HIDROTERAPIA COMO TRATAMENTO PARA IDOSOS COM FIBROMIALGIA

HYDROTHERAPY AS A TREATMENT FOR ELDERLY PEOPLE WITH FIBROMYALGIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505190936


Hipólito Pessoa de Queiroz Neto1


RESUMO

A fibromialgia é um distúrbio caracterizado por dor musculoesquelética generalizada acompanhada de fadiga, sono, problemas de memória e humor. Os sintomas geralmente começam após um evento, como trauma físico, cirurgia, infecção ou estresse psicológico significativo. Em outros casos, os sintomas se acumulam gradualmente ao longo do tempo sem um único evento desencadeante. A hidroterapia se refere ao uso de água como terapia em qualquer forma. Por exemplo, pode atuar como tratamento para problemas temporários relacionados à pele, como queimaduras e úlceras sépticas, ou para condições crônicas de saúde, como artrite e fibromialgia. A terapia da água usa água quente ou fria, com a pressão e o fluxo da água variando entre os tratamentos. O trabalho teve por objetivo descrever a hidroterapia como fator fundamental contra a fibromialgia. Os objetivos específicos são descrever fibromialgia, conceituar a hidroterapia e analisar os benefícios da técnica.  A revisão de literatura realizada neste trabalho envolveu publicações indexadas no banco de dados eletrônicos Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e no PubMed. Os efeitos calmantes que a água quente tem sobre os sistemas nervoso e endócrino ajudam os corpos em uma “marcha mais baixa”, relaxando assim nós mentalmente. Este estado de intensificação relaxamento torna mais fácil para nós cair adormecido e ajuda a aliviar o estresse diário e a ansiedade. Quando os vasos sanguíneos se dilatam, o corpo espaço nosso sangue tem que preencher nossos corpos aumenta e, portanto, o sistema sistêmico geral pressão arterial diminui. As dores de cabeça são muitas vezes provocadas pela alta pressão no artérias do crânio, então reduzir a pressão arterial ajuda a evitar que isso aconteça. É visto que a fibromialgia é uma patologia grave e que afeta o estilo de vida de quem a porta, por este motivo levar qualidade de vida e a inovação  nos tratamentos bem como a realização da indicação correta os mesmos fazem parte de uma rotina essencial na qualidade de vida.

Palavras- chaves: Fibromialgia; Hidroterapia; Tratamento. 

1. INTRODUÇÃO 

A fibromialgia é um distúrbio caracterizado por dor musculoesquelética generalizada acompanhada de fadiga, sono, problemas de memória e humor. Os pesquisadores acreditam que a fibromialgia amplifica as sensações dolorosas, afetando a maneira como o cérebro e a medula espinhal processam sinais dolorosos e não dolorosos (ZIANI, et al, 2017).

Os sintomas geralmente começam após um evento, como trauma físico, cirurgia, infecção ou estresse psicológico significativo. Em outros casos, os sintomas se acumulam gradualmente ao longo do tempo sem um único evento desencadeante. As mulheres são mais propensas a desenvolver fibromialgia do que os homens. Muitas pessoas que têm fibromialgia também têm dores de cabeça tensionais, distúrbios da articulação temporomandibular (ATM), síndrome do intestino irritável, ansiedade e depressão (VERSAGI, 2015).

Embora não haja cura para a fibromialgia, uma variedade de medicamentos pode ajudar a controlar os sintomas. Medidas de exercícios, relaxamento e redução do estresse também podem ajudar  (ZIANI, et al, 2017).

A hidroterapia se refere ao uso de água como terapia em qualquer forma. Por exemplo, pode atuar como tratamento para problemas temporários relacionados à pele, como queimaduras e úlceras sépticas, ou para condições crônicas de saúde, como artrite e fibromialgia. A terapia da água usa água quente ou fria, com a pressão e o fluxo da água variando entre os tratamentos. A intenção é aliviar os sintomas físicos e mentais. Algumas práticas de hidroterapia são tão simples quanto sentar em um banho quente, que as pessoas podem fazer em casa. Outras práticas envolvem locais ou equipamentos especializados, como uma sauna fria.

Mediante ao expositivo vem-se a necessidade de se responder a seguinte pergunta: “Quais os benefícios que a hidroterapia pode combater a fibromialgia?”

O trabalho teve por objetivo descrever a hidroterapia como fator fundamental contra a fibromialgia. Os objetivos específicos são descrever fibromialgia, conceituar a hidroterapia e analisar os benefícios da técnica. 

A revisão de literatura realizada neste trabalho envolveu publicações indexadas no banco de dados eletrônicos Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e no PubMed. Os descritores utilizados para a busca de estudos foram: “Fibromialgia”, “Hidroterapia”, “Tratamento não farmacológico da fibromialgia apela hidroterapia”. Foram também realizadas buscas por seus correspondentes em língua inglesa: “Fibromyalgia”, “Hydrotherapy”, “Non-pharmacological treatment of fibromyalgia calls for hydrotherapy”.

Como critério de inclusão, definiu-se a utilização de artigos completos de acesso livre, publicados em português e inglês nos últimos cinco anos (2018-2022). Os critérios de exclusão foram artigos que não estavam disponíveis na íntegra e sem consonância com a temática de estudo. Os dados foram extraídos e depositados em fichas/planilhas específicas utilizadas para a extração de dados. Os trabalhos selecionados, com base nos critérios de inclusão e exclusão, foram mantidos em pastas, formando uma análise específica.

 Após a seleção, conforme os critérios de inclusão e exclusão, os artigos foram lidos criteriosamente de acordo com o que mais se encaixava no tema abordado e ao final da revisão foi utilizado um total de trinta artigos considerados relevantes para o estudo. 

2. CAPÍTULO 1: FIBROMIALGIA 

Como se trata de uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto à dor, a fibromialgia cursa com sintomas de fadiga, sono não reparador, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. A pessoa com FM possui grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura pelo examinador ou por outras pessoas (ALFARO-CASTRO, 2022).

A incidência ocorre na maior parte em mulheres. Não se sabe a razão porque isto acontece. Não parece haver comprovações que tenha relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa. Talvez os critérios utilizados hoje no diagnóstico da FM tendem a incluir mais mulheres (ASCENSO et al., 2021).  

Geralmente a idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos, não se pode esquecer casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes. A prevalência da fibromialgia foi estimada em cerca de 1% -2% (3,4% para mulheres e 0,5% para homens). Porém ainda é uma condição mal compreendida e difícil de diagnosticar(DE CASTRO, 2022).

Segundo a American College of Rheumatology, em tradução live Colégio Americano de Reumatologia, (ACR), os pontos dolorosos são: Suboccipital; cervical baixa C5 – C6; Trapézio; Supra espinhoso; segunda junção costocondral; Epicôndilo lateral; Glúteo médio; Trocantérico; Joelho. Sendo observados nos hemicorpos direito e esquerdo. A ACR específica 9 pontos de dor que são comuns em pacientes com essa síndrome, que são sempre identificados bilateralmente (ALFARO-CASTRO, 2022).

Figura 1 – Critérios de classificação da fibromialgia

Fonte: Adaptado de Okifuji A, et al., 1997.

O diagnóstico da FM é exclusivamente clínico, isto é, não se necessita de exames para comprovar que ela está presente, pois não existem indicativos em exames laboratoriais e de imagens que detectem essa síndrome. Se feita uma boa entrevista clínica, pode-se identificar o diagnóstico de fibromialgia e descartar outras patologias (ASCENSO et al., 2021).

A etiologia e a fisiopatologia da FM permanecem ainda obscuras. As hipóteses atuais focalizam os mecanismos centrais de modulação e amplificação da dor na gênese da FM. Tem sido aceito um modelo de fisiopatologia, que integra muitas das ideias publicadas e que sugere que o distúrbio primário na FM seria uma alteração em algum mecanismo central de controle da dor, o qual poderia resultar de uma disfunção de neurotransmissores. Tais disfunções poderiam ser geneticamente predeterminadas e desencadeadas por algum estresse não específico como, por exemplo, uma infecção viral, estresse psicológico ou trauma físico (GOMES, 2020).

Portanto essas disfunções podem ser uma deficiência de neurotransmissores inibitórios, ou uma hiperatividade de neurotransmissores excitatórios, seria possível que as duas condições estivessem presentes. Com isso não se pode garantir que seja especificamente algum determinado motivo que esteja completamente ligado à síndrome, mas uma junção de disfunções dos sistemas, associados a patologias possivelmente presentes (MARCONDES et al., 2021).

É visto que as mudanças ocorridas no tecido muscular envolvido na origem da FM são iniciadas por predominância simpática localizada, juntamente com mudanças na concentração de íons hidrogênio e no equilíbrio de cálcio e sódio; associado à vasoconstricção, hipóxia e isquemia. A dor seria o resultado dessas disfunções levando à espasmos musculares e contrações fortes, que se encontram nos feixes musculares junto à estimulação vaso motora e no músculo, intensificando-as umas nas outras e criando um círculo vicioso de impulsos (ALVES, 2019).

Alguns estudos referentes ao fluxo sanguíneo no músculo afetado pela fibromialgia revelaram que nestes tecidos ocorre hipóxia. Essa microcirculação anormal e déficits de energia são os pré-requisitos para a evolução de áreas localizadas de estresse miofascial e hiper-reatividade neural e, como indicado, uma das questões chave a serem respondidas em qualquer caso está derivando de pontos-gatilho miofasciais uma vez que eles podem muito bem ser mais facilmente modificados, do que os complexos desequilíbrios que estão produzindo, contribuindo ou mantendo a condição primária da FM.  A falta de oxigenação necessária na musculatura traz consigo diversas alterações no organismo, sendo uma delas o surgimento de pontos gatilhos, que é um dos pontos principais da identificação da FM (GOMES, 2020).

São sinais e sintomas clínicos da síndrome da FM: mialgia (dor contínua e generalizada), fadiga (mental e física), distúrbios do sono, mioclonia noturna (espasmos musculares), bruxismo noturno, pontos dolorosos à palpação, dor torácica simulando angina pectoris, tendinite, bursite, desregulação de temperatura, dispneia, tontura, sincope, cefaleia (dor latejante na região occipital), rigidez matinal (mais de 15 minutos), parestesia (dormência e formigamento), lombalgia mecânica com similar radiação de ciatalgia, edema subjetivo, sintomas de irritação intestinal, urgência urinária, síndrome da bexiga irritável, secura dos olhos/boca, depressão, ansiedade, dificuldades cognitivas (perda da memória de curto prazo), síndrome pré-menstrual e ganho de peso devido à inatividade física, dor e fadiga. São diversos sintomas relacionados à FM, que afetam os sistemas do corpo, sendo assim considerada uma síndrome multissistêmica (COUTO et al., 2020).

Os sintomas são agravados pelo frio, estresse, exercícios em excesso, sedentarismo, atividade física (incluindo “alongamentos exagerados”), e podem ser aliviados através da aplicação de calor, descanso, exercício físico, incluindo alongamentos suaves. A sintomatologia é relatada pelos pacientes mais dor ao final do dia, mas pode haver também pela manhã, a dor é descrita como dor “nos ossos” ou “na carne” ou ao redor das articulações (SIENA et al., 2018).

Pontos não dolorosos de controle (como região medial e anterior da coxa) foram incluídos na análise por alguns clínicos. Estes pontos de controle podem ser úteis na distinção entre a síndrome da fibromialgia das reações do chamado reumatismo psicogênico, no qual os pontos dolorosos podem estar presentes em todos os lugares. No entanto, as evidências sugerem que os indivíduos com síndrome da fibromialgia podem ter um baixo limiar de dor generalizada durante a palpação e os pontos de controle também podem estar sensíveis ou dolorosos na ocasião. Existe também um aumento da sensibilidade aos estímulos sensoriais, tais como estímulos de pressão, calor, ruído, odores e luzes muito brilhantes. Pacientes com FM apresentam uma alta sensibilidade à palpação, e aos estímulos sensoriais, sendo mais comum as sensações dolorosas em determinados pontos (COUTO et al., 2020).

3. CAPÍTULO 2: TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA 

A abordagem terapêutica é centrada no alívio do sintoma, ou seja, está diretamente relacionado a uma prática baseada no modelo centrado na doença e não na saúde integral, ou seja, no paciente. Deve-se levar em consideração que muitos profissionais somente consideram a dor como resultado de anormalidades que dizem respeito às estruturas musculares e ósseas (FONSECA et al., 2019).

Nesse tipo de metodologia não é usado nenhum tipo de medicamento, e por isso leva o nome de agulhamento a seco. Seu princípio é baseado no rompimento mecânico dos pontos gatilhos que estão presentes nos músculos esqueléticos e são os responsáveis por ocasionarem dor (CALAZANS, 2019).

Estimular a prática de atividade física por parte de pacientes com a FM tem por objetivos: melhorar ou manter seu condicionamento físico, trazer bem estar emocional, melhorar os sintomas da doença, e melhora da saúde, trazendo aos pacientes uma sensação de bem estar geral. Caminhadas de casa ao trabalho, limpar a poeira da casa, retirar folhas da calçada, entre outras tarefas domésticas, são consideradas formas produtivas de adicionar atividade física ao dia desses pacientes (ZATONI et al., 2021).

Atividade física de intensidade moderada tais como caminhadas, dança e bicicleta ergométrica são algumas das atividades aeróbicas que podem ser consideradas na terapia física desses pacientes (GONÇALVES, 2019).

Os programas de exercícios físicos promovem os maiores ganhos na diminuição do impacto dos sintomas da fibromialgia na vida dos pacientes, em especial os aeróbicos sem carga e sem grandes impactos para o aparelho locomotor, como a dança, a natação e a hidroginástica (ZATONI et al., 2021).

Os exercícios de baixa intensidade, ou aqueles em que o paciente é capaz de identificar o limite de seu esforço e da sua dor, parecem ser os mais efetivos. A atividade física apresenta um efeito analgésico por estimular a liberação de endorfinas, funcionando como antidepressivo e proporcionando uma sensação de bem-estar global e de autocontrole (GONÇALVES, 2019).

Os pontos de acupuntura estão relacionados com os nervos periféricos e, também, com a atividade do sistema nervoso autonômico, via ramo dorsal do nervo espinhal. Assim, existe relação dos pontos de acupuntura com as terminações nervosas estimuladas, tendo influência na neurofisiologia dos nervos espinhais localizados no joelho, desde os filetes intra-articulares, que agem como nociceptores, até sua origem, situada ao nível medular. Além dos estímulos provocados pelas agulhas nos receptores periféricos, os estudos têm mostrado os efeitos do micro trauma produzido durante a penetração e manipulação da agulha (OLIVEIRA e ALMEIDA, 2018).

 A lesão microscópica provoca uma estimulação dos sistemas inflamatório e imunológico, com vasodilatação local e mudanças no tônus do sistema nervoso autônomo.  Os resultados sobre o pós-operatório de cirurgias artroscópicas no joelho mostraram uma melhora significativa na maioria dos parâmetros estudados, com resultados surgindo precocemente para os pacientes, embora seja válido associar com acompanhamento fisioterápico e ortopédico para manutenção dos efeitos tardiamente (HERNÁNDEZ PICÓ, 2021).

Os pontos de acupuntura estão localizados ao longo de canais específicos cuja puntura nesses locais ajuda e restaura o fluxo de energia do corpo. Ou seja, ele se baseia no controle do fluxo de energia por meio de canais que estabelecem o equilíbrio do corpo (Ying e Yang), em que a doença é um reflexo da perda de harmonia, sendo assim utilizada no tratamento de desordens clínicas na China por mais de cinco mil anos (OLIVEIRA e ALMEIDA, 2018).

Os pontos de acupuntura são a expressão dos Zang Fu ao nível mais externo, e por meio dessa relação, é possível atuar no exterior para tratar e fortalecer os Zang Fu, situados no interior. Funcionam como meio de comunicação entre o exterior e o interior do corpo, com isso esses pontos estão sujeitos diretamente a influências das energias transmitindo-as para os canais de energia principais conduzindo aos Zang Fu (órgãos e vísceras) e destes para os tecidos (ASCENSO et al., 2021).

Os estímulos provocados pela agulha em diferentes receptores nervosos levam a múltiplos efeitos, sendo liberados vários neurotransmissores, resultando em diferentes interpretações cerebrais distintas e diferentes respostas. Com origem há mais de 4.000 anos a acupuntura passou a ser utilizada no Japão e na Coreia do Norte e do Sul, expandindo também para a Ásia. Desde a década de 70 essa terapia vem sendo questionada a sua eficácia (ALVES, 2019). 

Os benefícios da acupuntura para os pacientes da fibromialgia são inúmeros. A diminuição das dores. A acupuntura tem como melhor efeito a analgesia, pois através de estímulos das agulhas nos pontos (inervados por terminações nervosas sensoriais), faz com que o Sistema Nervoso Central libera diversas substâncias neurotransmissoras que funciona como analgésico, sendo que a substância beta endorfina quando liberada, estimula a liberação de hormônio Adreno cortico trófico (ACTH) a ativar a liberação de cortisol na glândula supra-renal funcionando como anti-inflamatório (GOMES, 2020). 

Nos últimos anos a hidroterapia mostra-se como uma excelente saída. A hidroterapia é o uso de água para aliviar a dor ou desconforto e promover o bem-estar geral. Também conhecida como hidroterapia, a hidroterapia envolve o uso de água em temperaturas variadas, portanto inclui tratamentos como; saunas, banhos de vapor, escalda-pés, terapia de contraste, duchas quentes e frias e hidroterapia física (ALVES, 2019).

Dentro do mundo médico, fisioterapeutas e outros profissionais usam hidroterapia para condições comuns, como artrite ou doenças reumáticas. Embora a hidroginástica possa vir à mente, a hidroterapia como tratamento médico é diferente. Os movimentos são mais lentos e tendem a ser mais focados na área do corpo que precisa de apoio. Esses movimentos lentos e controlados também têm um efeito relaxante (ASCENSO et al., 2021).

Embora cada tratamento seja um pouco diferente, dentro de cada tipo diferente de hidroterapia, a água desempenha um papel fundamental. A hidroterapia pode ser feita em qualquer lugar, desde um spa, centro de saúde, hospital ou até mesmo em casa com um banho walk-in . Os tipos de hidroterapia são:  Hidroterapia de contraste, que foi inventado pela primeira vez pelo ‘Pai da Hidroterapia’, Sebastian Kneipp no ​​século 19. Os benefícios da hidroterapia de contraste ao usar alternadamente água quente e fria incluem diminuição da inflamação e estimulação da circulação e drenagem linfática. Muitas pessoas costumam optar por usar este tratamento como parte de sua rotina diária de banho (ALVES, 2019).

Este tratamento consiste em submeter o corpo a um contraste de temperaturas, ou seja, quente e frio e pode ser realizado em diversos locais, desde o duche ao spa. Existem métodos simples para obter a terapia de contraste, como uma bolsa de gelo e uma almofada de calor. Este método demonstrou ajudar as pessoas a se recuperarem mais rapidamente de exercícios ou lesões, queimar mais calorias, estimular o sistema imunológico e potencialmente ajudar algumas condições da pele (ASCENSO et al., 2021).

Piscina de Hidroterapia são exercícios especiais que você faz em uma piscina de água morna. A temperatura da água é geralmente de 33 a 36ºC, que é mais quente do que uma piscina típica e mais parecida com um banho quente. A água mais quente proporciona um alívio suave para dores nas costas ou artrite, ao mesmo tempo que permite alguma resistência leve sem a necessidade de combater a gravidade (ALVES, 2019).

Quando na piscina quente, os exercícios aquáticos são usados ​​como uma forma de atividade física de baixo impacto, às vezes usando equipamentos especializados. O foco geralmente é trabalhar os músculos e aumentar a frequência cardíaca sem colocar muito estresse nas articulações. Isso pode ser particularmente benéfico para aqueles que têm um risco maior de cair ou apenas acham o treino um pouco mais fácil quando o impacto é baixo (ASCENSO et al., 2021).

Compressas ou envoltórios é uma terapia que envolve o uso de toalhas e flanelas embebidas em água. Compressas quentes promovem boa circulação e fluxo sanguíneo, o que pode aliviar os músculos rígidos. As compressas frias reduzem a inflamação, enquanto as compressas frias são usadas para resfriados comuns e distúrbios da pele. Os benefícios da hidroterapia aqui vêm de cobrir o corpo com flanelas molhadas e frias, depois uma camada de toalhas e cobertores. O corpo aquece em resposta até você começar a suar (ALVES, 2019).

O aumento dos níveis de suor permite a eliminação de toxinas e o aumento da circulação sanguínea. As compressas são uma forma bem conhecida de hidroterapia e fáceis de usar em casa. Esta é uma ótima maneira de oferecer alívio direcionado quando os sintomas são leves. O uso de óleos essenciais em conjunto com um envoltório também pode ajudar no tratamento (ASCENSO et al., 2021).

4. CAPÍTULO 3: HIDROTERAPIA E SEUS BENEFÍCIOS CONTRA A FIBROMIALGIA 

A hidroterapia vem do grego palavra “Hydro” que significa água, e “Therapia” significa cura. Isso significa cura da água. É aquático controlado exercício em água desinfetada aquecida (SOUSA et al., 2020).

A hidroterapia é o uso medicinal da água para benefícios positivos para a saúde. Esses benefícios vêm da mecânica e efeitos térmicos da água interagindo com o corpo. Inclui o uso de água física propriedades, especificamente temperatura e pressão e, às vezes, a entrega de minerais ou tratamentos com ervas para manipular o fluxo de sangue do corpo, o sistema endócrino sistema e sistemas neurais associados em para tratar os sintomas de certas doenças (TOBON OLAYA et al., 2021).

O uso mais antigo registrado de hidroterapia pode ser rastreado até o antigo Egito, onde realeza banhada em grandes e quentes piscinas de água misturada com óleos e flores. Se ou não pessoas embarcaram nesta atividade para desfrutar de benefícios para a saúde ou simplesmente como luxo indulgente não é certo, mas dado a natureza avançada da cultura no tempo, muitos acreditam que os egípcios compreenderam o valor medicinal inerente de água como agente de cura (SOUSA et al., 2020).

Outros especialistas acreditam que a Hidroterapia começou mesmo anteriormente na Ásia. Na Índia, Japão e China, fontes termais naturais ricas em minerais foram muitas vezes usadas para limpar o corpo e a alma de suas impurezas, e quão longe isso prática alcançada é difícil de estimar. Durante o reinado do império grego, minerais foram adicionados a banhos quentes para ajudar aliviar os sintomas de doenças comuns e doenças (TOBON OLAYA et al., 2021).

Os romanos tomaram emprestado de essas práticas e expandiu-as, tornando-se famoso pela grande comunidade de balneários que eles construíram para o prazer e saúde de seus cidadãos. Após a queda de Roma e durante a Idade Média, a prática da Hidroterapia parecia desaparecer, mas era “redescoberto” e popularizado na Europa durante a Era Vitoriana, particularmente nos séculos 18 e 19 (SOUSA et al., 2020).

O pai da hidroterapia moderna é muitos acreditam ser Vincent Priessnitz, um agricultor austríaco nascido em 1700 que combina prescritas de “água, comida e ar” no lugar da medicina tradicional como cura para doenças comuns. Palavra de seus tratamentos e seus sucessos viajaram rapidamente, e porque eram baratos e fáceis de fazer em casa, ficaram muito popular na Europa durante sua vida (TOBON OLAYA et al., 2021).

Mais tarde, um padre bávaro chamado Sebastian Kneipp promoveu o trabalho de Priessnitz e desenvolveu sistemático e controlado aplicações de Hidroterapia para apoio e em combinação com medicamentos e tratamentos administrados por médicos. Foi a primeira vez na história moderna onde a hidroterapia foi utilizada como tratamento e administrado pela saúde profissionais (ALMEIDA et al., 2021).

A maioria das formas iniciais de Hidroterapia na Europa envolveu o uso de água fria, principalmente no tratamento de doenças que levou a febres altas, pois a água fria era fundamental para trazer alívio às altas temperaturas corporais de outra forma prejudiciais. Mas havia alguns tratamentos quentes que se tornaram populares na época, também. Emprestado de “Banhos Turcos”, quentes. O tratamento de hidroterapia foi introduzido por David Urquhart para a Inglaterra depois que ele voltou de uma viagem ao Oriente, onde tinha desfrutado do benefício terapêutico efeitos de banhos minerais quentes (ALMEIDA et al., 2021).

A hidroterapia chegou aos Estados Unidos da Europa em meados do século XIX. A primeira clínica de hidroterapia medicinal foi pensada para ser aberta em 1844 em New York e mais tarde mudou-se para Massachussets. Não demorou muito operações semelhantes abertas em outras cidades, como o uso da Hidroterapia e especificamente banhos quentes e frios tornaram-se uma prática em voga, principalmente entre a elite rica (SCHACTAE et al., 2018).

A água quente e fria age de maneiras diferentes o corpo. Além do óbvio tátil efeito sensorial, existem outros efeitos “escondidos” mudanças que ocorrem em seu corpo como resultado de sua interação com o calor ou o frio água. Hidroterapia com água quente é uma resposta reflexiva ao calor externo, seu corpo inicia mudanças que ajudam a manter o corpo frio, incluindo dilatação do sangue vasos para aumentar o fluxo sanguíneo eles, desviando o fluxo sanguíneo para as extremidades e à superfície da pele, abrindo os poros da pele, ativando glândulas sudoríparas e músculos relaxantes (ALMEIDA et al., 2021).

Em curtas durações, um banho quente causará órgãos do sistema endócrino para se tornarem menos ativos, particularmente a glândula adrenal, e pode diminuir a pressão arterial. Isso resulta em um estado relaxado, menos estressante e ajuda a acalmar o sistema nervoso. A inalação de vapor de água quente (vapor) tem um efeito benéfico sobre os pulmões também. Úmido, o ar quente faz com que as pequenas vias aéreas e os sacos aéreos nos pulmões dilatem e aumenta a capacidade do pulmão de mover fleuma e muco Fora. Também pode ajudar as pessoas a respirar mais facilmente, uma vez que o volume de espaço nos pulmões aumenta ligeiramente (SCHACTAE et al., 2018).

Geralmente, a hidroterapia com água quente é a remédio caseiro de hidroterapia mais popular, não só porque é a mais agradável forma de hidroterapia a partir de um conforto perspectiva, mas também porque estimula reflexos nervosos que resultam na os pulmões, coração, estômago e endócrino sistema. É frequentemente usado para relaxar os pacientes, promover o fluxo sanguíneo, ajuda na cicatrização processo, tonificar o corpo, estimular o sistema imunológico e aliviar a dor ou desconforto associado à musculatura profunda, doenças articulares ou do tecido conjuntivo, lesões ou anormalidades (ALMEIDA et al., 2021).

O aumento do fluxo sanguíneo tem efeitos importantes em seu corpo, incluindo: 1) mais eficiente oxigenação dos tecidos, auxiliando lesões curam mais rápido e 2) mais eficiente remoção de toxinas do tecido, o que ajuda a prevenir ou aliviar lesões e aumentar o tecido resiliência. Como resultado, a água quente. A hidroterapia é usada para alcançar muitos benefícios para a saúde, o mais popular dos quais estão descritos abaixo (SCHACTAE et al., 2018).

Ao aumentar a velocidade do fluxo sanguíneo no corpo, água quente A hidroterapia aumenta a circulação do branco do sistema imunológico células sanguíneas, permitindo que o sistema imunológico trabalhe com mais rapidez e eficiência. Um banho quente aumenta a produção de endorfinas no corpo também. As endorfinas são do corpo “analgésicos” e estão associadas a sentimentos de euforia ou felicidade. Endorfina também estimula o sistema imunológico, aliviar dor e ajudar os tecidos a curar mais rapidamente (ALMEIDA et al., 2021).

A inalação de vapor, particularmente aqueles medicados com compostos como mentol, alivia a constrição do pulmão inchado, canais e sacos aéreos, permitindo que fluidos e muco para sair dos pulmões mais prontamente, e o oxigênio para os pulmões mais eficientemente. Quando seu corpo luta contra o pulmão infecções, eles movem os ‘restos’ de organismos que ele matou (e seu gasto glóbulos brancos) para fora do seu corpo através muco, limpando assim o muco e o fluido seus pulmões é importante para ajudar o seu corpo limpar uma infecção tão rapidamente quanto possível (SCHACTAE et al., 2018).

O aumento do fluxo sanguíneo provocado pela água quente ajuda a relaxar os músculos, o que diminui o estresse e a pressão nas articulações, aliviando assim a dor da artrite e reumatismo. Inflamação ao redor músculos e tecido conjuntivo é causado por uma combinação de reações celulares à lesão e um acúmulo de fluidos, e quando o sangue fluxo é aumentado, o corpo é capaz de reabsorver fluidos mais rapidamente e curar lesões mais rapidamente, ajudando a reduzir a inflamação ao longo do tempo (ALMEIDA et al., 2021).

Os efeitos calmantes que a água quente tem sobre os sistemas nervoso e endócrino ajudam os corpos em uma “marcha mais baixa”, relaxando assim nós mentalmente. Este estado de intensificação relaxamento torna mais fácil para nós cair adormecido e ajuda a aliviar o estresse diário e a ansiedade. Quando os vasos sanguíneos se dilatam, o corpo espaço nosso sangue tem que preencher nossos corpos aumenta e, portanto, o sistema sistêmico geral pressão arterial diminui. As dores de cabeça são muitas vezes provocadas pela alta pressão nas artérias do crânio, então reduzir a pressão arterial ajuda a evitar que isso aconteça (SOUSA et al., 2020).

Além disso, o estresse é muitas vezes um culpado do fluxo sanguíneo reduzido para o cérebro, o que também pode causar dores de cabeça. Desde a água quente, os tratamentos de hidroterapia ajudam a aliviar estresse, eles também podem limitar o aparecimento de dores de cabeça induzidas pelo estresse (TOBON OLAYA et al., 2021).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

É visto que a fibromialgia é uma patologia grave e que afeta o estilo de vida de quem a porta, por este motivo levar qualidade de vida e a inovação  nos tratamentos bem como a realização da indicação correta os mesmos fazem parte de uma rotina essencial na qualidade de vida.

A associação do tratamento não farmacológico é necessária para que a patologia seja controlada e que os indivíduos acometidos tenham uma vida sem dores.  

Com este estudo, pretende-se contribuir para o conhecimento da população em geral e dos profissionais de saúde, para melhoria da conduta aos pacientes acometidos. Trabalhos como estes são de suma importância para o meio acadêmico e social, visto que apontam informações essenciais e fornecem subsídio para estudos futuros na área de saúde e afins. 

REFERÊNCIAS 

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1Médico formado pela Faculdade Unirg em 2014, com Pós-Graduações em Geriatria pela Estácio de Sá e em Psiquiatria pela UNIFIL. Email: hipolitopessoa@gmail.com