ERGONOMIA: COMO A SAÚDE DOS COLABORADORES IMPACTA POSITIVAMENTE OS RESULTADOS, COMO IMPLEMENTAR DENTRO DA EMPRESA?

ERGONOMICS: HOW DOES EMPLOYEE HEALTH POSITIVELY IMPACT RESULTS, HOW CAN IT BE IMPLEMENTED WITHIN THE COMPANY?

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505221310


Marysol Alves Ferreira1
Maria Terezinha Silva Neta2


Resumo

Este artigo aborda a importância da ergonomia como ferramenta estratégica para a promoção da saúde ocupacional e o aumento da produtividade nas empresas. O tema é fundamentado na compreensão de que a saúde física e mental dos colaboradores influencia diretamente nos resultados organizacionais, refletindo em menor absenteísmo, maior engajamento e melhor desempenho. A pesquisa tem como objetivo analisar os impactos da ergonomia no ambiente de trabalho e sua contribuição para o desempenho organizacional, evidenciando os benefícios tangíveis gerados para empregadores e empregados. Para tanto, foram utilizados métodos qualitativos, com revisão bibliográfica e análise de estudos de caso em empresas de diferentes segmentos. Os resultados indicam que a adoção de práticas ergonômicas, como a adequação de mobiliários, pausas laborais e treinamentos, contribui significativamente para a prevenção de doenças ocupacionais e para a melhoria do clima organizacional. Conclui-se que investir em ergonomia não apenas promove o bem-estar dos trabalhadores, mas também representa um diferencial competitivo ao otimizar os processos internos e reduzir custos com afastamentos e baixa performance.

Palavras-chave: Ergonomia. Saúde Ocupacional. Ambiente de Trabalho. Eficiência Organizacional.

1. INTRODUÇÃO

Na sociedade contemporânea, o trabalho ocupa uma posição central na vida dos indivíduos, influenciado por fatores como a necessidade de subsistência, o desenvolvimento econômico e as demandas impostas pelo mundo moderno. Nesse contexto, torna-se essencial a criação de ambientes laborais favoráveis, capazes de promover a motivação e a realização pessoal dos colaboradores (Fernandes; Gedrat; Vieira, 2023).

O trabalho, entendido como a atividade humana voltada à produção de bens, à prestação de serviços ou à consecução de objetivos específicos, configura-se como um elemento fundamental da vida social, estando diretamente associado à ocupação profissional e ao vínculo empregatício estabelecido mediante remuneração ou benefícios correlatos (Sousa et al., 2021). Todavia, ambientes de trabalho inadequados podem desencadear uma série de consequências adversas, sobretudo no que se refere à saúde física e mental dos trabalhadores (Pereira et al., 2020).

Conforme destaca Inácio Filho (2021), o êxito das organizações não decorre do acaso, mas sim da eficácia de sua gestão. Nesse sentido, os líderes organizacionais devem compreender as dinâmicas internas da instituição e reconhecer o valor do capital humano. Assim, torna-se imprescindível que as empresas atentem para os efeitos das condições de trabalho sobre o desempenho e a produtividade de seus colaboradores, fatores que impactam diretamente nos resultados financeiros da organização.

A ergonomia, enquanto campo do conhecimento científico, dedica-se ao estudo da interação entre o ser humano e os sistemas de trabalho, com o objetivo de otimizar o ambiente, os equipamentos e as tarefas laborais, promovendo a saúde, segurança, conforto e eficiência dos trabalhadores. A incorporação de princípios ergonômicos no espaço laboral constitui, portanto, um componente estratégico para a melhoria das condições de trabalho e, por conseguinte, para o incremento da produtividade organizacional (Diniz; Lima; Simões, 2024).

Diante desse panorama, o presente estudo tem por objetivo geral analisar os impactos da ergonomia no ambiente de trabalho e sua contribuição para o desempenho organizacional, evidenciando os benefícios tangíveis gerados para empregadores e empregados. Busca-se, ainda, como objetivos específicos investigar as repercussões da ergonomia na saúde e no bem-estar dos trabalhadores; avaliar sua influência na produtividade e na eficiência empresarial; bem como identificar as melhores práticas para a implementação ergonômica no contexto laboral.

A partir dessa perspectiva, a questão norteadora que orienta esta pesquisa é: como a ausência de ergonomia no ambiente de trabalho afeta a saúde dos colaboradores e, consequentemente, o desempenho e a produtividade das organizações empresariais?

A relevância deste estudo reside na constatação de que o ambiente de trabalho exerce influência direta sobre a qualidade de vida dos colaboradores, podendo tanto favorecê-la quanto comprometer seu equilíbrio físico e emocional. Os trabalhadores, enquanto sujeitos dotados de sentimentos e emoções, reagem às condições do meio, e tais reações podem ser positivamente moduladas por meio da aplicação de princípios ergonômicos no cotidiano organizacional. De acordo com Areb et al. (2024), a ergonomia é essencial, pois a empresa deve ser compreendida não apenas como uma entidade voltada ao lucro, mas como um sistema composto por indivíduos com características, necessidades e interesses diversos.

Nesse sentido, destaca-se a importância da Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17) -Ergonomia, que estabelece diretrizes para a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, com vistas a assegurar conforto, segurança e eficiência. Reconhecendo a sensibilidade humana frente aos estímulos do ambiente externo, diversos estudos na área têm impulsionado inovações no projeto de estações de trabalho, ferramentas, máquinas e sistemas produtivos (Andrade, 2024).

2. A ERGONOMIA COMO FATOR ESTRATÉGICO NO AMBIENTE DE TRABALHO

A ergonomia, tradicionalmente associada ao conforto e à saúde ocupacional, tem ganhado um novo papel nas últimas décadas, como um fator estratégico dentro das organizações. Sua aplicação vai além da simples adequação do posto de trabalho, passando a ser vista como uma ferramenta essencial para o aumento da produtividade, melhoria do clima organizacional e promoção do bem-estar dos colaboradores. Em um cenário cada vez mais competitivo e dinâmico, investir em ergonomia não apenas reduz riscos ocupacionais, mas também se alinha aos objetivos organizacionais de desempenho sustentável, inovação e retenção de talentos (Andrade; Tonin, 2023).

Assim, quanto ao conceito de ergonomia e sua evolução, cabe pontuar que a ergonomia é uma disciplina que estuda a adaptação das condições de trabalho às características fisiológicas, psicológicas e cognitivas dos seres humanos. Segundo a Associação Internacional de Ergonomia (IEA) e a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), trata-se da ciência que visa compreender as interações entre os elementos de um sistema e os seres humanos, com o propósito de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema. Isso envolve aspectos físicos (como mobiliário, iluminação, ruído), cognitivos (processamento de informações, atenção, tomada de decisão) e organizacionais (ritmos de trabalho, gestão de equipes, cultura organizacional) (Chrusciak et al., 2020).

Com a evolução das tecnologias e das formas de trabalho, o foco da ergonomia também se expandiu. Se antes ela estava voltada quase exclusivamente para o setor industrial, hoje está presente em escritórios, ambientes híbridos, home office e até mesmo em profissões criativas. Essa ampliação de escopo reflete uma compreensão mais holística do trabalho humano, onde o desempenho produtivo está diretamente relacionado à saúde física e mental do trabalhador (Oliveira; Keine, 2020).

É preciso falar da ergonomia como estratégia de gestão, pois, empresas que investem em ergonomia não o fazem apenas por exigência legal ou prevenção de acidentes, mas por reconhecerem seu valor estratégico. Um ambiente de trabalho ergonomicamente adequado contribui para a redução do absenteísmo, da rotatividade e de afastamentos por doenças ocupacionais. Além disso, melhora indicadores de desempenho, como eficiência operacional, qualidade dos produtos e serviços e satisfação do cliente (Diniz; Lima; Simões, 2024).

Ao implementar programas de ergonomia, a organização demonstra comprometimento com a saúde do trabalhador, o que impacta diretamente na motivação e no engajamento da equipe. O colaborador sente-se valorizado e tende a se engajar mais em suas tarefas, aumentando sua produtividade e contribuindo para um ambiente organizacional mais colaborativo e saudável. Estudos indicam que empresas com ambientes de trabalho saudáveis apresentam melhores resultados financeiros e índices de retenção de talentos (Fernandes; Gedrat; Vieira, 2023).

Além disso, a ergonomia pode atuar como uma ferramenta para inovação. A análise das tarefas, dos fluxos de trabalho e das interações entre pessoas e sistemas pode revelar oportunidades de melhoria, automação ou redesenho de processos. Dessa forma, a ergonomia contribui não apenas para o bem-estar, mas para a eficiência e modernização organizacional (Rodrigues; Merino; Casarotto Filho, 2021).

Quanto aos impactos da ergonomia nos resultados organizacionais, têm se os impactos positivos da ergonomia, que vão além do bem-estar imediato dos colaboradores. Um projeto ergonômico bem-sucedido pode influenciar diretamente os resultados estratégicos da empresa. Ao reduzir o número de afastamentos por lesões musculoesqueléticas, por exemplo, há uma diminuição significativa nos custos com saúde ocupacional e encargos trabalhistas. Além disso, a redução de erros e retrabalhos, comum em ambientes mal planejados ergonomicamente, contribui para o aumento da produtividade e da qualidade (Pereira et al., 2020).

Outro aspecto importante é a influência da ergonomia no clima organizacional. Ambientes saudáveis, confortáveis e adaptados às necessidades reais dos trabalhadores favorecem a cooperação, diminuem conflitos e estimulam a criatividade. A empresa se torna mais atrativa para novos talentos, criando um ciclo virtuoso de inovação e crescimento sustentável (Areb et al., 2024).

No contexto da responsabilidade social e da governança corporativa – Environmental, Social, and Governance (ESG), a ergonomia também ganha destaque. Empresas que demonstram preocupação com a saúde e segurança de seus colaboradores tendem a ser melhor avaliadas por investidores, parceiros e consumidores. Assim, a ergonomia passa a integrar as estratégias de reputação e sustentabilidade organizacional (Bastos; Barros Neto, 2025).

Também precisa-se falar dos desafios e caminhos para a implementação, porque, apesar dos benefícios evidentes, a implementação de uma cultura ergonômica estratégica ainda enfrenta desafios. Muitas organizações enxergam a ergonomia como um custo, e não como um investimento. Além disso, a falta de conhecimento técnico e de profissionais especializados pode dificultar a criação de projetos eficazes (Pereira, 2020).

A implementação bem-sucedida da ergonomia requer um diagnóstico preciso das condições de trabalho, o envolvimento de equipes multidisciplinares (como engenheiros, fisioterapeutas, psicólogos e gestores) e a participação ativa dos colaboradores. A escuta ativa das demandas da equipe e a análise do trabalho real, e não apenas do trabalho prescrito, são fundamentais para garantir intervenções efetivas (Arão; Macêdo, 2021).

Outro ponto essencial é a integração da ergonomia às políticas de gestão da empresa (Silva et al., 2024). Não basta fazer ajustes pontuais no mobiliário ou nas ferramentas; é preciso incluir a ergonomia nos processos decisórios, nos projetos de layout, na aquisição de equipamentos e na formulação de metas organizacionais (Rodrigues; Merino; Casarotto Filho, 2021).

As tecnologias digitais também oferecem novas possibilidades para a ergonomia estratégica. Ferramentas como sensores de movimento, inteligência artificial e realidade aumentada podem ser usadas para mapear padrões de comportamento, prever riscos e personalizar intervenções. Dessa forma, a ergonomia se alia à transformação digital, contribuindo para um modelo de gestão mais inteligente e centrado nas pessoas (Santos et al., 2021).

2.1 Ergonomia e qualidade de vida no trabalho: repercussões na saúde e bem-estar

A qualidade de vida no trabalho (QVT) trata-se de um conceito que vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões organizacionais contemporâneas, sendo associada à busca por condições laborais que promovam não apenas o desempenho profissional, mas também a saúde física, emocional e o bem-estar geral dos trabalhadores. Nesse contexto, a ergonomia surge como um dos pilares fundamentais para alcançar tais objetivos, ao propor a adaptação do ambiente, das ferramentas e das tarefas às capacidades e limitações dos indivíduos (Pinto; Casarin, 2021).

De acordo com Areb  et al. (2024), a ergonomia visa ajustar as condições de trabalho às características humanas, promovendo conforto, segurança e eficiência. A aplicação ergonômica adequada reduz a incidência de doenças ocupacionais, como lesões por esforços repetitivos (LER), distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), fadiga e estresse, que são alguns dos principais fatores de afastamento no Brasil. Esses problemas não afetam apenas a saúde do colaborador, mas geram custos significativos para as organizações e o sistema de saúde pública.

A promoção da ergonomia no ambiente laboral está diretamente ligada à valorização do trabalhador como ser humano integral, que possui necessidades físicas, cognitivas e emocionais. Ao adaptar o posto de trabalho, considerar pausas adequadas, oferecer mobiliário ajustável e respeitar limites de esforço físico e mental, a organização contribui para um ambiente mais saudável e humanizado. Dessa forma, a ergonomia ultrapassa a função preventiva e assume um papel de promoção da saúde e da qualidade de vida (Sampaio; Batista, 2021).

Além dos benefícios físicos, a ergonomia tem efeitos positivos sobre os aspectos subjetivos da experiência laboral. Um ambiente ergonomicamente planejado pode reduzir a tensão psicológica, aumentar a satisfação no trabalho e melhorar as relações interpessoais. Segundo estudos da área da psicologia organizacional, colaboradores que percebem que sua saúde e bem-estar são priorizados pela empresa tendem a apresentar maior comprometimento organizacional, motivação intrínseca e engajamento com suas tarefas (Pereira et al., 2020).

Essas repercussões vão ao encontro da abordagem contemporânea de gestão de pessoas, que enfatiza a criação de ambientes de trabalho saudáveis como estratégia para a retenção de talentos e fortalecimento da cultura organizacional. Além disso, a percepção positiva sobre o ambiente laboral também se reflete na imagem externa da empresa, influenciando sua reputação junto a clientes, investidores e à sociedade em geral (Sousa et al., 2021).

Cabe destacar que a ergonomia aplicada à promoção da qualidade de vida no trabalho não se limita ao espaço físico. A chamada ergonomia organizacional e cognitiva também desempenha papel central nesse processo. A ergonomia organizacional foca nas estruturas e políticas de gestão do trabalho, como turnos, ritmo de produção, formas de comunicação e tomada de decisão. Já a ergonomia cognitiva considera as capacidades mentais dos trabalhadores, como memória, atenção, percepção e carga cognitiva, buscando minimizar erros, sobrecarga e estresse mental (Kumagai; Munhoz; Akkari, 2021).

Nesse sentido, estratégias como flexibilização do trabalho, adoção de modelos híbridos, uso de tecnologias amigáveis e desenho participativo de processos são formas de integrar a ergonomia às políticas de QVT (Guerrero; Borges; Amaral, 2024). Tais práticas não apenas diminuem os fatores de risco psicossociais, mas também aumentam a autonomia, a sensação de pertencimento e a satisfação geral dos colaboradores (Pereira, 2020).

Ainda, torna-se importante ressaltar que a ergonomia voltada à qualidade de vida deve ser pensada de forma sistêmica e contínua (Guerrero; Borges; Amaral, 2024). Intervenções pontuais, sem acompanhamento ou participação efetiva dos trabalhadores, tendem a perder eficácia com o tempo (Arão; Macêdo, 2021). O sucesso de um programa ergonômico depende do compromisso da alta gestão, do engajamento das lideranças intermediárias e da escuta ativa dos colaboradores, que são os verdadeiros especialistas no seu próprio trabalho (Inácio Filho, 2021).

Assim, pode-se afirmar que a integração entre ergonomia e qualidade de vida no trabalho é um caminho estratégico para a construção de ambientes laborais mais saudáveis, produtivos e sustentáveis (Pereira, 2020; Pinto; Casarin, 2021; Areb et al., 2024). Ao reconhecer as necessidades humanas como centrais no processo produtivo, as organizações não apenas cumprem sua função social, mas também criam valor econômico de forma ética e duradoura (Pereira, 2020).

2.2 A influência da ergonomia na produtividade e na eficiência das organizações

A crescente complexidade dos ambientes de trabalho contemporâneos demanda das organizações estratégias cada vez mais eficazes para manter a produtividade e a eficiência operacional. Nesse contexto, a ergonomia emerge como um componente estratégico, ao oferecer soluções baseadas na adaptação das condições de trabalho às características humanas. Longe de se restringir à prevenção de doenças ocupacionais, a ergonomia tem se mostrado uma aliada essencial na busca por resultados organizacionais mais consistentes e sustentáveis (Arão; Macêdo, 2021).

A relação entre ergonomia e produtividade é direta, pois, ambientes de trabalho mal planejados podem gerar desconforto físico, fadiga, distrações e dificuldades de execução, o que compromete o rendimento das atividades e aumenta a incidência de erros e retrabalho. Por outro lado, condições ergonomicamente adequadas permitem que o colaborador realize suas funções com maior agilidade, segurança e precisão, o que impacta positivamente os indicadores de desempenho. A ergonomia bem aplicada contribui para que o trabalhador alcance níveis máximos de rendimento com o mínimo de esforço físico e mental (Kumagai; Munhoz; Akkari, 2021).

Além disso, o planejamento ergonômico favorece a padronização de processos e a otimização do tempo de execução de tarefas, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência operacional. Essa melhoria contínua pode ser percebida em diferentes setores produtivos, desde o chão de fábrica até os escritórios corporativos. A disposição adequada de equipamentos, a organização lógica dos fluxos de trabalho e a interface amigável entre homem e máquina são exemplos de intervenções ergonômicas que ampliam o desempenho coletivo e individual (Andrade; Tonin, 2023).

A ergonomia também influencia de maneira significativa a tomada de decisões gerenciais; pois, dados obtidos a partir de diagnósticos ergonômicos permitem identificar gargalos produtivos e fatores de risco que comprometem a fluidez das operações. A partir dessa análise, gestores podem implementar mudanças nos métodos de trabalho, na distribuição de tarefas ou na gestão do tempo, promovendo um ambiente mais eficiente (Santos et al., 2021). Em outras palavras, a ergonomia fornece informações relevantes para a gestão estratégica da produtividade (Inácio Filho, 2021).

Outro ponto fundamental está relacionado à redução do absenteísmo e do presenteísmo. Colaboradores que atuam em ambientes inadequados, sob sobrecarga física ou mental, tendem a apresentar queda de rendimento, mesmo quando presentes fisicamente. A ergonomia, ao promover o conforto e o bem-estar no ambiente laboral, contribui para a permanência saudável do trabalhador em sua função, reduzindo afastamentos e garantindo a continuidade do processo produtivo (Andrade, 2024; Silva et al., 2024).

Em termos econômicos, a ergonomia representa também uma forma de redução de custos operacionais. A prevenção de acidentes de trabalho, lesões por esforço repetitivo e afastamentos médicos evita gastos com tratamentos, indenizações e substituições de mão de obra. Além disso, a redução do turnover – comum em ambientes de trabalho com baixa qualidade ergonômica – permite que as empresas retenham talentos e preservem o conhecimento organizacional (Pereira et al., 2020; Areb et al., 2024).

O investimento em ergonomia também pode refletir na qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Profissionais que atuam em condições adequadas tendem a cometer menos erros, prestar mais atenção aos detalhes e entregar melhores resultados. Assim, a ergonomia se alinha diretamente à busca por excelência operacional e à satisfação do cliente, elementos-chave para a competitividade empresarial (Santos et al., 2025).

Torna-se ainda importante destacar que a produtividade impulsionada pela ergonomia não se baseia na exploração do trabalhador, mas sim na valorização de suas capacidades e na mitigação de fatores que dificultam seu desempenho. A ergonomia reconhece os limites humanos e propõe soluções que respeitam os ritmos biológicos, as necessidades de recuperação e as diferenças individuais. Com isso, promove uma produtividade sustentável, baseada no equilíbrio entre desempenho e bem-estar (Medeiros et al., 2024).

Portanto, a ergonomia se consolida como um instrumento de gestão que contribui diretamente para o aumento da produtividade e da eficiência das organizações. Sua aplicação estratégica, integrada às práticas de gestão de pessoas, saúde ocupacional e inovação, permite que as empresas operem com maior inteligência, sustentabilidade e responsabilidade social (Sousa et al., 2021).

2.3 Práticas eficazes de implementação ergonômica no contexto organizacional

A implementação de ações ergonômicas no ambiente organizacional exige mais do que a simples aquisição de mobiliário adequado ou a realização de ajustes pontuais. Para que a ergonomia cumpra seu papel estratégico de promoção da saúde, produtividade e bem-estar no trabalho, é necessário adotar práticas fundamentadas em diagnóstico técnico, planejamento participativo e gestão integrada. A abordagem deve ser sistêmica, contínua e adaptada à realidade da organização e de seus colaboradores (Chrusciak et al., 2020). 

Um dos primeiros passos para a implantação eficaz da ergonomia nas empresas é a realização de um diagnóstico ergonômico detalhado, também conhecido como Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Essa etapa permite identificar os fatores de risco presentes nas atividades, como posturas inadequadas, esforços repetitivos, iluminação deficiente, mobiliário inadequado, carga cognitiva excessiva, entre outros. A AET, prevista na NR-17 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), oferece subsídios técnicos para a tomada de decisão e para o desenvolvimento de intervenções específicas e eficazes (Diniz; Lima; Simões, 2024).

Após o diagnóstico, é essencial promover a participação ativa dos colaboradores no processo de implementação. Por meio de entrevistas, observações e grupos focais, é possível compreender o trabalho real, ou seja, como as atividades são realmente executadas no cotidiano, o que muitas vezes difere do que está descrito nos manuais e procedimentos. A escuta ativa dos trabalhadores permite ajustar as soluções às necessidades reais e aumenta a aceitação das mudanças propostas, promovendo o sentimento de pertencimento e valorização (Arão; Macêdo, 2021; Santos et al., 2021).

A capacitação de gestores e equipes também se mostra fundamental para o sucesso das ações ergonômicas. Líderes preparados têm mais facilidade para identificar sinais de desconforto, sobrecarga ou fadiga em suas equipes e podem atuar de forma preventiva. Além disso, a disseminação de uma cultura de ergonomia exige o envolvimento de todas as áreas da empresa, incluindo recursos humanos, segurança do trabalho, engenharia e tecnologia da informação, criando uma abordagem multidisciplinar e colaborativa (Silva et al., 2024).

Outra prática importante consiste na adequação física dos postos de trabalho. Isso inclui a escolha de mobiliário ajustável, equipamentos ergonômicos (como cadeiras com apoio lombar e mesas com altura regulável), adequação da iluminação, controle do ruído e climatização adequada dos ambientes. No caso de ambientes informatizados, é imprescindível a correta disposição de monitores, teclados, mouses e demais periféricos, de modo a evitar tensões musculares e fadiga visual (Rodrigues; Merino; Casarotto Filho, 2021).

Além das adaptações físicas, deve-se considerar também a organização temporal das tarefas, promovendo pausas regulares, rodízios de função e gestão adequada da carga de trabalho. Essas medidas não apenas reduzem o risco de lesões e doenças ocupacionais, como também melhoram a concentração e a performance cognitiva, principalmente em atividades que demandam atenção contínua (Andrade; Tonin, 2023).

Com o avanço da tecnologia, é possível utilizar ferramentas digitais para auxiliar a ergonomia. Softwares de mapeamento de movimentos, sensores de postura e plataformas de feedback em tempo real contribuem para o monitoramento das condições ergonômicas e facilitam intervenções personalizadas. Além disso, a análise de dados ergonômicos pode subsidiar políticas de saúde ocupacional mais assertivas (Oliveira; Keine, 2020).

Desse modo, torna-se imprescindível estabelecer indicadores de acompanhamento e avaliação das ações ergonômicas, que permitam mensurar os impactos das intervenções na saúde dos colaboradores e nos resultados organizacionais. Indicadores como redução de afastamentos, queda no número de acidentes, melhora nos níveis de satisfação e aumento da produtividade devem ser monitorados de forma contínua, assegurando a eficácia e a sustentabilidade das ações (Inácio Filho, 2021)

A implementação eficaz da ergonomia no contexto organizacional requer planejamento estratégico, diagnóstico técnico, envolvimento coletivo e gestão contínua. Quando bem aplicada, a ergonomia deixa de ser um custo ou obrigação legal, e passa a representar um diferencial competitivo e um compromisso genuíno com a saúde, o desempenho e o bem-estar das pessoas no ambiente de trabalho (Arão; Macêdo, 2021).

3. METODOLOGIA 

Foi realizada uma revisão exploratória/narrativa da literatura de fevereiro a abril de 2025, utilizando as bases de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO) e da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Buscando por revistas nacionais (em português) como a Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO) – https://www.scielo.br/j/rbso, Revista Produção – https://www.scielo.br/j/prod, Revista Gestão & Tecnologia – https://revistagt.fpl.edu.br/, Revista Psicologia: Organizações e Trabalho (rPOT) – https://www.scielo.br/j/rpot, Cadernos de Psicologia Social do Trabalho – https://www.revistas.usp.br/cpst, Revista Ação Ergonômica – http://www.abergo.periodikos.com.br, dentre outras. A pesquisa foi conduzida com o uso de descritores como “Ergonomia” e “Saúde do Trabalhador”, combinados pelo operador booleano AND. Complementarmente, foram consultados relatórios governamentais, teses acadêmicas e outros documentos relevantes relacionados à temática.

Foram incluídos artigos completos disponíveis nas bases e publicações institucionais, com restrições quanto ao período de publicação (2020 a 2025). Publicações fora do escopo temático foram excluídas. O processo de análise compreendeu a leitura dos títulos e resumos, seleção dos textos para leitura integral e resolução de eventuais divergências por consenso entre os revisores. As informações disponíveis permitiram uma análise sobre a relação entre saúde ocupacional, práticas ergonômicas e os impactos positivos nos resultados organizacionais.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

A importância de práticas eficazes de implementação ergonômica no contexto organizacional é discutida pelos autores. Como resultado é apresentado na Tabela 1 com informações como: autor/ano , título, objetivo, número de participantes e como a ergonomia impacta positivamente os resultados, em cada estudo.

Tabela 1: Informações dos estudos selecionados

Autor/AnoTítulo Objetivo Número de participantesErgonomia e resultados positivos 
Andrade e Tonin (2023)Análise Ergonômica do Trabalho: O Caso de uma Instituição Federal de Ensino Superior – Contraste entre o Trabalho Presencial e o RemotoAvaliar as condições ergonômicas dos postos de trabalho de uma unidade administrativa de uma IFES em teletrabalho parcial e os escritórios pessoais (home-offices), focando em aspectos físicos, cognitivos e organizacionais, contrastando trabalho presencial e remoto4 servidoresA melhoria das condições de trabalho (que afetam a saúde e o bem-estar) contribuem para o funcionamento global da unidade em termos de sua produtividade e não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores 
Bastos e Barros Neto (2025)Estudo sobre o home office em empresas privadas (tema principal)Traçar o perfil dos respondentes e mapear a percepção das pessoas em relação ao resultado geral da adoção do home office, sua eficácia durante a pandemia e o impacto nas práticas de gestão de pessoas121 participantesA pesquisa indicou que a percepção dos participantes sobre a adoção do home office durante a pandemia foi, em grande parte, positiva, considerando-o eficaz e com impacto favorável nas práticas de gestão de pessoas do ponto de vista do colaborador. Fatores como foco, qualidade de vida e produtividade foram identificados como relevantes
Kumagai, Munhoz e Akkari (2021)Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho: um estudo de caso no agronegócio brasileiroDiagnosticar a realidade de trabalhadores rurais sob o enfoque da ergonomia e da qualidade de vida no trabalho, utilizando como modelo uma empresa familiar agrícola no estado de São Paulo10 colaboradoresO estudo de caso no agronegócio brasileiro conseguiu diagnosticar a realidade de trabalhadores rurais sob o enfoque da ergonomia e da qualidade de vida no trabalho em uma empresa familiar agrícola
Oliveira e Keine (2020)Aspectos e Comportamentos Ergonômicos no TeletrabalhoCorrelacionar as orientações e cuidados ergonômicos das empresas e teletrabalhadores, analisando se a recomendação ou não recomendação impacta nas boas práticas ergonômicas pelos teletrabalhadores194 teletrabalhadoresA orientação fornecida pelas empresas sobre ergonomia impacta significativamente as práticas ergonômicas dos teletrabalhadores. Focando na adoção de práticas para evitar problemas (como comorbidades decorrentes da negligência)
Sampaio e Batista (2021)Estudo de caso sobre a importância da ergonomia no ambiente de trabalho em escritórioMostrar a importância da ergonomia no ambiente de trabalho em escritório, que impacta nos aspectos físicos e psicossociais dos colaboradoresAproximadamente 42 funcionários avaliados nos postos (de um total de 50 no setor)Demonstrou a importância da ergonomia ao identificar inadequações ergonômicas físicas, principalmente relacionadas ao equipamento e à postura sentada, e riscos psicossociais preocupantes em certas dimensões, como apoio social e qualidade de liderança

Fonte: Elaborado pelo autor (2025) 

Assim, de acordo com Areb et al. (2024), embora as Normas Regulamentadoras (NRs) sejam um ponto de partida indispensável, garantir efetivamente a segurança e a saúde no ambiente de trabalho requer um compromisso constante com o aprimoramento das condições laborais e a promoção da saúde dos colaboradores, indo além do mero cumprimento de regulamentações.

Medeiros et al. (2024) enfatizaram que a ergonomia e a segurança do trabalho são fundamentais para garantir a eficiência e o bem-estar dos trabalhadores em uma construtora. A ausência de práticas adequadas pode levar a acidentes e problemas de saúde, impactando negativamente a produtividade e a satisfação dos empregados. Similarmente, Kumagai, Munhoz e Akkari (2021) observaram que muitas atividades organizacionais (como as agrícolas, por exemplo), estão especialmente relacionadas a riscos ergonômicos, demandando atenção e práticas gerenciais assertivas a fim de minimizar danos físicos e cognitivos no colaborador, bem como sustentar sua satisfação no trabalho.

Pinto e Casarin (2021) afirmaram que a prática ergonômica voltada para a qualidade de vida no trabalho resulta em maior segurança, saúde e conforto para o profissional, bem como em maior eficiência no seu trabalho e no sucesso da organização. Os autores Rodrigues, Merino e Casarotto Filho (2021) destacaram que é papel da ergonomia mapear e entender as diversas formas de interação do trabalhador com suas ferramentas e o ambiente, buscando adequar o trabalhador dentro do sistema produtivo de modo que ele possa realizar suas atividades com eficiência e segurança, considerando suas capacidades físicas e cognitivas.

Sampaio e Batista (2021) ressaltaram que a saúde e o bem-estar dos colaboradores são essenciais ao bom desempenho de suas atividades cotidianas, e que uma empresa em constante desenvolvimento precisa adotar práticas que ajudem a prevenir doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. A pesquisa de Santos et al. (2021) concluiu que a ergonomia é uma área essencial tanto para a empresa quanto para os colaboradores, sendo fundamental para alinhar a qualidade de vida dos funcionários dentro da empresa com os melhores desempenhos, gerando menores perdas para a organização.

Adicionalmente, Andrade (2024) e Diniz, Lima e Simões (2024) argumentaram que a ergonomia tem uma importante contribuição para a segurança no trabalho, buscando tornar os sistemas produtivos mais seguros e melhorar a concepção na integração homem-máquina. A implementação eficaz de práticas ergonômicas é crucial para a saúde, segurança, conforto e bem-estar dos trabalhadores, a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, a minimização de danos físicos e cognitivos, a melhoria da produtividade e eficiência, e, consequentemente, para o sucesso e a competitividade das organizações. Essa implementação deve ir além da simples conformidade com as normas, exigindo um compromisso contínuo com a melhoria do ambiente de trabalho.

Os autores concordam que a implementação eficaz de práticas ergonômicas é fundamental no contexto organizacional, impactando positivamente a saúde, a segurança, o conforto e o bem-estar dos trabalhadores (Pinto; Casarin, 2021; Sampaio; Batista, 2021, Santos et al., 2021). Essas práticas são essenciais para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais (Medeiros et al., 2024; Sampaio; Batista, 2021), a minimização de danos físicos e cognitivos (Kumagai; Munhoz; Akkari, 2021), e a melhoria da produtividade e da eficiência (Medeiros et al. 2024, Pinto; Casarin, 2021). 

A ergonomia busca adequar o trabalho ao trabalhador, considerando suas capacidades (Rodrigues; Merino; Casarotto Filho, 2021), e contribui significativamente para a segurança no trabalho e a integração homem-máquina (Diniz; Lima; Simões, 2024). A implementação efetiva vai além do cumprimento das Normas Regulamentadoras, requerendo um compromisso contínuo com a melhoria das condições laborais (Areb et al., 2024) e, consequentemente, promovendo o sucesso e a competitividade das organizações (Pinto; Casarin, 2021; Santos et al., 2021).

5. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ergonomia, quando inserida de forma estratégica no ambiente organizacional, revela-se uma importante aliada na promoção da saúde, da qualidade de vida no trabalho e no aumento da produtividade. Ao adaptar o espaço, as ferramentas e os processos às necessidades dos colaboradores, é possível reduzir significativamente os riscos de doenças ocupacionais, melhorar o bem-estar físico e mental, além de favorecer o engajamento e a motivação das equipes. Essa valorização do ser humano como parte central do processo produtivo se reflete diretamente nos resultados da empresa, tanto em termos operacionais quanto em sua imagem institucional.

Implementar a ergonomia de forma eficaz exige planejamento, diagnóstico técnico, participação ativa dos trabalhadores e o compromisso das lideranças. Não se trata apenas de cumprir normas, mas de investir em um ambiente de trabalho mais funcional, saudável e sustentável. Dessa forma, a ergonomia se consolida não apenas como uma ferramenta de prevenção, mas como uma estratégia essencial para organizações que desejam crescer com responsabilidade, valorizando o capital humano e promovendo resultados de forma ética e duradoura.

6. REFERÊNCIAS

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1Discente do curso de pós-graduação em Segurança do Trabalho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) campus.de Governador Validares – Minas Gerais. E-mail: arquitetaeurbanistasoll@gmail.com
2Docente orientadora do curso de pós-graduação em Segurança do Trabalho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) campus de Governador Valadares – Minas Gerais. E-mail: mariatereza@ifmg.edu.br