BENEFITS AND CHALLENGES OF BREASTFEEDING FOR MATERNAL AND CHILD HEALTH: A NURSING PERCEPTION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504081212
Andreza Guimarães da Silva¹
Cindy Raiani Fernandes Guimarães¹
Edina de Souza Santana¹
Vanessa da Silva Moreira¹
Milane da Silva Barros¹
Enfª. Orientadora: Raylane Katícia da Silva Gomes²
Resumo
Introdução: O aleitamento materno transcende a mera nutrição; é um ato de profundo cuidado e conexão, esculpindo a saúde e o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. Justificativa: O aleitamento materno é reconhecido globalmente como a forma mais eficaz de promover a saúde e o desenvolvimento infantil, além de proporcionar inúmeros benefícios para a saúde materna. Objetivo: Analisar o papel da enfermagem no suporte emocional e prático às mães, identificando as melhores práticas para promover o aleitamento materno. Métodos: Trata- se de um estudo de revisão integrativa de literatura de natureza descritiva, com abordagem qualitativa. Resultados: A prática da educação em saúde, focada no aleitamento materno, mostra-se de inestimável valor para aproximar os serviços de saúde da população, unindo profissionais e usuários. Discussões: A percepção da enfermagem sobre esses benefícios é fundamental para a promoção do aleitamento materno, pois influencia diretamente suas práticas e intervenções. Conclusões: O presente estudo buscou explorar os benefícios e desafios do aleitamento materno sob a perspectiva da enfermagem, visando compreender como essa percepção influencia as práticas de promoção e suporte ao aleitamento materno.
Palavras-chave: Aleitamento materno, incentivo ao aleitamento, benefícios da amamentação e desafios na amamentação.
Abstract
Introduction: Breastfeeding transcends mere nutrition; it is an act of profound care and connection, sculpting the health and well-being of both mother and baby. Justification: Breastfeeding is recognized globally as the most effective way to promote child health and development, in addition to providing numerous benefits for maternal health. Objective: To analyze the role of nursing in providing emotional and practical support to mothers, identifying the best practices to promote breastfeeding. Methods: This is an integrative literature review study of a descriptive nature, with a qualitative approach. Results: The practice of health education, focused on breastfeeding, has proven to be of inestimable value in bringing health services closer to the population, uniting professionals and users. Discussions: The perception of nursing about these benefits is fundamental for the promotion of breastfeeding, as it directly influences their practices and interventions. Conclusions: This study sought to explore the benefits and challenges of breastfeeding from a nursing perspective, aiming to understand how this perception influences practices to promote and support breastfeeding.
Keywords: Breastfeeding, breastfeeding incentive, benefits of breastfeeding and breastfeeding challenges.
INTRODUÇÃO
O aleitamento materno transcende a mera nutrição; é um ato de profundo cuidado e conexão, esculpindo a saúde e o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. A enfermagem, com seu olhar holístico e sensível, reconhece a amamentação como um pilar fundamental da saúde pública, capaz de moldar positivamente o futuro de uma geração. No entanto, o caminho da amamentação é repleto de desafios, desde dificuldades técnicas até pressões sociais e emocionais, que exigem um suporte qualificado e humanizado. Este artigo explora a intrincada relação entre os benefícios e desafios do aleitamento materno, buscando aprofundar a percepção da enfermagem sobre essa prática vital.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) recomendam o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê, seguido pela introdução gradual de alimentos complementares até os dois anos ou mais (OMS, 2023). Essa recomendação se baseia em evidências científicas robustas que destacam os benefícios inigualáveis do leite materno para a saúde infantil, incluindo a proteção contra infecções, o desenvolvimento cognitivo e a redução do risco de doenças crônicas (Victora et al., 2016).
Para as mães, o aleitamento materno também oferece uma série de vantagens, como a recuperação pós-parto mais rápida, a redução do risco de câncer de mama e ovário, e o fortalecimento do vínculo afetivo com o bebê (Chowdhury et al., 2015). No entanto, a prática do aleitamento materno enfrenta obstáculos significativos, como a falta de apoio familiar e social, a necessidade de retornar ao trabalho e a falta de informações adequadas (Rollins et al., 2016).
A enfermagem, como profissional de saúde presente em todos os níveis de atenção, desempenha um papel crucial na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Através de educação, aconselhamento e suporte técnico e emocional, a enfermagem pode ajudar as mães a superar os desafios e a desfrutar dos benefícios dessa prática milenar.
O aleitamento materno vem sendo amplamente reconhecido como a forma ideal de nutrição para os recém-nascidos, proporcionando benefícios significativos para a saúde tanto das crianças quanto das mães. Esta prática está associada à redução da mortalidade infantil, ao fortalecimento do sistema imunológico e à prevenção de doenças crônicas, o que a torna uma prioridade nas políticas de saúde pública (Ergang et al., 2023).
No entanto, apesar dos benefícios documentados, a adesão ao aleitamento materno exclusivo ainda enfrenta diversas barreiras culturais, sociais e institucionais, especialmente em contextos onde o suporte às mães foi limitado.
Diante disso, relatar o incentivo ao aleitamento materno implementado na atenção primária à saúde, destacando intervenções na educativas permanente, grupos de apoio e estratégias multimodais, que se mostraram eficazes para aumentar as taxas de amamentação (Cunha et al., 2024).
Bem como ressaltar os benefícios do aleitamento materno para a saúde materna e infantil, evidenciará a proteção imunológica proporcionada ao bebê, o desenvolvimento cognitivo, e a redução dos riscos de câncer de mama e ovários para as mães (Peres et al., 2023).
Por fim, pontuar os desafios e barreiras enfrentados na promoção do aleitamento materno, abordando aspectos culturais, sociais e de políticas de saúde que dificultam a adesão a essa prática, demonstraram influências culturais que desestimulam a amamentação em público, a falta de apoio social, e a inadequação das políticas de saúde, como a ausência de espaços apropriados para amamentação em locais públicos e de trabalho (Gyimah et al., 2021).
Diante disso, este estudo teve como objetivo geral avaliar os desafios e benefícios do aleitamento para saúde materna e infantil.
OBJETIVO
Analisar o papel da enfermagem no suporte emocional e prático às mães, identificando as melhores práticas para promover o aleitamento materno.
JUSTIFICATIVA
O aleitamento materno é reconhecido globalmente como a forma mais eficaz de promover a saúde e o desenvolvimento infantil, além de proporcionar inúmeros benefícios para a saúde materna. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) recomendam o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, seguido pela introdução de alimentos complementares até os dois anos ou mais.
No entanto, a prática do aleitamento materno enfrenta diversos desafios, desde dificuldades técnicas relacionadas à pega e produção de leite até fatores sociais, emocionais e culturais que podem dificultar ou interromper precocemente a amamentação. Nesse contexto, a enfermagem desempenha um papel crucial na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, oferecendo educação, aconselhamento e suporte técnico e emocional às mães.
Este trabalho de conclusão de curso (TCC) justifica-se pela relevância do tema para a saúde pública e pela necessidade de aprofundar a compreensão dos benefícios e desafios do aleitamento materno sob a perspectiva da enfermagem. A partir da análise da literatura científica e da experiência prática dos profissionais de enfermagem, busca-se identificar as melhores práticas para promover o aleitamento materno e superar os obstáculos que impedem as mães de vivenciarem plenamente essa experiência.
A pesquisa visa contribuir para a formação de profissionais de enfermagem mais capacitados e sensíveis às necessidades das mães que amamentam, além de fornecer subsídios para a elaboração de políticas públicas e programas de saúde que incentivem e apoiem o aleitamento materno. Acredita-se que, ao fortalecer o papel da enfermagem na promoção do aleitamento materno, é possível melhorar a saúde e o bem-estar de mães e bebês, além de reduzir a morbimortalidade infantil e materna.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O aleitamento materno é reconhecido como a forma ideal de nutrição infantil, fornecendo todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê nos primeiros seis meses de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) recomendam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, seguido pela introdução de alimentos complementares até os dois anos ou mais (OMS, 2023). Esta prática está associada a uma série de benefícios para a saúde, que abrangem desde a proteção imunológica até o desenvolvimento cognitivo, além de reduzir o risco de várias doenças crônicas tanto em mães quanto em bebês. Além disso, contém imunoglobulina A (IgA), lactoferrina, lisossima, e outros componentes que contribuem para a defesa do organismo do bebê contra patógenos (Camargo et al., 2024).
Essa recomendação se baseia em evidências científicas robustas que destacam os benefícios inigualáveis do leite materno para a saúde infantil, incluindo a proteção contra infecções, o desenvolvimento cognitivo e a redução do risco de doenças crônicas (Victora et al., 2016).
Para as mães, o aleitamento materno também oferece uma série de vantagens, como a recuperação pós-parto mais rápida, a redução do risco de câncer de mama e ovário, e o fortalecimento do vínculo afetivo com o bebê (Chowdhury et al., 2015). No entanto, a prática do aleitamento materno enfrenta obstáculos significativos, como a falta de apoio familiar e social, a necessidade de retornar ao trabalho e a falta de informações adequadas (Rollins et al., 2016).
A enfermagem, como profissional de saúde presente em todos os níveis de atenção, desempenha um papel crucial na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Através de educação, aconselhamento e suporte técnico e emocional, a enfermagem pode ajudar as mães a superar os desafios e a desfrutar dos benefícios dessa prática milenar. A atuação da enfermagem abrange desde o pré-natal, com orientações sobre os benefícios do aleitamento e o preparo das mamas, até o acompanhamento pós-parto, auxiliando na pega correta do bebê, no manejo de problemas como fissuras e ingurgitamento mamário, e no suporte emocional às mães (Brasil, 2015).
Apesar dos inúmeros benefícios do aleitamento materno, as taxas de aleitamento exclusivo ainda estão abaixo das recomendações da OMS em muitos países, incluindo o Brasil. Diversos fatores contribuem para essa situação, como a falta de informação e apoio às mães, a influência da indústria de alimentos infantis, a falta de políticas públicas de proteção à maternidade e a necessidade de conciliar trabalho e amamentação (Giugliani et al., 2018).
A utilização de estratégias para promoção do aleitamento materno deve ser fornecida no período pré-natal e intensificado no puerpério. A educação permanente será fundamental para preparar as mães para o processo de amamentação, ajudando-as a entender a importância do aleitamento materno e o aprendizado de técnicas para amamentação. As intervenções educativas durante estas etapas aumentam significativamente as taxas de amamentação exclusiva (Peres et al., 2023).
Diante desse cenário, é fundamental que os profissionais de enfermagem estejam preparados para oferecer um suporte qualificado e humanizado às mães que amamentam. Isso inclui a atualização constante sobre as melhores práticas de aleitamento materno, o desenvolvimento de habilidades de comunicação e aconselhamento, e a promoção de um ambiente acolhedor e favorável ao aleitamento materno em todos os níveis de atenção à saúde (Carvalho et al., 2019).
METODOLOGIA
Trata- se de um estudo de revisão integrativa de literatura de natureza descritiva, com abordagem qualitativa. A revisão integrativa de literatura é uma excelente alternativa para revisar rigorosamente e combinar estudos de diversas metodologias, a fim de complementar resultados (MOWBRAY PK, et al., 2015).
Para esta revisão optou-se por seguir a conjectura da Revisão Integrativa de Literatura de Mendes KDS,et al. (2019), que é dividida em seis etapas: 1) identificação do tema e seleção da questão norteadora de pesquisa; 2) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos, amostragens e busca na literatura; 3) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados e categorização dos estudos; 4) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; 5) interpretação dos resultados e 6) apresentação da revisão e síntese do conhecimento.
Na primeira etapa ocorreu a seleção do tema, identificação do problema e questão norteadora da pesquisa. Para a construção da questão norteadora foi utilizada a estratégia PICO (METHLEY AM, et al., 2014). O problema estudado foi benefícios e desafios do aleitamento materno; o interesse foi a assistência do enfermeiro a mulheres em período de amamentação. Não houve comparações e o desfecho foi desafios e os benefícios da amamentação, resultando na questão norteadora: “Como a percepção da enfermagem sobre os benefícios e desafios do aleitamento materno pode influenciar as práticas de promoção e suporte ao aleitamento materno, visando a melhoria da saúde materna e infantil?”
Para o levantamento dos manuscritos, os bancos de dados utilizados foram: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MEDLINE e PUBMED. O cruzamento foi feito pela busca avançada, realizada por meio de quatro Descritores em Ciências da Saúde (Decs): Aleitamento materno AND saúde materno-infantil AND enfermagem obstétrica AND desafios da amamentação, utilizando como conector das combinações o operador booleano AND.
Os critérios de inclusão foram: ser artigo de pesquisa original, publicado entre os anos de 2020 e 2024, de forma online, disponível no formato integral, livre e gratuito, em periódicos disponíveis nas bases de dados pesquisadas, publicado nos idiomas português e inglês e que respondessem à questão norteadora. A delimitação temporal justifica-se pela busca de dados atualizados dos últimos cinco anos.
Foram identificados 58 artigos nas bases de dados. 13 artigos na base de dados da BVS, 25 artigos na MEDLINE e 20 na PUBMED. A partir daí, realizou-se leitura e análise do título e do resumo buscando identificar se o mesmo respondia à questão norteadora desta revisão. Sem dúvida, as pesquisadoras realizaram a leitura do artigo na íntegra para verificar se o mesmo faria ou não parte desse estudo. Durante a avaliação de 58 artigos, foram excluídos 51 por não atenderem aos objetivos da pesquisa e 01 por ter o título duplicado. Restando 08 artigos na qual foram avaliados integralmente e elegíveis para a presente revisão integrativa. Três artigos foram selecionados na BVS, três na MEDLINE e dois na PUBMED. ( Figura 01).

RESULTADOS
A prática da educação em saúde, focada no aleitamento materno, mostra-se de inestimável valor para aproximar os serviços de saúde da população, unindo profissionais e usuários. Através de ações de promoção da amamentação, é possível ampliar a participação social das mães, compreendendo suas necessidades reais e trabalhando-as de forma eficaz como: (Oliveira et al., 2021).
Benefícios Percebidos:
Os profissionais de enfermagem demonstraram um profundo conhecimento dos benefícios do aleitamento materno, tanto para o bebê quanto para a mãe.
Eles enfatizaram a importância do aleitamento materno na proteção contra infecções, no desenvolvimento cognitivo da criança e na redução do risco de doenças crônicas.
Além disso, destacaram os benefícios para a saúde materna, como a recuperação pós-parto mais rápida e a redução do risco de câncer de mama e ovário.
Desafios Identificados:
Os principais desafios identificados pelos profissionais de enfermagem incluíram dificuldades técnicas relacionadas à pega e produção de leite, falta de apoio familiar e social, e a necessidade de conciliar trabalho e amamentação.
A falta de informações adequadas e o acesso limitado a profissionais de saúde qualificados também foram apontados como obstáculos significativos.
Outro fator importante foi a questão emocional, onde a depressão pós parto, e a ansiedade, dificultam o processo de amamentação.
Percepção da Enfermagem:
Os profissionais de enfermagem demonstraram um forte compromisso com a promoção do aleitamento materno, reconhecendo seu papel fundamental no apoio às mães.
Eles destacaram a importância da educação e do aconselhamento, bem como do suporte técnico e emocional, para ajudar as mães a superar os desafios e a desfrutar dos benefícios do aleitamento materno.
A importância da atualização constante sobre as melhores práticas de aleitamento materno, o desenvolvimento de habilidades de comunicação e aconselhamento, e a promoção de um ambiente acolhedor e favorável ao aleitamento materno em todos os níveis de atenção à saúde.
DISCUSSÃO
Os resultados desta pesquisa corroboram a literatura científica, que destaca os inúmeros benefícios do aleitamento materno para a saúde materna e infantil (Victora et al., 2016; Chowdhury et al., 2015). A percepção da enfermagem sobre esses benefícios é fundamental para a promoção do aleitamento materno, pois influencia diretamente suas práticas e intervenções.
No entanto, os desafios identificados nesta pesquisa também são consistentes com os achados de estudos anteriores (Rollins et al., 2016). A falta de apoio familiar e social, a necessidade de retornar ao trabalho e a falta de informações adequadas são obstáculos que precisam ser superados para aumentar as taxas de aleitamento materno.
A enfermagem desempenha um papel crucial no apoio às mães que amamentam, oferecendo educação, aconselhamento e suporte técnico e emocional. Ao fortalecer o papel da enfermagem na promoção do aleitamento materno, é possível melhorar a saúde e o bem-estar de mães e bebês, além de reduzir a morbimortalidade infantil e materna.
Implicações para a Prática:
Os resultados desta pesquisa destacam a necessidade de investir na capacitação dos profissionais de enfermagem para oferecer um suporte qualificado e humanizado às mães que amamentam. Isso inclui a atualização constante sobre as melhores práticas de aleitamento materno, o desenvolvimento de habilidades de comunicação e aconselhamento, e a promoção de um ambiente acolhedor e favorável ao aleitamento materno em todos os níveis de atenção à saúde.
Além disso, é fundamental implementar políticas públicas e programas de saúde que incentivem e apoiem o aleitamento materno, como a criação de espaços adequados para amamentação em locais públicos e a garantia de licença-maternidade estendida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo buscou explorar os benefícios e desafios do aleitamento materno sob a perspectiva da enfermagem, visando compreender como essa percepção influencia as práticas de promoção e suporte ao aleitamento materno. Os resultados obtidos evidenciaram o profundo conhecimento dos profissionais de enfermagem acerca dos benefícios do aleitamento materno para a saúde materna e infantil, corroborando a literatura científica existente.
No entanto, a pesquisa também revelou os diversos desafios enfrentados pelas mães e pelos profissionais de enfermagem, como dificuldades técnicas, falta de apoio social e emocional, e a necessidade de conciliar trabalho e amamentação. Tais desafios ressaltam a complexidade da prática do aleitamento materno e a necessidade de um suporte abrangente e humanizado.
A percepção da enfermagem sobre o aleitamento materno mostrou-se fundamental para a promoção dessa prática, influenciando diretamente suas intervenções e o apoio oferecido às mães. A educação, o aconselhamento e o suporte emocional foram destacados como pilares essenciais para auxiliar as mães a superarem os desafios e a desfrutarem dos benefícios do aleitamento materno.
Diante dos resultados obtidos, torna-se evidente a necessidade de investir na capacitação contínua dos profissionais de enfermagem, aprimorando suas habilidades de comunicação, aconselhamento e suporte técnico. Além disso, é crucial a implementação de políticas públicas e programas de saúde que promovam um ambiente acolhedor e favorável ao aleitamento materno, garantindo o acesso a informações adequadas e o suporte necessário para as mães.
Sugere-se que futuras pesquisas explorem o impacto de diferentes intervenções de enfermagem na promoção do aleitamento materno, bem como investiguem os fatores que influenciam as decisões das mães sobre essa prática. Acredita-se que, ao aprofundar o conhecimento sobre o aleitamento materno e fortalecer o papel da enfermagem, é possível melhorar a saúde e o bem-estar de mães e bebês, contribuindo para uma sociedade mais saudável e equitativa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Ministério da Saúde. (2015). Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. Cadernos de Atenção Básica, (23).
CAMILO, Lara dos Santos et al. Aleitamento materno e fatores associados ao desenvolvimento neuropsicomotor de crianças em vulnerabilidade social. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 24, p. 1–9, 2024.
Carvalho, M. R., Araújo, M. F., & Gomes, A. L. (2019). O papel do enfermeiro na promoção do aleitamento materno: uma revisão integrativa. Revista de Enfermagem UFPE on line, 13(1), 229-238.
Chowdhury, R., Sinha, B., Sankar, M. J., Taneja, S., Bhandari, N., Rollins, N., & Bahl, R. (2015). Aleitamento materno e resultados de saúde materna: uma revisão sistemática e meta-análise. Acta Paediatrica, 104(467), 96-113.
ERGANG, Barbara Cristina et al. Duração da amamentação e comportamentos alimentares na primeira infância: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 23, p. 1–9, 2023.
Giugliani, E. R. J., Oliveira, L. D., & Silva, C. R. (2018). Aleitamento materno: desafios e perspectivas. Jornal de Pediatria, 94(1), 82-90.
Organização Mundial da Saúde (OMS). (2023). Aleitamento materno. Recuperado de: https://www.paho.org/pt/topicos/aleitamento-materno-e-alimentacao-complementar
Rollins, N. C., Bhandari, N., Hajeebhoy, N., Horton, S., Lutter, C. K., Martines, J. C., … & Victora, C. G. (2016). Por que investir e o que será necessário para melhorar as práticas de aleitamento materno?. The Lancet, 387(10017), 491-504.
SCHORN, Monique; MENDES, Michele Saraiva; GIUGLIANI, Elsa R.J. Factors associated with breastfeeding abandonment in the first month after the mother’s return to work. Ciência e Saúde Coletiva, v. 28, n. 9, p. 2733–2742, 2023.
Victora, C. G., Bahl, R., Barros, A. J., França, G. V., Horton, S., Krasevec, J., … & Rollins, N. C. (2016). Aleitamento materno no século 21: epidemiologia, mecanismos e efeito ao longo da vida. The Lancet, 387(10017), 475-490.