REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505191546
Fernanda De Souza Luz
Thallita Mascarenhas Silva
Orientador: Josy Barros Noleto de Souza
RESUMO
INTRODUÇÃO: O controle do câncer de mama no Brasil ganhou destaque na década de 1980, quando foi incluído no Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, proporcionando um cuidado mais amplo a essa neoplasia. O carcinoma mamário é uma neoplasia maligna que se origina na glândula mamária, decorrente de mutações genéticas em uma população celular específica, resultando em proliferação celular desregulada. É uma das principais causas de mortalidade feminina no mundo, muitas vezes assintomática em sua fase inicial. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura baseada em artigos indexados, estudos longitudinais, transversais e ensaios clínicos sobre o câncer de mama e suas variações. Foram considerados artigos publicados entre 2015 e 2024, totalizando 80 artigos, dos quais 8 foram selecionados para a revisão sistemática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O câncer de mama é uma das neoplasias mais prevalentes entre mulheres globalmente. Estudos indicam grande variação nas manifestações clínicas e nos perfis histológicos e moleculares da doença. Observou-se também a carência de políticas públicas efetivas voltadas à detecção precoce e ao tratamento adequado da doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O câncer de mama apresenta alta incidência e letalidade entre mulheres, exigindo maior atenção de profissionais da saúde, pesquisadores e do poder público. É necessário um esforço contínuo em pesquisa científica, investimento em saúde pública e promoção da educação em saúde para enfrentamento eficaz dessa neoplasia.
Palavras-chave: Câncer. Carcinoma de mama. Neoplasia mamária. Tumor.
ABSTRACT
INTRODUCTION: Breast cancer control in Brazil gained prominence in the 1980s when it was included in the Comprehensive Women’s Health Care Program, providing broader and more inclusive care for this type of neoplasm. Mammary carcinoma is a malignant neoplasm that originates in the mammary gland, resulting from genetic mutations in a specific cell population, leading to deregulated cell proliferation. It is one of the leading causes of female mortality worldwide, often asymptomatic in its early stages. METHODOLOGY: This is a literature review based on indexed articles, longitudinal and cross-sectional studies, as well as clinical trials addressing breast cancer and its variations. Articles published between 2015 and 2024 were considered, totaling 80 articles, of which 8 were selected for the systematic review. RESULTS AND DISCUSSION: Breast cancer is one of the most prevalent malignant neoplasms among women globally. Studies show significant variation in clinical manifestations and in the histological and molecular profiles of the disease. It was also noted that there is a lack of effective public policies aimed at early detection and proper treatment of the disease. FINAL CONSIDERATIONS: Breast cancer has a high incidence and lethality among women, requiring greater attention from healthcare professionals, researchers, and public authorities. Continuous efforts in scientific research, investment in public health, and the promotion of health education are essential for effectively addressing this neoplasm.
Keywords: Cancer. Breast carcinoma. Mammary neoplasm. Tumor.
1) INTRODUÇÃO
O controle do câncer de mama no Brasil tem como marco histórico a década de 80, quando foi incluído no Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e assim um cuidado mais abrangente e amplo foi dado a essa neoplasia (INCA, 2024).
Ainda sobre esta vertente leciona Marcos Desidérico Ricci:
Câncer de mama constitui um enorme problema humano e econômico para a sociedade global nos dias de hoje. Sua ocorrência tem aumentado em virtude do crescimento dos fatores de risco populacionais, como obesidade, inatividade física e padrões reprodutivos, associados com os fatores de desenvolvimento econômico e a urbanização, como casais com menos filhos, casamento tardio e amamentação insuficiente (RICCI, Marcos D, AMBRÓSIO, Aline. Sexualidade e Câncer de mama, 2019, p. 23).
Deste modo, diante da vasta quantidade de tipos e subtipos de câncer de mama a presente obra busca trazer apontamentos da literatura médica acerca desta temática tão importante, uma vez que no mundo atual (e futuro), as ocorrências da patologia tendem a ser mais frequentes, como bem disse o supramencionado autor, já que os fatores de risco aumentam, infelizmente, cada vez mais.
Nesse viés, aprofundando à patologia, o carcinoma mamário é uma neoplasia maligna que surge na glândula mamária como resultado de mutações genéticas em uma população celular específica, desencadeando um processo de proliferação celular desregulado. Este tipo de neoplasia representa uma das principais causas de mortalidade feminina globalmente, caracterizando-se frequentemente pela ausência de sintomatologia na fase inicial do seu desenvolvimento (DOURADO, et. al, 2022).
Os fatores de risco para o câncer de mama podem ser agrupados em três categorias principais: endócrinos/reprodutivos, comportamentais/ambientais e genéticos/hereditários. Os fatores endócrinos, predominantemente influenciados pelo estrogênio, incluem idade precoce na menarca, menopausa tardia, primeira gestação após os 30 anos, uso de contraceptivos orais contendo estrogênio e progesterona, e terapia de reposição hormonal pós-menopausa. Por outro lado, os fatores comportamentais/ambientais, como consumo de álcool, excesso de gordura corporal, falta de atividade física e exposição à radiação ionizante, possuem forte embasamento científico como elementos de risco para o desenvolvimento do câncer de mama (SILVA, et. al, 2023).
As estratégias de detecção precoce do câncer de mama compreendem duas abordagens fundamentais: o diagnóstico precoce, voltado à identificação precoce de indivíduos apresentando sintomas incipientes ou suspeitas da enfermidade, e o rastreamento, que se caracteriza pela realização de testes ou exames em uma população assintomática, visando detectar precocemente quaisquer alterações sugestivas de neoplasia mamária. Essa triagem tem por objetivo encaminhar mulheres com resultados anômalos para uma investigação diagnóstica detalhada, permitindo a implementação de intervenções terapêuticas precoces eficazes (BRAVO, et. al, 2021).
A mamografia, como método de imagem consagrado, desempenha um papel central tanto no rastreamento quanto no diagnóstico precoce do câncer de mama. Este exame tem a capacidade de identificar a doença em estágios iniciais, o que é crucial para a obtenção de resultados terapêuticos favoráveis. Ademais, quando associada a um tratamento adequado, a mamografia pode reduzir significativamente a taxa de mortalidade relacionada ao câncer de mama, alcançando uma diminuição de aproximadamente 60%. O rastreamento e a detecção precoce do câncer de mama são estratégias cruciais para orientar as abordagens terapêuticas mais eficazes, conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2021).
No contexto brasileiro, embora essas estratégias estejam bem estabelecidas, enfrentam desafios significativos em relação à sua efetiva implementação. É pertinente ressaltar que o câncer de mama persiste como a principal causa de mortalidade por neoplasia entre as mulheres no território nacional (FERREIRA, et. al, 2021). Nessa conjuntura, no Brasil, em 2023 foram confirmados aproximadamente 73.610 novos casos, já no Tocantins no mesmo ano esse número chegou a 401 notificações, fato esse que mostra quão perplexa é essa patologia (INCA, 2024).
2) METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de revisão de literatura desenvolvido com base em artigos indexados, bem como através de estudos longitudinais, transversais e ensaios clínicos acerca do câncer de mama e seus tipos. Procedeu-se à delimitação de artigos para revisão, cujo espaço temporal não ultrapassasse 10 anos. Assim como foram utilizadas as palavras-chaves presentes nos descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “neoplasia mamária”, “câncer”, “tumor”, “carcinoma de mama”.
A revisão foi desenvolvida com a busca nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Cochrane Databases of Systematic Reviews (CDSR) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Delimitando-se as pesquisas no período entre março de 2024 a março de 2025.
Na sequência, foram selecionados artigos cuja população e amostra estudadas sejam de indivíduos tanto do sexo masculino quanto feminino que tivessem sido diagnosticados com câncer de mama, tratados ou em fase de tratamento, cujo espaço temporal do diagnóstico seja de 2015 a 2024.
Como critérios de inclusão, foram considerados artigos originais, que abordem o tema pesquisado e acesso integral ao conteúdo do estudo, publicado nos períodos de 2015 a 2024, na língua inglesa e portuguesa, sendo considerados apenas estudos em humanos. As buscas se deram de forma independente e os artigos contém algumas palavras-chave incluídas no título e/ou resumo, relacionados exclusivamente ao câncer de mama e seus tipos. Já o critério de exclusão foi imposto em trabalhos que não estão em inglês ou português, ou estão duplicados e os que não se relacionaram com tema.
No que se refere às variáveis, o estudo é com base no câncer de mama e suas variações quanto aos tipos nos indivíduos acometidos por essa patologia. Sendo observado qual tipo de CA de mama presente em cada diagnóstico confirmado, além do sexo, raça, escolaridade e idade.
Por fim, foi realizada a coleta nas bases de dados PubMed MEDLINE, SciELO, CDSR e BVS. Os dados coletados serão analisados e tabulados de forma integrativa, aprofundando-se em cada tipo de câncer de mama visto nos artigos selecionados para revisão.
3) RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Com base nos estudos incluídos nesta revisão, foi observado que o câncer de mama ainda é uma das neoplasias malignas com maior prevalência entre as mulheres do mundo todo, sendo significativo impacto na mortalidade dessas pessoas. O Carcinoma Ductal Invasivo (CDI) é o mais evidente e prevalente, representando entre 70% e 80% dos casos, segundo os trabalhos de Lima e Donato (2020), Rosa (2021) e Vanzo (2023). A prevalência elevada demonstra a importância da execução de estratégias específicas de rastreamento deste subtipo, bem como seu tratamento, pois o subtipo em questão afeta mulheres com mais de 50 anos em sua maioria.
O Carcinoma Lobular Invasivo (CLI) é o segundo subtipo com maior prevalência, sendo sua incidência entre 5% a 15% dos casos. Amador e Lima (2022) apontam que este carcinoma tende a surgir em idades um pouco mais avançadas e traz consigo características próprias, tanto moleculares quanto histopatológicas, estando, entre elas, a perda da expressão de E-caderina, o que influencia de forma direta o comportamento invasivo do tumor. Há também a infiltração difusa no estroma mamário, o que dificulta a detecção precoce quando utilizados meios convencionais de imagem.
Também foi evidenciado a relevância dos carcinomas in situ, principalmente o Carcinoma Ductal In Situ (CDIS), representando cerca de 20% a 25% dos casos diagnosticados, sendo mais detectado em mulheres na faixa de 40 anos de idade. O rastreamento e a consequente identificação precoce da lesão são de suma importância para a prevenção de sua evolução/progressão para formas invasivas.
O Carcinoma Lobular In Situ (CLIS), demonstrou-se um subtipo raro, sendo sua incidência inferior a 5% e geralmente é detectado incidentalmente em exames, como de imagem e biópsias. Segundo Galhardo, Nascimento e Silva (2024), a relevância deste tipo está na sua representação de um fator de risco: o possível desenvolvimento para carcinoma invasivo no futuro, podendo alcançar uma das mamas ou ambas.
As manifestações clínicas, bem como os perfis histológicos e moleculares, tiveram variações significativas entre os subtipos. Um exemplo é o CDI, que tende a se manifestar através de um nódulo palpável, também a partir de secreção mamilar e alterações cutâneas. Enquanto isso, o CLI pode apresentar-se com espessamento difuso do tecido mamário. No aspecto molecular, os subtipos luminais do CDI se caracterizam por estar positivos para receptores hormonais, e negativos para HER2. Enquanto o subtipo HER2-enriquecido e o basal-like se mostraram mais agressivos e com menor resposta às terapias hormonais.
Como visto nesta revisão, os dados reforçam a necessidade do tratamento individualizado, a partir de diagnósticos precisos quanto ao subtipo histológico e molecular do câncer de mama, levando em consideração as características clínicas de cada um, bem como a idade da paciente e outros fatores importantes. Destaca-se também a importância da execução de políticas públicas que ampliem o acesso aos exames de imagem, como a mamografia, buscando sempre o diagnóstico mais precoce possível, principalmente nas regiões com menor oferta de serviços especializados, como é o caso do Estado do Tocantins, que, em 2023, registrou 401 casos segundo dados do INCA (2024).
4) CONSIDERAÇÕES GERAIS E SUBTIPOS DE CÂNCER DE MAMA:
O câncer de mama, uma entidade patológica multifacetada e intrincada, surge devido à desregulação cinética das células mamárias, desencadeando sua proliferação desenfreada e descontrolada. Esse processo resulta na formação de tumores com potencial invasivo e metastático, representando uma ameaça significativa à saúde do paciente. Esta condição abrange uma ampla gama de tipos histológicos, cada qual com características morfológicas e moleculares distintas que moldam sua evolução e suscetibilidade aos tratamentos disponíveis.
Entre os tipos histológicos mais prevalentes e clinicamente relevantes, destacam-se: a) Carcinoma Ductal Invasivo (CDI), b) Carcinoma Lobular Invasivo (CLI), c) Carcinoma Ductal In Situ (CDIS) e d) Carcinoma Lobular In Situ (CLIS). É imperativo compreender a heterogeneidade desses subtipos, uma vez que influenciam diretamente as estratégias terapêuticas adotadas (ALVES, 2023; PALMERO 2021).
Vejamos com mais detalhes os tipos prevalentes e relevantes:
• Carcinomas Invasores:
Discorre o professor Clécio Ênio sobre a temática:
O carcinoma é uma neoplasia maligna de mama ocasionada pela proliferação celular associada à perda da apoptose, levando ao aumento celular desordenado. Quando essa multiplicação celular rompe a membrana basal do epitélio da unidade ducto lobular terminal, denomina-se carcinoma invasor. Nesse momento são adquiridas tanto a propriedade de invasão do estroma adjacente como a possibilidade de metástases regionais e/ou à distância. A expressão carcinoma mamário invasor representa um grupo de neoplasias com vários subtipos e diferentes comportamentos biológicos, a exemplo da apresentação clínica e da resposta terapêutica (LUCENA, Clécio Ênio Murta de; MUSSI, Marcela Chagas L. Mastologia: do Diagnóstico ao Tratamento, 2025, p. 137).
Sendo que, segundo o mesmo autor, o carcinoma invasor pode ser classificado com base em seu padrão morfológico, assim como com base em suas características histológicas.
• Carcinoma Ductal Invasivo (CDI):
O Carcinoma Ductal Invasivo (CDI) é uma forma agressiva de câncer de mama caracterizada pela invasão das células malignas através dos ductos mamários, que são os condutos que transportam o leite para o mamilo. Essas células cancerosas têm a capacidade de romper as membranas basais dos ductos, permitindo sua disseminação para os tecidos circundantes, como o estroma mamário e os tecidos adiposos adjacentes (GALHARDO; NASCIMENTO; SILVA, 2024).
Entre as características do Carcinoma Ductal Invasivo estão os seguintes a) Invasão, uma vez que as células cancerígenas rompem a parede do ducto e acabam por invadir os demais tecidos mamários; b) Metástase, pois o CDI tem um grande potencial para se disseminar em outras partes do corpo por meio dos sistemas linfáticos ou sanguíneos; c) Variedade de subtipos, o CDI pode se manifestar em diferentes subtipos, com características moleculares distintas.
• Carcinoma Lobular Invasivo (CLI):
O Carcinoma Lobular Invasivo é uma forma específica de câncer de mama que se desenvolve a partir de mutações genéticas nas células produtoras de leite nos lobos da mama. Essas mutações desencadeiam uma proliferação celular anormal e descontrolada, levando à formação de um tumor no tecido mamário.
Uma característica distintiva do CLI é a capacidade das células cancerígenas de invadir os tecidos circundantes, incluindo o tecido conjuntivo e gorduroso adjacente. À medida que o tumor progride, as células cancerígenas podem se desprender e entrar na corrente sanguínea ou linfática, resultando em metástases em locais distantes, como gânglios linfáticos, ossos, fígado, pulmões e cérebro.
Os mecanismos moleculares subjacentes ao CLI incluem alterações na expressão de genes reguladores do ciclo celular, apoptose, angiogênese e adesão celular. Por exemplo, a perda da expressão da proteína E-caderina é uma característica comum do CLI, associada à capacidade invasiva das células cancerígenas.
O microambiente tumoral também desempenha um papel crucial na progressão do CLI, com fatores como inflamação, hipóxia e interações com o sistema imunológico influenciando o crescimento e disseminação do tumor. (AMADOR; LIMA, 2022).
• Carcinoma Ductal In Situ (CDIS):
O Carcinoma Ductal In Situ (CDIS) é uma condição pré-maligna na qual células anormais se acumulam nos ductos mamários, sem invadir os tecidos circundantes. Nesta fase inicial do câncer de mama, as células cancerosas permanecem confinadas ao interior dos ductos mamários, sem atravessar a membrana basal para invadir o estroma adjacente.
Sobre o tema, explica o professor Clécio Ênio Murta de Lucena:
O CDIS é uma lesão pré-neoplásica caracterizada pela proliferação de células epiteliais que revestem o ducto mamário. Diferentemente do carcinoma invasivo, o CDIS não invade as células mioepiteliais sobrepostas à membrana basal e por isso as células neoplásicas não originam metástases. Todavia, essa lesão pode evoluir para carcinoma ductal invasor, o que explica porque o diagnóstico de câncer de mama ainda no estado in situ pode melhorar drasticamente o prognóstico das pacientes (LUCENA, Clécio Ênio Murta de; MUSSI, Marcela Chagas L. Mastologia: do Diagnóstico ao Tratamento, 2025, p. 137).
Sua fisiopatologia envolve uma série de eventos que incluem a proliferação celular descontrolada e a potencial acumulação de mutações genéticas, como alterações em genes supressores de tumor e oncogenes. Essas células anormais podem formar microcalcificações nos ductos mamários, que são comumente detectadas em mamografias. (AMADOR; LIMA, 2022; NASCIMENTO, 2024)
• Carcinoma Lobular In Situ (CLIS):
Localizado nas glândulas em que produzem o leite materno e não atinge outros tecidos da mama se descoberto inicialmente, mas já tardio pode ter uma multifocal e se espalhar pela mama (GALHARDO; NASCIMENTO; SILVA, 2024).
O Carcinoma Lobular In Situ foi intitulado pela OMS como “neoplasia lobular”, no ano de 1978, e isso bastou para que fosse designado como espectro histopatológico e a hiperplasia lobular atípica. Como são tumores assintomáticos e sem achados patognomônicos em exames de imagem as formas de diagnósticos se dão por meio de achados ocasionais em exames laboratoriais ou excisões cirúrgicas (LUCENA, Clécio Ênio Murta de; MUSSI, Marcela Chagas L. Mastologia: do Diagnóstico ao Tratamento, 2025, p. 140).
O crescimento celular anormal é uma das características do CLIS, além de não ser invasivo, pois as células anormais ficam isoladas em lóbulos e não podem se espalhar para os demais tecidos mamários. Outra característica do CLIS é a indicação de um risco aumentado para desenvolver câncer de mama invasivo, o que pode atingir tanto a mama que foi afetada quanto ambas as mamas.
4.1 Manifestações clínicas, histológicas e moleculares do câncer de mama de acordo com os subtipos:
Os diversos tipos de câncer de mama apresentam características clínicas, histológicas e moleculares específicas. O Carcinoma Ductal Invasivo, como o mais comum, pode ser identificado clinicamente pela presença de um nódulo palpável na mama, alterações cutâneas como retração ou ulceração, secreção mamilar sanguinolenta e microcalcificações visualizadas em mamografias.
Microscopicamente, as células neoplásicas formam cordões e grupos irregulares, geralmente coesos entre si, além de trabéculas. O citoplasma é abundante e eosinofílico, os núcleos variam de regulares a pleomórficos, com nucléolos proeminentes. A presença de mitoses, microcalcificações e necrose pode variar.
Tratando-se de padrões moleculares, um dos subtipos moleculares mais estudados do CDI é o subtipo luminal, que geralmente expressa receptores hormonais (estrogênio e progesterona) e apresenta baixa expressão do gene HER2/neu (localizado no cromossomo 17 e está presente em certas superfícies que apresentam que desenvolvem câncer de mama). Dentro desse subtipo, podem ser distinguidos subgrupos adicionais com base em perfis de expressão gênica, como luminal A e luminal B, que diferem em sua expressão de genes associados à proliferação celular e ao prognóstico.
Além do subtipo luminal, o CDI pode ser classificado como HER2 enriquecido, caracterizado por alta expressão do gene HER2/neu, ou como basal-like, que frequentemente não expressa receptores hormonais ou HER2 e exibe características moleculares semelhantes aos carcinomas triplo-negativos (JIMENEZ, 2023; ROSA, 2021; VANZO, 2023).
O Carcinoma Lobular Invasivo, por sua vez, tende a infiltrar-se nos tecidos mamários de forma difusa, se manifestando como espessamento ou retração da pele mamária, alterações na textura da mama e, ocasionalmente, pode afetar ambos os seios simultaneamente.
Microscopicamente, caracteriza-se por células não coesas entre si, infiltrando o estroma em um padrão de fila indiana. Aproximadamente 85% dos casos apresentam perda da proteína E-caderina, responsável pela adesão celular, enquanto a maioria demonstra receptores hormonais positivos e negatividade para HER2. (ROSA, 2021; SILVA, et.al, 2023; VANZO, 2023).
O Carcinoma Ductal In Situ geralmente não manifesta sintomas perceptíveis e é detectado principalmente por meio de mamografias de rastreamento, onde agrupamentos de microcalcificações servem como marcador importante.
Histologicamente, apresenta proliferação de células anormais nos ductos mamários, exibindo diversas características morfológicas, como alterações na morfologia celular, perda da polaridade celular e diferentes padrões de crescimento.
Molecularmente, está associado a alterações genéticas específicas, como mutações em genes supressores de tumor, amplificações de genes oncogênicos e frequentemente perda de expressão da proteína E-caderina (VANZO, 2023; SILVA 2023; ROSSONI 2020).
Por fim, o Carcinoma Lobular In Situ, em geral, não apresenta sintomas evidentes, sendo detectado incidentalmente em exames de imagem mamária de rotina. No aspecto histológico, é caracterizado por células anormais nos lóbulos mamários, muitas vezes dispostas em “fila de formigas”.
No âmbito molecular, compartilha diversas alterações genéticas com o carcinoma lobular invasivo, como a perda de expressão da proteína E-caderina, mutações em genes supressores de tumor e amplificações de genes oncogênicos, como HER2 (VANZO, 2023; ROSSONI, et. al, 2020).
4.2 Características epidemiológicas dos principais subtipos de câncer de mama:
O câncer de mama é uma doença complexa que abrange diversos subtipos histológicos, cada um com características epidemiológicas distintas. O Carcinoma Ductal Invasivo desponta como o tipo mais prevalente, contribuindo significativamente para a maioria dos diagnósticos, representando aproximadamente 70-80% dos casos de câncer de mama. Este subtipo é mais comumente identificado em mulheres após os 50 anos, embora também possa afetar mulheres mais jovens (LIMA; DONATO, 2020).
Em contraste, o Carcinoma Lobular Invasivo é menos frequente, respondendo por cerca de 5-15% dos casos. Observa-se que o diagnóstico de CLI está frequentemente associado a uma faixa etária mais avançada em comparação com outros subtipos de câncer de mama, refletindo uma tendência para o surgimento em mulheres mais velhas. O Carcinoma Ductal In Situ, por sua vez, é considerado uma condição pré-maligna e representa aproximadamente 20-25% de todos os casos diagnosticados. Este subtipo é geralmente detectado em mulheres mais jovens, muitas vezes na faixa dos 40 anos, apresentando uma distribuição etária distinta em comparação com o CDI invasivo (LIMA, 2020; ROCHA, 2020).
Por fim, o Carcinoma Lobular In Situ é uma entidade rara, representando menos de 5% dos casos de câncer de mama. Similar ao CDIS, o CLIS é mais comumente diagnosticado em mulheres mais jovens, embora sua ocorrência seja menos frequente em comparação com outras formas de câncer de mama. (LIMA; DONATO, 2020; ROCHA, 2020).
4.3 Fatores de risco e subtipos histológicos do câncer de mama:
Os fatores de risco associados ao câncer de mama variam conforme os diferentes subtipos histológicos da doença e desempenham papeis distintos em sua patogênese. No Carcinoma Ductal Invasivo, destacam-se a idade avançada, história familiar, mutações genéticas (especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2, bem como em outros como PALB2, CHEK2, BARD1, ATM, RAD51C, RAD51D e TP53), exposição a estrogênio e obesidade. Estudos evidenciam uma associação significativa entre o excesso de peso e o desenvolvimento desta neoplasia, particularmente em mulheres em pós menopausa. Ademais, elementos como consumo de álcool, tabagismo, exposição à radiação ionizante e inatividade física também contribuem para sua etiologia (INCA, 2022; SILVA, 2020).
No Carcinoma Lobular Invasivo, além dos fatores mencionados, a densidade mamária emerge como um fator de risco relevante, influenciando a eficácia da mamografia na detecção precoce da neoplasia. O Carcinoma Ductal In Situ, considerado precursor do câncer invasivo de mama, está associado a fatores como história pessoal de CDIS, uso prolongado de terapias hormonais, contraceptivos orais e exposição exógena a estrogênio, que podem aumentar o risco de progressão para formas invasivas da doença.
No que diz respeito ao Carcinoma Lobular In Situ, embora o risco de desenvolvimento de carcinoma invasivo seja relativamente baixo, a história familiar de câncer de mama e o uso de terapia hormonal de reposição pós a menopausa surge como fatores de risco significativos. Estudos recentes indicam ainda que o CLIS pode servir como marcador de risco para o desenvolvimento de câncer de mama bilateral (SILVA, et. al, 2020; INCA, 2022).
4.4 Diagnóstico do câncer de mama de acordo com os subtipos histológicos:
O diagnóstico do câncer de mama é um processo multifacetado, empregando uma variedade de métodos de imagem e procedimentos clínicos. A avaliação começa com o exame clínico da mama, conduzido por um profissional de saúde qualificado, visando detectar quaisquer anormalidades palpáveis, como nódulos ou inchaços.
Em seguida, a mamografia é frequentemente utilizada como método primário de triagem e diagnóstico, baseando-se na obtenção de imagens radiográficas das mamas para identificar possíveis tumores. Adicionalmente, a ultrassonografia mamária pode ser empregada para avaliar áreas suspeitas identificadas durante o exame clínico ou detectadas na mamografia, sendo especialmente útil em mulheres com mamas densas (CAMPOS, et. al, 2022).
Para casos específicos, a ressonância magnética da mama pode ser indicada, particularmente em mulheres com alto risco de câncer de mama ou para avaliar a extensão do câncer em pacientes já diagnosticadas. No entanto, a biópsia permanece como o método mais conclusivo para confirmar a presença de câncer de mama.
A biópsia envolve a coleta de uma amostra de tecido da área suspeita para análise patológica, sendo realizada de várias formas, incluindo biópsia por agulha fina, biópsia por core, biópsia cirúrgica e biópsia de linfonodo sentinela (KAUFMANN, et. al, 2021)
É crucial ressaltar as nuances do diagnóstico em diferentes subtipos histológicos do câncer de mama. O Carcinoma Ductal Invasivo é frequentemente detectado através da mamografia e confirmado por biópsia, enquanto o Carcinoma Lobular Invasivo pode apresentar desafios diagnósticos devido à sua natureza difusa, tornando a ressonância magnética uma opção valiosa.
O Carcinoma Ductal In Situ, precursor do câncer invasivo de mama, pode ser identificado por meio de microcalcificações na mamografia, requerendo confirmação por biópsia.
Já o Carcinoma Lobular In Situ é diagnosticado incidentalmente em biópsias realizadas para outras condições mamárias, devido à natureza não nodular (ROJAS, et. al, 2022).
5) CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O câncer de mama está entre uma das neoplasias com maior incidência (e uma das mais letais) entre as mulheres de forma nacional e global, o que faz surgir a necessidade de uma atenção redobrada dos profissionais da saúde, dos membros das comunidades científicas e seus pesquisadores, bem como, não menos importante, do poder público com suas políticas públicas voltadas à essa temática. A presente obra se ateu ao aprofundamento e compreensão sobre as peculiaridades do câncer de mama, trazendo à tona sua prevalência e multiplicidade de subtipos, assim como suas características clínicas, moleculares e histológicas, diferenciando o diagnóstico, tratamento e prognóstico.
A identificação dos subtipos é fundamental para que seja delineado estratégias mais eficazes e personalizadas ao tratamento. O câncer de mama necessita de um olhar atento no que se refere às suas peculiaridades o que reforça a necessidade de que haja abordagens multidisciplinares e tecnologias mais sensíveis, como, por exemplo, a mamografia (indispensável na detecção precoce).
Ainda, há desafios que se fazem presentes, como a dificuldade no rastreamento e controle da doença no Brasil, mesmo com a existência de políticas públicas voltadas à esse problema. O acesso à saúde, à conscientização da sociedade e à capacitação técnica contínua dos profissionais da saúde são outros problemas a serem enfrentados.
Conclui-se, portanto, que o câncer de mama exige um esforço permanente sobre sua investigação científica, bem como nos investimentos no setor da saúde pública, também, não menos importante, na educação em saúde. Além disso, novos estudos devem ser estimulados, uma vez que isso contribui para o aprofundamento dos conhecimentos acerca do tema, trazendo maiores esclarecimentos quanto às especificidades moleculares e genéticas dos tipos tumorais, avançando, por consequência, a precisão da medicina e a diminuição dos índices de mortes causadas pela doença.
6) REFERÊNCIAS
- ALVES, L.E.S.; CARVALHO, F.L.; ANDRADE, L.G. Métodos diagnósticos de câncer de mama. Revista Ibero-americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 9, n. 11, p. 479–500, 2023. DOI: 10.51891/rease.v9i11.12149. Disponível em: <https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/12149\>. Acesso em: 5 abr. 2024.
- AMADOR, F.J.A.L.; LIMA, C.G.. Câncer de mama em mulheres jovens: diagnóstico e tratamento. Revista Multidisciplinar do Sertão, v. 4, n. 4, p. 401-409, 2022.
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