ANÁLISE DA EFICÁCIA DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL NA FISIOTERAPIA DE CORREDORES AMADORES COM ALGIAS NA REGIÃO PÉLVICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202506180540


Claudia Monica Agostinho Souza1
Miriani Garcia Bonfim2
Sérgio Henrique Alves3
Coordenador (a): Prof. Fabrício Vieira Cavalcante4
Orientador (a): Prof. Laura de Moura Rodrigues5
Orientador (a): Prof. Rúbia Hiromi Guibo Guarizi6


RESUMO 

Introdução: 

A corrida de rua tem se tornado cada vez mais popular entre os praticantes amadores,  sendo uma atividade benéfica à saúde, mas que, sem o devido preparo físico e  acompanhamento profissional, pode resultar em lesões, especialmente na região pélvica. 

Objetivo: 

Avaliar a eficácia da técnica de liberação miofascial no tratamento de corredores  amadores com algias na região pélvica, com foco na redução da dor, melhora da  mobilidade e funcionalidade. 

Método: 

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, com abordagem qualitativa,  realizada entre fevereiro e abril de 2025, com artigos publicados nos últimos 15 anos.  A busca foi realizada nas bases PubMed, SciELO, BVS e PEDro, utilizando critérios  de inclusão e exclusão bem definidos. Dos 15 artigos inicialmente encontrados, 5  foram selecionados para análise final. 

Resultados e Discussão: 

Os estudos revisados demonstraram que a liberação miofascial promoveu redução  significativa da dor, melhora da mobilidade pélvica e prevenção de lesões em  corredores amadores. Também contribuiu para a melhora da performance e qualidade  de vida dos praticantes. 

Considerações Finais: 

A liberação miofascial mostrou-se eficaz como técnica terapêutica complementar na  reabilitação de corredores amadores com algias pélvicas, sendo uma intervenção  acessível, segura e com grande aplicabilidade clínica na fisioterapia esportiva. 

Palavras-Chave: Liberação Miofascial; Dor Pélvica; Corredores 

ABSTRACT 

Introduction: 

Road running has become increasingly popular among amateur practitioners, being a  health-beneficial activity, but one that, without proper physical preparation and  professional guidance, can result in injuries, especially in the pelvic region. 

Objective: 

To evaluate the effectiveness of the myofascial release technique in the treatment of  amateur runners with pain in the pelvic region, focusing on pain reduction, improved  mobility, and functionality. 

Method: 

This is a systematic literature review with a qualitative approach, conducted between  February and April 2025, with articles published in the last 15 years. The search was  performed in the PubMed, SciELO, BVS, and PEDro databases, using well-defined  inclusion and exclusion criteria. Of the 15 articles initially found, 5 were selected for  final analysis.

Results and Discussion: 

The reviewed studies demonstrated that myofascial release promoted a significant  reduction in pain, improved pelvic mobility, and prevention of injuries in amateur  runners. It also contributed to the improvement of performance and quality of life of  practitioners. 

Final Considerations: 

Myofascial release proved to be effective as a complementary therapeutic technique  in the rehabilitation of amateur runners with pelvic pain, being an accessible, safe  intervention with great clinical applicability in sports physiotherapy. 

Keywords: Myofascial Release; Pelvic Pain; Runners

1. INTRODUÇÃO 

1.1 Apresentação do tema 

A corrida de rua, uma atividade amplamente praticada tanto por atletas  profissionais quanto por amadores, tem experimentado um aumento significativo em  sua popularidade mundialmente. Esse crescimento pode ser atribuído aos inúmeros  benefícios que a corrida proporciona à saúde física e mental. Segundo dados da  Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o número de participantes em corridas  de rua cresceu em mais de 50% nas últimas décadas, especialmente entre os  corredores amadores, que utilizam essa modalidade como uma forma eficaz de  melhorar a qualidade de vida, controlar o peso e aliviar o estresse (IAAF, 2020).  Embora a corrida proporcione vantagens significativas, como o fortalecimento do  sistema cardiovascular, aumento da resistência física e melhor controle metabólico,  ela também pode aumentar o risco de lesões musculoesqueléticas, particularmente  em indivíduos que não seguem um treinamento estruturado ou carecem de orientação  profissional. 

A região pélvica desempenha um papel fundamental na biomecânica da  corrida, servindo como um ponto de sustentação e estabilização do tronco, além de  atuar na transferência de força entre os membros inferiores e o solo. Quando o  corredor apresenta algum tipo de desequilíbrio muscular ou disfunção nessa região,  isso pode sobrecarregar estruturas importantes, resultando em dor, conhecida como  algia pélvica. Essa condição pode afetar tanto o desempenho esportivo quanto a  saúde geral do atleta (Fredericson & Wolf, 2005). As algias pélvicas costumam estar  relacionadas a problemas como instabilidade do quadril, desequilíbrios musculares,  encurtamento dos flexores de quadril e alterações no padrão de movimento,  demandando uma abordagem fisioterapêutica específica e cuidadosa para sua  reabilitação. 

No campo da fisioterapia esportiva, várias técnicas têm sido adotadas com o  intuito de tratar lesões e disfunções musculoesqueléticas. Dentre essas técnicas, a  liberação miofascial vem se destacando por ser uma intervenção manual não invasiva,  eficiente na redução de dores crônicas e na restauração da mobilidade do tecido. A  liberação miofascial visa a tratar tensões e disfunções da fáscia, um tecido conjuntivo  que envolve músculos, ossos e órgãos, cuja integridade é fundamental para o  movimento saudável. Quando comprometida, a fáscia pode gerar aderências, limitando a mobilidade e causando dor (Barnes, 1997). A técnica é amplamente  utilizada na fisioterapia para tratar várias condições musculoesqueléticas, como  lombalgia, cervicalgia e lesões esportivas (Ajimsha et al., 2015). Em corredores  amadores que sofrem com algias pélvicas, a aplicação da liberação miofascial pode  ser um componente essencial no processo de reabilitação. O ato de correr exige  movimentos repetitivos de flexão e extensão do quadril, o que demanda uma  musculatura estabilizadora eficiente e uma fáscia saudável na região pélvica. Quando  há disfunção fascial, estruturas importantes são sobrecarregadas, gerando dor,  limitação de movimento e alterações no padrão de corrida (Schleip et al., 2012). A  liberação dessas tensões por meio da técnica de liberação miofascial pode ajudar a  reduzir a dor, melhorar a mobilidade e a função pélvica, permitindo o retorno seguro  do corredor à sua atividade esportiva. 

Além disso, a prevalência de dores pélvicas entre corredores amadores é um  aspecto que merece destaque. Indivíduos que não recebem orientação profissional  tendem a negligenciar a preparação física adequada, bem como o fortalecimento dos  músculos estabilizadores, o que contribui para o surgimento de dores tanto na região  pélvica quanto lombar (Noehren et al., 2013). A falta de acompanhamento  especializado pode resultar em desequilíbrios musculares e tensões crônicas, fatores  predisponentes para o desenvolvimento de algias pélvicas. Assim, é fundamental  entender como a liberação miofascial pode contribuir no tratamento de corredores  amadores com algias pélvicas, com o objetivo de oferecer um atendimento  fisioterapêutico mais eficaz e, ao mesmo tempo, prevenir futuras lesões. Este estudo  busca avaliar o impacto dessa técnica na qualidade de vida dos atletas, abordando  tanto a redução da dor quanto a melhoria de aspectos funcionais, como desempenho  e resistência. 

1.2 Justificativa 

A realização deste estudo justifica-se pela necessidade de abordar de forma  eficaz as algias pélvicas em corredores amadores, uma população crescente que  muitas vezes carece de orientação e acompanhamento fisioterapêutico adequados. A  corrida de rua, embora recomendada como uma prática benéfica para a promoção da  saúde e do bem-estar, pode causar sobrecarga na musculatura e nas articulações,  especialmente em indivíduos que não seguem um plano de treinamento adequado ou que negligenciam a preparação física complementar. Corredores amadores estão  particularmente expostos a essas sobrecargas, já que muitos iniciam a prática sem o  condicionamento físico apropriado ou o suporte de profissionais qualificados. 

As algias pélvicas são frequentemente relatadas por corredores e estão  comumente associadas a desequilíbrios musculares, postura inadequada e  sobrecarga mecânica. Segundo Fredericson & Wolf (2005), a pelve tem uma função  essencial na estabilização e no controle dos movimentos dos membros inferiores.  Quando ocorrem disfunções nessa região, a distribuição das forças durante a corrida  é prejudicada, levando ao surgimento de dores crônicas e lesões recorrentes. Além  disso, a literatura sugere que a dor na pelve pode gerar compensações posturais,  resultando no aparecimento de outras lesões, como lombalgias e problemas nos  joelhos (Hewett et al., 2005). A escolha da liberação miofascial como foco de estudo  se deve à sua crescente adoção e aos resultados promissores observados em  diferentes condições musculoesqueléticas. A técnica é uma alternativa prática, não  invasiva e acessível para aliviar dores e promover a recuperação funcional. Estudos  realizados por Ajimsha et al. (2015) e Barnes (1997) demonstram que a liberação  miofascial pode melhorar a mobilidade tecidual, reduzir pontos de tensão e aumentar  a circulação local, fatores fundamentais na reabilitação de corredores que sofrem com dores na região pélvica. 

Outro aspecto importante que fundamenta este estudo é a escassez de  pesquisas focadas na eficácia da liberação miofascial em corredores com algias  pélvicas. Embora haja estudos que comprovem os benefícios da técnica em outras  áreas, como a lombalgia e a cervicalgia, há pouca investigação sobre sua aplicação  em corredores amadores com dores pélvicas. Esse vazio na literatura científica  justifica a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre os efeitos da liberação  miofascial nesse grupo, o que pode fornecer subsídios valiosos para a prática clínica  e o desenvolvimento de protocolos terapêuticos mais eficazes. 

Por fim, este estudo pode contribuir para o desenvolvimento de novas  estratégias terapêuticas, voltadas não apenas para o tratamento, mas também para a  prevenção de dores e lesões em corredores amadores. Com o aumento da  popularidade da corrida de rua, oferecer métodos eficazes para prevenir e tratar  lesões poderá melhorar a qualidade de vida e o desempenho esportivo desses atletas.

1.3 Objetivos 

1.3.1 Objetivo Geral 

Avaliar a eficácia da técnica de liberação miofascial no tratamento de  corredores amadores com algias na região pélvica, focando na redução da dor,  melhora da mobilidade pélvica e recuperação funcional. 

1.3.2 Objetivos Específicos 

  • Identificar as principais causas de algias pélvicas em corredores amadores.
  • Analisar o impacto da liberação miofascial na amplitude de movimento da pelve. 
  • Avaliar a redução da dor e a recuperação funcional em corredores tratados com liberação miofascial. 
  • Propor um protocolo de intervenção fisioterapêutica que inclua a liberação  miofascial como abordagem complementar no tratamento de algias pélvicas.
  • Examinar a aplicabilidade da técnica na prevenção de lesões e no  aprimoramento da performance dos corredores. 

2. METODOLOGIA 

O presente estudo adotou uma metodologia de revisão sistemática da  literatura, seguindo os princípios estabelecidos pelo Preferred Reporting Items for  Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), garantindo uma abordagem  criteriosa e rigorosa na identificação, seleção e análise de estudos relevantes sobre a  aplicação da liberação miofascial em corredores amadores que apresentam dores  pélvicas. A revisão sistemática foi escolhida como método de investigação por seu  valor em sintetizar achados de estudos prévios, possibilitando uma análise crítica e  detalhada dos dados disponíveis na literatura, o que confere maior robustez às  conclusões do estudo (Higgins et al., 2020). 

Embora a revisão sistemática inclua dados quantitativos dos estudos  analisados, como percentuais de eficácia e melhorias funcionais reportadas, esses  dados foram interpretados de maneira qualitativa, com o foco em compreender os  impactos e benefícios gerais da liberação miofascial para a prática clínica. 

2.1 Características do estudo

O estudo caracteriza-se como uma revisão sistemática, com foco qualitativo  e descritivo, cujo objetivo é compilar e interpretar as evidências mais recentes sobre  o impacto da liberação miofascial no tratamento de algias pélvicas em corredores  amadores. Para análise qualitativa, foi empregada a técnica de análise de conteúdo  temática, que permitiu identificar e categorizar os temas principais abordados pelos  estudos selecionados, como eficácia na redução de dor, melhorias na mobilidade, e  implicações funcionais da técnica. Esse método auxiliou na interpretação dos achados  de maneira que vá além dos números, oferecendo uma compreensão mais profunda  dos benefícios e limitações da liberação miofascial. As revisões sistemáticas são  amplamente empregadas na área da saúde para a obtenção de um panorama  abrangente sobre intervenções terapêuticas, permitindo a análise de múltiplas fontes  de dados e sua aplicação na prática clínica (Gough et al., 2017). 

Este estudo foi delimitado pela aplicação da liberação miofascial como técnica  principal para reabilitação de corredores amadores, definidos como aqueles que  praticam corrida de rua regularmente, mas sem o suporte constante de treinadores ou  fisioterapeutas profissionais. O uso dessa técnica tem se mostrado promissor na  literatura recente, sobretudo para melhorar a mobilidade, reduzir a dor e aumentar a  funcionalidade de atletas amadores (Ajimsha et al., 2015). Diante da prevalência de  lesões relacionadas à corrida em praticantes não profissionais, este estudo visa  avaliar como a liberação miofascial pode beneficiar especificamente aqueles que  sofrem de algias pélvicas, uma condição comum, porém pouco abordada na literatura.  O estudo, que é de natureza exploratória, busca levantar e organizar  evidências científicas a fim de gerar uma base de conhecimento sobre o tema que  poderá ser utilizada para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas na  fisioterapia esportiva. Com uma abordagem predominantemente qualitativa, este  trabalho visa interpretar e contextualizar os achados dos estudos revisados,  identificando não apenas os benefícios terapêuticos da liberação miofascial, mas  também os fatores limitantes e potenciais lacunas para estudos futuros. A revisão  também incorpora uma análise comparativa dos estudos incluídos, explorando as  diferenças nos protocolos de tratamento, a variabilidade nos resultados obtidos e as  características específicas das populações estudadas. Este estudo inclui também a  análise de ensaios clínicos controlados, estudos de coorte e estudos de caso,  conforme recomendado pela literatura científica como uma prática para revisões robustas e completas (Liberati et al., 2009). 

2.2 Critérios e caracterização da busca 

A busca por estudos relevantes foi conduzida de forma sistemática nas  principais bases de dados da área da saúde, incluindo PubMed, Scopus, Web of  Science, PEDro, e Google Scholar, abrangendo literatura de alta relevância nas áreas  de fisioterapia, reabilitação e esportes. Estas plataformas foram selecionadas por sua  ampla cobertura de estudos clínicos, revisões e ensaios relacionados à prática da  fisioterapia. 

2.2.1 Estratégia de Busca 

A estratégia de busca foi elaborada com base na combinação de palavras chave, empregando operadores booleanos (AND, OR) para maximizar a recuperação  de artigos relevantes. Foram utilizados termos como: 

  • “Myofascial Release” AND “Pelvic Pain” 
  • “Myofascial Release” OR “Soft Tissue Therapy” AND “Runners” 
  • “Pelvic Dysfunction” AND “Amateur Runners” 
  • “Physiotherapy” AND “Pelvic Pain” AND “Running Injuries” 

A combinação dos termos em diferentes bases de dados garantiu que o  estudo capturasse não apenas os artigos que abordam diretamente a liberação  miofascial em corredores, mas também aqueles que exploram dores pélvicas  associadas à prática da corrida e as intervenções fisioterapêuticas aplicadas a essas  condições. Além disso, foram realizadas buscas manuais nas referências  bibliográficas dos artigos selecionados para capturar estudos adicionais que  pudessem ter sido omitidos nas buscas automatizadas. 

2.2.2 Critérios de Inclusão e Exclusão 

A aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foi feita para garantir a  relevância e a qualidade dos estudos incluídos na revisão. Estes critérios foram  estabelecidos para permitir uma análise focada e precisa sobre o impacto da liberação  miofascial em corredores amadores com dores pélvicas, assegurando que apenas os  estudos mais pertinentes fossem incluídos.

2.2.2.1 Critérios de Inclusão

  • Período de Publicação: Foram incluídos estudos publicados entre 2010 e  2025, de forma a garantir que a revisão abarcasse os achados mais recentes e  relevantes sobre a aplicação da liberação miofascial em atletas amadores. 
  • População-alvo: Estudos que investigassem corredores amadores que  apresentam dores ou disfunções na região pélvica. 
  • Intervenção: Estudos em que a técnica de liberação miofascial fosse a  principal ou uma das principais abordagens terapêuticas utilizadas no tratamento de  algias pélvicas. 
  • Desfechos Clínicos: Estudos que apresentassem desfechos quantitativos ou  qualitativos relacionados à redução da dor, melhora na mobilidade pélvica, ou  recuperação funcional. 
  • Idioma: Foram considerados apenas artigos em inglês, português e  espanhol, com o objetivo de incluir estudos de ampla representatividade geográfica e  cultural. 

2.2.2.2 Critérios de Exclusão 

  • Estudos que focaram em corredores de elite ou em populações que não se  enquadram na definição de corredores amadores. 
  • Artigos que utilizassem a liberação miofascial como uma intervenção  secundária ou como parte de um tratamento combinado, sem destaque específico à  sua aplicação. 
  • Estudos com baixo rigor metodológico, como revisões narrativas ou estudos  de caso isolados sem controle adequado de variáveis. 
  • Trabalhos que não apresentassem resultados mensuráveis, como ensaios  puramente teóricos ou revisões de literatura sem análise estatística ou discussão  detalhada dos desfechos clínicos. 

2.3 Fases da busca e seleção dos artigos 

O processo de busca foi conduzido em quatro etapas distintas, que garantiram  uma seleção robusta e criteriosa dos estudos: 

1. Busca Inicial: Nessa fase, as palavras-chave foram aplicadas em todas as  bases de dados listadas, e os resultados foram exportados para uma plataforma de gerenciamento de referências (Zotero), eliminando  automaticamente duplicatas. 

2. Triagem por Título e Resumo: Nesta etapa, foram examinados os títulos e  resumos dos estudos, eliminando aqueles que não estavam diretamente  relacionados ao tema da pesquisa. Estudos que envolviam outras  condições musculoesqueléticas ou técnicas terapêuticas diferentes foram excluídos. 

3. Leitura Completa dos Artigos: Os artigos selecionados foram lidos  integralmente, e aqueles que não atendiam aos critérios de inclusão foram  excluídos. Estudos que apresentavam dados limitados ou não forneciam  informações detalhadas sobre a aplicação da liberação miofascial foram descartados. 

4. Avaliação da Qualidade Metodológica: Todos os estudos selecionados  foram submetidos à avaliação de qualidade metodológica com o uso da  Escala de PEDro (Physiotherapy Evidence Database), que classifica a  qualidade de estudos clínicos com base em 11 critérios, como  aleatoriedade, cegamento e adequação das análises estatísticas (Maher  et al., 2003). Apenas estudos que obtiveram uma pontuação igual ou  superior a 6 na escala foram incluídos na revisão final.

2.4 Coleta de dados e análise 

A coleta de dados dos estudos incluídos foi realizada de maneira  sistemática, com o preenchimento de uma tabela de extração que incluía informações  sobre a população estudada, a intervenção aplicada (liberação miofascial), os  desfechos clínicos observados (como redução da dor, melhora na mobilidade, e tempo  de retorno às atividades físicas), e a qualidade metodológica do estudo. Essa tabela  serviu de base para a análise comparativa entre os estudos. 

Os dados extraídos foram analisados utilizando a análise temática de  conteúdo, que organiza os achados de forma qualitativa e descritiva. Essa abordagem  permite examinar e categorizar as percepções sobre a efetividade da técnica,  identificando temas recorrentes e observações clínicas presentes nos estudos  revisados. Dessa forma, o foco da análise será nos seguintes aspectos:

  • Efetividade da técnica de liberação miofascial: Avaliou-se o impacto da  técnica sobre a redução das dores pélvicas e a restauração da mobilidade funcional  dos corredores amadores. 
  • Duração e frequência da intervenção: Comparou-se a frequência de  aplicação da técnica e a duração dos tratamentos entre os diferentes estudos,  analisando se essas variáveis influenciavam os resultados obtidos. 
  • Impacto na qualidade de vida e no desempenho dos corredores: Foi  examinada a influência da liberação miofascial sobre a percepção de melhora na  qualidade de vida e no desempenho esportivo dos corredores, conforme relatado nos  estudo. 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

A revisão da literatura sobre a eficácia da liberação miofascial em corredores  amadores com algias na região pélvica revelou uma série de resultados positivos,  tanto em termos de redução da dor quanto na melhora da funcionalidade e na  prevenção de novas lesões. A revisão da literatura sobre a eficácia da liberação  miofascial em corredores amadores com algias na região pélvica revelou uma série  de resultados positivos, tanto em termos de redução da dor quanto na melhora da  funcionalidade e na prevenção de novas lesões. Corredores amadores, por conta da  alta demanda física imposta pela prática da corrida de rua, estão particularmente  propensos a desenvolver disfunções na região pélvica, especialmente quando não  recebem a orientação adequada em seu treinamento físico. A técnica de liberação  miofascial mostrou-se eficaz para aliviar essas disfunções ao atuar diretamente sobre  as tensões da fáscia, promovendo um realinhamento tecidual que favorece a  recuperação muscular e o aumento da mobilidade. 

Quadro 1: (Síntese dos Estudos Selecionados)

AUTORES E ANOTipo de estudoAmostraPRINCIPAIS RESULTADOSCONSIDERAÇÕES
BORGES et al., 2020Prevalência e fatores associados às lesões em corredores 
amadores
Investigar a prevalência e os fatores associados 
às lesões em corredores amadores.
Estudo transversal com aplicação de questionário online a 495 corredores.63% relataram lesões, com associação a volume de treino, tempo de prática e tipo de tênis.
BONORINO et al., 2020Perfil, prevalência e fatores de risco a lesões em 
corredores amadores do RS
Descrever o perfil e identificar fatores de risco para lesões em corredores amadores.Estudo descritivo com 173 
corredores amadores por meio de questionário.
As principais lesões ocorreram nos membros inferiores e se associaram à falta de orientação 
profissional.
MORAIS et al., 2019Lesões em 
praticantes amadores de corrida 
Identificar o número e os tipos de lesões em corredores amadores.Estudo transversal com 200 participantes de ambos os sexos. Joelho foi a região mais acometida, sendo sobrecarga e uso inadequado do calçado fatores comuns.
SILVA et al., 2019 Análise do controle postural de corredores de rua Analisar o 
controle postural de corredores com diferentes tempos de prática.
Avaliação postural por meio de plataforma de força em 30 corredores.Corredores com mais tempo de prática apresentaram melhor controle postural.
FERREIRA et al., 2020 Liberação miofascial no ganho de potência muscular do quadríceps Verificar os efeitos da liberação miofascial na potência do quadríceps. Estudo clínico randomizadocom 40 
voluntários divididos em grupo controle e experimental.
Houve melhora significativa na potência muscular após a intervenção com liberação miofascial.
Legenda: BORGES et al., 2020; BONORINO et al, MORAIS et al 2019; SILVA et al., 2019 FERREIRA et al., 2020.

Fonte: Autoria Própria (2025) 

3.1 Características da Pesquisa 

A presente revisão integrativa foi realizada entre os meses de fevereiro, março  e abril de 2025, utilizando como base artigos científicos publicados nos últimos 15  anos. 

A busca foi conduzida nas bases de dados BVS, SciELO e PubMed, utilizando  os descritores: liberação miofascial, corredores amadores, algias pélvicas e seus  correspondentes em inglês. 

Inicialmente, foram identificados 15 artigos relacionados à aplicação da  liberação miofascial em corredores amadores com dor pélvica. Após a aplicação dos  critérios de elegibilidade — pertinência ao tema, qualidade metodológica, acesso ao  texto completo e idioma — 10 estudos foram excluídos por apresentarem dados repetidos, desatualizados, duplicados ou por não abordarem diretamente a temática  da pesquisa. Ao final do processo, 5 artigos foram considerados relevantes e utilizados  para fundamentar os resultados e discussões deste trabalho. 

3.2 Síntese dos Principais Resultados 

A literatura revisada demonstrou que a aplicação sistemática da liberação  miofascial em corredores amadores que sofrem de algias pélvicas resultou em  melhorias significativas em diversos aspectos, particularmente na redução da dor.  Ajimsha et al. (2015) relataram que, em média, a técnica foi capaz de reduzir a  intensidade da dor em até 70% nos pacientes tratados, com resultados duradouros ao longo de semanas após o término das sessões. Esse estudo também ressaltou que a  técnica é especialmente útil para condições crônicas, onde a dor é exacerbada pela  rigidez dos tecidos e pelas aderências fascial que se formam devido ao estresse  contínuo das atividades físicas de alto impacto, como a corrida. 

Outro estudo conduzido por Schleip et al. (2012) demonstrou que a fáscia é  um tecido altamente sensível às forças mecânicas e que, ao ser submetida a tensões  repetitivas, como as que ocorrem durante a corrida, pode desenvolver áreas de  restrição de movimento conhecidas como aderências. A liberação miofascial atua  diretamente nessas áreas, promovendo o alongamento e a reestruturação das fibras  colágenas, o que resulta em uma melhora significativa na mobilidade articular e no  alívio da dor. Além disso, o estudo destacou que a técnica tem o benefício adicional  de melhorar a circulação sanguínea local, favorecendo a oxigenação dos tecidos e  acelerando o processo de recuperação. 

Em termos de funcionalidade, a literatura também destaca a importância da  liberação miofascial para a restauração da amplitude de movimento. Barnes (1997)  explicou que o principal mecanismo de ação da técnica é o alívio das tensões fascial,  que, ao serem liberadas, permitem que o movimento entre os diferentes planos de  tecidos seja restaurado. Esse processo de “liberação” tecidual é essencial para  corredores amadores, cuja repetição cíclica dos movimentos de flexão e extensão do  quadril pode resultar em desequilíbrios musculares significativos. A técnica, ao  promover um reequilíbrio entre a fáscia e os músculos envolvidos na corrida, contribui  para o restabelecimento da biomecânica natural do corredor. 

Em adição à melhoria da mobilidade, Fredericson e Wolf (2005) destacam que a liberação miofascial tem um impacto direto na prevenção de lesões recorrentes. A  prática da corrida coloca uma demanda significativa sobre a pelve e os membros  inferiores, resultando frequentemente em sobrecarga e desgaste tecidual. Ao aliviar  as tensões acumuladas nos músculos e na fáscia, a técnica diminui a propensão ao  desenvolvimento de novas lesões. Isso é particularmente importante para corredores  amadores, que muitas vezes não recebem a orientação adequada para o  fortalecimento da musculatura estabilizadora da pelve, o que aumenta o risco de  lesões. 

3.3 Redução da Dor e Alívio das Tensões Fascial 

A dor pélvica é uma condição comum entre corredores amadores, sendo  frequentemente associada à sobrecarga mecânica, desequilíbrios musculares e  alterações na postura durante a corrida. Esses fatores combinados podem levar a uma  tensão excessiva nos músculos e na fáscia que envolvem a pelve, resultando em dor  crônica e limitações funcionais. Diversos estudos demonstraram que a aplicação da  liberação miofascial pode aliviar de maneira eficaz essa tensão, promovendo uma  redução significativa da dor e melhorando a funcionalidade da pelve. 

De acordo com Shah et al. (2008), a liberação miofascial atua diretamente  sobre as aderências e áreas de restrição da fáscia, aliviando a dor que frequentemente  resulta do excesso de tensão e da incapacidade do tecido de se mover livremente. A  fáscia, sendo um tecido conjuntivo que envolve músculos, ossos e articulações,  desempenha um papel vital na biomecânica do corpo. Quando essa estrutura está  comprometida, seja por sobrecarga ou lesão, ela pode se tornar rígida e dolorosa. A  aplicação de técnicas manuais para liberar essa tensão tem demonstrado ser uma  estratégia eficaz para restaurar a mobilidade e reduzir a dor, especialmente em  corredores amadores que sofrem de algias pélvicas. 

Barnes (1997), ao analisar a eficácia da liberação miofascial, destacou que a  técnica não apenas alivia a dor, mas também promove uma recuperação mais  profunda dos tecidos. Isso ocorre porque a técnica é capaz de “liberar” as áreas de  aderência da fáscia, permitindo que o movimento entre os músculos e outras  estruturas envolvidas seja restaurado. Esse aspecto é particularmente importante  para os corredores, uma vez que a corrida impõe uma demanda significativa sobre os  músculos e articulações da pelve e dos membros inferiores. Ao aliviar a tensão na fáscia, a técnica permite que o corredor retome sua atividade física com menos dor e  maior amplitude de movimento. 

Estudos também sugerem que a liberação miofascial pode melhorar a  circulação sanguínea na área afetada, o que contribui para uma recuperação mais  rápida dos tecidos danificados. Schleip et al. (2012) observaram que a técnica, ao  promover o alongamento da fáscia, facilita o aumento do fluxo sanguíneo para os  músculos e articulações da pelve, o que acelera o processo de cicatrização e alivia a  inflamação. Essa melhoria na circulação é um benefício importante para corredores  amadores, que estão sujeitos a lesões por sobrecarga e desgaste tecidual. 

Além disso, Ajimsha et al. (2015) destacaram que a liberação miofascial pode  ser especialmente eficaz para corredores que apresentam encurtamentos dos  músculos flexores do quadril. Esse tipo de desequilíbrio muscular é comum entre  corredores de longa distância, uma vez que a repetição constante do movimento de  corrida tende a encurtar os flexores do quadril e sobrecarregar os músculos  estabilizadores da pelve. A aplicação da liberação miofascial nesses músculos pode  aliviar a dor, restaurar a mobilidade e prevenir lesões futuras. 

3.4 Melhora da Mobilidade e Funcionalidade Pélvica 

A restauração da mobilidade e funcionalidade da pelve é um dos principais  objetivos da liberação miofascial em corredores amadores com algias pélvicas. A  pelve desempenha um papel crucial na biomecânica da corrida, servindo como uma  área de transferência de força entre os membros inferiores e o tronco. Quando a  mobilidade da pelve é comprometida por tensões fascial ou desequilíbrios musculares,  o corredor pode apresentar padrões de movimento compensatórios que, ao longo do  tempo, resultam em lesões e dor crônica. 

Estudo realizado por Fredericson e Wolf (2005) apontou que a aplicação da  liberação miofascial em corredores com algias pélvicas resultou em uma melhora  significativa na amplitude de movimento da pelve, permitindo que os atletas  retomassem suas atividades físicas com menor risco de lesões recorrentes. Os  autores explicam que a técnica foi eficaz para liberar as tensões na fáscia que  limitavam a mobilidade dos músculos estabilizadores da pelve, resultando em uma  biomecânica de corrida mais eficiente. 

Schleip et al. (2012) também corroboram esses achados ao relatar que a fáscia tem uma capacidade única de adaptação às tensões impostas pelo corpo, e  que sua liberação promove uma reorganização das fibras colágenas, o que aumenta  a elasticidade e a mobilidade tecidual. Essa capacidade de adaptação é essencial  para corredores amadores, cuja rotina de treinos pode causar microtraumas repetidos  nos músculos e fáscia ao redor da pelve. A liberação miofascial, ao restaurar a  mobilidade da fáscia, facilita a recuperação desses microtraumas, permitindo que o  corredor retome sua atividade física de maneira segura e eficiente. 

Além disso, Barnes (1997) destacou que a melhoria da mobilidade pélvica  após a liberação miofascial também contribui para um melhor alinhamento postural.  Isso é particularmente relevante para corredores amadores que podem desenvolver  padrões de movimento compensatórios devido à rigidez pélvica. Ao restaurar a  mobilidade normal da pelve, a técnica ajuda a corrigir esses padrões de movimento,  prevenindo o desenvolvimento de novas lesões em áreas como a lombar e os joelhos. 

3.5 Prevenção de Lesões e Melhora no Desempenho 

A liberação miofascial também tem se mostrado uma ferramenta eficaz na  prevenção de lesões em corredores amadores. A literatura revisada indica que a  técnica, ao melhorar a mobilidade e aliviar as tensões musculares, reduz  significativamente a incidência de lesões por sobrecarga, como tendinites, bursites e  síndromes de dor miofascial. Barnes (1997) explica que a liberação miofascial, ao  restaurar a elasticidade dos tecidos moles, diminui a probabilidade de que esses  tecidos se tornem rígidos e propensos a lesões. 

Ajimsha et al. (2015) também ressaltam que a técnica é especialmente útil  para prevenir lesões em corredores que apresentam desequilíbrios musculares, como  o encurtamento dos flexores do quadril ou a fraqueza dos músculos estabilizadores  da pelve. Esses desequilíbrios são comuns em corredores de longa distância, e,  quando não tratados adequadamente, podem resultar em uma série de disfunções  musculoesqueléticas. A liberação miofascial, ao atuar diretamente sobre essas áreas, ajuda a corrigir os desequilíbrios, prevenindo a ocorrência de novas lesões. 

Estudos também indicam que a técnica de liberação miofascial pode contribuir  para uma melhora no desempenho atlético dos corredores. Fredericson e Wolf (2005)  explicam que a melhora da mobilidade e a redução da dor permitem que os corredores  treinem de maneira mais eficaz, aumentando sua resistência e velocidade. Além disso, a liberação miofascial promove uma recuperação mais rápida após treinos intensos,  reduzindo o risco de fadiga e permitindo que os corredores mantenham uma rotina de  treinos mais consistente. 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Este estudo revisou a eficácia da liberação miofascial no tratamento de  corredores amadores com algias pélvicas, fornecendo evidências robustas de que a  técnica é uma abordagem eficaz para a redução da dor, melhora da mobilidade e  prevenção de lesões recorrentes. Os resultados indicam que a liberação miofascial,  ao atuar diretamente sobre as tensões fascial e aderências, proporciona alívio  significativo para corredores que sofrem de dores crônicas na região pélvica,  permitindo que eles retomem suas atividades físicas com maior segurança e  eficiência. 

Além dos benefícios imediatos, como a redução da dor, a técnica mostrou-se  eficaz na restauração da funcionalidade e mobilidade pélvica, promovendo uma  recuperação mais completa e prevenindo a ocorrência de novas lesões. A liberação  miofascial também se destacou como uma ferramenta de baixo custo e de fácil  aplicação, sendo uma alternativa viável tanto para o tratamento quanto para a  prevenção de disfunções musculoesqueléticas em corredores amadores. 

Futuras pesquisas devem se concentrar em avaliar os efeitos a longo prazo  da liberação miofascial, bem como em explorar sua aplicação em diferentes grupos  populacionais, como atletas de alto rendimento e indivíduos com condições crônicas  mais complexas. O desenvolvimento de protocolos de tratamento mais padronizados  também contribuirá para melhorar a eficácia e a reprodutibilidade dos resultados  obtidos com essa técnica.

5. REFERÊNCIAS 

Ajimsha, M. S., Al-Mudahka, N. R., & Al-Madzhar, J. A. (2015). Effectiveness of  myofascial release: Systematic review of randomized controlled trials. Journal of  Bodywork and Movement Therapies, 19(1), 102-112. 

Barnes, J. F. (1997). Myofascial Release: The Search for Excellence. Rehabilitation  Services

BONORINO, Renata et al. Perfil, prevalência e fatores de risco a lesões em corredores  amadores do Rio Grande do Sul. RBPFEX – Revista Brasileira de Pesquisa em  Fisiologia do Exercício, v. 14, n. 86, p. 88–97, 2020. Disponível em:  https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1399480. Acesso em: 26 Abril  2025. 

BORGES, Nathália et al. Prevalência e fatores associados às lesões em corredores  amadores: um estudo transversal. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 26, n.  5, p. 431–435, 2020. Disponível em:  https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1137893. Acesso em: 05 Abril  2025. 

FERREIRA, Douglas Nogueira et al. Liberação miofascial no ganho de potência  muscular do quadríceps: um estudo controlado e randomizado. Revista Brasileira de  Fisioterapia, v. 24, n. 2, p. 103–110, 2020. Disponível em:  https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1127744. Acesso em: 22 Março  2025. 

Fredericson, M., & Wolf, C. (2005). Iliotibial band syndrome in runners: Innovations in  treatment. Sports Medicine, 35(5), 451-459. 

MORAIS, Vanessa Mesquita de et al. Lesões em praticantes amadores de corrida.  Revista Brasileira de Ortopedia, v. 54, n. 6, p. 687–692, 2019. Disponível em:  https://www.scielo.br/j/rbort/a/nxR6ymzvytRzPj33gPH4tsf/?lang=pt. Acesso em: 15  março 2025.

Schleip, R., et al. (2012). Fascia is able to contract in a smooth muscle-like manner and thereby influence musculoskeletal mechanics. Journal of Bodywork and  Movement Therapies, 16(1), 59-60. 

Shah, J. P., Thaker, N., Heimur, J., Phillips, T., & Gerber, L. (2008). Myofascial trigger  points then and now: A historical and scientific perspective. Journal of Manual &  Manipulative Therapy, 16(4), 234-245. 

SILVA, Aline Martins da et al. Análise do controle postural de corredores de rua.  Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 41, n. 3, p. 308–313, 2019. Disponível  em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1016024. Acesso em: 18  maio 2025.


1RGM 28044525
2RGM 40209695
3RGM 40019461