DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (HIV-AIDS): CASOS DE INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA EM MULHERES DO ACRE

SEXUALLY TRANSMITTED DISEASES (HIV-AIDS): CASES OF HUMAN IMMUNODEFICIENCY VIRUS INFECTION IN WOMEN IN ACRE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505130342


Amanda Souza da Silva1
Eliana Costa de Oliveira1
Juliana Silva de Souza1
Orientador: Douglas José Angel2


RESUMO 

Doenças Sexualmente Transmissíveis, conhecidas como doenças venéreas, são transmitidas  principalmente através de relações sexuais com uma pessoa infectada, sem o uso de preservativos masculinos ou femininos. As Doenças sexualmente transmissíveis, não causam  problemas somente no organismo de quem as adquire, mas traz consequências que transcende  o próprio controle do indivíduo, como por exemplo, pode causar infertilidade, transmissão para  os filhos, perda gestacional, além dos distúrbios biológicos, psicológicos, emocionais e físicos  na maioria dos pacientes. O Acre desde seu primeiro caso em 1987 vem sofrendo com o  aumento dos casos de DST, o que segundo o relatório do Ministério de Saúde indicam que no  estado atualmente tem mais de 1,6 mil casos de DST, que somente em 2022 para o primeiro  quadrimestre de 2024 os registros subiram de 204 para um total de 909 casos de HIV em adultos  e 54 casos em gestantes e 1 caso em crianças. Dessa forma, essa pesquisa tem como finalidade  refletir historicamente sobre os casos de doenças sexualmente transmissíveis em mulheres no  estado do Acre, além de identificar as principais características e os sintomas dessa doença. E  por fim, aprofundar o papel dos profissionais de enfermagem no cuidado e atenção de mulheres  com o vírus. Para chegar aos objetivos que foram propostos usou-se da metodologia bibliográfica  de natureza qualitativa como meio de abordagem, a qual, consegue abarcar a proposta que foi  intencionada. Assim, os resultados da pesquisa revelam a necessidade e a urgência da  colaboração conjunta dos órgãos de atendimento, da família e principalmente do paciente para  que essa realidade possa ser controlada. 

Palavras-chave: DST. Sintomas e características. Profissionais de enfermagem. 

ABSTRACT 

Sexually Transmitted Diseases, also referred to as venereal diseases, are primarily transmitted  through sexual intercourse with an infected individual in the absence of protective measures,  such as male or female condoms. Sexually Transmitted Diseases do not cause to those affected,  STDs also lead to consequences that extend beyond personal control, including infertility,  vertical transmission to offspring, gestational loss, and a range of biological, psychological,  emotional, and physical complications. Since the first recorded case in 1987, Acre has faced a  continuous rise in STD cases. According to the Ministry of Health, there are currently over  1,600 registered cases in the state. Between 2022 and the first quarter of 2024, the number of  reported HIV cases in adults increased from 204 to 909, with an additional 54 cases identified  in pregnant women and one case in a child.Thus, this study seeks to provide a historical analysis  of sexually transmitted diseases among women in Acre, identifying their primary characteristics  and symptoms. Furthermore, it aims to examine the role of nursing professionals in the care  and support of women living with the virus.To approximate these objectives, a qualitative  bibliographic methodology was employed as the approach, ensuring alignment with the  intended research scope. Thus, research findings reveal the urgent necessity of collaborative  efforts among healthcare institutions, families, and, most importantly, patients, in order to  effectively manage and mitigate this public health challenge. 

Keywords: STD. Symptoms and characteristics. Nursing professionals.

INTRODUÇÃO 

As doenças sexualmente transmissíveis estão entre os problemas mais graves do  sistema público de saúde do século XXI, não por não haver uma forte política de  conscientização e de proteção, mas principalmente por ainda não ter sido encontrada uma cura  para esse tipo de doença. Doenças sexualmente transmissíveis, comumente conhecida por  doenças venéreas não causam problemas somente no organismo de quem as adquire, mas traz  consequências que transcende o próprio controle do indivíduo, como por exemplo, pode causar  infertilidade, transmissão para os filhos, perda gestacional, além dos distúrbios biológicos,  psicológicos, emocionais e físicos na maioria dos pacientes. 

As doenças sexualmente transmissíveis são transmitidas, principalmente, por contato  sexual sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se  manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas em áreas sensíveis do corpo  humano. Algumas Doenças Sexualmente Transmissíveis podem não apresentar sintomas, dificultando o seu diagnóstico tanto no homem quanto na mulher, no entanto, após encontrarem  os sintomas, os pacientes devem ser comunicados imediatamente para que sejam feitos os  primeiros tratamentos, além disso, devem esclarecer aos pacientes como devem se comportar  para que mais pessoas não sejam contaminadas.  

Os primeiros tratamentos são de suma importância para os pacientes pois é através  deles que os mesmo saberão sobre as formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de  atendimento em uma unidade de saúde e a importância de evitar contato sexual até que o  parceiro seja tratado e orientado de forma correta. Nesse sentido, segundo Oliveira, “As DSTs  afetam homens e mulheres de todas as idades, etnias e classes sociais. Adolescentes e adultos e  jovens são os mais acometidos, pois eles têm relações sexuais mais frequentemente, com  parceiros variados, e ainda não estão cientes da importância de prevenir-se com o uso da  camisinha (2009, p.40).  

Historicamente as doenças sexualmente transmissíveis mais comuns no Brasil são a  Gonorreia, Sífilis, Sífilis Congênita, Aids, Herpes genital, Condiloma Acuminado (HPV),  Clamídia e Cancróide. Entre as que mais se destacam podemos citar a gonorreia que causa  diversas alterações no organismo humano, além, da infecção atingir vários órgãos, como o  testículo, nos homens, e o útero e as trompas, nas mulheres. 

Há mais de uma década, o Acre vem experimentando mudanças significativas em sua  economia, no trabalho, na infraestrutura de suas cidades e, sobretudo, nos serviços de saúde,  educação e segurança que oferece à população. Mas inversamente a esse sentido podemos ver,  também, que todo desenvolvimento traz consigo problemas (doenças) que mudam radicalmente  a qualidade de vida da população. A precariedade dos espaços físicos, a burocracia e a  ineficiência dos serviços do estado acabam ajudando esse cenário tão triste e ao mesmo tempo  desafiador. 

Entre os principais avanços e limitações de atendimentos temos em destaque entre as  doenças com mais frequência segundo o Relatório de Situação do Sistema de Vigilância em  Saúde no estado do Acre como por exemplo: dengue, tuberculose, hanseníase, malária. Além  dessas, outra que vem se destacando no cenário acreano são as DSTs (Aids) Doenças  Sexualmente Transmissíveis que têm se proliferado de forma significativa nos últimos anos.  

Com relação aos casos de DST no estado desde 1987, ano do primeiro caso de Aids  notificado no Acre, vem aumentando dia após dia no estado, o que segundo o relatório do  Ministério de Saúde entre os anos de 1987 à 2010 foi identificado mais 475 casos dessa doença.  Segundo os órgãos fiscalizadores como os sistemas SIM, SISCEL/ SICLOM, foram identificados 95 casos não notificados no SINAN, representando sub-registro de 16,7%,  elevando o número total de casos nesse período acima citado para 570. 

Assim, esse trabalho como qualquer outro tem a intenção de refletir historicamente  sobre os casos de doenças sexualmente transmissíveis em mulheres no estado do Acre, além  de identificar as principais características e os sintomas dessa doença. E por fim, aprofundar o  papel dos profissionais de enfermagem no cuidado e atenção de mulheres com o vírus. Para  chegar aos objetivos que foi proposto usou-se da metodologia bibliográfica de natureza  qualitativa como meio de abordagem, que ao nosso ver, consegue abarcar a proposta que foi  intencionada. Assim, os resultados da pesquisa revelam a necessidade e a urgência da  colaboração conjunta dos órgãos de atendimento, da família e principalmente do paciente para  que essa realidade possa ser controlada. Portanto, essa reflexão nos oferece e ao mesmo tempo  nos dá indicativos dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do tratamento dessa  doença e ao mesmo tempo das tecnologias usadas para a sua aplicação nos diagnósticos, além  de nos dá elementos que permitem entender o cenário dessa doença que atinge tantas pessoas  no Acre e no Brasil. 

MATERIAIS E MÉTODO 

Esta pesquisa trata-se de um estudo exploratório-descritivo de natureza qualitativa,  realizado em duas Unidades de Saúde, localizado em Rio Branco, Acre, Brasil, entre o segundo  semestre de 2024 e o primeiro de 2025. Essa unidade de Saúde tem como missão fundamental  garantir atendimento ambulatorial básico e especializado, promovendo o fortalecimento do  nível primário de assistência através do aperfeiçoamento de profissionais, contribuindo para a  melhoria das condições de saúde de Rio Branco. 

Os participantes do estudo foram 8 mulheres que estavam em tratamento para DST. A  definição dos participantes se deu pela saturação das informações por meio das conversas,  depoimentos e principalmente pelo diagnóstico de DST. Além disso, o critério ser maior de 18  anos, portadora de DST, estar em acompanhamento na unidade de saúde, ter parceiro no  momento do diagnóstico e aceitar participar da pesquisa, além disso, foi garantido o total  anonimato de toda e qualquer natureza que envolvesse as informações dos pacientes. 

Para melhor analisar esse problema usou-se a pesquisa baseada nos critérios de  classificação propostos por Vergara, que a distingue sob dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa será aplicada por ser motivada pela necessidade de  compreender a quantidade de casos-doenças Sexualmente Transmissíveis que têm ocorrido na cidade de Rio Branco. A população do estudo também foi constituída por 2 enfermeiros  atuantes em todos os seus setores e turnos de trabalho. Em decorrência do tamanho da  população, optou-se por trabalhar com o universo total dos recursos, não havendo, assim,  realização de cálculo amostral. Quantos aos meios usou-se de livros, artigos, relatórios, boletins  e palestras de pensadores renomados na área para que não trouxesse nenhum prejuízo para a  pesquisa. 

É da natureza da investigação científica a existência de dificuldades e de  complexidades durante a coleta e o processo de tratamento dos dados, independentemente do  método e do tipo de pesquisa escolhido para a investigação. A coleta e o tratamento dos dados  também apresentam dificuldades e riscos, contudo, embora existam dificuldades,  complexidades e riscos, o que se pretende é que toda a investigação seja realizada com rigor  científico, de forma a permitir conclusões confiáveis. Dessa forma, percebemos que esse  trabalho tem grande importância para o ambiente científico, pelo fato de que ele apresentou de  forma clara e séria o que necessita fazer para compreender de forma básica os problemas e  dificuldades que pessoas com o vírus da imunodeficiência sentem e passam durante sua vida. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

HISTÓRIA E OS CASOS DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM  MULHERES NO ESTADO DO ACRE 

As doenças sexualmente transmissíveis são os problemas de saúde mais comuns no mundo  inteiro. A gravidade dessas doenças de alta morbidade pode resultar em infertilidade, doenças  neonatais e infantis, câncer e muitas outras. No Brasil estima-se que mais de 541.759 casos de  infecção pelas DSTs tenham sido registrados segundo o Sinan somente entre 2007 e junho de  2024, por exemplo, apesar de sua relativa facilidade de controle e prevenção, ainda registra  números de casos altíssimos.  

Estudos demonstram que a população, em sua maioria, as desconhece, e que, em  determinadas regiões do País, até 70% dos casos de DSTs são atendidos e “tratados” por  balconistas de farmácia, em sua maioria do sexo masculino, já que as mulheres, por serem  geralmente assintomáticas durante um largo período, fator somado à carência de serviços e de pessoal treinado para o diagnóstico das DSTs, além do grande estigma em relação a essas  doenças, ficam sem diagnóstico e tratamento2. Segundo o Oliveira,  

“o Ministério da Saúde possui as melhores tecnologias para prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV e da Aids, mas também sabe-se que precisa-se ir além do setor saúde para alcançar pessoas vulnerabilizadas que, por barreiras criadas por determinantes sociais diversos, incluindo estigma e discriminação, não conseguem acessar os serviços de saúde”. (2011, p.105). 

Com relação aos casos de DSTs no estado do Acre desde 1987, ano do primeiro caso  de aids notificado no Acre, vem aumentando dia após dia no estado, o que segundo o relatório  do Ministério de Saúde, a taxa de incidências de casos foi 6 pessoas para cada 100.000 no que  diz respeito ao coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 1,5 para 1,3 óbitos por 100  mil habitantes, segundo o mesmo relatório supracitado. A maior taxa de incidência no estado, ao longo da série histórica, foi observada em 2008 (8 para 100.000 habitantes). A falta de ações  de conscientização e prevenção contra a Sífilis e a Aids observada nos últimos anos, acarretou  em números preocupantes de casos registrados em todo território acreano. 

Em uma pesquisa mais recente, segundo o Ministério da Saúde no Acre tem mais de  1,6 mil pessoas que foram diagnosticadas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) em  menos de seis anos. Em relação à detecção do HIV, em 2022, o documento mostra que foram  notificados 43.403 casos em todo o país, sendo 6.200 no Norte e 204 no Acre. Desses 204 casos  a taxa de gestantes infectadas pelo HIV na capital acreano é de 2,2 (casos por mil nascidos  vivos). O diagnóstico em gestantes é fundamental para que as medidas de prevenção possam  ser aplicadas de forma eficaz e consigam evitar a transmissão vertical do vírus. 

Esse cenário tem se agravado ainda mais quando fazemos uma releitura comparativa  de 2022 para o primeiro quadrimestre de 2024. Segundo os dados do Núcleo das Infecções  Sexualmente transmissíveis e Prevenção da Transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatites  Virais indicam que os registros subiram de 204 para um total de 909 casos de HIV em adultos  e 54 casos em gestantes e 1 caso em crianças. 

Para a Secretaria de Saúde do Estado (SESACRE) a situação fica mais alarmante  quanto aos registros da sífilis. Segundo Núcleo das Infecções Sexualmente transmissíveis e  Prevenção da Transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais quando se mostra os casos  de Sífilis no estado foi registrado 3.828 casos, sendo 1398 em gestantes e 231 de sífilis  congênita. Tais particularidades reiteram a noção de que se trata de doenças de prevalência  heterogênea, e que um planejamento estratégico de eliminação para os municípios deve  contemplar esses aspectos, estando pautado em um diagnóstico conjunto e articulado entre os  diferentes níveis e modelos de gestão para a otimização dos resultados. 

O que se percebe nesse sentido é que os dados consolidam uma tendência de aumento  de casos de infecção pelo HIV, Sífilis e Aids em diferentes cidades acreanas. Só para destacar, segundo o mesmo Núcleo das Infecções Sexualmente transmissíveis e Prevenção da  Transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais, nos dois primeiros quadrimestres de  2024, foram notificados no Sinan 244 casos de HIV em adultos e 6 casos de HIV em gestantes  no Estado do Acre. Nota-se que nesse período dos 22 municípios do Acre, 16 registraram  notificação de HIV em adultos, sendo, 221 casos na Região de Saúde do Baixo Acre, 12 casos na Região de Saúde do Juruá Tarauacá/Envira e 11 casos na Região de Saúde do Alto Acre. Entre os municípios, Rio Branco apresenta a maior frequência de casos notificados  correspondendo a 80,74% dos casos totais de HIV em adultos nos dois primeiros quadrimestres  de 2024, e os que apresentam menor frequência de casos foram Acrelândia, Capixaba, Plácido  de Castro e Porto Acre. Nesse mesmo sentido, Oliveira reitera que a população brasileira e em  especial a acreana, precisa ter mais informações a respeito dos sintomas e da transmissão, além  disso, para o pensador é necessário criar uma consciência da necessidade de se cuidar e se  prevenir. Dessa forma, o autor reitera dizendo que: 

“É importante lembrar que a transmissão do HIV acontece por meio de relações sexual desprotegida, contato sanguíneo ou de mãe para filho durante a gestação ou durante a alimentação. Muitas vezes o HIV pode agir de forma silenciosa e assintomática. Por isso, é importante lembrar que o diagnóstico precoce e o tratamento quando feito de forma correta ou altamente eficaz permitindo que pessoas com HIV tenham uma vida longa e saudável. Pessoal, use preservativos em todas as relações sexuais de vocês. A prevenção é o melhor caminho” (2009, p.149) 

Corroborando a essa perspectiva, Antal afirma que o atendimento de pacientes com  DSTs tem algumas particularidades. Ele visa a interromper a cadeia de transmissão de forma  mais efetiva e imediata possível. Visa, ainda, a evitar as complicações advindas da(s) DST em  questão, e a cessação imediata dos sintomas. Nas próprias palavras de Antal (1986) “a condição  de saúde de uma pessoa é diretamente influenciada pelos fatores ambientais, sociais e  econômicos em que ela se insere”3. Assim, entende-se, que em um estado como o Acre,  marcado pela extensão e diversidade territorial e por profundas desigualdades sociais, é comum  que algumas infecções e doenças afetem mais ou somente pessoas que se encontram em áreas  de maior vulnerabilidade social. Para Antal são as chamadas “doenças de determinação social,  influenciadas por contextos de vulnerabilidades enraizados nos determinantes sociais em  saúde”4. Eliminar tais doenças exige políticas públicas estruturais e ações amplas, que  envolvam não apenas o tratamento clínico da condição, mas o acesso à saúde, renda, trabalho,  saneamento, inclusão social, enfrentamento ao estigma e preconceito, educação e moradia,  entre outros.  

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E OS SINTOMAS DA DST

A Saúde no estado do Acre tem avançado significativamente nos últimos anos, no  entanto, muitas unidades de saúde têm restrita capacidade resolutiva e trabalham com  agendamento de consultas, destinando pouco ou quase nenhum espaço para atendimento à  demanda espontânea das DST, não reconhecendo a DST como uma emergência. Mesmo as  Unidades de Serviços tendo um trabalho restringido a acessibilidades, serviços, levam muitas mulheres portadores de DST a continuar procurando prontos socorros, fármacos, curandeiros  ou automedicação. As mulheres, frequentemente assintomáticas, não são rastreadas ou  orientadas no seu atendimento ginecológico.  

As assistências às DSTs devem ser realizadas de forma integrada pelo Programa de Saúde  da Família, Unidade Básicas de Saúde (UBS) e serviços de referência regionalizados. O  primeiro, pelas suas características, pode facilitar no cuidado com os parceiros sexuais,  enquanto as UBS e os últimos devem exercer um papel fundamental no tratamento adequado e  seguimento clínico. Além disso, deve haver participação e controle de ações pelas organizações  da sociedade civil no acesso aos serviços, no cumprimento da atuação para aquisição de  medicamentos, na disponibilização de insumos laboratoriais, na disponibilidade de  preservativos e outros insumos5.  

O atendimento imediato nos centros de apoios de DSTs não é apenas uma ação  curativa; é também uma ação preventiva da transmissão e do surgimento de outras  complicações. Deve ser aproveitada para realização de ações de educação em saúde individual  e coletiva, através de vídeos educativos, dinâmicas de grupo e abordagens de questões de  cidadania. 

Historicamente as doenças sexualmente transmissíveis mais comuns no Acre são  sífilis, sífilis congênita, aids, herpes genital, Doença Inflamatória Pélvica (DIP) dessas as que  mais se destacam entre os casos registrados são, Sífilis, Sífilis congênita, Aids e Herpes Genital que causa diversas alterações no organismo humano, além, da infecção atingir vários órgãos,  como o testículo, nos homens, e o útero e as trompas, nas mulheres. 

A Aids, por exemplo, é uma das principais doenças presente no estado do Acre, causada  principalmente por um vírus que, apesar de não ter cura, tem tratamento. Para Chimelli (2000)  “seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se transformam  em feridas”6. Isso significa, que depois que a pessoa tem contato com o vírus, os sintomas  podem reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre,  exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. 

Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis,  ânus, vagina, colo do útero)7. A Transmissão ocorre pelo contato homossexual e heterossexual.  Em homens infectados, o vírus ocorre no sêmen, o fluido que transporta as células sexuais  masculinas. Durante o contato sexual, o vírus pode alcançar a corrente sanguínea de um  indivíduo não infectado, homem ou mulher, por meio de rupturas microscópicas da mucosa que  reveste os órgãos genitais ou o reto. Pode ser transmitido também por meio do sangue  contaminado residual de agulhas e seringas hipodérmicas que são compartilhadas entre os  usuários de drogas intravenosas. 

Outra doença que se destaca de forma negativa no estado do Acre é a Herpes genital.  O herpes genital é uma das mais predominantes e bem conhecidas DSTs. Segundo a Secretaria  de Saúde do Estado do Acre existem dois tipos de vírus causadores do herpes: o HSV-1,  causador do herpes simples, e o HSV-2, que causa o herpes genital. A estimativa do Ministério  da Saúde é que entre 13% e 37% das pessoas que contraem esses vírus apresentam sintomas  que incluem a presença de bolhas ou úlceras com borda avermelhada e líquido, que aparecem  geralmente nos genitais, coxas, boca, lábios ou olhos, provocando dor, ardência e coceira8

Embora seja mais comum o herpes se manifestar nestas regiões, este pode surgir em  qualquer região do corpo. Porém, é possível identificar os sintomas bem antes das bolhas  aparecerem, pois existem características que antecedem a erupção na pele como formigamento,  coceira, desconforto ou mesmo dor em alguma região específica da pele9. Para Martins os  primeiros sintomas da infecção por herpes podem surgir em seis dias após o contato com o  vírus. Os primeiros sinais são ardor, coceira e formigamento. Em seguida, para o autor podem aparecer manifestações, como: Lesões avermelhadas com pequenas bolhas muito dolorosas na  região genital ou anal, com aspecto de buquê; Febre, mal-estar, dores no corpo e ardência ao  urinar, com ou sem retenção urinária, ínguas dolorosas na região da virilha10

Segundo Trabulsi, nas mulheres, quando a infecção atinge o colo do útero, é comum  que haja corrimento vaginal. Entre os homens, o acometimento da uretra também pode provocar  corrimento. Nos dois casos o quadro pode durar de duas a três semanas. Nas próprias palavras  do autor “em pessoas imunocompetentes, as bolhas cheias de líquido se rompem após alguns  dias, criam casca e cicatrizam, mas para imunossuprimidos (como indivíduos com diabetes,  aids e outras condições) elas podem ter gravidade muito maior, necessitando de abordagem  médica”11

Outra doença que não é tão difundida, porém é mais temida porque é potencialmente  mais devastadora para o organismo é a sífilis. A sífilis é uma infecção bacteriana que pode ser  transmitida por relação sexual sem camisinhas com uma pessoa infectada que durante a  gestação pode infectar a criança. A bactéria que provoca a sífilis (Treponema pallidum) aparece  nos exames a partir da segunda ou terceira semana da contaminação. Existe teste que pode ser  feito na rede pública, é rápido e de graça. 

Segundo o “Boletim epidemiológico – 1º e 2º quadrimestre de 2024 infecções  sexualmente transmissíveis (SESACRE) foram notificados no Sinan 912 casos de Sífilis  adquirida, 320 casos de Sífilis em gestante e 44 casos de Sífilis congênita no Estado do Acre.  Nota-se que nesse período todos os 22 municípios do Acre registraram notificação de Sífilis  adquirida, sendo, 708 casos (77,63%) na Região de Saúde do Baixo Acre, 105 casos (11,51%)  Região de Saúde do Juruá Tarauacá/Envira e 99 casos (10,86%) na Região de Saúde do Alto  Acre. 

Segundo o mesmo Boletim entre os municípios, Rio Branco apresenta a maior  frequência de casos notificados correspondendo a 69,52% dos casos totais de Sífilis adquirida  nos dois primeiros quadrimestres de 2024, e os que apresentam menor frequência de casos  foram Acrelândia, Santa Rosa do Purus e Rodrigues Alves, e Marechal Thaumaturgo (0,11%  cada). Relacionado aos casos notificados de Sífilis em gestantes, o mesmo Boletim enfatiza que  nos dois primeiros quadrimestres de 2024, somente 19 municípios registraram notificação de  casos, sendo 211 casos (65,94%) na Região de Saúde do Baixo Acre, 81 casos (25,31%) na  Região de Saúde Juruá Tarauacá/Envira e 28 casos (8,75%) registrados na Região de Saúde do  Alto Acre. Rio Branco, por sua vez, novamente apresenta a maior frequência de casos  notificados correspondendo a 49,38%, e o município com menor frequência Epitaciolândia com  0,31% dos casos totais nesses meses de 2024. 

Dessa forma, a intensificação de ações e campanhas podem garantir que esse quadro triste principalmente com mulheres e em especial as gestantes recebam o acompanhamento  necessário para proteger seus bebês e contribuir para que o estado se aproxime cada vez mais  da eliminação desse tipo de doença. 

PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO CUIDADO E ATENÇÃO DE  MULHERES COM O VÍRUS 

A confirmação do diagnóstico de DST em uma mulher acarreta alterações biológicas  e psicológicas em razão dos aspectos violentos que a doença causa no paciente, além disso, a  doença causa mudança significativa no relacionamento com os amigos, familiares e de forma  drástica com o convívio social. O contato direto com essas pessoas colocam os profissionais de  saúde diante da vida, das angústias, da doença, e principalmente com todos os problemas dos pacientes. Por esse motivo, os profissionais de saúde devem realizar o aconselhamento, que  consiste em um processo de trocas com o paciente, em que o profissional estabelece um clima  de respeito e confiança, oferecendo estratégias que façam o mesmo se sentir responsável pela  sua saúde. 

Quando analisados do ponto de vista dos relacionamentos, muitos são os problemas  que enfrentam as pessoas que apresentam um diagnóstico de DST, especialmente as mulheres,  pois essas mulheres não só se preocuparam com a doença em si, mas com todos os problemas que  vêm junto. No caso das Sífilis os problemas vão da infecção cardiovascular, AVC, paralisia,  cegueira, surdez, doença cardíaca e até demência, ademais, ficam expostas a todo tipo de  contaminação. A Aids e Hiv, por exemplo, pode causar infecções, cânceres raro, como câncer  de colo, de útero, de vulva, vaginal, anal e garganta. Tudo isso, reflete de forma significativa  na maneira em que o paciente se compreende e se entende como um ser que tem doenças  estigmatizadas pela sociedade, pois a necessidade de entender os riscos e acima de tudo aceitar se como pessoa-doente leva tempo e exige dos profissionais respeito e humanidade.  

Dessa forma, Carvalho afirma que a “humanização das relações institucionais se dá  através da procura da qualidade dentro da noção não centrada apenas nas vertentes  organizacionais, tecnicistas ou econômicas, mas sim orientada no sentido de preservar os  direitos do paciente” (1994, p. 13). Nessa perspectiva, compreende que a qualidade é processo  que deve objetivar o melhor atendimento ao paciente através da humanização da instituição como um todo, na busca de atender as expectativas do paciente, ainda mais quando o paciente  vem fragilizado de tantos problemas. Ou seja, tornando o trabalho dos profissionais mais  exigente e importante aos pacientes. 

O estudo demonstra que outro fator importantíssimo que interfere de forma negativa  nesse cenário, incluem as altas cargas de trabalho dos profissionais de saúde, corroborado por um ambiente de trabalho estressante, recursos limitados, pressão e responsabilidade intensas,  além da falta de reconhecimento adequado. Os enfermeiros frequentemente trabalham longas  horas e enfrentam horários irregulares, o que pode levar à fadiga e exaustão física. Embora a  Constituição Federal do Brasil, artigo 7º, XIII estabeleça que a duração de uma jornada de  trabalho seja de 8 horas diárias e 44 horas semanais (BRASIL, 1943), muitos profissionais de  enfermagem trabalham mais de 44h semanais, devido à realização de horas extras, trocas de  plantão ou por terem dois ou até três empregos para levarem uma vida mais digna (BERGMAN,  2014, p.2014). 

Eles também lidam com um grande número de pacientes e suas demandas, o que pode  ser desafiador para oferecer um tratamento mais humano e de qualidade. Nessa perspectiva,  para Martins (2001), “a humanização é um processo amplo, demorado e complexo, ao qual se  oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento, que sempre despertam  insegurança”. Sendo assim, entende-se a humanização como estratégia de interferência no  processo de produção de saúde, levando em conta que sujeitos sociais, quando mobilizados, são  capazes de modificar realidades, transformando-se a si próprios neste mesmo processo. Trata-se, sobretudo, de investir na produção de um novo tipo de interação entre os profissionais e  pacientes que constituem os sistemas de saúde e deles usufruem, acolhendo tais atores e  formulando seu protagonismo.  

Assim, percebe-se que a melhor qualidade do serviço dos profissionais de enfermagem  levam em conta a inter-relação dos serviços que está permanentemente ao lado do paciente  apoiando com técnicas, oferecendo apoio emocional e orientações precisas acerca das formas  de transmissão e prevenção, além de favorecer um ambiente acolhedor, com a possibilidade de  outros encontros durante este processo de acompanhamento, se assim, o paciente precisar. 

CONCLUSÕES 

A pesquisa permitiu constatar a baixa percepção das mulheres em relação aos riscos  das DSTs, situação que as levam a se sentirem protegidas e limitam a sua consideração de  vulnerabilidade para realizarem ações concretas de prevenção, potencializando a condição de vulnerabilização. Refletir sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis em mulheres no  estado do Acre é admitir a urgência e a necessidade de conhecermos os agentes infecciosos  que causam tantos transtornos, bem como recolhermos dicas para prevenção dessa enfermidade.  

A capital acreana, Rio Branco, conta com diversos centros de atendimentos espalhados  por toda a cidade e todos os serviços prestados, como teste rápido, diagnóstico, tratamento,  aconselhamento, palestras e medicamentos são fundamentais na prevenção e controle dessas  doenças. Além do mais, a Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Secretaria Estadual  de Saúde oferecem esses serviços de forma gratuita para facilitar que essas pessoas procurem  tratamento. 

Nesta pesquisa ficou claro as formas de tratamento, como se realizar um diagnóstico  ou o que se deve fazer para diagnosticar essas patologias quando o indivíduo for contaminado com  essas doenças. Além disso, ficou compreensível que o uso da camisinha (masculina ou  feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para  evitar a transmissão das ISTs, do HIV/aids e das Sífilis. Além disso, no caso de contágio,  qualquer suspeita de sintomas iniciais, o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento  eficaz, o que poderá fazer toda a diferença na vida do indivíduo. 

Acreditamos que a informação e o conhecimento a respeito das DSTs poderão nos  ajudar na tomada de consciência e de atitudes mais responsáveis perante a vida, além de ser um  fator fundamental, para que nenhuma mulher tenha relações sexuais desprotegida, pois essas doenças sexualmente transmissíveis não importa idade, estado civil, classe social, identidade  de gênero, orientação sexual, credo ou religião, pois qualquer pessoa que não se cuida pode  contrair esse tipo de doença. Desse modo, o principal desafio é traduzir as soluções para a  superação dos diferentes contextos de vulnerabilidade das mulheres, a partir da elaboração de  políticas efetivas e ações concretas que assegurem o acesso aos programas de promoção e  prevenção, disponíveis no sistema de saúde, com garantia de uma assistência holística e integral  para a saúde da mulher. 


2BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília:  Ministério da Saúde, 2023.
3ANTAL, G. Higiene sexual. Saúde Mundo, (nov.): 3-4, 1986.
4Idem. 
5 OLIVEIRA, C. A. B., coord. Pele e Aids: manifestações dermatológicas na síndrome da imunodeficiência  adquirida [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2011, 73 p. ISBN: 978-85- 7541-600-6.
6 CHIMELLI, L. Patologia da infecção pelo HIV e Aids. In: BRASILEIRO FILHO, G. B. Bogliolo Patologia. 6.  ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000 
7OLIVEIRA, C. A. B., coord. Pele e Aids: manifestações dermatológicas na síndrome da imunodeficiência  adquirida [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2011, 73 p. ISBN: 978-85- 7541-600-6
8A infecção pelo herpes pode ser mortal para pessoas com AIDS devido à deficiência do sistema imune.
9TRABULSI, L. R. Microbiologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2005
10MARTINS, Nelson Valente. Patologia do Trato Genital Inferior: Diagnóstico e Tratamento. 2. ed. São Paulo:  Roca, 2014 
11TRABULSI, L. R. Microbiologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.

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1Acadêmicas do Curso de Graduação Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário UNINORTE, Rio  Branco – Acre.
2Docente do Curso de Graduação Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário UNINORTE, Rio Branco  – Acre.