ANÁLISE COMPARATIVA DA TEORIA DAS FASES DO LUTO: O IDEALIZADO E O ENSINADO

COMPARATIVE ANALYSIS OF THE GRIEF STAGE: THE IDEALIZED AND THE TEACHED

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202503311806


Leticia Ferreira Macedo1
Marcos André Da Silva2
Douglas Sóstenes Souza Gonzaga3


RESUMO

O presente estudo tem como objetivo analisar comparativamente a teoria das fases do luto proposta por Elisabeth Kübler-Ross em Sobre a Morte e o Morrer (1969) e outras abordagens contemporâneas sobre o processo de luto. A pesquisa revisa criticamente o modelo das cinco fases – negação, raiva, barganha, depressão e aceitação –, destacando sua influência na prática clínica e na educação, bem como suas limitações metodológicas. Diversos estudiosos apontam que o luto é um fenômeno mais complexo e individualizado do que o modelo de Kübler-Ross sugere, sendo necessário considerar fatores como resiliência, reconstrução de significado e continuidade dos laços com os falecidos. A revisão teórica inclui abordagens alternativas, como o Modelo Dual do Luto e a Teoria do Apego, além da influência cultural e psicológica na vivência do luto. Conclui-se que o luto deve ser compreendido como um processo dinâmico e multifacetado, demandando abordagens flexíveis e personalizadas para atender às necessidades individuais dos enlutados.

Palavras-chave: Fases do luto, Elisabeth Kübler-Ross, Críticas metodológicas, Morte, Teoria do Luto.

ABSTRACT

The present study aims to comparatively analyze the theory of the stages of grief proposed by Elisabeth Kübler-Ross in On Death and Dying (1969) and other contemporary approaches to the grieving process. The research critically reviews the five-stage model—denial, anger, bargaining, depression, and acceptance—highlighting its influence on clinical practice and education, as well as its methodological limitations. Various scholars argue that grief is a more complex and individualized phenomenon than Kübler-Ross’s model suggests, requiring consideration of factors such as resilience, meaning reconstruction, and the continuity of bonds with the deceased. The theoretical review includes alternative approaches, such as the Dual Process Model of Grief and the Attachment Theory, in addition to the cultural and psychological influences on grief experiences. It is concluded that grief should be understood as a dynamic and multifaceted process, requiring flexible and personalized approaches to meet the individual needs of the bereaved.

Keywords: Five stages of grief, Elisabeth Kübler-Ross, Methodological criticisms, death, Grief Theory.

INTRODUÇÃO

O presente estudo busca a compreensão sobre as fases do luto, na obra de Elisabeth Kübler- Ross, “Sobre a Morte e o Morrer”, que marcou um ponto crucial na compreensão do luto e da experiência de enfrentar a morte iminente. Concomitante com uma análise comparativa com outras teorias do luto, na procura de melhores abordagens e compreensão do processo do enlutado.

Kübler-Ross (1969) narra em sua obra que no outono de 1996, cinco estudantes de teologia de um seminário em Chicago buscaram a orientação para um projeto que investigaria as crises da vida humana, com foco nos enfermos terminais. Esse encontro desencadeou uma jornada que resultou na introdução do modelo das cinco fases do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Adiante, fornece uma estrutura para entender as reações emocionais diante da morte iminente, ao investigar as discrepâncias entre teoria e prática do luto, os pesquisadores buscam contribuir significativamente para o avanço do conhecimento nessa área, promovendo o desenvolvimento de teorias e estratégias de intervenção mais eficazes para apoiar aqueles que sofrem perdas, trazendo validação para essas experiências e oferecendo uma linguagem para sua discussão.

Assim, busca-se destacar não apenas a importância do trabalho de Kübler-Ross, como também a evolução histórica das concepções e abordagens em relação à morte e ao luto, desenvolvidas no decorrer do tempo, onde outros pesquisadores introduziram diferentes abordagens com o direcionamento menos tendencioso à respostas pré-estabelecidas, na tentativa de fazer com que o enlutado tivesse a sua experiência classificada como única, tal qual como deve ser, refletindo assim, mudanças nas dinâmicas sociais e avanços médicos ao longo do tempo.

Portanto, busca-se a partir do primeiro estudo a continuidade e evolução permanente da abordagem do enlutado, na tentativa de amenizar e/ou inserir um método menos danoso a essa experiência, focando na compreensão do mesmo e suas causas de forma natural, onde o luto deve ser respeitado de forma individual e algo a ser vivenciado. Utilizará revisão bibliográfica para aprofundar o entendimento teórico e comparação com a realidade da educação sobre o luto, mirando uma compreensão atualizada e contextualizada das teorias em contraste com práticas educacionais vigentes.

1. BASE DA TEORIA DO LUTO

Cinco estudantes de teologia de um seminário localizado em Chicago solicitaram a colaboração da renomada Elisabeth Kübler-Ross para um projeto acadêmico que se propõe a investigar a experiência dos enfermos terminais, com o tema “As Crises da Vida Humana”. Essa iniciativa foi crucial, pois impulsionou os estudos sobre a vivência da morte e do morrer. Em decorrência dessa colaboração, Kübler-Ross se destacou como uma figura pioneira no campo da tanatologia, introduzindo o modelo das cinco fases do luto — negação, raiva, barganha, depressão e aceitação — em sua obra seminal Sobre a Morte e o Morrer, publicada em 1969. Este trabalho não apenas revolucionou a compreensão do processo de luto, mas também teve um impacto significativo na prática clínica, influenciando profissionais de saúde, psicólogos e cuidadores em sua abordagem ao cuidado de pacientes terminais e suas famílias.

Baseados na obra de Kübler-Ross (1969) que propõe um modelo/sequência de estágios emocionais das cinco fases do luto pelos quais muitas pessoas passam ao enfrentar a iminência da morte. A relevância deste modelo reside na sua capacidade de validar a experiência emocional do luto, oferecendo uma linguagem para discutir suas nuances. Segundo a autora as cinco fases do luto são (Kübler-Ross, 1969).:

Negação: Nesta fase inicial, a pessoa tem dificuldade em aceitar a realidade da perda. Pode parecer um estado de choque ou incredulidade.

Raiva: Quando a negação e o isolamento começam a desaparecer, a dor emocional se torna mais pronunciada. A pessoa pode se sentir frustrada e impotente, levando a sentimentos de raiva, que podem ser direcionados a objetos, estranhos, amigos, familiares, ou até a si mesmos.

Barganha: A fase de barganha é marcada por tentativas de negociar com uma entidade superior ou com o destino para reverter ou diminuir a perda. As pessoas podem tentar fazer um acordo para mudar a situação, muitas vezes com pensamentos do tipo “se apenas…” ou “e se…”.

Depressão: Reconhecimento da realidade e magnitude da perda, o que pode resultar em sentimentos profundos de tristeza. Durante esta fase, a pessoa pode se isolar dos outros, sentir grande desesperança e ter dificuldade em enfrentar a rotina diária.

Aceitação: A última fase do luto envolve a aceitação da realidade da perda. A dor e a tristeza ainda podem estar presentes, mas a pessoa começa a aceitar o ocorrido e a pensar em como seguir em frente

Porém como a própria autora das termologias iniciais sobre o luto, Elisabeth Kübler-Ross, escreveu no seu “Death and Dying” que na tradução “Sobre a morte e o morrer”, a teoria foi desenvolvida para aqueles que estavam passando por doenças terminais, que iriam morrer entre dias ou no máximo poucos meses, não para os enlutados. A iniciativa do livro foi ótima, porém não há método científico para expor essa “teoria” como uma verdade nos meios acadêmicos. As entrevistas realizadas apresentam víeis, e o artigo incluirá algumas delas como forma de representatividade para sua formalização.

Ao longo dos tempos, as concepções e maneiras de encarar a morte e o luto sofreram mudanças notáveis, espelhando as alterações nas dinâmicas sociais e avanços médicos de diferentes períodos. Na antiguidade, a despedida de indivíduos em fase terminal ocorria no seio do lar, com a presença de entes queridos, incluindo crianças, caracterizando um momento de adeus coletivo e próximo, conforme destacado por Moura (2006). Esse contexto se altera radicalmente na Idade

Média, marcada por epidemias e enfermidades sem cura conhecida, tornando a morte um fenômeno comum e menos impactante.

O século XIX representa um ponto de inflexão, com a institucionalização da morte devido ao surgimento dos hospitais e o progresso da medicina. Essa mudança introduz um afastamento emocional e físico no enfrentamento do luto, substituindo a naturalidade da morte por uma experiência marcada pelo vazio e desolação. Assim, a morte, antes uma realidade integrada ao cotidiano, passa a ser vista como algo distante, refletindo transformações nas normativas culturais (ARIÉS, 2003).

As evoluções na compreensão e manejo do luto ao longo da história evidenciam a influência de estruturas sociais, práticas culturais e desenvolvimentos na saúde pública. As épocas históricas revelam diferentes formas de conceber e lidar com a morte, espelhando as crenças, saberes e valores dominantes em cada período.

Estudiosos como Aberastury (1982) ressaltam que elementos como a saúde mental prévia, a reação familiar à morte e o modo como esta é comunicada são cruciais para a elaboração do luto. Silva et al. (2007) reforçam a necessidade de enfrentar e respeitar a dor do luto, alertando que negá- la ou suprimi-la apenas agrava o sofrimento do enlutado. O luto deve ser vivenciado para que haja uma reorganização significativa da experiência de vida do indivíduo.

Áries (2003) observa uma alteração cultural na percepção da morte, com a compaixão deslocando-se do falecido para os familiares, enquanto a morte se torna um tema evitado, gerando um tabu que pode levar à ocupação excessiva ou, em extremos, à insanidade.

Silva (2017), discute o medo da morte como um reflexo de conflitos internos, apontando para a dificuldade de aceitar a interrupção da ideia de eternidade pelo fenômeno da morte. Compreender os impactos do luto na saúde mental e os fatores que afetam o comportamento do enlutado é fundamental para uma abordagem mais aprofundada do processo de luto e sua adequada gestão.

O livro “Sobre a Morte e o Morrer” de Elisabeth Kübler-Ross é um marco na literatura sobre os estágios do luto. No entanto, sua metodologia tem sido criticada por induzir respostas nos pacientes entrevistados, comprometendo a validade científica de suas conclusões. A seguir, analisamos alguns exemplos extraídos do livro que ilustram essas falhas metodológicas.

Kübler-Ross frequentemente conduzia suas entrevistas de maneira a sugerir certas respostas aos pacientes. Por exemplo, em um dos casos relatados, a autora pergunta a uma paciente terminal se ela está sentindo raiva, logo após descrever as fases do luto, incluindo a raiva, criando uma expectativa de que a paciente deve sentir essa emoção. Este tipo de condução pode ser visto no seguinte trecho: “Você está sentindo alguma raiva agora? Muitos pacientes na sua situação sentem uma raiva profunda” (Kübler-Ross, 1969, p. 53).

Este tipo de questionamento pode levar os pacientes a responderem de maneira que confirmem as expectativas do entrevistador, um fenômeno conhecido como “viés de confirmação”.

Outro aspecto problemático na metodologia de Kübler-Ross é a falta de padronização nas entrevistas. Em muitas ocasiões, as entrevistas foram conduzidas em ambientes informais, sem controle sobre variáveis externas que poderiam influenciar as respostas dos pacientes. Além disso, a ausência de um protocolo estruturado para as entrevistas resulta em dados que são difíceis de comparar de forma sistemática. Kübler-Ross admite essa limitação em seu livro: “Nossas entrevistas não seguiram um formato rígido; em vez disso, foram adaptadas para se adequar às necessidades de cada paciente” (Kübler-Ross, 1969, p. 76).

Embora essa abordagem possa ser útil para proporcionar conforto aos pacientes, ela compromete a confiabilidade dos dados coletados.

Um exemplo concreto de como essas entrevistas tendenciosas afetam os resultados pode ser encontrado no caso do “Sr. J”, um paciente terminal de câncer. Durante a entrevista, Kübler-Ross sugere explicitamente que o Sr. J deve estar passando pela fase de negação, influenciando sua resposta: “Eu sei que pode ser difícil aceitar, mas muitos pacientes no seu lugar negam inicialmente a gravidade de sua condição. Você se sente assim?” (Kübler-Ross, 1969, p. 89).

Após essa sugestão, o Sr. J concorda, dizendo que às vezes se sente assim, embora anteriormente não tivesse mencionado nenhum sentimento de negação.

A indução nas entrevistas e a falta de rigor científico na metodologia utilizada por Kübler- Ross levantam sérias questões sobre a validade das conclusões apresentadas em “Sobre a Morte e o Morrer”. Para que uma teoria seja considerada cientificamente robusta, ela deve ser baseada em dados coletados de maneira imparcial e replicável. As falhas metodológicas identificadas indicam que as fases do luto propostas podem não ser universalmente aplicáveis e podem refletir mais as expectativas do entrevistador do que as experiências reais dos pacientes.

2. ANÁLISE CRÍTICA DAS ENTREVISTAS E O IMPACTO EM ESTUDOS POSTERIORES

Estudos posteriores têm procurado corrigir essas falhas metodológicas e testar a teoria das fases do luto de maneira mais rigorosa. Muitos desses estudos não conseguiram replicar os achados de Kübler-Ross, sugerindo que o luto é um processo altamente individualizado que não pode ser facilmente categorizado em fases distintas. Esta revisão crítica é essencial para o avanço da compreensão científica do luto e para o desenvolvimento de abordagens mais personalizadas e eficazes para apoiar os enlutados.

Camille Wortman e Roxane Silver (1989) conduziram uma revisão abrangente das pesquisas sobre luto e identificaram uma ausência de suporte empírico robusto para as cinco fases de Kübler- Ross. Eles observaram que muitas pessoas não passam por essas fases de maneira linear e que o luto pode envolver uma variedade de respostas emocionais e comportamentais:

As evidências sugerem que o luto é um processo muito mais complexo e heterogêneo do que as cinco fases sugerem. Algumas pessoas podem não experimentar todos os estágios, e outras podem vivenciá-los em uma ordem diferente ou em um ciclo repetitivo (Wortman & Silver, 1989, p. 354).

Boelen e Van den Bout (2005) examinaram os padrões de luto em diferentes culturas e contextos, e concluíram que a universalidade das cinco fases é questionável. Eles destacam que fatores culturais e individuais influenciam significativamente a experiência do luto:

Nossas pesquisas indicam que a experiência do luto varia amplamente entre diferentes culturas e indivíduos. A tentativa de aplicar um modelo universal das cinco fases pode ignorar importantes variações culturais e pessoais (Boelen & van den Bout, 2005, p. 108).

Contrapondo com outras críticas diversos autores e estudiosos criticaram o trabalho de Kübler-Ross, apontando as limitações e questionando a cientificidade de suas conclusões.

George Bonanno (2009), um pesquisador renomado na área de psicologia do luto, argumenta que o modelo das cinco fases do luto de Kübler-Ross não se aplica à maioria das pessoas e que o luto é um processo muito mais variado e dinâmico do que o descrito. Em sem sua obra The Other Side of Sadness, Bonanno afirma:

As pessoas reagem à perda de maneiras muito diversas. Não há evidências de que todos passam por fases específicas de raiva, barganha, depressão ou aceitação. A maioria das pessoas, de fato, demonstra uma resiliência surpreendente (Bonanno, 2009, p. 45).

Bonanno sugere que a maioria das pessoas possui uma resiliência natural que lhes permite lidar com a perda sem necessariamente passar por todas as fases descritas por Kübler-Ross. Sua pesquisa destaca a importância da resiliência e da variabilidade nas respostas ao luto, desafiando a ideia de que o luto deve seguir um padrão fixo.

Críticas de Margaret Stroebe e Henk Schut (1999) criadores do Modelo Dual do Luto, também questionam a aplicabilidade do modelo de Kübler-Ross. Eles argumentam que o luto não segue uma sequência linear de estágios, mas sim um processo de oscilação entre lidar com a perda e seguir com a vida:

A ideia de que o luto é um processo linear e previsível é uma simplificação excessiva. Nosso modelo sugere que as pessoas alternam entre confrontar a perda e se engajar em atividades restaurativas. Esta oscilação é essencial para a adaptação ao luto. (Stroebe & Schut, 1999, p. 197).

O Modelo Dual do Luto propõe que os enlutados alternam entre o enfrentamento da perda e o envolvimento em atividades de restauração, permitindo uma adaptação mais flexível e personalizada. Isso contrasta fortemente com a rigidez do modelo de fases de Kübler-Ross.

Robert Neimeyer (2001), outro influente pesquisador no campo do luto, critica a abordagem de Kübler-Ross por sua falta de consideração pelo significado pessoal e a reconstrução da identidade após a perda. Neimeyer propõe que o luto é um processo de reconstrução de significado, onde os enlutados devem reformular suas vidas e identidades em resposta à perda:

“O luto envolve uma complexa reorganização do mundo interno e externo dos enlutados. Não é simplesmente passar por estágios, mas sim um processo de reconstrução de significado e identidade” (Neimeyer, 2001, p. 34).

Neimeyer enfatiza que a experiência de luto é única para cada indivíduo e que a reconstrução de significado é uma parte crucial desse processo. Ele argumenta que uma abordagem mais personalizada e focada no significado pode ser mais útil do que tentar encaixar todas as experiências de luto em um modelo de fases pré-definidas.

Outra crítica ao modelo de Kübler-Ross, no trabalho com grupos de apoio ao luto de Phyllis Silverman, também criticou o modelo das cinco fases por não considerar a continuidade dos laços com os falecidos. Ela sugere que os enlutados não necessariamente “superam” a perda, mas aprendem a integrar a memória do ente querido em suas vidas de novas maneiras:

“O conceito de ‘superar’ a perda é problemático. Muitos enlutados encontram conforto em manter uma conexão contínua com seus entes queridos falecidos, adaptando suas vidas para incorporar essas memórias de forma saudável.” (Silverman, 2004, p. 77).

As críticas ao modelo de Kübler-Ross têm importantes implicações para a prática clínica. Profissionais que trabalham com enlutados devem estar cientes das limitações deste modelo é considerar abordagens mais flexíveis e individualizadas.

Em vez de aplicar rigidamente o modelo das cinco fases, os profissionais podem utilizar uma abordagem mais personalizada, focando nas necessidades e experiências únicas de cada enlutado. Isso pode incluir a utilização de intervenções baseadas na resiliência, no modelo dual do luto, ou na reconstrução de significado, conforme proposto por Neimeyer (2001).

É crucial que a educação e o treinamento de profissionais de saúde incluam uma compreensão crítica das diversas teorias do luto, bem como uma ênfase na flexibilidade e personalização das intervenções. Isso pode ajudar a garantir que os enlutados recebam suporte que seja realmente eficaz e adaptado às suas necessidades individuais.

A perspectiva fenomenológica do luto, como proposta por Edmund Husserl (2) e desenvolvida por seus seguidores, enfoca a experiência subjetiva dos enlutados. Esta abordagem sugere que o luto deve ser entendido a partir da perspectiva individual de quem sofre a perda, considerando suas vivências, sentimentos e interpretações únicas.

A Teoria do Apego de John Bowlby (1980) oferece outra perspectiva crítica sobre o luto. Bowlby sugere que o luto é uma resposta natural à separação e à perda, e que o vínculo de apego formado durante a vida influencia a maneira como os indivíduos lidam com a perda: “O luto é uma expressão de apego. As respostas de luto são influenciadas pela natureza do vínculo que foi perdido e pelas experiências anteriores de apego e separação” (Bowlby, 1980, p. 41).

O conceito de crescimento pós-traumático, introduzido por Tedeschi e Calhoun, propõe que algumas pessoas podem experimentar crescimento pessoal significativo após a perda.

O crescimento pós-traumático refere-se às mudanças positivas que ocorrem como resultado do enfrentamento de eventos altamente desafiadores. O luto pode ser um catalisador para esse crescimento, promovendo uma reavaliação dos valores e das prioridades de vida (Tedeschi & Calhoun, 1996, p. 456).

Este modelo sugere que o luto pode ser um processo de transformação, onde os enlutados encontram novos significados e desenvolvem resiliência.

As críticas ao modelo de Kübler-Ross destacam a importância de considerar abordagens mais flexíveis e personalizadas no estudo e na prática do luto. A resiliência natural das pessoas, a oscilação entre enfrentamento da perda e atividades restaurativas, a reconstrução de significado e a continuidade dos laços com os falecidos são elementos essenciais que enriquecem nossa compreensão do luto e proporcionam uma base para intervenções mais eficazes e sensíveis.

3. ANÁLISE COMPARATIVA DA FASE DO LUTO: O IDEALIZADO E O ENSINADO

O livro sobre a morte e o morrer já foi considerado um dos livros mais influentes da psicologia na década de 90 até nos anos 2000, é um fato que Kubler-Ross com a formalização e consequentemente popularizou a teoria da fase dos estágios. A mesma era uma pessoa carismática e adorada pelos seus seguidores, já foi até descrita como uma lenda em 1999 pela revista Times, uma das maiores revistas do mundo que a definiu como uma das 100 pensadoras mais importantes do século que se passou e foi introduzida no hall da fama das mulheres dos Estados Unidos e com isso a mesma estimou, pois, seus estágios haviam sido ensinados em mais de 125.000 cursos em faculdades, seminários, escolas médicas, hospitais e instituições sociais.

Em 2016, sobre a morte e o morrer atingiu mais de 11.000 citações no google acadêmico o ocidente se apegou muito forte na teoria e começou a disseminação da teoria no meio acadêmico mesmo a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei nº 9.394/1996) estabelece que o ensino superior deve promover a formação científica e crítica, preparando profissionais capacitados para atuar com base em conhecimento científico e tecnológico. No entanto, o ensino nas universidades pode abranger também áreas como artes, humanidades, e outras formas de conhecimento, desde que inseridas no contexto educativo e acadêmico, levando em consideração que a base da teoria fosse para a formação de senso crítico o que na verdade não acontece e sim uma prática de aplicação científica como base até para a utilização em meio profissional.

Em contraste com as fases de Bowlby, J. (1980). Não foram derivadas de princípios teóricos, pois um exemplo é que as fases de Kubler-Ross (1969) não abordam uma questão importante: Qual a função do luto? As deficiências mencionadas acima têm uma implicação adicional importante: a teoria dos estágios não nos ajuda a identificar aqueles com alto risco ou com complicações no processo de luto, de grande importância para sistemas de diagnóstico como o Manual Diagnóstico 

Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11).

Simplicidade excessiva: a abordagem não leva a enorme diversidade nas reações do luto, seja entre indivíduos ou coletivo, pois modelos teóricos devem explicar minimamente as variabilidades. Modelo passivo: Descrever como a pessoa enlutada e suas lutas para lidar com a perda, não é levada em consideração.

Inclusão de conceito mal definido: Os estágios implementam termos complexos e imprecisos pois alguns se caracterizam como emoções alguns como processos cognitivos, por exemplo “depressão” pode haver uma variação de clínica até a tristeza”

Não contabiliza os estressores secundários: Os estressores secundários ou até mesmo terciários não são levados em consideração por exemplo, mudança no ritmo de vida, novos papeis, identidade, entre outros aspectos.

A falta de evidência empírica: o conhecimento de Kubler-Ross (1969) não foi derivado de uma investigação sistemática e empírica (de pessoas enlutadas) mas através do pessoas “moribundas”. Segundo Parkes (2013) há falta de vigor científico pois o livro em questão é basicamente uma coleção de estudo de caso na forma de conversa com os pacientes, embora haja evidências empíricas de que as pessoas vivenciaram e até mesmo algumas das reações emocionais e cognitivas, há pouco para apoiar o desenvolvimento sequencial deles nos estágios.

Mesmo sendo uma entrevista semiestruturada/aberta Bourdieu (1999) comenta sobre as qualificações do entrevistador parecer presente e deixar o entrevistado confortável podendo fazer gestos sutis e até acenar mostrando entendimento e formalizando um certo vínculo com o entrevistado, porém não se deve sugestionar e até mesmo contrariar aquele que está sendo entrevistado para não enviesar a entrevista.

O autor aconselha utilizar a mesma língua no contexto de linguagem para facilitar a compreensão, não usar termos técnicos caso o ínvido não tenha escolarização para compreender o que é dito, deixar de lado o capital cultural para que ambos estejam no mesmo patamar e possam se entender com clareza, o pesquisador deve diminuir a violência simbólica que geralmente é exercida por ele mesmo.

Bourdieu (1999) cita que o pesquisador que naquele momento da entrevista estará “envolto” de sentimentos, afeto pessoais, fragilidades, emoções, sentimentos por isso deve ter todo o respeito com a pessoa pesquisada. Nesse contexto deve perceber as entrelinhas para captar o mesmo de informações possíveis, sem questionamentos em excesso para que não haja uma desconexão do entrevistado e entrevistador e levando em consideração que pode estar sendo montada uma história, onde o ínvido entrevistado pode estar querendo enganar o entrevistador e mesmo nesse contexto não se levar por emoções e ser totalmente fidedigno na transcrição passando o máximo de informações possíveis aliviando redundâncias (né, pois, bom, etc.). E que deve ter muito cuidado em não trocar palavras, muito menos mudar a ordem da pergunta.

4. A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA RESSIGNIFICAÇÃO DO LUTO.

O luto é uma experiência que todos os seres humanos passam e deste modo é inevitável, faz parte da trajetória vida do ser humano e está ligada a perda de alguém ou algo que que estimamos. Um processo de luto “saudável” proporciona uma série de benefícios emocionais, pois permite que o indivíduo lide adequadamente com a perda e, ao mesmo tempo, siga com a vida. A não vivência ou repressão dessa experiência pode levar a inúmeras problematizações físicas e emocionais, como aponta Worden (2012), que afirma que o não resolvimento do luto pode resultar em problematizações emocionais que vão de ansiedade até a depressão profunda. Isso reforça a importância de passar pelos processos de luto de uma maneira saudável, onde o enlutado se permite sentir e processar a dor de uma maneira gradual e adequada perante a experiência em si.

O processo do luto com uma boa ressignificação é importante que o indivíduo encontre um suporte emocional, seja através de familiares, amigos ou suporte profissional. A psicoterapia é um exemplo claro que permite que o indivíduo possa compreender os processos e auxiliar na aceitação da perda pois fornece ferramentas para que a pessoa enfrente as emoções complexas que surgem no processo (Parkes, 2010). Deste modo, o apoio emocional e psicológico é essencial para que o enlutado possa lidar com as suas emoções e posteriormente possa ressignificar a perda. Assim, a importância de um processo correto reside na possibilidade de reconstrução emocional e na preparação que o indivíduo tem para seguir em frente, não esquecendo ou diminuindo a importância da perda, mas sim permitindo a transformação da dor e da ausência em uma forma mais saudável.

Seguindo nessa linha de raciocínio é importante entendermos as consequências de um luto mal resolvido, ou seja, que o indivíduo não consegue processar a perda de maneira saudável, isso pode trazer consequências gravíssimas nas questões psicológicas, emocionais e até mesmo físicas. A dificuldade de lidar com o luto pode levar o desenvolvimento de um “luto complicado ou prolongado” , condições reconhecidas e amplamente estudadas na psicologia clínica. De acordo com Pringerson et al (2009), o processo do luto complicado pode se caracterizar pela intensa persistência e uma duradoura dor da perda, com sintomatologias que podem incluir dificuldade em aceitar a morte, isolamento social e uma intensa sensação de vazio. Essas manifestações não apenas prolongam o sofrimento, mas também comprometem seriamente a qualidade de vida da pessoa enlutada.

Como consequência de um luto mal resolvido são diversas e afetam diretamente a saúde mental da pessoa. Estudos apontam que o luto não resolvido pode desencadear diversos transtornos como exemplo, depressão, ansiedade e estresse pós-traumático (TEPT) (Shear et al,2011) Segundo Shear et al (2011), quando não há aceitação da perda e o apego é muito intenso, podem impedir o enlutado de retomar sua vida de uma forma saudável, ampliando o sofrimento e aumentando o risco do desenvolvimento de condições psiquiátricas. Esse estado ainda pode interferir nas relações pessoais, profissionais e aumentando o isolamento e o sentimento de solidão.

Os impactos psicológicos e desse processo negativo do luto podem afetar a saúde física. Segundo Bonanno (2004), o estresse crônico ocasionado por um luto complicado tem correlação com uma série de problemas de saúde, como enfraquecimento do sistema imunológico, aumento da probabilidade de doenças cardíacas e aumento da pressão arterial. O autor deixa ênfase que o luto não resolvido tem a tendência de se manifestar fisicamente e resultando em uma vulnerabilidade maior a doenças por consequência do estresse contínuo.

É fundamental abordar a utilização de técnicas com validação científica para promoção do processo do luto saudável. Diversas abordagens terapêuticas são amplamente empregadas para fazer o acompanhamento do enlutado e são reconhecidas pela eficácia no apoio dos mesmos. O uso dessas técnicas garante uma abordagem segura e eficaz, aumentando a probabilidade de que o indivíduo passe por esse processo com qualidade e desenvolva uma resiliência emocional.

Segundo Beck (2013) , uma das abordagens mais utilizadas é a terapia cognitiva comportamental (TCC) que possui uma evidências significativas da sua eficácia em tratar sintomas relacionados ao luto, em especial casos que a pessoa apresenta sinais de luto complicado ou prolongado. Seguindo a linha do autor, a TCC permite ao indivíduo reavaliar as crenças e pensamentos distorcidos em relação a perda, possibilitando um enfrentamento mais saudável e adaptativo. Deste modo, o terapeuta trabalha para que o enlutado reestruture seus pensamentos e se liberte de padrões negativos que possam aumentar a dor da perda.

Segundo Hayes et al. (2012) a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) foca na aceitação das emoções e pensamentos dolorosos em vez de tentar modificá-los ou evitá-los. A ACT promove a ideia de que o sofrimento faz parte do ser humano e que deve-se aceitar as emoções e apresentar a conviver com elas é um passo essencial para uma boa vida. De acordo com o autor, a ACT auxilia o indivíduo a desenvolver uma relação saudável com os pensamentos e sentimentos, que permite que ele retome a vida com um propósito e significado, mesmo passando pelo processo de luto.

Nos processos de psicoterapia a utilização de abordagens e técnicas validadas são fundamentais para que o enlutado desenvolva habilidades emocionais e cognitivas para lidar com a perda de maneira construtiva. Segundo Stroabe et al. (2001) a aplicação de intervenções psicoterapêuticas com respaldo científico possibilita ao enlutado enfrentar os processos de luto com mais base e sendo amparado por métodos válidos, isso faz com que promova adaptação saudável a sua nova realidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente análise crítica sobre a metodologia e os fundamentos teóricos do livro “Sobre a Morte e o Morrer” de Elisabeth Kübler-Ross revela a complexidade e a diversidade do processo de luto. Embora o modelo das cinco fases proposto por Kübler-Ross tenha sido amplamente reconhecido e utilizado, ele apresenta limitações significativas devido à falta de rigor científico nas entrevistas e à indução de respostas que podem comprometer a validade das conclusões. Através de uma revisão detalhada de estudos posteriores e críticas de diversos autores renomados, como George Bonanno, Margaret Stroebe, Henk Schut, Robert Neimeyer e Phyllis Silverman, fica evidente que o luto é um processo altamente individualizado e dinâmico, que não pode ser facilmente categorizado em fases lineares e universais.

Além disso, a inclusão de perspectivas fenomenológicas, a Teoria do Apego de Bowlby e o conceito de crescimento pós-traumático ampliam o horizonte teórico sobre o luto, sublinhando a necessidade de uma abordagem multifacetada e interdisciplinar. Essas teorias complementares oferecem insights valiosos que podem ser integrados às práticas clínicas, permitindo um suporte mais adequado às necessidades únicas de cada enlutado.

A educação e o treinamento de profissionais de saúde devem enfatizar a diversidade de teorias do luto e a importância da personalização das intervenções. Reconhecer a singularidade de cada experiência de luto e adaptar as abordagens terapêuticas de acordo com as necessidades individuais é fundamental para proporcionar um cuidado de qualidade e eficaz.

Dessa forma, destaca-se a relevância do processo de luto e a necessidade de abordá-lo com seriedade, uma vez que a utilização inadequada de técnicas pode acarretar sérias problematizações, especialmente no meio acadêmico e no contexto psicoterapêutico. Considerando que a vida humana é finita e que somos seres sociáveis, a experiência da perda é inevitável, tornando fundamental o desenvolvimento de estratégias adequadas para seu enfrentamento

Seguindo a ideia de Dias Sobrinho (2008) a qualidade de ensino tem algumas dimensões, a primeira do ponto de vista social, qual há uma valorização do aspecto que permite a formação ética e o desenvolvimento intelectual, entendendo a educação com um bem “comum”, ou seja, para todos. A outra forma é que a mesma é focalizada para o mercado de trabalho, onde há uma educação diretiva que valoriza o indivíduo para o mercado de trabalho e suas competências e que na grande maioria das vezes é essa educação mais tecnificada que temos contato.

Por fim, este artigo ressalta a necessidade contínua de pesquisa rigorosa e crítica no campo do luto, para que possamos desenvolver modelos teóricos e práticas clínicas que reflitam com precisão a complexidade das experiências humanas diante da perda. A evolução constante do conhecimento sobre o luto contribuirá para um melhor suporte às pessoas enlutadas, ajudando-as a encontrar caminhos significativos e saudáveis para lidar com a perda.

REFERÊNCIAS

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1Acadêmica de Psicologia nas Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA JARU; e-mail: leticiamacedo8348@gmail.com; currículo lattes: https://lattes.cnpq.br/7076374599128837.
2Graduado em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA JARU, Acadêmico de Psicologia nas Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA JARU; e-mail: marcos3602@hotmail.com; currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/9901707517115922.
3Bacharel em Psicologia pela Faculdade Uneouro, Esp. em Metodologia do Ensino Superior, Esp. em Neuropsicologia com ênfase na Reabilitação Cognitiva, Esp. em Terapia Cognitivo- Comportamental, Pós-graduando em Intervenção ABA para Autismo e Deficiência intelectual e docente na FIMCA Jaru, e-mail: psi.dougsos@gmail.com, http://lattes.cnpq.br/1327958883486743.