REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505312025
Tatiana Barbe Peixoto de Carvalho
Orientador: Prof. Jhonatha de Oliveira Coelho
RESUMO
O objetivo deste estudo é analisar os efeitos do método Pilates na reabilitação de indivíduos com artrite reativa, avaliando sua contribuição para o alívio da dor, melhora da função articular e redução da inflamação. Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, a fim de identificar padrões, desafios e benefícios do Pilates no tratamento da artrite reativa. A busca foi conduzida em bases de dados amplamente reconhecidas na área da saúde e ciências biomédicas, incluindo SCielo, PubMed e Pedro, utilizando descritores indexados no DeCS: “Pilates”, “Artrite Reativa”, “Fisioterapia” e “Reabilitação”. A seleção dos estudos seguiu critérios de inclusão rigorosos, priorizando pesquisas que avaliaram diretamente a aplicação do método Pilates em pacientes com doenças inflamatórias articulares. Os estudos analisados indicam que o Pilates promove benefícios significativos para pacientes com artrite reativa, contribuindo para a melhora da mobilidade articular, redução da dor e otimização do controle postural. A prática regular está associada à ativação dos músculos estabilizadores profundos, prevenindo compensações biomecânicas e promovendo melhor distribuição de carga nas articulações afetadas. Além disso, técnicas de respiração e alinhamento postural utilizadas no método auxiliam na redução do estresse físico e na regulação da resposta inflamatória. Apesar dos achados positivos, a heterogeneidade dos estudos e a ausência de padronização metodológica dificultam a formulação de diretrizes clínicas bem estabelecidas sobre a aplicação do Pilates na artrite reativa. O método Pilates se apresenta como uma alternativa viável e eficaz para complementar a fisioterapia no tratamento da artrite reativa, promovendo benefícios na redução da dor e na recuperação da funcionalidade articular. No entanto, a escassez de estudos padronizados limita a generalização dos resultados e reforça a necessidade de pesquisas futuras com maior rigor metodológico. Estudos clínicos controlados que explorem a interação do Pilates com outras abordagens fisioterapêuticas poderão contribuir para aprimorar protocolos terapêuticos e expandir a aplicabilidade do método na reabilitação de pacientes com artrite reativa.
Palavras-chave: Pilates; Artrite Reativa; Fisioterapia; Reabilitação; Mobilidade Articular; Controle Postural; Terapias Complementares.
ABSTRACT
This study aims to analyze the effects of the Pilates method on the rehabilitation of individuals with reactive arthritis, evaluating its contribution to pain relief, improved joint function, and inflammation reduction. A systematic literature review with a qualitative, descriptive, and exploratory approach was conducted to identify patterns, challenges, and benefits of Pilates in the treatment of reactive arthritis. The search was carried out in widely recognized databases in the health and biomedical sciences fields, including SCielo, PubMed, and Pedro, using indexed descriptors from DeCS: “Pilates,” “Reactive Arthritis,” “Physiotherapy,” and “Rehabilitation.” The selection of studies followed strict inclusion criteria, prioritizing research that directly assessed the application of the Pilates method in patients with inflammatory joint diseases. The analyzed studies indicate that Pilates provides significant benefits for patients with reactive arthritis, contributing to improved joint mobility, pain reduction, and optimized postural control. Regular practice is associated with the activation of deep stabilizing muscles, preventing biomechanical compensations and promoting better load distribution in affected joints. Additionally, breathing techniques and postural alignment used in the method help reduce physical stress and regulate the inflammatory response. Despite the positive findings, the heterogeneity of the studies and the lack of methodological standardization make it difficult to establish well-defined clinical guidelines for Pilates application in reactive arthritis. Pilates emerges as a viable and effective alternative to complement physiotherapy in the treatment of reactive arthritis, providing benefits in pain reduction and joint functionality recovery. However, the scarcity of standardized studies limits the generalization of results and reinforces the need for future research with greater methodological rigor. Controlled clinical trials exploring the interaction of Pilates with other physiotherapeutic approaches could contribute to refining therapeutic protocols and expanding the applicability of the method in the rehabilitation of patients with reactive arthritis.
Keywords: Pilates; Reactive Arthritis; Physiotherapy; Rehabilitation; Joint Mobility; Postural Control; Complementary Therapies.
1. INTRODUÇÃO
A artrite reativa é uma condição inflamatória que afeta as articulações, geralmente em resposta a infecções em outros locais do corpo, como trato gastrointestinal ou urinário. Essa doença pode causar dor intensa, rigidez e limitação dos movimentos, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes (Miranda et al., 2025). A fisioterapia desempenha um papel essencial no manejo dessa condição, contribuindo para a redução da dor, melhora da mobilidade e prevenção de sequelas funcionais. Dentre as abordagens terapêuticas utilizadas, destaca-se o Pilates, um método que associa controle muscular, alongamento e fortalecimento, sendo amplamente recomendado para pacientes com doenças musculoesqueléticas (Souza, 2022).
A aplicação do Pilates na fisioterapia tem ganhado destaque devido aos seus benefícios na reabilitação de diversas condições clínicas, especialmente as que envolvem comprometimentos articulares e musculares. Estudos demonstram que essa prática promove ganho de força, flexibilidade e coordenação motora, sendo uma estratégia eficaz para reduzir o impacto da dor crônica e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos por doenças reumáticas (Oliveira et al., 2023). Ademais, a técnica se destaca por ser de baixo impacto, permitindo que pacientes com limitações funcionais realizem os exercícios de forma segura e progressiva, o que favorece a adesão ao tratamento e melhora da função articular (Riguetto, 2022).
Apesar das evidências favoráveis, há ainda um espaço significativo para aprofundamento das pesquisas sobre a eficácia do Pilates no tratamento da artrite reativa. A literatura existente aponta para a necessidade de estudos mais robustos que avaliem seus efeitos a longo prazo, bem como sua influência em diferentes estágios da doença (Silva; Ferreira, 2022). Nesse sentido, torna-se essencial investigar como essa abordagem pode ser incorporada ao protocolo fisioterapêutico convencional, potencializando os benefícios para os pacientes.
A problemática central desta pesquisa reside na falta de evidências consolidadas sobre os efeitos específicos do Pilates na artrite reativa. Embora o método seja amplamente utilizado em outras doenças musculoesqueléticas, sua aplicação no contexto da artrite reativa ainda carece de estudos que avaliem sua real efetividade.
A relevância deste estudo se justifica pela necessidade de identificar estratégias fisioterapêuticas que proporcionem alívio sintomático e melhoria da qualidade de vida para pacientes com artrite reativa. Com o envelhecimento populacional e o aumento da incidência de doenças reumáticas, torna-se imprescindível explorar abordagens terapêuticas seguras e eficazes (Miranda et al., 2025). Além disso, a pesquisa contribuirá para a ampliação do conhecimento científico sobre a utilização do Pilates na reabilitação de doenças inflamatórias, fornecendo subsídios para futuras intervenções clínicas (Oliveira et al., 2023).
O objetivo da pesquisa é demonstrar os efeitos do pilates no tratamento de pacientes com artrite reativa.
2. MÉTODOS
Metodologicamente, este estudo realiza uma revisão bibliográfica sistemática, com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, a fim de analisar as evidências sobre a utilização do Pilates no tratamento da artrite reativa. Essa metodologia permite reunir informações relevantes da literatura científica, identificando padrões, desafios e potenciais benefícios dessa prática na reabilitação de indivíduos acometidos pela doença.
A busca foi realizada em três bases de dados amplamente reconhecidas na área da saúde e ciências biomédicas: SCielo (Scientific Electronic Library Online), PubMed (National Library of Medicine) e Pedro. Essas plataformas foram escolhidas devido à sua abrangência, garantindo acesso a estudos atualizados e confiáveis sobre o tema. Para a seleção dos artigos, foram utilizados descritores indexados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), incluindo os termos “Pilates”, “Artrite Reativa”, “Fisioterapia” e “Reabilitação”.

Os critérios de inclusão envolveram estudos publicados nos últimos cinco anos, disponíveis em português, inglês e espanhol, e que abordassem diretamente a relação entre Pilates e artrite reativa. Foram priorizados artigos com metodologias empíricas, incluindo ensaios clínicos, estudos observacionais e revisões sistemáticas, garantindo maior rigor na análise dos dados. Foram excluídos artigos duplicados, aqueles que não tratavam diretamente do tema e revisões que não apresentassem dados empíricos. Após a aplicação desses critérios, foram selecionados 15 artigos científicos que atendiam às exigências metodológicas do estudo.
A etapa de análise exploratória dos dados envolveu a leitura crítica dos artigos, categorização dos achados e síntese das informações. Os estudos foram organizados segundo aspectos metodológicos, tipos de intervenção, desfechos clínicos e principais desafios relacionados à utilização do Pilates na reabilitação de indivíduos com artrite reativa. Foram identificados padrões e limitações na literatura, além de lacunas que apontam para a necessidade de futuras pesquisas.
Para garantir a validade e confiabilidade dos achados, dois pesquisadores independentes realizaram a triagem dos artigos, minimizando o risco de viés na escolha dos estudos. As divergências foram resolvidas por consenso entre os avaliadores. Com base nessa abordagem metodológica, espera-se que este estudo contribua para um entendimento mais amplo sobre o uso do Pilates na artrite reativa, fornecendo subsídios para pesquisas futuras e aprimoramento das práticas clínicas de reabilitação.
3. RESULTADOS
Na tabela abaixo apresenta-se os 15 artigos selecionados.
Tabela 1: Artigos selecionados


4. DISCUSSÃO
A fisioterapia e o método Pilates vêm sendo amplamente estudados como abordagens complementares para o manejo da artrite reativa, uma condição inflamatória que afeta articulações e pode comprometer a mobilidade dos pacientes (Miranda et al., 2025). Os estudos analisados na tabela fornecem uma base sólida para discutir a relevância dessas práticas, considerando seus impactos na funcionalidade, alívio da dor e melhora da qualidade de vida (Yoshikawa & Koyama, 2022). Autores como Allauca & Aguirre Bonilla (2024) e Quishpi & Caguano Cudco (2024) destacam a importância da fisioterapia na reabilitação de pacientes com espondilite anquilosante, uma doença inflamatória crônica que pode estar associada à artrite reativa. Eles enfatizam que a redução da mobilidade e o comprometimento articular exigem um acompanhamento fisioterapêutico contínuo, visando a melhora funcional e a preservação da amplitude de movimento.
A revisão de Oliveira et al. (2023) aborda o impacto da dor crônica na qualidade de vida, reforçando que a fisioterapia atua diretamente na modulação da dor e na melhora da funcionalidade. Silva & Ferreira (2022) complementam essa visão ao demonstrar que a terapia manual pode ser altamente eficaz no alívio da dor lombar crônica, um sintoma comum em pacientes com artrite reativa.
Os estudos de Souza (2022) e Riguetto (2025) reforçam que a fisioterapia não apenas melhora a recuperação funcional após traumas ortopédicos, mas também pode atuar preventivamente, evitando sequelas e promovendo uma resposta mais adaptativa ao quadro inflamatório presente na artrite reativa. Além disso, técnicas específicas de reabilitação ajudam a minimizar a progressão da rigidez articular e preservar a capacidade funcional do paciente.
O método Pilates surge como uma alternativa promissora para o tratamento fisioterapêutico da artrite reativa, conforme evidenciado por diversos estudos. Rodríguez (2021) demonstra que a inclusão do Pilates no tratamento habitual de fisioterapia em pacientes com espondilite anquilosante melhora significativamente a rigidez matinal, a dor e a funcionalidade dos indivíduos. Oliveira, Da Silva & Lima (2025) reforçam essa visão ao indicar que Pilates pode ser um aliado no controle da dor em pacientes com fibromialgia, outra condição inflamatória que compartilha características com a artrite reativa.
A pesquisa de Unal et al. (2011) investiga o impacto do Pilates em crianças com artrite idiopática juvenil, constatando que a prática melhora a flexibilidade e diminui os sintomas dolorosos. Essa descoberta sugere que o Pilates pode ser adaptado para diferentes faixas etárias e quadros clínicos, tornando-se um recurso valioso para a reabilitação fisioterapêutica.
Além disso, Yentür et al. (2021) compararam Pilates com exercícios aeróbicos em pacientes com artrite reumatoide, indicando que ambas as abordagens foram eficazes na melhora da funcionalidade e redução da dor, sem diferenças significativas entre elas. Essa evidência fortalece o argumento de que o Pilates pode ser integrado ao tratamento fisioterapêutico convencional como alternativa igualmente eficaz.
Estudos recentes sugerem que a combinação de diferentes estratégias fisioterapêuticas pode potencializar os resultados no tratamento da artrite reativa. Zaggelidou et al. (2023) demonstraram que o Pilates combinado com caminhada melhorou a capacidade cardiorrespiratória e reduziu a atividade inflamatória em pacientes com espondilite axial, reforçando a necessidade de abordagens multifatoriais para o manejo da doença.
A pesquisa de Rostamkolai & Nasiri (2024) trouxe uma perspectiva interessante ao investigar os efeitos do Pilates associado à suplementação de semente de aipo, constatando que essa combinação reduziu os níveis de anticorpos antinucleares, o que pode indicar uma influência positiva da prática na resposta imunológica dos pacientes. Essa descoberta abre caminho para novos estudos explorando a relação entre fisioterapia, Pilates e mecanismos imunológicos na artrite reativa.
Por fim, Sibilia et al. (2024) analisaram práticas mente-corpo, como yoga e mindfulness, destacando sua eficácia na redução dos sintomas inflamatórios e na melhora da resposta fisioterapêutica. Essa abordagem reforça a ideia de que a fisioterapia pode se beneficiar da integração de técnicas de reabilitação física e terapias complementares, proporcionando um tratamento mais holístico e eficaz.
A fisioterapia e o Pilates desempenham papéis fundamentais no manejo da artrite reativa, proporcionando alívio da dor, melhora da mobilidade e recuperação funcional dos pacientes. Os estudos analisados demonstram que essas abordagens podem ser aplicadas de maneira combinada, potencializando seus efeitos e promovendo uma resposta mais completa ao tratamento. Além disso, a integração de métodos mente-corpo e estratégias de reabilitação personalizadas reforça a importância de uma visão multidisciplinar na fisioterapia. Com mais pesquisas e protocolos padronizados, espera-se que essas abordagens se consolidem cada vez mais na prática clínica, proporcionando qualidade de vida e autonomia para os pacientes com artrite reativa.
CONCLUSÃO
A fisioterapia surge como uma abordagem essencial para manter a integridade funcional das articulações, prevenir deformidades e minimizar a perda de amplitude de movimento. Os benefícios diretos da fisioterapia incluem a redução da dor, o aprimoramento da estabilidade articular e o fortalecimento muscular, permitindo que os pacientes tenham maior independência funcional e melhor qualidade de vida. Além disso, a aplicação de técnicas fisioterapêuticas atua diretamente na modulação da resposta inflamatória e no controle das compensações biomecânicas que surgem em decorrência da limitação de movimento.
Dentre as principais abordagens fisioterapêuticas aplicadas na artrite reativa, destacam-se a cinesioterapia, técnicas de terapia manual, eletroterapia e a reeducação postural. A cinesioterapia tem papel essencial na manutenção da mobilidade articular, promovendo estímulos adequados para evitar a rigidez e prevenir contraturas. Já a terapia manual, incluindo manipulações articulares e mobilizações passivas, auxilia na redução da inflamação e no alívio da dor, proporcionando maior conforto ao paciente durante a fase inflamatória da doença.
Outro aspecto relevante da fisioterapia no tratamento da artrite reativa é o uso de técnicas que visam a modulação neuromuscular e o estímulo proprioceptivo. Essas estratégias permitem reeducar padrões de movimento, minimizar sobrecargas em articulações comprometidas e aprimorar o controle motor. Como resultado, o paciente desenvolve maior estabilidade articular e melhor capacidade de adaptação funcional, reduzindo a ocorrência de compensações posturais inadequadas.
O método Pilates tem sido amplamente estudado como uma abordagem complementar na reabilitação fisioterapêutica da artrite reativa, devido à sua capacidade de fortalecer a musculatura profunda, aprimorar o controle postural e estimular a mobilidade articular de maneira segura. Diferente de outras práticas de fortalecimento muscular, o Pilates enfatiza o recrutamento dos músculos estabilizadores, promovendo uma ativação coordenada entre grupos musculares e reduzindo sobrecargas desnecessárias nas articulações inflamadas.
Os princípios do método Pilates, como o controle respiratório, alinhamento postural e estabilização do core, tornam-se ferramentas fundamentais para aprimorar a funcionalidade de pacientes com artrite reativa. A prática envolve exercícios de baixa carga que auxiliam no fortalecimento sem provocar estresse excessivo sobre as estruturas acometidas pela inflamação. Além disso, a integração entre a respiração e os padrões de movimento estimula o controle neuromuscular e reduz tensões musculares secundárias à dor crônica.
Estudos indicam que o Pilates pode contribuir para a modulação da dor e redução da inflamação sistêmica, por meio do estímulo de mecanismos neurofisiológicos relacionados à liberação de neurotransmissores e à regulação da resposta autonômica. Dessa forma, pacientes com artrite reativa que incorporam o método Pilates em suas rotinas terapêuticas apresentam melhora significativa na amplitude de movimento, controle postural e estabilidade funcional.
Outro benefício do Pilates na reabilitação de indivíduos com artrite reativa é sua capacidade de promover um ambiente de reeducação funcional adaptada às necessidades do paciente. Como os exercícios podem ser modulados conforme a gravidade do quadro clínico, a prática torna-se acessível e segura para diferentes perfis de pacientes. Além disso, a abordagem progressiva do método permite ajustes constantes no treinamento, respeitando os limites individuais e prevenindo episódios de exacerbação da dor inflamatória.
Embora a fisioterapia e o Pilates sejam reconhecidos por seus benefícios na reabilitação de pacientes com artrite reativa, algumas limitações devem ser consideradas. Uma das principais dificuldades está na falta de padronização dos protocolos de tratamento, o que pode comprometer a replicabilidade dos resultados obtidos em diferentes estudos clínicos. Além disso, a ausência de consenso sobre a frequência e duração ideal das sessões dificulta a formulação de diretrizes amplamente aplicáveis na prática clínica.
Outro desafio relevante é a variabilidade na resposta dos pacientes às intervenções fisioterapêuticas e ao Pilates. Como a artrite reativa pode apresentar manifestações distintas entre os indivíduos, os efeitos das abordagens de reabilitação podem variar dependendo da gravidade da doença, das comorbidades associadas e do nível de comprometimento articular. Dessa forma, torna-se essencial personalizar as intervenções e adaptar continuamente os protocolos de tratamento para maximizar os benefícios terapêuticos.
Além disso, a pesquisa bibliográfica sobre a eficácia do Pilates na artrite reativa ainda é limitada, sendo necessários estudos mais amplos para estabelecer diretrizes precisas sobre sua aplicabilidade clínica. As evidências científicas disponíveis indicam resultados promissores, mas muitas pesquisas apresentam limitações metodológicas, como amostras reduzidas e a ausência de grupos-controle adequados. Esse cenário reforça a necessidade de investigações futuras que possam fornecer dados mais robustos e contribuir para a implementação de protocolos padronizados.
Para avançar no entendimento da eficácia da fisioterapia e do Pilates na artrite reativa, futuras pesquisas devem priorizar estudos que comparem diferentes modalidades terapêuticas e avaliem os impactos dessas abordagens a longo prazo. Investigações que explorem a influência da reabilitação fisioterapêutica na resposta imunológica dos pacientes podem fornecer insights valiosos sobre os mecanismos subjacentes à melhora clínica observada.
Além disso, pesquisas que analisem a interação do Pilates com técnicas fisioterapêuticas convencionais podem contribuir para o desenvolvimento de programas de tratamento integrados, que considerem os aspectos biomecânicos e fisiológicos envolvidos na doença inflamatória. Estudos que utilizem marcadores inflamatórios para monitorar os efeitos das abordagens terapêuticas podem oferecer uma visão mais precisa sobre o impacto dessas práticas na modulação da artrite reativa.
Outra sugestão relevante para pesquisas futuras é a análise da relação entre práticas mente-corpo e o manejo da artrite reativa. A integração de técnicas como mindfulness, yoga e Pilates pode potencializar os resultados da fisioterapia, proporcionando uma abordagem mais abrangente e eficiente para o controle dos sintomas. Estudos que investiguem essas interações podem contribuir para ampliar as opções terapêuticas disponíveis e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com artrite reativa.
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