas habilitados, conforme as diretrizes do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO), garantindo a segurança e a qualidade do atendimento.
Dessa forma, ressalta-se a importância da inclusão da DLM nos protocolos clínicos da fisioterapia dermatofuncional e cirúrgica, considerando sua relevância na reabilitação pós-operatória. Estudos futuros com amostras ampliadas, padronização metodológica e diversidade de autores são essenciais para fortalecer as evidências científicas sobre a eficácia dessa intervenção.
Conclusão
A presente pesquisa evidenciou a relevância da drenagem linfática manual no pós-operatório de abdominoplastia, destacando seus benefícios na redução do edema, na melhora da cicatrização e na prevenção de complicações. Os resultados obtidos corroboram a literatura recente, que aponta a eficácia dessa técnica fisioterapêutica na otimização da recuperação cirúrgica, promovendo uma reabsorção mais rápida dos líquidos acumulados e contribuindo para o bem-estar do paciente.
A análise dos dados permitiu verificar que a drenagem linfática manual, quando aplicada de forma adequada e dentro dos protocolos recomendados, favorece uma reabilitação mais eficiente e confortável. Além disso, os estudos analisados reforçam a importância de uma abordagem individualizada, considerando as particularidades de cada paciente para potencializar os efeitos da técnica. Dessa forma, a hipótese inicial do estudo, que apontava a drenagem linfática como uma estratégia eficaz na recuperação pós-abdominoplastia, foi confirmada.
Os achados desta pesquisa podem ser aplicados na prática clínica da fisioterapia dermatofuncional, auxiliando profissionais na escolha de condutas baseadas em evidências para o tratamento de pacientes submetidos à cirurgia plástica abdominal. No entanto, ressalta-se que, apesar dos benefícios observados, a drenagem linfática deve ser realizada por profissionais capacitados, respeitando contraindicações e associando-se a outros cuidados pós-operatórios para resultados mais satisfatórios.
Sugere-se a realização de novos estudos com amostras ampliadas e metodologias controladas para aprofundar o conhecimento sobre os efeitos da drenagem linfática em diferentes perfis de pacientes. Pesquisas futuras também podem explorar a combinação dessa técnica com outros recursos fisioterapêuticos, visando a maximização dos benefícios para a recuperação cirúrgica.
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1Acadêmico do Curso de Fisioterapia
maypottker19@gmail.com
2Professor do Curso de Fisioterapia