BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 

TOYS AND GAMES IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202505311802


Luciana Américo dos Santos1
 Co-autoras: Leuzeny Martins de Almeida Costa2; Isadora Martins da Costa2; Lucélia Oliveira de Lima2
 Professor/orientador: Prof./Esp.: Ivone Andrea de Oliveira Dias3


RESUMO 

O presente artigo aborda o quanto são importantes os brinquedos e brincadeiras na  Educação Infantil e o quanto o professor faz diferença na vida do aluno. A Educação  Infantil é a fase onde a criança se desenvolve e nesta fase que inicialmente ela  desenvolve o brincar que faz parte não só do universo infantil da criança, mas do adulto  também, e nesta fase que averiguamos o aprendizado garantindo à criança acesso a  processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens,  assim como o direito à proteção, a saúde, a liberdade, a confiança, ao respeito, a  dignidade, a brincadeira, a convivência e a interação com as outras crianças e as  primeiras amizades e a oportunidade de conviver com crianças e adultos que não  constituem a sua família, mas que também contribuem para a formação do Eu,  desenvolvendo os aspectos intelectual, emocional, social e motor. O brinquedo e a  brincadeira são a combinação perfeita para o dia a dia das crianças no ambiente escolar,  um espaço que proporcionará o desenvolvimento das múltiplas inteligências: lógico matemática, linguística, musical, espacial, corporal-cinestésica, intrapessoal,  interpessoal, naturalista e existencial. 

Palavras Chaves: Criança. Faz de Conta. Ludicidade. Brinquedos e brincadeiras.

ABSTRACT

This article discusses how important toys and games are in Early Childhood Education  and how much the teacher makes a difference in the student’s life. Early Childhood  Education is the phase in which the child develops and, in this phase, he or she initially  develops the ability to play, which is part not only of the child’s childhood universe, but of the adult’s as well. It is in this phase that we assess learning, guaranteeing the child  access to processes of appropriation, renewal and articulation of knowledge and  learning, as well as the right to protection, health, freedom, trust, respect, dignity, play,  coexistence and interaction with other children and the first friendships and the  opportunity to live with children and adults who are not part of their family, but who  also contribute to the formation of the Self, developing the intellectual, emotional,  social and motor aspects. Toys and games are the perfect combination for children’s  daily lives in the school environment, a space that will provide the development of  multiple intelligences: logical-mathematical, linguistic, musical, spatial, corporal kinesthetic, intrapersonal, interpersonal, naturalistic and existential. 

Keywords: Child. Pretend play. Playfulness. Toys and games. 

1. INTRODUÇÃO 

Este tema Brinquedos e Brincadeiras na Educação Infantil foi escolhido para  garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de  conhecimentos e aprendizagens, assim como o direito à proteção, a saúde, a liberdade, a  confiança, ao respeito, a dignidade, a brincadeira, a convivência e a interação com as  outras crianças. 

Proporcionando assim, condições para a criança desenvolver seu autoconceito,  independência, pensamento crítico, responsabilidade, espírito cooperativo e amizade,  oferecendo a oportunidade para a criança se desenvolver nos aspectos cognitivos, motor,  afetivo, social e na linguagem oral. As brincadeiras, os brinquedos e jogos exercem um  papel muito importante, pois as atividades que poderão ser realizadas vão muito além de  uma simples diversão, possibilitando uma aprendizagem que desenvolve diversas  habilidades, que irão contribuir e enriquecer o desenvolvimento intelectual da criança.  O brincar na educação infantil é uma atividade espontânea, existem uma variedade  enorme de brinquedos e materiais pedagógicos, o fato de a criança estar numa  brincadeira não representa um momento de lazer, mas sim uma forma gostosa de  aprender. 

Assim sendo, a Educação Infantil hoje é um dos temas que mais devemos  discutir, pois, ela é considerada uma das fases mais importantes da vida da criança, é nesta fase que a criança começa a aprender aquilo que irá levar para a vida toda e deve  ser discutido nos encontros de professores e pesquisadores do tema. Existe uma grande preocupação entre eles em relação ao ensino e à aprendizagem desta etapa, período,  este, que influenciará e formará a personalidade da criança. Um dos grandes desafios do  professor da atualidade é buscar estratégias e práticas inovadoras para ministrar o  currículo com qualidade que vise atender as necessidades de nossas crianças. 

Apesar de andarmos a passos largos nesse tema Educação Infantil, ainda estamos  engatinhando, diante disso, vamos estudar os fundamentos, concepções e teóricos que  procuram entender e compreender seus principais conceitos com o intuito de aprimorar  os métodos e inovações para as instituições de ensino. 

O artigo vem para justificar e realizar uma reflexão abordando a situação do  ensino, com o objetivo de construir novas concepções e abordagens sobre o tema e  contribuir para uma mudança significativa. 

Serão abordadas neste artigo funções essenciais para o desenvolvimento da  criança no período da Educação Infantil, os temas apresentados serão: A Criança, O Faz  de Conta a Ludicidade, Os Brinquedos e brincadeiras, A Importância do Brincar. 

Na Educação Infantil, devemos abordar pelo menos alguns eixos essenciais para  a aprendizagem – identidade e autonomia, movimento, música, artes visuais, linguagem  oral e escrita, natureza e sociedade e matemática. Cada um desses eixos desenvolve  habilidades diferentes: limites, afetividade, expressão, equilíbrio, autoestima,  autoconhecimento, autoconfiança, integração social, aprender resolver problemas de  natureza lógica, iniciar a compreender de forma simples o mundo em que está inserida. 

Para que a criança se desenvolva em todos os aspectos acima relacionados e a  eficácia do processo ensino aprendizagem seja alcançada são fundamentais o convívio  social e o contato com música, histórias, contos, jogos e brincadeiras. 

No artigo vamos refletir sobre o ambiente escolar e seu objetivo buscando meios  de aperfeiçoar e qualificar o ensino, pois os profissionais devem ser mais críticos e  criativos, melhorando e criando estratégias na qualidade de ensino. Cabe também a nós  professores propor e buscar alguns recursos de apoio para o processo de construção de  conhecimento, abordando eixos que venham propor mudanças nas práticas diárias. 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA 

Procuramos embasar nossa prática pedagógica, na concepção de Vygotsky, por  suas ideias de expandir a importância da interação e das brincadeiras para o  desenvolvimento da criança. Piaget afirma que a criança constrói seu conhecimento, por intermédio da interação e relação com o meio, e com as pessoas em sua volta, e sem  essa interação não há construção. Tanto a brincadeira como o jogo são essenciais para  contribuir no processo de aprendizagem. Por isso, ele afirma que os programas lúdicos  na escola são o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Sendo assim, essas  atividades se tornam indispensáveis à prática educativa, pois, contribuem e enriquecem  o desenvolvimento intelectual.  

A constituição de 1988 e a LDB de 1996 garante o direito das crianças à  educação infantil. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, prima  nessa etapa da infância das crianças de 0 a 06 anos que é considerado a educação básica. 

 As teorias de Wallon e Vygotsky são relevantes quanto a questões educacionais  modernas. Segundo eles as crianças constroem sua singularidade, o seu eu, no contato  com o adulto, e com outra criança e com o meio ambiente que o cerca. Para Vygotsky a  brincadeira, o jogo são atividades específicas da infância, nas quais a criança recria a  realidade usando sistemas simbólicos. Ele ainda classifica o brincar em três fases.  Sendo que na primeira fase a criança inicia seu distanciamento do seu primeiro meio  social, representado pela mãe, começa então a falar, a andar e a movimentar-se em volta  das coisas. A fase seguinte é caracterizada pela imitação, a criança copia o modelo dos  adultos. E a última fase se caracteriza pelas convenções que surgem através das regras e  normas associadas. Na concepção de Wallon, o termo infantil significa lúdico, pois toda  atividade da criança é lúdica quando é exercida por ela mesma. O brincar é uma forma  livre e individual. 

Nas teorias de Tizuko, ela relata que o desenvolvimento e a aprendizagem da  criança acontecem também através das brincadeiras. Para ela a criança que brinca  aprende antes de tudo a brincar, a controlar um universo simbólico particular. Froebel,  um grande estudioso, afirma que os jogos e as brincadeiras são muito importantes na  infância, por serem atividades que auxiliam a criança na sua determinação, auto-estima,  promoção de bem e do outro. 

 O professor Max G. Haetinger aborda que os benefícios dos jogos e as  brincadeiras a criança compreende e aceita a forma e os padrões de comportamento  pessoal e social, ter autoconfiança e sentir-se seguro em quaisquer situações, tendo  facilidade de solucionar e encarar situações novas, por meio de conhecimentos e habilidades já adquiridas, através de uma avaliação e análise de seus próprios  comportamentos como ser cidadão e participante de um grupo social. 

Comenius acredita que a criança aprende desde muito cedo, ressaltando que  toda a aprendizagem só ocorre por meio da prática, além disso, ele compara o saber  como uma dádiva, o que os educadores devem compreender é como proporcionar, aos  alunos, o acesso o que esses sabores podem lhes ensinar de forma positiva. Rousseau  busca valorizar a criança dentro do processo educacional, para ele a educação deve ser  baseada na atividade, pois a aprendizagem é adquirida através das experiências. Froebel  privilegia a atividade lúdica por perceber o significado e a função da brincadeira para o  desenvolvimento sensório-motor, e ainda criar métodos para ampliar a capacidade  intelectual através da relação com objetos, transformando-os de acordo com a  imaginação e a vivência. Dewey acredita que a atividade lúdica se torna um fator  decisivo para o desenvolvimento da criança, pois, em todos os tempos contou com essas  atividades como fonte importante na educação das crianças. Para ele, a escola deve  oferecer sugestões significativas, com o intuito de trabalhar conteúdos cotidianos da  vida social do aluno, ou seja, a realidade em que o mesmo está inserido. 

3. BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Os Brinquedos e Brincadeiras na Educação Infantil são importantes, pois quando  as crianças aprendem brincando elas têm muito mais facilidade de aprimorar o que está  sendo ensinado do que quando você impõe. Quando você propõe às crianças ambientes  que possam manipular objetos, brinquedos e interagir com outras crianças e  principalmente que possam aprender, você fornece a ela uma importante forma de  comunicação, e que vai auxiliar na aprendizagem, ajudando na construção da reflexão,  autonomia e da criatividade. Segundo RCNEI, Brasil, (1998),

brincar é umas das atividades fundamentais para o desenvolvimento da  identidade e da autonomia. A criança ao brincar, pensa e analisa sobre sua  realidade, cultura e o meio em que está inserida, discutindo sobre regras e  papéis sociais. Ao brincar a criança aprende a conhecer, a fazer, a conviver  e a ser, favorecendo o desenvolvimento da autoconfiança, curiosidade,  autonomia, linguagem e pensamento. O fato de a criança, desde muito cedo,  poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar  determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua  imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas  capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a  imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis  sociais (BRASIL, 1998, p. 22). 

Independente da época, cultura e classe social, o brincar faz parte da vida das  crianças, pois vivem em um mundo de fantasias, onde a realidade e o faz-de-conta se  confundem. De acordo com RCNEI, Brasil, (1998), brincar funciona como um cenário  no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de  transformá-la. É através do brincar que a criança forma conceitos, seleciona ideias,  percepções e se socializa cada vez mais. O brincar é uma atividade que auxilia na  formação, socialização, desenvolvendo habilidades psicomotoras, sociais, físicas,  afetivas, cognitivas e emocionais. Ao brincar as crianças expõem seus sentimentos,  aprendem, constroem, exploram, pensam, sentem, reinventam e se movimentam.  Fantasiando a criança revive angústias, conflitos, alegrias, desiste e refaz, deixando de  lado a sujeição às ordens e exigências dos adultos, inserindo-se na sociedade onde  assimilam valores, crenças, leis, regras, hábitos, costumes, princípios e linguagens: 

“As crianças são capazes de lidar com complexas dificuldades psicológicas  através do brincar. Elas procuram integrar experiências de dor, medo e  perda. Lutam com conceitos de bem e mal (KISHIMOTO, 2001, p.67)”. 

O Brincar é considerado uma atividade muito prazerosa devido a sua capacidade  de absorver a criança de forma única e intensa, possibilitando demonstrar sua  personalidade e conhecer melhor a si mesma.  

Segundo Kishimoto, (2001), enquanto a criança brinca, sua atenção está concentrada na  atividade em si e não em seus resultados ou efeitos. 

“É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto,  pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral; e é somente sendo  criativo que o indivíduo descobre o eu (WINNICOTT, 1975, p.80).”

O brincar é uma atividade natural, espontânea e necessária, ao brincar a criança  estabelece vínculos entre as características das brincadeiras, suas competências e as  relações que ela estabelece entre o real e o faz de conta, ou seja, a criança transforma os  conhecimentos que já possuem, de certa forma para brincar é preciso que as crianças  tenham certa independência, o brincar é uma necessidade física e um direito de todos.  

Portanto o brincar constitui-se, em uma atividade interna das crianças, baseada  no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou  mentira. Elas tornam-se autoras de suas brincadeiras introduzindo aí seus papeis  escolhidos e elaborado, onde elas colocam em prática suas fantasias e seus conhecimentos sem uma intervenção do adulto. (BRASIL, 1998, p.23). Segundo  Kishimoto, (2002), citando Fröebel, (1912c), brincar é a fase mais importante do  desenvolvimento humano. Fica claro então, que o brincar para a criança não é apenas  uma questão de diversão, mas também de educação, construção, socialização e  desenvolvimento de suas potencialidades. 

3.1. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR 

A brincadeira é uma representação da vida é por meio dela que as crianças buscam  experiências reproduzindo-as com as pessoas que o cerca. A brincadeira favorece a interação e a  construção de identidade, contribui para o aumento da autoestima e a construção da  subjetividade, para a melhor compreensão do mundo, das pessoas, dos sentimentos, etc. 

A brincadeira exerce papel fundamental no desenvolvimento intelectual da criança, pois  é através do brincar que a criança consegue sua independência. Ao desenvolver suas brincadeiras  as crianças utilizam as operações mentais, desenvolvendo o cognitivo, portanto, a criança  aprende brincando. Elas realizam atividades por iniciativa própria e por imitação das pessoas  que elas têm contato.

“O período educação infantil é uma nova fase da vida da criança, fase esta  de grande importância. O professor é responsável pelas primeiras  experiências da criança com um grupo social estruturado fora do lar, onde o  relacionamento dos membros é diferente do qual era acostumada, com  regras, hábitos e atitudes convenientes. Portanto, uma das finalidades  primordiais é adaptar o aluno à situação escolar. Durante este período  devem-se trabalhar os pré-requisitos, percepção visual, auditiva, tátil e  coordenação motora da criança.” (Santos e Simão, 2001: 10).

Antes de iniciar uma brincadeira com a criança o adulto deve explicar as regras de  forma firme, pois a criança precisa entender que se não respeitar a regra perderá o jogo, mas que  em outra partida ela poderá ganhar. Uma explicação clara, objetiva e sem gritos fará com que as  crianças entendam e respeitem as regras, além de aprender o ganhar e o perder. 

3.2. O PAPEL DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Se o brincar facilita a aprendizagem, então, é preciso que o professor interaja  com as crianças na hora das brincadeiras, com isso tende a aumentar sua capacidade  criativa mostrar entusiasmo, observar as crianças no decorrer do brincar fazendo  anotações no caderno de campo, é necessário que o professor participe, pois ele tem que  fazer parte do mundo de faz de conta da criança para que o educador examine o universo infantil é preciso ter um conhecimento teórico, prático, com capacidade de  observação e vontade, com isso a necessidade de planejar . 

Através do ato de planejar o educador passa a ter em mãos importantes  informações sobre o brincar. E essas informações definem critérios como: quanto tempo  uma determinada brincadeira ou jogo envolvem as crianças, quais as competências dos  jogadores, qual o grau de criatividade, de autonomia, iniciativa e criticidade, quais as  linguagens utilizadas pelos envolvidos, se possuem interesse, motivação, afetividade,  emoções e satisfação pelo brincar, se demonstram colaboração, competitividade,  interação, construção de raciocínio, argumentação e opinião. A ação do professor de  educação infantil, como mediador das relações entre as crianças e os diversos universos  sociais nos quais elas interagem, possibilita a criação de condições para que elas  possam, gradativamente, desenvolver capacidades ligadas à tomada de decisões, à  construção de regras, à cooperação, à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesmas  e ao outro, assim como desenvolver sentimentos de justiça e ações de cuidado para  consigo e para com os outros (BRASIL, 1998, p.43). No decorrer do brincar, através das  ações das crianças, é possível que o educador diagnostique problemas como valores  morais, comportamentos nos diferentes ambientes, conflitos emocionais e cognitivos,  ideias e interesses. Portanto o educador possui um papel de um facilitador, ora orienta e  dirige as atividades lúdicas, ora coloca as crianças como responsáveis de suas próprias  brincadeiras. É importante que o professor se organize e organize o espaço de forma a  estimular na criança a vontade de brincar, interagindo a teoria do professor com a  prática do aluno, acontece a valorização do conhecimento.  

De acordo com o RCNEI, Brasil (1998), o adulto pode auxiliar na distribuição  das funções, mas o interessante é que as crianças adquiram progressiva autonomia.  

4. METODOLOGIA  

A metodologia aplicada aqui é de pesquisa sendo realizada a revisão  bibliográfica de caráter qualitativo e descritivo, que pesquisados livros, dissertações e  artigos científicos, selecionados através de buscas nas seguintes bases de dados,  pesquisas junto às famílias, e as crianças em si. 

Os estudos aplicados por se tratar de um tema que envolve toda comunidade  educativa, principalmente as crianças que são as principais figuras deste artigo, levando  em conta que toda metodologia aplicada será voltada às crianças, pois o Brincar é considerado uma atividade muito prazerosa devido a capacidade de absorver a  criança de forma única e intensa, que demonstra personalidade e conhecer melhor a si  mesma.  

Elaborar uma revisão de forma crítica, manter os padrões de rigor que uma  pesquisa exige, com clareza de entendimento, promovendo reflexões e apontamentos  valiosos para realização de outras e futuras pesquisas sobre o assunto. (GANONG,  1987), por sua vez propõe uma análise construtiva através de uma produção científica  criteriosa que contribuiria na ampliação de discussões sobre novos métodos e  resultados, (SANTOS et al, 2013). 

5. RECURSOS E DISCUSSÕES  

Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer,  escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar, etc., para ampliar gradualmente o  conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento. 

Utilização dos recursos de deslocamento e das habilidades de força, velocidade,  resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras dos quais participa. Desafiar os alunos a passarem por dentro das caixas em sequência, ou seja,  devem iniciar pela maior caixa, dirigindo-se imediatamente para a de porte médio,  chegando a de porte pequeno. 

. Ampliar ainda mais o grau do desafio, aproximando as caixas completamente  de modo que os alunos tenham de criar uma estratégia de deslocamento para passar de  uma caixa maior para as menores e vice-versa. 

. Acrescentando mais caixas no percurso, unindo-as com fita adesiva, e tornando  a mais comprida. Sugere-se que a sequência de caixas ora contemple as de mesmo  tamanho, ora haja variação desses tamanhos para proporcionar desafios motores aos  alunos. 

. Propor a brincadeira do túnel em um local com muito espaço. Assim, novas  oportunidades de exploração corporal serão estabelecidas. 

Após a realização das brincadeiras será discutido entre os professores qual foi o  benefício e também a aprendizagem que as crianças obtiveram, se o que foi aplicado  junto a eles de acordo com o que está descrito no artigo conseguiu atingir seu objetivo,  que é as crianças aprender e a se divertir, pois Brinquedos e Brincadeiras na Educação  Infantil, propõe que além de aprender a criança também se divirta. 

6. AVALIAÇÃO: 

Acompanhar o desempenho dos alunos no decorrer das atividades, verificando  se: demonstram interesse por realizar a proposta;  

Experimentam e realizam movimentos em diferentes circunstâncias, de modo a  ampliar suas capacidades de deslocamento e coordenação; 

Adaptam os movimentos realizados em virtude das condições impostas pela  brincadeira. 

7. RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

É a principal parte do artigo que contém a exposição ordenada do assunto  tratado. Pode se dividir em seções e subseções, que variam em função da abordagem do  tema e do método.  

Os dados coletados devem ser organizados de forma a facilitar ao máximo a  análise e interpretação. Para tanto, deve-se utilizar os recursos adequados para  elaboração de planilhas, tabelas, gráficos, etc., levando em conta o tipo de análise a ser  realizada (metodologia). 

A discussão é o local do artigo que abriga os comentários sobre o significado  dos resultados, a comparação com outros achados de pesquisas e a posição do autor  sobre o assunto.  

Uma discussão sem estrutura coerente desagrada, daí a conveniência de  organizar os temas em tópicos. Cada um dos tópicos informa sobre uma faceta da  discussão e seu conjunto fornece os subsídios para se julgar a adequação dos  argumentos, da conclusão e de todo o texto. 

Em pesquisas com levantamento de dados ou experimentais que utilizam  entrevistas, prontuários, avaliações de pessoas ou animais é necessário inserir os  principais resultados obtidos com o desenvolvimento da pesquisa.  

Etapa reservada também para análise e interpretação dos dados em função dos  objetivos da pesquisa e das hipóteses, suposições ou conjecturas formuladas na  introdução do texto. 

8. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A partir das análises bibliográficas realizadas referentes ao tema deste artigo,  conclui-se que durante a infância a criança se torna única a singular, aprende a brincar e  ao aprender ela pensa, analisa sobre sua realidade, cultura e o meio em que está inserida, criando forma, conceitos, ideias, percepções e cada vez mais se socializa através de  interações. Ao brincar a criança se desenvolve integralmente, passa a conhecer o mundo  em que está inserida. Portanto, o brincar não é apenas uma questão de diversão, mas  uma forma de educar, de construir e de se socializar.  

Para que ocorra o brincar é necessária a presença de um profissional, o  professor. Ele é fundamental, pois favorece e promove a interação, planeja e organiza  ambientes para que o brincar possa acontecer, estimula a competitividade e as atitudes  cooperativas, o professor cria na criança a vontade de brincar, facilitando assim a  aprendizagem. 

9. REFERÊNCIAS 

BRASIL. Ministério da Educação e do Deporto. Referencial Curricular Nacional  para a Educação Infantil. Introdução Vol. 1 e 2. Brasília Mec 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Brinquedos e  brincadeiras nas creches: Manual e Orientação Pedagógica. Ministério da  Educação. Secretaria de Educação Básica. – Brasília: Mec/Seb, 2012.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas em Pesquisa Social. São Paulo: Atlas,1999

PIAGET. Jean. A formação símbolo da criança. Imitação, jogo e sonho; Imagem e  Representação. 2º ed. Rio de Janeiro; Zanhar, 1975. 

ROSSETI-FERREIRA, Maria Clotilde e talii (orgs). Os fazeres na Educação Infantil. 12º edição. São Paulo: Cortez, 2011. 

BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Projetos pedagógicos na educação infantil/ Maria Carmem Silveira Barbosa, Maria da Graça Souza Horn. – Porto Alegre: Grupo A,  2008.128p.; 23 cm. 

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001. ______. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 2002.


1Autora do artigo. Docente de Educação Infantil.

2Co- autoras do artigo. Docentes de Educação Infantil.

3Professor/orientador. Professora/ especialista em Letras Esp. Planejamento Educacional e Gestão  Escolar.