REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202504251447
Eduarda Luiza Guerra Figueira e Pereira¹
Gabriele Lisboa Silva²
Nícolas Braga Lopes³
Professor Ana Paula Fernandes⁴
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância e o diferencial que a enfermagem tem dentro da área forense, ademais seu espaço em um caso frente ao crime. Para isso, foi escolhido o método de revisão bibliográfica através de publicações científicas preferencialmente nos períodos de 2021 a 2025, realizado levantamento de dados através do Google Acadêmico, Enfermagem em Foco, Biblioteca Virtual de Saúde , Biblioteca Virtual de Enfermagem, Lilacs, PubMed e site Gov.br. Esse estudo possibilitou o conhecimento aprofundado da Enfermagem Forense, onde no Brasil analisamos a forma restrita no qual o atendimento é realizado, destacando a escassez de conhecimento e profissionais qualificados, limitando o atendimento às ações de cunho documental, fato que foi reafirmado por alunos de ensino superior que demonstram não ter conhecimento da especialização e nem de sua importância. Os resultados demonstram que a falta de especialização na área forense compromete o uso de instrumentos fundamentais para um atendimento mais preciso, impactando diretamente na condução dos casos. Concluiu-se que há uma grande diferença entre o enfermeiro assistencial e o enfermeiro forense, embora ambas sejam fundamentais, a forense exige especialização, olhar crítico e detalhado sobre cuidado, implicações legais e jurídicas, levando a EF há uma posição que obtenha maior valorização e reconhecimento como especialização.
Palavras-chave: Enfermagem Forense. Investigação. Violência. Atuação.
RESUMEN
Este trabajo tiene como objetivo demostrar la importancia y el diferencial que tiene la enfermería dentro del ámbito forense, además de su papel en un caso frente al crimen. Para ello, se eligió el método de revisión bibliográfica a través de publicaciones científicas, preferentemente en los períodos de 2021 a 2025, mediante la recopilación de datos en Google Académico, Enfermagem em Foco, Biblioteca Virtual de Salud, Biblioteca Virtual de Enfermería, Lilacs, PubMed y el sitio web Gov.br. Este estudio permitió un conocimiento profundo de la Enfermería Forense, donde en Brasil analizamos la forma restringida en la que se lleva a cabo la atención, destacando la escasez de conocimientos y de profesionales cualificados, lo que limita la atención a acciones de carácter documental. Este hecho fue reafirmado por estudiantes de educación superior que demostraron no tener conocimiento sobre la especialización ni sobre su importancia. Los resultados demuestran que la falta de especialización en el área forense compromete el uso de instrumentos fundamentales para una atención más precisa, impactando directamente en la conducción de los casos. Se concluyó que existe una gran diferencia entre el enfermero asistencial y el enfermero forense; aunque ambas funciones sean fundamentales, la forense requiere especialización, una mirada crítica y detallada sobre el cuidado, así como sobre las implicaciones legales y jurídicas. Esto posiciona a la Enfermería Forense en un lugar que merece mayor valorización y reconocimiento como especialización.
Palabras clave: Enfermería Forense. Investigación. Violencia. Actuación.
ABSTRACT
This study aims to demonstrate the importance and the distinguishing factor that forensic nursing brings when dealing with a crime case. To achieve this, a bibliographic review method was chosen, reaffirmed through publications of scientific articles available in databases such as Google Academic, Virtual Health Library (VHL), Nursing Database, Lilacs, and PubMed, covering the period from 2021 to 2025, in order to gather in-depth knowledge. Forensic nursing professionals are limited in their field of expertise, and their importance in case resolutions is not widely recognized, especially by undergraduate students. This study enabled the analysis of cases in Brazil, affirming the lack of knowledge in forensic nursing, which consequently results in failures during documentation procedures. The findings highlight that not being specialized in forensic nursing can lead to an absence of fundamental instruments for better forensic care, thus potentially compromising case outcomes. It is concluded that forensic nursing plays a crucial role, offering a more technical and legal approach to victim care. The demand for specialized forensic nurses is growing, as their critical perspective and in-depth knowledge of legal implications contribute to greater professional recognition and career advancement.
Keywords: Forensic Nursing. Investigation. Violence. Practice.
1 INTRODUÇÃO
A enfermagem é uma área abrangente, com diversos meios de atuação, do assistencial ao administrativo. Um de seus braços é a enfermagem forense (EF), fundada em 1992, que atua nos serviços de emergência frente às vítimas de violência (COFEN, 2024).
A violência vem se tornando um problema social de grandes dimensões, envolvendo questões sociais, econômicas, políticas e culturais que impactam diretamente nos sistemas de saúde. De acordo com o Atlas da Violência, em 2022, no Brasil, foram registrados 52.391 homicídios, uma estimativa de 21,7 homicídios por cada 100 mil habitantes, sendo 5.982 homicídios ocultos(mortes violentas que não são registradas oficialmente como homicídios), viu-se a necessidade de aprimoramento nas técnicas e de profissionais na área forense para compreender e explicar os comportamentos criminosos, bem como a prestação de cuidados às vítimas. A partir de 2011, a EF foi reconhecida como profissão no Brasil, e somente em 2017 foi emitida resolução pelo COFEN das suas áreas de atuação e como participante da equipe multidisciplinar. A EF ainda não é de conhecimento de todos, a especialidade que é pouco procurada, está intimamente ligada à área investigativa em diferentes ciclos da vida, preservando vestígios e desastres de massa. (CERQUEIRA, et al. 2024).
A saber, foi identificado que estudantes percebem que a EF é pouco abordada nas disciplinas ofertadas pelo curso, refletindo em uma escassa formação acadêmica sobre esta temática (REIS, et al. 2021).
Neste sentido, destaca-se a relevância do enfermeiro na prevenção, identificação e no manejo das vítimas de quaisquer violência, desempenhando um papel crucial também na coleta de vestígios biológicos de vítimas e agressores, bem como documentação do ocorrido, testemunho em processos judiciais e perícias.
Cabe ressaltar a grande deficiência de profissionais enfermeiros aptos para realizar o atendimento tanto às vítimas de violência, como também aos seus agressores e ao corpo no estado de pós-morte por desconhecerem esse tipo de pós-graduação(SCIGLIANO, Adriano. 2021).
No entanto, a EF é responsável pela:
“promoção da cultura de paz e na prevenção de casos de violência, por meio do planejamento de ações educativas, direcionadas aos profissionais, mas também a comunidade em geral, que pode incluir vítimas e agressores, com objetivo de disseminar o conhecimento sobre a identificação de sinais e sintomas de violência, fortalecimento de vínculos familiares, estabelecimento de relacionamentos saudáveis, fortalecimento da intergeracionalidade, disponibilização de informações sobre a rede de atendimento a vítimas de violência com respectivos contatos telefônicos e sites, mecanismos de denúncia, assim como o atendimento adequado às vítimas e condução dos casos com os devidos encaminhamentos.)”
(SOUZA SANTOS, Jiovana de, et al. 2021)
2 ENFERMAGEM FORENSE: UMA CONTEXTUALIZAÇÃO
Em primeiro viés, torna-se pertinente trazer uma conceituação acerca da EF, inerente a isso, é possível caracterizar seu surgimento em 1970, nos Estados Unidos, através de ativistas dos direitos femininos buscando oferecer assistência a vítimas de violência e estupro, exigindo a investigação forense ligada ao tratamento médico durante o tratamento de violência sexual(RIBEIRO et al., 2021).
As ciências forenses não são reservadas apenas para profissionais médicos, hoje podem ser estudadas por demais cursos de graduação como a Enfermagem que pode estudar diversos de seus conceito, gerando intervenções embasadas em conhecimento médico integralizado para garantir sua devida justiça em atendimentos específicos (CITOLIN, 2022).
“No decorrer dos anos, vários campos de atuação da enfermagem são descobertos e reinventados, oportunizando aos acadêmicos e profissionais novos rumos a serem seguidos, como a EF. Ela é definida como a aplicação do saber técnico-científico da área de enfermagem às situações clínicas consideradas forenses, pressupondo o cruzamento entre o sistema de saúde e o jurídico, prestando cuidados diretos às vítimas, aos ofensores e a todos que testemunham situações de violência.(2,3) No Brasil, a EF foi reconhecida como uma especialidade em 2011,(4) e em 2017(5) o Conselho Federal de Enfermagem por meio da Resolução Cofen de nº 556, de 23 de agosto de 2017, regulamentou a atividade do enfermeiro forense no Brasil.” (REIS; 2021).
Da mesma forma em que países como América do Norte, outros países apresentam crescimento na área de estudos Forenses como especialização dentro da enfermagem. Existe, no entanto, uma grande necessidade que o Brasil acompanhe esse crescimento preparando mais profissionais na área da EF, pois é um grande colaborador do direito e da justiça (CITOLIN, 2022).
A segurança da vítima e as necessidades médicas são prioridade, absolutamente todos os profissionais da área da saúde, em meio ao processo de recolha de vestígios não podem interferir em possível reanimação, caso seja necessário. O enfermeiro deve sempre usar seu conhecimento, experiência, assim como seu sentido crítico e de suspeita , sempre pensando na possibilidade de existir problemas forenses, devendo ser tirado fotografia da vítima inicialmente antes da abordagem ser executada, caso não seja possível, devem ser usados diagramas corporais onde se registram todas as lesões que possam existir (GOMES, 2022).
Há uma demanda maior relacionada a atendimentos a indivíduos em situação de violência em serviços de urgência e emergência, considerado o primeiro contato com o serviço de saúde, mesmo a atenção primária também oferecendo esse tipo de demanda. É necessário uma abordagem multiprofissional adequada e efetiva realizada pela EF, possibilitando intervenções e acompanhamentos necessários garantindo que todas as necessidades do indivíduo sejam atendidas. Apesar do enfermeiro ter a maior presença nesse cenário, no Brasil este atendimento é realizado de forma pontual e restrita, fazendo com que esses profissionais sofram a escassez de conhecimento necessário para qualificar melhor o cuidado, desta forma, mesmo identificando a necessidade do atendimento acabam limitando-se às ações de cunho documental, onde a maioria não se sente capacitado para atender esse tipo de incidência por falta de habilidades ou práticas em certos procedimentos, sendo necessário treinamento específico, como o da técnica de reconhecimento e preservação de vestígios (CITOLIN, Morgana Oliveira et al. 2022).
O EF deve assegurar que as anotações estejam completas, legíveis e precisas, documentando os nomes de quem teve contato com a vítima durante o transporte para o SUG e o tipo de tratamento realizado. Deve registrar sem fazer julgamentos e sem dar opiniões tudo que a vítima mencionar, registrar no diagrama corporal todas as lesões identificadas, é importante recordar que o exame forense é uma invasão de privacidade que pode ser embaraçoso para a vítima, por isso só deve ser exposto partes que sejam realmente necessárias (GOMES, Albino. 2022).
O enfermeiro inserido no caso é quem determina quais cuidados serão urgentes, imediatos ou quais serão aqueles realizados mais adiante, bem como organizar e dimensionar a equipe para cada cuidado e periodicidade deles, sendo importante também prescrever e orientar os cuidados fora do ambiente de saúde, assim como promover autonomia, autocuidado e a participação familiar quando permitido. Por fim, o último procedimento é avaliar os resultados para verificar se foram ou não alcançados, neste caso, o enfermeiro quem toma decisão se continua com o cuidado, se o cessa por não haver necessidade e/ou recusa da paciente; ou se realiza a transição do mesmo, encaminhando para outro serviço ou profissional que vá dar continuidade no atendimento(CIVIDINI, Fátima Regina. 2021).
2. 1. VIOLÊNCIA FÍSICA
“O enfermeiro forense é o profissional responsável por prestar assistência especializada às vítimas dos mais diferentes tipos de violência e também a seus agressores, com isso devem estar preparados para lidar com traumas físicos, psicológicos, sociais ou até mesmo em cenário de desastre em massa(COFEN, 2021).” (SCIGLIANO;2021).
No contexto da EF, a violência física diz respeito a qualquer ato intencional que provoque lesões em uma pessoa, englobando agressões como socos, cortes, queimaduras, estrangulamentos e outras formas de ferimentos. O enfermeiro forense desempenha um papel essencial na detecção, registro e apoio a vítimas desse tipo de violência, sendo responsável também pela coleta de evidências para investigações criminais, além de proporcionar suporte tanto físico quanto psicológico(SCIGLIANO, Adriano. 2021).
A violência é considerada um fenômeno universal por acometer diversos grupos sociais e pelo desafio de medidas de prevenção e identificação precoce, as notificações apontam que os jovens adultos são os que possuem maior número de casos, em ambos os tipos de violência (tráfico de drogas, roubo, homicídios, abusos, etc.). No Brasil, os conceitos de violência se baseiam em um mecanismo e estratégia de sobrevivência, a explicação é que somos baseados em acontecimentos ligados a violência e repressão, redirecionando o discurso de “quem é culpado”, onde a resposta se expressa somente em aumento da taxa de violência urbana, apesar da ausência de estatísticas confiáveis de violência no Brasil, temos a quantificação das estatísticas mais relevantes no país (CITOLIN, 2022).
Continuamente, a violência, nas suas diversas formas, contribui para redução da qualidade de vida da população, aumentando os custos com saúde e previdência, ocasionando a desestruturação, tanto familiar quanto individual.(BRAZ, T. P. A. das S.; FRAGOSO , W. L.; ALMEIDA , J. de S. 2024).
Podemos dividir os tipos de maus tratos em: nutricionais, físicos, sexuais, emocionais, omissão de cuidados (higiene e médicos) e Munchausen syndrome by proxy (MSBP). No abuso físico temos: traumatismo não acidental, únicos ou múltiplos, com caráter repetitivo e/ou episódico, podendo encontrar bofetadas, agressões com cinto, estiramentos de membros e fraturas. Lesões por ação de agentes físicos: líquidos ferventes, metais aquecidos, queimaduras com cigarros e queimaduras por ferros. Em casos de agressão por arma de fogo, se deve anotar orifícios de entrada e saída caso tenha certeza do ocorrido, sendo de extrema importância descrever todas as feridas, marcas e procedimentos médicos realizados, incluindo possíveis odores, acelerante químico ou fumo, que podem se perder com o tempo. Por vezes os registos são os vestígios mais importantes para a reconstituição do acontecimento, sendo assim a importância para a atenção da vítima e exame físico de enfermagem ser especial, seus depoimentos devem estar reproduzidos na íntegra, sem alterações, utilizando “segundo a vítima” ou “palavra da vítima”. Os exames da EF devem ser iniciado na cabeça, pescoço, extremidades, tronco e por fim genitália, utilizando referências métricas e diagramas corporais, a utilização de luz ultravioleta facilitando a pesquisa de fluidos corporais, sendo necessário registrar presença de cicatrizes antigas, tatuagens ou piercings (GOMES, Albino. 2022).
Quando são vítimas de asfixia, na maior parte dos casos, está associada a situações de acidentes e homicídios, sendo que os casos de suicídio tem desfechos mortal na maioria das vezes. Quando relacionados a acidentes, muitas vezes são crianças e resumem-se em casos de confinamento, um dos papéis fundamentais do enfermeiro nesse caso é realizar diagnóstico diferencial entre acidente e maus tratos, lembrando que estrangulamento e esganadura estão associados à violência. Relacionado a violência doméstica e sexual o enfermeiro deve inspecionar as retinas da vítima, boca e a língua em busca de possíveis petéquias, que dão indicação de elevado índice de gravidade, anotando qualquer anormalidade inspecionada na vítima em geral e através do diagrama relatar lesões, localização, dimensão e coloração (GOMES, Albino. 2022).
2. 2 VIOLÊNCIA SEXUAL
Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no ano de 2021,64,75% de abuso sexual acomete o público feminino, sendo exercidas por pessoas conhecidas(BARROS, Lara Vitória et al. 2021).
Os dados epidemiológicos de violências sexuais contra homens são incipientes, o que nos leva a hipóteses de que as situações são raras, sustentando um processo de camuflagem sobre as vítimas, o processo de construção e sustentação que o homem adulto é forte e inviolável, contribui para a limitação da compreensão desse fenômeno(SILVA, Thiago Augusto et al. 2024).
A violência sexual é caracterizada na obrigação do indivíduo a manter relações contra sua vontade, seja ela física, verbal e relação a força, sob intimidação, suborno, ameaça, chantagem e qualquer forma de obrigação sendo esse realizado pelo agressor ou com terceiros.(SCIGLIANO, Adriano. 2021).
Através da literatura identificamos que o enfermeiro examinador de agressão sexual realiza um atendimento mais abrangente do que outros profissionais da saúde, apesar da sua atuação gerar economia de custos, fortalecimento das leis a favor das vítimas, além de ser um modelo de atendimento bem sucedido e com bons olhos pelos políciais. As notificações suspeitas, no Brasil, são uma ação compulsória, ainda se destaca como desafio, a subnotificação dos casos, sendo relacionada ao medo da responsabilidade legal, assim a responsabilidade dos enfermeiros se restringem ao cuidado de lesões, subdiagnóstico e subdimensionamento em casos de violência.(SILVA, F. M. da; PORTELA, M. L. R.; BOTELHO, R. M. 2023).
Em violências sexuais existe a ideia de que o sémen é o vestígio mais importante, no entanto sua falta não significa que não houve agressão, da mesma forma sua presença não significa que houve abuso, apesar de ser um vestígio importante precisa enquadrar na história ocorrida, bem como da presença/ausência de vestígios é lesões. A presença de contusões e lesões podem confirmar o fato de ter ocorrido agressão, onde quase sempre há transferência de vestígios como sangue, pelos, fibras, sémen. Na consulta devemos nos perguntar “Se a vítima tomou banho ou lavou-se após o abuso?; Se trouxe consigo a roupa que usava durante a agressão?; Se ingeriu alguma coisa após o abuso?; Se lavou a boca e/ou os dentes após o abuso?”. Devemos perguntar se houve tentativa de estrangulamento, pois caso tenha ocorrido é necessário manter a vítima em observação por 24h, pois existem riscos após o ato, se a vítima levou dentada ou chupão pode conter DNA no local, desta forma, devemos fazer exames que avaliem bem o local (GOMES, Albino. 2022).
3 METODOLOGIA
O trabalho será estruturado em torno do tema “A atuação da enfermagem forense”. A pergunta norteadora será: “Qual o papel do enfermeiro forense e a importância da sua especialização?” O objetivo é analisar a atuação da enfermagem forense, entender seu papel, tanto no hospital como na perícia criminal, destacando a importância dessa especialidade nos cuidados às vítimas, visando a disseminação de conhecimento sobre a área explorada bem como a disponibilização de informação sobre o atendimento adequado às vítimas de violência. A busca por artigos científicos será feita na base de dados do Google Acadêmico(1790), Enfermagem em Foco(3), Biblioteca Virtual de Saúde (88), Biblioteca Virtual de Enfermagem(25), Lilacs(61), PubMed(2) e site Gov.br – Ministério da Saúde(15), Conselho Federal de Enfermagem(130). Os critérios de inclusão serão: publicações entre 2021 e 2025, com os seguintes filtros: ordenar por relevância, qualquer tipo, artigos de revisão, textos escritos em português, inglês e estudos que abordem diretamente a atuação da enfermagem forense, incluindo violência contra a mulher, homem, criança e violência sexual. Os critérios de exclusão foram: artigos que não mencionam a enfermagem forense, que não tenham relevância para o estudo e que não forneçam informações sobre sua atuação. A pesquisa será realizada por meio de palavras-chave como “enfermagem forense”, “violência” e “investigação”. Após a coleta, os estudos serão lidos e analisados em três fases: leitura exploratória (avaliação inicial dos resumos para verificar se os artigos abordam o papel da enfermagem na área forense), leitura seletiva (seleção dos artigos completos que atendem aos critérios de inclusão), análise crítica (análise detalhada do conteúdo dos artigos selecionados, comparando os resultados encontrados em diferentes estudos e identificando lacunas e convergências). As intervenções da enfermagem serão agrupadas em categorias, como: cuidados de enfermagem forense no atendimento com base nos artigos revisados. Cada categoria será detalhada com base nos achados dos estudos revisados.
4 RESULTADOS
Um total de 2.114 artigos foram encontrados, desses foram selecionados 11 por meio de análise, sendo 8 artigos científicos, 2 tese e 1 trabalho de conclusão de curso, trabalhos esses que abordam a importância do conhecimento do assunto escolhido, o papel que a enfermagem desempenha de forma crucial e abrangente, evidenciando assim a importância dessa especialidade e a sua atuação frente a violência enfrentada pelos pacientes. De acordo com o que foi apresentado no artigo 1, a análise da percepção de estudantes de enfermagem sobre a enfermagem forense na graduação, identificando o baixo conhecimento sobre a especialidade e a necessidade de maior inserção no currículo acadêmico. No artigo 2, o autor explora o papel do enfermeiro no atendimento a mulheres vítimas de violência sexual, enfatizando a necessidade de um atendimento humanizado e qualificado para minimizar danos físicos e psicológicos, assim como os artigos 3(atendimento a mulheres vítimas de violência na tríplice fronteira Brasil-Paraguai-Argentina, ressaltando dificuldades como barreiras culturais e falta de suporte especializado), artigo 5(atendimento a vítimas de violência, destacando a importância da especialização para garantir um suporte adequado e eficiente), artigo 8(atendimento a vítimas de violência em serviços de emergência, destacando a necessidade de capacitação profissional para melhor abordagem e registro adequado dos casos), artigo 9(atendimento especializado às mulheres vítimas de violência, destacando a atuação da enfermagem forense na identificação de agressões e no suporte emocional) e artigo 11(papel crucial no acompanhamento da vítima, desde a triagem até a coleta de evidências, conectando assistência à saúde e recursos legais). No artigo 4, há uma análise da assistência de enfermagem forense a idosos vítimas de violência, evidenciando a necessidade de protocolos específicos e maior preparo dos profissionais para lidar com essa população vulnerável, assim como o artigo 11( evidenciando lacunas na formação dos profissionais e na estrutura dos serviços de atendimento). O artigo 6 analisa a atuação do enfermeiro forense em serviços de emergência, enfatizando sua contribuição na identificação e documentação de casos de violência, além da necessidade de capacitação contínua, assim como o artigo 7(atuação na coleta de provas e na documentação de lesões para fins legais) . O artigo 10 apresenta um panorama da enfermagem forense no Brasil, destacando os desafios da especialidade, a falta de regulamentação específica e as áreas de atuação do profissional.
Logo, nota-se então uma necessidade de disseminação do conhecimento acerca da especialidade da EF pois há lacunas no conhecimentos por parte dos profissionais generalistas. Esse impacta no atendimento às vítimas, a escassez de protocolos institucionais acerca dos cuidados prestados ao paciente, bem como a coleta de dados para a identificação de documentação de casos de violência.
5 DISCUSSÃO
Artigo | Autor | Ano | Resumo |
Abordagem da EF na graduação; percepção de estudantes de enfermagem | REIS, Igor de Oliveira et al. | 2021 | baixo conhecimento sobre a especialidade e a necessidade de maior inserção no currículo acadêmico |
Enfermagem Forense: atuação do enfermeiro à mulher vítima de violência sexual | BARROS, Lara Vitória et al. | 2021 | necessidade de um atendimento humanizado e qualificado para minimizar danos físicos e psicológicos |
Contribuições da enfermagem forense no atendimento à mulher em situação de violência em região de tríplice fronteira(Brasil-Paraguai-Argentina) | CIVIDINI, Fátima Regina | 2021 | dificuldades como barreiras culturais e falta de suporte especializado |
Cuidados de enfermagem forense ao idoso em situação de violência: revisão de escopo. | SANTOS JS, Santos RC, Araújo-Monteiro GK, Santos RC, Costa GM, Guerrero-Castañe da RF, et al. | 2021 | necessidade de protocolos específicos e maior preparo dos profissionais para lidar com essa população vulnerável |
Enfermagem forense e o papel do enfermeiro no atendimento à vítima de violência. | SCIGLIANO, Adriano | 2021 | importância da especialização para garantir um suporte adequado e eficiente |
Enfermagem Forense: atuação do enfermeiro nos serviços de emergência frente às vítimas de violência. | CITOLIN, Morgana de Oliveira | 2022 | contribuição na identificação e documentação de casos de violência, além da necessidade de capacitação contínua. |
Enfermagem Forense no serviço de Urgência. | GOMES, Albino et al. | 2022 | atuação na coleta de provas e na documentação de lesões para fins legais |
Atendimento às vítimas de violência no serviço de emergência na perspectiva da enfermagem forense. | CITOLIN, Morgana Oliveira et al. | 2022 | panorama da enfermagem forense no Brasil, destacando os desafios da especialidade, a falta de regulamentação específica e as áreas de atuação do profissional |
Assistência de enfermagem forense: mulher vítima de violência. | SILVA, F. M. da; PORTELA, M. L. R.; BOTELHO, R. M. | 2023 | necessidade de formação de profissionais que saibam identificar sinais, marcas, objetos e recolher vestígios; no contexto da saúde no âmbito judicial trabalhando no atendimento das vítimas. |
Enfermagem Forense no Brasil: segmento de atuação. | BRAZ, Tâmara Pollyana et al. | 2024 | atuação mas também é pouco explorada no Brasil. |
Cuidados de enfermagem forense aos homens adultos vítimas de violência sexuais: scoping review. | SILVA, Thiago Augusto et al. | 2024 | papel crucial no acompanhamento da vítima, desde a triagem até a coleta de evidências, conectando assistência à saúde e recursos legais. |
Tabela 1: Relação Título, autor, ano e resumo dos artigos escolhidos para o estudo, organizados em ordem decrescente.
A EF no contexto do atendimento a vítimas de violência, revela diversas convergências e divergências importantes. Todos os artigos reconhecem a essencialidade da enfermagem forense no atendimento a vítimas de violência, seja ela sexual, física ou psicológica, e sua contribuição para o cuidado imediato e para as investigações legais. O papel do enfermeiro na coleta e preservação de vestígios é destacado como crucial para o andamento de processos judiciais. Como apontado em vários estudos, como os de Citolin et al. e Reis et al., é fundamental que a graduação e a formação contínua preparem os profissionais para lidar com as particularidades do atendimento a vítimas de violência. Isso inclui conhecimento sobre o processo de coleta de evidências, cuidados pós-trauma, e interação com os sistemas de justiça. Observa-se a preocupação com a humanização do atendimento, principalmente em contextos de violência sexual e violência contra grupos vulneráveis, como mulheres e idosos. O cuidado deve ser atento, respeitoso e cuidadoso, pois muitas vítimas de violência podem vivenciar traumas psicológicos e físicos graves. Outro ponto comum entre os artigos é a diversidade de situações de violência que os profissionais de enfermagem enfrentam, seja em serviços de emergência, urgência ou em contextos comunitários e transnacionais, como abordado por Cividini em sua pesquisa sobre a tríplice fronteira Brasil-Paraguai-Argentina.
Quanto as divergencias dos artigos revisados, enquanto alguns artigos se concentram em grupos específicos, como violência sexual no público masculino (Silva et al.) ou público feminino(Barros et al.), outros abordam a violência em um sentido mais amplo, incluindo vítimas idosas (Santos et al.) e de diferentes contextos geográficos (Cividini et al.).
Cada grupo demanda uma abordagem distinta, com adaptações nas práticas de enfermagem forense. A metodologia utilizada varia consideravelmente entre os estudos. Por exemplo, Silva et al. fazem uma revisão de escopo para entender a situação das vítimas de violência sexual masculina, enquanto Reis et al. investigam a percepção de estudantes de enfermagem sobre a abordagem de enfermagem forense em sua graduação. Já outros, como Gomes et al. e Citolin et al., empregam estudos qualitativos, com análises de práticas de profissionais em hospitais ou serviços de emergência, o que resulta em abordagens práticas mais diretas.
Artigos como o de Cividini et al., investigam a atuação da enfermagem forense em uma região transnacional, enquanto outros, como os de Scigliano et al. e Braz et al., focam no contexto brasileiro, detalhando as especificidades culturais e sociais do país. Essas diferenças de contexto podem influenciar a implementação e a eficácia das práticas de enfermagem forense em cada local.
Há diferenças de acordo com o enfoque na graduação versus atuação profissional, enquanto artigos como o de Reis et al. se concentram nas percepções dos estudantes de enfermagem durante sua formação, outros, como o de Barros et al. e Braz et al., investigam a atuação prática do enfermeiro no campo, evidenciando a importância da experiência prática e da formação continuada para a atuação em situações de violência. Os artigos convergem ao enfatizar a importância da EF no atendimento a vítimas de violência, abordando sua necessidade de treinamento e a humanização do cuidado. Porém, os contrastes surgem na maneira como cada estudo aborda diferentes populações, metodologias e contextos geográficos. Enquanto alguns focam em grupos específicos de vítimas, outros exploram o panorama amplo da violência em diferentes situações e localidades. A diversidade nas metodologias também leva a diferentes enfoques, seja na percepção de estudantes, na prática de enfermeiros ou na análise de políticas públicas.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A principal diferença entre o enfermeiro assistencial e o enfermeiro forense está no foco da atuação e no conhecimento específico necessário para cada área: O enfermeiro assistencial atua diretamente em pacientes hospitalizados, clínicas médicas, UBS e UPA onde suas funções correspondem a: administração de medicamentos, monitoramento de sinais vitais, assistência pré e pós hospitalar e trabalha diversas áreas como enfermagem clínica, cirúrgica, pediátrica, obstétrica, entre outros. O enfermeiro forense atua na interface da saúde e justiça, onde lida constantemente com casos de violência e crimes. Suas principais atribuições são: coleta e preservação de evidências dos casos onde atuam, incluindo agressões físicas, sexuais, maus-tratos, entre outros. Ele pode atuar também em hospitais, delegacias, IML, penitenciárias e equipes de perícia. Ambas as áreas são fundamentais, mas a enfermagem forense exige uma especialização específica e um olhar detalhado sobre as implicações legais e jurídicas do cuidado.
Por fim, observa-se que os objetivos deste estudo foram alcançados e que, a partir desta pesquisa, espera-se da valorização e o reconhecimento da especialidade da EF como necessária na equipe multidisciplinar, principalmente no atendimento às vítimas de Urgência e Emergência. A variedade de perspectivas nos artigos revisados indicam que a EF é uma área que exige adaptação às necessidades específicas de cada grupo de vítimas e aos contextos sociais, culturais e geográficos. A integração de pesquisas sobre a formação dos enfermeiros, o atendimento imediato a vítimas e o impacto da prática forense no sistema judiciário e nas políticas públicas é essencial para melhorar o cuidado às vítimas de violência.
REFERÊNCIAS
BARROS, Lara Vitória Nascimento et al. 2021. Enfermagem forense: atuação à mulher vítima de violência sexual. Acesso em: 14 mar. 2025. Disponível em: https://www.sapientiae.com.br/index.php/healthofhumans/article/view/CBPC2674-6506.2021 .002.0002
BRAZ, T. P. A. das S.; FRAGOSO , W. L.; ALMEIDA , J. de S. Enfermagem forense no Brasil: segmento de atuação. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 7, n. 15, p. e151608, 2024. DOI: 10.55892/jrg.v7i15.1608. Disponível em: https://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/1608. Acesso em: 16 mar. 2025.https://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/1608
CERQUEIRA, Daniel, et al. Atlas da Violência: Retrato dos municípios brasileiros.132 folhas; 2024. Acesso em: 20 fev. 2025. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/14031
CITOLIN, Morgana de Oliveira. Enfermagem Forense: atuação do enfermeiro nos serviços de emergência frente às vítimas de violência. 2022. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil, Florianópolis, 94 folhas. Acesso em: 28 março. 2025. Disponível em: https://biblioteca.cofen.gov.br/enfermagem-forense-atuacao-do-enfermeiro-nos-servicos-deemergencia-frente-as-vitimas-de-violencia
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¹Graduanda em Enfermagem, Faculdade Santo Antônio, – FSA
²Graduanda em Enfermagem, Faculdade Santo Antônio, – FSA
³Graduando em Enfermagem, Faculdade Santo Antônio, – FSA
⁴Formação/ Titulação/ Universidade- Faculdade, Instituição que está vinculado