PRINCIPAIS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA: UMA ANÁLISE DOS IMPACTOS DOS HÁBITOS DE VIDA E DAS COMORBIDADES CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

MAIN RISK FACTORS ASSOCIATED WITH THE DEVELOPMENT OF CHRONIC KIDNEY DISEASE: AN ANALYSIS OF THE IMPACTS OF LIFESTYLE HABITS AND CHRONIC NON-COMMUNICABLE COMORBIDITIES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505201058


Erlene Borges da Silva¹
Lisandra Evellen Silva de Oliveira¹
Luis Gomes da Rocha¹
Valdinéia Lima Bezerra¹
Keila Bezerra da Silva²


Resumo 

As causas principais da doença renal ou insuficiência renal, são diabetes mellitus e pressão arterial, as mesmas não sendo tratada esse indivíduo pode desenvolver rápido uma doença renal (DRC), basicamente se desenvolve-se do retardo das comorbidades e o manejo das complicações, muitos sintomas do simples ao mais grave pode levar esse indivíduo a óbito sem mesmo ter tempo de um tratamento de qualidade podendo ter uma vida prolongada, o tratamento se inicia por meio de orientações importantes, medicamentos e dieta e terapia substitutiva. Dentro desta perspectiva, o objetivo geral deste artigo é identificar quais são os fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença renal crônica. O presente trabalho é uma revisão integrativa da literatura, de caráter qualitativo, com o recorde temporal de 2019 a 2024. A princípio 119 artigos foram detectados, em que 12 se repetiam nos três cruzamentos nas bases de dados utilizadas (PUBMED, SCIELO E LILACS) e 49 não abordavam sobre funcionamento dos rins, fatores de ricos e assuntos pertinentes a doença renal crônica, mantendo-se assim 58 artigos, a partir da leitura integral dos presentes artigos, foram selecionados 14 artigos para compor a amostra desta pesquisa. Conclui-se que é possível observar que as doenças primárias é uma das principais causas das doenças renais crônicas e da insuficiência renal, reforçando a intervenção do enfermeiro na qualidade de vida do paciente, pois o enfermeiro de modo geral na assistência ele acompanha o paciente desde a promoção, prevenção e tratamento podendo exigir mudanças na rotina e vivência de cada paciente.

Palavras-chave: Doenças Renal Crônica. Fatores de Risco. Cuidados de Enfermagem.

1. INTRODUÇÃO 

A doença renal crônica ou aguda (DRC) é uma doença na maioria das vezes é silenciosa, quando os sintomas começam aparecer como: infecção urinária, urina espumosa, dificuldade de respirar, fadiga, câimbras, perda de apetite, confusão, náuseas e vômitos, esses sintomas são mais frequentes nos estágios mais avançado da doença, se tornando cada vez mais frequente na população, apesar de existir terapias substitutivas que podem preservar a vidas das pessoas. Estima-se aproximadamente 850 milhões de pessoas sejam portadoras da doença renal, em 2019, a doença foi responsável por 3,16 milhões de pessoas no mundo, se tornando uma crise mundial de saúde pública (Gouveia et al., 2023). 

As causas principais da doença renal ou insuficiência renal, são diabetes mellitus e pressão arterial, as mesmas não sendo tratada esse indivíduo pode desenvolver rápido uma doença renal, a DRC basicamente se desenvolve-se do retardo das comorbidades e o manejo das complicações, muitos sintomas do simples ao mais grave pode levar esse indivíduo a óbito sem mesmo ter tempo de um tratamento de qualidade podendo ter uma vida prolongada, o tratamento se inicia por meio de orientações importantes, medicamentos, dieta e terapia substitutiva. Quando há manifestações clínicas associadas à DRC, muitas vezes a doença está em estágio avançado, o que reduz a oportunidade de substituição de terapias que possam retardar a progressão da disfunção renal e prevenir possíveis complicações. Os tratamentos são invasivos e complexos, é necessário ser realizado em locais especializados como hospitais e clínicas (Saldanha et al., 2024). 

Podemos prevenir as doenças renais tratando as comorbidades e com hábitos mais saudáveis, e saber identificar de maneira precoce os sinais e sintomas. Devemos saber que na fase inicial da doença, pode ser silenciosa ou não, e os sintomas também por exemplo: a diminuição do quantitativo de urina e coceira na pele, nas fases mais avançadas vem acarreta sintomas que podem ser inseridos: inchaço nas pernas, diminuição de apetite, alterações na urina como espuma avermelhada e cansaço, pessoas com diabetes do tipo 1 é causada pelas distribuição das células capaz da produção de insulina e o anticorpos que atacam as células que produzem a insulina, a diabetes tipo 2 e resultado da resistência à insulina (Luyckx, Tuttle, Abdellatif, 2023). 

Entretanto a qualidade de vida e o tratamento hemodialítico do paciente estar diretamente influenciada pelos cuidados da equipe de enfermagem, desta  forma entende-se   que a enfermagem desempenha um papel importante, tanto clínico quanto  no  desenvolvimento  de atividades educativas junto ao paciente com DRC, principalmente  relativas ao  autocuidado, com  intuito de  conduzi-lo  à  sua independência, as intervenções direciona aos acontecimentos com paciente em hemodiálise proporcionando uma melhor qualidade no tratamento assim diminuindo os sintomas. Com a enfermagem desempenhando seu papel de forma correta voltada ao bem-estar do paciente evitando os riscos de infecção no tratamento (Siqueira et al., 2021). 

À medida que as doenças avançam as complicações maiores começam aparecer com: distúrbio mineral-ósseo, anemia, alterações eletrolíticas e hipercalemia, essas doenças são caracteriza pelas alterações do metabolismo do paciente, por não realizar o tratamento terapêutico o paciente pode vir a óbito. Com isso sugere-se a seguinte pergunta norteadora: Quais os fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença renal crônica? 

Os fatores de risco entre eles são: diabetes, hipertensão arterial, obesidade, tabagismo, histórico familiar de doenças renais, idade elevada com uso prolongado de certos medicamentos, todos estes fatores estão voltados diretamente relacionados aos hábitos de vida de cada indivíduo. A grande parte da população não tem conhecimento suficiente sobre o assunto (DRC), realizando o quanto antes os meios de prevenção. Portanto, a necessidade de realizar um estudo relacionado aos fatores de risco e assistência de enfermagem trará benefícios e irá fornecer insight que ofertaram informações relevantes tanto para cunho científico quanto para a sociedade em geral. Dentro desta perspectiva, o objetivo geral deste artigo é identificar os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença renal crônica.  

2. METODOLOGIA  

O presente trabalho é uma revisão integrativa da literatura, de caráter qualitativo, com a finalidade de identificar fatores de risco, epidemiologia, assistência do enfermeiro e evidências sobre as doenças renais no Brasil e seus tratamentos. A abordagem do contexto possibilita práticas em saúde ao reduzir incertezas e facilitar a tomada de decisão relacionada às ações e intervenções na assistência de enfermagem, um cuidado que gera mais efeito e eficiente à saúde pública. 

A revisão integrativa da literatura é uma metodologia de pesquisa que visa reunir, analisar e sintetizar os resultados de estudos sobre um tema específico, permitindo uma compreensão abrangente do conhecimento produzido até o momento. Diferentemente de outras modalidades de revisão, a integrativa possibilita a inclusão de estudos com diferentes abordagens metodológicas — qualitativas, quantitativas ou mistas — tornando-se uma ferramenta valiosa, principalmente na área da saúde e enfermagem, para fundamentar práticas baseadas em evidências (Mendes; Silveira; Galvão, 2008).  Este estudo percorreu quatro etapas fundamentais sendo: definição da pergunta norteadora, definição dos critérios de inclusão e exclusão dos artigos, definição das informações a serem coletadas dos estudos selecionados, e discussão dos resultados que podem não ser plenamente refletidas nos estudos analisados. Como demonstrado na Figura 1 abaixo.

Figura 1: Etapas desta RIL

Fonte: Autores, 2025.  

A busca de dados ocorreu na literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Scientific Electronic Library Online (SCIELO); Brazilian Journal of Nephrology (BJN); Revista Sociedade de Nefrologia; Ministério da Saúde e Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (PUBMED).  

Os critérios de inclusão buscaram artigos entre 2019 a 2024, que abordassem os fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença renal, a assistência de enfermagem e assuntos pertinentes que explicassem como os rins funcionam e que falassem sobre o tratamento hemodialítico. Os idiomas que foram inclusos para essa revisão foram apenas artigos em português e inglês. Como critérios de exclusão fizeram parte estudos duplicados, revisões superficiais e aqueles não estavam associados à temática e que não abordassem assuntos relacionados ao tema. 

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES  

A princípio 119 artigos foram detectados, em que 12 se repetiam nos três cruzamentos nas bases de dados utilizadas (PUBMED, SCIELO E LILACS) e 49 não abordavam sobre funcionamento dos rins, fatores de ricos e assuntos pertinentes a doença renal crônica, mantendo-se assim 58 artigos, a partir da leitura integral dos presentes artigos, foram selecionados 14 artigos (Figura 2), que se enquadram no assunto abordado nesse estudo, e que passaram por uma série de análise criteriosa para identificar e extrair os dados e argumentações necessárias que abordam o assunto desse trabalho, e todos foram organizados em Excel Microsoft versão 2019.

Figura 2: Fluxograma de busca dos artigos deste estudo

Fonte: Autores, 2025.  

É essencial compreender a realidade dos pacientes mediante a doença renal, e saber o que são elas de suma importância, prevenir e alertar as pessoas a cuidar da sua saúde renal e conhecer como é a estrutura de um rim e como ele funciona, trazendo informações atualizadas. Informações estas que foram analisadas minuciosamente, onde a leitura é agradável, coerente e prazerosa. Tendo em vista uma abordagem compreensível e acessível, sendo assim se faz necessário analisar a sua realidade, a fim de proporcionar assistência focada na identificação, prevenção, detecção, educação em saúde e tratamento das doenças, tendo em vista as condições do usuário. Abaixo encontra-se a Tabela 1 com os dados pertinentes tais como autores, ano, título e periódico deste estudo.

Tabela 1: Descrição dos artigos de acordo com autores, ano, título e periódico

Fonte: Autores, 2025.  

O Ministério da Saúde (2023), estima-se que cerca de 10% da população mundial sofra de DRC ou IRC, no Brasil a situação é alarmante, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas são afetadas, aproximadamente 90 mil brasileiros estão em diálise, e a taxa de morbimortalidade é significativa. Para mudar essa realidade anualmente em março é celebrado o Dia Mundial do Rim, a data é destinada à conscientização sobre os distúrbios renais e alerta para a necessidade do atendimento de qualidade aos pacientes diagnosticado 

Portanto é essencial compreender a realidade dos pacientes mediante a doença renal, e saber o que são elas de suma importância, prevenir e alertar as pessoas a cuidar da sua saúde renal e conhecer como é a estrutura de um rim e como ele funciona, trazendo informações atualizadas. Informações estas que foram analisadas minuciosamente, onde a leitura é agradável, coerente e prazerosa. Tendo em vista uma abordagem compreensível e acessível, sendo assim se faz necessário analisar a sua realidade, a fim de proporcionar assistência focada na identificação, prevenção, detecção, educação em saúde e tratamento das doenças, tendo em vista as condições do usuário. 

De acordo com Simões et al., (2021), a doença renal crônica já se tornou um grande problema de saúde pública, os rins por sua vez tendo comprometimento de forma progressiva ou irreversível esse paciente terá que adotar modalidades de terapias substitutivas (Diálise, Hemodiálise e transplante renal) que permite ter uma melhor qualidade de vida. O diagnóstico e o tratamento precoce de doenças crônicas constituem-se um verdadeiro desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS), para os trabalhadores da saúde e para a sociedade. A prevenção dessas doenças e de suas complicações é importante, não só para reduzir os gastos com a saúde, como também para proporcionar uma maior qualidade de vida da população. 

Os rins são órgãos vitais de extrema importância, eles são responsáveis por filtrarem o sangue, extraindo dele as toxinas e resíduos que no corpo não precisa, tudo foi citado o que acontece quando a doença já foi desencadeada, então tendo uma boa alimentação, um cuidado com a saúde, ter uma vida ativa, realizar uma atividade física, o indivíduo hoje consegue evitar desenvolver doenças crônicas e possível doença renal. 

Diante disso Vieira José (2023), afirma que os rins podem produzir urina com diferentes concentrações de água e substâncias, dependendo da necessidade do organismo, por isso eles podem regular vários parâmetros do organismo podendo manter a homeostase ou homeostasia (equilíbrio do meio interno), os rins são emparelhados no sistema urinário. A sua função é filtrar o sangue e produzir urina, por isso cada rim consiste em um córtex, uma medula e cálices. Os néfrons (nefrónios) por sua vez são as principais unidades funcionais do rim, pois é responsável pela remoção de resíduos metabólicos e excesso de água do sangue. 

Vieira José (2023) ainda ressalta que é o néfron é o centro principal de funcionamento do rim, pois é responsável por remover do sangue resíduos metabólicos e o excesso de água, há dois tipos principais de néfrons no rim: corticais que são tubos, mais curtos próximo a cápsula do rim e a justa medulares são tubulares, mas longos, estendendo-se profundamente a medula. Lourenço (2024), retrata que os néfron são compostos por quatro partes sendo elas: Corpúsculo renal, composto por glomérulo e cápsula glomerular Bowman; Sistema de túbulos renais composto por túbulo proximal contorcido; túbulo contorcido distal; e a alça de Hellen. 

Em consonância Orgobuiro, Fraiz Tum (2023), acredita que a filtração glomerular é o processo inicial na produção de urina. Ele é um processo passivo no qual a pressão hidrostática empurra o fluido e o soluto através de uma membrana sem necessidade de energia. A membrana de filtração tem três camadas: endotélio fenestrado dos capilares glomerulares que permitem a passagem de componentes sanguíneos, exceto as células; membrana basal, que é uma barreira física carregada negativamente que impede a permeação de proteínas; e processos podais de podócitos da cápsula glomerular que criam uma filtração mais seletiva.  

A Sociedade Brasileira de Nefrologia realiza anualmente, desde 1999, coleta de dados para o Censo Brasileiro de Diálise. O intuito dessa pesquisa é delinear o perfil dos pacientes em diálise e a realidade das clínicas de diálise no que tange a características dos métodos dialíticos, questões relativas ao perfil clínico/epidemiológico do paciente, adequação em diálise, acesso vascular, uso de medicações, mortalidade e transplante, dentre outros.  

A pesquisa mostra que em julho de 2019 o número total estimado de pacientes em diálise foi de 139.691, as estimativas das taxas de prevalência e incidência de pacientes em tratamento dialítico por milhão da população (PMP) foram 665 e 218, respectivamente (Neves et al., 2020). Entretanto Nerbass et al (2024) em julho de 2022, citam que o número total estimado de pacientes em diálise era de 153.831, as taxas estimadas de prevalência e incidência de pacientes por milhão (PPM) de habitantes foram 758 e 214, de modo relativo. Por fim, os mesmos autores concluem que as estimativas em 1º de julho de 2023, chegaram a 157.357 de pacientes em tratamento e 51.153 iniciaram a diálise em 2023. As taxas estimadas de prevalência e incidência de pacientes por milhão da população (PMP) foram de 771 e 251.  

Nas últimas décadas, essa iniciativa na Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) tem fornecido informações relevantes e proativas para o desenvolvimento de políticas e estratégias de saúde destinadas a melhorar o atendimento e a assistência de enfermagem em milhares de indivíduos em tratamento dialítico crônico em nosso país e como as estimativas vem mudando gradativamente de paciente realizando tratamento são cada vez maior a cada ano.      

Esse novo olhar para Benjamin Santos Moraes (2022), é que a grande parte da população não tem conhecimento suficiente sobre o assunto (DRC), portanto a melhor abordagem é os meios de prevenção o quanto antes. Os fatores de risco entre eles são: diabetes, hipertensão arterial, obesidade, tabagismo, histórico familiar de doenças renais, idade elevada com uso prolongado de certos medicamentos, todos estes fatores estão voltados diretamente relacionados aos hábitos de vida de cada indivíduo. 

Segundo o Ministério da saúde (2023), a diabetes tipo 1 e 2 está entre as principais causas (DRC) juntamente com hipertensão e obesidade, existe um programa chamado hiperdia é um programa do Ministério da Saúde que acompanha e cadastra pacientes com hipertensão arterial ou diabetes mellitus atendidos pelo sistema único de saúde (SUS). 

Albuquerque et al (2021), realizaram um estudo que abrange barreiras que quando os pacientes que adquirem as doenças renais crônicas a qualidade de vida tende a diminuir, e paciente com (DRC) em hemodiálise passa por inúmeras mudanças na vida social que não é favorável para seu bem-estar, como no trabalho na vida ativa sexual que vai adquirir alterações física e emocional. Com tudo isso ocasiona limitações em todos os aspectos: grupo social, lazer, até mesmo próprios familiares, com estes fatores o agravamento se torna mais propício com baixa qualidade de vida. A tomada de decisão de cada indivíduo é de suma importância para contribuição cuidado e preventivo voltado ao (DRC), pois redução de custos do tratamento e evitar óbito precoce. Vale mencionar que doenças renais crônicas não são transmissíveis (DCNT). 

Pereira e Leite (2019) abordam que a  qualidade de vida e o tratamento hemodialítico do paciente estar diretamente influenciada pelos cuidados da equipe de enfermagem, desta   forma, entende-se que a enfermagem desempenha um papel importante, tanto clínico quanto  no  desenvolvimento  de  atividades  educativas junto  ao  paciente  com  DRC,  principalmente  relativas ao  autocuidado, com o objetivo de conduzi-lo à sua independência, as intervenções direciona aos acontecimentos com paciente em hemodiálise proporcionando uma melhor qualidade no tratamento, assim diminui os sintomas e o riscos de infecção. 

Além disso, o estudo de Andrade et al (2021) destacaram que a enfermagem por sua vez tem uma importância crucial devido sua assistência a esses pacientes renais, no tratamento hemodialítico os cuidados com as fistula arteriovenosa a (FAV) e o cateter de duplo lúmen (CDL) para que não haja infecções, os cuidados com sinais vitais mantendo esses pacientes estáveis assim obtendo bons resultado no tratamento, na diálise peritoneal e realizado um treinamento no paciente e no acompanhante para conseguir realizar em casa com todo cuidado  e assim evitar infecções, pois em todos os tratamentos o maior índice hoje ainda é a infeção pelo manuseio dos acessos da (FAV) e do (CDL), podemos observar uma grande diminuição dessas taxas, devido esses cuidado e preparo. A enfermagem nefrologista é responsável por essa assistência direta seja aguda ou crônica para os pacientes obterem uma vida de qualidade. 

4. CONCLUSÃO 

A enfermagem é uma profissão da área de saúde que se dedica a cuidar, promover, prevenir, tratar e reabilitar a saúde de pessoas, famílias e comunidades. Os profissionais de enfermagem atuam em conjunto com outros profissionais de saúde para fornecer assistência holística aos pacientes, uma assistência mais humanizada, um tratamento de qualidade, voltada totalmente para o paciente. Com isso, as ações de enfermagem no âmbito do processo de hemodiálise, é possibilitar o melhor e um acompanhamento das reações dos pacientes e familiares, possibilitando intervenções imediatas em casos de emergências e contribuindo diretamente para a manutenção da vida do indivíduo. 

É possível observar que as doenças primárias são uma das principais causas das doenças renais crônica e da  insuficiência renal aguda, observando o índice de comorbidade a Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), estão no topo das doenças renais como fatores de risco, sendo elas doenças crônicas, não sendo bem tratadas elas podem evoluir para DRC OU IRA, isso pode ocorre em todas as faixa etária de idade, mas a grande maioria está concentrada nos idosos, pois o envelhecimento do corpo reduz a capacidade funcional. 

Tendo em vista que hoje no Brasil doenças renais tem se tornado uma crise mundial de saúde pública, podemos ver nos resultados epidemiológicos nos cinco anos anteriores, o objetivo desse deste estudo e chegar até a população e mostrar a importância preventiva das comorbidades demonstrando as formas de prevenção e fatores de risco pois é tratando e prevenindo que evitamos uma doença renal. Uma vez com a DRC os cuidados e tratamentos para algumas classes sociais, muita das vezes não chega ao tratamento, e esse paciente acaba chegando a óbito precoce. 

Assim possamos demonstrar como a assistência deve ser realizada podendo proporcionar no tratamento de melhor qualidade de vida, minimizando as intercorrências, as infecções, que hoje e maior índice no tratamento, o enfermeiro de modo geral na assistência ele acompanha o paciente desde a promoção, prevenção e tratamento, a enfermagem tem um papel primordial nas assistências e no cuidado com o paciente em tratamento. 

REFERÊNCIAS 

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¹Graduando em Enfermagem, Universidade Paulista (UNIP).
²Graduada em Enfermagem, Universidade CEUMA-Imperatriz, Especialista em Saúde da Mulher, Enfermagem do trabalho e em Saúde dos Povos Indígenas.