LIP FILLING WITH HYALURONIC ACID: MANAGING RISKS AND COMPLICATIONS – A NARRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202503312106
Leticia Maria Marreiros De Oliveira1; Rachel Lamarck2; Andréia Gomes Moreira3; Vívian Helena Freitas de Almeida4
RESUMO
A odontologia está evoluindo para uma abordagem holística, onde o foco não se limita apenas ao tratamento de problemas dentários isolados. Em vez disso, busca promover o cuidado integral, considerando a harmonia entre os aspectos faciais, corporais e mentais do paciente. Nesse sentido a busca por procedimento estéticos na região facial tem ganhado cada vez mais destaque, a harmonização orofacial na região labial tem sido um dos procedimentos mais buscado por pacientes visto que remete a muitos aspectos da beleza humana. Diante o exposto, o estudo visou discorrer sobre os aspectos de gerenciamento segurança e risco dos pacientes na utilização do ácido hialurônico em procedimentos de preenchimento labial. O estudo se caracteriza como qualitativo e descritivo no formato de revisão narrativa da literatura, o processo de levantamento de evidências ocorreram nas bases de dados BVS, Pubmed e Google Scholar, se delimitou o período dos últimos cinco anos para realizar a investigação. Neste estudo, abordamos o gerenciamento de segurança e riscos em procedimentos de preenchimento labial com ácido hialurônico, ressaltando a preferência por abordagens não cirúrgicas devido à sua rápida recuperação e natureza minimamente invasiva. Concluímos com base na pesquisa que, embora o ácido hialurônico seja considerado seguro e eficaz, ele pode apresentar riscos significativos à saúde do paciente quando administrado por profissionais inexperientes ou inaptos. No entanto, é importante ressaltar que tais complicações são raras e evitáveis. Portanto, é crucial que cirurgiões-dentistas especializados em harmonização orofacial possuam profundo conhecimento anatômico facial, com técnicas fundamentadas na literatura e estejam preparados para intervir e aplicar protocolos de gerenciamento de risco diante de eventos adversos.
Palavras-chaves: Ácido Hialurônico; Gerenciamento de Riscos; Harmonização Orofacial; Preenchimento Labial.
ABSTRACT
Dentistry is evolving towards a holistic approach, where the focus is not limited to treating isolated dental problems. Instead, it seeks to promote comprehensive care, considering the harmony between the patient’s facial, bodily and mental aspects. In this sense, the search for aesthetic procedures in the facial region has gained increasing prominence, and orofacial harmonization in the lip region has been one of the procedures most sought after by patients as it refers to many aspects of human beauty. In view of the above, the study aimed to discuss aspects of patient safety and risk management in the use of hyaluronic acid in lip filler procedures. The study is characterized as qualitative and descriptive in the format of a narrative literature review, the process of gathering evidence occurred in the VHL, Pubmed and Google Scholar databases, delimiting the period of the last five years to carry out the investigation. In this study, we address safety and risk management in lip filling procedures with hyaluronic acid, highlighting the preference for non-surgical approaches due to their rapid recovery and minimally invasive nature. We conclude from the research that although hyaluronic acid is considered safe and effective, it can pose significant risks to patient health when administered by inexperienced or inept professionals. However, it is important to note that such complications are rare and avoidable. Therefore, it is crucial that dental surgeons specializing in orofacial harmonization have in-depth facial anatomical knowledge, follow techniques that are well-founded in the literature and are prepared to intervene and apply risk management protocols in the event of adverse events.
Keywords: Hyaluronic Acid; Risk Management; Orofacial Harmonization; Lip Filling.
1 INTRODUÇÃO
A concepção da beleza e a sua percepção, ao longo da história, têm sido invariavelmente vistas como algo subjetivo e pessoal, profundamente moldado pelos valores culturais, raciais e étnicos. O crescente valor simbólico atribuído à beleza e à imagem corporal exerce um impacto significativo na qualidade de vida e no bem-estar individual, tornando assim essencial que seja considerado dentro do contexto mais amplo da saúde 1,2.
Os lábios têm sido admirados ao longo da história como uma das características mais encantadoras do rosto, tornando-se uma área de grande importância quando se trata de aprimorar a estética facial3,4. Contudo, naturalmente durante a vida, a exposição ao sol, fatores genéticos e o tabagismo podem contribuir para a perda de volume labial, o surgimento de rugas ao redor dos lábios e o aprofundamento de sulcos nasolabiais e mentolabiais 5. Além disso, lábios geneticamente finos ou assimétricos podem ser tratados de maneira semelhante, recorrendo a utilização dos preenchedores dérmicos 6.
A Harmonização Orofacial (HOF) emergiu com a finalidade essencial de alcançar o equilíbrio tão desejado, concentrando-se na harmonia entre o sorriso e as características faciais, com o objetivo de elevar a autoestima, promover o bem-estar e, consequentemente, restaurar a saúde física e mental dos pacientes 7,8. Essa abordagem pode abranger estratégias de tratamento que combinam função, estética e saúde bucal, promovendo a harmonização do rosto por meio de ajustes que buscam a simetria e o equilíbrio entre os terços faciais9.
Destaca-se que o procedimento de aumento labial com preenchedores dérmicos de Ácido Hialurônico (AH) é uma intervenção minimamente invasiva que ganhou uma notável popularidade nos últimos anos, visto que seu uso tem mostrado excelentes resultados, melhorando a harmonia da região orofacial bem como se integrando aos tecidos nos quais são injetados10. O AH é uma substância reabsorvível composta por ácido glucurônico e N-acetilglicosamina, componentes endógenos do organismo. Sua função principal é preencher espaços intracelulares, sendo encontrado em várias partes do corpo, com maior concentração na pele 1.
O AH é essencial para manter o volume, sustentação, hidratação e elasticidade da pele. Devido a essas propriedades, é amplamente utilizado em preenchimentos
labiais, conhecido por sua segurança, biocompatibilidade, e ausência de alergias ou carcinogenicidade, com fácil aplicação e remoção 11. Porém, o profissional cirurgião dentista especializado em harmonização orofacial deve estar apto para realizar os procedimentos de gerenciamento de intercorrências 12.
Diante do exposto o estudo objetivou discorrer através de uma revisão narrativa sobre os aspectos de gerenciamento segurança e risco dos pacientes na utilização do ácido Hialurônico em procedimentos de preenchimento labial. Além disso, visou também a ressaltar sobre importância do conhecimento anatômico e das técnicas de aplicação, apresentar quais são as complicações mais comuns identificadas em preenchimento labial com ácido Hialurônico e discorres sobre o gerenciamento de paciente adequado no preenchimento labial com ácido Hialurônico.
2 METODOLOGIA
O estudo se caracterizou como uma revisão narrativa da literatura de abordagem descritiva, que é um método que tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, ordenada e abrangente.
Foi realizado uma busca foram utilizados as chamadas bases indexadoras. Para esse estudo se delimitou que as buscas ocorrerão nas seguintes plataformas: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Pubmed, e Google Scholar. Além disso, para busca nas bases de dados selecionadas, foram utilizados os descritores: Preenchedores Dérmicos, Intercorrências, Ácido Hialurônico, Lábios, consultados no site dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), que serão cruzados utilizando os operadores booleanos “AND” e “OR” para garantir uma busca ampla.
Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos s foram: artigos completos, disponíveis online gratuitamente, nos idiomas português, inglês e espanhol, com ano de publicação, preferencialmente dos últimos cinco anos (2018-2023). Como critérios de exclusão optou-se em a não utilização estudos com metodologias inconsistentes, resumos de anais e congressos, artigos duplicados nas bases de dados e que fujam da temática proposta no estudo.
Posteriormente, após o processo de identificação, triagem, organização e leitura dos achados conforme analise de conteúdo proposta de Bardin13, do total de 979 estudos identificados nas bases de dados (BVS – 56; Pubmed – 214; Google Scholar – 709), 54 foram elencados como principais achados para a síntese dos quatro capítulos da revisão de literatura sobre o tema.
3 REVISÃO DA LITERATURA
3.1 HARMONIZAÇÃO OROFACIAL
Pode se caracterizar o nicho de Harmonização Orofacial (HOF) como uma especialidade da odontologia que visou a se dedicar ao processo de diagnóstico e tratamento de disfunções e desarmonias que afetam as estruturas faciais e orais, visando a restauração da estética facial e da função dos indivíduos14.
Segundo o estudo de Blatz et al.(2019) os precursores da Harmonização Orofacial remontam a décadas anteriores. O início do século XX testemunhou os primeiros avanços na odontologia estética, com a introdução de próteses dentárias e técnicas de reconstrução facial após lesões. Cirurgiões-dentistas pioneiros como Charles Land e Pierre Fauchard desempenharam um papel crucial na consolidação da odontologia estética como uma disciplina. A década de 1950 viu o desenvolvimento de procedimentos cirúrgicos mais avançados para a correção de deformidades faciais.
A noção de “Harmonização Orofacial” como uma disciplina específica dentro da odontologia começou a se consolidar nas décadas de 1970 e 1980, com o surgimento de novas técnicas não cirúrgicas, como a aplicação de toxina botulínica e preenchimentos dérmicos. O uso desses procedimentos expandiu-se significativamente a partir da década de 1990, quando a ênfase na estética facial ganhou destaque 15.
Destaca-se que o Brasil é frequentemente mencionado como um dos países pioneiros na popularização e no desenvolvimento da Harmonização Orofacial como uma especialidade reconhecida16.
É importante se frisar que a Resolução CFO 198/2019, expedida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) no Brasil, representa um marco significativo no campo da odontologia ao reconhecer oficialmente a harmonização orofacial como uma especialidade odontológica. A decisão reforça a importância crescente dessa área de atuação, que busca promover a harmonia e o equilíbrio estético na região orofacial17.
Tendo em vista, que a harmonização orofacial é uma disciplina multifacetada que visa à melhoria estética e funcional da face e estruturas relacionadas, incluindo dentes, lábios, músculos, articulações temporomandibulares e pele. Os procedimentos nesta área são realizados com base em conhecimentos detalhados da anatomia facial, das características individuais dos pacientes e das técnicas apropriadas para cada caso18.
Conforme Escobar et al.(2021), o reconhecimento formal da Harmonização Orofacial como especialidade odontológica pela Resolução CFO 198/2019 trouxe consigo uma série de implicações positivas para a prática odontológica e para a segurança dos pacientes. Estabelece critérios específicos para a qualificação e formação de profissionais que desejam atuar nesse campo, promovendo uma padronização dos conhecimentos e habilidades necessárias para exercer a especialidade.
Além disso, a regulamentação da Harmonização Orofacial como especialidade proporciona maior segurança aos pacientes, garantindo que os profissionais que atuam nesse domínio possuam uma formação sólida e estejam aptos a conduzir os procedimentos de forma ética, segura e eficaz. Isso é crucial para preservar a integridade dos pacientes e a qualidade dos serviços prestados19,20.
Em suma, a harmonização orofacial continua a evoluir com avanços tecnológicos, novos materiais e técnicas, e sua importância crescente na odontologia e na área estética é evidente pelo aumento da demanda por esses procedimentos e pelo reconhecimento da especialidade em diversos países. No entanto, é importante ressaltar que a prática da HOF deve ser realizada por profissionais devidamente habilitados e treinados, incluindo cirurgiões-dentistas, médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos, para garantir resultados seguros e eficazes.
3.2 ÁCIDO HIALURÔNICO SUAS PROPRIEDADES E APLICAÇÕES
O Ácido Hialurônico (AH) foi pioneiramente isolado em 1934 e, desde então, tem sido objeto de extensa investigação em diversas disciplinas acadêmicas. Trata-se de um polissacarídeo, mais precisamente um glicosaminoglicano, que se origina a partir da repetição de unidades de dissacarídeo contendo N-acetil-D-glucosamina e ácido D- glucurônico (figura 1) 21. Sua presença é notável na derme, sendo praticamente ubíqua em seres humanos e em outros vertebrados, tornando-o um componente de interesse relevante em estudos científicos multidisciplinares 18.
Figura 1. Molécula de Ácido hialurônico.

O AH desempenha um papel significativo em diversos processos no organismo, incluindo sinalização celular, cicatrização de feridas, regeneração de tecidos, morfogênese, organização da matriz extracelular e patobiologia. Além disso, exibe propriedades físico-químicas singulares, como biocompatibilidade, biodegradabilidade, mucoadesividade, higroscopicidade e viscoelasticidade, que o tornam um composto de grande interesse na pesquisa científica e na aplicação clínica 18.
Conforme Braga et al., (2022), o teor de AH na pele apresenta uma redução significativa com o processo de envelhecimento, resultando em efeitos notáveis, como a diminuição da hidratação, elasticidade e volume facial, que, por sua vez, contribuem para o desenvolvimento de rugas. A capacidade intrínseca do AH de se ligar à água desempenha um papel fundamental nesse contexto, pois facilita a retenção de umidade e, assim, proporciona a hidratação necessária para a pele, ao mesmo tempo que contribui para a restauração da elasticidade cutânea.
O AH dispõem de uma gama diversificada de viscosidade e rigidez, variando em suas características físicas. Em regiões como os lábios, geralmente é recomendado o uso de um tipo de AH que apresenta um menor grau de viscosidade e uma maior maciez. Isso se deve ao fato de que os lábios requerem uma textura mais suave e flexível para garantir resultados estéticos naturais e evitar desconforto ao paciente22.
As propriedades físicas do Ácido Hialurônico influenciam sua indicação e escolha. A densidade de reticulação afeta a durabilidade, o módulo de elasticidade está relacionado à firmeza, e o tamanho de partícula e densidade determinam a profundidade de aplicação. Considerar essas características é essencial para obter resultados estéticos adequados e seguros20.
Conforme exposto por Sattler e Gout (2019), o Ácido Hialurônico (AH) exibe uma ampla variedade de viscosidades, o que tem implicações significativas em sua utilização clínica sendo esses:
AH de baixa viscosidade: Esta formulação é caracterizada por sua facilidade de injeção e alta capacidade de propagação horizontal, permitindo transições suaves entre as áreas de aplicação. É particularmente indicada para infiltrações superficiais.
AH de média viscosidade: Apresenta uma capacidade adequada de modelação após a aplicação, com efeitos terapêuticos consideráveis. É recomendada para aplicações em camadas mais profundas ou de média profundidade.
AH de alta viscosidade: Este tipo de AH possui partículas maiores e, uma vez aplicado, não pode ser modelado. No entanto, proporciona um efeito terapêutico mais pronunciado, sendo ideal para injeções supraperiosteais.
Destaca-se que a presença da lidocaína representa um diferencial significativo entre os injetáveis de AH disponíveis comercialmente. Visto que a inclusão da lidocaína em combinação com o AH tem o benefício de reduzir as sensações dolorosas durante as injeções, proporcionando um maior conforto ao paciente21.
Entretanto, existe uma preocupação relacionada à possível diminuição da concentração do AH devido à adição da lidocaína na formulação, conforme observado em alguns relatos na literatura. O processo de degradação do AH varia dependendo da região em que está presente no corpo: na derme, ele é metabolizado pelos vasos aferentes do sistema linfático, enquanto na epiderme passa por um processo de degradação enzimática mediado pela hialuronidase. Posteriormente, o AH sofre endocitose23.
Os preenchedores à base de AH podem ser prontamente removidos quando necessário pelo profissional responsável pelo procedimento, por meio da administração da hialuronidase. Essa característica tem desempenhado um papel significativo no sucesso dos preenchedores dérmicos24.
Segundo Faria e Junior(2020) a hialuronidase, uma enzima natural, desempenha o papel de quebrar e hidrolisar o AH, sendo utilizada para a degradação dos materiais de preenchimento à base de AH. Sua ação é rápida e abrangente, mesmo infiltrando nos tecidos circundantes. Esse aspecto confere uma flexibilidade adicional no manejo dos preenchedores, permitindo uma resposta pronta e controlada em situações clínicas que demandam ajustes ou reversão do procedimento.
Em suma, a escolha cuidadosa da viscosidade do AH e das concentrações é essencial para atender às necessidades específicas do paciente e às características da área a ser tratada, visando resultados estéticos eficazes e seguros.
3.3 O PROCEDIMENTO DE PREENCHIMENTO LABIAL
O processo de envelhecimento afeta o rosto de maneira complexa, resultando em uma série de alterações tanto microscópicas quanto macroscópicas. Essas mudanças ocorrem em todas as camadas da pele, no tecido mole e até mesmo no esqueleto subjacente, sendo que sua progressão varia consideravelmente entre indivíduos18.
O envelhecimento da pele resulta na diminuição do colágeno e na degradação do tecido, levando a alterações tridimensionais, como flacidez, sulcos e rugas, além de mudanças na textura, como rugosidade e ressecamento 25. As principais causas incluem exposição solar, tabagismo e estresse (fatores extrínsecos) e a diminuição da capacidade antioxidante e aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (fatores intrínsecos). O ritmo de envelhecimento varia entre indivíduos com base na exposição e predisposição genética26.
Nesse contexto, nos últimos anos, a área da odontologia tem testemunhado um expressivo avanço com a ascensão da harmonização orofacial. Este campo engloba uma série de procedimentos estéticos voltados para aprimorar a aparência e a simetria facial dos indivíduos. Devido à crescente demanda e interesse significativo nessas técnicas, torna-se imperativo intensificar as pesquisas para garantir a realização segura e eficaz desses procedimentos.
Destaca-se que a volumização labial (figura 2) representa um dos procedimentos mais amplamente adotados na prática de harmonização orofacial 17. Esta técnica visa incrementar o volume dos lábios com o intuito de aprimorar a estética facial. Seu objetivo central é estabelecer um equilíbrio harmonioso entre os lábios e as demais características faciais, mantendo proporções e simetria adequadas10.
Figura 2. Procedimento de volumização labial

Podemos observar a anatomia do lábio (figura 3) que é composta pelolábio superior se estende desde a base do nariz, indo na direção superior até os sulcos nasolabiais nas laterais, e se estende inferiormente até o vermelhão28.
Por sua vez, o lábio inferior se estende do vermelhão na parte superior até as comissuras nas laterais e, na parte inferior, até o sulco labiomentoniano28. No lábio superior, destacam-se duas elevações paramedianas formando o arco do Cupido, e observam-se duas colunas verticais de tecido que se projetam, criando uma depressão na linha média conhecida como filtro labial. Essas características delineiam a anatomia da região perioral18.
Os lábios se dividem em duas partes distintas: o lábio vermelho, que consiste em uma membrana mucosa, e o lábio branco, também conhecido como lábio cutâneo, que é uma estrutura da pele. O limite entre essas duas áreas é marcado pelo bordo do vermelhão, que representa a transição entre o lábio vermelho e o lábio branco22.
Devido ao processo de envelhecimento, os lábios perdem volume e definição, afetando suas proporções estéticas desejadas. No lábio superior, isso resulta na diminuição do volume muscular e no enfraquecimento dos tecidos conjuntivos, levando a um filtro menos proeminente, redução da altura vertical do lábio e sua inversão na cavidade oral. Na região perioral, essas alterações de volume, combinadas com efeitos da exposição solar e da elasticidade da pele, resultam em rugas periorais18.
A avaliação da região do bordo do vermelhão deve considerar a forma, a posição das comissuras, a proporção, o contorno, a posição e a protrusão dos lábios. Também é importante analisar discrepâncias, incoordenações labiais e assimetrias, pois esses aspectos podem ser corrigidos29.
Figura 3. Anatomia dos lábios

Nesse sentido, os preenchedores à base de AH dispõem de uma aplicação difundida para aprimorar os lábios de forma minimamente invasiva e para corrigir as rugas periorais. Eles têm a capacidade de restaurar ou criar as características desejadas nos lábios, o que inclui a obtenção de lábios vermelhos mais volumosos, acentuação do arco do cupido e definição do contorno do vermelhão conforme observado no figura 4 que dispõem sobre as características consideradas atraentes nessa região22.
Figura 4 Atrativos percebidos na região perioral, diferenciados por sexo.

A realização de preenchimento é comumente conduzida através do uso de agulhas ou cânulas, cujo calibre deve ser selecionado de acordo com o fluxo do material, bem como o nível e profundidade da deposição desejada31. Normalmente, o material é injetado abaixo da derme ou de forma superficial nas rugas presentes no lábio superior. A correta administração e a profundidade da injeção desempenham um papel crucial na obtenção de resultados estéticos e funcionais satisfatórios24.
A escolha da técnica de aplicação, ou mesmo a combinação de diferentes técnicas, pode ser influenciada pelos objetivos estéticos específicos de cada paciente e suas características individuais32. Além disso, a duração dos efeitos desses preenchedores pode variar consideravelmente, geralmente oscilando entre 3 e 24 meses. Essa variação está principalmente relacionada à concentração do Ácido Hialurônico (AH) utilizado, à área tratada e às características individuais de cada paciente33.
Por sua vez, algumas medidas deve ser adotadas no processo de aplicação do preenchedor 14. Para garantir a preservação da artéria labial superior e prevenir possíveis lesões intra-arteriais, é recomendado que a técnica de aplicação do Ácido Hialurônico (AH) nos lábios seja realizada sem ultrapassar uma profundidade de 2mm na região da borda labial ou dentro do vermelhão seco do lábio. Essa abordagem cuidadosa visa assegurar a segurança do procedimento, minimizando os riscos associados à aplicação do preenchedor nos lábios20.
Para a administração de injeções nos lábios, a escolha da agulha tem especificações. Agulhas de calibre 27G ou 29G são comumente utilizadas para injeções subdérmicas e intradérmicas. Especificamente, a agulha de 29G é a mais indicada para injeções intradérmicas, proporcionando precisão na aplicação22.
Em termos de profundidade de aplicação, as técnicas variam de acordo com o objetivo do procedimento. A injeção intradermal é ideal para aplicações superficiais, enquanto a subdérmica é indicada para injeções de média profundidade. Já a injeção subcutânea é utilizada em procedimentos mais profundos, e a injeção supramucosa é empregada para injeções ultraprofundas22.
É exposto por de Queiroz Hernande(2023)34:
– Que as aplicações nos lábios podem ter diferentes propósitos, desde o contorno labial até a regeneração da superfície e o aumento de volume, sendo essencial adequar a técnica à indicação específica visando resultados estéticos eficazes e seguros. Essas considerações são fundamentais para um procedimento bem-sucedido na harmonização labial.
As técnicas mais recomendadas para a aplicação de preenchedores labiais incluem o tunelamento e a técnica de bolus. De acordo com estudos, o tunelamento é amplamente adotado, com uma taxa de utilização significativamente alta de 78,1%. Esta técnica permite uma distribuição uniforme do preenchedor, resultando em resultados estéticos satisfatórios29.
A técnica de bolus, com uma taxa de utilização de 56,2%, também é frequentemente preferida devido à sua eficácia na projeção e aumento dos lábios. Além disso, a técnica “No-Touch” é recomendada para minimizar o trauma na mucosa durante a injeção, com a aplicação sequencial de bolus retrógrados para projeção e aumento labial29.
Além disso, técnicas que referem-se às suas variações ao “Aumento Superficial Horizontal com a Cânula,” são abordagens importantes na aplicação de preenchedores de ácido hialurônico (AH) para a harmonização labial e facial32,35. Nessa técnica, uma cânula é utilizada para realizar a administração do AH de forma superficial e horizontal nas áreas desejadas. A principal vantagem dessa técnica está na sua capacidade de proporcionar resultados estéticos naturais e suaves, minimizando o risco de trauma ou lesões nos tecidos35.
Essas abordagens demonstram a importância de escolher técnicas apropriadas com base nas necessidades específicas do paciente, garantindo resultados estéticos positivos e minimizando desconforto durante o procedimento18.
Em suma, a literatura obtida aponta que o procedimento ideal deve garantir resultados esteticamente agradáveis e autênticos, ser reversível e/ou substituível, ser ajustável e apresentar poucas complicações. Para alcançar isso, é crucial realizar uma seleção criteriosa do paciente, conduzir uma anamnese abrangente e fornecer uma consulta minuciosa que esclareça os benefícios, limitações e possíveis efeitos adversos da remodelação labial.
3.4 OS EFEITOS ADVERSOS E MANEJO CLÍNICO DOS PACIENTES
A eficácia e segurança dos preenchedores à base de AH são indiscutíveis e bem relatadas na literatura cientifica, tornando-se um dos pilares essenciais nos procedimentos de harmonização facial. Além disso, o AH é a escolha preferencial para a realização do preenchimento labial36.
No entanto, essa crença pode levar tanto profissionais experientes quanto pacientes a erroneamente acreditarem que o AH está completamente isento de riscos e efeitos adversos. É importante compreender que, embora o AH seja considerado seguro e eficaz na maioria dos casos, como qualquer procedimento, ele não está isento de desafios potenciais que devem ser considerados antes e após a aplicação do AH24.
Nesse sentido, é importante estar ciente de que reações adversas podem ocorrer, e a frequência dessas reações tende a aumentar devido à crescente demanda por esses tratamentos e à sua repetição ao longo do tempo. É fundamental que tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes estejam conscientes desses riscos potenciais7.
Quando se manifestam, as reações adversas após procedimentos de harmonização orofacial são categorizadas com base no período de tempo em que ocorrem. Complicações que surgem nos primeiros 14 dias após o procedimento são consideradas imediatas e podem incluir equimoses, edema, eritema, infecções, reações alérgicas, formação de nódulos, necrose tecidual (Figura 5) e embolia37,38.
Ressalta-se que injeção inadvertida de material de preenchimento próximo de artérias faciais representa um cenário crítico que pode resultar em embolização e oclusão vascular. Isso pode levar à isquemia do tecido, que é uma redução do suprimento sanguíneo, com potencial para causar danos graves, incluindo necrose tecidual, em casos extremos, até mesmo acidente vascular cerebral (AVC)38.
As infecções que podem afetar a pele e estão relacionadas ao uso de preenchedores injetáveis geralmente estão associadas a dois tipos de bactérias encontradas nesse tecido: o Staphylococcus epidermidis e o Propionibacterium acnes32. Por esse motivo, é absolutamente crucial que, antes do procedimento, sejam utilizadas soluções antissépticas, como o álcool isopropílico a 70% ou soluções contendo clorexidina. Essas medidas são essenciais para minimizar o risco de infecções decorrentes do procedimento e garantir a segurança do paciente39.
Figura 5. Processo de necrose tecidual após preenchimento labial.

Ademais, as complicações tardias, que ocorrem após os primeiros 14 dias, mas antes de um ano, podem envolver angioedema, hiperpigmentação, infecções e granulomas. Aquelas que se manifestam após um ano são classificadas como reações retardadas, que podem incluir infecções. O entendimento dessas categorias de reações é essencial para uma avaliação adequada e tratamento eficaz em procedimentos de harmonização orofacial41.
É importante observar que, após um procedimento de preenchimento, é esperado que ocorra edema, hematoma e equimose, sendo essas reações consideradas comuns e previsíveis. No entanto, é crucial destacar que a ocorrência das demais complicações é rara18.
Conforme o estudo de Rodrigues (2021) e de Ribeiro et al., (2021), que apesar de se tratar de um procedimento com um perfil de segurança onde não se observa de forma comum a ocorrência de intercorrências graves, não exime o procedimento da possibilidade de eventos adversos sejam por causa de reações alérgicas, a má realização da técnica de aplicação ou doses incorretas aplicadas nos tecidos. Além disso, é reforçado que é imprescindível que os profissionais graduados em odontologia que visem atuar nesse nicho, devem passar por um processo de formação continuada.
O uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é essencial para proteger tanto o profissional quanto o paciente durante os procedimentos com ácido hialurônico 1. O uso de luvas, máscaras, óculos de proteção e aventais descartáveis é necessário para evitar a exposição direta ao material e minimizar o risco de contaminação cruzada. Os EPIs devem ser selecionados adequadamente, utilizados corretamente e descartados de acordo com as normas e regulamentações vigentes 10.
O descarte adequado de resíduos é um aspecto importante da biossegurança em procedimentos com ácido hialurônico17. Seringas, agulhas e outros materiais contaminados com o ácido devem ser descartados de acordo com as diretrizes estabelecidas pelas autoridades competentes. A correta segregação e eliminação dos resíduos são essenciais para prevenir riscos desnecessários e garantir a segurança ambiental 42.
Um dos principais pontos destacados nos achados se trata da higienização adequada das mãos. Conforme Aguiar Cabral et al., (2022) é uma medida simples, mas fundamental, para prevenir a propagação de microrganismos durante os procedimentos com ácido hialurônico.
O gerenciamento de riscos é um aspecto essencial do perfil de biossegurança em procedimentos com ácido hialurônico 44. Os profissionais de odontologia devem realizar uma avaliação adequada dos riscos envolvidos, incluindo possíveis complicações e efeitos colaterais, e implementar medidas de controle apropriadas. Isso pode incluir a obtenção de histórico médico completo do paciente, realização de exames de imagem prévios, uso de técnicas assépticas durante os procedimentos e monitoramento cuidadoso do paciente após a aplicação do ácido hialurônico 17,45.
Conforme proposto por Beauvais e Ferneini, aos primeiros sinais e sintomas de intercorrências o profissional deve seguir o seguinte protocolo de gerenciamento e ou manejo clinico do paciente:
– Inicialmente realizar uma compressa quente pelo período de 5 a 10 minutos em um intervalo de a cada 30 minutos na região afetada para possibilitar a melhor vasodilatação e aumentar assim a taxa de suprimento sanguíneo;
– Realizar massagem na área de maneira cuidadosa sempre tentando ser forma homogênea;
– Caso mesmo realizando a compressa e a massagem os sinais e sintomas persistam é realizada a aplicação da enzima hialuronidase (Hylase®-injetável) precocemente e a cada 60 minutos de acordo com o necessário para dissolver e reverter o AH;
– Posteriormente a aplicação de uma pasta de uso tópico a base de nitroglicerina para possibilitar vasodilatação e aumento na taxa de suprimento sanguíneo;
– Deve se considerar o uso de aspirina, mas antes deve ser realizado anamnese de possível alergia ao fármaco pelo paciente, a aspirina evita o desenvolvimento de coágulos sanguíneos.
Além disso, é exposto por Snozzi e Van Loghem, que para o tratamento de hematomas persistentes o cirurgião dentista pode se utilizar de alguns procedimentos como:
– A utilização da terapia de luz pulsada que ajuda na redução dos hematomas;
– Receitar ao paciente aplicação da pomada tópica de vitamina K por um período de 7 dias sendo passo pelo menos 2 duas vezes ao dia;
– Utilização de técnicas decorantes, como o titanil fosfato de potássio (KTP) ou laser pulsado, em situações em que a pigmentação por hemossiderina persiste.
No que tange ao manejo dos edemas persistentes, é apontado na literatura algumas abordagens terapêuticas. A utilização da Bromelina, uma enzima reconhecida por sua ação antiedematosa, é uma das opções propostas46. Além disso, em casos em que os edemas são mediados pela histamina, o uso de anti-histamínicos e corticosteroides orais é indicado como forma de tratamento36. Essas abordagens terapêuticas oferecem alternativas valiosas no combate a edemas persistentes33.
Em situações em que ocorra a formação de nódulos, é importante identificar a natureza desses nódulos, ou seja, se são de origem inflamatória ou não14. Os nódulos de origem não inflamatória podem ser atribuídos, em muitos casos, à má administração do Ácido Hialurônico em plano incorreto. Nessas circunstâncias, recomenda-se realizar massagens para a dissipação do material e/ou proceder à aplicação de hialuronidase, uma enzima que auxilia na quebra do AH17.
Por outro lado, se os nódulos forem de natureza inflamatória, a abordagem terapêutica sugere o uso de antibioticoterapia sistêmica, seguido da aplicação de hialuronidase após um período de 24 a 48 horas14. A diferenciação entre nódulos inflamatórios e não inflamatórios e a subsequente escolha da terapia adequada são etapas essenciais no tratamento eficaz dessas complicações em procedimentos de harmonização orofacial47.
Em processos infecciosos, como celulite ou erisipela, a abordagem terapêutica geralmente envolve o uso de antibioticoterapia. Recomenda-se frequentemente a prescrição de amoxicilina/clavulanato na dose de 625 mg ou clindamicina na dose de 600 mg, administrada ao longo de um período de 7 a 10 dias. Em casos mais graves, quando a infecção se agrava, a hospitalização pode ser necessária, com a administração intravenosa de antibióticos32.
No caso de infecções do tipo abscesso, além da antibioticoterapia, é essencial realizar uma incisão e drenagem do abscesso46. Essa intervenção visa remover o pus acumulado e promover a resolução da infecção de forma mais eficaz. A escolha do tratamento adequado e a avaliação da gravidade da infecção são cruciais para garantir uma recuperação satisfatória e prevenir complicações adicionais32.
Por sua vez, em procedimentos de preenchimento labial, casos de reativação viral mais comum observados é causada pelo herpes simples (Herpes Simplex ssp.). Portanto, é recomendável prescrever valaciclovir na dose de 500 mg, administrado duas vezes ao dia, durante um período de 3 dias, como tratamento profilático para pacientes com histórico de herpes simples32,29.
Em casos em que ocorre comprometimento vascular, especialmente se resultar em isquemia periférica, a abordagem terapêutica sugere a aplicação de hialuronidase em combinação com compressas quentes. Além disso, considera-se a possibilidade de realizar as injeções sem o vasoconstritor da lidocaína e incorporar o uso de ácido acetilsalicílico em baixa dose ao longo de um período de 7 dias46.
É apontado na literatura e nas diretrizes dos produtos pelos seus respectivos fabricantes que os produtos que contenham AH não devem ser aplicados nas seguintes situações: em mulheres durante a gravidez ou enquanto estiverem amamentando, em indivíduos com histórico de hipersensibilidade ao AH, em pessoas diagnosticadas com porfiria, ou em menores de 18 anos de idade22,41,46,47. Além disso, pacientes com doenças autoimunes ativas, como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide, não devem ser submetidos a esse procedimento. Essas restrições são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes18.
Em síntese essas medidas de manejo clinico identificadas visam tanto à prevenção quanto ao tratamento de complicações específicas que podem surgir após procedimentos de preenchimento labial, considerando a história clínica do paciente e os riscos associados.
4 CONCLUSÃO
Evidencia-se o crescente destaque para a preferência por técnicas não cirúrgicas em comparação às cirúrgicas nos últimos anos. Isso se deve principalmente ao menor período de recuperação e à natureza minimamente invasiva dessas abordagens. Os estudos têm consistentemente destacado a influência significativa dos lábios na percepção da sensualidade e juventude, sobretudo no âmbito feminino. Esse reconhecimento da relevância estética dos lábios tem impulsionado a crescente demanda por procedimentos não cirúrgicos, que proporcionam resultados satisfatórios com mínima interrupção da vida cotidiana dos pacientes.
Os preenchedores a base de ácido hialurônico trata-se de produtos seguros e eficazes amplamente comprovados na literatura, mas destaca-se que os mesmo não estão isentos de contraindicações, riscos e efeitos adversos. Além disso, para alcançar resultados estéticos ideais, é imperativo que o profissionais realizem uma avaliação facial criteriosa. e deve possuir um profundo entendimento das proporções que compõem a harmonia facial, estar familiarizado com as diversas técnicas e materiais disponíveis e ser capaz de planejar o tratamento de acordo com as necessidades específicas de cada paciente.
A abordagem deve ser adaptada de forma precisa para atender às particularidades de cada caso, garantindo que os resultados sejam não apenas esteticamente agradáveis, mas também plenamente satisfatórios para o paciente. Esse compromisso com a avaliação detalhada e a personalização do tratamento é fundamental para o sucesso da harmonização orofacial.
Por fim, observou-se na literatura que alguns efeitos adversos são normais e resolvem-se por conta própria, mas os profissionais devem estar preparados para tratar complicações que afetem o bem-estar físico e emocional dos pacientes que passam por procedimentos que envolvam a estética facial. A prevenção é essencial para evitar problemas, mas, quando surgem reações adversas, é crucial gerenciá-las de forma metódica e eficaz.
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1Cirurgiã-dentista, IOA Belém, discente do curso de pós-graduação de harmonização orofacial IOA Belém, e-mail: leticiamarreiros32@gmail.com
2Cirurgiã-dentista, IOA Belém, docente do curso de harmonização orofacial do IOA Belém, e-mail: rachellamarck@gmail.com
3Cirurgiã-Dentista, IOA Belém, docente do curso de Harmonização Orofacial do IOA Belém, e-mail: andreiamsb@hotmail.com
4Cirurgiã-Dentista, IOA Belém, discente do curso de pós-graduação de harmonização orofacial IOA Belém, e-mail: dravivianalmeida@hotmail.com