A IMPORTÂNCIA DO ESTOMATERAPEUTA NAS LESÕES PERIESTOMAIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA  

THE IMPORTANCE OF THE STOMATHERAPIST IN PERISTOMAL LESIONS: AN INTEGRATIVE LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202505041717


Juliana Amaral Peres1


RESUMO

As lesões periestomais representam uma das principais complicações associadas às estomias,  impactando diretamente a qualidade de vida do paciente e a eficácia da terapia com dispositivos  coletores. Diante disso, este estudo teve como objetivo analisar, por meio de uma revisão integrativa da  literatura, a importância da atuação do enfermeiro estomaterapeuta no cuidado as lesões periestomais, e  suas contribuições na prevenção de complicações e a promoção em saúde aos estomizados. A busca foi  realizada nas bases PubMed, BVS Biblioteca Virtual em Saúde, LILACS e Google Scholar.  Considerando publicações entre 2019 e 2024. Foram analisados 20 estudos que destacaram o papel  fundamental desse profissional na prevenção de complicações como dermatite periestomal, além de sua  atuação na educação em saúde. A revisão mostrou que muitos problemas enfrentados pelos ostomizados  estão ligados à escolha incorreta de dispositivos e à falta de orientação adequada. Além disso, os estudos  reforçam a importância de uma formação acadêmica mais completa e de capacitações contínuas, para  que esses profissionais estejam sempre atualizados. Também foram citadas ferramentas, tecnologias e  protocolos que ajudam na padronização e melhoria do atendimento. Conclui-se que o enfermeiro  estomaterapeuta tem um papel indispensável na vida do paciente ostomizado, pois, com conhecimento  técnico e acolhimento, ele ajuda na adaptação, na autonomia e na autoestima, contribuindo para uma  recuperação mais humanizada e eficaz.  

Palavras-chave: Estomia. Pele periestomal. Estomaterapia. Cuidado de enfermagem. 

1. INTRODUÇAO  

A estomia no grego significa “boca”, “abertura”, assim a estomia intestinal diz respeito  a uma abertura criada cirurgicamente, normalmente no abdómen, para que a parte do intestino  ou outro órgão possa ser exteriorizada para o tratamento de doenças ou traumas no sistema  digestório. (VIEIRA, 2014)  

Do ponto de vista da anatomia, a palavra que define é orifício, já na visão cirúrgica,  refere-se a exteriorização de uma víscera oca para uma superfície corporal , que tem como função eliminar efluentes. (THUM, 2022)  

É uma solução para pessoas que tiveram órgãos internos como o intestino ou bexiga  removidos ou danificados, ou que precisam de uma saída alternativa para esses materiais. A  estomia pode ser temporária ou permanente, dependendo da condição do paciente. E no que  diz respeito ao segmento intestinal que é exteriorizado, se tem a ileostomia abertura no  intestino delgado para saída de fezes, é a comunicação do íleo com o exterior, colostomia é a  abertura no intestino grosso para saída de fezes ou urina e fezes, aquela que comunica o cólon  com meio externo e a transversostomia apresenta o cólon transverso fixado na parede  abdominal. (VIEIRA, 2014).  

O diagnóstico que resulta na cirurgia para a confecção do estoma, o tipo de cirurgia  realizada, se foi eletiva, ou seja programada, ou uma cirurgia de emergência, e o perfil do  paciente, são alguns dos principais fatores que levam as complicações da estomia. Estima-se  uma taxa de incidência anual de complicações relacionadas ao estoma em 2,9% a 8,1%,  com uma taxa de incidência mais alta de 15% a 43% no primeiro ano após cirurgias de estomia.  Os dados estatísticos mostraram que 80% dos pacientes com estomia sofriam de complicações  cutâneas periestomais persistentes antes dos cuidados especializados por enfermeiros  especialistas em estomaterapia. (BERNARDINO et al, 2023)

No que diz respeito a lesão na pele periestomia, é caracterizada por um processo  patológico que envolve lesões de pele ao redor da estomia e que se manifestam por sinais de  eritema (vermelhidão), calor e dor, podendo ocorrer de forma aguda ou crônica, com ou sem  ruptura da integridade da pele. (SILVEIRA & LANZA, 2019)  

A frequência das complicações na pele periestoma é bastante frequente, e estima-se que  uma pessoa estomizada experimentará algum tipo de complicação na pele periestoma dentro de  um período de até dois anos após o procedimento cirúrgico. (RIBEIRO et al, 2023). 

Muitos problemas de pele na região periestomal podem surgir e incluem dermatite fecal,  dermatite mecânica, foliculite, psoríase, dermatite alérgica de contato, pioderma gangrenoso  periestomal e outras condições bastante incomuns. (BERNARDINO et al., 2023)

As complicações pós-operatórias precoces incluem deiscência da ferida, isquemia,  retração do intestino de volta para o abdome, infecção e sangramento. E também pode ocorrer  prolapso ou protrusão do intestino, cicatrização e estreitamento da abertura do estoma e seu  vazamento, aumentando o risco de complicações cutâneas. (TANEJA et al., 2019) 

O dano à pele associado à umidade, ocorre em até 50% dos pacientes com ostomia devido  ao vazamento de efluentes do sistema de bolsas. Sendo que a dermatite alérgica de contato pode  se estender além do sistema de ostomia com bordas mal definidas e persistir até a remoção do  alérgeno. (BERNARDINO et al, 2023).  

As complicações periestomais é um desafio para a maioria dos estomizados, pois esses  indivíduos podem ter um significativo impacto negativo em relação a sua qualidade de vida,  bem como um aumento nos custos de saúde à medida que essas complicações se tornam mais  difíceis de serem tratadas. O conhecimento especializado desses eventos adversos, bem como  a prevenção e o manejo adequados são cruciais para um bom resultado. (COLWELL et al.,  2018)

O profissional enfermeiro com especialidade em estomaterapia desempenha um papel  fundamental na promoção do cuidado de qualidade aos pacientes estomizados, com uma  assistência especializada, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e a adaptação bem sucedida. (STOLBERG & MARTINS, 2023) 

Diante da relevância do tema, este estudo tem como objetivo analisar, por meio de uma  revisão integrativa da literatura, a importância da atuação do enfermeiro estomaterapeuta no  cuidado as lesões periestomais, e destacando suas contribuições para a prática clínica, a  prevenção de complicações e a promoção da qualidade de vida aos estomizados. 

2. REVISÃO DA LITERATURA  

2.1 ESTOMIA  

O estoma é uma abertura criada por meio de cirurgia, com o objetivo de estabelecer  uma ligação entre um órgão interno e a parte externa do corpo. Essa intervenção é geralmente  necessária em situações em que há comprometimento do funcionamento de algum órgão ou  quando ele foi parcialmente removido. Através do estoma, é possível eliminar resíduos do organismo ou garantir a nutrição do paciente. O termo “estoma” tem origem no grego, sendo  associado aos significados de “boca” e “abertura”. (STOLBERG & MARTINS, 2023)  

Pessoas que vivem com uma estomia passaram por cirurgias para retirar a bexiga ou  parte do intestino, o que interfere na capacidade natural do corpo de armazenar e eliminar fezes  ou urina. Em muitos casos, é feita uma abertura cirúrgica no abdômen chamada estoma, por  onde os resíduos são eliminados. Para isso, é usado um sistema externo com uma bolsa, que  cumpre o papel da parte do corpo que foi retirada ou que deixou de funcionar. Esses dispositivos  são personalizados de acordo com o formato do corpo e as necessidades médicas de cada  pessoa. A necessidade de uma estomia pode surgir por várias razões, como defeitos congênitos,  câncer, doenças inflamatórias intestinais (como a DII), diverticulite, incontinência, traumas  graves na região abdominal ou pélvica, entre outras condições. A cirurgia para criar uma  estomia ou um desvio contínuo pode ser feita em pessoas de qualquer idade e, embora não  reduza a expectativa de vida, pode impactar a qualidade de vida se os cuidados com a estomia  não forem bem feitos. ( STOCKS et al, 2022)  

Existem dois tipos principais de estomia: temporária e permanente. A estomia  temporária é feita para permitir que a área operada se recupere, normalmente por um período  entre 6 semanas e 6 meses.Já a estomia permanente é indicada quando há remoção total do  intestino delgado, de grandes partes do cólon, do reto e do ânus. No caso de remoção da bexiga,  a estomia permanente (como o conduto ileal) é geralmente necessária. (STOCKS et al, 2022).  

Uma colostomia é uma abertura feita cirurgicamente na região abdominal, onde uma  parte do intestino grosso (cólon) é puxada para fora da parede abdominal, formando um estoma.  Por esse estoma, os resíduos alimentares já digeridos saem e vão para uma bolsa coletora  externa. Esse tipo de procedimento é feito quando há necessidade de remover ou desviar uma  parte do cólon ou do reto por causa de alguma doença ou dano nessa região. Já a ileostomia é  parecida, mas em vez de usar o intestino grosso, é usada uma parte do íleo, que é a parte final  do intestino delgado. Ela também cria um estoma por onde os resíduos saem para uma bolsa  externa. A ileostomia é indicada quando é preciso tirar ou desviar todo o intestino grosso,  geralmente por motivos de saúde. A urostomia, por sua vez, é uma abertura cirúrgica feita na  parede do abdômen para permitir a saída da urina. Isso é necessário quando a bexiga não  funciona direito ou precisa ser removida. Nesse caso, é criado um canal usando um pedacinho  do intestino delgado (geralmente o íleo). Uma das pontas desse canal é fechada e a outra é  levada até a parte externa do abdômen para formar o estoma. Existem diferentes formas de fazer  esse procedimento, mas os tipos mais comuns são o conduto ileal e o conduto colônico.  (STOCKS et al, 2022) 

Cerca de 100.000 procedimentos cirúrgicos para criar estomas são realizados  anualmente nos Estados Unidos da América e estima-se que aproximadamente 1 milhão de  pessoas nos EUA têm uma ostomia. (DINIZ et al, 2021)  

De acordo com a Associação Brasileira de Ostomizados (ABRASO), em 2020,  aproximadamente 300 mil pessoas viviam com estoma intestinal no Brasil. (STOLBERG &  MARTINS, 2023)  

2.2 LESÕES PERIESTOMAIS  

A pele periestomal é definida pela área de 7,5 cm de toda a borda do estoma. No pós-operatório imediato, a pele periestomal encontra-se intacta, com a presença de microbiota  natural e sutura mucocutânea. Após um certo período, apresenta também microbiota de origem  intestinal na epiderme e no folículo piloso. (SILVEIRA & LANZA, 2019)  

Acerca das complicações periestomais, sua etiologia é complexa e multifatorial e  depende de vários fatores, incluindo dano à pele associado à umidade periestomal causada por  exposição prolongada a efluentes da ostomia, lesão mecânica da pele, infecções bacterianas ou  fúngicas e hipersensibilidade ou alergia a produtos de ostomia. O desenvolvimento dessas  complicações também é influenciado pelo tipo de cirurgia, técnica cirúrgica, preparo pré-operatório, cuidados pós-operatórios e estado geral de saúde dos pacientes, com maior risco  encontrado entre os que sofrem de obesidade ou diabetes. (BERNARDINO et al, 2023)  

Alguns fatores aumentam as chances de aparecerem feridas na pele ao redor do  estoma, como a presença de doenças já existentes, o contato constante da pele com as  eliminações (fezes ou urina) e também problemas nos cuidados diários. Entre esses, estão o uso  incorreto ou a escolha errada do equipamento coletor, o que pode contribuir para a irritação e  lesões na pele. (SILVEIRA & LANZA, 2019)  

As causas dos danos na pele periestoma são complexas e multifatoriais, porém uma  característica comum é o vazamento do efluente entre a barreira protetora do equipamento  coletor e a pele. Por sua vez, um conjunto de fatores pode resultar em vazamento do efluente,  como o tipo e localização do estoma, o nível de protrusão, o trauma mecânico e a infecção que  dificultam o bom ajuste do equipamento coletor, o que leva à fuga do efluente e à irritação da  pele. Os altos índices de danos causados na pele periestoma ressaltam a importância da  avaliação precoce que busca identificar os primeiros sinais de lesão, estabelecer o diagnóstico  e programar o tratamento adequado. (NUNES & SANTOS, 2018) 

2.3 PAPEL DO ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA E SUA IMPORTÂNCIA NA  PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS LESÕES PERIESTOMAIS  

A Estomaterapia é uma especialidade exclusiva da área da enfermagem que deve ser  obtida através de uma especialidade em estomaterapia e adquirir o título de enfermeiro  estomaterapeuta. Esse profissional terá conhecimento especifico e habilidades técnicas para  cuidar de pessoas com estomias, feridas agudas e crônicas, fístulas e inserção de drenos e  cateteres, incontinência urinária e anal. Sendo responsável por atender pacientes em aspectos  preventivos, terapêuticos e de reabilitação, sempre buscando as melhores alternativas, pois a  intenção além de cura é melhorar a qualidade de vida do paciente/cliente. Detém técnicas e  habilidades capazes de oferecer diversos tratamentos com tecnologia avançada além de educação  continuada. Atuando com autonomia diante dos aspectos preventivos, terapêuticos e de  reabilitação, visando uma melhor qualidade de vida ao paciente e quando necessário educa,  argumenta, orienta, indicar e prescreve produtos que sejam adequados para a recuperação do  paciente. (GONÇALVES et al, 2021).  

O enfermeiro especialista em estomaterapia tem um papel fundamental durante o  acompanhamento pré-operatória do paciente e pós-operatório e inclusive e principalmente na  reabilitação, pois é esse profissional que também fará o acompanhamento rotineiro do paciente  ostomizado, garantindo dessa forma uma boa qualidade de vida aos estomizados, monitorando  buscando através de métodos científicos no que se refere a prevenção e tratamento para  qualquer complicação cutânea na região periestomal (MORAES et al., 2016).  

Compete ao enfermeiro a realização e ensino dos cuidados aos responsáveis, como preservar a integridade da pele periestoma, com higienização correta, realizar a troca do  dispositivo coletor, realizar curativos, prevenir dermatites, verificar condições de  funcionamento da estomia e complicações como necrose, infecção, hemorragia, traumas,  invaginação e evisceração. (MORAES et al., 2016) 

Pacientes que são orientados e sensibilizados a manter uma alimentação correta, higienização satisfatória, troca adequada da bolsa e, cuidados com a pele periestomal, reduzem  significativamente, o surgimento de agravos e novas intervenções, além de estarem mais aptos  a voltarem a praticar suas atividades de vida diária. O enfermeiro, como o profissional  facilitador do processo de transição de saúde-doença, tem como uma de suas atribuições  compreender as mudanças que uma estomia traz à vida dos pacientes e conduzi-los ao seu  entendimento necessário, sanando-lhes dúvidas, bem como aos seus familiares/cuidador, uma vez que a realização de orientações proporciona aprendizado, resultando em mudanças no  comportamento de quem as recebem. (RIBEIRO et al, 2023)

Para a avaliação clínica é importante que os enfermeiros utilizem uma linguagem  comum para descrever as condições da pele periestoma, contribuindo para a sistematização da  assistência e para a construção de evidências que fundamentam a prática de cuidados com  estomas. Assim, o uso de instrumentos validados para a avaliação da pele periestoma ajudam a  padronizar a descrição e a comunicação sobre as suas condições. (NUNES & SANTOS, 2018)  

Dessa forma, a intervenção continua de enfermagem em estomaterapia, desde o  período pré-operatório e depois nos cuidados em domicilio, potencializa a construção de  atitudes mais proativas perante a nova circunstância de vida, resultando em envolvimento  precoce na gestão do autocuidado, favorecendo a transição para a adaptação psicossocial a  ostomia. Por outro lado, também é reforçado que se a intervenção de enfermagem for  sistemática e suportada por referenciais consistentes ajuda a orientar e a adequar os cuidados,  facilitando também a avaliação dos seus resultados. (SOUSA & SANTOS, 2019)  

Vale ressaltar que a escolha do equipamento e seu recorte, e a escolha de barreiras  protetoras para o cuidado da pele periestoma favorecem a diminuição das irritações dessa área. Uma grande variedade de equipamentos coletores e materiais adjuvantes estão disponíveis no  mercado e deve ser viabilizado o acesso das pessoas com estomia à tecnologia mais adequada. Nesse sentido, o enfermeiro especialista exerce papel fundamental, por ser responsável pela  indicação dos equipamentos coletores e adjuvantes necessários. (BAVARESCO et al , 2019)  

3. METODOLOGIA  

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que tem como objetivo reunir e  sintetizar o conhecimento científico disponível sobre a atuação do estomaterapeuta no cuidado de pacientes com lesões periestomais. Essa abordagem permite integrar resultados de pesquisas anteriores, oferecendo uma compreensão ampliada do tema estudado.  

O método de revisão integrativa é uma estratégia que sintetiza e analisa o conhecimento  existente sobre um tema específico, a fim de fornecer uma base sólida para a prática  profissional, especialmente na área da saúde. (MENDES, SILVEIRA & GALVÃO, 2008)  

Para a construção desta revisão integrativa da literatura, optou-se por adotar etapas  estabelecidas, como a identificação do tema e seleção da hipótese ou questão da pesquisa para  elaboração da pesquisa integrativa, estabelecimento de critérios para a inclusão e exclusão de  estudos na literatura, definição das informações a serem coletadas dos estudos selecionados estudos, a avaliação dos estudos, interpretação dos resultados e apresentação da revisão/síntese do conhecimento.  

A coleta de dados foi realizada nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em  Saúde (BVS), PubMed, LILACS e Google Scholar, por serem fontes reconhecidas de  publicações científicas na área da saúde. A busca foi conduzida entre os meses de Janeiro e Março de 2025.  

Os critérios estabelecidos como inclusão nessa pesquisa foram: estudos completos e  originais disponibilizados gratuitamente nesses bancos de dados previamente estabelecidos e  apresentando resumo. Em português e inglês, disponíveis na íntegra. Que abordassem a  importância na atuação do enfermeiro especialista, na área da estomaterapia, frente as lesões  periestomais, e foi estipulado o período de publicação entre 2019 até 2024.  

Nos bancos de dados previamente estabelecidos, foram utilizados os seguintes  descritores: “estomia”; “estomaterapia”; “cuidados de enfermagem”; “pele periestomal”, para  a eleição dos artigos científicos.  

Foram excluídos estudos duplicados, editoriais e trabalhos que não apresentaram relação  direta com o tema proposto.  

Referente aos dados, foram selecionados e os dados levantados nessa pesquisa foram  analisados de forma descritiva, e a leitura dos títulos e dos resumos foi feita para assegurar  que os textos contemplavam a pergunta norteadora da revisão e atendiam aos critérios de  inclusão estabelecidos. Em caso de dúvida a respeito da seleção, optou-se por incluir,  inicialmente, a publicação e decidir sobre sua seleção somente após a leitura na íntegra de seu  conteúdo.  

As buscas referente a base de dados PubMed, utilizando os descritores “estomia and  cuidados em saúde”, no total de 358 artigos referente ao período estipulado, sendo que 56  artigos foram excluídos por estarem duplicados e 262 foram excluídos por nao se enquadrarem  nos critérios de inclusão, depois de realizada a leitura dos títulos e resumos. Dos restantes, 40  artigos foram selecionados e passaram por uma análise completa, na qual foi analisado a  pertinência do estudo e a relação com a pergunta de pesquisa, totalizando somente 10 artigos  que conseguiram responder à questão norteadora.  

Referente as buscas na base de dados LILACS, utilizando descritores “estomia and pele  periestomal”, apresentou um total de 8 artigos, e de acordo com os critérios de inclusão foram  selecionados 4 artigos, para passarem por uma análise completa, e restou somente 2 artigos  dentre esses 4 artigos selecionados referente a essa base de dados. 

Na base de dados BVS – Biblioteca Virtual em Saúde, foi utilizado os seguintes  descritores “ estomia and estomaterapia” , em que foi encontrado um total de 49 artigos, sendo  que 7 duplicados, e 33 foram excluídos por não estarem de acordo com o processo de inclusão.  Foi feita uma análise completa de 9 artigos, e dentre os 9 foram selecionados 3 artigos.  

E referente a base de dados Google Scholar, foi utilizado os seguintes descritores, “  estomaterapia and pele periestomal”, em que foi encontrado nesta pesquisa um total de 34  artigos, 7 duplicados, e foram excluídos 18 artigos por não apresentarem o processo de inclusão. Selecionados 9 artigos para uma análise detalhada e completa, e como resultado foram  selecionados depois da análise completa e leitura dos respectivos artigos, selecionados o total  de 5 artigos.  

No total 20 artigos foram selecionados e os dados levantados nessa pesquisa foram  analisados de forma descritiva.  

Os dados extraídos foram organizados em uma tabela contendo: autor, ano, país, tipo de  estudo, principais resultados e contribuições para a prática da estomaterapia.  

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO  

Para que houvesse uma melhor compreensão dos resultados, foi desenvolvido um  quadro. Os dados extraídos foram organizados em uma tabela contendo: o Número do Artigo,  Autor, Ano, País, Tipo de Estudo, Principais Resultados e Contribuições para a Prática da Estomaterapia. 

Quadro 1 – Distribuição dos artigos conforme as variáveis: Autor, Ano, País, Tipo de Estudo,  Principais Resultados, Contribuições para a Prática da Estomaterapia.

A revisão integrativa realizada justifica-se pela significativa atuação profissional da  enfermagem especializada em relação a necessidade de entender a importância dos cuidados de  enfermagem frente ao indivíduo ostomizado. O estomizado precisa de apoio contínuo pois seus  problemas são cíclicos e duradouros, portanto, esse profissional sempre precisa apoiar e ajudar  a resolver os problemas de cada pessoa de forma humanizada e única.  

A estomaterapia é um campo especializado que desempenha um papel essencial na vida  dos pacientes ostomizados. O cuidado eficaz envolve não apenas o manejo físico das  complicações decorrentes das estomias, mas também a educação contínua, a identificação  precoce das complicações, e o acolhimento psicossocial. O enfermeiro estomaterapeuta é,  portanto, uma peça-chave na reabilitação desses pacientes, e seu papel é ampliado pela  necessidade de capacitação técnica e atuação contínua. Esta seção discute as principais  descobertas dos estudos analisados, seus impactos para a prática da estomaterapia e como essas  descobertas podem orientar futuras práticas de cuidado.  

4.1 FORMAÇÃO ACADÊMICA E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL: DESAFIOS E OPORTUNIDADES 

Um dos temas centrais dos estudos revisados é a necessidade de uma formação  acadêmica mais robusta voltada ao cuidado de pacientes com estomias.  

Stolberg & Martins (2023) identificam uma deficiência na formação inicial dos  enfermeiros, que muitas vezes não contempla de forma suficiente os cuidados especializados  necessários para os pacientes ostomizados. García-Goñi (2019) também destaca a falta de preparo adequado dos profissionais no momento da graduação, o que pode comprometer a  qualidade do cuidado e a prevenção de complicações.  

Por outro lado, muitos estudos, como os de Fellows et al. (2021) e Nagano et al. (2019),  reforçam a importância da capacitação contínua e do treinamento específico. A qualificação  constante é essencial, considerando a complexidade das complicações periestomais e o impacto  direto na qualidade de vida dos pacientes. A formação técnica especializada é considerada um  fator chave para o manejo eficaz das complicações, como infecções e dermatites periestomais, conforme também destacado por Foà et al. (2019).  

Foà et al. (2019) apontam que a falta de competências clínicas adequadas pode levar a  complicações graves, como infecções, que afetam diretamente a segurança e o conforto do  paciente.  

4.2 COMPLICAÇÕES PERIESTOMAIS E PREVENÇÃO: UMA ABORDAGEM INTEGRAL 

Os pacientes ostomizados frequentemente enfrentam complicações, sendo uma das mais  comuns as dermatites periestomais. A identificação precoce e a prevenção dessa condição é  crucial para evitar impactos negativos na saúde e no bem-estar dos pacientes.  

Cahide Ayik et al. (2020) relatam que as complicações cutâneas, especialmente a  dermatite periestomal, são frequentes, com evidências que sugerem que fatores como umidade  excessiva e o uso inadequado de dispositivos de estomia são as principais causas dessas lesões.  Thum (2022), aponta que a adaptação inadequada dos dispositivos de estomia e o contato  constante com os efluentes, ou seja, a umidade excessiva, são grandes responsáveis pela  ocorrência dessas complicações.  

Diversos estudos, como o de LeBlanc et al. (2019), confirmam que a prescrição  adequada de equipamentos coletores e o uso de adjuvantes, como barreiras de proteção  adequadas, são essenciais para a prevenção das lesões periestomais. Esses dispositivos devem  ser escolhidos com base nas características específicas de cada paciente, levando em  consideração fatores como a localização do estoma, o tipo de efluente, e as condições da pele  periestomal. A educação em saúde também é um fator central, como abordado por Barbosa et  al. (2021), que destacam a necessidade de orientações precisas para os pacientes sobre o uso  adequado dos dispositivos e a manutenção da integridade da pele.  

Além disso, no estudo feito por Nagano et al. (2019), mostra que a umidade da pele  periestomal, causada por efluentes e falhas no uso de produtos adequados, pode afetar a  autonomia dos pacientes na troca do sistema de bolsa. A prevenção de danos à pele periestomal é, portanto, um componente essencial da prática clínica de enfermagem, com um impacto direto  na qualidade de vida do paciente.  

4.3 A RELEVÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL

O impacto psicossocial de viver com uma estomia é significativo, afetando a autonomia,  autoestima e qualidade de vida dos pacientes. A adaptação psicológica ao estoma é um desafio  que deve ser acompanhado de perto pelos enfermeiros. Albulescu et al. (2024) e McNichol et  al. (2022) discutem a importância do suporte emocional no processo de reabilitação, afirmando  que a interação contínua do enfermeiro com o paciente é fundamental para ajudar a lidar com  as questões emocionais que surgem após a cirurgia de estomia. Além disso, a educação  continuada, tanto para os pacientes quanto para seus familiares, é crucial para promover o  autocuidado e aumentar a confiança do paciente no manejo diário da estomia.  

A educação em saúde, como parte integral do acompanhamento, é um tema recorrente  nos estudos. Antunes (2023) propõe um guia educativo para enfermeiros, destacando a  necessidade de ferramentas educativas para auxiliar no manejo das complicações tardias das  estomias intestinais. O apoio emocional e a educação contínua são, portanto, fundamentais para  garantir que os pacientes ostomizados consigam alcançar um nível de autonomia que lhes  permita lidar com as limitações impostas pela estomia.  

4.4 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E FERRAMENTAS DE APOIO 

A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental na melhoria da qualidade dos  cuidados aos pacientes ostomizados. Estudos como o de PEDACE et al. (2024), que  desenvolveram uma ferramenta de decisão para selecionar o sistema de estomia mais adequado,  demonstram como a integração de novas tecnologias pode otimizar o cuidado. Essas  ferramentas ajudam os enfermeiros a fazer escolhas mais informadas, personalizando o  tratamento e o cuidado de acordo com as necessidades de cada paciente. Ma et al. (2024)  também enfatizam a importância de cuidados pós-operatórios adequados, baseados em  evidências e tecnologias inovadoras, para reduzir as complicações cutâneas e melhorar a  eficácia do tratamento.  

A integração de tecnologias, como dispositivos de monitoramento e plataformas de  apoio à decisão clínica, tem o potencial de transformar a prática clínica de estomaterapia,  proporcionando aos enfermeiros as ferramentas necessárias para diagnosticar rapidamente  complicações e tomar decisões mais eficazes sobre o manejo das estomias.  

4.5 ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E MANEJO DAS COMPLICAÇÕES CUTÂNEAS

Diversos estudos, como os de Salomé et al. (2024) e Feitosa et al. (2022), sugerem que  o manejo adequado das complicações cutâneas periestomais começa com a educação em saúde e a padronização dos cuidados. A utilização de produtos adequados, como barreiras moldáveis,  e a padronização das técnicas de limpeza são medidas eficazes para a prevenção de lesões  periestomais, que infelizmente é uma complicação comum em pacientes ostomizados.  

O estudo de Bavaresco et al. (2019) também contribui significativamente para o  entendimento das estratégias preventivas, indicando que a educação em saúde, o uso de  barreiras de pele e a padronização das técnicas de cuidado são intervenções cruciais para a  redução das complicações cutâneas. A abordagem padronizada no cuidado de pacientes  ostomizados tem o potencial de minimizar os erros e aumentar a eficiência do cuidado,  promovendo melhores resultados clínicos para os pacientes.  

4.6 FATORES DE RISCO E COMPLICAÇÕES TARDIAS

Além das complicações iniciais, muitos pacientes ostomizados enfrentam complicações  tardias. O estudo de Esmeraldo et al. (2024) identificou que os fatores de risco para  complicações de lesões periestomais incluem tanto características dos pacientes, como as  comorbidades, quanto cuidados inadequados e falhas técnicas no processo de cuidados. A  avaliação contínua do risco e a implementação de estratégias preventivas eficazes são  fundamentais para reduzir o impacto dessas complicações tardias, permitindo que os pacientes  mantenham sua qualidade de vida. 

5. CONCLUSÃO  

A revisão integrativa da literatura sobre o papel do enfermeiro estomaterapeuta na  assistência integral ao paciente ostomizado revela a complexidade do cuidado necessário para  garantir não apenas o manejo das complicações clínicas, mas também o apoio psicossocial e  educacional contínuo. A importância da formação especializada e a capacitação contínua desses  profissionais são pontos fundamentais para a prevenção de complicações e para a promoção da  qualidade de vida dos pacientes ostomizados. Embora a atuação do enfermeiro estomaterapeuta  seja amplamente reconhecida na prevenção de complicações, incluindo as periestomais, a  literatura também destaca que o acompanhamento psicossocial e a educação em saúde são  componentes essenciais para o sucesso do tratamento e a adaptação do paciente à sua nova condição.  

O cuidado especializado oferecido pelo enfermeiro estomaterapeuta não se limita ao  tratamento clínico imediato, mas também se estende à orientação educativa contínua,  promovendo a autonomia dos pacientes no autocuidado e evitando complicações futuras.  

As complicações cutâneas periestomais continuam sendo uma das principais  preocupações no cuidado do paciente ostomizado. A educação sobre a escolha adequada dos  dispositivos de estomia, a padronização das técnicas de cuidados e o uso de barreiras de  proteção adequadas podem reduzir significativamente o risco de complicações cutâneas e  melhorar a experiência do paciente com a ostomia.  

Outro ponto destacado foi a necessidade de acompanhamento contínuo, não apenas no  contexto das complicações físicas, mas também no suporte psicossocial. O paciente ostomizado  frequentemente enfrenta um processo de adaptação emocional complexo, e a assistência de  enfermagem deve abranger tanto o cuidado físico quanto o emocional.  

Além disso, a implementação de tecnologias inovadoras e ferramentas de apoio, também  deve ser considerada uma prioridade na prática clínica. As ferramentas tecnológicas podem  auxiliar na tomada de decisões, melhorar a precisão na prescrição do sistema coletor adequado  e garantir um monitoramento eficaz das condições da pele periestomal e de outras  complicações.  

Em relação ao papel do enfermeiro estomaterapeuta, a literatura sugere que estratégias  de prevenção e manejo de complicações, aliadas a um acompanhamento contínuo e uma  educação em saúde efetiva, são fundamentais para reduzir as complicações relacionadas à estomia, aqui em questão o que diz respeito às lesões periestomais. Práticas baseadas em evidências, capacitação técnica constante e a personalização dos cuidados são aspectos-chave  para promover a saúde e o bem-estar dos pacientes ostomizados.  

Em suma, a atuação do enfermeiro estomaterapeuta é vital para a promoção da qualidade  de vida dos pacientes ostomizados. No entanto, para que o cuidado oferecido seja completo e  eficaz, é necessário um esforço contínuo na educação, na capacitação técnica e no suporte  psicossocial. A formação especializada, o uso de tecnologias de apoio e a padronização das  práticas clínicas são instrumentos essenciais para garantir que o paciente ostomizado tenha o  suporte necessário para uma vida saudável e com autonomia, minimizando as complicações e  promovendo a integração social e o bem-estar emocional. 

REFERÊNCIAS  

ALBULESCU, E.L., et al. Role of a Stoma Nurse in the Management of the Specific Stoma Related Complications. Curr Health Sci J . 2024 Jan-Mar;50(1):5-11. Disponível em :  10.12865/CHSJ.50.01.01 Acesso em: 07 de Março de 2025.  

ANTUNES, L. Elaboração e testagem de tecnologia de cuidado-educação para o manejo de  complicações tardias em estomias intestinais / Development and testing of care-education  technology for managing late complications in intestinal ostomies. Rio de Janeiro; s.n; s.n;  20230000. 100 p. ilus, tab. Disponível em:  https://pesquisa.bvsalud.org/brasil/resource/en/biblio-1567489 Acesso em: 05 de março de  2025.  

AYIK, C.; OZDEN, D.; CENAN, D. Ostomy Complications, Risk Factors, and Applied  Nursing Care: A Retrospective, Descriptive Study. Wound Manag PreV. 2020 Sep;66(9):20- 30. Disponível em : https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32903201/ Acesso em: 25 de Fevereiro.  

BARBOSA, S., et al. Nursing interventions for the prevention of peristomal dermatitis in  intestinal stomas: A systematic review. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 7,  p. e48110716740, 2021. Disponível em:  https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16740 Acesso em: 30 Fevereiro 2025.  

BAVARESCO, Marina, et al; Complicações de estomia intestinal e pele periestoma: evidências  para o cuidado de enfermagem. Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2019; 27:e45758. Disponível  em : https://doi.org/10.12957/reuerj.2019.45758 Acesso em 20 de Fevereiro de 2025  

BERNARDINO, Polyana Alves. Aspectos clínicos e epidemiológicos de complicações da  pele periestomal em pacientes ostomizados. Revista Eletrônica Acervo Saúde (ISSN 2178- 2091) Volume.23, no.5. 2023. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/12630 Acesso em 10 de Janeiro de  2025.  

COLWELL, Janice C. A Randomized Controlled Trial Determining Variances in Ostomy Skin  Conditions and the Economic Impact (ADVOCATE Trial). J Wound Ostomy Continence  Nurs. 2018 Jan/Feb;45(1):37-42. Disponível em : https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29300287/ Acesso em 13 de Fevereiro de 2025.  

COSTA, I., et al. TRATAMENTOS REALIZADOS POR ENFERMEIROS EM  COMPLICAÇÕES ESTOMAIS E PERIESTOMAIS: REVISÃO DE ESCOPO. Congresso  Paulista de Estomaterapia, [S. l.], 2022. Disponível em: https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/186 Acesso em: 30 Fevereiro 2025. 

DINIZ, IV et al. Complexidade no cuidado de um ostomizado com deiscência cirúrgica após  herniorrafia: um estudo de caso. Revista WCET® 2021;41(3):22-26. Disponível em:  https://doi.org/10.33235/wcet Acesso em 05 de Março de 2025.  

ESMERALDO, E, et al. Fatores de risco para lesões periestomais em estomas de eliminação:  um protocolo de revisão sistemática e metassíntese / Risk factors for peristomal skin  complications in elimination stomas: a systematic review and meta-synthesis protocol. Online  braz. j. nurs. (Online) ; 23(supl.1): e20246699, 08 jan 2024. Ilus. Disponível em:  https://pesquisa.bvsalud.org/brasil/resource/en/biblio-1554023 Acesso em 5 de Março de  2025.  

FEITOSA, M., et al. PREVENÇÃO DE LESÃO PERIESTOMA: UMA REVISÃO DE  LITERATURA. Revista Estima [S. l.], 2022. Congresso Paulista de Estomaterapia.  Disponível em: https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/178 Acesso em: 30  Fevereiro 2025.  

FELLOWS, J., et al. Multinational survey on living with an ostomy: prevalence and impact of  peristomal skin complications. Br J Nurs. 2021 Sep 9;30(16):S22-S30. Disponível em:  10.12968/bjon.2021.30.16.S22 Acesso em: 05 de Março de 2025.  

FOA, C., et al. Infectious risk in ostomy patient: the role of nursing competence. Acta  Biomed. 2019 Nov 11;90(11-S):53-64. Disponível em: 10.23750/abm.v90i11-S.8909 Acesso  em : 20 de Fevereiro de 2025.  

GONÇALVES, Francisco et al. Conteúdo de Estomaterapia e estratégias de ensino no currículo  de graduação em enfermagem. Rev. enferm. UERJ, p. e28921-e28921, 2018. Disponível  em: https://doi.org/10.12957/reuerj.2018.28921 Acesso em: 10 de Fevereiro de 2025.  

GOÑI, Manuel García. Specializing Nurses as An Indirect Education Program for Stoma  Patients. J Environ Res Public Health. 2019 Jun 27;16(13):2272. Disponível em:  10.3390/ijerph16132272 Acesso em: 28 de Fevereiro de 2025.  

LeBlanc, K., et al. Peristomal Medical Adhesive-Related Skin Injury: Results of an  International Consensus Meeting. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2019  Mar/Apr;46(2):125-136. DisponíveI em : 10.1097/WON.0000000000000513 Acesso em : 14  de Fevereiro de 2025  

Ma, L.-L., et al. Influencing factors associated with peristomal skin complications after  colorectal ostomy surgery: a systematic review and meta-analysis. Wound Manag Prev . 2024  Sep;70(3). Disponível em: 10.25270/wmp.23114 Acesso em 01 de Março de 2025.  

MCNichol, L; BLISS, D.Z.; GRAY, M. Moisture-Associated Skin Damage: Expanding  Practice Based on the Newest ICD-10-CM Codes for Irritant Contact Dermatitis Associated  With Digestive Secretions and Fecal or Urinary Effluent From an Abdominal Stoma or  Enterocutaneous Fistula. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2022 May-Jun;49(3):235-239.  Disponível em: 10.1097/WON.0000000000000873 Acesso em: 12 de Fevereiro de 2025 

MENDES, Karina; SILVEIRA, Renata Cristina; GALVÃO, Cristina. Revisão integrativa:  Método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto &  Contexto Enfermagem 17(4), Dezembro de 2008. Disponível em: 10.1590/S0104- 07072008000400018 Acesso em 20 de Janeiro de 2025.  

MORAES, Juliano, et al. Perfil de pessoas estomizadas de uma região de saúde mineira.  Enferm. Foco 2016; 7 (2): 22-26. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/314656432_PERFIL_DE_PESSOAS_ESTOMIZA DAS_DE_UMA_REGIAO_DE_SAUDE_MINEIRA Acesso em : 15 de Fevereiro de 2025.  

NAGANO, M., et al. Peristomal Moisture-Associated Skin Damage and Independence in  Pouching System Changes in Persons With New Fecal Ostomies. J Wound Ostomy  Continence Nurs. 2019 Mar/Apr;46(2):137-142. Disponível em: 10.1097/WON.0000000000000491 Acesso em: 28 de Fevereiro de 2025.  

NUNES, Maristela; SANTOS, Vera Lucia. Instrumentos de avaliação das complicações na pele  periestoma: revisão integrative, Aquichan vol.18 no.4 Bogotá Oct./Dec. 2018 l 477-491.  Disponivel em : http://scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1657- 59972018000400477 . Acesso em : 23 de Fevereiro de 2025.  

PACZEK, R, et al. Instrumento para implementação do processo de enfermagem na consulta  à pessoa com estomia: um relato de experiência / Instrumento para la implementación del  proceso en la consulta de enfermería a la persona con ostomía: un relato de experiencia /  Instrument for implementing the nursing process during ostomate consultation: an experience  report. Ciênc. cuid. saúde ; 21: e59744, 2022. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/brasil/resource/en/biblio-1384512 Acesso em 05 de Março de  2025.  

PEDACE, V., et al. A new decision tool to objectively select the most appropriate ostomy  system – a survey among ostomy nurse specialists. Wound Manag Prev . 2024 Sep;70(3).  Disponível em: 10.25270/wmp.23049 Acesso em: 05 de Março de 2025  

RIBEIRO, Wanderson, et al. Reflexões para autocuidado da pessoa com estomia intestinal:  implicações para a pele periestomal, Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos  Pinhais, v.16, n.10, p. 19473-19493, 2023. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/374481578_Reflexoes_para_autocuidado_da_pesso a_com_estomia_intestinal_implicacoes_para_a_pele_periestomal Acesso em : 15 de  Fevereiro de 2025.  

SALOMÉ, G. M.; DUTRA, R. A. A.; PROENÇA, G. D.; MOREIRA, K. R. Estoma intestinal  e os cuidados de enfermagem para prevenir e tratar as complicações da pele periestoma  intestinal: revisão integrativa da literatura. Revista de Gestão e Secretariado, [S. l.], v. 15, n.  11, p. e4266, 2024. Disponível em: https://ojs.revistagesec.org.br/secretariado/article/view/4266 Acesso em: 30 de Fevereiro de  2025. 

SILVEIRA, Néria; LANZA, Leni. Adaptação cultural, índice de validade de conteúdo e  confiabilidade interobservadores do The SACSTM Instrument: Assessing and classifying  peristomal skin lesion. ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther., 17: e1919, 2019. Disponível em  : https://doi.org/10.30886/estima.v17.768_IN Acesso em : 17 de Fevereiro de 2025  

SOUSA, Clementina Fernandes; SANTOS, Celia Brito. O Cuidado de enfermagem em  estomaterapia: Desenvolvimento de um programa de Intervenção, Enferm. Foco 2019; 10 (5):  161-166. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/341770495_O_cuidado_de_Enfermagem_em_esto materapia_desenvolvimento_de_um_programa_de_intervencao Acesso em 05 de Janeiro de  2025.  

STOCKS, Joana, et al. Ostomy and Continent Diversion Patient Bill of Rights: Research  Validation of Standards of Care. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2022;49(3):251-260. ©  2022. Disponível em : https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35523241/ Acesso em 28 de  Fevereiro de 2025.  

STOLBERG; Jonh; MARTINS, Wesley. A importância do enfermeiro estomaterapeuta na  assistência integral ao ostomizado: uma revisão integrativa da literatura. RECIMA21 –  REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR ISSN 2675-6218. v.4, n.7, 2023. Disponível  em : https://doi.org/10.47820/recima21.v4i7.3470 Acesso em : 20 de Fevereiro de 2025  

TANEJA, Charu. Risk and Economic Burden of Peristomal Skin Complications Following  Ostomy Surgery, J Wound Ostomy Continence Nurs. 2019 Mar/Apr;46(2):143-149. Disponível  em : https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30844870/ Acesso em 20 de fevereiro de 2025.  

THUM, Magali. Dermatite periestoma associada à umidade e a adesivo médico: frequência e  fatores associados / Peristomal dermatitis associated with moisture and medical adhesive:  frequency and associated factors, LILACS, BDENF. São Paulo; s.n; 2022. 160 p. Disponível  em : https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1579956 Acesso em : 20 de Janeiro  de 2025.  

VIEIRA, Flavia de Siqueira. Complicações de estoma intestinal e pele periestoma de  pacientes em seguimento ambulatorial, LILACS, BDENF ; Ribeirão Preto; s.n; set.2014. 75  p. ilus. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1590002 Acesso  em: 15 de Janeiro de 2025.


1Discente do Curso Superior de Enfermagem da Estácio de Sá Campus São José, Santa Catarina e-mail: julianaaperes1986@gmail.com