COMPARISON OF GRAFTS FOR ANTERIOR CRUCIATE LIGAMENT RECONSTRUCTION
COMPARACIÓN DE INJERTOS PARA LA RECONSTRUCCIÓN DEL LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202505092351
Jonatas Alves Braga Pereira1, Victória Vieira Bueno e Silva2, Guilherme Hideki Cavalcante Yamada3, Bárbara Cardoso Del Nery Batistuta Teixeira Vale4, Thamirys Fraga Amorim5, Fernando Mendonça Cardoso6, Carlos Gustavo Sakuno Rosa7
RESUMO
O ligamento cruzado anterior é um dos principais estabilizadores do joelho, sendo vital para a funcionalidade e saúde geral da articulação. Ele controla o deslizamento e a rotação da tíbia em relação ao fêmur, o que é vital tanto para atividades cotidianas quanto esportivas. Lesões no LCA podem levar à dor, inchaço, instabilidade e menor qualidade de vida. A reabilitação pós-lesão é crucial para recuperar a função do joelho e, em alguns casos, a cirurgia de reconstrução pode ser necessária para restaurar a estabilidade e permitir o retorno seguro às atividades. Desse modo, a seleção do enxerto para a reconstrução do LCA é uma decisão importante, que pode afetar a taxa de sucesso da cirurgia, o tempo e a qualidade da recuperação, o risco de complicações e a capacidade de retorno às atividades normais esportivas. É essencial considerar todos esses fatores para personalizar a escolha do enxerto de acordo com as necessidades e características específicas do paciente. Este estudo tem como objetivo realizar uma comparação entre os enxertos utilizados para a reconstrução do ligamento cruzado anterior. Para tal, foi realizada uma pesquisa de natureza quali-quantitativa, de caráter descritivo, mostrando vantagens e desvantagens de cada enxerto dentro da cirurgia até a reabilitação do ligamento cruzado anterior.
Palavras-chave: Lesões do Ligamento Cruzado Anterior. Autoenxerto. Tendão Patelar. Isquiotibiais.
ABSTRACT
The anterior cruciate ligament is one of the main stabilizers of the knee and is vital to the functionality and overall health of the joint. It controls the gliding and rotation of the tibia in relation to the femur, which is vital for both daily and sporting activities. ACL injuries can lead to pain, swelling, instability and reduced quality of life. Post-injury rehabilitation is crucial to regaining knee function and, in some cases, reconstructive surgery may be necessary to restore stability and allow a safe return to activities. Therefore, the selection of graft for ACL reconstruction is an important decision that can affect the success rate of surgery, the time and quality of recovery, the risk of complications and the ability to return to normal sporting activities. It is essential to consider all of these factors in order to customize the choice of graft according to the specific needs and characteristics of the patient. This study aims to compare grafts used for anterior cruciate ligament reconstruction. To this end, a qualitative and quantitative descriptive study was carried out, showing the advantages and disadvantages of each graft during surgery until rehabilitation of the anterior cruciate ligament.
Keywords: Anterior Cruciate Ligament Injuries. Autograft. Patellar Tendon. Hamstrings.
RESUMEN
El ligamento cruzado anterior es uno de los principales estabilizadores de la rodilla, siendo vital para la funcionalidad y la salud general de la articulación. Controla el deslizamiento y la rotación de la tibia en relación con el fémur, lo cual es vital tanto para las actividades cotidianas como para las deportivas. Las lesiones del ligamento cruzado anterior (LCA) pueden provocar dolor, hinchazón, inestabilidad y reducción de la calidad de vida. La rehabilitación posterior a una lesión es crucial para recuperar la función de la rodilla y, en algunos casos, puede ser necesaria una cirugía reconstructiva para restablecer la estabilidad y permitir un retorno seguro a las actividades. Por lo tanto, la selección del injerto para la reconstrucción del ligamento cruzado anterior (LCA) es una decisión importante que puede afectar la tasa de éxito de la cirugía, el tiempo y la calidad de la recuperación, el riesgo de complicaciones y la capacidad de volver a las actividades deportivas normales. Es fundamental tener en cuenta todos estos factores para personalizar la elección del injerto según las necesidades y características específicas del paciente. Este estudio tiene como objetivo comparar los injertos utilizados para la reconstrucción del ligamento cruzado anterior. Para ello se realizó un estudio descriptivo cualitativo y cuantitativo, mostrando las ventajas y desventajas de cada injerto durante el procedimiento quirúrgico hasta la rehabilitación del ligamento cruzado anterior.
Palabras clave: Lesiones del ligamento cruzado anterior. Autoinjerto. Tendón rotuliano. Isquiotibiales.
1 Introdução
O joelho é uma articulação muito importante e complexa, constantemente exposta ao estresse devido à absorção do impacto e do peso corporal durante os movimentos, o que a torna suscetível a lesões. Por isso, o ligamento cruzado anterior (LCA) desempenha um papel fundamental na estabilidade do joelho. Já o autoenxerto é um método comum para reconstruir o LCA usando o tecido do próprio paciente. É retirado do corpo do receptor e transplantado para outra área que necessita de reparo ou substituição. Embora a recuperação seja longa, a integração do próprio tecido tende a proporcionar uma estabilidade articular mais duradoura (Feilong et al., 2018).
Segundo Marieswaran et al. (2018), Em termos de enxertos, um desenvolvimento interessante é o uso de técnicas de engenharia de tecidos utilizando estruturas biodegradáveis semeadas com células e fatores de crescimento é uma técnica avançada para regenerar e reparar tecidos danificados. Por exemplo, há pesquisas em andamento sobre o uso de novos ligamentos que estão sendo utilizados como material de enxerto para substituição do LCA. Essas abordagens promissoras têm o potencial de revolucionar a medicina regenerativa e melhorar significativamente os resultados dos transplantes. Porém, enquanto essas técnicas não são aprimoradas, o autoenxerto tem se apresentado um método mais favorável para a reabilitação, assim diminuindo as chances de rejeição do tecido e facilitando a recuperação do indivíduo (Setiawan et al., 2023).
Algumas literaturas estimam que a incidência de lesões do ligamento cruzado anterior varia de 30 a 78 por 100.000 pessoas ao ano, embora não sejam bem definidas. Afetando principalmente sujeitos jovens e fisicamente ativos, pode gerar uma instabilidade crônica. Após a lesão, a reconstrução cirúrgica desempenha um papel importante na restauração do joelho, especialmente no ramo da ortopedia esportiva. Devido a alta incidência de ruptura do LCA, o campo de pesquisa do auto enxerto é fundamental, proporcionando uma maior compatibilidade biológica, integridade estrutural, menor risco de infecção, tendo uma melhor cicatrização e recuperação, com maiores chances de retorno às atividades (Lucena et al., 2023).
Contudo, a escolha do autoenxerto é de grande importância por conta de suas especificidades. Nesse sentido, esta revisão teve o objetivo de apresentar as características fisiológicas dos enxertos do tipo isquiotibiais e tendão patelar, demonstrando os diferentes resultados em aspectos clínicos. Na fisioterapia, a escolha adequada do autoenxerto desempenha um papel vital, já que influencia diretamente a recuperação da amplitude de movimento da articulação durante o processo de reabilitação, assim facilitando no trabalho de fortalecimento e a recuperação da funcionalidade da articulação (Lin et al., 2020).
2 Referencial Teórico
2.1 Anatomia do joelho
2.1.1 Anatomia do ligamento cruzado anterior
Movimentos na articulação do joelho são fundamentais para muitas atividades cotidianas, como: andar, sentar, correr e ficar em pé. Além de tudo isso é uma articulação do tipo sinovial, onde é formada por três ossos que são: O fêmur, a tíbia e a patela. A qual é formada por duas articulações: tibiofemoral (TF) entre o fêmur e a tíbia e a outra patela-femoral (PF) entre a patela e o fêmur. O joelho é estabilizado por uma complexa rede de ligamentos, incluindo os ligamentos cruzados anterior e posterior, e os ligamentos colaterais medial e lateral, além de contar com meniscos que absorvem impactos e ajudam na distribuição de cargas durante o movimento (Carmo, 2023).
O joelho é a maior articulação do corpo e possivelmente a mais sobrecarregada. A maneira como os ossos se organizam nessa articulação cria uma dobradiça, permitindo que os músculos flexores e extensores atuem para movimentá-lo. A disposição dos ligamentos dentro e fora da cápsula articular, juntamente com os músculos que passam pela articulação, proporciona a estabilidade necessária para suportar o estresse biomecânico que o joelho enfrenta. Sendo uma articulação em dobradiça, o joelho se movimenta principalmente ao longo de um eixo, possibilitando a flexão e a extensão no plano sagital. Ele também permite uma leve rotação medial quando está flexionado e uma rotação lateral no final da extensão para garantir o encaixe adequado da articulação (Carmo, 2023).
A articulação TF é onde os côndilos do fêmur se articulam com o platô tibial, que é a parte superior da tíbia. Os côndilos medial e lateral são saliências ósseas encontradas na extremidade inferior do fêmur. Eles têm uma superfície arredondada e lisa. Entre esses côndilos, na parte de trás, há um sulco profundo conhecido como fossa intercondilar. Os platôs tibiais são as duas áreas levemente côncavas dos côndilos na extremidade proximal da tíbia. Entre essas superfícies, há uma protuberância óssea que é chamada de eminência intercondilar. A articulação PF é uma junção que é formada pela interação entre a superfície patelar e o fêmur, conhecida como sulco troclear do fêmur, e a face posterior da patela, conforme mostra as articulações na Figura 1 (Carmo, 2023).
Figura 1
Articulação Tibiofemoral e patelofemoral

Os ligamentos são tecidos conjuntivos densos, resistentes e de cor branca prateada que unem os ossos, direta ou indiretamente, proporcionando estabilidade às articulações durante o movimento. O LCA é a contenção primária para a translação tibial anterior sobre o fêmur, além disso exerce funções de controle de mecanismos de estresse em varo e em valgo, e também no controle do estresse em hiperextensão. Tem entre 25 e 35 mm de comprimento e cerca de 10 mm de largura, sendo mais espesso nas interfaces ósseas e mais fino na porção média (Marieswaran et al., 2018).
O LCA é um dos ligamentos intracapsulares e extra sinovial do joelho. O ligamento se insere medialmente na região intercondiliana anterior da tíbia e na parte póstero-medial do côndilo femoral lateral. Sua estrutura consiste em dois feixes funcionais: o feixe ântero-medial menor (AM) e o feixe póstero-lateral mais calibroso (PL). O feixe AM é inserido profundamente na fossa intercondilar, alinhado com a linha intercondilar e a borda do osso condral, esse feixe tende ficar mais tenso em flexão. Enquanto isso, a inserção femoral do feixe PL está situada à frente do feixe AM, seguindo também ao longo da borda do osso condral, esse feixe tende ficar mais tenso na extensão. Ambos os feixes desempenham papéis distintos na estabilização anteroposterior e rotacional da articulação do joelho (Domnick et al., 2016).
Os ligamentos cruzados ligam o fêmur à tíbia na região central do joelho e, diferentemente dos ligamentos colaterais medial e lateral, não ficam expostos durante a maior parte dos movimentos de flexão e extensão. O LCA se fixa ao fêmur levemente posterior à superfície medial do côndilo lateral e a tíbia na região frontal da parte intercondilar (Marieswaran et al., 2018).
2.1.2 Biomecânica do joelho
O joelho é uma articulação que se move em um plano que é chamado sagital onde ocorre o movimento de flexão e extensão. Durante esses movimentos há uma variedade de forças musculares envolvidas, a força dos quadríceps, isquiotibiais, gastrocnêmio e a força do contato articular que acontece na articulação TF. Os dois primeiros grupos musculares são pares de músculos antagonistas que ajudam na flexão e extensão do joelho. Esses movimentos incluem tanto a rotação da tíbia em relação ao fêmur quanto o deslocamento do fêmur sobre a tíbia, para frente e para trás (Marieswaran et al., 2018).
Na produção do movimento da flexão do joelho, o quadríceps se alonga enquanto se contrai durante a extensão. Em contrapartida, os músculos isquiotibiais se alongam durante a extensão e se contraem durante a flexão. Dessa forma, esses grupos musculares, quadríceps e isquiotibiais, desempenham papéis opostos e são fundamentais para a biomecânica.
No decorrer do movimento de flexão para extensão do joelho, os côndilos femorais rolam e deslizam sobre o platô tibial posteriormente, graças à ampla superfície articular. Nos últimos graus de extensão, ocorre uma rotação medial do côndilo femoral sobre o platô tibial, proporcionando um ajuste final ou “encaixe” do joelho, conforme mostra a biomecânica do joelho na Figura 2 (Carmo, 2023).
Figura 2
Biomecânica do joelho

O movimento predominante da articulação PF é o deslizamento da parte posterior da patela sobre a superfície patelar do fêmur, em direção à incisura intercondilar. O objetivo primário da patela é facilitar um amplo arco de movimento para o músculo quadríceps femoral, que é a distância entre o eixo do músculo e o centro da articulação (Carmo, 2023).
O principal objetivo do LCA é limitar o deslocamento anterior da tíbia em relação ao fêmur, prevenindo a hiperextensão da articulação do joelho. É formado por dois feixes: o feixe AM, tensionado ao longo da flexão do joelho, e o feixe PL, que fica tensionado durante a extensão do joelho. Isso implica que o ligamento está sempre sob tensão, independentemente da posição do joelho (Marieswaran et al., 2018).
2.2 Mecanismo de lesão
Existem quatro desequilíbrios neuromusculares: dominância ligamentar , dominância do quadríceps , dominância das pernas e dominância do tronco. O primeiro tipo ocorre durante aterrissagens, em que é comum que os joelhos adotem o valgo. Com isso, os músculos da cadeia posterior, como os glúteos (máximo e médio), isquiotibiais, gastrocnêmio e sóleo, muitas vezes não conseguem absorver adequadamente a força do solo. Isso coloca uma carga excessiva sobre os ligamentos e a articulação do joelho, aumentando o risco de lesões ligamentares. O segundo desequilíbrio, conhecido como dominância do quadríceps, ocorre quando os músculos do quadríceps são predominantes e utilizados de forma excessiva para estabilizar o joelho, sem a participação adequada da cadeia muscular posterior. Isso resulta na aplicação de uma força excessiva na parte frontal do joelho (Marieswaran et al., 2018).
O terceiro desequilíbrio, chamado de dominância das pernas, refere-se à predominância de uma perna sobre a outra, resultando em uma assimetria significativa entre os membros inferiores. Isso pode aumentar o risco de lesões futuras devido à sobrecarga em uma das pernas e à falta de equilíbrio biomecânico entre elas. O último tipo é a dominância do tronco, refere-se à dificuldade em controlar efetivamente o tronco no espaço tridimensional (Marieswaran et al., 2018).
A articulação do joelho tem a capacidade de se mover e girar em três planos diferentes: sagital, frontal e transversal. Embora a maioria dos movimentos ocorra no plano sagital, como a flexão (dobrar) e extensão (esticar) do joelho, movimentos além dos limites normais em qualquer outro plano podem causar lesões nos ligamentos (Hewett et al., 2016).
O LCA é mais suscetível a lesões durante mecanismos multiplanares do que uniplanares. Envolve padrões específicos de carga nos membros inferiores. Isso inclui um movimento de colapso para dentro do joelho (valgo) com potenciais de cargas multiplanares acompanhado por forças de abdução da tíbia, juntamente com movimentos de translação anterior ou rotações internas/externas da tíbia (Hewett et al., 2016).
As lesões do LCA podem surgir de duas maneiras: por contato direto com outro jogador ou objeto, representando apenas cerca de 25 a 30% dos casos, ou sem contato direto, o que corresponde a 70 a 75% das lesões. A maioria das lesões sem contato ocorre quando o joelho está flexionado entre 0 e 30 graus (Salgado, 2013).
O ligamento pode sofrer lesões parciais ou completas quando o joelho está flexionado e a tíbia gira simultaneamente para fora. Esse movimento sobrecarrega o LCA além do seu limite normal, resultando em lesão. O LCA é estendido durante a flexão do joelho e é submetido a tensões adicionais durante a rotação interna ou externa da tíbia. A combinação desses movimentos pode causar uma sobrecarga no LCA, pois quando o joelho se flexiona, o LCA é tensionado para ajudar a manter a estabilidade da tíbia em relação ao fêmur. Já durante a rotação medial (interna) ou lateral (externa) da tíbia em relação ao fêmur, o LCA é submetido a forças de torção. Essas forças podem ser intensas o suficiente para causar uma ruptura, especialmente se ocorrerem de forma abrupta ou em combinação com outros movimentos (Marieswaran et al., 2018).
Cargas excessivas sobre o LCA, em relação ao peso corporal, são causadas pela fraqueza dos músculos do joelho. As principais causas da lesão do LCA ocorrem durante as atividades esportivas, por meio de mudanças rápidas de direção, saltos e aterrissagens, paradas e arranques abruptos, contato físico, desequilíbrio muscular e falta de condicionamento, superfícies de jogo instáveis e fatores biomecânicos (Marieswaran et al., 2018).
Durante a corrida, as lesões do LCA são frequentemente desencadeadas por movimentos como desacelerações abruptas, mudanças rápidas de direção, paradas repentinas e torções. Em situações de salto, aterrissar com o joelho em uma posição de varo (para fora) e rotação interna, ou com o joelho em valgo (para dentro) e rotação externa, são situações que aumentam o risco de lesões do LCA sem envolvimento direto de contato externo (Salgado, 2013).
3 Metodologia
O presente estudo foi do tipo descritivo, de natureza quali-quantitativa, realizado por meio de uma revisão sistemática. A pesquisa foi executada por meio de consulta a artigos científicos, em inglês e português, disponíveis na base de dados PubMed e Scielo utilizando os descritores: “reconstrução do ligamento cruzado anterior” “anterior cruciate ligament reconstruction” “autoenxerto” “autograft”. Considerou-se o período de publicação entre 2016 a 2024. Foram aplicados os operadores “AND” e “OR” para ampliar a busca e coletar melhores resultados.
Foram considerados os seguintes parâmetros para inclusão: 1) artigos publicados em portugues ou inglês; 2) relevância para o tema; 3) artigos, dissertações, teses e revisões; 4) publicações no período de 2016 a 2024. Quantos aos critérios de exclusão foram considerados: 1) textos sem tradução disponível; 2) irrelevância para o tema; 3) duplicidade de publicações; 4) publicações anteriores a 2016.
A seleção dos estudos ocorreu em três etapas: 1) leitura dos títulos para excluir os estudos que não estavam dentro do tema definido; 2) análise dos resumos para filtrar os artigos que atendiam aos critérios de inclusão; 3) leitura completa dos artigos selecionado para confirmar sua relevância para a revisão conforme descrito a Figura 3.
Figura 3
Fluxograma dos resultados da pesquisa sistemática dos artigos de 2016 a 2024.

4 Resultados e Discussões
A escolha do enxerto ideal para reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) deve ser baseada em critérios objetivos, evidência científica e nas características individuais do paciente. A meta-análise de rede de Yang et al. (2021) utilizou critérios clínicos amplamente aceitos — pontuação de Lysholm, avaliação do IKDC, teste de Lachman e pivot shift — para comparar os principais tipos de enxertos. Ambos os enxertos avaliados, o tendão patelar (TP) e os isquiotibiais (STG), apresentaram bons resultados, mas com diferenças importantes em determinados aspectos, como mostrado no Quadro 1.
Figura 4
Quadro demonstrativo da comparação entre os enxertos tendão patelar e isquiotibiais.
Critério | Tendão Patelar (BTB) | Isquiotibiais (ST-GR) |
Fonte do Enxerto | Terço médio do tendão patelar com blocos ósseos (osso-tendão-osso) | Tendões semitendíneo e grácil |
Força de Fixação Inicial | Alta – fixação óssea rígida | Boa, mas depende da técnica de fixação |
Tempo de Recuperação | Moderado (pode haver mais dor anterior) | Geralmente mais rápido e com menos dor |
Dor no Pós-Operatório | Mais comum – dor anterior no joelho, especialmente ao ajoelhar | Menor incidência de dor anterior no joelho |
Complicações Comuns | Tendinopatia patelar, fratura da patela | Afrouxamento do enxerto, menor área de contato ósseo |
Indicação Principal | Atletas de alta performance | Pacientes recreativos ou com baixa demanda |
Desvantagens | Maior dor anterior, risco de fratura ou tendinite patelar | Possível maior laxidez rotacional, menor fixação óssea direta |
Vantagens na Reabilitação | Boa integração óssea, estabilidade precoce | Menor dor, recuperação funcional mais confortável |
O enxerto dos isquiotibiais, principalmente quando utilizado em feixe duplo, demonstrou desempenho clínico superior em relação à pontuação de Lysholm e nos testes de estabilidade articular (Yang et al., 2021). Por outro lado, o enxerto de tendão patelar apresentou leve desvantagem na pontuação de Lysholm, embora com bom desempenho nos demais critérios. Estudos como o de Marinho (2013) também sugerem que pacientes com enxerto de TP apresentam maior dificuldade em tarefas como ajoelhar-se, sendo que 53% relataram essa limitação, contra apenas 23% no grupo STG.
Do ponto de vista biomecânico, os enxertos de TP demonstram superioridade em resistência e rigidez quando comparados ao LCA nativo, com até 170% mais resistência e 150% mais rigidez (Bitun et al., 2015). Já os enxertos STG apresentam menor resistência absoluta, mas destacam-se pela rigidez relativa, especialmente quando utilizados com múltiplos suportes. Contudo, a consolidação do tendão com o osso ocorre de forma mais lenta no enxerto STG, levando de oito a doze semanas, contra quatro a seis semanas no enxerto TP (Marinho, 2013).
No que diz respeito à recuperação pós-operatória e complicações, o enxerto dos isquiotibiais se mostra vantajoso por provocar menor dor anterior no joelho e menor taxa de complicações na área doadora (Krishna et al., 2018). Além disso, apresenta cicatriz menos visível, aspecto relevante para pacientes jovens. Em contrapartida, o enxerto de TP está associado a maior rigidez articular, dor ao ajoelhar, incidência de osteoartrite e déficit de extensão. Uma meta-análise com mais de 850 pacientes indicou uma incidência de dor anterior no joelho de 17,4% no grupo TP, contra 11,5% no grupo STG (Paschos et al., 2016).
Outro ponto de destaque é o alargamento do túnel ósseo, mais comum nos enxertos dos isquiotibiais, o que pode comprometer a fixação. Estudos apontam uma diferença de até o dobro em comparação ao enxerto TP (Paschos et al., 2016). A técnica de fixação é fundamental para o sucesso da cirurgia, os parafusos de interferência oferecem maior resistência e rigidez nos enxertos TP, além de facilitarem a ligamentização precoce, contribuindo para um retorno mais rápido às atividades esportivas (Setiawan et al., 2023).
Em relação à estabilidade e taxa de recidiva, o enxerto TP se destaca por apresentar menor taxa de falha (1,9%) em comparação ao enxerto dos isquiotibiais (4,9%) (Paschos et al., 2016). Além disso, pacientes com enxerto TP demonstraram maior probabilidade de retorno ao nível de atividade pré-lesão, especialmente em esportes de alto rendimento. No entanto, isso pode ser parcialmente explicado pela redução na prática esportiva durante o período pós-operatório devido à maior morbidade associada ao TP (Yang et al., 2021).
Do ponto de vista histológico, os enxertos STG apresentam maior densidade de colágeno e fibroblastos, favorecendo a regeneração e remodelação tecidual (Marinho, 2013). Apesar disso, essa vantagem biológica pode ser comprometida pela maior frouxidão observada a longo prazo. Já os enxertos TP oferecem melhor estabilidade a curto e médio prazo, mas estão associados a uma taxa maior de aderência e necessidade de manipulação sob anestesia (Lin et al., 2020)
Além das evidências já discutidas, estudos mais recentes continuam a reforçar as diferenças funcionais entre os tipos de enxerto utilizados na reconstrução do LCA. Uma meta-análise com mais de 4.000 pacientes demonstrou que o enxerto de tendão patelar (TP) apresentou taxas mais elevadas de retorno ao esporte no mesmo nível pré-lesão, em comparação ao enxerto de isquiotibiais (HT) (MUALEM et al., 2023). No entanto, em acompanhamentos de longo prazo (≥10 anos), o TP esteve associado a maior incidência de dor ao ajoelhar e osteoartrite radiográfica, sugerindo que seu uso pode acarretar mais complicações articulares crônicas (ROTHRAUFF et al., 2023).
Em contrapartida, embora os enxertos de HT apresentem menor taxa de complicações na área doadora e melhor recuperação funcional inicial, há uma tendência a maiores taxas de falha em reconstruções revisadas do LCA (MOON et al., 2023). Esses achados evidenciam que a seleção do enxerto deve considerar tanto os objetivos de retorno à atividade quanto os riscos a longo prazo para a articulação do joelho.
Em síntese, tanto o enxerto de tendão patelar quanto o dos isquiotibiais apresentam vantagens e desvantagens. O enxerto TP é mais indicado para atletas e pacientes com alta demanda funcional, pela sua resistência e menor taxa de falha. Já os enxertos STG são uma excelente opção para pacientes com menor exigência física, oferecendo recuperação mais confortável e menor morbidade. A decisão final deve sempre considerar o perfil do paciente, os objetivos de reabilitação e as preferências do cirurgião.
5 Conclusão
A reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) é um procedimento fundamental na recuperação da estabilidade e funcionalidade do joelho, sendo especialmente relevante para indivíduos fisicamente ativos e atletas. Os autoenxertos de tendão patelar (TP) e de isquiotibiais (STG) são as técnicas mais utilizadas atualmente, ambas amplamente estudadas e com resultados satisfatórios na literatura científica.
Com base na análise dos estudos revisados, observa-se que os dois tipos de enxerto apresentam vantagens e limitações. O TP se destaca pela maior resistência biomecânica e menor taxa de falhas, sendo muitas vezes indicado para pacientes com alta demanda funcional. Já o STG apresenta benefícios relacionados ao menor desconforto no pós-operatório, menor incidência de dor anterior e melhor aspecto estético, sendo uma alternativa viável para pacientes com menor exigência atlética ou com contraindicações para o uso do TP.
Dessa forma, não é possível afirmar que um tipo de enxerto seja superior ao outro de forma absoluta. A decisão deve ser tomada de forma individualizada, levando em consideração fatores como idade, nível de atividade física, objetivos de reabilitação e preferência do paciente, além da experiência do cirurgião. A atuação do fisioterapeuta também é determinante para o sucesso do processo de reabilitação, independentemente do tipo de enxerto utilizado.
Por fim, apesar das evidências analisadas, destaca-se a necessidade de estudos de longo prazo com maior padronização metodológica, a fim de fornecer dados mais consistentes sobre os desfechos funcionais, biomecânicos e clínicos. Esses estudos podem contribuir para uma tomada de decisão ainda mais precisa, especialmente em relação à prevenção de complicações como a osteoartrite precoce e ao retorno seguro às atividades esportivas.
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1Graduando em Fisioterapia pelo Ceulp/Ulbra. Palmas, Tocantins, Brasil. E-mail: jonatasalvesbpereira@gmail.com
2Graduada em Fisioterapia pelo Ceulp/Ulbra. Palmas, Tocantins, Brasil. E-mail: victoriavieira.fisio@gmail.com
3Graduando em Fisioterapia pelo Ceulp/Ulbra. Palmas, Tocantins, Brasil. E-mail: gyamada17@gmail.com
4Graduanda em Fisioterapia pelo Ceulp/Ulbra. Palmas, Tocantins, Brasil. E-mail: babi03teixeiravale@gmail.com
5Especialista em Traumato-ortopedia e Terapia intensiva neurológica. Palmas, Tocantins, Brasil. E-mail: thamirys.fisio93@gmail.com
6Mestre em Ciências do Ambiente. Palmas, Tocantins, Brasil. E-mail: mendonça.fcardoso@gmail.com
7Doutor em Biologia celular e molecular aplicado à Saúde. Palmas, Tocantins, Brasil. E-mail: gustavosakuno@ceulp.edu.br