MUSICOTERAPIA: COMO UM ESTÍMULO NEUROSSENSORIAL PODE CONTRIBUIR NA COMUNICAÇÃO DE PESSOAS AUTISTAS

MUSIC THERAPY: HOW A NEUROSENSORY STIMULUS CAN CONTRIBUTE TO COMMUNICATION IN AUTISTIC INDIVIDUALS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504041626


Glaucya Evangelista Leite1
Jackeline Muniz Faria2
Pedro Henrique Peres Roriz3


Considerando a dificuldade de comunicação enfrentada por pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o potencial da musicoterapia como intervenção terapêutica, objetiva-se investigar como a musicoterapia, atuando como estímulo neurosensorial, pode contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento das habilidades comunicativas em indivíduos com TEA. Para tanto, procede-se à revisão bibliográfica sistemática em bases de dados acadêmicas, analisando estudos teóricos e empíricos sobre o impacto da musicoterapia na comunicação e nos mecanismos neurológicos envolvidos. Desse modo, observa-se que a musicoterapia pode promover melhorias significativas nas habilidades comunicativas e na regulação emocional de pessoas com TEA, o que permite concluir que essa prática é uma intervenção promissora, embora ainda existam lacunas que exigem mais pesquisas. 

Palavras-chave: musicoterapia, TEA, comunicação, neurossensorial, autismo.

Considering the communication difficulties faced by individuals with Autism Spectrum Disorder (ASD) and the potential of music therapy as a therapeutic intervention, this study aims to investigate how music therapy, acting as a neurosensory stimulus, can contribute to the development and improvement of communicative skills in individuals with ASD. For this purpose, a systematic literature review was conducted in academic databases, analyzing theoretical and empirical studies on the impact of music therapy on communication and the neurological mechanisms involved. Thus, it was observed that music therapy can promote significant improvements in communicative abilities and emotional regulation in people with ASD, which allows us to conclude that this practice is a promising intervention, although there are still gaps that require further research.

Keywords: music therapy, ASD, communication, neurosensory, autism.

1. INTRODUÇÃO

A musicoterapia tem se mostrado uma abordagem promissora no tratamento de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), atuando como um estímulo neurossensorial que pode facilitar a comunicação e a interação social. Este texto argumenta que a musicoterapia não apenas melhora as habilidades sociais e emocionais, mas também promove um desenvolvimento cognitivo significativo, apoiando-se em evidências científicas disponíveis na literatura. 

O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e na interação social, o que pode resultar em isolamento e desafios no desenvolvimento emocional. A musicoterapia oferece um ambiente estruturado onde a música serve como uma ponte para a comunicação. Segundo Brito e Soares 1 a musicoterapia age no córtex auditivo processando estímulos musicais de forma a desenvolver objetivos essenciais, como a fala, promovendo o desenvolvimento da linguagem e habilidades sociais. Essa afirmação destaca como a música pode ser utilizada para estimular áreas cruciais do desenvolvimento infantil. 

Além disso, a musicoterapia tem demonstrado benefícios significativos na redução da ansiedade e do estresse em crianças com TEA. De acordo com um estudo realizado por Soares e Raimundo2,  a música é uma ferramenta essencial na comunicação não-verbal para pessoas com TEA, facilitando conexões emocionais e interpessoais. Esses efeitos positivos são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos autistas, permitindo-lhes interagir de maneira mais eficaz com o mundo ao seu redor. 

O estudo de Nogueira e Souza3, fala que a musicoterapia auxilia no rompimento dos padrões de isolamento, favorecendo a comunicação verbal e não verbal, reduzindo comportamentos estereotipados. Isso demonstra que a musicoterapia não só atua no desenvolvimento individual, mas também nas relações interpessoais.

Nesse contexto essa pesquisa tem como objetivo geral investigar como a musicoterapia, atuando como um estímulo neurosensorial, pode contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento da comunicação em pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Enquanto os objetivos específicos são analisar a base teórica que sustenta a aplicação da musicoterapia como ferramenta neurossensorial no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Explorar estudos empíricos que discutem os efeitos da musicoterapia no desenvolvimento das habilidades de comunicação em indivíduos autistas, destacando os principais resultados e limitações dessas pesquisas. Mapear os mecanismos neurológicos e sensoriais envolvidos na interação entre música e comunicação em pessoas com TEA, com base na literatura científica disponível.

2. METODOLOGIA

A metodologia desta pesquisa se baseou em uma revisão bibliográfica sistemática, com o objetivo de explorar o papel da musicoterapia como estímulo neurossensorial no desenvolvimento da comunicação em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A busca foi realizada em bases de dados acadêmicas reconhecidas, como Google Scholar, PubMed, Scopus e Scielo, utilizando combinações de palavras-chave relacionadas à musicoterapia, TEA e comunicação. Foram incluídos estudos publicados entre 2000 e 2024, em português, inglês e espanhol, que abordassem intervenções de musicoterapia com foco na comunicação de indivíduos com TEA. Apenas estudos revisados por pares e com resultados empíricos ou revisões teóricas relevantes foram selecionados.

Após a seleção, os estudos foram avaliados quanto à qualidade metodológica e seus principais resultados organizados em torno dos eixos teóricos e empíricos da pesquisa. Foram analisadas a base teórica da musicoterapia, os efeitos na comunicação de pessoas com TEA, os mecanismos neurológicos envolvidos e as limitações encontradas nos estudos. A revisão forneceu um panorama atualizado sobre a eficácia da musicoterapia como ferramenta terapêutica e destacou áreas onde novas pesquisas são necessárias para preencher lacunas no conhecimento.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Compreendendo o autismo

Segundo Cunha, “o termo ‘autismo’ deriva do grego ‘autos’, que significa ‘por si mesmo’ e, ‘ismo’, condição, tendência”, as crianças observadas pelo psiquiatra austríaco apresentavam características de isolamento, semelhantes às demonstradas pelos esquizofrênicos, dando a impressão de que estavam presos em si mesmas. Porém, o diferencial no autismo é que essa condição já estava presente desde a tenra idade (3). O autismo é uma condição caracterizada por desenvolvimento anormal e prejudicado nas interações sociais, modalidades de comunicação e no comportamento (4).

Atualmente, o autismo é denominado Transtorno do Espectro Autista (TEA) e é definido como uma síndrome comportamental que compromete o desenvolvimento motor e psiconeurológico, dificultando a cognição, a linguagem e a interação social da criança (5). As características do TEA variam quanto à forma de manifestação e ao grau de severidade, sendo raro que se apresentem da mesma maneira em duas pessoas. O quadro sintomático das capacidades sociais de um indivíduo com TEA está despersonalizado do desenvolvimento considerado típico, pois ele não apresentará o mesmo tipo de interesse que outros da mesma faixa etária, interagindo apenas dentro de sua zona de interesse (6).

O contato social prejudicado é uma característica universal no TEA, essencial para o diagnóstico, embora a intensidade varie entre os indivíduos. As crianças com TEA podem apresentar expressões faciais inadequadas, dificuldades em compreender limites pessoais e desenvolver o freio inibitório, além de evitar contato físico e ter ataques de ansiedade. Essas crianças têm dificuldade em compreender seus próprios sentimentos e os alheios (7).

As causas do TEA incluem uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Estudos comparando gêmeos idênticos e fraternos mostram que a taxa de concordância é significativamente maior nos primeiros, sugerindo um forte componente genético na etiologia do autismo (8). A arquitetura genética do TEA envolve centenas de genes, cujas variantes podem ser herdadas ou ocorrer de forma espontânea, e atuam de modo complexo. Fatores ambientais, como a idade avançada dos pais, negligência infantil extrema e exposição a certos medicamentos pré-natais, também influenciam o desenvolvimento do TEA (9).

Com o aumento da prevalência do TEA, muitas famílias enfrentam dificuldades para obter o diagnóstico em tempo hábil para iniciar as intervenções necessárias. Alterações na comunicação social e comportamentos repetitivos entre 12 e 24 meses são considerados marcadores de identificação precoce para o autismo. No entanto, essas crianças muitas vezes só recebem o diagnóstico na idade pré-escolar ou até escolar (10). A prevalência do TEA atualmente está em torno de 70 casos por 10.000 habitantes, sendo quatro vezes mais comum em meninos (11).

Reis et al. identificaram uma proporção de 77 meninos para 23 meninas com TEA, ou seja, 1 menina para cada 3,3 meninos. Moraes propõe que essa diferença entre os sexos pode ser explicada por estudos que apontam para a testosterona circulante como fator que aumenta a excitação cerebral, particularmente na amígdala, tornando os meninos mais suscetíveis ao TEA (12).

O reconhecimento precoce da sintomatologia do autismo é crucial para o diagnóstico. Os pais, cuidadores e familiares geralmente são os primeiros a identificar padrões de comportamento característicos do autismo, dada a convivência diária e as necessidades singulares das crianças (13). Identificar esses sinais precocemente permite que as crianças recebam suporte especializado em um estágio inicial, o que pode melhorar significativamente seu desenvolvimento e bem-estar.

Silva argumenta que o autista percebe o mundo de maneira fragmentada, o que leva à necessidade de uniformidade e rotina. Isso se manifesta em comportamentos repetitivos e interesses restritos, uma tentativa de organizar o ambiente para torná-lo previsível e, assim, reduzir a ansiedade (14). Esse perfil comportamental explica em parte a resistência a mudanças e a preferência por rotinas constantes, características comuns em indivíduos com TEA.

Embora não haja tratamento farmacológico específico para o TEA, existem intervenções para as condições associadas, como a ansiedade e os transtornos de comportamento. As intervenções terapêuticas recomendadas são multiprofissionais, incluindo acompanhamento psicológico, fisioterápico, fonoaudiológico, entre outros (15). Essas abordagens são essenciais para fornecer o suporte necessário às crianças com TEA, permitindo que elas alcancem seu potencial de desenvolvimento ao longo da vida.

3.2 Musicoterapia como Ferramenta Neurossensorial no Transtorno do Espectro Autista

A musicoterapia tem se consolidado como uma ferramenta terapêutica eficaz para o tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), principalmente por atuar nos estímulos neurossensoriais que facilitam o desenvolvimento de habilidades comunicacionais e sociais. Esse método utiliza a música como meio de interação e expressão, promovendo respostas sensoriais que podem ser difíceis de alcançar em intervenções tradicionais. Segundo Corte, os efeitos da musicoterapia incluem a melhoria da interação social e a diminuição dos comportamentos repetitivos em crianças com TEA, além de contribuir para a capacidade de comunicação e a autorregulação emocional [16].

Dornelles explora como o uso controlado de sons e silêncios nas sessões de musicoterapia pode ser eficaz no desenvolvimento emocional e sensorial de crianças autistas. O processo envolve uma abordagem gradativa, respeitando os limites e o tempo de cada criança, o que facilita a criação de um ambiente seguro para a exploração sonora. A musicoterapia oferece uma via de comunicação alternativa, essencial para crianças que apresentam dificuldades significativas no desenvolvimento da linguagem verbal [17].

Os efeitos positivos da musicoterapia não se limitam à comunicação verbal. Gonçalves, Senra e Barcellos destacam que essa terapia também fortalece as relações afetivas das crianças com seus terapeutas e cuidadores, criando um espaço onde podem expressar suas emoções de forma segura e controlada. Eles relatam dois casos clínicos nos quais a musicoterapia foi central para o estabelecimento de laços emocionais e para a redução da ansiedade, melhorando a qualidade das interações sociais das crianças [18].

No contexto terapêutico, a música pode atuar como uma ponte entre o mundo interno e externo da criança com TEA. Klaus et al. observam que a musicoterapia facilita a expressão emocional e o engajamento social, aspectos que são frequentemente comprometidos em crianças autistas. Através do envolvimento ativo nas sessões de música, as crianças demonstram melhorias em sua capacidade de concentração e nas habilidades cognitivas, essenciais para o aprendizado e o desenvolvimento global [19].

Outro benefício notável da musicoterapia é a redução da ansiedade, um sintoma comum em crianças com TEA. Oliveira e Santos conduziram uma revisão sistemática que aponta que a musicoterapia é eficaz na diminuição dos níveis de ansiedade, o que, por sua vez, melhora o comportamento geral e a capacidade de participar de outras atividades terapêuticas. Essa redução na ansiedade é um dos principais fatores que contribuem para o sucesso da musicoterapia em crianças autistas [20].

Além disso, a musicoterapia é amplamente reconhecida por sua capacidade de melhorar a comunicação social e emocional. Estudos recentes demonstram que essa prática pode levar a avanços significativos no comportamento social de crianças com TEA, principalmente quando integrada a outras formas de tratamento. A terapia promove a expressão de sentimentos através de estímulos musicais, criando um canal alternativo de comunicação [21].

Melo et al. destacam que o desenvolvimento social de crianças com TEA pode ser significativamente melhorado por intervenções de musicoterapia, especialmente em contextos escolares e terapêuticos. Ao longo de um estudo longitudinal, foi observado que a musicoterapia promoveu uma melhora na interação social e na comunicação, sendo um elemento crucial para o desenvolvimento emocional e social dessas crianças [22].

A abordagem neurossensorial da musicoterapia é uma das razões que explicam sua eficácia em crianças com TEA. Ao estimular múltiplos sentidos simultaneamente, a música oferece uma forma integrada de tratamento que vai além das intervenções verbais ou comportamentais tradicionais. Através da manipulação dos estímulos sonoros, a musicoterapia cria um ambiente terapêutico dinâmico que atende às necessidades sensoriais e emocionais dessas crianças [23].

Além disso, as intervenções musicais podem ser ajustadas para atender às necessidades individuais de cada criança, tornando a musicoterapia uma abordagem personalizada. Isso é destacado em uma análise crítica sobre o impacto da musicoterapia na comunicação e interação social de crianças autistas. Ressalta-se que a personalização das sessões é fundamental para o sucesso da terapia, já que cada criança com TEA apresenta diferentes níveis de comprometimento sensorial e social [24].

Em suma, a musicoterapia é uma ferramenta neurossensorial valiosa para o tratamento de crianças com TEA. Ao combinar a música com estímulos sensoriais específicos, essa abordagem terapêutica oferece um caminho eficaz para o desenvolvimento emocional, social e comunicacional das crianças. Estudos reforçam a importância de integrar a musicoterapia a outras formas de tratamento, mostrando que a combinação de intervenções pode potencializar os resultados e promover uma melhora significativa na qualidade de vida das crianças autistas [25].

2.2 Estudos Empíricos sobre os Efeitos da Musicoterapia no Desenvolvimento das Habilidades de Comunicação em Indivíduos com TEA

A musicoterapia, ao utilizar estímulos sonoros e musicais, oferece uma abordagem terapêutica que vai além das terapias tradicionais, proporcionando um canal alternativo de expressão para crianças que enfrentam desafios na comunicação verbal. Segundo Corte, as intervenções musicais podem melhorar a interação social e a comunicação em crianças com TEA, possibilitando uma forma mais acessível de expressão e entendimento do mundo ao redor [26].

A musicoterapia trabalha diretamente com os sentidos, estimulando áreas do cérebro responsáveis pela comunicação e interação social. Dornelles aponta que, através de sessões cuidadosamente planejadas, as crianças são expostas a sons e ritmos que ativam áreas sensoriais e cognitivas, facilitando o desenvolvimento de habilidades de comunicação não verbal. Essa abordagem é especialmente relevante para indivíduos com TEA, que podem ter dificuldades significativas no uso da linguagem falada [27].

Os relatos de Gonçalves, Senra e Barcellos mostram que, além de promover o desenvolvimento comunicacional, a musicoterapia contribui para o fortalecimento das relações afetivas. Em dois casos estudados, a terapia ajudou as crianças a estabelecer laços emocionais mais profundos com seus cuidadores e terapeutas, o que reforça a importância do ambiente de confiança criado durante as sessões de musicoterapia para o desenvolvimento de habilidades comunicacionais [28].

A eficácia da musicoterapia na promoção da comunicação também está relacionada à capacidade da música de atuar como uma ferramenta de autorregulação emocional. Klaus et al. ressalta que a musicoterapia pode ajudar crianças com TEA a controlar seus níveis de ansiedade e a se engajar mais efetivamente em interações sociais e comunicativas. Ao criar um espaço seguro e estruturado, a musicoterapia oferece às crianças a oportunidade de explorar formas de comunicação que vão além da linguagem verbal [29].

Oliveira e Santos destacam que a redução da ansiedade, proporcionada pela musicoterapia, é um fator crucial para o desenvolvimento da comunicação em crianças com TEA. Crianças que participam de sessões regulares de musicoterapia apresentam uma redução significativa dos níveis de ansiedade, o que facilita a participação em outras atividades terapêuticas, como as que envolvem a fala e a interação social [30].

A musicoterapia, ao promover a regulação emocional, cria condições favoráveis para o desenvolvimento da comunicação social. Bialer e Voltolini apresentam uma revisão de estudos que mostram que crianças com TEA que participam de sessões de musicoterapia demonstram avanços na capacidade de se engajar socialmente. A música, ao criar uma estrutura rítmica e previsível, facilita o entendimento de interações sociais, que muitas vezes são confusas para essas crianças [31].

Um dos aspectos mais importantes da musicoterapia é sua flexibilidade e personalização, permitindo que cada criança seja atendida de acordo com suas necessidades individuais. Melo et al. conduziram um estudo longitudinal que demonstrou que intervenções musicais personalizadas são particularmente eficazes no desenvolvimento de habilidades de comunicação e interação social em crianças com TEA, tanto em ambientes escolares quanto terapêuticos [32].

A música pode ser usada como uma ponte para a comunicação verbal, oferecendo estímulos auditivos que incentivam respostas comunicativas. Silva et al. sugerem que a exposição contínua a estímulos musicais pode melhorar a percepção auditiva e, consequentemente, facilitar o desenvolvimento da linguagem em crianças com TEA. A música, portanto, atua como uma ferramenta mediadora entre o mundo interno e externo dessas crianças [33].

A literatura recente também aponta para os benefícios da musicoterapia na modulação da resposta emocional, que é frequentemente um obstáculo para a comunicação em crianças com TEA. Almeida et al. relatam que a musicoterapia ajuda a reduzir comportamentos disruptivos e ansiosos, criando um ambiente onde as crianças se sentem mais à vontade para se expressar e interagir com os outros [34].

Corte destaca que a musicoterapia é uma intervenção acessível e eficaz para crianças com TEA, particularmente por sua capacidade de integrar estímulos sensoriais de uma maneira que facilita a comunicação. O uso de instrumentos musicais e atividades rítmicas permite que as crianças explorem formas de expressão que são menos dependentes das habilidades verbais, tornando o processo de comunicação mais fluido [35].

O desenvolvimento de habilidades de comunicação através da musicoterapia não se limita ao ambiente terapêutico. Estudos mostram que as crianças começam a transferir essas habilidades para outros contextos, como o ambiente escolar e familiar. Gonçalves, Senra e Barcellos observam que, após um período de musicoterapia, as crianças demonstram melhorias na comunicação com pais e professores, indicando uma generalização dos efeitos da terapia para fora das sessões [36].

Além de promover a comunicação, a musicoterapia também oferece benefícios cognitivos que facilitam o aprendizado e a retenção de informações. Klaus et al. relatam que as atividades musicais ajudam a desenvolver habilidades cognitivas como a memória e a atenção, que são essenciais para o aprendizado de novas formas de comunicação. A repetição rítmica e melódica atua como uma ferramenta de reforço para o aprendizado [37].

O papel da musicoterapia como mediadora de interações sociais é amplamente reconhecido. Bialer e Voltolini apontam que a música serve como um meio de facilitar interações sociais que, de outra forma, seriam difíceis para crianças com TEA. As sessões de musicoterapia proporcionam um ambiente onde as crianças podem praticar habilidades sociais de maneira estruturada e previsível, o que aumenta suas chances de sucesso em outros contextos sociais [38].

Outro aspecto importante é a utilização da musicoterapia em conjunto com outras formas de intervenção. Oliveira e Santos destacam que a musicoterapia, quando integrada a terapias comportamentais e educacionais, pode amplificar os efeitos dessas intervenções, potencializando o desenvolvimento de habilidades de comunicação e interação social [39].

Em resumo, os estudos empíricos revisados mostram que a musicoterapia é uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento das habilidades de comunicação em indivíduos com TEA. Através de sua abordagem neurossensorial, a musicoterapia não só promove o desenvolvimento comunicacional, mas também regula emoções, melhora habilidades sociais e facilita o aprendizado. Ao combinar a música com estímulos sensoriais e sociais, a musicoterapia oferece um caminho eficaz para superar as barreiras comunicativas frequentemente associadas ao TEA [40]

2.3 Mecanismos Neurológicos e Sensoriais na Interação entre Música e Comunicação em Pessoas com TEA

Os mecanismos neurológicos e sensoriais na interação entre música e comunicação em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são tema de estudos recentes que exploram como a música pode facilitar o desenvolvimento das habilidades comunicacionais. A música, ao ativar diferentes regiões do cérebro, como as áreas auditivas e motoras, proporciona uma conexão sensorial que facilita a expressão e a compreensão, especialmente em indivíduos com TEA. Segundo Sharda et al., as atividades musicais promovem uma maior conectividade entre essas regiões, ajudando a melhorar a comunicação social em crianças autistas [41].

Além das regiões auditivas e motoras, outro aspecto relevante é o papel dos neurônios-espelho, que são ativados pela música. De acordo com Darda Musicoterapia, os neurônios-espelho facilitam a imitação, que é uma habilidade fundamental para o aprendizado da comunicação. Em indivíduos com TEA, essa ativação pode promover o desenvolvimento de habilidades de fala e interação social, aspectos geralmente comprometidos [42].

A música também tem um papel essencial na modulação dos estímulos sensoriais, o que é particularmente relevante para pessoas com TEA, que frequentemente apresentam hipersensibilidade ou hipossensibilidade a certos estímulos. Rocha e Boggio destacam que a musicoterapia pode ajudar a regular essas respostas sensoriais, criando um ambiente terapêutico que promove a comunicação de forma mais eficaz e integrada com outros processos neuropsicológicos [43].

Outro ponto importante é o desenvolvimento da linguagem verbal, que pode ser facilitado pela exposição à música. Fardoski explica que a música oferece um ambiente estruturado e rítmico que auxilia na formação de padrões de fala e no aprendizado da linguagem em crianças com TEA. A repetição e a previsibilidade dos sons musicais ajudam essas crianças a reconhecer e produzir sons de maneira mais organizada [44].

Sharda et al. ressaltam que, além dos aspectos comunicacionais, a música também melhora a capacidade de interação social, criando uma ponte entre a criança e o mundo externo. Ao envolver diferentes sentidos, a música ajuda as crianças a se conectarem com os outros, superando barreiras comuns de interação social que são típicas em indivíduos com TEA [45].

A ativação de múltiplas áreas do cérebro durante a musicoterapia tem sido associada a melhorias na atenção e na capacidade de resposta em situações sociais. Rocha e Boggio explicam que a música ativa o córtex pré-frontal, uma área responsável pela tomada de decisões e planejamento, o que pode melhorar a capacidade de crianças com TEA de se engajarem em interações comunicativas de maneira mais eficiente [46].

Outro benefício destacado por Darda Musicoterapia é a capacidade da música de reduzir os níveis de ansiedade, que muitas vezes interferem na comunicação. Crianças com TEA frequentemente experimentam altos níveis de ansiedade em situações sociais, e a música pode atuar como um mediador sensorial, proporcionando um espaço seguro para que elas explorem a comunicação sem o estresse que normalmente acompanha essas interações [47].

Fardoski também observa que a música oferece uma maneira de ensinar a linguagem de forma não invasiva, permitindo que as crianças com TEA se envolvam de maneira lúdica e espontânea. Essa abordagem facilita a aprendizagem, pois transforma a comunicação em algo acessível e prazeroso, diminuindo as barreiras impostas pelos déficits sensoriais e comunicacionais [48].

Outro mecanismo neurológico envolvido na interação entre música e comunicação é a ativação do sistema límbico, que está relacionado às emoções. Rocha e Boggio destacam que a música pode evocar respostas emocionais que ajudam as crianças com TEA a entender e expressar suas emoções de maneira mais eficaz. Essa resposta emocional é fundamental para a construção de habilidades sociais e comunicativas [49].

Além de melhorar as habilidades comunicativas, a musicoterapia pode ajudar a desenvolver a motricidade fina, que está relacionada à articulação verbal. Sharda et al. mostram que o ato de tocar instrumentos musicais exige coordenação motora, o que, por sua vez, pode melhorar a capacidade de controle dos músculos necessários para a fala. Essa conexão entre a música e o movimento é especialmente benéfica para crianças com TEA, que muitas vezes enfrentam dificuldades motoras associadas à comunicação [50].

A integração dos sentidos promovida pela música também auxilia na criação de uma experiência terapêutica holística, onde a criança pode trabalhar simultaneamente diferentes aspectos do desenvolvimento. Darda Musicoterapia explica que a música envolve o corpo e a mente, proporcionando uma experiência imersiva que facilita a integração de informações sensoriais e comunicativas [51].

Outro aspecto interessante é o papel da música na criação de padrões de repetição, o que facilita o aprendizado e a memória. Fardoski observa que as crianças com TEA frequentemente se beneficiam da previsibilidade oferecida pela música, que ajuda a reforçar o aprendizado de novas palavras e conceitos comunicativos de forma estruturada e repetitiva [52].

Rocha e Boggio destacam ainda que a musicoterapia pode ser utilizada em diferentes contextos educacionais e terapêuticos, ajustando-se às necessidades individuais de cada criança. A flexibilidade da música como ferramenta terapêutica permite que seja adaptada para estimular áreas específicas do cérebro que estão subdesenvolvidas em indivíduos com TEA, promovendo assim uma abordagem personalizada para o desenvolvimento da comunicação [53].

Além disso, a música atua como um meio de expressão emocional que muitas vezes é mais acessível do que a fala. Sharda et al. explicam que crianças com TEA, que têm dificuldade em expressar verbalmente seus sentimentos, podem utilizar a música como uma forma de se comunicar e se conectar com os outros, facilitando interações mais profundas e significativas [54].

Em suma, os mecanismos neurológicos e sensoriais envolvidos na interação entre música e comunicação em indivíduos com TEA demonstram que a musicoterapia é uma ferramenta poderosa para melhorar as habilidades comunicacionais e sociais dessas pessoas. Ao ativar diversas áreas cerebrais e integrar os sentidos, a música cria um ambiente terapêutico único que facilita o desenvolvimento da comunicação e promove uma maior integração social e emocional [55].

2.4 Impacto da Musicoterapia na Regulação Emocional e Comportamental da pessoa com  TEA

A música, com seus elementos rítmicos e melódicos, atua diretamente nos sistemas neurológicos responsáveis pela regulação das emoções, ajudando a reduzir comportamentos disruptivos e a promover um maior equilíbrio emocional. A capacidade da música de modular estados emocionais está associada à sua influência sobre o sistema límbico, responsável pelo processamento das emoções. Segundo Darda Musicoterapia, a musicoterapia pode diminuir os níveis de ansiedade, ajudando as crianças com TEA a responderem de maneira mais equilibrada a estímulos externos [56].

A regulação comportamental é outro aspecto importante abordado pela musicoterapia. Indivíduos com TEA frequentemente apresentam comportamentos repetitivos e desafiadores que interferem na interação social e no aprendizado. A música oferece uma estrutura previsível e repetitiva que pode ajudar a reduzir esses comportamentos. Rocha e Boggio destacam que a previsibilidade dos padrões musicais pode proporcionar uma sensação de segurança para as crianças, diminuindo a necessidade de comportamentos repetitivos como forma de autorregulação [57].

Um estudo realizado por Fardoski mostrou que a musicoterapia pode ser particularmente útil no manejo de crises emocionais em crianças com TEA. Durante sessões de musicoterapia, foi observado que as crianças se mostravam mais calmas e menos propensas a surtos de raiva ou frustração. A música, ao modular o ambiente sensorial, cria uma zona de conforto que facilita o controle emocional, permitindo que as crianças lidem melhor com situações estressantes [58].

A relação entre música e comportamento também está ligada à capacidade da música de envolver diferentes partes do cérebro, especialmente aquelas relacionadas ao controle de impulsos. A música ativa áreas do córtex pré-frontal, que estão envolvidas na tomada de decisões e no controle de comportamentos impulsivos. Sharda et al. ressaltam que, com o tempo, a participação em sessões regulares de musicoterapia pode melhorar a capacidade das crianças de se autocontrolarem em situações desafiadoras [59].

Além disso, a musicoterapia tem demonstrado eficácia na redução de comportamentos autolesivos, um desafio comum em indivíduos com TEA. A pesquisa de Rocha e Boggio revela que a música pode oferecer uma alternativa positiva à expressão de emoções difíceis, substituindo comportamentos prejudiciais por atividades musicais construtivas. Isso se dá, em parte, pelo caráter envolvente da música, que captura a atenção da criança e redireciona sua energia para uma atividade criativa e segura [60].

Outro ponto importante é o impacto da musicoterapia na melhoria do humor em crianças e adolescentes com TEA. A música pode evocar emoções positivas e estimular a produção de neurotransmissores como dopamina e serotonina, que estão diretamente ligados ao bem-estar. Darda Musicoterapia destaca que o uso regular da música como parte de um programa terapêutico pode contribuir para a estabilização do humor e para uma maior sensação de satisfação em crianças com TEA [61].

A regulação emocional promovida pela musicoterapia também está relacionada à capacidade da música de promover a expressão emocional. Muitas crianças com TEA têm dificuldade em verbalizar suas emoções, o que pode levar ao acúmulo de frustrações. Sharda et al. afirmam que a música oferece uma via alternativa de expressão, permitindo que as crianças liberem suas emoções de maneira controlada e não verbal, reduzindo assim a intensidade de crises emocionais e comportamentais [62].

Fardoski reforça que a musicoterapia pode ser particularmente benéfica para crianças que apresentam níveis elevados de ansiedade. Ao criar um ambiente seguro e acolhedor, a música ajuda a diminuir os níveis de estresse e ansiedade, facilitando a regulação emocional e comportamental. A repetição rítmica e a previsibilidade dos sons musicais proporcionam um efeito calmante, que é crucial para o manejo da ansiedade em pessoas com TEA [63].

A musicoterapia também atua como uma forma de reforço positivo, incentivando comportamentos adequados e recompensando respostas comportamentais apropriadas. Rocha e Boggio mostram que as crianças com TEA, quando recompensadas com atividades musicais por comportamentos desejáveis, tendem a repetir esses comportamentos, o que contribui para a construção de um repertório comportamental mais equilibrado e adaptado [64].

Além disso, a capacidade da música de envolver tanto o corpo quanto a mente facilita a regulação comportamental, uma vez que permite uma conexão entre movimento e controle emocional. Darda Musicoterapia observa que o ato de tocar instrumentos ou cantar pode ajudar as crianças a coordenarem suas emoções e comportamentos, resultando em um melhor controle sobre suas ações e reações [65].

Outro aspecto importante é o impacto da musicoterapia em grupos de crianças com TEA. Sharda et al. relatam que, em sessões de grupo, as crianças não apenas melhoram suas habilidades sociais, mas também aprendem a regular suas emoções em resposta às interações com os colegas. O ambiente musical cria uma atmosfera de cooperação e suporte, onde as crianças podem modelar comportamentos uns nos outros e aprender formas saudáveis de expressar e regular suas emoções [66].

Em resumo, a musicoterapia tem um impacto significativo na regulação emocional e comportamental de pessoas com TEA. Ao ativar áreas cerebrais relacionadas às emoções, comportamento e controle impulsivo, a música oferece uma ferramenta poderosa para promover o equilíbrio emocional e reduzir comportamentos desafiadores. A previsibilidade, o envolvimento sensorial e a oportunidade de expressão oferecidas pela música contribuem para a criação de um ambiente terapêutico no qual as pessoas com TEA podem aprender a controlar suas emoções e comportamentos de maneira mais eficaz [67].

3. CONCLUSÃO

A presente pesquisa revelou que a musicoterapia, quando utilizada como estímulo neurossensorial, possui um impacto positivo significativo no desenvolvimento das habilidades comunicativas de pessoas com Transtorno do Espectro Autista. A revisão bibliográfica destacou tanto a base teórica que sustenta essa prática quanto os resultados empíricos que comprovam sua eficácia, especialmente no que se refere à melhoria da comunicação e à regulação emocional dos indivíduos. Além disso, foram mapeados os mecanismos neurológicos envolvidos, demonstrando que a música pode atuar como facilitadora no processo de integração sensorial e cognitiva.

No entanto, a pesquisa também identificou algumas limitações, como a falta de estudos longitudinalmente robustos e de metodologias padronizadas que possam fornecer uma avaliação mais precisa e abrangente dos efeitos da musicoterapia. Conclui-se, portanto, que a musicoterapia é uma ferramenta promissora para o tratamento de pessoas com TEA, mas há necessidade de mais pesquisas para preencher lacunas e consolidar seu uso em práticas clínicas regulares.

4. REFERÊNCIAS

[1] BRITO, H. B., & Soares, J. da C. C. (2024). CONTRIBUIÇÕES DA MUSICALIZAÇÃO NO APRENDIZADO DE CRIANÇAS COM TEA. REVISTA FOCO, 17(5), e5205 . https://doi.org/10.54751/revistafoco.v17n5-148

[2]  NOGUEIRA, Thais Pinto; SOUZA, Júlio César Pinto de. A musicoterapia para a socialização de crianças com transtorno do espectro do autista. Revista Educação, Psicologia e Interfaces, v. 4, n. 2, 2020. DOI: https://doi.org/10.37444/issn-2594-5343.v4i2.243.

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1,2,3Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC, Araguaína/TO, Brasil. E-mail: glaucyaevangelista333@gmail.com, jackelinemunizfarialins@gmail.com, pedro.roriz@unitpac.edu.br