O IMPACTO DOS CHATBOTS E DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL CONTEMPORÂNEA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505311151


Adriano de Maman Oldra1
Clarear Figueiredo Telles2
Douglas de Oliveira Subrinho3
Lívia Cavalcanti Moret4
Moisés Silva Campos5
Paloma Iracema Banak Zilch6
Wilgner Itiel Teixeira Souza7
José Herssem Loureto Abrantes Sousa8
Nicodemos Pereira De Queiroz Gomes de Araujo9
Orientadora: Dra. Lilian Raquel Ramírez Barúa10


Resumo:

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem psicoterapêutica amplamente utilizada para tratar transtornos como ansiedade e depressão. Nos últimos anos, a integração de chatbots e inteligência artificial (IA) na TCC tem sido explorada como uma alternativa para ampliar o acesso ao suporte psicológico. Esses “therapy bots” são programas de IA projetados para oferecer serviços psicoterapêuticos, destacando-se pela acessibilidade e baixo custo. No entanto, surgem questionamentos sobre sua capacidade de emular qualidades humanas, como a empatia, e sua eficácia em contextos clínicos. Este estudo visa avaliar o impacto dos chatbots e da inteligência artificial na Terapia Cognitivo-Comportamental, investigando sua eficácia na redução de sintomas de ansiedade e depressão, bem como a aceitabilidade e satisfação dos usuários com essa modalidade de intervenção. Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados PubMed, Medline e SciELO, utilizando os termos “chatbots”, “inteligência artificial” e “terapia cognitivo-comportamental”. Foram incluídos estudos publicados entre 2015 e 2025 que avaliaram o uso de chatbots baseados em IA em intervenções de TCC para ansiedade e depressão. Os critérios de inclusão abrangeram estudos com delineamentos experimentais e quase-experimentais, que apresentassem resultados sobre eficácia, aceitabilidade ou satisfação dos usuários. A análise dos estudos selecionados indicou que os chatbots baseados em IA podem contribuir para a redução de sintomas de ansiedade e depressão. Uma revisão identificou tendências positivas no uso desses chatbots para melhorar a saúde mental, embora a qualidade das evidências ainda seja considerada baixa. Além disso, a acessibilidade e a disponibilidade 24 horas desses sistemas foram apontadas como vantagens significativas, especialmente para indivíduos que enfrentam barreiras no acesso à terapia tradicional. No entanto, foram levantadas preocupações quanto à capacidade desses chatbots em replicar a empatia humana e aos riscos associados à sua utilização sem supervisão profissional. Os chatbots e a inteligência artificial emergem como ferramentas promissoras na ampliação do acesso à Terapia Cognitivo-Comportamental, oferecendo suporte adicional para indivíduos com sintomas de ansiedade e depressão. Embora apresentem vantagens como a acessibilidade e a disponibilidade contínua, é crucial considerar suas limitações, especialmente no que tange à replicação da empatia humana e à necessidade de supervisão profissional. Futuras pesquisas devem focar na avaliação de longo prazo da eficácia desses sistemas e no desenvolvimento de diretrizes para sua integração segura e ética na prática clínica.

Palavras-chaves: Saúde mental, Terapia assistida, Inovações psicológicas, Suporte emocional automatizado.

ABSTRACT:

Cognitive-Behavioral Therapy (CBT) is a widely used psychotherapeutic approach for treating disorders such as anxiety and depression. In recent years, the integration of chatbots and artificial intelligence (AI) into CBT has been explored as an alternative to expanding access to psychological support. These “therapy bots” are AI programs designed to provide psychotherapeutic services, standing out for their accessibility and low cost. However, questions arise regarding their ability to emulate human qualities such as empathy and their effectiveness in clinical contexts. This study aims to evaluate the impact of chatbots and artificial intelligence on Cognitive-Behavioral Therapy, investigating their effectiveness in reducing symptoms of anxiety and depression, as well as user acceptability and satisfaction with this mode of intervention. A literature review was conducted in the PubMed, Medline, and SciELO databases using the terms “chatbots,” “artificial intelligence,” and “cognitive-behavioral therapy.” Studies published between 2015 and 2025 that assessed the use of AI-based chatbots in CBT interventions for anxiety and depression were included. Inclusion criteria covered studies with experimental and quasi-experimentais designs that presented results on effectiveness, acceptability, or user satisfaction. The analysis of the selected studies indicated that AI-based chatbots can contribute to reducing symptoms of anxiety and depression. A review identified positive trends in the use of these chatbots to improve mental health, although the quality of the evidence is still considered low. Furthermore, the accessibility and 24-hour availability of these systems were highlighted as significant advantages, especially for individuals facing barriers to accessing traditional therapy. However, concerns were raised regarding the ability of these chatbots to replicate human empathy and the risks associated with their use without professional supervision. Chatbots and artificial intelligence emerge as promising tools for expanding access to Cognitive-Behavioral Therapy, providing additional support for individuals with symptoms of anxiety and depression. While they offer advantages such as accessibility and continuous availability, it is crucial to consider their limitations, particularly in replicating human empathy and the need for professional supervision. Future research should focus on the long-term evaluation of these systems’ effectiveness and the development of guidelines for their safe and ethical integration into clinical practice.

Keywords: Mental health, Assisted therapy, Psychological innovations, Automated emotional support.

Introdução

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens psicoterapêuticas mais estudadas e eficazes para o tratamento de transtornos mentais, como ansiedade e depressão na atualidade (1). Baseada no princípio de que pensamentos ineficazes influenciam emoções e comportamentos, a TCC busca reestruturar padrões cognitivos negativos, promovendo mudanças significativas no bem-estar psicológico. No entanto, apesar de sua eficácia comprovada, o acesso à TCC tradicional enfrenta desafios significativos, como a falta de profissionais qualificados, custos elevados, entre outras barreiras sociais (4). Nesse cenário, a integração de tecnologias inovadoras, como chatbots e inteligência artificial (IA), tem sido estudada como uma alternativa viável para popularizar o acesso ao suporte psicológico.

Os “therapy bots”, ou chatbots terapêuticos, são programas de IA projetados para simular interações humanas e oferecer intervenções baseadas em comprovações, como a TCC. Essas ferramentas têm ganhado destaque por sua aproximação, custo reduzido e disponibilidade 24 horas por dia, características que as tornam particularmente atraentes para pessoas que enfrentam dificuldades em acessar serviços de saúde mental tradicionais (2). Além disso, a capacidade desses sistemas de fornecer suporte rápido e personalizado tem sido apontada como um fator esperançoso para a adesão ao tratamento.

No entanto, a aceitação de chatbots na TCC gera críticas e questionamentos. Um dos principais desafios encontra-se na capacidade dessas tecnologias de replicar virtudes humanas essenciais ao processo terapêutico, como a empatia e a capacidade de adaptação a contextos emocionais complexos (8). A empatia, em particular, é considerada um componente fundamental para o estabelecimento de uma aliança terapêutica eficiente, fator que está diretamente associado aos resultados positivos do tratamento (6). Além disso, preocupações éticas e práticas têm sido levantadas em relação ao uso de chatbots sem fiscalização profissional, especialmente em casos de transtornos mentais graves, onde a intervenção humana pode ser indispensável (5).

Apesar dessas limitações, estudos recentes têm apresentado resultados encorajadores em relação à eficácia dos chatbots baseados em IA para a redução de sintomas de ansiedade e depressão. Uma revisão baseada em estudos contemporâneos destacou que esses sistemas podem ser eficazes em contextos de baixa complexidade, oferecendo suporte complementar à terapia tradicional (3). Outras pesquisas apontam para a alta aceitabilidade dessas ferramentas entre os pacientes, que valorizam a conveniência e o anonimato proporcionados pelos chatbots (7).

Este estudo busca investigar o impacto dos chatbots e da inteligência artificial na Terapia Cognitivo-Comportamental, avaliando sua eficiência na redução da ansiedade e depressão. Além disso, estuda a aceitação dessas tecnologias pelos usuários e seu nível de satisfação. A finalidade é compreender se essas ferramentas podem complementar ou aprimorar o tratamento, oferecendo suporte acessível e eficiente para pessoas que enfrentam dificuldades emocionais e psicológicas no dia a dia.

Metodologia

Este estudo adotou uma abordagem de revisão de literatura sistemática para avaliar o impacto dos chatbots e da inteligência artificial (IA) na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), com foco na eficácia, aceitabilidade e satisfação dos usuários. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Medline e SciELO, utilizando os descritores “chatbots”, “inteligência artificial” e “terapia cognitivo-comportamental”. Foram incluídos artigos publicados entre 2015 e 2025, que abordaram o uso de chatbots baseados em IA para intervenções em TCC direcionadas a transtornos de ansiedade e depressão.

Os critérios de inclusão priorizaram estudos com delineamentos experimentais e quase-experimentais, que apresentassem dados quantitativos ou qualitativos sobre eficácia, aceitabilidade ou satisfação dos usuários. Foram excluídos estudos que não utilizavam chatbots baseados em IA ou que não se enquadravam no âmbito da TCC.

Marco Teórico

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma forma de psicoterapia que auxilia as pessoas a compreenderem a conexão entre seus pensamentos, sentimentos e ações. Desenvolvida na década de 1960 pelo psiquiatra Aaron Beck, essa abordagem baseia-se na ideia de que a modificação de pensamentos negativos pode levar a melhorias emocionais e comportamentais (9).

A TCC é um método prático e focado no presente. Durante as sessões, terapeuta e paciente trabalham juntos para identificar e modificar padrões de pensamento prejudiciais. Por exemplo, indivíduos com depressão podem aprender a reconhecer pensamentos automáticos negativos e substituí-los por interpretações mais realistas e positivas (10).

Pesquisas demonstram que a TCC é eficaz no tratamento de diversos transtornos mentais. Estudos indicam que ela tem sido amplamente utilizada para tratar depressão, ansiedade, transtornos alimentares, abuso de substâncias e alguns transtornos de personalidade. Além disso, a TCC pode ser combinada com medicamentos para tratar condições mais graves, como transtorno bipolar e esquizofrenia, aumentando sua eficácia em casos complexos (11).

Uma das vantagens da TCC é sua estrutura organizada e orientada para objetivos específicos. Essa característica facilita sua adaptação para formatos digitais, como aplicativos e programas online. Tecnologias como chatbots e inteligência artificial podem ser programadas para auxiliar os usuários na identificação e modificação de pensamentos negativos, tornando a terapia mais acessível para aqueles que não podem participar de sessões presenciais (9).

A TCC é uma abordagem terapêutica baseada em evidências que ensina os indivíduos a reconhecer e modificar pensamentos negativos que afetam suas emoções e comportamentos. Sua eficácia no tratamento de diversos transtornos mentais está bem registrada, e sua adaptação para plataformas digitais amplia seu alcance e acessibilidade, permitindo que mais pessoas se beneficiem dessa intervenção.

Transformação Digital na Saúde Mental

Nos últimos anos, o avanço das tecnologias digitais têm revolucionado o campo da saúde mental, introduzindo novas formas de intervenção que complementam ou, em alguns casos, substituem abordagens tradicionais. Uma dessas inovações é o uso de chatbots baseados em inteligência artificial (IA) na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Esses sistemas oferecem uma alternativa promissora para ampliar o acesso ao tratamento, especialmente em regiões com falta de profissionais de saúde mental ou onde existem barreiras geográficas e financeiras que dificultam o atendimento (12).

Chatbots são programas de computador projetados para simular conversas humanas, utilizando algoritmos de processamento de linguagem natural para interagir com os usuários. No contexto da TCC, esses chatbots fornecem intervenções terapêuticas estruturadas, guiando os usuários através de técnicas e exercícios que visam modificar padrões de pensamento disfuncionais. A acessibilidade desses sistemas é uma característica marcante, permitindo que indivíduos que enfrentam dificuldades em acessar serviços de saúde mental tradicionais recebam suporte psicológico de forma contínua e personalizada (13).

A conveniência oferecida pelos chatbots é especialmente atraente para jovens e pessoas que, por diversos motivos, resistem em buscar ajuda profissional. A possibilidade de interagir com um sistema automatizado pode reduzir o preconceito associado à procura por terapia, além de oferecer suporte imediato em momentos de necessidade. Estudos indicam que a disponibilidade 24 horas por dia desses sistemas permite intervenções oportunas, o que pode prevenir o agravamento de sintomas e fornecer alívio em situações de crise (15).

Além disso, a personalização das interações é um aspecto importante. Mecanismos de aprendizado de máquina podem adaptar as intervenções com base nas respostas dos usuários, refinando continuamente os planos de tratamento para aumentar a eficácia. Essa capacidade de ajuste dinâmico é fundamental para atender às necessidades individuais de cada usuário, proporcionando uma experiência terapêutica mais eficaz (15).

No entanto, é fundamental reconhecer as limitações dos chatbots na TCC. Embora possam ser eficientes na redução de sintomas leves a moderados de ansiedade e depressão, esses sistemas não substituem a interação humana. A capacidade de um terapeuta humano de compreender particularidades emocionais e contextuais é insubstituível, especialmente em casos de transtornos mentais graves ou crises emocionais. A falta de supervisão profissional em situações de emergência pode comprometer a segurança do indivíduo e a eficácia do tratamento (16).

A supervisão profissional é, portanto, um componente essencial para garantir a segurança e a eficácia das intervenções baseadas em IA. Os chatbots podem não ser capazes de identificar situações de risco, como ideação suicida, que exigem intervenção imediata e especializada. A ausência de uma conexão humana autêntica pode reduzir a participação ao tratamento e a satisfação dos usuários, especialmente em casos onde a empatia e o suporte emocional são fundamentais (16).

Os chatbots baseados em IA representam sim uma inovação significativa na área da saúde mental, oferecendo uma alternativa viável para ampliar o acesso à TCC. Sua acessibilidade, conveniência e capacidade de personalização são pontos positivos notáveis que podem beneficiar muitos indivíduos. Contudo, é fundamental observar e reconhecer suas limitações e garantir que sejam utilizados como ferramentas complementares, secundárias, e não como substitutos da terapia tradicional onde há uma interação pessoa a pessoa. A incorporação de chatbots na TCC deve ser acompanhada de supervisão profissional adequada para garantir a segurança e a efetividade do tratamento, especialmente em casos que requerem intervenções mais profundas e personalizadas (16).

Integração de Chatbots na TCC

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem terapêutica que visa modificar padrões de pensamento negativos para melhorar as emoções e comportamentos dos indivíduos. Usualmente, a TCC é conduzida por meio de sessões presenciais ou online com um terapeuta. No entanto, essa modalidade pode ser inacessível para pessoas que vivem em áreas remotas ou que possuem recursos financeiros limitados. Estudos indicam que barreiras como a falta de acesso a profissionais de saúde mental e os custos associados podem dificultar o tratamento adequado para muitas pessoas (17).

No contexto atual, os chatbots surgem como uma alternativa viável para ampliar o acesso ao suporte psicológico. Esses assistentes virtuais, programados para interagir com os usuários, oferecem atendimento contínuo e de baixo custo, permitindo que as pessoas busquem ajuda a qualquer momento e em qualquer lugar. Um exemplo claro o Woebot é um chatbot desenvolvido para auxiliar na identificação de padrões de pensamento negativos e no desenvolvimento de habilidades para trabalhar com emoções, fornecendo suporte emocional e orientação terapêutica de forma interativa (18).

Uma das vantagens dos chatbots é a capacidade de personalizar as intervenções com base nas necessidades específicas de cada usuário, ou seja, busca responder conforme o indivíduo interage expondo suas particularidades. Utiliza de algoritmos de inteligência artificial, esses sistemas podem coletar e analisar dados em tempo real, identificando padrões de pensamento disfuncionais e oferecendo respostas terapêuticas adequadas. Essa personalização é fundamental na TCC, que busca adequar as intervenções aos padrões cognitivos individuais que contribuem para o sofrimento emocional (8).

Além disso, a integração de chatbots na TCC pode ajudar a superar o tabu associado à busca por tratamento psicológico. Muitas pessoas evitam procurar ajuda devido ao medo de julgamento, discriminação ou até mesmo por pensar que suas particularidades sejam disseminadas entre os profissionais ou na sociedade. Os chatbots oferecem um ambiente anônimo e seguro, onde os usuários podem expressar suas preocupações sem receios, facilitando o acesso ao suporte necessário (19).

É de suma importância reconhecer as limitações dos chatbots no contexto terapêutico. Embora possam replicar aspectos da TCC e fornecer suporte inicial, eles não substituem a interação humana e a empatia oferecida por um terapeuta qualificado. Casos mais complexos ou graves de transtornos mentais requerem a intervenção de profissionais de saúde mental. Os chatbots devem ser vistos como ferramentas complementares, auxiliares que ampliam o acesso ao suporte psicológico, mas não substituem o tratamento tradicional (19).

A integração de chatbots na Terapia Cognitivo-Comportamental representa uma inovação promissora para tornar o suporte psicológico mais acessível e personalizado. Ao oferecer intervenções adaptadas às necessidades individuais e superar barreiras como custo e estigma, esses assistentes virtuais podem desempenhar um papel significativo na promoção da saúde mental. Contudo, é essencial utilizá-los de forma complementar, reconhecendo suas limitações e garantindo que a população tenha acesso a profissionais de saúde mental qualificados de maneira presencial (19).

Desafios na Replicação de Elementos Humanos

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem terapêutica que visa modificar padrões de pensamento negativos para melhorar as emoções e comportamentos das pessoas. Atualmente os chatbots têm sido integrados à TCC para ampliar o acesso ao suporte psicológico. No entanto, a eficiência desses chatbots depende de sua capacidade de replicar elementos essenciais da terapia tradicional, como a empatia e a aliança terapêutica (20).

A empatia é a habilidade de compreender e compartilhar os sentimentos do outro. Na TCC, ela é fundamental para estabelecer uma relação de confiança entre terapeuta e paciente. Estudos indicam que a empatia é um fator importante na relação clínica para terapeutas cognitivo-comportamentais, sendo uma habilidade que pode ser desenvolvida e aprimorada nos terapeutas (20).

Apesar de os chatbots possam simular respostas empáticas por meio de scripts pré-programados, sua capacidade de verdadeiramente compreender e responder a sutilezas emocionais complexas ainda é limitada. Essa limitação pode impactar a qualidade da interação e, consequentemente, a eficácia da intervenção. A ausência de uma conexão humana verdadeira pode reduzir a adesão ao tratamento e a satisfação dos indivíduos, especialmente em casos onde a empatia e o suporte emocional são fundamentais (21).

A aliança terapêutica é a colaboração entre terapeuta e paciente, sendo um fator crítico para o sucesso da TCC. Uma relação terapêutica positiva favorece o desenvolvimento da cooperação e participação nas metas estabelecidas e na resolução das queixas apresentadas pelo paciente (22).

A ausência de uma ligação humana verdadeira pode reduzir o comprometimento ao tratamento e a satisfação dos usuários, especialmente em casos onde a empatia e o suporte emocional são fundamentais. Embora os chatbots possam oferecer suporte inicial e auxiliar na identificação de padrões de pensamento negativos, eles não substituem a interação humana e a empatia oferecida por um terapeuta qualificado. É essencial que os chatbots sejam utilizados como ferramentas complementares, e não como substitutos da terapia tradicional (22).

Os chatbots podem ampliar o acesso à Terapia Cognitivo-Comportamental, porém sua eficiência depende da capacidade de replicar elementos essenciais da terapia tradicional, como a empatia e a aliança terapêutica. Devido a essas limitações, é importante que esses sistemas sejam utilizados como complementos, e não como substitutos, da interação humana na terapia (22).

O Papel Essencial da Supervisão Clínica

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é tradicionalmente conduzida por terapeutas qualificados que monitoram o progresso do paciente e ajustam as intervenções conforme necessário. O acompanhamento clínico é fundamental nesse processo, pois tem o objetivo de desenvolver competências profissionais essenciais, como conhecimento, habilidades e atitudes, garantindo a efetividade e a segurança do tratamento (23).

Com o avanço da tecnologia o chatbots têm sido incorporados como ferramentas auxiliares na TCC, oferecendo suporte psicológico acessível e imediato. No entanto, a ausência de supervisão humana nesses sistemas pode representar riscos significativos, especialmente em casos de transtornos mentais graves ou crises emocionais. A falta de um profissional para intervir em situações de emergência pode comprometer a segurança do usuário e a eficiência do tratamento (24).

Como já evidenciado, os chatbots podem não ser capazes de identificar situações de risco, como ideação suicida, que exigem intervenção imediata e especializada. A supervisão profissional é, portanto, um componente essencial para garantir a segurança e a eficácia das intervenções baseadas em inteligência artificial (8).

Apesar de os chatbots poderem oferecer suporte adicional na TCC, a supervisão profissional continua sendo essencial para garantir a segurança e a efetividade do tratamento, especialmente em situações de risco que requerem intervenção humana imediata (25).

Evidências de Eficácia dos Chatbots na TCC

Observa-se que apesar dessas limitações, estudos recentes têm demonstrado resultados positivos em relação ao uso de chatbots na TCC. Pesquisas destacaram que esses sistemas podem ser eficazes na redução de sintomas de ansiedade e depressão, especialmente em casos leves a moderados (3). A acessibilidade e a conveniência dos chatbots foram apontadas como fatores que contribuem para a adesão ao tratamento, particularmente entre jovens e indivíduos com dificuldades em buscar ajuda profissional (2).

Além disso, a disponibilidade 24 horas por dia permite que os usuários recebam suporte imediato em momentos de crise, o que pode prevenir a piora dos sintomas (8). Essa disponibilidade contínua é uma vantagem significativa em comparação com a terapia tradicional, que geralmente é limitada a sessões agendadas de forma presencial, onde muitas das vezes se torna de difícil acesso pela grande quantidade de demandas.

Embora existam limitações, pesquisas recentes indicam que o uso de chatbots na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ser benéfico. Uma meta-análise publicada em 2024 revelou que intervenções baseadas em chatbots de inteligência artificial podem reduzir significativamente os sintomas de depressão e ansiedade em adultos quando se encontram em graus iniciais, ou seja, em casos leves (26).

A acessibilidade e a conveniência desses sistemas são fatores que contribuem para a adesão ao tratamento, especialmente entre jovens e pessoas que enfrentam barreiras para buscar ajuda profissional, principalmente pelo medo ou vergonha de expor ao profissional o que realmente está sentindo ou o real motivo que lhe incomoda. Vários exemplos de chatbots foram desenvolvidos com base nos princípios da TCC, como os projetados para interagir com adolescentes que sofrem de depressão, oferecendo suporte acessível e imediato (27).

Além disso, a disponibilidade constante dos chatbots permite que os usuários recebam suporte imediato em momentos de necessidade, o que pode prevenir a piora dos sintomas. Essa disponibilidade diária é uma vantagem significativa em comparação com a terapia tradicional, que geralmente é limitada (8).

É importante sempre ressaltar que, embora os chatbots possam fornecer suporte básico e auxiliar na redução de sintomas leves a moderados, não podem ser substituídos pela empatia humana oferecida por um profissional qualificado (25).

Apesar das limitações, os chatbots baseados em TCC têm demonstrado potencial na redução de sintomas de ansiedade e depressão, especialmente em casos leves a moderados. Sua disponibilidade contínua são vantagens que podem aumentar a adesão ao tratamento, particularmente entre populações que enfrentam barreiras, como vergonha, medo, distância e sobretudo pessoas desigualdade social (28).

Aceitabilidade e Satisfação dos Usuários

A aceitabilidade dos chatbots pelos usuários também tem sido um foco de investigação. Pesquisas indicam que muitos indivíduos se sentem confortáveis em interagir com sistemas automatizados, especialmente quando há garantias de privacidade e confidencialidade (29). No entanto, a satisfação dos usuários pode variar dependendo da qualidade da interação e da capacidade do chatbots de fornecer respostas relevantes e empáticas.

Tratando de uma relação pessoa com máquina, respostas são geradas conforme o relato apresentado. Muitas das vezes respostas são apresentadas de forma incerta, faltando clareza, desconectadas com o que foi solicitado ou até mesmo apresentando respostas erradas (29).

Diante desse cenário, o que mais conta perante as pessoas é a acessibilidade de buscar resolver seus problemas de maneira on-line, com esse feito de não precisar se deslocar do seu refúgio a centros e consultórios específicos a aceitabilidade pelos chatbots cresce de forma espaçosa na sociedade atual (19).

A falta de personalização e a rigidez das respostas pré-programadas podem gerar frustração e reduzir a eficácia percebida da intervenção (7). Para melhorar a aceitabilidade, é fundamental que os chatbots sejam desenvolvidos com foco na usabilidade e na capacidade de fornecer respostas contextualizadas e empáticas.

Considerações Éticas e de Segurança

Do ponto de vista ético, a integração de chatbots na TCC levanta questões importantes sobre privacidade, consentimento informado e responsabilidade profissional. A coleta e o armazenamento de dados sensíveis dos usuários exigem medidas robustas de segurança para proteger a confidencialidade (5). Além disso, é fundamental que os usuários sejam informados sobre as limitações dos chatbots e sobre a necessidade de buscar ajuda profissional em casos de maior complexidade (8).

Dentro do contexto ético uma das principais preocupações é justamente a falta da busca por profissionais qualificados de maneira presencial, pois somente uma relação profissional e paciente levará a uma resposta clara e objetiva do que realmente o indivíduo está relatando (8).

A responsabilidade profissional também é uma questão crítica. Em casos onde os chatbots são utilizados sem supervisão humana, é necessário estabelecer diretrizes claras para garantir a segurança dos usuários e a qualidade do tratamento (5).

A transparência no desenvolvimento e na utilização de chatbots na TCC é essencial para evitar a disseminação de informações incorretas ou inadequadas. A ética no uso dessas tecnologias exige que essas plataformas de saúde mental assegurem que os termos sejam constantemente aprimorados e validados com base em evidências científicas. Sem não há uma garantia, risco de os usuários receberem orientações equivocadas pode comprometer sua saúde mental e dificultar ainda mais o acesso a um tratamento adequado (8).

Outro aspecto ético relevante é a equidade no acesso ao atendimento. Embora os chatbots possam ampliar a disponibilidade de suporte psicológico, é fundamental que sua implementação não substitua, mas complemente o atendimento profissional presencial. A inteligência artificial na saúde mental deve ser guiada pelo princípio da beneficência, garantindo que todos os indivíduos, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham acesso a um suporte qualificado e humanizado. Dessa forma, o equilíbrio entre inovação tecnológica e ética profissional se torna indispensável para um cuidado responsável e seguro (8).

Perspectivas Futuras

Assim, a integração de chatbots e IA na TCC representa uma inovação promissora para ampliar o acesso ao suporte psicológico, especialmente em contextos de escassez de recursos e profissionais. No entanto, sua eficácia e aceitabilidade dependem da capacidade desses sistemas de replicar elementos-chave da terapia tradicional, como a empatia e a personalização, bem como da implementação de diretrizes éticas e de segurança.

Futuras pesquisas devem focar no desenvolvimento de tecnologias mais avançadas, capazes de replicar com maior precisão as interações humanas, e na avaliação de longo prazo dos impactos dessas ferramentas na saúde mental. Além disso, é fundamental estabelecer diretrizes claras para a integração segura e ética dos chatbots na prática clínica, garantindo que esses sistemas sejam utilizados de forma complementar à terapia tradicional, e não como substitutos de profissionais qualificados.

Conclusão

Em síntese, pode-se afirmar que a integração de chatbots e inteligência artificial (IA) na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) representa uma inovação significativa no campo da saúde mental, oferecendo novas possibilidades para ampliar o acesso ao suporte psicológico. Este estudo buscou avaliar o impacto dessas tecnologias, com foco na eficácia, aceitabilidade e satisfação dos usuários, bem como nas limitações e desafios associados à sua implementação. De maneira geral, este estudo permitiu identificar tendências promissoras, mas também destacou questões críticas que precisam ser abordadas para garantir o uso seguro e eficaz dessas ferramentas.

Os resultados indicam que os chatbots baseados em IA podem ser eficazes na redução de sintomas de ansiedade e depressão, especialmente em casos leves a moderados (3). A acessibilidade e a disponibilidade contínua desses sistemas são vantagens significativas, permitindo que indivíduos em áreas remotas ou com recursos financeiros limitados recebam suporte psicológico de forma imediata e acessível (2). Além disso, a personalização das intervenções, possibilitada pela coleta e análise de dados em tempo real, é um fator que contribui para a adesão ao tratamento e a satisfação dos usuários (8).

No entanto, a eficácia dos chatbots na TCC depende de sua capacidade de replicar elementos-chave da terapia tradicional, como a empatia e a aliança terapêutica. A empatia, entendida como a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos do outro, é um componente essencial para o estabelecimento de uma relação de confiança entre terapeuta e paciente (6). Embora os chatbots possam simular respostas empáticas por meio de frases pré-programados, sua capacidade de efetivamente compreender e responder a particularidades emocionais complexas ainda é limitada (5). Essa limitação pode impactar a qualidade da interação e, consequentemente, a eficácia da intervenção.

Outro desafio significativo é a questão da supervisão profissional. A TCC tradicional é conduzida por terapeutas treinados, que monitoram o progresso do paciente e ajustam as intervenções conforme necessário. No caso dos chatbots, a ausência de supervisão humana pode representar um risco, especialmente em casos de transtornos mentais graves ou crises emocionais (7). A falta de um profissional para intervir em situações de emergência pode comprometer a segurança do usuário e a eficácia do tratamento. Além disso, os chatbots podem não ser capazes de identificar situações de risco, como ideação suicida, que exigem intervenção imediata e especializada.

A aceitabilidade dos chatbots pelos usuários também foi um foco de investigação. Pesquisas indicam que muitos indivíduos se sentem confortáveis em interagir com sistemas automatizados, especialmente quando há garantias de privacidade e confidencialidade (29). No entanto, a satisfação dos usuários pode variar dependendo da qualidade da interação e da capacidade dos chatbots de fornecer respostas relevantes e empáticas. A falta de personalização e a rigidez das respostas pré-programadas podem gerar frustração e reduzir a eficácia percebida da intervenção (7).

Do ponto de vista ético, a integração de chatbots na TCC levanta questões importantes sobre privacidade, consentimento informado e responsabilidade profissional. A coleta e o armazenamento de dados sensíveis dos usuários exigem medidas eficientes de segurança para proteger a confidencialidade (5). Além disso, é fundamental que os usuários sejam informados sobre as limitações dos chatbots e sobre a necessidade de buscar ajuda profissional em casos de maior complexidade (8). A responsabilidade profissional também é uma questão crítica, e diretrizes claras devem ser estabelecidas para garantir a segurança dos usuários e a qualidade do tratamento.

Os chatbots e a IA emergem como ferramentas promissoras para ampliar o acesso à TCC, oferecendo suporte adicional para indivíduos com sintomas de ansiedade e depressão. No entanto, sua eficácia e aceitabilidade dependem da capacidade desses sistemas de replicar elementos-chave da terapia tradicional, como a empatia e a personalização, bem como da implementação de diretrizes éticas e de segurança. 

Futuras pesquisas devem focar no desenvolvimento de tecnologias mais avançadas, capazes de replicar com maior precisão as interações humanas, e na avaliação de longo prazo dos impactos dessas ferramentas na saúde mental. É fundamental estabelecer diretrizes claras para a integração segura e ética dos chatbots na prática clínica, garantindo que esses sistemas sejam utilizados de forma complementar à terapia tradicional, e não como primeiro plano.

Referências

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1Acadêmico de Medicina – Orcid 0009-0009-7101-0808
2Acadêmico de Medicina – Orcid 0000-0001-9406-0263
3Acadêmico de Medicina – Orcid 0000-0003-4597-2818
4Acadêmico de Medicina – Orcid 0000-0002-6636-1621
5Acadêmico de Medicina – Orcid 0000-0001-8531-2895
6Acadêmico de Medicina – Orcid 0000-0003-2713-1505
7Acadêmico de Medicina – Orcid 0000-0002-9297-6427
8Acadêmico de Medicina – Orcid 0000-0002-7475-0950
9Acadêmico de Medicina – Orcid 0000-0002-8619-7179
10Orientadora, Médica e Docente de la Universidad Central del Paraguay – UCP Ciudad Del Este – Alto Paraná – Orcid 0009-0009-2053-9760