ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM ASMA: REVISÃO INTEGRATIVA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504042012


Renato Oliveira de Aguiar1
Julia Rayane de Sousa Martins2
Joyce Modesto da Silva3
Kátilen Batista de Sousa4
Maria de Jesus Pereira de Carvalho5
Orientador: Joelson da Silva Medeiros6
Prof. Carlos Antonio da Luz Filho7


RESUMO

Introdução. A asma é uma doença caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas inferiores, desencadeada por fatores alérgicos do ambiente externo. Estima-se que 23,2% da população viva com a doença, e a incidência varia de 19,8% a 24,9% entre as regiões do País. A fisioterapia respiratória é uma especialidade terapêutica com papel fundamental na prevenção e tratamento de complicações pulmonares. Objetivo. Conhecer a atuação do fisioterapeuta no cuidado ao paciente asmático. Metodologia: A metodologia do estudo foi uma revisão integrativa da literatura, a partir de uma abordagem qualitativa, construída segundo publicações nos bancos de dados das plataformas SciELO, LILACS e Google acadêmico no período de 2020 a 2024. Acerca da atuação do fisioterapeuta no tratamento do paciente com asma. Traçando o perfil epidemiológico, a eficácia das técnicas utilizadas pelo fisioterapêutica no tratamento da asma, as palavras-chave utilizadas para fundamentar e embasar a pesquisa foram: Asma. Fisioterapia. Paciente. Tratamento. Resultados: Os dados analisados destacaram que a abordagem fisioterapêutica reduz o desconforto respiratório sendo de fundamental importância no tratamento do paciente. Conclusão: Foi possível nesse estudo, compreender e identificar as condutas indicadas no tratamento para prevenção da asma, com técnicas de fisioterapia adequada obtendo os avanços satisfatório no tratamento do paciente asmático. 

Palavras Chave: Asma. Fisioterapia. Paciente. Tratamento 

ABSTRACT

Introduction. Is asthma is a disease characterized by chronic inflammation of the lower airways, triggered by allergic factors in the external environment. It is estimated that 23.2% of the population lives with the disease, and the incidence varies from 19.8% to 24.9% between regions of the country. Respiratory physiotherapy is a therapeutic specialty with a fundamental role in the prevention and treatment of pulmonary complications. Objective. Know the role of the physiotherapist in the care of asthmatic patients. Methodology: The study methodology was an integrative review of the literature, based on a qualitative approach, constructed according to publications in the databases of the SciELO, LILACS and Google academic platforms in the period from 2020 to 2024. About the role of the physiotherapist in the treatment of patients with asthma. Tracing the epidemiological profile, the effectiveness of the techniques used by physiotherapeutics in the treatment of asthma, the keywords used to substantiate and support the research were: Asthma. Physiotherapy. Patient. Treatment. Results: The data analyzed highlighted that the physiotherapeutic approach reduces respiratory discomfort and is of fundamental importance in patient treatment. Conclusion: In this study, it was possible to understand and identify the behaviors indicated in the treatment for the prevention of asthma, with adequate physiotherapy techniques, obtaining satisfactory advances in the treatment of asthmatic patients.

Keywords: Asthma. Physiotherapy. Patient. Treatmet.

INTRODUÇÃO 

A asma é uma doença que evolui ao longo do tempo apresentando crises de um agravamento súbito inflamatório dos brônquios que quando contraídos ocorre os broncoespasmos, porém pode ocorrer de forma discreta cujo os sintomas não são devidamente percebidos em alguns casos, e perceptíveis como crise de falta de ar e tosse afetando cerca mais de 10 milhões da população brasileira (OLIVEIRA, LIVRAMENTO, 2023). 

Por ser um problema de saúde respiratória mais recorrente no Brasil. Estima-se que 23,2% da população viva com a doença, e a incidência varia de 19,8% a 24,9% entre as regiões do País. Seus sintomas mais comuns são: falta de ar ou dificuldade para respirar; sensação de aperto no peito ou peito pesado; chio ou chiado no peito; tosse seca (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022). 

O tratamento fisioterapêutico visa reduzir a frequência de crises asmáticas e a intensidade dos sintomas. Os métodos empregados atuam principalmente por meio da educação do paciente no manejo correto das crises de asma e na melhora da elasticidade pulmonar (GUTIERREZ; RODRIGUES, 2022).

A fisioterapia é considerada uma intervenção não medicamentosa, deve ser feita quando os pacientes recebem acompanhamento médico regular e medicação adequada. Os objetivos reduzem o desconforto respiratório, melhora a mecânica respiratória, são intervenções que levam a redução da sensação de dispneia e intolerância ao esforço físico (BENALIA; VENEZIANO, 2022).

A principal meta da fisioterapia é manter, desenvolver, preservar e restaurar a integridade de órgãos, sistemas e/ou funções, focando crucialmente na consideração dos seres humanos como um todo (RUKAT et al, 2024). 

Sendo assim, o estudo justificou-se pela necessidade de conhecer os mais recentes protocolos de asma de acordo com as principais diretrizes da área, tendo como objetivo demonstrar a atuação do fisioterapeuta no tratamento do paciente asmático. Identificando o quadro de exacerbação da asma, traçando o perfil epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de asma e citando os principais recursos e técnicas utilizados na manutenção do tratamento clínico para o paciente asmático melhorando a força muscular respiratória, promovendo a higiene dos brônquios a qualidade de vida do paciente.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CONCEITO E FISIOPATOLOGIA DA ASMA 

A asma é uma doença caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas inferiores, desencadeada por fatores alérgicos do ambiente externo, na qual observa-se interação entre a genética e fatores externos (alérgenos) o que leva a uma hiper responsividade dessas vias, ocasionando diminuição do lúmen. Como consequência, o paciente com crises de asma relata dispneia e será observada a presença de sibilos no exame físico (MARQUES et al, 2022). 

A patologia na asma inclui contração e hipertrofia da musculatura lisa brônquica, secreção de muco e inflamação das vias aéreas com edema. A inflamação da via aérea considerada como o maior estado fisiopatológico que aumenta a reatividade da mesma, mas outros mecanismos também são encontrados, como as alterações no epitélio brônquico e disfunção do sistema nervoso autônomo da camada muscular lisa das vias aéreas (BENALIA, VENEZIANO 2022).

As causas que desencadeiam a asma são, descamação de animais domésticos, infecções, exercícios, estresse ocupacional, contato com alérgenos presentes no ar, como ácaros, pólen, fungos, alguns produtos alimentícios, fatores emocionais, farmacológicos e poluição do ar (PEREIRA et al, 2021).

Existem fatores que podem fazer com que ocorra o agravo da patologia dificultando seu controle como: sinusite crônica, rinite alérgica, apneia do sono, distúrbios hormonais, obesidade e psicopatologias, sabendo disso, a importância de reconhecer e evitar os fatores que agravam ou desencadeiam o controle da asma resultando na diminuição da necessidade do uso excessivo de medicamentos (OLIVEIRA; LIVRAMENTO, 2023).

Contudo, os asmáticos em sua grande maioria não fazem o controle adequado da doença. Muitas vezes, o não controle da asma deve-se a fatores correlacionados ao ambiente, condições sócio econômicas e outros motivos que interfiram direta ou indiretamente no controle da enfermidade. (GUIMARÃES; VECINA, 2022).

EPIDEMIOLOGIA DA ASMA 

A asma é um dos problemas de saúde respiratória mais recorrentes no Brasil. Estima-se que 23,2% da população viva com a doença, e a incidência varia de 19,8% a 24,9% entre as regiões do País. Caracterizada como uma doença heterogênea, que pode acometer todas as faixas etárias, a asma é usualmente identificada como uma doença crônica não transmissível inflamatória das vias aéreas ou brônquios, definida pela história clínica e sintomas respiratórios (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022). 

A prevalência de asma no Brasil está entre as mais altas do mundo, sendo que um estudo mostra que a prevalência média de sintomas em adolescentes é de cerca de 20%. Nessa análise de dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma taxa de 23% dos brasileiros (aproximadamente 5.000) tiveram sintomas de asma no último ano. No entanto, apenas 12% da amostra tinha diagnóstico clínico de asma (CAMPOS et al 2024).

Em 2013, ocorreram 129.728 internações e 2.047 mortes por asma no Brasil. As hospitalizações e a mortalidade estão diminuindo na maioria das regiões, em paralelo a um maior acesso aos tratamentos. O custo da asma não controlada é muito elevado para o sistema de saúde e para as famílias, mas esse custo pode ser consideravelmente reduzido com o controle adequado da doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2023).

A asma é mais frequente entre as doenças inflamatórias obstrutivas crônicas das vias aéreas em crianças. Ela é considerada um problema de saúde mundial, com aproximadamente 300 milhões de pessoas afetadas. Entre elas, as crianças e adolescentes possuem maior prevalência, sendo 17.3% (6 – 7 anos) e 15.8% (13 – 14 anos). No entanto, os estudos epidemiológicos em adultos são limitados. Estima-se que no Brasil, possuem cerca de 20 milhões de pessoas asmáticas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022).

CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA ASMA 

Para um diagnóstico preciso e a prescrição do tratamento mais  apropriado, é comum que o médico utilize a classificação de gravidade da asma. Esta classificação segmenta a doença em diversas categorias, permitindo que os profissionais de saúde personalizem a terapia de acordo com as necessidades individuais de cada paciente (ORTEGA, 2023)

O conceito de controle da asma compreende dois domínios distintos: o controle das limitações clínicas atuais e a redução de riscos futuros. O primeiro compreende o mínimo de sintomas durante o dia, a ausência de sintomas à noite, a necessidade reduzida de medicamentos de alívio dos sintomas e a ausência de limitação das atividades físicas. Já o segundo contempla as exacerbações, a perda acelerada da função pulmonar e os efeitos adversos do tratamento (MORILLO et al., 2022).

GRUPOS PRINCIPAIS

Asma Intermitente: Nesta categoria, os sintomas são leves e ocorrem com menos frequência. Esta é uma forma mais grave da doença, que pode variar de leve a grave, dependendo da intensidade e frequência dos sintomas.

Asma Persistente: Os pacientes com asma intermitente geralmente experimentam sintomas em até dois dias por semana e até duas noites por mês. Os pacientes com asma persistente enfrentam sintomas graves persistentes ao longo do dia, muitas vezes durante a noite e várias vezes por semana. Sendo que o segundo pode ser subdividido em leve, moderado e grave 

Estatística e Gravidade: Estudo epidemiológicos sugerem que a maioria dos casos de asma (60%) se enquadra nas categorias intermitentes ou persistente leve Cerca de 25% a 30% dos casos são considerados moderados, enquanto apenas 5% a 10% são classificados como grave (ORTEGA, 2023).

Avaliação da Gravidade: A avaliação da gravidade da asma é realizada por médicos com base em vários parâmetros. A análise da intensidade dos sintomas, a frequência do uso de bronco dilatadores, a função pulmonar e outros aspectos (ORTEGA, 2023).

A asma tem diferentes graus de gravidade, que podem evoluir ou regredir. O grau mais brando tem sintomas leves e com pausa. Manifesta-se em até dois dias por semana e até duas noites por mês. Ela pode evoluir até a um grau, onde ocorrem sintomas graves persistentes ao longo do dia, frequentemente durante a noite e várias vezes por semana (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2024).

De uma maneira geral, o nível de controle da asma é baixo e a morbidade elevada, independentemente do país avaliado. Inquérito realizado recentemente no Brasil mostrou que 12,3% dos asmáticos estão controlados e apenas 32% aderem ao tratamento prescrito. Além do alto impacto social, o custo da asma não controlada é muito elevado para as famílias e para o sistema de saúde (GUIMARÃES et al, 2024).

SINAIS E SINTOMAS 

A principal característica da asma é a inflamação das vias aéreas, que leva ao estreitamento das mesmas. Isso dificulta a passagem do ar e causa os sintomas típicos da doença. (ORTEGA, 2023). 

A Asma é descrita como uma doença pulmonar que causa inflamação nas vias aéreas seja por resposta do corpo a uma lesão e infecções, classificada como uma doença crônica que atinge as vias aéreas os sintomas apresentados são: sibilos, dispneia, aperto no peito e tosse (RIBEIRO et al, 2023).

A prevalência de sintomas de asma entre adolescentes no Brasil, de acordo com estudos internacionais, foi de 20%, uma das mais elevadas do mundo. Um estudo da Organização Mundial da Saúde entre adultos de 8 a 45 anos indicou que 23% dos brasileiros tiveram sintomas de asma no último ano. No entanto, apenas 12% da amostra tinham diagnóstico prévio de asma. Em 2012, um estudo com 109.104 adolescentes confirmou taxas de prevalência de sintomas de asma de 23% e de diagnóstico prévio de asma de 12% (PIZZICHIM et al, 2020).

Seus sintomas mais comuns são: falta de ar ou dificuldade para respirar; sensação de aperto no peito ou peito pesado; chio ou chiado no peito; tosse seca. Eles variam em severidade de pessoa para pessoa e podem desencadear outros quadros como: insônia, fadiga e redução dos níveis de atividade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022). 

As crises de asma variam em frequência e gravidade. Algumas pessoas que têm asma não apresentam sintomas a maior parte do tempo e apresentam apenas episódios breves, ocasionais e leves de falta de ar. Outras pessoas apresentam tosse e sibilos. Algumas pessoas com asma produzem um catarro (escarro) claro, algumas vezes pegajoso (mucoide) (ORTEGA, 2023).

FORMAS DE TRATAMENTO DA ASMA 

A quantificação da força muscular em pacientes asmáticos e de fundamental importância, permite uma avaliação e direciona o tratamento mais adequado. O Treinamento Muscular Respiratório (TMR), é uma alternativa bastante eficaz no tratamento fisioterapêutico de pacientes asmáticos, promovendo aumento da idade vital forçada, bem como melhoria na qualidade de vida. (TOLEDO; OLIVEIRA; PEREIRA, 2024). 

O Tratamento farmacológico utilizado são corticoides podendo ser inalatórios e agonistas dos receptores beta 2 de longa ação, o uso a longo tempo desse medicamento em pacientes com asma grave podem piorar o quadro clínico e evoluir para asma refratária. O tratamento em longo período com medicamentos esteroides podem gerar infecções em geral. (GUO et al, 2021).

Os medicamentos de alívio são aqueles usados de acordo com a necessidade do paciente, atuando rapidamente no alívio dos sintomas e na reversão da broncoconstrição, sendo os betas 2-agonistas inalatórios de curta duração (SABÁ) os representantes desta classe no PCDT (MINISTERIO DA SAUDE, 2021).

INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NO TRATAMENTO DA ASMA 

As intervenções fisioterapêuticas são de grande relevância e são muitas as possibilidades no tratamento da asma, não é um meio farmacológico, porém possui os objetivos de ajudar na diminuição da dispneia e do desconforto respiratório, melhorar a força muscular respiratória quando há sinais de fraqueza, promovendo a melhora na qualidade de vida para o paciente (OLIVEIRA; LIVRAMENTO, 2023).

A fisioterapia respiratória é uma especialidade terapêutica com papel fundamental na prevenção e tratamento de complicações pulmonares, de forma acessível, que não exige recursos sofisticados para a sua execução, consistindo em um conjunto de técnicas do tipo físico que juntamente com o tratamento médico, complementam o objetivo de melhorar a função pulmonar, mantendo uma relação ventilação perfusão adequada e a remoção de secreções, preservando a permeabilidade das vias aéreas (SILVA et al, 2024).

Tratamento não farmacológico com o uso de técnicas e recursos fisioterapêuticos, é importante para o tratamento de crise aguda grave de asma. O fisioterapeuta, atua na elaboração de intervenções terapêuticas que melhoram a apresentação clínica do paciente asmático (GUIMARÃES; VENCINA, 2022).

Neste sentido, a recomendação da fisioterapia acaba tendo como base os aspectos fisiopatológicos envolvidos na doença e a melhora clínica observada na prática profissional. A fisioterapia respiratória visa prevenir e tratar quase todas as doenças que afetam o sistema respiratório (BENALIA; VENEZIANO, 2022). 

A Fisioterapia atua nesses pacientes, diminuindo a ocorrência de crises asmáticas, o incômodo respiratório e o número de intervenções hospitalares, além de conceder ao paciente a volta da rotina diária, ampliando a funcionalidade à nível sistêmico, voltando a ter assim, a melhoria da qualidade de vida do paciente (SANTOS, 2022).

METODOLOGIA 

Tratou-se de uma revisão integrativa, que buscou sumarizar informações de produções científicas. Este método proporciona síntese do conhecimento e resultados de estudos para posteriormente se realizar novos estudos. Segundo Botelho (2010) a revisão integrativa da literatura é construída a partir de seis fases: identificação do tema e seleção da pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; identificação de estudos pré-selecionados; categorização dos dados; análise e interpretação dos resultados e apresentação da revisão do conhecimento. 

Foram utilizadas as plataformas Scielo, Lilacs, PUBMed e Google acadêmico para busca de estudo e extensão dos dados, tendo como descritores Asma, Fisioterapia e Tratamento. Paciente. Para os critérios de inclusão foram utilizados os artigos de 2020 a 2024, nas línguas português e inglês que estivessem dentro da temática sugerida.

A questão norteadora dessa revisão foi: como a fisioterapia pode ajudar no tratamento do paciente com asma. Foram avaliados os artigos quanto a sua relevância em relação aos objetivos e resultados, após a análise foram encontradas 21 publicações onde foram selecionados artigos com textos na íntegra que fossem relevantes ao tema proposto, para confecção desta revisão bibliográfica. Já para os critérios de exclusão foram excluídos artigos anteriores a 2020 que não tinham consonância com o tema proposto e textos Incompletos.

RESULTADOS

Fonte: Autoria própria, 2025

Esses artigos levaram aos seguintes resultados: analisar os fatores que facilitam o auxílio do tratamento do paciente asmático, dificuldades na implantação do tratamento da asma pela fisioterapia avaliando a postura do fisioterapeuta nos diferentes tipos de tratamento frente às possíveis complicações, em que os mesmos são compostos por pesquisas de abordagem  metodológica qualitativa e quantitativa com publicações entre os anos de 2020 a 2024, correspondendo ao recorte temporal do presente estudo.

Tabela. 1 Classificação dos artigos incluídos nos estudos

DISCUSSÃO 

Repercussões acerca da atuação da fisioterapia no tratamento do paciente com asma, compostos por pesquisas de abordagem metodológica qualitativa e quantitativa com publicações entre os anos de 2020 a 2024, correspondendo ao recorte temporal do presente estudo. 

Fatores que dificultam no auxílio do tratamento do paciente asmático

Nesta categoria foram utilizados 03 artigos agrupados por consonância de tema, neles podemos identificar os problemas que dificultam no auxílio do tratamento do paciente asmático e constituem dados relevantes para a discussão do presente estudo.

Segundo PINTO et al (2021) os avanços no entendimento da fisiopatologia e heterogeneidade da asma grave não apenas permitiram a descoberta de novas abordagens para o diagnóstico e a caracterização da doença, mas também resultaram no desenvolvimento de drogas eficazes para a obtenção do controle dessa enfermidade 

RUKAT et al (2024) em seus estudos observou que um dos desafios encontrados durante a implantação do fisioterapeuta foi romper os paradigmas de sua atuação.

SANTOS; MOURA; QUEIROZ, em seus estudos demonstraram que o nível de controle da asma, a gravidade da doença e os recursos médicos utilizados por asmáticos brasileiros são pouco documentados. 

A fisioterapia encontrava- se restrita a ações e manejos envolvendo somente reabilitação e recuperação, foi a partir da década de 80 que os fisioterapeutas passaram a abranger a promoção e a prevenção da saúde da população como campo de atuação.

Benefícios da fisioterapia no tratamento da asma.

As publicações utilizadas nesta categoria totalizaram em 06 artigos, serão apontados e descritos ao longo da leitura da mesma. Além disso, serão apresentadas as iniciativas mais destacadas nas pesquisas científicas como uma forma de tornar tal processo mais viável.    

Para Guimarães et al (2024) o diagnóstico diferencial de asma é extenso, requerendo anamnese e exame físico cuidadoso. O principal diagnóstico diferencial da asma em adultos é a DPOC. É importante ressaltar que várias condições consideradas no diagnóstico diferencial da asma podem ocorrer como comorbidades, que contribuem para o agravamento dos sintomas.

Oliveira, Livramento (2023), relata em seus estudos que a infecção respiratória está presente em metade das infecções agudas considerando o processo inflamatório das vias aéreas, uma infecção viral está interligada com a patogênese da asma e é detectada em cerca de quase 60% das crises asmáticas suja fatores está vinculado de forma hereditária ou com exógenos. 

Benalia; Veneziano (2022), descrevem que a fisioterapia respiratória é um conjunto de técnicas passíveis de prevenção ou tratamento que visa mobilizar secreções, melhorar a oxigenação sanguínea, promover o recrutamento pulmonar, reduzir o trabalho respiratório reeducar a função respiratória e prevenir complicações. A fisioterapia é considerada uma intervenção não medicamentosa.

Corroborando com Pereira et al (2021), a fisioterapia dispõe de diversas condutas que podem ser utilizadas de forma isolada ou associadas, dentre esses recursos encontram-se as manobras de higiene brônquica, atividades direcionadas a mobilidade torácica, programas educacionais, treino aeróbico, fortalecimento de musculatura respiratória (por meio do Threshold) e periférica, e exercícios de reeducação respiratória.

No estudo realizado por Santos, Moura (2022), o diagnóstico dessa doença está embasado sob três pilares: anamnese, sensibilidade alérgica e parâmetros de função pulmonar, que são as pressões máximas, medida auxiliar na avaliação da força e a resistência dos músculos respiratórios. 

Gutierrez; Rodrigues (2022), em seus resultados revelaram que a fisioterapia oferece uma ampla gama de opções de tratamento para asma brônquica e todas elas fornecem resultados positivos contra a aplicação exclusiva do tratamento farmacológico.  

Existem vários meios de intervenção pela equipe fisioterapêutica para os pacientes com acometimento pulmonar, e o tratamento é dado conforme a fisiopatologia e quadro clínico que esse paciente apresenta. O tratamento é essencial como desenvolvimento de uma ferramenta com esse objetivo, já que o monitoramento desses aspectos ao longo do tempo é importante.

CONCLUSÃO 

Conclui-se que as repercussões sobre a atuação da fisioterapia no tratamento de pacientes com asma, precisam ser aprofundadas, necessitando-se de novos estudos acerca do tema para a busca de melhores práticas. A asma é uma doença caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas que gera hiper responsividade brônquica e obstrução ao fluxo aéreo com evolução variável e de caráter reversível em sua maioria. 

É fundamental o engajamento do profissional de fisioterapia para que o tratamento seja eficaz eliminando os possíveis riscos que venham a interferir impactando sua vida social.

Diante do exposto, espera-se que esta pesquisa traga contribuições para o aprimoramento e desenvolvimento do conhecimento científico sobre intervenções fisioterapêuticas no tratamento de paciente com asma, conduzindo reflexões sobre a utilização de técnicas. Tendo em vista não só a relevância científica que apresenta, mas também a relevância social diante da melhoria da assistência oferecida a pacientes asmáticos,

REFERÊNCIAS 

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02 CAMPOS, Guimarães, Moraes A. C., Nascimento Ribeiro Filho , M., Paulo Silva, A. C. de Almeida Cunha, J., Tavares da Silva Neto, J., Rayanne Fernandes de Paula, L., Costa da Cunha, L., Henrique Campos Martins, G., Luiza Ribeiro, A., Gonçalves Araújo, I. V., Gonçalves Araújo , M. F., Bonamim Fiorilli, R., & Rodrigues de Carvalho , N. (2024). Diagnóstico e tratamento da asma: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(8), 5230–5240. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p5230-5240

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04 GUTIÉRREZ  Garagorri-, D., & Leirós-RODRÍGUEZ, R. (2020). Effects of physiotherapy treatment in patients with bronchial asthma: A systematic review. Physiotherapy Theory and Practice, 38(4), 493–503. https://doi.org/10.1080/09593985.2020.1772420

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06 MARQUES, C. P. C., Bloise, R. F., Lopes, L. B. M., Godói, L. F., Souza, P. R. P. de, Rosa, I. M. S., … Carvalho, B. M. M. de. (2022). Epidemiologia da Asma no Brasil, no período de 2016 a 2020. Research, Society and Development11(8), e5211828825. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.28825

07 MINISTÉRIO DA SAÚDE- ASMA PORTARIA CONJUNTA SAES/SCTIE/MS Nº 14, DE 24 DE AGOSTO DE 2021

08  MINISTÉRIO DA SAÚDE Anatel. SAÚDE RESPIRATÓRIA, https://www.gov.br › saude › pt-br › assuntos › noticias › maio. Em um ano, SUS registrou 1,3 milhão de … – Ministério …. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/maio/em-um-ano-sus-registrou2022 

09  MINISTERIO DA SAUDE – ASMA PERSISTENTE GRAVE Anatelhttps://www.gov.br › saude › pt-br › assuntos › pcdt › a… · Arquivo PDFMINISTÉRIO DA SAÚDE – gov.br 2023. O conceito de controle da asma compreende dois domínios distintos: o controle

10 MINISTÉRIO DA SAÚDE – ANATEL – Classificação da gravidade da asma – Ministério da Saúde Https://www.gov.br › saude › pt-br › assuntos › saude-de-a-a-z › asma › 14 de out. de 2024 …

11 MORILLO, D. et al. Prospective study of factors associated with asthma attack recurrence (ATTACK) in children from three Ecuadorian cities during COVID-19: a study protocol. BMJ Open,v. 12, n. 6, p. e056295, 1 jun. 2022

12 ORTEGA, R. CLASSIFICACAO DE GRAVIDADE https://www.reginaortega.com.br/asma-tem-classificacao-de-gravidade/

13 OLIVEIRA, E. C.; LIVRAMENTO, R. A. A FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ATUANDO NO TRATAMENTO DA ASMA EM ADULTOS: REVISÃO DE LITERATURA.
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REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10085393 

14 PINTO, Regina Maria de Carvalho-; CANÇADO, José Eduardo Delfini; PIZZICHINI, Marcia; FITERMAN, Jussara. Brazilian Thoracic Association recommendations for the management of severe asthmaDecember 2021.Jornal Brasileiro de Pneumologia 47(6):e20210273. DOI:10.36416/1806-3756/e20210273. License. CC BY-NC 4.0.

15 PIZZICHIM et al, 2020 Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2020 Brazilian Thoracic Association recommendations for the management of asthma 

16 PEREIRA, A.; SOUZA, A. C.; ALMEIDA, N. L. R. et al. Treinamento Muscular Respiratório no Tratamento da Asma Brônquica. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, Montes Claros, v.3, n.2, p.1-20, 2021.

17 RUKAT Andressa Emanoeli Moreira , Jefferson VIECELI, Nandiny CAVALLI. IDENTIFICAÇÃO DO STREPTOCOCCUS AGALACTIAE EM GESTANTES.2024 Revistas UCEFF https://revistas.uceff.edu.br › reviva › article › view2021)

18  RIBEIRO et al, 2023 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES ASMÁTICOS. PHYSIOTHERAPY PERFORMANCE IN ASTHMATIC PATIENTS

19 SANTOS, Liene Patrício dos; MOURA, Clara Wirginia De Queiroz.-.  ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA PNEUMOFUNCIONAL NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM ASMA . In: Anais da V Jornada da Fisioterapia da Faculdade Uninta IItapipoca, 2022.

20 SILVA et al, Métodos fisioterapêuticos e farmacológicos em crianças e … Research, Society and Development https://rsdjournal.org › rsd › article › download.

21 TOLEDO OLIVEIRA; PEREIRA. Treinamento Muscular Respiratório em paciente asmática; estudo de caso.


1Graduando do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Piauí – UNIFAPI
2Graduanda do Curso de Fisioterapia da Associação de Ensino Superior do Piauí – AESPI
3Graduanda do Curso do Centro Universitário do Piauí – UNIFAPI
4Graduanda do Curso de Fisioterapia da Associação de Ensino Superior do Piauí – AESPI  
5Graduanda do Curso de Fisioterapia da Associação de Ensino Superior do Piauí – AESPI
6Professor Msc. do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista – UNIP
7Professor.