REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504161238
Kariny Alves Panta
Mírian Guedes Santiago
Luzia Sousa Ferreira
Resumo:
Introdução: A EB funciona como um dos instrumentos que auxilia na detecção dos riscos de desenvolver LPP, ela possibilita que os profissionais de enfermagem façam um melhor delineamento na elaboração das prescrições dos cuidados que serão ofertados a esses pacientes. Objetivo: Apontar a importância da aplicação da EB pelo profissional enfermeiro na prevenção de LPP em idosos institucionalizados. Metodologia: Revisão bibliográfica de natureza descritiva, abordagem qualitativa, que visa sintetizar o conhecimento já produzido sobre a EB na prevenção de LPP em idosos institucionalizados. Foram consultadas bases como Google Acadêmico, Scielo e BVS, adotando critérios de inclusão e exclusão que contemplassem publicações de 2020 a 2024, acessíveis na íntegra e pertinentes ao tema. Após refinar as buscas por meio de palavras-chave e operadores booleanos: Escala de Braden AND Enfermeiro AND Instituições de Longa Permanência AND Lesão por pressão AND Avaliação de risco, foram identificados 22 estudos que compuseram a amostra final. Resultados e discussão: Estudos analisados mostram que EB é fundamental para identificar precocemente o risco de LPP e orientar estratégias preventivas nos idosos institucionalizados. Sob essa perspectiva, a atuação do enfermeiro torna-se central no processo, pois ele aplica a escala, promove cuidados individualizados e organiza a capacitação de toda a equipe, resultando na redução da incidência de LPP e na melhoria da qualidade de vida dos residentes em ILPIs. Apesar de sua reconhecida eficácia, evidencia-se a necessidade de pesquisas que aprofundem a aplicação da EB em contextos específicos, como áreas rurais, e que promovam protocolos unificados, aprimorando ainda mais a assistência ao idoso institucionalizado. Conclusão: A presença do enfermeiro é fundamental para gerenciar riscos, incluindo o desenvolvimento de LPP, especialmente por meio de ferramentas como a EB. Essa escala se mostra eficaz na identificação precoce de fatores que contribuem para a formação de úlceras, permitindo intervenções preventivas e individualizadas que não apenas minimizam complicações, mas também promovem qualidade de vida aos residentes institucionalizados. Ponto a destacar foi a falta de estudos sobre a EB em ILPIs de zonas rurais, ou ausência de protocolos unificados, reforçando a relevância de estudos futuros.
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Legislação Brasileira, considera-se idoso o indivíduo que possui 60 anos ou mais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2012 e 2018, houve um crescimento de 18% na população idosa do país. Isso gera, anualmente, a necessidade de desenvolver estratégias para assegurar uma melhor qualidade de vida para esse grupo, que, além de estar crescendo em número, também vive por mais tempo (Vasconcelos et al., 2022).
Em 2022 um número total de pessoas de 65 anos ou mais no país atingiu 10,9% da população (22.169.101), um aumento de 57,4% em relação a 2010, quando eram 14.081.477 ou 7,4% deste grupo. O aumento da população com 65 anos ou mais e a diminuição da proporção de pessoas com 14 anos nesse período passaram de 24,1% para 19,8%, refletindo o envelhecimento significativo da população brasileira (Censo, 2023).
No Brasil, os tipos de Cuidados de Longa Permanência (CLD) para pessoas com 60 anos ou mais incluem as Instituições de Longa Permanência para idosos (ILPI). De acordo com a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), isto é: Medidas destinadas a cobrir as necessidades habitacionais, nutricionista, de saúde e sociais dos idosos que não tem ligações familiares ou não tem capacidade para se sustentarem (Guimarães et al., 2023).
A pessoa, desenvolve várias mudanças corporais acarretadas pelo envelhecimento em que as modificações bioquímicas e moleculares acumulativas se transformam em condições favoráveis ao desenvolvimento de danos teciduais crônicos. Assim surge a Lesão Por Pressão (LPP), onde essa lesão na população idosa tem maior probabilidade de desenvolver infecções e sepse (Barbosa et al., 2021)
A Escala de Braden (EB) funciona como um dos instrumentos que auxilia na detecção dos riscos de desenvolver LPP, ela possibilita que os profissionais de enfermagem façam um melhor delineamento na elaboração das prescrições dos cuidados que serão ofertados a esses pacientes. Na avaliação do risco de desenvolvimento de lesões, a utilização da escala EB na pele é de extrema importância para o enfermeiro e concede um planejamento de assistência ao paciente que está em âmbito hospitalar e institucional de modo sistematizado, facilitando os processos de diagnóstico, tratamento e prevenção dessas lesões (Jansen et al., 2020).
A avaliação do risco de LPP oferece uma oportunidade de partilhar informações adquiridas em âmbito da interdisciplinaridade. Refere-se à contribuição do enfermeiro em conjunto com a equipe multiprofissional de saúde para que haja um cuidado com a adesão de medidas focadas na prevenção e tratamento, ensinamento para os pacientes e familiares e participação ativa da instituição para que ocorra uma promoção de condições adequadas de acordo com as necessidades de cada indivíduo (Barbosa et al., 2021).
Como a aplicação da EB pelo profissional enfermeiro em instituições de longa permanência podem influenciar na prevenção de lesão por pressão, e quais são os desafios enfrentados na prática cotidiana?
Com isso, o presente projeto de estudo justifica-se pela importância do uso da ferramenta EB no auxílio e na tomada de decisões importantes sobre o tratamento, como a necessidade de consultas com especialistas, intervenções terapêuticas ou até mesmo a consideração de institucionalização para aqueles que necessitam de supervisão constante, através de uma revisão bibliográfica dos últimos 05 anos e também colabore com os acadêmicos de enfermagem, cuidadores, familiares e também ao profissional enfermeiro que atua nos cuidados diretos ao paciente.
Então, o objetivo geral é apontar a importância da aplicação da EB pelo profissional enfermeiro na prevenção de LPP em idosos institucionalizados.
2. METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica de natureza descritiva que traz assuntos de trabalhos já publicados e almeja apontar e sintetizar elementos que já existem a respeito de um tema específico. Tem como objetivo reunir e demonstrar de forma estruturada o aprendizado disponível. Caracteriza-se por uma descrição detalhada de conceitos, teorias e resultados de estudos anteriores, além de uma análise qualitativa das informações, destacando pontos fortes e lacunas na literatura (Carvalho et al., 2023).
A abordagem qualitativa concentra-se na análise e interpretação de textos e materiais não numéricos, com o objetivo de explorar um tema em profundidade. Este tipo de revisão buscou identificar padrões, temas e conceitos centrais na literatura existente, sem a necessidade de quantificar dados ou testar hipóteses. Entre as principais características estão a análise detalhada de significados e contextos, a investigação de temas recorrentes, a adoção de uma perspectiva interpretativa, a flexibilidade na metodologia e a atenção à contextualização dos estudos analisados (Pereira et al., 2023).
Essa metodologia proporcionou uma revisão mais abrangente acerca da aplicação da EB, assim permitindo uma melhor compreensão sobre a importância na prevenção de LPP em idosos institucionalizados. Com isso, essa abordagem servirá de base para futuras pesquisas nas práticas de enfermagem.
Realizou-se inicialmente a busca pelas referências bibliográficas para o desenvolvimento do trabalho deu-se em primeiro momento a prospecção pela plataforma de pesquisa online Google Acadêmico onde é encontrado literatura de origem acadêmica utilizando o tema proposto do trabalho em sua integralidade onde encontrado 4420 referências, em segundo momento para melhor refinar foi utilizado a linha temporal entre os anos de 2020 a 2024 disponibilizado 1650 trabalhos publicados. Ainda para melhor responder o objetivo do trabalho foi também utilizado a estratégia amparada pelas palavras chaves e o booleano que consiste em: Escala de Braden AND Enfermeiro AND Instituições de Longa Permanência AND Lesão por pressão AND Avaliação de risco dessa maneira encontrado 303.
Para finalizar, o refinamento das referência utilizado as palavras chaves Escala de Braden AND Enfermeiros com a frase exata Idosos Institucionalizados e a linha temporal entre os anos de 2020 a 2024. Com essa estratégia foram alcançados 84 artigos.
Com isso, as autoras do trabalho fizeram a leitura do resumo, objetivo do trabalho e o item de resultado das referências, permitindo a escolha de 20 para a construção da resposta do objetivo da obra e delimitando os critérios de inclusão. Também foi utilizado informações acerca do número de idosos no Brasil da principal fonte de dados sobre a situação de vida da população nos municípios e localidades do CENSO. Outros dois artigos foram utilizados para fazer a fundamentação metodológica do nosso trabalho de revisão bibliográfica de natureza descritiva e abordagem qualitativa. Com isso, totalizando 23 referências para produção do trabalho.
Os critérios de inclusão foram referências com publicações entre os anos de 2020 e 2024 utilizado a plataforma Google Acadêmico (Google Scholar) para busca e escolhidos referências disponíveis nas bibliotecas de cunho científico como a Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizadas referências em resumo, íntegra, livre acesso, na língua portuguesa, inglesa, espanhol, teses e dissertações e repositórios on-line.
Critérios de exclusão utilizados foram publicações em revistas com custos, resumos de eventos incompletos e artigos que não abordaram a temática proposta. Assim como também excluídos resultados irrelevantes para pesquisa, estudos que não se concentraram na população idosa ou na EB.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 IDOSO E A INSTITUCIONALIZAÇÃO
As ILPIs, popularmente conhecidas como lares de idosos ou casas de repouso, apresentam uma variedade de características e serviços que podem diferir de acordo com a sua natureza, seja pública, privada ou filantrópica. A estrutura e os objetivos de cada ILPI influenciam diretamente os tipos de serviços oferecidos aos residentes (Dantas et al., 2023).
O processo de institucionalização refere-se à transição de um idoso para uma ILPI, onde ele passa a receber cuidados contínuos. Essa mudança é geralmente motivada por fatores como a falta de apoio familiar, a necessidade de cuidados médicos especializados, ou o agravamento de problemas de saúde que comprometem a autonomia do idoso (De Lima et al., 2021).
A adaptação a uma ILPI pode impactar profundamente o bem-estar emocional e psicológico dos idosos. A separação do ambiente familiar e a diminuição do contato com familiares geram sentimentos de isolamento e depressão. O desafio de se ajustar ao meio institucional que se encontra pode aumentar o estresse e a ansiedade, afetando a saúde mental dos residentes (Sales et al., 2023).
Do ponto de vista social, a vida nessa instituição pode surgir desafios e trazer oportunidades. A diminuição do contato com a comunidade externa e com a família pode enfraquecer as redes de apoio social do idoso. No entanto, a convivência com outros residentes pode promover novas amizades e um senso de pertencimento dentro da instituição (Gomes et al., 2023).
Em termos de saúde, as ILPIs oferecem cuidados contínuos que muitas vezes não são possíveis em casa, especialmente para idosos com múltiplas condições crônicas. Estes serviços, que incluem atendimento médico e cuidados de enfermagem, têm o potencial de melhorar a qualidade de vida dos residentes. Entretanto, é essencial que os cuidados sejam oferecidos de forma humanizada, respeitando a dignidade e as necessidades individuais de cada idoso (Guimarães et al., 2023).
A decisão de institucionalizar um idoso envolve considerações éticas complexas. É de suma importância que essa escolha seja feita de acordo com as necessidades e desejos do idoso, respeitando sua autonomia e avaliando a qualidade dos cuidados que a instituição pode oferecer (De Lima et al., 2021).
3.2 CUIDADOS DIÁRIOS PRESTADOS PELO ENFERMEIRO NOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
O cuidado proporcionado pelos enfermeiros aos idosos em ILPIs é necessário para garantir uma melhor qualidade de vida e o bem estar dessa população. A necessidade de institucionalização, muitas vezes resultante da diminuição da capacidade funcional e da demanda por cuidados especializados, requer uma abordagem completa e humanizada por parte do profissional enfermeiro (Sales et al., 2023).
Os enfermeiros atuam de forma essencial no monitoramento contínuo das condições de saúde dos idosos, considerando tanto os aspectos físicos quanto emocionais e cognitivos. Essa vigilância constante permite a identificação precoce de possíveis complicações e a implementação de intervenções adequadas. Além disso, os enfermeiros são responsáveis pela administração de medicamentos, pela execução de procedimentos e pela coordenação do cuidado em conjunto com uma equipe multidisciplinar, visando à promoção da saúde e à prevenção do avanço de doenças crônicas (De Camargo et al., 2023).
Notadamente, os enfermeiros também promovem atividades que estimulam a mobilidade, a socialização e a preservação da autonomia dos idosos, respeitando suas limitações e incentivando sua participação ativa nas decisões sobre seu cuidado. A atenção à nutrição, à hidratação e à higiene pessoal são componentes essenciais dessa rotina, impactando diretamente a qualidade de vida dos residentes (Furtado et al., 2023).
A institucionalização pode trazer desafios emocionais significativos para os idosos, como sentimentos de perda e isolamento. Devido a isso, é papel dos enfermeiros criar um ambiente seguro e acolhedor, onde os idosos se sintam valorizados e respeitados. A comunicação eficaz e o suporte emocional são aspectos cruciais para mitigar os efeitos negativos da institucionalização, promovendo um envelhecimento com dignidade (Sales et al., 2023).
Portanto, os cuidados diários prestados pelos enfermeiros em ILPIs vão além das necessidades físicas e de saúde; onde irão englobar uma abordagem holística que busca a integração social, o bem-estar emocional e a manutenção da qualidade de vida dos idosos no ambiente institucional (De Camargo et al., 2023).
3.3 ESCALA DE BRADEN
A EB é um instrumento de avaliação amplamente utilizado na enfermagem para prever o risco de desenvolvimento de úlceras por pressão em pacientes acamados. Este instrumento considera vários parâmetros cruciais, como mobilidade, umidade, nível de atividade física, fricção, cisalhamento, percepção sensorial e estado nutricional, os quais são essenciais para orientar as intervenções preventivas e aumentar a eficácia das medidas adotadas (De Bezerra et al., 2023).
Fundamental no suporte à avaliação clínica realizada pelo enfermeiro, proporcionando uma base sólida para o julgamento clínico e auxiliando na criação de um plano de cuidados personalizado. Através dessa ferramenta, é possível identificar precocemente os pacientes em risco e implementar estratégias preventivas adequadas, com o objetivo de impedir a ocorrência de úlceras por pressão (De Lima et al., 2021).
A pontuação da EB é organizada em subescalas, onde cinco delas recebem pontuações que variam de 1 a 4, enquanto a subescala que avalia fricção e cisalhamento é pontuada de 1 a 3.
Cada subescala possui uma descrição específica para orientar os avaliadores sobre os critérios a serem considerados. A soma das pontuações dessas subescalas resulta em um escore total que varia de 6 a 23, com escores mais baixos indicando um maior risco de desenvolvimento de feridas (De Bezerra et al., 2023).
E sua avaliação é amplamente reconhecida no meio clínico, particularmente em ambientes como hospitais e instituições de longa permanência, onde a imobilidade dos pacientes é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de lesões por pressão. Desenvolvida por Barbara Braden e Nancy Bergstrom em 1987, essa escala abrange seis fatores-chave que influenciam o risco de úlceras por pressão, começando pela percepção sensorial, que avalia a capacidade do paciente de perceber e responder ao desconforto causado pela pressão contínua (Sales et al., 2023).
Permite o profissional enfermeiro identificar precocemente pacientes com risco aumentado de úlceras por pressão. Isso possibilita a implementação de medidas preventivas, como mudanças frequentes de posição, uso de superfícies de suporte especiais, e cuidados específicos com a pele e nutrição. Ao reduzir a incidência dessas lesões, a escala contribui para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e para a diminuição dos custos associados ao tratamento das úlceras por pressão (Pereira et al., 2023).
Além da percepção sensorial, a escala considera o nível de umidade da pele, que pode aumentar o risco de lesões, a atividade física do paciente, a mobilidade, que analisa a capacidade de o paciente mudar de posição de forma independente, e o estado nutricional, que afeta diretamente a resistência da pele. O fator fricção e cisalhamento é o último, e avalia as forças que podem causar danos à pele durante os movimentos (Silva et al., 2023).
A aplicação da mesma desempenha um papel crucial na prevenção de lesões por pressão, sendo uma ferramenta essencial para os profissionais de saúde. Sua importância reside na capacidade de avaliar e identificar precocemente os pacientes que estão em maior risco de desenvolver esse tipo de lesão, permitindo a implementação de medidas preventivas de forma proativa. Através da análise de fatores como mobilidade, umidade, nutrição, percepção sensorial, e o risco de fricção e cisalhamento, a EB oferece uma visão abrangente do estado do paciente (Pereira et al., 2023).
Ao utilizar essa escala, os profissionais podem personalizar os cuidados, adotando intervenções específicas que visam a proteção da pele e a melhoria das condições gerais do paciente. Isso inclui a promoção de mudanças frequentes de posição, o uso de superfícies de apoio adequadas, e cuidados especiais com a nutrição e a hidratação da pele (Silva et al., 2023).
Sua eficácia não apenas previne a formação de LPP, mas também contribui para a manutenção da dignidade e conforto do paciente, além de reduzir significativamente os custos e a complexidade do tratamento associado a essas lesões. Dessa forma, a escala se configura como um elemento fundamental na prática clínica para garantir a qualidade dos cuidados e a segurança dos pacientes em ambientes de saúde (De Bezerra et al., 2023).
3.4 USO FREQUENTE DE APLICAÇÃO DA EB PELOS ENFERMEIROS EM ILPIS
A aplicação regular da EB pelos enfermeiros em ILPI é essencial para o monitoramento eficaz e a prevenção de LPP em pacientes idosos. Essa prática permite a identificação precoce de fatores de risco, possibilitando a implementação de intervenções preventivas adequadas (Félis et al., 2024).
O uso frequente da escala como ferramenta de avaliação contínua demonstra o compromisso dos profissionais de enfermagem com a qualidade do cuidado e a segurança dos pacientes, contribuindo significativamente para a redução da incidência de complicações relacionadas à imobilidade e ao envelhecimento (Santos et al., 2023).
Sua aplicação constante pelos enfermeiros nas ILPI desempenha um papel crucial na prevenção das lesões entre os residentes. Esse instrumento é utilizado regularmente para avaliar o risco de desenvolvimento dessas lesões, permitindo a implementação de estratégias preventivas adequadas. A frequência com que a escala é aplicada reflete o compromisso dos profissionais de enfermagem com a qualidade do cuidado, garantindo que os residentes recebem intervenções precoces e personalizadas. Esse monitoramento contínuo é fundamental para minimizar complicações, melhorar a qualidade de vida dos idosos e otimizar os resultados clínicos dentro das ILPIs (De Mendonça et al., 2023).
Os principais fatores que influenciam o uso regular ou irregular são consistentes ou inconsistentes da EB em ILPIs são variados e complexos. A formação e o conhecimento técnico dos profissionais de enfermagem desempenham um papel central, enfermeiros bem capacitados tendem a utilizar a escala de forma mais regular. Além disso, a carga de trabalho excessiva e a falta de pessoal podem dificultar a aplicação frequente da escala, levando a uma utilização irregular (Nozes, 2023).
A percepção do enfermeiro sobre a importância da prevenção de úlceras por pressão também influencia o uso da EB, pois, em ambientes onde essa prevenção é priorizada, a escala é aplicada com maior frequência. Por outro lado, a falta de recursos e de apoio institucional pode limitar a capacidade dos enfermeiros de utilizar a escala de maneira sistemática, resultando em variações no uso regular da ferramenta (Santos et al., 2023).
O treinamento e a capacitação dos enfermeiros exercem um papel crucial na aplicação efetiva da EB em ILPIs. Profissionais que passam por um treinamento adequado estão mais aptos a utilizar a escala de maneira correta e consistente, o que é essencial para a detecção precoce dos riscos de desenvolvimento de úlceras por pressão (Albuquerque, 2020).
A formação de qualidade proporciona uma melhor compreensão dos critérios da escala e destaca sua relevância na prática clínica, o que eleva a conscientização sobre a importância da prevenção de lesões cutâneas. Além disso, a capacitação contínua assegura que os enfermeiros estejam sempre atualizados com as melhores práticas, promovendo uma cultura de cuidado preventivo mais robusta nas ILPIs e garantindo uma aplicação mais sistemática e proativa da EB (Rebellato et al., 2021).
3.5 PRINCIPAIS BARREIRAS ENFRENTADAS PELOS ENFERMEIROS NA IMPLEMENTAÇÃO DA EB EM ILPIS
Os enfermeiros enfrentam diversas barreiras ao implementar a EB em ILPIs. Uma das principais dificuldades é a carga de trabalho elevada, que pode limitar o tempo disponível para a avaliação regular dos residentes. A escassez de recursos, como a falta de equipamentos adequados ou de suporte institucional, também pode dificultar a aplicação consistente da escala (Santos et al., 2023).
Além disso, a falta de treinamento específico sobre a utilização da mesma e a insuficiente sensibilização sobre sua importância na prevenção de úlceras por pressão podem levar a uma subutilização da ferramenta. A resistência à mudança por parte de alguns membros da equipe e a falta de uma cultura de cuidado preventivo nas instituições também representam desafios significativos para a implementação eficaz dessa prática (Albuquerque, 2020).
O uso ou a ausência da aplicação da EB em ILPIs têm importantes implicações para a qualidade do cuidado oferecido aos idosos. A utilização regular da escala permite a identificação precoce de riscos de desenvolvimento de úlceras por pressão, possibilitando a implementação de intervenções preventivas que podem evitar complicações graves e melhorar o bem-estar dos residentes (De Lima et al., 2021).
Por outro lado, a não utilização da mesma pode resultar na falta de detecção de fatores de risco, levando a um aumento na incidência de úlceras por pressão, o que compromete a saúde e o conforto dos idosos. A ausência dessa prática também pode indicar falhas no monitoramento contínuo e na atenção integral aos residentes, o que afeta negativamente a qualidade do cuidado prestado. Assim, a aplicação consiste em ser essencial para assegurar um cuidado de alta qualidade e para promover a saúde e a segurança dos idosos em ILPIs (De Bezerra et al., 2023).
Tendo contextualizado a importância da EB na prevenção de LPP, passa-se à análise dos estudos selecionados.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para facilitar uma melhor visualização e análise, dos artigos científicos escolhidos para compor o item do trabalho, resultados e discussão foram organizados no quadro 1.
Quadro 1: Caracterização das referências
Autores | Título do artigo | Objetivo do trabalho | Periódico/ano |
Albuquerque, Mariana de Almeida. | Quedas em idosos associadas ao uso de medicamentos: revisão da literatura. | Descrever como as quedas, em idosos, podem estar associadas ao uso de medicamentos. | Repositório Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ)/2020. |
Barbosa, Daniel Sued Campos; Faustino, Andréa Mathes. | Lesão por pressão em idosos hospitalizados: prevalência, risco e associação com a capacidade funcional | Identificar em idosos hospitalizados a prevalência e os riscos para o desenvolvimento de lesão por pressão, além de verificar a associação com causas clínicas e capacidade funcional | Enfermagem em foco/2021. |
Carvalho, Débora Carine Rodrigues; Carvalho, Vitor Hugo Rodrigues; Pacheco, Clécia Simone Gonçalves Rosa. | Contribuições e desafios para a promoção da interdisciplinaridade no contexto escolar. | Discutir sobre os desafios dos docentes em promover aulas interdisciplinares e relatar as contribuições das práticas interdisciplinares para o ensino de Ciências da Natureza na Educação Básica. | Editora Científica Digital/2023. |
Censo | Censo: O número de idosos no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos. | Evidenciar o acelerado processo de envelhecimento populacional no país | Secretaria de Comunicação Social/2023. |
Da Silva, Lidiane Maria; Da Silva, João Paulo Malta; Santos, Maísa Isabella Faustino. | Atuação do enfermeiro em instituições de longa permanência para idosos. | Buscar na literatura científica a importância da atuação do enfermeiro em instituições de longa permanência para idosos. | Revista JRG de Estudos Acadêmicos/2024. |
Dantas, Larissa Sonoda. | Ambiências culturalmente sensíveis: a relação de elementos étnicos com o bem-estar dos residentes em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) da comunidade japonesa de São Paulo. | Investigar a influência dos elementos étnicos na ambiência de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) da comunidade nipo-brasileira em São Paulo, e como esses elementos se relacionam com o bem-estar dos idosos residentes na perspectiva dos colaboradores. | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo (USP)/2023. |
De Bezerra, Yara Cristina da Silva et al. De La Escala, de Braden; De Dattos, Minería. | Análise da classificação de risco da Escala de Braden em uma unidade de terapia intensiva, na perspectiva da mineração de dados. | Mostrar as melhores regras de associação para os pacientes clínicos e adultos do ano de 2016 de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na classificação de risco da Escala de Braden, em um hospital privado da cidade de Natal/RN, sob a perspectiva da mineração de dados | Revista FT/2023. |
De Camargo, Raquel Mori Pires et al. | A percepção dos idosos sobre a institucionalização de longa permanência. | Compreender os sentimentos e percepções apresentados por idosos residentes em duas ILPIs do oeste do estado de São Paulo. | International Seven Journal of Multidisciplinary /2023. |
De Lima, Nataline Rocha et al. | Escala de braden: benefícios de sua aplicação na prevenção de lesão por pressão no âmbito domiciliar. | Averiguar a eficácia da Escala de Braden como instrumento norteador na assistência para prevenção de lesão por pressão em indivíduos acamados no âmbito domiciliar. | Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR/2021. |
De Mendonça, Ana Elza Oliveira et al. | Prevenção de lesão por pressão na pessoa idosa institucionalizada. | Fornecer suporte teórico e prático para que profissionais e gestores de instituições de longa permanência assegurem uma abordagem eficaz na prevenção de lesões por pressão em pessoas idosas, melhorando a qualidade da assistência prestada. | Repositório Universidade de Évora/ Seven Editora/2023. |
Félis, Keila Cristina; Silva, Henrique Salmanzo | Desafios e sugestões de melhorias nos cuidados de idosos institucionalizados: Compreensões dos profissionais a partir de um grupo focal. | Investigar as dificuldades e os desafios dos cuidados a idosos institucionalizados segundo profissionais de ILPI brasileiras por meio de um grupo focal. | Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento /2024. |
Furtado, Isadora Queiroz Correa Garchet et al. | Cuidado de pessoas idosas com incapacidades em Instituições de Longa Permanência para Idosos. | Analisar a constituição do cuidado ofertado à pessoa idosa com incapacidades, na perspectiva de profissionais de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. | Revista Brasileira de Enfermagem/2023. |
Gomes, Anne Carolinne Marie dos Santos et al. | Aplicativo para prevenção de lesão por pressão para cuidadores de idosos. | Desenvolver e validar o conteúdo de um protótipo de aplicativo móvel sobre Prevenção de Lesão por Pressão (LP) para cuidadores de idosos. | Acta Paulista de Enfermagem/2023. |
Guimarães, Mirna Rodrigues Costa et al. | Evaluation of Long-Term Institutions for Older People in Brazil: an overview of regional inequalities. | Avaliar as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) brasileiras, segundo o Modelo Teórico Multidimensional Integrado de Qualidade e Atendimento (MIQA), e comparar o desempenho alcançado entre as regiões do país. | Ciência & Saúde Coletiva/2023. |
Jansen, Ricardo Clayton Silva; Silva, Kedyma Batista de Almeida; Moura, Maria Edileuza Soares. | A Escala de Braden na avaliação do risco para lesão por pressão. | Analisar a aplicabilidade da Escala de Braden a indivíduos internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com o diagnóstico de enfermagem “mobilidade do leito prejudicada”, em seu potencial de predição do desenvolvimento de lesão por pressão (LPP). | Revista Brasileira de Enfermagem/2020. |
Nozes, Nélia Alexandra Mesquita. | Relatório de Estágio. Risco de quedas em idosos institucionalizados. | Avaliar o risco de quedas em idosos institucionalizados, e pesquisar possíveis associações entre o risco de cair e variáveis sociodemográficas e clínicas. | Instituto Politécnico de Bragança (Portugal)/2023. |
Pereira, Cindy Martins; Oliveira, Irene. | Avaliação do risco de desenvolver úlcera por pressão através da Escala de Braden, da Escala de Cubbin & Jackson e da Escala revista de Cubbin & Jackson em doentes internados em UCI–Revisão da literatura. | Comparar a avaliação do risco de desenvolver UPP através da Escala de Braden, da Escala de Cubbin & Jackson e da Escala revista de Cubbin & Jackson em doentes internados em UCI. | VI Fórum das Especialidades de Enfermagem:” Especialidades de Enfermagem na resposta aos ODS”/2023. |
Pereira, Cintia; Coutinho, Diogenes José Gusmão. | Pesquisa Qualitativa na área da Educação. | Apresentar os principais métodos e instrumentos da abordagem qualitativa na área da Educação. | Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação/2023. |
Rebellato, Carolina et al | Cuidado interdisciplinar de pessoas idosas: da teoria à prática. | busca articular teoria e prática para que profissionais de diferentes áreas atuem de forma colaborativa e eficaz no cuidado integral de pessoas idosas, ampliando a qualidade de vida e o bem-estar desse público. | Livro SBGG RJ/2021. |
Sales, Matildes Maria da Silva et al. | O papel do enfermeiro na redução da incidência de lesões por pressão em idosos institucionalizados. | Descrever o papel do enfermeiro na redução da incidência por pressão em idosos institucionalizados. | Revista acadêmica universo salvador/2023. |
Santos, Jiovana de Souza et al. | Práticas forenses realizadas por enfermeiros à pessoa idosa em situação de violência. | Analisar as práticas forenses realizadas por enfermeiros à pessoa idosa em situação de violência. | Repositório Institucional da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)/2023. |
Silva, Amanda Vitória Coelho et al. | O papel da enfermagem na lesão por pressão em Unidade de Terapia Intensiva: revisão integrativa. | Analisar os cuidados de enfermagem na prevenção da Lesão por Pressão em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). | Brazilian Journal of Health Review/2023. |
Vasconcelos, Caroline Luiza Bailona de, et al. | Qualidade de vida de idosos institucionalizados no Brasil: uma revisão integrativa. | Analisar a qualidade de vida da pessoa idosa em contextos de institucionalização, não hospitalar. | Revista brasileira militar de ciências/2022. |
A ILPI é um estabelecimento que oferta moradia, cuidado, e suporte contínuo para pessoas idosas que, por diferentes motivos, não podem mais viver de forma independente ou com suas famílias. Essas instituições fornecem um ambiente seguro e estruturado onde os idosos recebem assistência para suas necessidades diárias, como alimentação, higiene, administração de medicamentos, e cuidados médicos (Dantas, 2023).
De maneira complementar, o trabalho realizado pelos pesquisadores Vasconcelos et al., 2022 aponta que a qualidade de vida em ILPIs depende não apenas de cuidados clínicos, mas também de intervenções que fortaleçam a autonomia, a socialização e a dignidade dos idosos institucionalizados. Reforça Gomes et al., 2023 em sua pesquisa que pode acometer os idosos pela sua fragilidade clínica a úlcera por pressão ou escara agora conhecida como LPP, que é um tipo de ferida que pode que ocorre devido à pressão prolongada sobre a pele e os tecidos subjacentes, geralmente em áreas ósseas do corpo, como os quadris, calcanhares, tornozelos e sacro. Essa pressão constante compromete a circulação sanguínea na área afetada, levando à morte celular e à formação de uma lesão.
Dessa forma, o estudo de Jansen et al., 2020 reforça a importância de uma avaliação individualizada e contínua do risco de agravo, bem como destaca o papel do enfermeiro na seleção e aplicação da escala mais apropriada, visando minimizar danos e garantir cuidados de excelência aos pacientes graves.
Sustenta o estudo de Pereira et al., 2023 em seu resultado a indicação que todas as escalas oferecem subsídios valiosos para a prevenção e detecção precoce de LPP, mas apresentam diferenças em relação aos domínios avaliados e à capacidade de prever complicações cutâneas em pacientes com instabilidade clínica. Em geral, a EB é apontada como a mais amplamente utilizada.
Nesse sentido, Pereira e seus colaboradores, 2023 reforça que essa ferramenta EB pode ser utilizada como um instrumento de avaliação criada para prever o risco de surgimento de úlceras por pressão, também chamadas de escaras, em pacientes, principalmente em indivíduos acamados ou com mobilidade reduzida. Formulada em 1987 por Barbara Braden e Nancy Bergstrom, essa escala é amplamente adotada em áreas da saúde, como hospitais e em ILPIs.
Conforme aprofundado dos autores Jansen e seus colaboradores, 2020 o uso consistente da ferramenta EB favorece a implementação de cuidados individualizados e efetivos, reduzindo consideravelmente a incidência de LPP. Além disso, o estudo ressalta a importância de uma capacitação contínua dos profissionais de enfermagem para otimizar o uso da escala e assegurar a qualidade do cuidado.
Em consonância com os estudiosos Silva et al., 2023 a aplicação da EB é destacada como uma prática fundamental para a detecção precoce e prevenção de LPP. Reforça ainda em seu estudo que, por meio da avaliação contínua dos fatores de risco (mobilidade, umidade, nutrição, percepção sensorial e fricção/cisalhamento), os enfermeiros conseguem planejar intervenções personalizadas para cada paciente. Dessa forma, a EB não apenas contribui para minimizar a incidência de LPP em pacientes críticos, como também orienta a tomada de decisões clínicas e aprimora a qualidade do cuidado de enfermagem.
Devido a importância do profissional enfermeiro o pesquisador Da Silva e seus colaboradores, 2024 reforça em seu estudo tem uma responsabilidade importante junto às ILPis pois trabalha diretamente com a gerência e assistência direta junto aos pacientes idosos, busca as decisões e trazer o melhor emprego de cuidados aos idosos utilizando ferramentas que facilita a triagem e detecção do risco que o mesmo pode ser acometido como a EB.
Corrobora com o estudo realizado por Da Silva e seus colaboradores, em 2024 O estudo de Jansen et al., 2020, explora a aplicação da EB na avaliação do risco de LPP. Os autores salientam que essa ferramenta constitui um recurso essencial para identificar precocemente os fatores que favorecem o surgimento de LPP, permitindo que os enfermeiros desenvolvam estratégias preventivas mais eficazes. Além disso, a pesquisa evidencia a importância de uma capacitação contínua dos profissionais de enfermagem, visto que o conhecimento adequado sobre a escala e sua aplicação sistemática contribuem para um cuidado individualizado e uma redução significativa na incidência de lesões.
Sales e colaboradores, 2023 solidifica em sua pesquisa que a eficácia do uso da EB nas ILPIs, é amplamente reconhecida na prevenção e manejo de LPP entre os residentes. Alguns pontos que destacam essa eficácia, promovem muitos benefícios como a prevenção da mesma, favorece o planejamento, cuidados personalizados, monitoramento contínuo, redução de custos e a promoção da melhora na qualidade de vida do idoso institucionalizado.
5. CONCLUSÃO
A institucionalização do idoso em ILPIs é um processo multifacetado, marcado tanto por necessidades de saúde e cuidados especializados quanto por questões emocionais e sociais. Se, por um lado, essas instituições oferecem suporte contínuo e infraestrutura adequada para o cuidado de idosos com limitações funcionais ou condições crônicas, por outro lado, a distância do ambiente familiar e a possível redução no convívio social podem acarretar sentimentos de isolamento e depressão.
Contudo, o convívio com outros residentes pode gerar novas formas de integração e apoio, indicando que, mesmo com as dificuldades, o idoso pode encontrar vínculos afetivos e senso de pertencimento dentro da instituição. Além disso, a atuação de equipes multidisciplinares, especialmente a de enfermagem, mostra-se essencial para promover uma assistência humanizada, respeitando a autonomia e as particularidades de cada idoso.
Desse modo, a decisão de institucionalizar deve considerar cuidadosamente a vontade do idoso e a qualidade do cuidado oferecido, pois se trata de um processo que envolve aspectos éticos, emocionais, sociais e de saúde, impactando diretamente o bem-estar e a dignidade daqueles que envelhecem em um ambiente institucional.
Assim como, também que a ILPI desempenha um papel essencial ao oferecer moradia e cuidado contínuo para idosos que, por diversos motivos, não podem permanecer em seus lares, provendo um ambiente estruturado e seguro. A presença do enfermeiro é fundamental para gerenciar riscos, incluindo o desenvolvimento de LPP, especialmente por meio de ferramentas como a EB. Essa escala se mostra eficaz na identificação precoce de fatores que contribuem para a formação de úlceras, permitindo intervenções preventivas e individualizadas que não apenas minimizam complicações, mas também promovem qualidade de vida aos residentes institucionalizados.
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