MECHANICAL COMPLICATIONS OF ACUTE MYOCARDIAL INFARCTION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202506121236
Bruno Rubem Pereira1
Fernando Bittencourt Marins Corrêa1
Thiago Dos Santos Sá Muniz1
Mauricio Cupello Peixoto2
RESUMO
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morbimortalidade cardiovascular no mundo, e suas complicações mecânicas representam desafios clínicos significativos. Este artigo revisa as principais complicações mecânicas associadas ao IAM incluindo ruptura do septo interventricular, ruptura do músculo papilar e aneurisma ventricular, abordando sua fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. A análise da literatura evidencia que, apesar dos avanços no manejo do IAM, essas complicações continuam a impactar negativamente o prognóstico dos pacientes, exigindo diagnóstico precoce e intervenções rápidas, muitas vezes cirúrgicas. A compreensão aprofundada dessas condições é fundamental para otimizar o cuidado clínico e melhorar os desfechos em pacientes pós-infarto.
Palavras-Chave: Infarto Agudo do Miocárdio. Complicações mecânicas. Prognóstico cardíaco.
ABSTRACT
Acute Myocardial Infarction (AMI) is one of the leading causes of cardiovascular morbidity and mortality worldwide, and its mechanical complications represent significant clinical challenges. This article reviews the main mechanical complications associated with AMI, including ventricular septal rupture, papillary muscle rupture, and ventricular aneurysm, addressing their pathophysiology, diagnosis, and treatment. Literature analysis shows that despite advances in AMI management, these complications continue to negatively impact patient prognosis, requiring early diagnosis and rapid interventions, often surgical. A thorough understanding of these conditions is essential to optimize clinical care and improve outcomes in post-infarction patients.
Keywords: Acute Myocardial Infarction. Mechanical complications. Cardiac prognosis.
RESUMEN
El Infarto Agudo de Miocardio (IAM) es una de las principales causas de morbimortalidad cardiovascular en el mundo, y sus complicaciones mecánicas representan desafíos clínicos significativos. Este artículo revisa las principales complicaciones mecánicas asociadas al IAM, incluyendo ruptura del tabique interventricular, ruptura del músculo papilar y aneurisma ventricular, abordando su fisiopatología, diagnóstico y tratamiento. El análisis de la literatura evidencia que, a pesar de los avances en el manejo del IAM, estas complicaciones continúan impactando negativamente el pronóstico de los pacientes, requiriendo diagnóstico precoz e intervenciones rápidas, muchas veces quirúrgicas. La comprensión profunda de estas condiciones es fundamental para optimizar el cuidado clínico y mejorar los resultados en pacientes post-infarto.
Palabras-clave: Infarto Agudo de Miocardio. Complicaciones mecánicas. Pronóstico cardíaco.
INTRODUÇÃO
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma condição crítica causada pela interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte do coração, resultando na morte do tecido cardíaco. Apesar dos avanços na ciência médica e tecnologia, o IAM continua sendo uma causa significativa de morbidade e mortalidade em todo o mundo (IBANEZ et al., 2018; BARBARASH et al., 2021).
Um dos principais aspectos que complicam o manejo e o prognóstico do IAM é o desenvolvimento de complicações mecânicas. Essas complicações surgem de danos estruturais ao tecido cardíaco após um IAM e podem ter implicações profundas nos resultados dos pacientes (DAMLUJI et al., 2021; MURPHY; GOLDBERG, 2022). O IAM é uma das principais causas de morbimortalidade cardiovascular mundial, e as complicações mecânicas associadas, como ruptura do septo interventricular, ruptura do músculo papilar, aneurisma ventricular, entre outras, ainda representam um desafio clínico significativo (HULL; TOLIS JR., 2024; GRANDE; MAZZOLA, 2019). Diante disso, surge o questionamento: quais são as principais complicações mecânicas do IAM e como elas impactam o prognóstico e o tratamento dos pacientes?
As complicações mecânicas do IAM englobam uma variedade de problemas, incluindo, mas não se limitando à ruptura do septo ventricular, ruptura do músculo papilar, formação de aneurisma ventricular e disfunção do ventrículo esquerdo. Essas complicações podem levar a instabilidade hemodinâmica, insuficiência cardíaca, arritmias e até mesmo morte súbita (GONG et al., 2021; ELBADAWI et al., 2019).
Compreender a fisiopatologia, apresentação clínica, diagnóstico e manejo das complicações mecânicas pós IAM é crucial para os profissionais de saúde envolvidos no cuidado desses pacientes. O reconhecimento precoce e a intervenção adequada podem impactar significativamente nos resultados e melhorar as taxas de sobrevivência globais (DAMLUJI et al., 2021; LATTUCA; CAYLA, 2022).
Este trabalho tem como objetivo explorar as diversas complicações mecânicas que podem surgir após um infarto agudo do miocárdio, aprofundar-se em seus mecanismos subjacentes, discutir abordagens diagnósticas e revisar estratégias de manejo atuais. Ao elucidar essas complicações, busca-se contribuir para o avanço do conhecimento clínico e aprimorar o cuidado ao paciente no contexto do IAM agudo.
O objetivo geral é analisar as complicações mecânicas mais frequentes associadas ao IAM e sua influência no prognóstico e tratamento dos pacientes. Especificamente, pretende-se identificar as principais complicações mecânicas, como ruptura do septo interventricular, ruptura do músculo papilar e aneurisma ventricular; avaliar a fisiopatologia e mecanismos envolvidos; analisar o impacto dessas complicações no prognóstico, incluindo taxas de mortalidade e necessidade de intervenções médicas; e investigar as estratégias de diagnóstico e tratamento, destacando abordagens cirúrgicas e não cirúrgicas (MONTRIEF et al., 2019).
As complicações mecânicas do Infarto Agudo do Miocárdio representam um importante desafio na prática clínica, podendo levar a quadros graves e impactar significativamente o prognóstico dos pacientes. Este estudo é relevante para ampliar o conhecimento sobre essas complicações, contribuindo para melhorar a abordagem diagnóstica, terapêutica e prognóstica dos pacientes com IAM. Além disso, a compreensão aprofundada das complicações mecânicas pode auxiliar na identificação precoce, prevenção e tratamento adequado, resultando em melhores desfechos clínicos (DAMLUJI et al., 2021; ELBADAWI et al., 2019).
METODOLOGIA
Esta pesquisa trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cuja finalidade é reunir e sintetizar os conhecimentos científicos disponíveis sobre as complicações mecânicas associadas ao infarto agudo do miocárdio (IAM), com ênfase na sua fisiopatologia, impacto clínico, diagnóstico e estratégias de tratamento. A revisão integrativa permite a incorporação de estudos com diferentes metodologias, possibilitando uma compreensão ampla do fenômeno estudado.
Etapas da revisão
A elaboração da revisão seguiu as seguintes etapas metodológicas, conforme proposta por Mendes, Silveira e Galvão (2008):
- Identificação do tema e formulação da questão norteadora;
- Estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão;
- Definição das fontes de informação e estratégias de busca;
- Seleção dos estudos;
- Extração dos dados;
- Análise e apresentação dos resultados.
- Questão norteadora
A pergunta que orientou esta revisão foi: “Quais são as principais complicações mecânicas do infarto agudo do miocárdio, seus mecanismos fisiopatológicos, impacto prognóstico e abordagens terapêuticas?”
Critérios de inclusão e exclusão
Foram incluídos estudos:
- Publicados entre os anos de 2015 e 2025;
- Escritos nos idiomas português, espanhol ou inglês;
- Disponíveis na íntegra;
- Que abordassem, direta ou indiretamente, as complicações mecânicas do IAM, incluindo ruptura do septo interventricular, ruptura de músculo papilar, aneurisma ventricular, disfunção valvar, entre outras.
Foram excluídos:
- Artigos duplicados;
- Estudos com enfoque exclusivamente pediátrico ou em animais;
- Trabalhos sem relação com o tema (ex: complicações elétricas ou metabólicas do IAM).
Bases de dados utilizadas
As buscas foram realizadas nas seguintes bases de dados eletrônicas:
- PubMed/MEDLINE
- SciELO
- Google Scholar (em caráter complementar)
Estratégias de busca
As palavras-chave utilizadas foram combinadas com operadores booleanos, utilizando os seguintes descritores em inglês e português:
- “Mechanical complications” AND “myocardial infarction”
- “Complicações mecânicas” AND “infarto agudo do miocárdio”
- “Ventricular septal rupture” OR “Papillary muscle rupture”
- “Left ventricular aneurysm” AND “treatment” OR “management”
Seleção e análise dos estudos
A triagem inicial baseou-se na leitura dos títulos e resumos. Em seguida, os artigos selecionados foram lidos na íntegra e analisados criticamente quanto à sua relevância, nível de evidência e contribuição para o tema. As informações extraídas foram organizadas em uma tabela contendo: título do artigo, autores, ano de publicação e principais resultados encontrados.
A análise dos dados foi feita de forma descritiva, destacando os principais achados sobre as complicações mecânicas do IAM, suas manifestações clínicas, impacto prognóstico e as recomendações terapêuticas propostas pelos autores.
RESULTADOS
Após a busca, foram identificados 123 artigos. Em seguida, realizou-se a leitura dos títulos e resumos, sendo excluídos os estudos duplicados, que não atendiam ao tema da pesquisa ou não estavam disponíveis na íntegra. Posteriormente, os artigos restantes foram avaliados na íntegra, de acordo com os critérios de elegibilidade previamente definidos: publicações entre 2015 e 2025, escritas em português, inglês ou espanhol, com texto completo disponível e que abordassem especificamente as complicações mecânicas do IAM em adultos.
Ao final, foram incluídos 10 estudos para compor a amostra final da revisão integrativa. O fluxograma a seguir ilustra detalhadamente esse processo de seleção.
Fluxograma (baseado no PRISMA).

Fonte: Os Autores.
A presente revisão integrativa analisou artigos científicos que abordam as complicações mecânicas decorrentes do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Os estudos selecionados apresentam uma ampla visão sobre a fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e prognóstico dessas complicações, incluindo ruptura do septo interventricular, ruptura do músculo papilar, aneurisma ventricular e disfunção grave do ventrículo esquerdo. Além disso, os artigos destacam a importância da detecção precoce, da intervenção cirúrgica oportuna e das estratégias multidisciplinares no manejo dessas condições, evidenciando seus impactos na morbimortalidade dos pacientes. A síntese dos achados de cada estudo está apresentada na tabela a seguir, facilitando a visualização dos principais resultados e contribuições de cada publicação para a compreensão do tema.
Tabela 1: Complicações Mecânicas no Infarto Agudo do Miocárdio – Artigos Utilizados
TÍTULO | AUTOR(ES) | ANO | PRINCIPAIS RESULTADOS |
Clinical practice guidelines for Acute coronary syndrome without ST segment elevation | Barbarash OL et al. | 2021 | Estabelece diretrizes práticas para o tratamento da síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST, enfatizando a importância do diagnóstico precoce e intervenção oportuna para prevenir complicações. |
Guidelines for the management of acute myocardial infarction in patients presenting with ST-segment elevation | Ibanez B et al. | 2018 | Fornece diretrizes europeias atualizadas sobre o manejo do IAM com supradesnivelamento do ST, incluindo tratamento farmacológico, reperfusão e cuidados pós-infarto. |
Mechanical Complications of Myocardial Infarction | Hull TD; Tolis Jr G | 2024 | Aborda as principais complicações mecânicas pós-IAM, como ruptura do septo, músculo papilar e aneurismas, destacando a necessidade de intervenções cirúrgicas precoces. |
Mechanical complications of myocardial infarction | Murphy A; Goldberg S | 2022 | Revisa a fisiopatologia e o manejo das complicações mecânicas do IAM, com foco na importância da abordagem multidisciplinar para melhorar o prognóstico. |
Mechanical Complications of Acute Myocardial Infarction | Grande AM; Mazzola A | 2019 | Discute técnicas cirúrgicas e avanços recentes no tratamento de complicações como ruptura ventricular, ressaltando a urgência na intervenção. |
Mechanical complications of acute myocardial infarction: a review | Gong FF et al. | 2021 | Revisão abrangente que destaca as complicações mecânicas do IAM como eventos raros, porém fatais, com alta taxa de mortalidade, mesmo com tratamento. |
Mechanical complications of acute myocardial infarction: a not “mechanical” preventive and therapeutic strategy | Lattuca B; Cayla G | 2022 | Argumenta que estratégias preventivas e tratamento precoce não são apenas mecânicos, mas também envolvem decisões clínicas antecipadas e baseadas em risco. |
Mechanical complications of acute myocardial infarction: a scientific statement from the American Heart Association | Damluji AA et al. | 2021 | Documento oficial da AHA que define e classifica as complicações mecânicas do IAM, além de apresentar recomendações terapêuticas baseadas em evidências. |
Temporal trends and outcomes of mechanical complications in patients with acute myocardial infarction | Elbadawi A et al. | 2019 | Estudo que avalia tendências temporais e desfechos de complicações mecânicas em IAM evidenciando redução na incidência, mas persistência de alta mortalidade. |
Mechanical, inflammatory, and embolic complications of myocardial infarction: An emergency medicine review | Montrief T et al. | 2019 | Revisão destinada à medicina de emergência, cobrindo complicações mecânicas, inflamatórias e embólicas pós-IAM, com enfoque no diagnóstico rápido e manejo inicial. |
Fonte: Os Autores.
DISCUSSÃO
As complicações mecânicas do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) continuam sendo uma das causas mais devastadoras de desfechos clínicos adversos, mesmo diante dos avanços diagnósticos e terapêuticos na cardiologia moderna. O presente estudo evidenciou, por meio da análise integrativa da literatura, que tais complicações, embora menos frequentes com o advento do tratamento reperfusional precoce, ainda representam eventos com alta mortalidade, exigindo rápida identificação e intervenção (GRANDE; MAZZOLA, 2019; GONG et al., 2021).
Entre as complicações mais frequentemente abordadas nos artigos analisados, destacam-se: a ruptura do septo interventricular, a ruptura do músculo papilar e o aneurisma ventricular. A ruptura septal, por exemplo, embora rara, está associada a instabilidade hemodinâmica grave e choque cardiogênico, demandando intervenção cirúrgica emergencial. Gong et al. (2021) ressaltam que a ruptura do septo geralmente ocorre entre 3 a 5 dias após o evento isquêmico, especialmente na ausência de reperfusão, e apresenta mortalidade superior a 90% quando não tratada.
A ruptura do músculo papilar, por sua vez, leva à insuficiência mitral aguda, resultando em edema pulmonar fulminante e insuficiência cardíaca severa. De acordo com Murphy e Goldberg (2022), essa complicação ocorre com maior frequência nos infartos de parede inferior que envolvem a artéria coronária direita, que irriga a parede posterior do ventrículo esquerdo e o músculo papilar posterior. O tratamento padrão envolve correção cirúrgica da valva mitral, muitas vezes com necessidade de implante valvar, além de suporte circulatório intensivo.
O aneurisma ventricular, geralmente localizado na parede anterior do ventrículo esquerdo, é outra complicação estrutural importante. Embora menos letal de forma aguda, pode evoluir com disfunção ventricular, arritmias e formação de trombos intracavitários, aumentando o risco de eventos embólicos (HULL; TOLIS JR., 2024). A formação do aneurisma está fortemente relacionada à extensão do infarto e à ausência de intervenção precoce, segundo evidenciado por Elbadawi et al. (2019).
Outra questão amplamente discutida é a relação entre o tempo até a reperfusão e a ocorrência das complicações mecânicas. Estudos apontam que o atraso no atendimento aumenta significativamente o risco de rupturas estruturais, reforçando a importância de campanhas de conscientização pública e melhoria no acesso aos serviços de emergência (DAMLUJI et al., 2021; MONTRIEF et al., 2019).
Adicionalmente, a literatura destaca que a identificação precoce das complicações depende fortemente da vigilância clínica e do uso adequado de ferramentas diagnósticas, como ecocardiograma transtorácico, cateterismo cardíaco e, em casos selecionados, ressonância magnética cardíaca (IBANEZ et al., 2018). O diagnóstico precoce é essencial para o encaminhamento rápido à cirurgia, pois o retardo pode levar a deterioração hemodinâmica irreversível.
A abordagem terapêutica das complicações mecânicas é predominantemente cirúrgica, o que requer equipes multidisciplinares treinadas e centros com infraestrutura adequada. A presença de choque cardiogênico, com necessidade de suporte mecânico circulatório (como ECMO ou balão intra-aórtico), também está descrita como preditor de pior prognóstico (LATTUCA; CAYLA, 2022).
Apesar da evolução na assistência, o prognóstico dos pacientes com complicações mecânicas do IAM ainda é reservado, e a mortalidade intra-hospitalar permanece elevada, mesmo com intervenção cirúrgica. Barbarash et al. (2021) afirmam que a mortalidade varia entre 40 a 60% nas melhores condições de tratamento, evidenciando o impacto clínico dessas complicações.
É relevante destacar o papel da educação médica continuada e da padronização de protocolos assistenciais como estratégias fundamentais para a melhoria dos desfechos. A literatura sugere que a capacitação de profissionais da saúde para reconhecer sinais precoces e implementar intervenções oportunas é determinante para reduzir a mortalidade (CALADO; DOS SANTOS, 2022).
CONCLUSÃO
As complicações mecânicas do Infarto Agudo do Miocárdio, embora menos frequentes na era da reperfusão precoce, permanecem como eventos clínicos graves, com alta taxa de mortalidade e morbidade. As principais manifestações, como a ruptura do septo interventricular, a ruptura do músculo papilar e o aneurisma ventricular, representam verdadeiras emergências médicas e exigem diagnóstico rápido, abordagem multidisciplinar e, na maioria dos casos, tratamento cirúrgico imediato.
A análise integrativa da literatura evidenciou que o atraso no reconhecimento dessas complicações, bem como a ausência de protocolos bem estabelecidos, pode comprometer significativamente o prognóstico dos pacientes. Por outro lado, a utilização de ferramentas diagnósticas adequadas e a atuação de equipes especializadas aumentam consideravelmente as chances de sobrevida.
É imprescindível que profissionais da saúde estejam atentos aos sinais clínicos sugestivos de complicações mecânicas pós-IAM e que serviços de saúde estejam preparados para oferecer suporte avançado, incluindo intervenção cirúrgica de urgência. Além disso, investimentos em educação médica continuada e estrutura hospitalar são fundamentais para a melhoria dos desfechos clínicos.
Conclui-se, portanto, que o conhecimento aprofundado sobre essas complicações, sua fisiopatologia, apresentação clínica e manejo, é essencial para o aprimoramento da prática médica e para a redução da mortalidade associada ao Infarto Agudo do Miocárdio.
REFERÊNCIAS
BARBARASH, O. L. et al. Clinical practice guidelines for Acute coronary syndrome without ST segment elevation. Russian Journal of Cardiology, v. 26, n. 4, p. 44-49, 2021. DOI: 10.15829/1560-4071-2021-4-44-49.
IBANEZ, B. et al. 2017 ESC Guidelines for the management of acute myocardial infarction in patients presenting with ST-segment elevation: The Task Force for the management of acute myocardial infarction in patients presenting with ST-segment elevation of the European Society of Cardiology (ESC). European Heart Journal, v. 39, n. 2, p. 119-177, 2018. DOI: 10.1093/eurheartj/ehx393.
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GRANDE, A. M.; MAZZOLA, A. Mechanical Complications of Acute Myocardial Infarction. In: Operative Techniques and Recent Advances in Acute Care and Emergency Surgery. p. 583-593. 2019. DOI: 10.1007/978-3-030-10794-7_33.
GONG, F. F. et al. Mechanical complications of acute myocardial infarction: a review. JAMA Cardiology, v. 6, n. 3, p. 341-349, 2021. DOI: 10.1001/jamacardio.2020.5143.
LATTUCA, B.; CAYLA, G. Mechanical complications of acute myocardial infarction: a not “mechanical” preventive and therapeutic strategy. Journal of Thoracic Disease, v. 14, n. 8, p. 2732, 2022. DOI: 10.21037/jtd-22-635.
DAMLUJI, A. A. et al. Mechanical complications of acute myocardial infarction: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation, v. 144, n. 2, p. e16-e35, 2021. DOI: 10.1161/CIR.0000000000000930.
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MENDES, Kátia Drielly Stroppa; SILVEIRA, Rosângela Carla dos Santos; GALVÃO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 758–764, out./dez. 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018
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1Acadêmico(a). Universidade do Grande Rio Afya – Duque de Caxias, RJ, Brasil.
2Docente. Universidade do Grande Rio Afya – Duque de Caxias, RJ, Brasil.