EM NOME DA VIDA: SÍNDROME DE BURNOUT E O SACRIFÍCIO DA SAÚDE MENTAL NA ENFERMAGEM DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504151153


Edmilson Bezerra Cruz Júnior1
David Henrique Marques Riojas2
Jaqueline Alves Soares Varjão3
Francileide Sousa de Arruda4
Tamyres Cristina da Silva5
Anna Caroline da Silva Francisco6
Matheus Cesar Souza Crevelaro7


Resumo: A síndrome de Burnout é um distúrbio psicossocial resultante da interação entre demandas laborais e características individuais, caracterizado por um desenvolvimento gradual e insidioso. Seus sintomas incluem exaustão física e mental, estresse crônico e desgaste emocional, frequentemente não percebidos pelos afetados.Este estudo tem como objetivo identificar os aspectos determinantes que acarretam a síndrome de Burnout na equipe de enfermagem , que prestam atendimento de urgência e emergência no atendimento Pré-hospitalar.Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, exploratório- descritivo utilizando as bases: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google acadêmico Obtendo-se 5 estudos de 2020 a 2025. A síndrome de Burnout (SB) relaciona-se a um processo emocional de caráter negativo, de cognição e atitudes desfavoráveis sobre colegas de trabalho, ambiente e funções exercidas no trabalho. Identificou-se que o enfermeiro que atua na urgência e emergência no setor de APH está propenso a desenvolver a síndrome de Burnout, sendo os aspectos determinantes: carga horária longas, remuneração insatisfatória e ambientes de trabalho. 

Palavras-Chave: Síndrome de Burnout. Enfermeiro. Atendimento Pré- hospitalar (APH). 

Abstract: Burnout syndrome is a psychosocial disorder resulting from the interaction between work demands and individual characteristics, characterized by a gradual and insidious development. Its symptoms include physical and mental exhaustion, chronic stress, and emotional depletion, often unnoticed by those affected. This study aims to identify the determining aspects that lead to Burnout syndrome among nursing teams providing emergency and urgent care in pre-hospital settings. It is a bibliographic, exploratory-descriptive study using databases such as the Virtual Health Library (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), and Google Scholar. Five studies from 2020 to 2025 were obtained. Burnout syndrome (BS) relates to a negative emotional process, unfavorable cognition, and attitudes toward colleagues, work environment, and job functions. It was identified that nurses working in emergency and urgent care in the pré-hospital setting are prone to developing Burnout syndrome, with determining factors being long working hours, unsatisfactory remuneration, and work environments. 

Keywords: Burnout syndrome. Male. Nurse. Pre hospital care (PHC). 

1. INTRODUÇÃO 

O Trabalho representa uma forma de dignidade ao ser humano, podemos entender como um conjunto de atividades realizadas, um esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta. A enfermagem é uma área da saúde de suma importância para o andamento das atividades clínicas do paciente principalmente nas áreas de urgência e emergência no âmbito do atendimento pré- hospitalar. (BRUCH 2024). 

Segundo Siqueira (2008), a expressão “satisfação no trabalho” representa a totalização do quanto o indivíduo que trabalha vivencia experiências prazerosas no contexto das organizações.A satisfação no trabalho emerge no século XXI como um conceito complexo que explora a afetividade no ambiente laboral, especificamente o vínculo emocional do indivíduo com sua atividade laboral. 

O atendimento pré-hospitalar visa um atendimento rápido e preciso, com o intuito de salvar a vida do paciente ou minimizar possíveis sequelas ao mesmo. O profissional enfermeiro (a) que atua nesta área em sua maioria trabalha em longas jornadas e a remuneração não sendo compatível ao trabalho exercido ( RONARA 2022). 

A mesma exige que se tenha experiência clínica e maturidade suficiente que lhes permitam a tomada de decisões difíceis, normalmente com implicações éticas e morais, sendo responsáveis por limiares de stress elevados com impacto na qualidade de vida. 

O APH no Brasil é representado pelo serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU), com base na Portaria n°2048/GM, de 5 de novembro de 2002.(BRASIL,2002). Os enfermeiros que atuam na área são capacitados para suporte básico e avançado de vida. 

O enfermeiro possui, em sua gama de atribuições no APH móvel, à função de elaborar protocolos internos de atendimento, os quais devem ser desenvolvidos e organizados com consistência na avaliação rápida, prontidão das técnicas de estabilização de condições respiratórias, circulatórias e hemodinâmicas visando ao menor tempo gasto, à eficiência, à qualidade e ao mínimo de erros. 

O atendimento pré-hospitalar é uma área altamente dinâmica da saúde, marcada por um fluxo constante de acidentes de trânsito e casos de doenças agudas. Isso submete os enfermeiros a um nível elevado de estresse, além do esgotamento físico e mental. A necessidade de agilidade no atendimento, a força física para realizar manobras com pacientes e a pressão emocional decorrente do prognóstico incerto dos casos contribuem significativamente para o desgaste profissional ( Santos, 2023). 

A síndrome de Burnout é um episódio psicossocial decorrente da associação entre as demandas e exigência laborais e as características pessoais do indivíduo, no qual o desenvolvimento é ascendente e discreto com sintomas múltiplos e raramente é reconhecido pelo profissional atingido pela síndrome. (SCHWARTZMANN, 2004;). 

A Síndrome de Burnout está sendo considerada um dos problemas psicossociais mais atuais. Pois cada vez mais atinge profissionais que atuam diretamente com muitas pessoas, principalmente os da área da saúde e subsequentemente os enfermeiros. E isto está despertando interesse não só da comunidade científica, mas também das esferas governamentais, empresas privadas, sindicatos e conselhos, devido à gravidade tanto individual para o enfermeiro quanto organizacional para o setor e até ao próprio paciente atendido pelo profissional. (MUROFUSE; ABRANCHES; NAPOLEÃO, 2005). 

2. METODOLOGIA 

Para buscar responder aos questionamentos da investigação, foi utilizada a pesquisa descritiva, bibliográfica de caráter qualitativo. Conforme Gil (2018, p50) a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído, principalmente por artigos científicos e livros” 

A pesquisa se classifica como qualitativa, na visão de Pinheiro; et al. (2024, p.125) a pesquisa qualitativa é: 

[….] um estudo não estatístico que identifica e analisa profundamente dados não mensuráveis – sentimentos, sensações, percepções, pensamentos, intenções, comportamentos passados, entendimentos de razões, significados e motivações – de um determinado grupo de indivíduos em relação a um problema específico. 

Dos 25 artigos localizados, foi selecionado 8 por estarem mais próximos ao vínculo do objeto de estudo que visa compreender os aspectos que levam a Síndrome de Burnout acometer enfermeiros que atuam em urgência e emergência, no atendimento pré-hospitalar. Foi realizada uma leitura analítica com o objetivo de ordenar e sumariar as informações coletadas, de forma que estas possibilita-se, a obtenção do objetivo desejado. 

Foi respeitada a autenticidade das ideias, conceitos e definições dos autores das publicações, assim como as devidas citações e referências de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), obedecendo a Lei 9.610 que regula os direitos autorais. 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Ao analisar os artigos contemplados na discussão, é inevitável notar que as profissões da área da saúde têm uma maior probabilidade de desenvolver a Síndrome de Burnout. Isso ocorre porque o objetivo principal dessas profissões é salvar vidas e minimizar sequelas patológicas, o que gera grandes cobranças tanto por parte dos gestores quanto dos pacientes, além da cobrança pessoal. 

De modo Geral a enfermagem é também tida como uma profissão estressante, por conta de inúmeros fatores, conhecido desde a genealogia da enfermagem como ciência, tais como: número reduzido de funcionários compondo a equipe; falta de respaldo institucional e profissional; carga de trabalho longa; necessidade de realização de tarefas em tempo reduzido; falta de comunicação e compreensão por parte da supervisão de serviço; relacionamento com familiares de paciente; tecnologia de equipamentos; e outros (MUROFUSE; NAPOLEÃO, 2005). O estresse pode ser definido por sintomas como taquicardia, sudorese excessiva, tensão muscular, boca seca e sensação de alerta. 

Passada a situação de pico estressante o organismo irá voltar ao seu equilíbrio, quando o estresse é considerado como crônico ele pode levar a sérios problemas de saúde física e mental, acidentes, pouca eficiência e baixa produtividade no trabalho, todos estes aspectos têm sérias repercussões para os indivíduos, famílias, organizações e sociedades como um todo. (DIAS, 2023). 

As fases de estresse são basicamente três: fase de alerta, fase de resistência e fase de exaustão; descritas por Seyle (1974) formam o modelo bioquímico Síndrome de Adaptação Geral (SAG), o qual descreve um conjunto de reações fisiológicas e reações comportamentais não específicas, desencadeadas quando o organismo encontra-se exposto a um estímulo para a manutenção da constância do meio interno (FRANÇA; RODRIGUES, 2002).  

Segundo Seyle (1974), o estresse ocorre em três fases: alerta, resistência e exaustão. A fase de alerta é uma resposta rápida ao estresse, preparando o organismo para luta ou fuga. A fase de resistência é caracterizada por complicações mentais, físicas e emocionais, com diminuição da resposta imunológica e aumento do risco de patologias. A fase final, exaustão, manifesta-se por irritabilidade, isolamento social, baixa autoestima e aumento da glicemia, podendo levar a condições graves como depressão, úlceras gástricas e doenças cardíacas se persistir. 

Quando o profissional vive esse estresse o seu organismo também sofre e é exposto a tal situação, com isso ele torna-se mais propício ao desencadeamento da síndrome de Burnout. 

Síndrome de Burnout (SB) Relaciona-se a um processo emocional de caráter negativo, de cognição e atitudes desfavoráveis sobre colegas de trabalho, ambiente e funções exercidas no trabalho (SILVA, 2000). 

O enfermeiro que atua no atendimento pré-hospitalar lida diretamente com o paciente, isso significa que os mesmos geralmente passam todos os plantões por uma forte carga emocional, ficando expostos a presenciar situações de dor e sofrimento do paciente, lidando também muitas vezes com perdas. 

A diferença entre estresse e Burnout é que este é uma resposta a um estado prolongado de estresse ocupacional, ocorre pela sua cronificação, quando os métodos de enfrentamento falharam, ou foram insuficientes para a resolução do estresse do profissional. 

Muitos dos profissionais enfermeiros que prestam assistência de urgência e emergência pré-hospitalar quando são acometidos pela síndrome, em sua maioria irá negar a existência, por contar de suas rotinas, mas a mesma será logo percebida pelos colegas ou familiares, pois na maioria das vezes o profissional terá uma queda no rendimento do trabalho, desgosto da profissão fácil irritabilidade, o profissional não terá prazer em realizar seu trabalho de rotina. 

A síndrome de Burnout para muitos estudiosos é considerada como a doença do século e o enfermeiro que atua no APH, estão infelizmente propensos a desenvolver a mesma vista estes inúmeros aspectos determinantes descritos acima. É possível que se melhorasse alguns aspectos de trabalho do profissional enfermeiro que atua na urgência e emergência de APH, diminuísse os aspectos determinantes que levam à Síndrome de Burnout. 

A hierarquia das necessidades humanas, proposta por Abraham Maslow,fundamentais: fisiológicas, segurança, sociais, estima e autorrealização, embora não seja uma solução direta para o estresse ou a Síndrome de Burnout, valorizar essas necessidades pode ajudar significativamente a mitigar os fatores que contribuem para esses problemas.  

As necessidades fisiológicas, como alimentação e saúde, formam a base da pirâmide, seguidas pela segurança, que inclui estabilidade financeira e proteção física. As necessidades sociais, que envolvem relacionamentos e interações humanas, são essenciais para o bem-estar emocional. A estima, que abrange o respeito próprio e o reconhecimento social, é crucial para a confiança e a autoconfiança. Por fim, a autorrealização, que envolve alcançar o potencial pessoal, é a chave para uma vida plena e satisfatória. Ao priorizar essas necessidades, governos e empresas podem criar ambientes de trabalho mais saudáveis, reduzindo assim os riscos de estresse crônico e Síndrome de Burnout entre os profissionais. 

Alguns artigos enfatizam que por se tratar de uma síndrome causada pela alteração do padrão do estado biopsicológico, o surgimento de sinais e sintomas de Burnout, pode se dá pela composição da personalidade do profissional como (crenças, valores, ambiente, desejos), esses são parcialmente responsáveis pela origem dos problemas, juntamente com as exigências do trabalho e a sobrecarga deste. (Oliveira, Costa, Santos, 2013). 

CONCLUSÃO 

A Síndrome de Burnout surge após o pico mais alto do stress prolongado. É notável o surgimento da mesma, pois o profissional irá apresentar desânimo e desmotivação com o trabalho, podendo desenvolver doenças psicossomáticas, faltas sem justificativas em plantões, afastamento provisório das funções e chegando até aposentadoria por invalidez. É possível que no início o profissional negue a síndrome. 

Considerando o objetivo do presente artigo, identificar os aspectos determinantes que acarretam a síndrome de Burnout aos enfermeiros que prestam atendimento Pré-hospitalar, percebeu-se que são inúmeros aspectos da própria profissão que levam a desencadear a síndrome, não sendo exclusividade apenas do enfermeiro que atua na urgência e emergência pré- hospitalar, enfermeiros de todos os outros setores têm predisposição para desenvolver a síndrome. 

Os artigos estudados são unânime em afirmar a necessidade de uma atenção por partes dos gerentes e gestores com os profissionais enfermeiros que estão expostos a elevados nível de estresse, Tendo em vista o árduo trabalho em turnos, falta de reconhecimento profissional e as relações de trabalho ao lidar constantemente com a sensação de impotência frente a morte. 

Conclui-se que a Síndrome de Burnout é suscetível a enfermeiros no mundo todo e, em vários setores de trabalho: Pronto Socorro, UTI, Centro Cirúrgico, Atendimento Pré-hospitalar ou outros. E a mesma tem a capacidade de fazer com que o profissional enfermeiro desenvolva: sentimentos negativos em  relação  às  necessidades  dos  pacientes, como frustração, frieza e indiferença. Em síntese é necessário, mas estudos para que se possa entender mais sobre a síndrome, de modo a sabermos como prevenir a curto, médio e longo prazo, evitando que se tenha profissionais enfermeiros frustrados com a sua profissão. 

REFERÊNCIAS 

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=931, acessado dia 12 de janeiro de 2016 as 23:37min 

BRUCH, T. F. A. Direito ao Trabalho na Sociedade Digital e Verde. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2024. 

DIAS, J. T. Burnout: um indicador sem uma teoria um estudo exploratório das possíveis contribuições psicossociais para a compreensão do esgotamento emocional no trabalho. Tese de Mestrado pela PUC-SP, 2023. 

FRANÇA, A. C. L. e RODRIGUES, A. L. Estresse e trabalho: Guia básico com abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas, 2002 

GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2018. P. 44. HENRIQUE k. A questão da saúde no Brasil 

MUROFUSE, N.T.; ABRANCHES, S.S.; NAPOLEÃO, A.A. Reflexões sobre estresse e Burnout e a relação com a enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem vol.13 no.2 

Oliveira RKM, Costa TD, Santos VEP. Síndrome de burnout em enfermeiros: uma revisão integrativa. Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental. 2013 vol. 5 n 1 p 3168 

PINHEIRO, Roberto Meireles; et al. Comportamento do Consumidor e Pesquisa de Mercado. Rio de Janeiro: FGV, 2024. 

Portaria GM/ MS n. 2048 de 05 de novembro de 2002 (BR). Dispõe sobre o regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência. Diário da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial; nov 2002. 

Ronara do Carmo, Alves, Alexia et al. “Repercussões emocionais devido à carga horária estressante da equipe de enfermagem no atendimento pré-hospitalar: Uma revisão de literatura.” Research, Society and Development, vol. 11, no. 7, 2022, p. e55511730537. Research, Society and Development, http://dx.doi.org/10.33448/rsdv11i7.30537.  

SANTOS, T. D. V. dos; SILVA, J. L. dos S.; XAVIER, R. A. L.; NASCIMENTO, A. S. do; JOBIM, M. L. A. A.; SILVA, J. P. M. da; SIMÕES, T. dos S. Evolução da prática do atendimento pré-hospitalar no Brasil: uma síntese histórica. Revista JRG, [s.n.], v. 6, n. 13, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.8083563.  

SCHWARTZMANN, L. Estresse laboral, síndrome de desgaste (queimado), depressão: estamos falando nos mesmos? Ciência & Trabalho, v. 6, n. 14, p. 174-184, out./dez. 2004 

SILVA, F. P. P. Burnout: um desafio à saúde do trabalhador. Psi – Revista de Psicologia Social e Institucional, v. 2, n. 1, junho 2000.

SIQUEIRA, M. M. Medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico de gestão. Porto Alegre: Artmed, 2008.


1Mestre em práticas do cuidado em saúde UFPR
Especialista em Urgência e emergência
Pós graduado em auditoria em enfermagem
ORCID: https://orcid.org/0009-0001-3700-6292
2Especialista em Urgência e emergência com ênfase em UTI
Enfermagem em saúde da mulher e Saúde Mental
Orcid 0009-0005-3767-2892
3Mestre em práticas do cuidado em Saúde UFPR
Orcid 0009-0006-3113-0117
E-mail:jaquelinevarjao@hotmail.com
4Especialista enfermagem em saúde mental
Especialista enfermagem em saúde da Mulher
E-mail:leidesousa8819@gmail.com
5Especialista em gestão qualidade e auditoria de serviços de saúde.
E-mail: tamyresmauricio@gmail.com
6Mestre em Praticas do Cuidado em saúde UFPR
Especialista em urgência e emergência
Orcid: 0009-0001-3776-7526
E-mail:Caroline.s.f1996@gmail.com
7Bacharel em Enfermagem
E-mail: efermedcesar@gmail.com