FEASIBILITY OF VAGINAL BIRTH IN BREECH PRESENTATION CASES: ANALYSIS OF RISK FACTORS AND BENEFITS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202506191328
Kamila Carvalho dos Santos1
Lorrany Oliveira Silva2
Erlayne Camapum Brandão3
RESUMO
O parto vaginal em apresentação pélvica é viável quando a gestante está apta, concorda com a via de parto e é assistida por profissionais experientes, desde que não haja alterações pélvicas, restrição de crescimento fetal ou anomalias que causem distocia ou hiperextensão da cabeça. Objetivo: O artigo tem como objetivo geral relatar a viabilidade do parto vaginal em casos de apresentação pélvica. E como objetivos específicos identificar os fatores de risco associados a apresentação pélvica, descrever a assistência dos profissionais de saúde no parto de apresentação pélvica e citar agravos pós parto em casos de apresentação pélvica. Metodologia: A seguinte pesquisa é uma revisão integrativa. Analisou-se artigos encontrados a partir de buscas nas bases de dados SciELO, PubMed e BVS, filtrando artigos publicados entre 2014 a 2024, no idioma inglês e espanhol, focando em mulheres grávidas, parto vaginal e apresentação pélvica. Resultados: Foram selecionados 12 artigos aplicando os critérios de inclusão. As pesquisas indicaram que o parto vaginal pélvico é seguro quando há avaliação criteriosa (como pelvimetria por ressonância magnética ou escaneamento 3D), seleção adequada de casos e assistência especializada. Fatores como peso fetal (>3,8 kg) e posição das pernas fetais influenciam os desfechos. A versão cefálica externa e o treinamento de equipes são estratégias eficazes para reduzir cesarianas desnecessárias. Considerações finais: Conclui-se que o parto vaginal pélvico, quando bem indicado e assistido, é uma opção segura, destacando-se a importância do respeito à autonomia materna e da capacitação contínua dos profissionais.
Palavras-chave: “Breech Presentation”; “Vaginal Birth”.
ABSTRACT
Vaginal birth in breech presentation is feasible when the pregnant woman is eligible, agrees with the delivery route, and is assisted by experienced professionals, provided there are no pelvic abnormalities, fetal growth restriction, or anomalies that cause dystocia or hyperextension of the head. Objective: The general objective of this article is to report on the feasibility of vaginal delivery in cases of breech presentation. The specific objectives are: to identify the risk factors associated with breech presentation; to describe the healthcare professionals’ assistance during breech deliveries; and to mention postpartum complications related to breech presentation. Methodology: This research is an integrative review. Articles were analyzed from searches in the SciELO, PubMed, and BVS databases, filtering for publications between 2014 and 2024, in English and Spanish, focusing on pregnant women, vaginal delivery, and breech presentation. Results: Twelve articles were selected based on the inclusion criteria. The studies indicated that breech vaginal birth is safe when thorough evaluation (such as MRI pelvimetry or 3D scanning), proper case selection, and specialized care are ensured. Factors such as fetal weight (>3.8 kg) and fetal leg positioning influence outcomes. External cephalic version and team training are effective strategies to reduce unnecessary cesarean sections. Final considerations: It is concluded that breech vaginal delivery, when well indicated and properly assisted, is a safe option, emphasizing the importance of respecting maternal autonomy and the continuous training of professionals.
Keywords: “Breech Presentation”; “Vaginal Birth”.
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Pinheiro (2023), a apresentação de parto consiste à região do feto que se encontra mais próxima à região pélvica materna no momento do nascimento. A avaliação criteriosa dessa apresentação é fundamental para determinar a condução e a via de parto mais apropriada, com base na conformação fetal identificada.
As principais apresentações são: cefálica, quando a cabeça do feto encontra se posicionada na entrada do canal de parto; pélvica, onde a pelve ou os pés do feto estão situados próximos ao estreito superior da pelve materna; transversa ou córmica, considerada rara, ocorre quando o feto está na posição transversal ao eixo longitudinal do canal de parto, com o dorso localizado na horizontal, impossibilitando o parto vaginal. Composta, de ocorrência infrequente, caracteriza-se pela apresentação simultânea da cabeça fetal junto a outro membro como mão ou pé no canal de parto (Pinheiro 2023).
A apresentação pélvica pode ser influenciada por diversos fatores, como prematuridade, multiparidade, malformações uterinas (útero septado ou bicorno), pelve contraída, anomalias fetais (hidrocefalia, anencefalia), gemelaridade, alterações placentárias e de líquido amniótico (polidrâmnio ou oligoidrâmnio), além de histórico de partos pélvicos. Essa condição é classificada em apresentação pélvica completa (coxas e pernas flexionadas, nádegas e pés direcionados ao canal de parto) e incompleta, que inclui o modo de nádegas (mais comum, com nádegas voltadas para a pelve), modo de pés (risco de prolapso de cordão, geralmente indicando cesariana) e modo de joelhos (raro e de maior risco, frequentemente exigindo intervenção cirúrgica). Essa distinção é essencial para o planejamento seguro do parto (Freitas et al., 2017).
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) (2024), o parto vaginal de apresentação pélvica é viável quando a gestante está apta e concorda com essa via de parto, desde que apresente baixo risco de complicações e seja assistida por profissionais experientes em partos vaginais com apresentações anômalas.
A cesariana prévia e a prematuridade entre 32 e 36 semanas não são contraindicações absolutas, devendo ser avaliadas individualmente. Para evitar cesarianas desnecessárias e distocias, recomenda-se a versão cefálica externa, quando disponível, para gestantes a termo com fetos em apresentação pélvica (FEBRASGO, 2024).
A decisão pela via de parto deve ser informada, considerando as preferências da parturiente, a experiência da equipe, as condições obstétricas e neonatais, bem como a análise dos riscos e benefícios. São elegíveis para o parto vaginal as gestantes sem alterações pélvicas, com fetos em apresentação pélvica incompleta, peso fetal entre 2.000 e 4.000 g, sem restrição de crescimento intrauterino, anomalias que causem distocia ou hiperextensão da cabeça fetal, em trabalho de parto espontâneo ou induzido no termo, com consentimento materno e acompanhamento de médico obstetra experiente (FEBRASGO, 2024).
Dessa forma, este artigo é relevante por contribuir com a orientação de gestantes, parturientes, profissionais de saúde e da comunidade em geral acerca da viabilidade do parto vaginal em casos de apresentação pélvica, bem como dos fatores de risco e dos possíveis benefícios dessa via de parto. Busca-se, assim, promover o acesso à informação qualificada, de modo a favorecer o empoderamento das mulheres e de seus familiares no processo de tomada de decisão, assegurando o conhecimento sobre o manejo clínico adequado e os procedimentos recomendados para a condução segura do parto.
Diante disso, essa pesquisa tem como questão norteadora: “Em gestantes com apresentação pélvica, quais são os fatores de risco e os benefícios relacionados à viabilidade do parto vaginal?”.
Tendo em vista essa questão o objetivo geral deste artigo é relatar a viabilidade de parto vaginal em casos de apresentação pélvica. E como objetivos específicos: identificar os fatores de risco associados a apresentação pélvica, descrever a assistência dos profissionais de saúde no parto de apresentação pélvica e citar agravos pós parto em casos de apresentação pélvica.
2. METODOLOGIA
Com intuito de alcançar os objetivos da pesquisa, o método deste artigo consiste em uma revisão integrativa da literatura, sendo uma abordagem que permite sintetizar e analisar pesquisas existentes sobre o tema, promovendo uma compreensão abrangente das evidências disponíveis focando na viabilidade do parto vaginal em apresentação pélvica, assistência ao parto e prevenção de riscos associados a essa condição.
Segundo Souza (2010) devem ser seguidas seis etapas para a elaboração de uma revisão integrativa: primeiro a elaboração da pergunta norteadora, segundo busca ou amostragem na literatura, terceiro coleta de dados, quarto análise crítica dos estudos incluídos, quinto discussão dos resultados e por fim apresentação da revisão integrativa.
Para estruturar a pesquisa, utilizou-se a estratégia PICO, onde “P” refere-se à gestantes com fetos em apresentação pélvica, “I” planejamento do parto vaginal, “C” não se aplica e “O” viabilidade e segurança materno-fetal.
A busca foi executada em bases de dados reconhecidas, como SciELO-Scientific Electronic Library Online, PubMed- National Library of Medicine, Biblioteca Virtual em Saúde- BVS e a tradução dos descritores em DeCS/MeSH, utilizando os descritores “Breech Presentation” AND “Vaginal Birth”. Essa combinação booleana resultou em um total de 258 artigos. Filtrando artigos publicados entre 2014 a 2024, no idioma inglês, espanhol. Focando em mulheres grávidas, parto vaginal e apresentação pélvica, resultou em 89 artigos.
A seleção dos artigos foi realizada com base em critérios de inclusão de artigos publicados entre 2014 a 2024, no idioma inglês, espanhol os artigos incluídos responderam a finalidade do trabalho e excluídos os que fugiram do tema. Após a coleta de dados, serão elaborados quadros para uma análise esclarecedora, com intuito de melhorar a exemplificação da pesquisa.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após busca de acordo com os critérios mencionados, foram encontrados 89 artigos na base de dados PubMed-National Library of Medicine, desses foram excluídos 76 artigos que não se encaixavam nos objetivos dessa pesquisa. Após a leitura foram selecionados 12 artigos para compor os resultados desse estudo. Os quadros foram formulados com as seguintes variáveis: título, autor, ano, objetivo, característica da amostra, metodologia e principais resultados.
Quadro 1: Artigos que abordam a viabilidade do parto vaginal em casos de apresentação pélvica.
TITULO/ AUTORES/ ANO | OBJETIVO | CARACTERISTI- CA DA AMOSTRA | METODOLOGIA | PRINCIPAIS RESULTADOS |
Novel ThreeDimensional Body Scan Anthropome try versus MR- Pelvimetry for Vaginal Breech Delivery Assessment . DathanStumpf, A. et al. Publicado em: 25 de setembro de 2023 | Investigar se as medidas externas da pelve obtidas com pelvímetro e scanner corporal 3D se correlacionam com as da pelve por ressonância magnética. E avaliar as medidas para a previsão de um parto vaginal pélvico bem sucedido. | 73 gestações únicas com fetos em apresentação pélvica a termo (>36 semanas) planejando parto vaginal, entre abril de 2021 e junho de 2022. | Estudo Prospectivo Monocêntrico. | O estudo mostrou que a razão cintura/altura medida por escaneamento 3D previu melhor o sucesso do parto vaginal pélvico do que a pelvimetria por ressonância magnética. O scanner 3D se destacou como uma alternativa eficaz, rápida e não invasiva para essa avaliação. |
Maternal and neonatal outcome after vaginal breech delivery at term of children weighing more or less than 3.8 kg: A FRABAT prospective cohort study. Jennewein, L. et al. Publicado em: 23 de agosto de 2018 | Comparar os resultados maternos e neonatais de partos vaginais pélvicos pretendidos com crianças com peso ao nascer de 2,5 kg a 3,79 kg e crianças com peso ao nascer de 3,8 kg ou mais. | Número de participantes: 588 mulheres com gestação a termo e fetos em apresentação pélvica planejando parto vaginal. Divisão dos grupos: Grupo 1: 527 neonatos com peso ao nascer < 3,8 kg. Grupo 2: 61 neonatos com peso ao nascer ≥ 3,8 kg. | Estudo de coorte prospectivo. | O estudo concluiu que fetos ≥ 3,8 kg podem nascer por parto vaginal pélvico sem aumento de riscos, embora haja maior chance de cesariana durante o trabalho de parto. |
The influence of the fetal leg position on the outcome in vaginally intended deliveries out of breech presentation at term. A FRABAT prospective cohort study. Jennewein, L. et al. Publicado em: 2 de dezembro de 2019 | Comparar os resultados perinatais de partos vaginais pretendidos em posição pélvica entre nascimentos fora da posição pélvica franca e apresentação pélvica incompleta/co mpleta. | Gestantes em trabalho de parto de apresentação pélvica. | Estudo de coorte prospectivo. | O estudo analisou como a posição das pernas fetais influencia os resultados em partos vaginais de apresentação pélvica, mostrando implicações nas taxas de cesárea e resultados neonatais. |
Segundo Dathan et al. (2023) demonstraram que o parto vaginal pélvico planejado pode ser bem-sucedido em 56,9% dos casos quando acompanhado de avaliação criteriosa, utilizando tanto pelvimetria por ressonância magnética (RM) quanto medidas antropométricas tridimensionais (3D), esses recursos auxiliam na determinação das distâncias pélvicas internas. Curiosamente, a relação cintura/altura materna obtida por scanner 3D mostrou-se tão preditiva quanto a RM tradicional (AUC 0,71 versus 0,62), sugerindo que métodos mais acessíveis podem ser alternativas viáveis, especialmente em locais com recursos limitados.
A segurança neonatal neste contexto apresenta resultados contraditórios, enquanto Dathan et al. (2023) observaram escores de Apgar similares entre partos vaginais e cesáreas (9,2 versus 9,3), Jennewein et al. (2018) destacaram que fetos com peso superior a 3,8 kg tiveram maior risco de complicações no parto vaginal, incluindo distócia de ombro. Esta divergência sugere que o peso fetal deve ser cuidadosamente considerado no planejamento do parto.
Quanto aos resultados maternos, o estudo FRABAT (Frankfurt Breech at Term), de Jennewein et al. 2018, não encontrou diferenças significativas nas taxas de lesões perineais graves entre os partos vaginais de fetos maiores e menores (1,6% de lacerações de 3º/4º grau para <3,8kg versus 4,4% para ≥3,8kg, p=0,069), embora tenha havido uma tendência não significativa para maior risco nos fetos maiores. Esse dado é importante para o aconselhamento pré-natal, pois mostra que mesmo em fetos pélvicos com peso elevado, o parto vaginal não está associado a um aumento drástico de complicações maternas graves quando comparado à cesárea, que por sua vez traz seus próprios riscos imediatos e para gestações futuras.
Jennewein et al. (2019) complementa ao analisar especificamente como a posição das pernas fetais influencia os desfechos do parto vaginal pélvico. Os resultados demonstraram que a apresentação pélvica completa (com as pernas flexionadas) evidenciou menores taxas de complicações e maior probabilidade de sucesso no parto vaginal quando comparada às apresentações franca ou podálica. Curiosamente, o estudo também observou que mesmo nas apresentações menos favoráveis, a presença de equipes experientes foi capaz de mitigar parte dos riscos, corroborando com os achados de Homer et al. (2015) sobre a importância do treinamento obstétrico contínuo, mencionado no quadro 3.
Em síntese, a literatura sugere que o parto vaginal pélvico pode ser viável quando acompanhado de avaliação pélvica criteriosa (seja por RM ou métodos alternativos como scanner 3D); seleção adequada considerando peso fetal e características da gestação e suporte de equipe especializada. Estes elementos combinados podem favorecer tanto a segurança obstétrica quanto a satisfação materna.
Quadro 2: Artigos que discutem os fatores de risco associados à apresentação pélvica.
TITULO/ AUTORES/ ANO | OBJETIVO | CARACTERISTI–CA DA AMOSTRA | METODOLOGIA | PRINCIPAIS RESULTADOS |
Neonatal outcomes of planned vaginal delivery versus planned cesarean section for breech presentation at term: Populationbased study on 546,842 breech births across the United States between 2008 and 2017. Peeva, M et al. Publicado em 01 de Julho de 2024. | Avaliar os resultados de partos vaginais planejados com cesáreas planejadas em fetos com apresentação pélvica. | Todos os partos pélvicos únicos a termo de um bebê vivo sem anomalias congênitas foram identificados ( n = 546.842) e divididos em duas coortes: mulheres que tiveram um parto vaginal planejado ( n = 116.828) e mulheres que tiveram uma cesárea planejada ( n = 430.014). | Estudo retrospectivo de coorte populacional. | O estudo mostrou maior morbidade e mortalidade neonatal no parto vaginal pélvico, com mais internações na UTIN, ventilação assistida e baixos escores de Apgar. As mães também tiveram maior necessidade de transfusões sanguíneas. |
Does overweight and obesity have an impact on delivery mode and peripartum outcome in breech presentation ? A FRABAT cohort study”. Jennewein, L. et al. Publicado em: 18 de março de 2024. | Investigar se um IMC elevado leva a um aumento na morbidade perinatal em partos vaginais planejados em apresentação pélvica. | Estudo com 1.641 mulheres com gestação única em apresentação pélvica a termo (>37 semanas), divididas em dois grupos: IMC ≥ 25 kg/m² (sobrepeso/ob esidade) e IMC < 25 kg/m². | Estudo de coorte retrospectivo. | O estudo analisou o impacto do sobrepeso e da obesidade nos desfechos do parto em gestantes com bebês em apresentação pélvica. |
Risk factors for adverse outcomes in vaginal preterm breech labor. Toijonen, A. et al. Publicado em: 07 de agosto de 2020. | Avaliar os fatores de risco para resultados adversos em tentativas de partos pélvicos prematuros vaginais. | 762 partos pré-termo únicos em apresentação pélvica entre 32 + 0 e 36 + 6 semanas de gestação na Finlândia, de 2004 a 2017. | Estudo retrospectivo, baseado em registros nacionais. | O estudo analisou os riscos de desfechos adversos no parto vaginal pré-termo em apresentação pélvica, sugerindo que, em casos selecionados, pode ser uma alternativa viável sem aumento significativo da morbidade ou mortalidade neonatal. |
Relacionado aos fatores de risco, Peeva, et al. (2024), efetuou um estudo com 116.828 mulheres que tiveram parto vaginal pélvico planejado. Destas mulheres 399 apresentaram mortalidade neonatal, 6.279 realizaram admissões em unidade de UTIN, 749 tiveram necessidades de ventilação assistida e 930 possuíram pontuação de Apgar em 5 minutos de vida <3. Além disso 414 mulheres necessitaram de transfusão sanguínea.
Já nos casos de parto vaginal pélvico prematuro Toijonen et al. (2020) encontrou na prematuridade extrema (24 a 27 + 6 semanas) o maior resultado neonatal adverso a “Preterm Premature Rupture of Membranes” (PPROM) que ocorre quando o saco amniótico se rompe antes das 37 semanas de gestação. Em partos pélvicos muito prematuros (28 a 32 + 6 semanas), obesidade materna grave, oligoidrâmnio, anomalias congênitas e restrição de crescimento fetal foram associados a um risco maior de resultados neonatais adversos. Em partos pélvicos prematuros moderados a tardios (33 a 36 + 6 semanas), tabagismo materno, oligoidrâmnio, anestesia epidural e restrição de crescimento fetal foram identificados como fatores de risco.
Tratando-se sobre sobrepeso e obesidade no parto vaginal planejado de apresentação pélvica Jennewein et al. (2024) traz um estudo realizado com 1.641 mulheres, com idade média de 32 anos e índice de massa corporal (IMC) médio de 23,1kg/m. Para aplicar a pontuação foi utilizado o método PREMODA modificada que vem de um estudo europeu “Preinduction Methods of Labour” e a versão modificada da pontuação combina elementos da Escala de Bishop com critérios clínicos adicionais para avaliar melhor se o colo está favorável à indução, que avalia a dilatação, consistência e posição do colo uterino, presença de contrações, entre outros. As taxas obtidas foram de (nBMI: 1,97%, hBMI: 2,16%) sendo nBMI grupo de mulheres com IMC normal e hBMI mulheres com IMC alto.
Os resultados indicaram que, quando as gestantes são cuidadosamente selecionadas e o parto pélvico vaginal é realizado com a mãe em posição vertical, o sobrepeso e a obesidade não estão associados a um aumento na morbidade materna ou neonatal durante o periparto. Além disso, a redução das taxas de cesariana, especialmente em mulheres com sobrepeso e obesidade, pode ter um impacto positivo significativo na morbidade materna e neonatal.
Quadro 3: Artigos que evidenciam a assistência dos profissionais de saúde no parto de apresentação pélvica.
TITULO/AU TORES/ ANO | OBJETIVO | CARACTERIS TICA DA AMOSTRA | METODOLOGIA | PRINCIPAIS RESULTADOS |
External Cephalic Version—A Chance for Vaginal Delivery at Breech Presentatio n. Cobec, I. et al. Publicado em: 10 de novembro de 2022. | Identificar fatores associados ao sucesso da versão cefálica externa (VCE), sublinhar a taxa de sucesso da VCE para apresentação pélvica e destacar a alta taxa de parto vaginal após VCE bem sucedida. | Estudo retrospectivo com 113 gestantes de feto único em apresentação pélvica, submetidas à VCE entre janeiro de 2016 e março de 2021 na Clínica de Obstetrícia e Ginecologia do Diakoniekliniku m Schwäbisch Hall, Alemanha. | Estudo retrospectivo maternos e fetais. | O estudo destaca a importância da assistência adequada durante a versão cefálica externa (VCE) para aumentar as chances de parto vaginal em casos de apresentação pélvica. |
Physiologic al breech birth training: An evaluation of clinical practice changes after a one day training program. Mattiolo, S. et al. Publicado em: 2021. | Avaliar o pacote de treinamento “parto pélvico fisiológico” quanto ao seu impacto na confiança, no conhecimento e na prática clínica. | 263 profissionais de saúde de oito hospitais na Inglaterra e Irlanda do Norte. Dados de 1402 partos pélvicos analisados antes e depois do treinamento. | Estudo observacional. | O estudo mostra que o treinamento melhorou a confiança dos profissionais e incentivou posições verticais, otimizando a assistência ao parto pélvico. |
Women’s experiences of planning a vaginal breech birth in Australia. Homer, C. et al. Publicado em: 2015. | Explorar as experiências de mulheres que planejaram um parto vaginal pélvico na Austrália nos sete anos anteriores. | 22 mulheres australianas que planejaram um parto vaginal pélvico. | Estudo qualitativo. | O estudo mostra que mulheres que planejam parto vaginal pélvico enfrentam desafios, destacando a importância de apoio profissional e informações claras para viabilizar essa escolha. |
A assistência ao parto de apresentação pélvica permanece um desafio obstétrico, com estratégias que variam desde intervenções para conversão fetal até o treinamento de equipes e o respeito à autonomia da gestante. Os artigos analisados oferecem perspectivas complementares, diante dos assuntos abordados.
O estudo de Cobec et al. (2022), focado na VCE (versão cefálica externa), demonstra que essa técnica é segura e eficaz, com taxa de sucesso de 54,9% e que resulta em parto vaginal em 80,6% dos casos bem-sucedidos. O procedimento é realizado em ambiente hospitalar a partir da 37ª semana de gestação, após avaliação ultrassonográfica que verifica a posição fetal, características placentárias e volume de líquido amniótico, sendo obrigatório o consentimento informado da gestante. Durante a manobra, administra-se tocolítico por via intravenosa para reduzir a contratilidade uterina, enquanto o médico, sob monitoramento contínuo por cardiotocografia e ultrassom, realiza movimentos manuais específicos no abdômen materno para promover a rotação fetal. A intervenção é imediatamente suspensa em casos de dor materna intensa, alterações na frequência cardíaca fetal ou dificuldades técnicas, com posterior reavaliação do bem-estar fetal.
A eficácia do método está diretamente relacionada à experiência do profissional, paridade materna e condições anatômicas específicas, configurando-se como importante alternativa para reduzir taxas desnecessárias de cesárea. Entretanto, os autores destacam que mesmo quando bem-sucedida, a VCE não elimina a necessidade de preparo para eventual parto pélvico vaginal, evidenciando a importância de protocolos assistenciais flexíveis que considerem diferentes cenários. Apesar de seu embasamento em critérios clínicos robustos, a abordagem apresenta limitações quanto ao diálogo com as gestantes sobre suas preferências e expectativas, mantendo foco predominantemente técnico. Essa análise reforça o papel da VCE como primeira linha de manejo da apresentação pélvica, ao mesmo tempo que aponta para a necessidade de maior integração entre evidências científicas e aspectos psicossociais do cuidado obstétrico (Cobec et al. 2022).
A pesquisa de Mattiolo et al. (2021) destaca a importância de uma assistência qualificada e baseada em evidências para partos pélvicos vaginais, enfatizando a necessidade de treinamento específico para profissionais. Demonstrando que um programa de capacitação de um dia, focado no parto pélvico fisiológico, aumentou significativamente a confiança e o conhecimento dos profissionais, além de promover mudanças práticas, como o maior uso de posições verticais durante o parto (de 24% para 57%). A abordagem incluiu simulações, vídeos de partos reais e manobras específicas para lidar com complicações, como a desimpacção da cabeça fetal, reforçando a importância de um entendimento claro da fisiologia do parto pélvico. No entanto, apesar desses avanços, o treinamento isolado não foi suficiente para aumentar as taxas gerais de partos vaginais pélvicos, indicando a necessidade de suporte institucional contínuo e integração com protocolos hospitalares. Os autores ressaltam que a presença de profissionais capacitados durante o parto é crucial para reduzir desfechos adversos, destacando que a segurança e a eficácia do processo dependem não apenas de habilidades técnicas, mas também de um ambiente que valorize a escolha informada da gestante e a colaboração entre equipes multidisciplinares (Mattiolo et al. 2021).
Homer et al. (2015) analisaram as experiências de vinte e duas mulheres que planejaram um parto vaginal pélvico (PVP) na Austrália, revelando desafios significativos na assistência obstétrica. As participantes relataram dificuldades em encontrar profissionais capacitados e hospitais preparados para esse tipo de parto, evidenciando uma tendência à medicalização excessiva e à perda de habilidades nessa área. Muitas mulheres destacaram a importância de receber aconselhamento pré-natal equilibrado, já que frequentemente se sentiram pressionadas a optar por cesáreas devido a informações desproporcionais sobre os riscos.
Aquelas que tiveram sucesso no parto vaginal atribuíram o resultado positivo ao acesso a equipes experientes e ao suporte institucional adequado, enquanto as que enfrentaram complicações criticaram a falta de preparo para lidar com situações não rotineiras. Os relatos mostram que as mulheres valorizam informações claras e não coercitivas, especialmente quando os profissionais apresentam riscos e benefícios de forma equilibrada, sem alarmismo. O estudo revela que a autonomia e a oportunidade de tentar um parto vaginal, mesmo que eventualmente resultasse em cesárea intraparto, eram aspectos centrais para sua satisfação (Homer et al. 2015).
Esses achados destacam uma lacuna entre as evidências clínicas e a realidade assistencial, na qual a escassez de expertise em PVP limita as opções das gestantes. A pesquisa sugere que, além dos critérios técnicos, a viabilidade do parto pélvico vaginal depende de uma abordagem sistêmica que combine treinamento profissional contínuo, acesso a informações claras e respeito à autonomia da mulher, reforçando a necessidade de equilibrar segurança clínica e escolha informada (Homer et al. 2015).
A assistência ao parto pélvico exige multidimensionalidade, a VCE como estratégia preventiva, a capacitação contínua de equipes para PVP seguro e um diálogo aberto que valorize a autonomia das mulheres. A harmonização dessas abordagens pode reduzir cesáreas desnecessárias, garantir segurança clínica e promover satisfação materna, alinhando-se ao objetivo de uma assistência holística e baseada em evidências.
Quadro 4: Artigos que citam os agravos pós partoem casos de apresentação pélvica.
TITULO/ AUTORES/ ANO | OBJETIVO | CARACTERIS TICA DA AMOSTRA | METODOLOGIA | PRINCIPAIS RESULTADOS |
If the first child is breech, overall outcomes for families with two children are similar regardless of the mode of the first birth. Savchenko, J. et al. Publicado em: 16 de outubro de 2024. | Avaliar o efeito do modo do primeiro parto pélvico nos resultados do segundo parto e dos dois partos juntos. | 23.000 mulheres na Suécia que tiveram dois partos consecutivos, sendo o primeiro em apresentação pélvica. | Estudo retrospectivo baseado em registros nacionais suecos. | Os riscos maternos são semelhantes entre parto vaginal e cesárea no primeiro filho pélvico. O parto vaginal tem mais complicações iniciais para o bebê, mas menor risco no segundo filho, auxiliando decisões obstétricas. |
Maternal and neonatal outcomes in the following delivery after previous preterm caesarean breech birth: a national cohort study. Toijonen, A. et al. Publicado em: 02 de maio de 2021. | Determinar se há associação entre parto pélvico prematuro por cesariana na primeira gestação e morbidade materna e neonatal na gestação e parto subsequentes. | Mulheres que tiveram parto pré-termo por cesariana devido à apresentação pélvica. | Estudo de coorte nacional. | O estudo investigou os desfechos maternos e neonatais em gestações subsequentes após cesariana por apresentação pélvica. Os resultados indicam que essas mulheres têm maior risco de complicações como ruptura uterina e admissão neonatal em unidades de terapia intensiva. |
Term cesarean breech delivery in the first pregnancy is associated with an increased risk for maternal and neonatal morbidity in the subsequent delivery: a national cohort study. Macharey, G et al. Publicado em: Julho de 2020. | Determinar se há associação entre parto pélvico a termo por cesariana na primeira gestação e morbidades maternas e neonatais na gestação e parto subsequentes. | 11.953 mulheres na Finlândia com duas gestações únicas consecutivas, sendo a primeira em apresentação pélvica, entre janeiro de 2000 e dezembro de 2017. | Estudo de coorte retrospectivo. | O estudo destaca que a cesariana na primeira gestação pélvica aumenta riscos no segundo parto. A prevenção inclui avaliação criteriosa do modo de parto e monitoramento rigoroso na gestação seguinte. |
O estudo sueco de Savchenko et al. (2024) analisou os principais desfechos maternos em mulheres com um primeiro parto único que tiveram posteriormente outro parto único. Foram avaliados lesão perineal de quarto grau, hemorragia pós-parto necessitando de transfusão sanguínea, histerectomia ou morte. Para os desfechos neonatais, foram considerados natimorto, parto extremamente prematuro (menos de 28 semanas), encefalopatia hipóxia-isquêmica moderada a grave, hipotermia terapêutica ou morte.
Os resultados indicaram que, no primeiro parto, o desfecho neonatal composto afetou menos de 1% em ambos os grupos, mas o risco foi maior no grupo de parto vaginal (13 em 1.525) em comparação com o grupo de cesariana (27 em 21.537), com a razão de chances ajustadas de 7,06 (IC 95% 2,91–17,1). No segundo parto, o desfecho neonatal composto também afetou menos de 1% em ambos os grupos, mas o risco foi menor para o grupo cujo primeiro parto foi vaginal (3 em 1.525) em comparação com o grupo cujo primeiro parto foi cesariana (152 em 21.537), com a razão de chances ajustada de 0,26 (IC 95% 0,08–0,84) (Savchenko et al. 2024).
Toijonen et al.(2021) investigou os desfechos maternos e neonatais em parto pélvico prematuro vaginal com 421 mulheres, 63 (15%) tiveram um parto prematuro extremo anterior, 52 (12,4%) tiveram um parto muito prematuro anterior e 306 (72,7%) tiveram um parto prematuro moderado a tardio anterior. Os resultados indicaram que mulheres com histórico de cesariana pré-termo em apresentação pélvica foram as únicas a apresentar casos de ruptura uterina durante o parto subsequente. Por outro lado, entre aquelas que tiveram um parto vaginal pélvico pré-termo anterior, não houve ocorrência desse agravo.
Além disso, as mulheres com cesariana prévia apresentaram menor probabilidade de evoluir para um parto vaginal espontâneo, sendo mais frequentemente submetidas a parto cesáreo ou instrumental. Observou-se também que os recém-nascidos de mulheres sem histórico de parto vaginal apresentaram maior risco de internação em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), bem como maiores taxas de pH arterial umbilical inferior a 7,0, indicando maior comprometimento neonatal ao nascimento. Esses achados sugerem que uma cesariana pré-termo em apresentação pélvica pode influenciar negativamente os desfechos do parto subsequente, aumentando os riscos de complicações maternas e neonatais (Toijonen et al. 2021).
Macharey et al. (2020) trouxe em seu estudo 6.414 mulheres que tiveram um parto subsequente após cesariana pélvica e 1.768 que tiveram parto vaginal na primeira gestação. Foi observado que as mulheres com cesárea planejada tiveram um risco sete vezes maior de ter um parto cesáreo de emergência e uma extração a vácuo, cinco vezes maior de necessidade de transfusão sanguínea e quatro vezes maior de sofrer uma ruptura uterina durante o parto subsequente. Já os neonatos tinham um risco seis vezes maior de ter um pH arterial umbilical abaixo de sete, em comparação com as crianças nascidas após um parto pélvico vaginal anterior. Para mulheres que desejam ter mais de um filho, o parto vaginal em casos de apresentação pélvica pode ser uma escolha vantajosa.
Embora o estudo aponte um risco neonatal ligeiramente maior no primeiro parto vaginal em comparação com a cesariana, os desfechos no segundo parto foram mais favoráveis entre as mulheres que optaram inicialmente pelo parto vaginal. Essas apresentaram menor incidência de complicações neonatais graves no segundo nascimento. Quando os dois partos foram analisados em conjunto, os resultados adversos graves foram semelhantes em ambos os grupos, sugerindo que o parto vaginal, quando bem indicado e conduzido por equipe capacitada, pode ser uma alternativa segura e com bons desfechos materno-infantis a longo prazo. Portanto, é fundamental que profissionais de saúde considerem esses fatores ao planejar e conduzir partos subsequentes em mulheres com esse histórico obstétrico.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo buscou analisar a viabilidade do parto vaginal em casos de apresentação pélvica, identificando os fatores de risco associados, evidenciando a assistência adequada e citando os agravos pós-parto. A revisão integrativa realizada permitiu sintetizar e discutir as evidências disponíveis, destacando a importância de uma abordagem criteriosa e individualizada para garantir a segurança materno-fetal.
Demonstrando que o parto vaginal em apresentação pélvica é viável quando realizado com avaliação criteriosa, seleção adequada de casos e assistência especializada. Os principais achados destacam a importância de métodos como pelvimetria por ressonância magnética ou escaneamento 3D, além da versão cefálica externa (VCE) como estratégia para reduzir cesarianas desnecessárias. Fatores como peso fetal, posição das pernas do bebê e condições maternas, como obesidade e prematuridade, influenciam os resultados, reforçando a necessidade de individualização do cuidado.
A ideia inicial de que o parto vaginal pélvico pode ser seguro quando bem indicado e assistido foi confirmada pelos estudos analisados. No entanto, os resultados também destacaram a necessidade de cuidados específicos em casos de fetos com peso superior a 3,8 kg, nos quais os riscos podem ser maiores. Esses achados reforçam a importância de uma avaliação individualizada e multidisciplinar, evidenciando que o treinamento contínuo de equipes e o respeito à autonomia da gestante são essenciais para uma assistência segura e satisfatória.
Entre as limitações, observou-se a ausência de artigos em língua portuguesa, o que pode ter restringido a abrangência da revisão. Além disso, foram encontradas lacunas em relação a riscos específicos e medidas de prevenção, indicando a necessidade de mais pesquisas nessa área. Como sugestão, futuros estudos poderiam incluir pesquisas de campo que aprofundem os achados sobre o parto vaginal pélvico, especialmente em contextos locais, para melhor embasar a prática clínica.
5. REFERÊNCIAS
COBEC, Ionut Marcel et al. External cephalic version—A chance for vaginal delivery at breech presentation. Medicina, Basel, v. 58, n. 11, p. 1619, 10 nov. 2022. Disponível em: https://doi.org/10.3390/medicina58111619. Acesso em: 16 abr. 2025.
DATHAN-STUMPF, Anne et al. Novel three-dimensional body scan anthropometry versus MR-pelvimetry for vaginal breech delivery assessment. Journal of Clinical Medicine, Basel, v. 12, n. 19, p. 6181, 25 set. 2023. Disponível em: https://doi.org/10.3390/jcm12196181. Acesso em: 16 abr. 2025.
FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Assistência ao parto pélvico. Febrasgo Position Statement, n. 1, 2024. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/images/pec/FPS20240001_Portugus.pdf. Acesso em: 19 abr. 2025.
FREITAS, Fernando; SILVA, Alíssia Cardoso da; CUNHA FILHO, João Sabino et al. Apresentação pélvica. In: MARTINS-COSTA, Sérgio H. et al. (Org.). Rotinas em obstetrícia [recurso eletrônico]. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. cap. 23.
HOMER, Caroline S. E. et al. Women’s experiences of planning a vaginal breech birth in Australia. BMC Pregnancy and Childbirth, [S.l.], v. 15, n. 89, 11 abr. 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12884-015-0521-4. Acesso em: 16 abr. 2025.
JENNEWEIN, Lukas et al. Does overweight and obesity have an impact on delivery mode and peripartum outcome in breech presentation? A FRABAT cohort study. Archives of Gynecology and Obstetrics, v. 310, p. 285-292, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00404-024-07403-7. Acesso em: 19 abr. 2025.
JENNEWEIN, Lukas et al. Maternal and neonatal outcome after vaginal breech delivery at term of children weighing more or less than 3.8 kg: a FRABAT prospective cohort study. PLOS ONE, San Francisco, v. 13, n. 8, e0202760, 23 ago. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0202760. Acesso em: 16 abr. 2025.
JENNEWEIN, Lukas et al. The influence of the fetal leg position on the outcome in vaginally intended deliveries out of breech presentation at term – A FRABAT prospective cohort study. PLOS ONE, San Francisco, v. 14, n. 11, e0225546, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0225546. Acesso em: 16 abr. 2025.
MACHAREY, Georg et al. Term cesarean breech delivery in the first pregnancy is associated with an increased risk for maternal and neonatal morbidity in the subsequent delivery: a national cohort study. Archives of Gynecology and Obstetrics, [S. l.], v. 302, p. 85-91, 2020. DOI: 10.1007/s00404-020-05575-6. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00404-020-05575-6. Acesso em: 19 abr. 2025.
MATTIOLO, Stella et al. Physiological breech birth training: An evaluation of clinical practice changes after a one-day training program. Birth, v. 48, n. 4, p. 558-565, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1111/birt.12562. Acesso em: 16 abr. 2025.
PEEVA, Magdalena et al. Neonatal outcomes of planned vaginal delivery versus planned cesarean section for breech presentation at term: Population-based study on 546,842 breech births across the United States between 2008 and 2017. Journal of Gynecology Obstetrics and Human Reproduction, v. 53, p. 102827, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jogoh.2024.102827. Acesso em: 19 abr. 2025.
PINHEIRO, Sarah Carolina. O parto em apresentação pélvica sobre risco de morbidades neurológicas e mortalidade neonatal. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) – Escola de Ciências Sociais e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2023. Disponível em: https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/handle/123456789/6585. Acesso em: 19 abr. 2025.
SAVCHENKO, Julia et al. If the first child is breech, overall outcomes for families with two children are similar regardless of the mode of the first birth. Scientific Reports, v. 14, n. 24231, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41598-024-76433-7. Acesso em: 19 abr. 2025.
SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), São Paulo, v. 8, n. 1, p. 102–106, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/eins/a/ZQTBkVJZqcWrTT34cXLjtBx/?lang=pt. Acesso em: 19 abr. 2025.
TOIJONEN, Anna et al. Maternal and neonatal outcomes in the following delivery after previous preterm caesarean breech birth: a national cohort study. Journal of Obstetrics and Gynaecology, [S.l.], v. 42, n. 1, p. 49–54, jan. 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1080/01443615.2021.1871888. Acesso em: 16 abr. 2025.
TOIJONEN, Anna et al. Risk factors for adverse outcomes in vaginal preterm breech labor. Archives of Gynecology and Obstetrics, Cham, v. 303, n. 1, p. 93–101, jan. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00404-020-05731-y. Acesso em: 16 abr. 2025.
1Discente do curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário IESB. E-mail: kamilacsantos123@gmail.com
2Discente do curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário IESB. E-mail: lorrany.oliveira@iesb.edu.br
3Docente do curso de Enfermagem do Centro Universitário IESB. Mestre em Enfermagem pela Universidade de Brasília. Email: erlaynebrandaoenf@gmail.com