REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202506061651
Hiago Aparecido dos Santos
RESUMO
APARECIDO DOS SANTOS, Hiago. A implementação de sistemas integrados de gestão empresarial (SIGES/ERP) como ferramenta estratégica: impactos, desafios e benefícios nos setores público e privado. 26 f. Trabalho de Conclusão de Curso de Tecnólogo em Gestão de Tecnologia da Informação . Faculdade de Tecnologia de Jundiaí – “Deputado Ary Fossen”. Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Jundiaí. 2025.
Este artigo analisa os impactos, benefícios e desafios da implementação de sistemas de Enterprise Resource Planning (ERP) em instituições públicas e privadas. Com base em revisão bibliográfica e estudos de caso, a pesquisa visa compreender como esses sistemas contribuem para a modernização da gestão e o aumento da eficiência operacional. No setor privado, os ERPs otimizam processos e impulsionam a competitividade; no setor público, promovem transparência, integração de dados e melhor alocação de recursos. O estudo conclui que os benefícios — como redução de custos, melhoria na tomada de decisões e padronização de processos — superam os desafios de adoção, incluindo altos custos, resistência à mudança e complexidade técnica. A conclusão destaca que, quando adequadamente planejados e apoiados por treinamento interno, os ERPs tornam-se ferramentas estratégicas essenciais. Pesquisas futuras são incentivadas a explorar a influência de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e Internet das Coisas, na evolução de sistemas integrados.
Palavras-chave: sistemas integrados de gestão; ERP; tecnologia da informação; gestão empresarial; setor público e privado.
ABSTRACT
APARECIDO DOS SANTOS, Hiago. The implementation of enterprise resource planning systems (SIGES/ERP) as a strategic tool: impacts, challenges, and benefits in the public and private sectors. 26 p. End-of-course paper in Technologist Degree in Information Technology Management. Faculdade de Tecnologia de Jundiaí – “Deputado Ary Fossen”. Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Jundiaí. 2025.
This paper analyzes the impacts, benefits, and challenges of implementing Enterprise Resource Planning (ERP) systems in public and private institutions. Based on a literature review and case studies, the research aims to understand how these systems contribute to management modernization and increased operational efficiency. In the private sector, ERPs optimize processes and boost competitiveness; in the public sector, they promote transparency, data integration, and better resource allocation. The study finds that the benefits — such as cost reduction, improved decision-making, and process standardization — outweigh the adoption challenges, including high costs, resistance to change, and technical complexity. The conclusion highlights that, when properly planned and supported by internal training, ERPs become essential strategic tools. Future research is encouraged to explore the influence of emerging technologies, such as artificial intelligence and the Internet of Things, on the evolution of integrated systems.
Keywords: integrated management systems; ERP; information technology; business management; public and private sectors.
1. INTRODUÇÃO
A gestão empresarial tem passado por constantes mudanças nos últimos anos, principalmente pelo advento da internet e pela necessidade do mercado, que exige eficiência, integração e cria competitividade. Assim, os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (SIGEs), também conhecidos como ERP (Enterprise Resource Planning), surgem como ferramentas facilitadoras capazes de otimizar, integrar e centralizar informações, sendo ferramentas importantes na modernização da gestão empresarial.
A implementação desses sistemas tem, sobretudo, gerado benefícios como a redução dos custos operacionais e agilidade nas tomadas de decisões. No entanto, ainda assim, a adoção de SIGEs não está isenta de desafios, que variam desde resistências internas, mudanças organizacionais a obstáculos técnicos.
Desse modo, este trabalho tem como objetivo analisar os impactos, benefícios e desafios da implementação de SIGEs em empresas privadas e instituições públicas, utilizando como base estudos de caso e reflexões teóricas, fundamentadas a partir de pesquisa bibliográfica. Assim, busca-se compreender como esses sistemas podem contribuir para a eficiência operacional e a modernização da gestão empresarial.
Por fim, espera-se que este trabalho contribua para o debate acadêmico e prático sobre a adoção de sistemas integrados de gestão e possa ser utilizado futuramente como arcabouço teórico de outras pesquisas.
2. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EMPRESARIAL
De acordo com Cautella e Polloni (1996) sistemas de informação gerencial, são todos os sistemas destinados a satisfazer as necessidades gerenciais de uma empresa de forma automatizada e eficiente. Os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, ou ERPs (Enterprise Resource Planning), começaram a ser desenvolvidos nas décadas de 1960 e 1970 com esse objetivo, automatizar e melhorar a eficiência de processos específicos em empresas (Cautella; Polloni, 1996).
Os autores Laudon e Laudon (2001) afirmam que em 1950 já era possível utilizar um sistema de folha de pagamento computadorizado, automatizando esse processo e trazendo mudanças, sobretudo, na parte técnica. Contudo, os autores concordam que os sistemas de informação voltados para o controle gerencial começaram a surgir a partir da década de 1960 (Laudon; Laudon, 2001).
Nessa década, os sistemas de gerenciamento atuavam principalmente na área de manufatura, com o MRP (Material Requirements Planning), o Planejamento das Necessidades de Materiais. Os primeiros MRP surgiram no final da década de 60, porém é na da década de 70 que passaram a ser amplamente utilizados (Campos, 2006). O objetivo principal dos sistemas MRP era gerenciar o estoque e fornecer suporte ao planejamento da produção e das compras (Colangelo, 2001).
Com o tempo, esses sistemas evoluíram para o MRP II (Manufacturing Resource Planning) nos anos 1980, o MRP II passou a englobar recursos materiais, aspectos financeiros, orçamentos e custeio de produção. Incorporando ao MRP funções adicionais como o controle de chão de fábrica e planejamento de recursos (Campos, 2006).
Na década de 90, com a necessidade de integrar diferentes áreas de negócios em um mercado cada vez mais competitivo, e com a ascensão da tecnologia da informação, o MPR II passou por uma nova ampliação, abrangendo novas funções como finanças, recursos humanos, vendas e logística, assegurando maior agilidade e redução de custos. O novo sistema passou então a ser chamado de ERP (Enterprise Resources Management), (Gerenciamento dos Recursos Empresariais). Devido à grande amplitude do sistema, este passou a abranger, além do planejamento, as atividades de execução e controle (Colangelo, 2001). No Brasil, os sistemas ERP começaram a ser implementados em meados da década de 1990, resultado da expansão de empresas estrangeiras no país (Haberkorn, 2003).
Nos anos 2000, a era da Internet aumentou a demanda por maior integração, o que acabou por impulsionar o desenvolvimento de sistemas mais complexos. Trazendo consigo mudanças significativas na estrutura tecnológica dos sistemas integrados de gestão. Dessa forma, foi incluído nos Sistemas, a integração com clientes (CRP), como por exemplo o CRM (Customer Relationship Management) e o SCM (Supply Chain Management) (Silva; Oliveira, 2021).
A partir de 2010, com o avanço da computação em nuvem, os ERPs começaram a ser oferecidos como serviços baseados na nuvem, resultando em redução de custos e aumentando a flexibilidade para empresas até mesmo de pequeno porte (Silva; Oliveira, 2021).
Os ERPs são sistemas para planejamento integrado de recursos, incluindo todos os setores de uma empresa. Servem para automatizar a gestão empresarial desde as operações básicas até os níveis mais estratégicos das empresas. A TechEnciclopedya (2011), define ERP como sendo:
[…] um sistema de informações integrado que serve a todos os departamentos em uma empresa. Tendo sido desenvolvido a partir de indústrias de manufatura, o ERP implica no uso de pacotes de software ao invés de sistemas desenvolvidos internamente ou apenas para um cliente. Os módulos do ERP podem ser capazes de interagir com outros sistemas da organização com grau de dificuldade variável e, dependendo do fornecedor, o ERP pode ser alterado através de programação (Silva, 2023).
Portanto, o grande trunfo do ERP foi a possibilidade de relação com uma base de dados que integra todas as partes da empresa. Além disso, houve avanço tecnológico em sua estrutura. Jakovljevic (2000) afirma que o sistema possui capacidade de operar em um ambiente cliente-servidor com uma base de dados única. Nessa arquitetura de cliente-servidor o cliente lida com a interface e o servidor com o banco de dados, podendo ser em duas ou três camadas. O autor também constata que “o ERP usa bancos de dados relacionais acessíveis via SQL e interfaces gráficas, contrastando com os antigos MRP que usavam interfaces baseadas em caracteres” (Campos, 2006).
Nos dias atuais, os Sistemas Integrados de Gestão estão cada vez mais interligados com novas tecnologias, como por exemplo, a inteligência artificial e big data, o que acaba por oferecer funções avançadas de automação e análise preditiva (Silva; Oliveira, 2021).
2.1 Tipos de Sistemas Integrados de Gestão
O Sistema Integrado de Gestão (SIG) trata da combinação de processos, procedimentos e práticas que uma empresa ou organização adota para alcançar seus objetivos de maneira mais econômica, eficaz e segura. Os sistemas integrados são: “uma plataforma de software desenvolvida e implantada para desempenho e integração dos diversos departamentos de uma corporação”. A adoção de um sistema integrado é fundamental para que uma empresa caminhe em direção ao seu propósito, sua visão, de forma mais planejada e estruturada (Ferro; Neto, 2002).
Os Sistemas Integrados de Gestão servem para incorporar diversas funções e processos de uma empresa em uma única plataforma centralizada. E existem vários tipos no mercado, podendo ser classificados com base em sua abrangência e funcionalidades (Laudon; Laudon, 2020):
● ERP – É o tipo mais abrangente e conhecido entre os outros. Também é conhecido pelo nome Sistema Integrado de Gestão Empresarial. Sua principal característica é a integração com diversas áreas da empresa, como finanças, RH, produção, logística, vendas e estoque, em uma única plataforma, proporcionando uma visão completa para a empresa ou organização.
● CRM – Sistemas focados na gestão do relacionamento com clientes, portanto, o CRM vai permitir acompanhar, organizar e analisar as interações com clientes atuais e potenciais. O que pode ser usado para melhorar as estratégias de marketing e vendas.
● SCM – Esses sistemas são voltados para gestão da cadeia de suprimentos, acompanhando toda a trajetória do produto, desde a compra de insumos ou matérias-primas até a entrega do produto final. Esse sistema é voltado para otimização de logística e processos de produção.
● HCM (Human Capital Management) – Sistemas voltados para a gestão de recursos humanos.
● BI (Business Intelligence) – Sistemas para processamento e análise de dados, sendo utilizado como ferramenta de tomada de decisões estratégicas, utilizando dashboards, relatórios e análises preditivas (Laudon; Laudon, 2020).
O ERP é o Sistema Integrado de Gestão mais utilizado pelas empresas, e também o mais estudado por pesquisadores. Ele integra e incorpora várias funcionalidades, como já foi mencionado. É importante, portanto, focar no ERP para que seja possível responder a indagação inicial acerca da fundamental importância do Sistema integrado de gestão empresarial para instituições públicas e/ou privadas.
Há várias definições e características atribuídas aos sistemas ERP, considerando diferentes perspectivas:
Eles são sistemas de informação integrados, comercializados como pacotes de software, cujas definições podem ser agrupadas de acordo com seu enfoque tecnológico ou de negócios. Sob o enfoque tecnológico é dada ênfase nas características técnicas do ERP. No enfoque de negócios é dada ênfase maior nos aspectos ligados à gestão da empresa, como a criação de um modelo de negócios baseado no sistema, a integração de processos, a grande abrangência funcional dos sistemas, o apoio às decisões estratégicas e táticas e o monitoramento do desempenho em tempo real (Limas et al., 2009).
Dessa forma, é importante compreender que o ERP funciona como uma espécie de banco de dados, onde as informações interagem e se conectam. Essa integração traz inúmeros benefícios, como será exemplificado mais a frente.
2.2 Aplicações dos SIGEs em Diferentes Setores
O Sistema Integrado de Gestão Empresarial, também conhecido como ERP, pode ter diferentes aplicações, a depender de critérios como por exemplo: o modo de implementação, a área de aplicação, e o tamanho da empresa (CAMPOS, 2006).
Os Sistemas ERPs mais tradicionais podem ser: 1. Locais – ERP Local (On-Premise). Neste sistema, a estrutura é disposta diretamente no próprio ambiente da empresa ou organização. Adequado para grandes empresas que necessitam de alto nível de customização e controle. 2 – ERP na Nuvem (Cloud-Based ERP). Neste Sistema, os servidores são hospedados remotamente e acessados pela internet. Oferecendo flexibilidade, escalabilidade e menores custos iniciais, sendo este o ERP ideal para empresas que não desejam investir em infraestrutura interna. E por último, temos o híbrido que combina elementos dos dois tipos de ERP, local e na nuvem (Koch; Baatz, 1999).
Ainda, os ERP podem ser utilizados em setores como a manufatura, saúde e educação. No setor de manufatura o Sistema é utilizado para otimizar a produção, assegurando que os produtos sejam fabricados e entregues de forma eficiente. Na área da Saúde, os Sistemas de ERP e também o anteriormente mencionado HCM, são utilizados, em atividades como: acompanhar o ciclo de receitas, prontuários eletrônicos e até a logística de suprimentos médicos. No setor da Educação, os sistemas são bastante utilizados para gerenciar assuntos relativos tanto à administração acadêmica, quanto à financeira, como por exemplo atividades de: finanças, recursos humanos, matrículas, e a interação com estudantes. Existem várias outras utilizações para os ERPs, dada a sua imensa possibilidade de uso (Davenport, 2000). Abaixo está algumas das possibilidades do uso de Sistemas ERPs e seus benefícios:
Figura 1: As possibilidades dos sistemas ERP

Essas possibilidades tornam o ERP uma ferramenta essencial para as empresas que buscam eficiência, competitividade e crescimento contínuo e planejado. Como por exemplo, no setor informativo o Sistema ERP “disponibiliza instantaneamente a informação para os departamentos que dela precisam”, dessa forma, há a melhora na agilidade da comunicação.
2.3 Benefícios e Desafios na Implementação de SIGEs
A adoção de Sistemas ERP é algo complexo que pode trazer tanto benefícios, quanto desafios. Assim como outros investimentos feitos pela empresa, a implementação desse sistema requer uma abordagem cuidadosa. Antes de agir, é importante que a empresa esteja bem preparada para receber o Sistema, e que realize um planejamento bem elaborado, considerando, principalmente, os fatores internos e externos do seu fluxo de trabalho organizacional para que dessa forma o processo tenha sucesso (Silva, 2023).
Os fatores internos que devem ser analisados incluem: a cultura da organização, o porte da empresa, o orçamento disponível para investimentos, a habilidade de se adaptar a mudanças, a complexidade dos processos empresariais e a qualificação dos recursos humanos para implementar e administrar o sistema ERP. Por outro lado, os fatores externos englobam a competição no mercado, as inovações tecnológicas, as regulamentações governamentais e as expectativas dos clientes. É necessário levar todos esses aspectos em conta, para que a empresa possa tomar uma decisão racional sobre a viabilidade da implementação do sistema (Silva, 2023).
2.3.1 Benefícios
A implementação de Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (SIGEs) ou ERP, pode trazer inúmeros benefícios. Entre os maiores benefícios está: a integração dos sistemas, que permite que a empresa tenha um controle panorâmico sobre toda a organização; a atualização tecnológica; a redução de custos e o fornecimento de informações de qualidade em tempo real para a tomada de decisões em toda a cadeia produtiva (Souza, 2000).
Um dos benefícios mais atraentes para as grandes empresas é a integração. Visto que pode proporcionar a possibilidade de as empresas integrarem e padronizarem as informações de diferentes unidades geograficamente dispersas. Além disso, possibilita a padronização dos sistemas nas diferentes áreas da empresa (Limas et al., 2009).
De acordo com Lozinsky (1996) os ERPs oferecem vários benefícios, sendo estes: a diminuição dos custos e da equipe de TI; o acesso a informações em tempo real; a redução de mão-de-obra devido à simplificação dos processos administrativos e à geração de relatórios gerenciais; a integração de diversos setores da empresa; padronização de processos e a modernização tecnológica (Souza, 2000).
Abaixo estão descritos alguns possíveis benefícios ao incorporar o ERP em uma organização ou empresa:
❖ Melhoria de qualidade em produtos e serviços;
❖ Realização de objetivos e metas da empresa;
❖ Economia de tempo e custos;
❖ Transparência dos processos internos;
❖ Fortalecimento da imagem da empresa e a participação no mercado;
❖ Maior controle dos riscos com acidentes ambientais;
❖ Satisfação de clientes, funcionários e acionistas;
❖ Satisfação dos critérios dos investidores e melhoria do acesso ao capital;
❖ Aumento da competitividade;
❖ Assegurar às partes interessadas o comprometimento com uma gestão ambiental demonstrável;
❖ Redução e controle de custos ambientais;
❖ Oportunidades para conservação de recursos e energia;
❖ Melhoria do relacionamento com todas as partes interessadas (clientes, acionistas, fornecedores, governos e funcionários);
❖ Prevenção de falhas ao invés de suas correções (Ferro; Neto, 2002)
O Sistema ERP traz benefícios em 3 grandes setores do seu escopo: 1- por ser
De acordo com Bancroft et al. (1998) os benefícios trazidos pelos SIGEs são, entre outros: a integração dos diferentes setores, a utilização de um único sistema para toda a empresa, e a possibilidade de “melhores práticas” para modificar os processos da empresa, modernizando-os. Os autores também destacam como benefício a melhoria na qualidade das informações fornecidas pelo sistema, possibilitada pelo uso de um banco de dados corporativo único, o filtro de informações pertinentes, consequentemente melhora a eficiência da empresa (Bancroft et al., 1998).
Davenport (1998) cita a integração da informação em toda a empresa, a padronização de procedimentos e a eliminação de inconsistências entre diferentes sistemas como benefícios fundamentais dos sistemas empresariais. Segundo o autor, o sistema ERP é tão atrativo para as empresas, por causa da possibilidade que ele oferece para resolver problemas como: a fragmentação da informação. Com a adoção de um único sistema integrado, possibilita a redução de custos de manutenção de sistemas dispersos e obsoletos, e também elimina os custos associados à transferência de informações entre diferentes sistemas e/ou setores (Davenport, 1998).
Os autores Slack, Chambers e Johnston (2002) afirmam que o benefício mais importante é a possibilidade de a empresa manter ligação com o mundo exterior. Visto que, “é muito mais fácil para uma operação mover-se para transações via Internet se ela puder integrar seus sistemas de Internet externos aos seus sistemas internos de ERP” (Limas et al., 2009).
2.3.2 Desafios
Apesar dos benefícios apresentados, a implementação de Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, pode enfrentar alguns desafios e problemas. A implementação de um sistema ERP exige que as empresas estejam dispostas a realizar mudanças significativas em seus processos organizacionais, de negócios e, principalmente, em sua cultura. A adoção desses sistemas representa um processo de transformação organizacional, que envolve modificações nas tarefas e responsabilidades dos indivíduos e departamentos, e nas relações entre os diferentes setores da empresa (Limas et al., 2009).
Abaixo estão descritas alguns dos desafios e desvantagens na implantação dos Sistemas Integrados de Gestão:
❖ Altos custos que, muitas vezes, não comprovam a relação custo/benefício;
❖ Dependência do fornecedor do pacote;
❖ Adoção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e a padronização entre as empresas de um segmento;
❖ Alto custo com a customização e a implantação;
❖ Implementação demorada, uma solução de ERP não fica pronta da noite para o dia;
❖ Risco de prejuízo financeiro ou de desempenho com erros ou falhas inesperadas do sistema;
❖ Possíveis problemas com suporte e manutenção, caso o fornecedor do software venda ou encerre suas atividades;
❖ Dependência, que pode dificultar as atividades da empresa quando o sistema permanecer ou ficar, por algum motivo, indisponível (Ferro; Neto, 2002).
A principal desvantagem dos sistemas ERP é a grande dificuldade para a sua implementação, os processos podem ser demorados e levar até mesmo anos para se completar. E essa dificuldade deriva das profundas mudanças organizacionais, dado que as empresas precisam abandonar o foco em uma visão hierárquica e departamental, para se adaptar a uma perspectiva orientada a processos, que envolve várias atividades que integram os departamentos. Além disso, muitas vezes as empresas precisam ajustar seus procedimentos para adequar às funcionalidades do sistema (Souza, 2000).
A implementação de sistemas ERP podem encarar outros problemas. Os autores Kim Lee e Gosain (2005), e Zwicker e Souza (2003), afirmam que as principais dificuldades se referem “à atualização constante do sistema, o gerenciamento das diversas versões e a falta de recursos humanos para execução do projeto de implantação”. Dessa forma, os benefícios precisam ser consolidados com comprometimento e dedicação da equipe de Tecnologia da Informação. Para que as vantagens superem os obstáculos da implementação prolongada e o investimento na aquisição desses sistemas. Trazendo produtividade com possibilidade de aumento de potencial estratégico e diferencial competitivo a médio e longo prazo (Limas et al., 2009).
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nos últimos anos, muitas empresas se atraíram pelos benefícios e implementaram Sistemas ERP. Esperando resultados como: melhoria da eficiência e da eficácia das operações, implementação de novos modelos e integração de processos, controle e redução de custos, melhorias no uso da informação, fidelização de cliente, e aumento de lucratividade e produtividade (Maas; Fenema; Soeters, 2012).
3.1 Impacto dos SIGEs em Instituições Públicas
No caso do setor público do Brasil, o maior obstáculo são os problemas técnicos e estruturais de TI. Isso porque seus sistemas de informação, geralmente “são grandes, diversos, bem espalhados, não amigáveis, não integrados e frequentemente envelhecidos” (Freitas; Moresi, 2019). Dessa forma, passou a existir no setor público diversas iniciativas em adotar os sistemas integrados como uma forma de amenizar os problemas mencionados. (MAAS; FENEMA; SOETERS, 2012). Um dos motivos que fez com que a administração pública optasse por implementar sistemas ERP, foi para acompanhar a mesma dinâmica empresarial do setor privado (Catellino; Botter; Itelvino, 2009).
Apesar dos benefícios, a adoção de SIGEs por parte dos órgãos públicos ainda é lenta, devido a obstáculos como: priorização do setor privado por parte dos fabricantes de ERP, investimentos consideravelmente altos, implantação prolongado e com mudanças drásticas no processo organizacional (Freitas; Moresi, 2019).
Contudo, apesar das adversidades, houve um esforço de diversos órgãos públicos optando pela implementação de um sistema ERP. Com esses esforços para implementar os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial na esfera pública, os obstáculos foram vencidos e resultados foram alcançados, como por exemplo: a melhoria da eficiência operacional, maior agilidade nas tomadas de decisão, maior integração de funcionários e informações para demais atividades críticas e, também a diminuição de custos (Freitas; Moresi, 2019).
Outro fator importante auxiliado pela adoção dos Sistemas, foi a transparência nos processos administrativos, que era alvo de insatisfação e pressão popular. Dessa forma, a adoção dos SIGEs resultou em uma gestão mais eficaz dos recursos públicos, facilitando o controle financeiro, o gerenciamento de ativos, a padronização de procedimentos e a integração de departamentos. Além disso, a adoção de SIGEs, tornou as informações centralizadas, que proporcionou uma melhor coordenação entre departamentos e agilidade no retorno de demandas administrativas, contribuindo para uma prestação de serviços mais eficiente à sociedade (Sena; Guarnieri, 2015).
3.2 Impacto dos SIGEs em Instituições Privadas
A autora Borba (2019) desenvolveu um estudo de monografia sobre a adoção de um sistema ERP em uma transportadora do Estado da Paraíba. O estudo traz algumas perspectivas positivas sobre os impactos dos Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (SIGEs) na esfera privada. Primeiramente, o sistema ERP foi reconhecido por gerentes e setores operacionais como uma ferramenta crucial para o gerenciamento eficaz da empresa. Uma vez que, ele auxilia significativamente na prestação de serviços gerenciais, um benefício confirmado por diferentes departamentos, como escritório, almoxarifado e financeiro (Borba, 2019).
Um dos impactos mais notáveis foi o aumento da satisfação dos clientes. Essa constatação veio dos resultados de melhoria na prestação dos serviços, o que, por sua vez, reflete positivamente no atendimento ao cliente. Essa melhoria é consequência da agilidade que o ERP traz para o processo decisório, otimizando o planejamento e a execução das atividades da empresa (Borda, 2019).
Segundo Bazzotti e Garcia (2006), a utilização de tecnologias avançadas, capazes de agilizar o processo de tomadas de decisão e que possibilitam a otimização do planejamento e execução de atividades, são essenciais para aumentar a satisfação dos clientes (Bazzotti; Garcia, 2006)
Outro impacto importante do ERP percebido foi a agilidade no trabalho e a redução do retrabalho. A melhora desses aspectos proporcionou eficiência operacional, melhorando processos internos, além disso, contribuiu para a expansão da base de clientes. Fontão e Barp (2019), afirmam que o aumento da base de clientes é um ganho proporcionado pelo uso efetivo da TI (tecnologia da informação). Também foi constatado no estudo que o sistema ERP facilita a obtenção e o gerenciamento de informações úteis para a empresa, sendo este um dos principais objetivos dessa tecnologia. Esse fato foi reforçado pela alta administração e os setores operacionais que concordam que o ERP tem um impacto positivo na coleta de informações importantes, permitindo uma gestão mais informada e com mais precisão (Borba, 2019).
Além disso, o ERP ajudou a identificar problemas antecipadamente, o que é essencial para a manutenção da eficiência e competitividade da empresa. Todos esses fatores alinhados, proporcionaram o fortalecimento da gerência e a redução de risco de erros, o que, em resultado, tornou as decisões mais precisas e bem fundamentadas (Borba, 2019).
De acordo com a pesquisa dissertativa de Souza (2000), a utilização de Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, trouxe diversos benefícios, em diversas áreas, para empresas da iniciativa privada:
Empresa Agro Laranja: Benefícios Gerais – Unificação do sistema no grupo; Controle consolidado do grupo; Redução de custos administrativos no grupo; Padronização dos conceitos usados na administração em todo o grupo – Benefícios nos Custos – Redução de 50% nos custos de informática; Redução de 47 para 21 pessoas na área de informática; Redução de 41 para 10 pessoas no rh. – Benefícios Pessoais – Crescimento profissional pelo conhecimento de mais funções dentro da mesma área, no rh. Empresa Vine Têxtil: Benefícios Gerais – Maior facilidade para criação de novos relatórios e programas, do que na situação anterior – Benefícios nos Custos – Redução de pessoas nas áreas administrativas, pela eliminação das tarefas de integração entre os sistemas; Redução dos custos de informática, mesmo havendo aumento de pessoas na área. Empresa Zeneca: Benefícios – redução de pessoas na administração e informática (de 40 para 13 pessoas) e redução de custos de manutenção de hardware (Souza, 2000).
Portanto, os impactos do ERP no setor privado trazem diversos benefícios que vão desde a melhoria no controle interno da empresa, até o aumento da satisfação e fidelidade dos clientes. Conclui-se então que os SIGEs têm um papel crucial na modernização e melhoria das empresas privadas.
3.3 Comparação entre Setores Públicos e Privados
De acordo com um estudo de caso que acompanhou a implantação de um Sistema Integrado de Gestão Empresarial (SIGE) no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), a implementação proporcionou vários impactos significativos. A implementação seguiu o conceito de roll-out com uma abordagem em três fases: implantação acompanhada, assistida e autônoma, visando à redução de custos. Que foi eficaz, constatou-se que em comparação com os custos de implementação no setor privado (em média, entre 5 a 8 milhões), os custos de implantação do sistema ERP no IFMG, foram significativamente menores, sendo de R$2.395.000,00. De acordo com a pesquisa, dois fatores parecem justificar essa diferença:
Um deles é que, na iniciativa privada, contabilizam-se todos os custos, os financeiros e os econômicos, o que não se deu no Instituto, onde o custo da implantação refere-se somente ao projeto de implantação. O outro fator relaciona-se com o fato de ser o IFMG a primeira instituição pública federal de ensino técnico a implantar o sistema ERP, estando esse nicho de mercado, o dos institutos federais de ensino, aberto à implantação dessa ferramenta de gestão (Martins et al., 2013)
Segundo o Deloitte (1998), os benefícios dos sistemas ERP só serão alcançados na etapa de utilização, se após a implementação a empresa mantiver o foco e esforços na obtenção dos resultados (Deloitte, 1998). Portanto, ainda que os custos da implementação de um sistema ERP seja significativo, optar pela adoção pode trazer benefícios para ambos os setores, pois uma vez consolidado, sua evolução é constante.
O SIG poderá beneficiar qualquer empresa que queira e tenha a necessidade de melhorar seus processos internos e obter maior vantagem competitiva. Ainda, as empresas que optam por implementar o ERP reduzem custos de produtos e processos, têm aumento na eficiência e a redução de tempo em processos, assim como melhor controle organizacional. Ao comparar o impacto do Sistema Integrado de Gestão Empresarial nos setores público e privado, observa-se que os ambos os setores se beneficiaram dessas ferramentas, ainda que de formas diferentes (Ferro; Neto, 2002).
Enquanto o setor público, se beneficia mais no quesito transparência e eficiência que melhoram o atendimento à população; o setor privado se beneficia mais, ao ter maior lucratividade e eficiência operacional com redução de custos. Em ambos os setores os SIGEs são essenciais para uma gestão eficiente e integrada.
4. TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NOS SISTEMAS ERP
4.1 ERP na Era da Transformação Digital
As mudanças e inovações tecnológicas transformaram toda a humanidade. A quarta revolução industrial, que se traduz na origem da nova revolução de inovações tecnológicas, alterou profundamente a maneira como a sociedade vive, trabalha e se relaciona. As possibilidades de bilhões de pessoas conectadas por dispositivos móveis trazem, dá origem a um poder de processamento, recursos de armazenamento e acesso ao conhecimento sem precedentes. As novidades tecnológicas que abrangem numerosas áreas como: inteligência artificial (IA), robótica, a internet das coisas (IOT, na sigla em inglês), veículos autônomos, impressão em 3D, nanotecnologia, biotecnologia, ciência dos materiais, armazenamento de energia e computação quântica, mudaram diversos setores, inclusive a administração (Campos; Farina; Florian, 2022).
A aceleração da transformação digital trouxe para os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (ERPs), evoluções de grande significado, evoluindo ferramentas operacionais, criando plataformas estratégicas. Segundo o Gartner Market Guide for ERP (2023), 60% dos ERPs globais vão integrar recursos de Inteligência Artificial (IA) até 2025, enquanto a IDC estima que os investimentos em ERPs com IoT (Internet of Things) crescerão a uma taxa anual de 22% até 2026. Esses dados refletem a urgência das organizações em adotar soluções que combinem gestão tradicional com inovações (Gartner; IDC, 2023).
Dessa forma, faz-se oportuno analisar como essas tecnologias estão transformando os ERPs, aumentando sua competitividade empresarial. No setor privado, a integração de IA e IoT tem permitido automatizar processos complexos (como previsão de demanda e manutenção preditiva) e personalizar a experiência do cliente. Já no setor público, soluções baseadas em nuvem e Blockchain estão impulsionando a transparência orçamentária e a gestão de serviços urbanos (ex.: cidades inteligentes) (Figueiredo, 2022). Ainda que pareça situações distantes da sociedade, a construção de fato dessas tecnologias e suas integrações mostram a rapidez com que as inovações tecnológicas mudaram a humanidade. No entanto, apenas adotar essas tecnologias não garante sucesso e muito menos um caminho sem desafios. De acordo com relatório da Deloitte (2023) 70% das implementações de ERP com IA enfrentam resistência cultural nas organizações, enquanto questões como segurança de dados e conformidade regulatória (LGPD, GDPR) também dificultam a implementação de projetos no setor público (Deloitte, 2023).
4.2 Inteligência Artificial e sua Integração com ERP
A integração de tecnologias emergentes aos sistemas ERP, está revolucionando a gestão empresarial, melhorando aspectos como eficiência e precisão. A seguir será abordado como Inteligência Artificial (IA) está sendo incorporada aos ERPs, transformando processos tradicionais em operações inteligentes e preditivas.
4.2.1 Conceitos iniciais de Inteligência Artificial e Machine Learning
De acordo com Copeland (2020), a Inteligência Artificial se trata da habilidade que um computador ou robô controlado por computador, têm de fazer tarefas que são associadas a seres inteligentes. O computador tenta reproduzi-las de modo semelhante ao pensamento humano. Copeland afirma que o comportamento humano, que exige certo grau de raciocínio, é resultado de um nível de inteligência.
Conforme destacam Dellot e Wallace-Steaphyns (2017), embora a Inteligência Artificial não possua uma definição única e consolidada, ela pode ser compreendida como: “tarefas que exigem alguma forma de inteligência para serem executadas, e são realizadas por um pacote de algoritmos que seguem uma série de passos para determinada ação ou conclusão” (Copeland, 2020; Dellot; Wallace, 2017 apud Campos; Farina; Florian, 2022).
Dentro do contexto de IA, existe o Machine Learning: Machine Learningou em sua tradução literal, Aprendizado de Máquina (AM), como o próprio nome sugere, é o processo de aprendizado contínuo de máquina que, de acordo com Damaceno e Vasconcelos (2018, p.12),“consiste basicamente em fornecer dados de entrada e assim a máquina pode aprender com esses dados e elaborar saídas que satisfaçam a situação problema”, ou seja, se trata de algoritmos “estruturados com equações pré-definidas para organizar e executar os dados conforme a demanda”(Damaceno; Vasconcelos, apud Campos; Farina; Florian, 2022).
De acordo com Aires et al. (2019), a adoção de IA nas empresas é uma estratégia promissores dentre as tecnologias que podem beneficiar o segmento, dado que, estas contêm várias ferramentas de automatização de processos que podem auxiliá-las com agilidade e precisão, fatores que, no mercado atual, são indispensáveis para aumentar a competitividade das empresas. A aceleração da implantação da tecnologia nas empresas devido à Quarta Revolução Industrial, fez com que as empresas se adequassem a utilizar a tecnologia para a automatização dos processos empresariais em um cenário cada vez mais competitivo, acirrado e tecnológico (Aires et al., 2019 apud Campos; Farina; Florian, 2022).
4.2.2 Como a Inteligência Artificial Está Revolucionando os Sistemas ERP
A adoção de IA e Machine Learning em sistemas de ERP, vem se tornando um diferencial na gestão de empresas, principalmente do ponto de vista estratégico para as empresas alcançarem eficiência operacional e competitividade no cenário atual, este que é marcado pelas inovações tecnológicas. Dentre as aplicações mais utilizadas e de maior retorno, pode-se citar:
a. Automação de processos repetitivos, como conciliação bancária no módulo financeiro, eliminando tarefas manuais e reduzindo falhas. Antes esse processo demandava horas de trabalho manual e com a IA, ele pode ser realizado automaticamente, diminuindo a ocorrência de erros e liberando o tempo dos profissionais para atividades mais estratégicas na empresa (Campos; Farina; Florian, 2022).
b. Análise preditiva, que tem transformado a gestão de demanda em setores como o varejo. Como por exemplo a loja de grife Zara, o uso de ERPs integrados com IA por parte da marca em seus sistemas de administração, ilustram como algoritmos de Machine Learning podem prever tendências de consumo, ajustar estoques em tempo real e otimizar cadeias de suprimentos (Campos; Farina; Florian, 2022). Ainda a capacidade de processar grandes volumes de dados, beneficia setores inclusive como o financeiro, dada às análises mais precisas.
c. Chatbots em ERPs de RH que automatizam atendimentos e rotinas administrativas, agilizando processos internos. Atualmente, grandes, médias e até pequenas empresas optam por um atendimento (prévio ou não) que seja automatizado, é um exemplo o caso do SAP SuccessFactors, onde interações automatizadas agilizam processos como folha de pagamento, benefícios e recrutamento (Campos; Farina; Florian, 2022).
Os sistemas ERP integrados com Inteligência Artificial, trazem benefícios significativos para diversos setores empresariais, como contabilidade, gestão financeira, gestão comercial, produção, recursos humanos e logística. A adoção dessas tecnologias permite automatizar processos repetitivos, reduzir erros, aumentar a eficiência operacional e melhorar a tomada de decisões. A seguir, será apresentado como a combinação de ERP e IA otimiza as operações em cada área, proporcionando maior agilidade, precisão e competitividade para as organizações:
Na área de gestão financeira, o uso da Inteligência Artificial automatiza processos e permite validação de gestão de grande número de dados. Como por exemplo: classificação automática de registos contabilísticos, conciliação bancária automática, automatização dos relatórios mensais, verificação de contas (auditorias automatizadas), prevenção de fraude em transações, lançamento automático da faturação e a validação das datas de vencimento. Portanto, a integração da Inteligência Artificial na gestão financeira, através de sistemas ERP, traz eficiência e precisão aos processos contábeis. Ao automatizar tarefas repetitivas a IA ajuda a reduzir a ocorrência de erros e também de custos operacionais. Além disso, funcionalidades como a gestão automatizada de vencimentos e previsões financeiras proporcionam maior controle e flexibilidade, fortalecendo a tomada de decisões (Figueiredo, 2022).
Na área da contabilidade, a integração de ERPs com IA: Permite assegurar a máxima eficiência na introdução dos lançamentos contabilísticos e preparação com maior facilidade das obrigações fiscais, possibilitando às organizações uma maior tranquilidade na realização de tarefas que necessitam de mais tempo e um maior foco no detalhe (Meng & Zhao, 2017).” As principais funcionalidades do uso da IA são: 1.Lançamento automático da faturação a partir do ficheiro SAF-T, apenas configurar o diário contabilístico, as contas a lançar e com que data se pretende (CentralGest, 2020b; Meng & Zhao, 2017); 2. Lançamento das despesas a partir do e-fatura com recurso a lançamentos pré definidos, ou seja, configurar os vários fornecedores com os lançamentos já configurados, e fazer os lançamentos em série e assim poupar tempo (PHC, 2020); 3. Parametrização das declarações fiscais como IVA, Modelo 22, IES/DA e a possibilidade de envio a partir do sistema ERP (CentralGest, 2020 apud Figueiredo, 2022).
Dessa forma, vê-se claramente os benefícios de integrar sistemas de gestão empresarial com IA, pois essa fusão permite que os ERPs integrados com IA sejam capazes de executar tarefas repetitivas com maior precisão e velocidade.
A gestão comercial também é uma área essencial para as organizações e empresas, pois é nessa área que se trabalha para atrair novos clientes e fidelizar também. O uso por exemplo de chatbots para interação com o cliente, seja no momento, antes ou depois da compra, esse acompanhamento traz uma boa relação da empresa com o consumidor, além disso, também permite o agendamento automático de reuniões. O uso da IA dentro da área da gestão comercial oferece um conjunto de aplicações que ajudam a facilitar o trabalho, como por exemplo: análise de risco de crédito, chatbots para atendimento e agendamento automático de reuniões. Além disso, a IA também auxilia no controle de créditos, gestão de estoque e armazéns, otimizando processos como recebimento, inventário e expedição, a empresa consegue assim tem maior eficácia no cumprimento de prazos e estoques adequados (Figueiredo, 2022).
Portanto, o papel da IA na gestão comercial, auxilia a empresa a automatizar processos críticos como atendimento ao cliente, controle de crédito, logística e vendas móveis. Trazendo eficiência operacional, redução de erros e melhora na experiência do cliente. Dessa forma, fica claro que a IA não só otimiza tarefas repetitivas, mas também fornece insights valiosos para decisões estratégicas, tornando-se um diferencial competitivo no mercado atual.
A área da produção engloba não somente a gestão da produção, mas também a gestão do armazém/inventário das organizações, e são áreas importantes que precisam ter processos mais simples e práticos possíveis para facilitar o trabalho dos funcionários dessas áreas. A Inteligência Artificial, com algoritmos e análises preditivas, oferece soluções como aprendizagem automática para avaliar taxas de cumprimento de encomendas e capacidade produtiva, auxiliando no planejamento a longo prazo. Mais precisamente, sistemas ERP integrados com IA permitem o controle de estoque em tempo real, previsão automática de reposição de materiais e rastreabilidade completa desde a matéria-prima até ao produto final.
Portanto, a IA aplicada à produção e logística traz eficiência, precisão e automação (Figueiredo, 2022).
Por fim, a gestão de recursos humanos também teve influência da IA. O RH é um setor de extrema importância, pois lida com pessoas e com a introdução da IA, essa área sofreu grandes alterações nos processos de gestão e de recrutamento. Vários destas tarefas tornaram-se mais simples para os funcionários. Coisas que antes eram feitas manualmente, como revisar mais de 200 currículos, hoje podem ser automatizadas, dado que com IA é possível o afunilamento de candidaturas para chegar nos candidatos que realmente atendem os requisitos da empresa (Figueiredo, 2022). Dentre essa, a IA facilitou outras funcionalidades:
1. Preenchimento das declarações fiscais de forma automática, tais como Relatório Único, Modelo 10, Declaração Mensal de Remunerações e Segurança Social, permitindo ainda o envio diretamente do software (PHC, 2020); 2. No processo de recrutamento, uma vez que, a maioria dos processos já são de formas digitais já podemos definir algumas características que consideramos inegociáveis do potencial funcionário e assim haver uma triagem nas dezenas de currículos que poderíamos ter de verificar (Huang et al., 2019); 3. Sistema de ponto dos funcionários através da utilização de algoritmos de reconhecimento facial (Dwivedi et al., 2019); 4. Processamento automático de faltas, que facilita no controle mais fiável de organizações com maior número de colaboradores (Dwivedi et al., 2019 apud Figueiredo, 2022).
A integração da Inteligência Artificial e Machine Learning nos sistemas ERP, revolucionou a gestão empresarial, trazendo diversos benefícios para as empresas como a eficiência operacional, precisão, análise preditiva, otimizando assim as operações, e também fortalecendo a competitividade da organização em um mercado cada vez mais digital. Assim, a adoção de ERP com IA torna-se indispensável para uma gestão produtiva moderna e eficaz. Dado o exposto, é possível perceber o impacto positivo da aplicação dessas tecnologias em várias áreas organizacionais, desde contabilidade e finanças até produção, logística e recursos humanos, transformando processos antes manuais em operações automatizadas e inteligentes (Figueiredo, 2022).
Na gestão financeira, a IA elimina tarefas repetitivas como conciliação bancária e lançamentos contábeis, reduzindo erros e liberando profissionais para análises estratégicas. Na contabilidade, a automação de obrigações fiscais e integração com sistemas simplificam a conformidade legal. Já no setor comercial, chatbots, análise preditiva de demanda e gestão automatizada de estoques melhoram a experiência do cliente e otimizam a cadeia de suprimentos. Na produção e logística, algoritmos de aprendizagem automática e rastreabilidade em tempo real aumentam a eficiência operacional, enquanto no RH, a IA agiliza processos de recrutamento, folha de pagamento e gestão de desempenho, tornando-os mais ágeis e precisos (Figueiredo, 2022).
Portanto, pode-se dizer que a adoção de ERP com IA, não é apenas uma opção, e sim uma necessidade competitiva. À medida que o mundo e a tecnologia avança, as aplicações se tornaram cada vez mais robustas e sofisticadas, resolvendo problemas para simplificar o trabalho humano. As organizações que investirem nessa evolução digital, vão estar melhor preparadas para enfrentar os desafios do futuro, e assim garantir modernidade, inovação e crescimento.
4.3 Desafios Futuros na Evolução dos ERPs com Inteligência Artificial
A integração de Inteligência Artificial nos sistemas ERP trouxe avanços claros e significativos para a gestão empresarial, contudo, essa evolução também apresenta desafios que organizações e desenvolvedores deverão enfrentar nos próximos anos. A primeiro passo, pode-se citar questões como direitos autorais, éticos, pois à medida que a tecnologia avança, novos problemas surgem, como:segurança, ética e adaptação organizacional, que vão exigir soluções inovadoras para garantir o sucesso na implementação desses sistemas (Smith; Johnson, 2021). Com o crescente uso de automação e análise preditiva, os ERPs armazenam e processam quantidades grandes de dados, desde informações financeiras até dados pessoais de colaboradores e clientes. Isso pode tornar a organização alvo de ataques cibernéticos e até vazamentos, daí vem a importância de investir em criptografia e compliance com regulamentação (como GDPR e LGPD) (Smith; Johnson, 2021).
Sobre a questão ética, a IA depende de dados armazenados para tomar decisões, o que pode acontecer são viés inconsistentes, por exemplo, em áreas como recrutamento, análise de crédito e gestão de desempenho, se um algoritmo priorizar certos perfis com base em padrões passados, pode haver desigualdades ou discriminação. Portanto, é importante desenvolver e garantir que os modelos de IA sejam justos, explicáveis e ajustáveis (Mehrabi et al., 2021).
Além disso, outro desafio a ser vencido é a adaptação organizacional, para implementação desses sistemas com IA, é necessário uma transformação cultural, ou seja, uma transformação dentro das organizações. Pode acontecer dos funcionários resistirem a automação por medo de substituição de funções, ou, por dificuldade em adaptar-se a novas ferramentas. Devido a isso, é importante que as empresas invistam em treinamentos contínuos e reposicionamento de equipes, mostrando que a IA não elimina postos de trabalho, e sim otimizar tarefas repetitivas, permitindo que os profissionais foquem em atividades estratégicas (Smith; Johnson, 2021).
O sucesso da integração dos ERPs com IA depende da capacidade de superar esses desafios. Empresas que investirem em segurança cibernética, ética algorítmica, capacitação de equipes e integração tecnológica estarão à frente na transformação digital. O futuro exigirá não apenas ferramentas mais inteligentes, mas também estratégias responsáveis para garantir que a tecnologia sirva como um aliado sustentável e inclusivo no crescimento organizacional.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em síntese, a implementação de Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (SIGEs), também chamado de ERP, é uma ferramenta estratégica importante para as empresas, devido principalmente ao seu resultado na otimização de processos e na integração de informações e departamentos distintos. Este estudo analisou as diversas aplicações dos SIGEs, seus benefícios e desafios, assim como os impactos causados em instituições públicas e privadas, mostrando a relevância da tecnologia na gestão organizacional.
No setor Privado a implementação de ERPs trás diversos benefícios na melhora operacional, otimizando processos e resultando assim em maior eficiência e trazendo mais poder de competitividade para a empresa. Empresas privadas que optam pela adoção desses sistemas, conseguem integrar, e também padronizar informações entre diferentes departamentos e unidades que estejam em lugares distintos, essa padronização facilita a tomada de decisões estratégicas e também reduz os custos operacionais. O estudo de caso apresentado, da transportadora no Estado da Paraíba, demonstra que a utilização de ERPs trás vantagens como a redução de custos administrativos e de informática, além de aumentar a satisfação dos clientes com a melhoria na prestação de serviços e agilidade no atendimento.
Com base na análise do caso do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), observa-se que a implementação de SIGEs no setor público pode resultar em melhorias operacionais, maior agilidade nas tomadas de decisão, assim como na redução de custos administrativos. Além disso, a centralização das informações possibilitada pelo SIGE, facilita a promoção de uma gestão mais transparente dos recursos públicos, atendendo às demandas da sociedade por maior responsabilidade e prestação de contas. A padronização de processos administrativos e a integração de departamentos também facilitam a coordenação interna e a prestação de serviços mais eficientes à população. Todas essas vantagens confirmam os impactos positivos e implicações práticas da implementação de SIGEs em instituições privadas e públicas.
Contudo, a adoção de SIGEs em ambos os setores necessita de mudanças organizacionais. No setor privado, a implementação do sistema deve estar alinhada com as estratégias de crescimento e inovação da empresa. No setor público, superar os obstáculos técnicos e estruturais de TI é necessário para se ter os benefícios da implementação. Dessa forma, é importante o alinhamento com as novas tecnologias para se ter sucesso na implementação dos sistemas ERP.
Embora o estudo tenha trago compreensões importantes sobre a aplicação e os impactos dos SIGEs em diferentes setores, é importante destacar que existe muitas realidades empresariais diferentes, tanto privadas quanto públicas, fazendo com que os desafios e benefícios observados, apesar de serem vantagens observadas em diversas empresas, possam variar dependendo da instituição, do setor de atuação ou do ambiente regulatório. Outra limitação que o estudo enfrenta está na rapidez com que as tecnologias de gestão evoluem. Novas funcionalidades e abordagens de implementação de ERPs surgem constantemente, o que pode tornar algumas conclusões menos aplicáveis a cenários futuros.
Para pesquisas futuras, sugere-se a realização de estudos que abordem a dependência de fatores externos das SIGES, como suporte dos fornecedores, assim como condições de mercados em diferentes regiões geográficas. Outro ponto a ser abordado para as pesquisas futuras é analisar estudos comparativos entre diferentes setores e regiões para compreender mais amplamente as variáveis que influenciam o sucesso ou fracasso das implementações de ERP. Além disso, explorar o papel das inovações tecnológicas, como inteligência artificial e a internet das coisas, na integração e funcionalidade dos SIGEs pode fornecer compreensões sobre os próximos obstáculos e vantagens da gestão empresarial com SIGEs. Outro campo para estudos futuros é a análise das mudanças organizacionais ocorridas com a implementação de SIGEs, vencer esse desafio seria mitigar um obstáculo da implementação do sistema. Compreender como as empresas e instituições públicas podem acabar as resistências internas ao sistema e promover uma adaptação tranquila, é importante para aumentar os ganhos com os sistemas ERPs. Estudos que abordem estratégias de capacitação e comunicação durante todo o processo de implementação podem contribuir para o desenvolvimento de melhores práticas nesse campo.
Em conclusão, o presente estudo afirma a importância dos Sistemas Integrados de Gestão Empresarial como ferramenta estratégica para a modernização e melhor eficiência organizacional de empresas. Os impactos positivos para instituições públicas e privadas demonstram que, apesar dos desafios, os benefícios a longo prazo justificam os investimentos e esforços necessários.
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